E S T I L O T E NI S
#7
J OÃOMARCELLO BÔSCOLI
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ESTILOTENIS
ESTILOTENIS
EDIÇÃO #7
DIREÇÃO DE EDITORIAL | COMO SEMPRE, DE FORMA ALEATÓRIA
MARCELLO BORGES BARBUSCI mv marcello@barbusci.com.br @mbarbusci www.barbusci.com.br
EDUARDO SENA dudsweb@gmail.com @vainaminha_ www.vainaminha.com.br
ZECA SALGUEIRO zecasalgueiro@gmail.com @ZecaSalgueiro zecasalgueiro.blogspot.com
“Nós não criamos revistas. Até porque, não sabemos o que elas comem.” IS WE
EDITORIAL
EDIÇÃO #7
FEITA PARA MUDAR O MUNDO COM A SUA AJUDA
Conseguimos. E conseguimos mais do que isso. Trouxemos um público cativo. E o mais interessante disso tudo, é que esse público tem uma mistura de várias culturas. Na ESTILOTENIS conseguimos juntar os fanáticos pela cultura Sneaker, os interassados em seu bem estar, leitores preocupados com sua carreira, pessoas instigadas a se organizar mais, ou seja, um público seleto, preocupado em ser melhor a cada dia e que procura meios para que isso seja uma constante forma de agregar valor. A ESTILOTENIS veio para mudar as formas de trazer a informação. E é por isso que nos aprofundamos diariamente, melhorando a cada dia. Na verdade a ESTILOTENIS quer mudar o mundo, e para isso precisamos de você, leitor.
Se todos fizermos nossa pequena grande parte, sem dúvida alguma o mundo onde vivemos se tornará melhor. Mais cultural, mais literário, mais musical, mais artístico, mais intelectual, e o mais importante, mais respeitoso com o próximo, independente de credo, classe social ou posição política. Mudar o mundo é simples, o complicado é fazer as pessoas entenderem isso. Acreditamos que podemos contar com você, que faz parte desses mais de 30 mil leitores/mês da ESTILOTENIS, pois, por mais que pareça estranho, ser bom e respeitoso nos dias de hoje, é ser esquisito e duvidoso. E sabe como descobrimos isso? Simples… Nessas 7 edições da revista, conversamos somente com pessoas TOP no que fazem e todas elas traziam e trazem muito respeito perante o mundo, e em algum momento de suas vidas, tiveram olhares de estranheza direcionados para suas pessoas. Só foram respeitados quando chegaram onde chegaram. Até então eram simplesmente esquisitos e duvidosos. E você, como prefere ser reconhecido? Boa leitura Barbusci, Sena e Zeca
Foto: Marcello Barbusci
Q
uando iniciamos o projeto ESTILOTENIS, pensávamos em realizar um sonho. O sonho de poder escrever sobre o mesmo, mas de forma diferente. Uma forma onde todos pudessem ler sem dificuldade na interpretação. Trazer a linguagem dos blogs para uma revista. Algo, sem dúvida, inédito.
LUNARECLIPSE+2
SUMÁRIO
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EDIÇÃO #7
SAÚDE VEJA COMO RETOMAR O RITMO DEPOIS DA FOLIA DO MÊS DO CARNAVAL.
#CAPA: JOÃO MARCELLO BÔSCOLI
APAIXONADO PELA ARTE, PELA MÚSICA E PROTAGONISTA DE UMA HISTÓRIA DE VIDA INCRÍVEL.
#ESTILO POR AÍ: ARGENTINA A ARGENTINA É NOSSA E VOCÊ VAI ENTENDER O PORQUÊ. SNEAKERinHEAD CONHEÇA OS SNEAKERS MAIS DESCOLADOS DO MÊS CURTIMOS PUMA FAAS LAB BUS: EMBARCAMOS NESSA VIAGEM PRA DESCOBRIR OS SEGREDOS DESSA FERA. UFC UNDISPUTED 3: UM JOGO QUE REÚNE OS MAIORES NOMES DO MMA. PIONEIRISMO: ADIDAS LANÇA PEGADA SUSTENTÁVEL NO BRASIL.
DESOPILANDO VAN HALEN: A NOVA VELHA BANDA. CARREIRA CRIATIVIDADE E CONHECIMENTO. CULTURA A FÓRMULA DA FELICIDADE É MELHOR CONSUMIDA GELADA. ORGANIZAÇÃO COMO APROVEITAR MELHOR OS ESPAÇOS E ARRUMAR A BAGUNÇA. MAKING OF JOÃO MARCELLO BÔSCOLI E SUA CAPA FIM DE PAPO CONTEÚDO EXTRA CRÉDITOS QUEM FEZ
CURTIMOS
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EDIÇÃO #7
VÁRIAS AÇÕES - VÁRIOS MOMENTOS | por Marcello Barbusci, Zeca Salgueiro e Eduardo Sena
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EDIÇÃO #7
PUMA FAAS LAB BUS: A TOCA DAS FERAS | por Marcello Barbusci
“A proposta do FAAS LAB BUS é deixar os
consumidores e corredores ainda mais próximos do novo conceito da PUMA”
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EDIÇÃO #7
PUMA FAAS LAB BUS: A TOCA DAS FERAS | por Marcello Barbusci
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PUMA apresenta seu mais recente lançamento, o PUMA FAAS, dentro de um “ônibus laboratório” amarelo com a cara do Usain Bolt estampada nas laterais. Então não estranhe. Se vir esse busão por aí, já sabe: é a casa da nova fera da marca e lá dentro é bem legal! O ônibus itinerante da PUMA é um projeto feito para promover a coleção PUMA FAAS. No interior do ônibus batizado de “PUMA Lab Bus”, é contada a história da linha PUMA FAAS, inspirada na Jamaica, país que concentra os maiores velocistas do mundo.
A PUMA realizou uma série de pesquisas para entender quais caraterísticas os tênis de corrida deveriam ter para proporcionar melhor performance aos corredores. Diante dos resultados, surgiu a linha PUMA FAAS, que tem como embaixador Usain Bolt, atleta jamaicano e recordista mundial, patrocinado pela marca, que ajudou diretamente no desenvolvimento da coleção.
Tudo isso é mostrado de maneira dinâmica e divertida. Treinadoras físicas especializadas abordam o público nos principais pontos de corridas de São Paulo e Rio. Lá dentro, os corredores podem testar os modelos em uma esteira, além de participar de uma pesquisa sobre os hábitos de exercícios físicos.
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PUMA FAAS LAB BUS: A TOCA DAS FERAS | por Marcello Barbusci
Os modelos da linha, composta pelos tênis FAAS 500, FAAS 300 e FAAS 250, possuem tecnologia BioRide e foram concebidos para proporcionar um ritmo de corrida mais natural, mas com um toque de estilo inspirado por silhuetas icônicas do modelo clássico Easy Rider PUMA. “A proposta do FAAS LAB BUS é deixar os consumidores e corredores ainda mais próximos do novo conceito da PUMA, e que considerem o PUMA FAAS quando fizerem sua próxima compra de tênis para correr”, acrescenta Marcelo Nicolau, gerente de Marketing da PUMA Brasil.
Fique esperto quando for correr, pois os ônibus estão por aí. Nós já vimos e curtimos... e você?
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CHEGA AO BRASIL O JOGO QUE TRANSFORMA GAMERS EM ASTROS DO MMA | por Eduardo Sena
“Finalizar o oponente será mais importante ainda, através de novos golpes devastadores”
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CHEGA AO BRASIL O JOGO QUE TRANSFORMA GAMERS EM ASTROS DO MMA | por Eduardo Sena
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e você ainda tinha alguma dúvida de que o UFC é o esporte da vez no Brasil, conviva com isso: com mais de 150 lutadores, entre eles, os maiores campeões brasileiros do MMA, o jogo UFC Undisputed 3 acaba de chegar ao Brasil com Anderson Silva na capa, em um lançamento inédito e simultâneo com os Estados Unidos. Fraco? Longe disso.
UFC Undisputed 3, o novo título da franquia UFC, da THQ, lançado com exclusividade no Brasil vai levar os jogadores para dentro do Octógono com foco em intenso combate um-a-um. O jogo, que traz Anderson Silva na capa, tem o campeão no rol dos 19 lutadores brasileiros selecionáveis, reproduzindo realisticamente seus golpes.
A ESTILOTENIS acompanhou o lançamento de um dos jogos mais interessantes desse início de ano, UFC Undisputed 3. O evento aconteceu este mês, na prestigiada Pretorian Flagship Store, em São Paulo. Um loja que conta com academia de MMA, além de produtos voltados ao esporte e que preparou um ambiente onde quem subiu ao octógono foram os consoles de games. Para essa première mundial, que aconteceu ao mesmo tempo no Brasil e nos Estados Unidos, as maiores estrelas do UFC não poderiam faltar. Estavam lá, prestigiando e respondendo as perguntas com simpatia proporcional às suas habilidades e força, os atletas Rousimar Palhares, o “Toquinho”, Demian Maia, José Aldo, e o atleta mais concorrido da noite, Júnior Cigano.
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CHEGA AO BRASIL O JOGO QUE TRANSFORMA GAMERS EM ASTROS DO MMA | por Eduardo Sena
O jogo introduz o aguardado Modo PRIDE, duas novas categorias de peso e uma vasta seleção de lutadores, com mais de 150 astros do UFC, incluindo 19 brasileiros: Anderson Silva, Júnior Cigano, José Aldo, Rodrigo Minotauro, Gabriel Gonzaga, Lyoto Machida, Rogério Minotouro, Maurício Shogun, Thiago Silva, Demian Maia, Rousimar Palhares, Wanderlei Silva, Vitor Belfort, Paulo Thiago, Thiago Alves, Diego Nunes, Fredson Paixão, Raphael Assunção e Renan Barão. A introdução do Modo PRIDE permitirá que os jogadores lutem pela primeira vez na renomada organização de MMA japonesa, num ambiente autêntico e com as notáveis regras da modalidade, como chutes, joelhadas e pisadas na cabeça. Finalizar o oponente será mais importante ainda, através de novos golpes devastadores, resposta rápida dos controles, visual refinado e do novo sistema de finalização.
Toda a excitação do UFC foi ampliada através de melhorias visuais significativas, como as entradas animadas dos lutadores, novas posições de câmeras, animações e expressões faciais renovadas. No Brasil, o título possui caixa, manual e interface em Português. UFC Undisputed 3 chega às lojas a partir de 14 de fevereiro para XBOX 360 e PS3, o preço sugerido é de R$ 179 pratas. E aí, vai encarar?
Curtimos UFC no facebook http://on.fb.me/wPZ4Q1
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TÊNIS VELHO VALE UMA ATITUDE SUSTENTÁVEL NA ADIDAS | por Zeca e Barbusci
“Mais do que um compromisso de desenvolvimento sustentável, temos aqui uma iniciativa de cidadania corporativa”
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TÊNIS VELHO VALE UMA ATITUDE SUSTENTÁVEL NA ADIDAS | por Zeca e Barbusci
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azer cimento com tênis usados? Parece viagem, mas não é. Essa é a nova ação sustentável da adidas, divulgada num evento restrito, em uma de suas lojas. Cafu estava presente. Raí estava presente. E a ESTILOTENIS também! No dia 24 de janeiro de 2012, uma terça feira, a adidas lançou sua “Pegada Sustentável”. Um programa voluntário de logística reversa, pioneiro no Brasil, para minimizar os impactos ambientais causados pelo descarte inadequado dos calçados esportivos. Coisa já feita com pneus velhos há algum tempo, mas nunca com tênis.
Para participar do programa Pegada Sustentável é fácil: basta ir até uma loja adidas e entregar seu calçado sem condições de uso, de qualquer marca. Depois você assina um termo de doação do calçado para reciclagem e recebe um brinde especial da adidas. Em São Paulo, nos 3 primeiros meses, será um ingresso para visitar o Museu do Futebol, no estádio do Pacaembu, em São Paulo. Fala sério, hein? Boiada!
“Com o programa Pegada Sustentável a adidas do Brasil engloba mais uma parte da sua cadeia de valor com ações sustentáveis, ou seja, a destinação dos nossos produtos ao fim do seu ciclo de vida. E não vamos parar por aí, estamos desenvolvendo um programa mais abrangente visando a Copa 2014. Mais do que um compromisso de desenvolvimento sustentável, temos aqui uma iniciativa de cidadania corporativa”, afirma Fernando Basualdo, Diretor Geral da adidas Brasil.
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CURTIMOS
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TÊNIS VELHO VALE UMA ATITUDE SUSTENTÁVEL NA ADIDAS | por Zeca e Barbusci
Voltando ao programa, todos os produtos entregues para reciclagem serão encaminhados à parceira da adidas no projeto, a RCR Ambiental. Ela irá receber e descaracterizar os produtos antes de transportá-los até seu destino final – plantas de blendagem de resíduos – onde os calçados serão transformados em combustível para alimentar fornos de cimento. Isso possibilita o reaproveitamento integral destes calçados esportivos como fonte energética. Importante dizer que todo o processo seguirá rigorosamente as normas da legislação ambiental vigente no Brasil.
Tem um par de tênis velho? Quer ir ao Museu do Futebol na vasca? Bora lá!
Lá no evento ainda conversamos com Cafu, nosso Capitão do Penta 2002 e ele disse estar curioso para saber como esse processo será feito e quer ir até uma usina para ver de perto. Lógico que ele não estava lá a passeio, estava divulgando a Fundação Cafu, entidade sem fins lucrativos que atende 750 crianças oferecendo cursos profissionalizantes e, desde o ano passado, tem também curso de inglês. Foi interessante ver o sorriso e o brilho nos olhos do Capitão ao falar de “suas crianças”. Valeu Cafu! www.fundacaocafu.org.br
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CULTURA
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ÁGUA, LÚPULO, CEVADA E LEVEDURA: A FÓRMULA DA FELICIDADE DO HOMEM | por Zeca Salgueiro
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história da cerveja remonta de mais de 6.000 anos, havendo registros de seu consumo entre os mesopotâmios, egípcios e sumérios, mas nós não vamos assim tão longe. Pra falar a verdade vamos só até o pub da esquina. É, sem dúvida, a bebida mais democrática de todas. Pode-se beber uma breja no almoço, no jantar, à tarde, durante uma partida de futebol, etc. Eu adoro vinho, mas não dá pra ficar abrindo uma garrafa a cada gol do meu time, pombas! Mas tenho que confessar uma coisa: só me apaixonei mesmo depois dos trinta e poucos anos. Calma, eu explico!
Conheci vários tipos de cervejas, fracas, fortes, amarelas, vermelhas, pretas, etc. De volta ao Brasil, tive a grata surpresa de saber que o mercado havia se incrementado substancialmente, com várias marcas, de vários países e de vários tipos. Era o céu! Mas como não sou nenhum alcoólatra, resolvi ir devagar e conhecer melhor nossas amigas loiras, morenas e ruivas. De acordo com o Beer Judge Certification Program, temos 23 tipos de cerveja (subdivididos em centenas de rótulos, etc), mas pra facilitar vou ficar com os tipos de fermentação. Pegou seu copo? Vamos lá.
No Brasil o tipo de cerveja mais produzido industrialmente (senão o único), é a pilsen. Foi inventada onde hoje é a República Tcheca, que não nos cansa de brindar com ótimas atrizes... você sabe. O único problema é que eu não gosto das pilsen daqui, acho muito aguadas. Foi quando, em 1990, eu conheci a Heineken, uma cerveja clara, do tipo lager, e gostei muito. Ainda era importada, então era difícil achar e cara. Bom, esqueci o assunto. Anos depois fui morar no exterior, e aí a vida teve sentido.
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ÁGUA, LÚPULO, CEVADA E LEVEDURA: A FÓRMULA DA FELICIDADE DO HOMEM | por Zeca Salgueiro
Lager – As lagers (em especial as claras) são, provavelmente, o tipo mais comum de cerveja consumida e são originárias da Europa Central. De baixa fermentação, são tradicionalmente armazenadas em baixa temperatura. Atualmente, com o aperfeiçoamento do controle de fermentação, muitas cervejarias de lagers usam períodos consideravelmente menores para armazenamento a frio (de 1 a 3 semanas). Embora existam muitos estilos de lagers, a maioria delas é clara na cor, com alto teor de gás carbônico, de sabor moderadamente amargo e conteúdo alcoólico entre 3-6% por amostra. As pilsen se encaixam no estilo lager, e aqui no Brasil temos como exemplo a Skol, Itaipava, Heineken, Budweiser, e entre as artesanais temos a Colorado Cauim e a Baden Baden Cristal. Ainda temos os tipos Bock, que são de coloração avermelhada.
Outra boa e pedida é a Fuller’s Organic Honey Dew, uma lager leve para se tomar em taça tipo tulipa grande, com limão e gelo. Feita com mel orgânico, é levemente (eu disse levemente) adocicada e maravilhossamente refrescante. Faz você abençoar as abelhas logo no primeiro gole! Ale - Cervejas de fermentação alta, especialmente populares na Grã-Bretanha e Irlanda, incluindo as mild (meio-amargas), bitter(amargas), pale ale (clara), porter (cerveja escura muito apreciada por estivadores) e stout (cerveja preta forte). As cervejas de fermentação alta tendem a ser mais saborosas, incluindo uma variedade de sabores de cereais e ésteres produ-
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ÁGUA, LÚPULO, CEVADA E LEVEDURA: A FÓRMULA DA FELICIDADE DO HOMEM | por Zeca Salgueiro
zidos durante a fermentação, que lhe conferem aroma frutado; são também servidas numa temperatura mais elevada do que as lagers (sabe aquele negócio de cerveja morna? Não chega a tanto, mas não é tão gelada). Diferenças de estilo entre cervejas de fermentação alta (ale) são muito maiores do que aquelas encontradas entre as cervejas de baixa fermentação (lager), e muitos estilos são difíceis de categorizar. As ales têm mais sabor e mais variedades, por exemplo, a Guinness é uma ale stout, e a Colorado Demoisele é uma porter. É bastante coisa pra se discutir e experimentar e tantos rótulos que chega a dar tontura, mas posso também indicar a Old Speckled Hen, uma red ale saborosíssima, que vai muito bem com carnes vermelhas ou embutidos fortes. As lager vão bem com salgadinhos e comidas leves (até saladas), e são as melhore para os jogos de futebol.
Quando se pensa em Guinness, pensa-se em uma cerveja forte e encorpada, mas ela não é isso tudo. Embora muito gostosa e amarga, não é tão espessa - sua graduação alcoólica não passa de 5% - e vai bem com uma bela torta de chocolate, enquanto a Colorado fica ótima com defumados. A tempo: Mazebier não é cerveja. Pelo menos não entre quem gosta de cerveja! É um amontoado de fermento e caramelo com pequena graduação alcoólica. Se você gosta disso vá tomar Biotônico Fontoura que é mais forte. Outra coisa: para as mulheres, ofereça as cervejas de trigo, as Weiss. Mais leves e mais frutadas, são ótimas para nossas amigas que torcem o nariz pro gosto amargo das brejas de cevada e insistem em pedir o maldito proseco (que é um vinhozinho medíocre lá na Itália, vale dizer).
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ÁGUA, LÚPULO, CEVADA E LEVEDURA: A FÓRMULA DA FELICIDADE DO HOMEM | por Zeca Salgueiro
Ao contrário de anos atrás, hoje estamos bem servidos em matéria de cerveja e há um número expressivo e crescente de microcervejarias no Brasil e no mundo. É só manter o teor de responsabilidade acima do alcoólico e tudo bem. Brasileiro tem mania de chegar num bar e pedir a cerveja mais gelada que tiver. Traduzindo: F@#*-se o gosto, tem que ser gelada e bastante! Tsc, tsc... mal sabem eles a heresia que está sendo cometida. Aliás, duas – uma por desprezar o sabor da bebida, outra por beber demais e na rua, arriscando sua vida e a dos outros também, se insiste em sentar ao volante de seu carro.
Faço um apelo a você, meu amigo responsável e bem instruído que lê essa revista despretensiosa... não peça a mais gelada, peça a melhor - de acordo com seu paladar. E fica aqui uma sugestão de consumo: vá ao mercado, faça uma escolha arretada de rótulos, compre uns aperitivos e convide os amigos para uma noite de degustação. As esposas e namoradas estão convidadas – afinal, alguém precisa dirigir de volta pra casa! Para pesquisar: http://www.bjcp.org/index.php
Nike Dunk SB Heineken
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#CAPA | João Marcello Bôscoli
EDIÇÃO #7
UM APAIXONADO PELA ARTE, À FRENTE DO MAIOR CASTING DE ARTISTAS DO BRASIL | por Barbusci e Zeca
Foto: Marcello Barbusci
“Comecei tocando bateria com cinco anos e com nove e comecei ao piano, o que ajuda até hoje”
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#CAPA | João Marcello Bôscoli
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UM APAIXONADO PELA ARTE, À FRENTE DO MAIOR CASTING DE ARTISTAS DO BRASIL | por Barbusci e Zeca
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ruzar a cidade sob um sol de mais de 30 graus não é tarefa fácil. Mas mesmo um desafio de verão como esse é facilmente superado quando você é recebido por um dos maiores produtores musicais do país. Um cara com um grande sorriso, que nos recebeu com grande simpatia e respeito em um dos estúdios da sua gravadora. Esse cara só pode ser João Marcello Bôscoli. Músico dos bons, empresário de sucesso, filho de dois dos maiores nomes da música brasileira, Ronaldo Bôscoli e Elis Regina, pai do Arthur, marido da Eliana e um dos sócios da gravadora Trama. Nesse clima descontraído e rindo muito de assuntos alheios à entrevista, entramos na sala e o papo começou. Sente o clima: EstiloTenis: …puxa vida, quantos teclados – olha, tem um Oberheim, ou melhor, dois (olhando para duas paredes forradas de teclados). Foi o que a banda Rush usou em um de seus hinos – “Tom Sawyer.”
João Marcelo Bôscoli: É. O Van Halen usou para criar o timbre de “Jump”, e mais um monte de gente usou pra um monte de coisas. É um ícone, né? ET: Pode crer. Legal mostrar pra moçada que você também é músico, além de empresário da música. Qual sua formação musical? JMB: Comecei tocando bateria com cinco anos e com nove e comecei ao piano, o que ajuda até hoje, já que o teclado é a grande interface entre o músico e o computador. Minha primeira gravação foi aos onze anos no álbum “Comissão de Frente”, de João Bosco, gravando percussão e vocal (N.E: só isso...). E meu primeiro emprego tocando ao vivo foi como substituto do substituto do batera da Banda do Zé Pretinho, de Jorge Benjor, que na época era só Jorge Ben. Isso com quinze anos. Minha escola era a prática, embora eu preferisse trabalhar em estúdio do que na estrada. ET: E você prefere tocar, arranjar ou produzir? JMB: Como músico eu fiz todo o caminho até a produção... você começa tocando, depois arrisca a gravar, faz uns arranjos e depois parte pra produção. Hoje em dia eu produzo mais. Inclusive a parte executiva do trabalho. Na parte executiva eu já produzi mais de 250 álbuns, de Nação Zumbi a Baden Powell, passando por César Camargo Mariano e Rappin Hood.
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#CAPA | João Marcello Bôscoli
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UM APAIXONADO PELA ARTE, À FRENTE DO MAIOR CASTING DE ARTISTAS DO BRASIL | por Barbusci e Zeca
ET: Já por causa da Trama? JMB: Sim. Nosso casting tem muitos artistas, mas nós focamos na parte inicial da carreira desses artistas, então temos uma rotatividade muito grande. Depois que abrimos a Trama Virtual então... temos 75.000 artistas lá. ET: Lembra de algum destaque na sua carreira de produtor musical? JMB: Além desses que citei eu gosto muito de reedições e restaurações. Acervos da TV Cultura, TV Globo, etc. ET: Nossa, então eu comprei um trabalho seu – o DVD de Cartola no programa Ensaio da TV Cultura e dei pra minha irmã! JMB: Opa! A família agradece! (risos!) ET: Voltando ao João músico, como era subir no palco sendo filho de Elis Regina? JMB: Minha mãe morreu quando eu tinha onze anos, então eu sempre recebi um carinho muito grande da parte de todo mundo. E trabalhando ao vivo, tenho certeza de que eu tocava bateria melhor que Elis (mais risos). Se eu fosse cantor acho que estaria encrencado!
ET: E por parte do seu pai, Ronaldo Bôscoli, você tem na sua família Chiquinha Gonzaga. Dá pra fazer um paralelo entre as duas? JMB: Foram figuras icônicas, que através de seu comportamento transgrediram e ajudaram a firmar a posição de mulheres artistas. A geração de Elis foi a que saiu de casa, cortou o cabelo, começou a dirigir, etc. A de Chiquinha ajudou a criar uma nova música – o chorinho. Tudo isso pavimentou o caminho para certas liberdades que as mulheres conquistaram. Não podemos esquecer do machismo que imperava e ainda impera nos nossos dias. As estatísticas mostram que a cada uma hora, uma mulher morre vítima de agressão por parte de alguém que ela, geralmente, conhece. É uma loucura.
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UM APAIXONADO PELA ARTE, À FRENTE DO MAIOR CASTING DE ARTISTAS DO BRASIL | por Barbusci e Zeca
Uma pausa
Francisca Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida como Chiquinha Gonzaga (Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1847 — 28 de fevereiro de 1935) foi uma compositora, pianista e regente brasileira. Foi a primeira chorona, primeira pianista de choro, autora da primeira marcha carnavalesca (Ô Abre Alas, 1899) e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. No Passeio Público do Rio de Janeiro, há uma herma em sua homenagem, obra do escultor Honório Peçanha.
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UM APAIXONADO PELA ARTE, À FRENTE DO MAIOR CASTING DE ARTISTAS DO BRASIL | por Barbusci e Zeca
ET: Isso sem contar as diferenças salariais e barreiras que elas ainda encontram no mercado de trabalho – uma mulher não ganha mais que um homem, independente de sua graduação. Realmente triste. Então imagine pra família, naquela época, o que era Chiquinha ser uma artista. JMB: O pai dela a renegou. Em seu leito de morte, Chiquinha foi visitá-lo e ele disse que não tinha filha. Horrível. Ainda bem que as coisas mudaram. ET: Falando em Elis, como foi sua relação com ela, como mãe e filho? JMB: Ótima! Elis era excelente mãe. Ela realmente curtia ser mãe. Buscar na escola, encapar cadernos, me levar em turnês quando estava de férias – coisas que poderia não fazer, até por causa da carreira. Ela também era muito caseira. Resumindo, uma ótima e presente mãe. Falando nela, estamos trazendo a exposição “Homenageando Elis Regina”, e lá você vai achar inúmeras fotos dela comigo ao lado, no colo, enfim... e a maioria das minhas fotos com ela eram tiradas por revistas.
hora você tem que fazer sua declaração de IR, ir a uma reunião da escola do seu filho, fazer compras... Mesmo quem tem cacife pra montar uma grande empresa e gerenciar de longe, se não chegar perto do que construiu, corre o risco de descobrir que foi roubado. Gerir o próprio negócio é aquela história de se enforcar com a corda da liberdade (risos). ET: A ideia da Trama foi da sua mãe? JMB: Sim em relação à primeira ideia. Depois de dezesseis anos nós criamos a Trama como ela é hoje. Quando começamos tínhamos 65 artistas, desde MPB, Mangue Beat... ET: E o lance dos filhos dos artistas? JMB: Eu chego lá! Tínhamos também Lenine, música eletrônica... e um pequeno grupo de trabalho que tinham filhos de artistas, como Simoninha e Jairzinho, que faziam mais barulho que o resto, mas o casting sempre foi grande e só gente talentosa.
ET: E como foi a virada para empresário? JMB: Não sou exatamente um empresário, embora esteja à frente de vários processos e passos da empresa. Tenho sócios, gente na parte financeira... a gente se associa com pessoas que se afinam conosco, que tenham as mesmas ideias. E dirigir uma gravadora não tem nada diferente de dirigir uma revista, por exemplo. É uma coisa de vida adulta. Uma
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ET: E vocês também ajudaram a trazer o Drum’n’bass pro Brasil... JMB: É um pouco de culpa nossa, sim (risos)... naquele momento tivemos várias iniciativas que ajudaram no processo. DJs Mark, Patife, o pessoal do Trance, todos contribuíram pra isso. Tivemos também o sucesso estrondoso de Fernanda Porto, com o disco “Samba Sim”, inclusive fora do Brasil.
Outra coisa que mudou foi o volume de investimento de uma gravadora num artista. Antes a gravadora bancava tudo pra um cara de nível médio de vendas, hoje ela prefere distribuir e viabilizar o trabalho – e se receber o trabalho pronto, melhor ainda.
Foi um movimento que começou em Londres, veio pro Brasil e voltou pra lá com uma pegada nova, o que gerou uma piada: “Drum’n’bass é como futebol, os ingleses inventaram mas os brasileiros fazem melhor” (risos). ET: E como você vê a indústria fonográfica hoje? JMB: Olha, o formato que a gente conheceu não existe mais há alguns anos. Antes você tinha seis majors que mandavam no mercado e hoje há uma descentralização desse poder. Havia três ou quatro mídias físicas, hoje o formato é a internet. Não existem mais gravadoras que dependem exclusivamente da venda de algum formato de mídia física, mas enquanto houver um artista querendo gravar um disco vai haver uma gravadora disposta a trabalhar com esse artista.
ET: De onde vem o lucro da Trama? JMB: Dos nossos anunciantes. Como todo o nosso casting é distribuído gratuitamente, só podemos fazer dinheiro comercializando os espaços publicitários de nossos sites.
ET: Você acha que o iTunes veio agregar ou dividir? JMB: Agregar, sem dúvida.. e demorou pra chegar! É a grande loja de música do mundo e isso só nos ajuda, nos termos mais amplos.
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UM APAIXONADO PELA ARTE, À FRENTE DO MAIOR CASTING DE ARTISTAS DO BRASIL | por Barbusci e Zeca
ET: …pirataria? JMB: Fala-se nisso ainda? Putz, como distribuímos tudo de graça não penso nisso. Não interessa o quanto você proteja uma gravação, assim que um carinha comprar um CD, ele sobe as músicas pra rede e pronto. Impossível frear isso. É ir contra a corrente do mundo. Lá atrás, quando ainda se vendia mídias, o Metallica brigou com o Napster e só ficou feio pro Metallica.
ET: João, já tomamos muito o seu tempo, então vamos pra pergunta final... como você se define antes e depois da chegada de seu filho Arthur? JMB: Vou te responder sinceramente... eu já trabalhei com muita gente maravilhosa - gente como Baden Powell, Elis e Tom, etc. Bom, semana passada nasceram aquelas serrinhas nos dentes do meu filho e eu passei o dedo pra sentí-las... aqueles breves segundos foram mais importantes do que tudo que eu fiz até hoje na minha vida profissional!
ET: Ainda como empresário, como é trabalhar com sua irmã, Maria Rita? Há algum conflito entre irmãos? JMB: Nenhum. Sou sete anos mais velho, e ela realmente sempre foi minha “irmãzinha”. Nossa relação sempre foi excelente e conseguimos manter esse clima nas relações artísticas, o que é gratificante.
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# ESTILOTENIS POR AÍ
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PELAS RUAS DE BUENOS AIRES | por Marcos Augusto Ferreira
“Em La Boca, as casas ganham ares de shopping center a céu aberto.”
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# ESTILOTENIS POR AÍ
ESTILOTENIS
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PELAS RUAS DE BUENOS AIRES | por Marcos Augusto Ferreira
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ntes do surgimento da praga do politicamente correto, era comum ouvir uma maledicência sobre nossos hermanos: “O problema da Argentina é que tem muito argentino”, dizíamos, sobretudo quando estava em questão nossa rivalidade (e superioridade, claro) futebolística. Tínhamos também um quê de inveja, porque a grana deles valia mais e os caras invadiam Camboriú (SC) e o Rio de Janeiro como quem vai ali, na esquina. Continuamos a comemorar gols, disparando inúmeros maldizeres e impropérios contra os nossos rivais. Mas, com nossa moeda valorizada em relação ao peso argentino (R$ 1 equivalia a 2,1 e até 2,4 pesos, em janeiro), agora eles bem podem maldizer: “O problema da Argentina é que tem muito brasileiro.” A Calle Florida parece a 25 de março, com mais charme, obviamente. Há moçoilas eufóricas, em pleno calçadão, comemorando ao se deparar com roupa de grife em promoção. Há até gente tirando foto em frente às vitrines – a deselegância discreta de nossas meninas. A bela arquitetura do local sumiu atrás de tantas placas e profusão de sacolas. Em janeiro, houve até protesto e ameaça de conflito entre a guarda metropolitana e os vendedores ambulantes, que não queriam ser arrancados da Florida. Já vimos filme parecido. A Galeria Pacífico, um fantástico edifício do final do século XIX, é bela, mas você precisa andar de olhos para o alto, do contrário, vê-se apenas um imenso shopping center.
Ainda bem que Buenos Aires pulsa nas ruas (dia e noite) e é muito mais que a Calle Florida. Uma cidade belíssima. A grande quantidade de praças, as largas avenidas e um número reduzidíssimo de arranha-céus dão um frescor à capital portenha, mesmo sob um calor de 33 graus. Interessante ver como eles usufruem as praças, espécie de praia aos finais de semana. Espaço público bem aproveitado e cuidado. La Boca é interessantíssimo. As casas coloridas, que são o cartão postal do bairro, estão meio decadentes e a quantidade de comércio dificulta ver muita poesia naquelas cores. Mas a própria feiura impede que aquilo ganhe ares de shopping center a céu aberto. É mais charmoso assim.
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EDIÇÃO #7
PELAS RUAS DE BUENOS AIRES | por Marcos Augusto Ferreira
Ali em Caminito, a rua mais famosa de La Boca, os restaurantes montam mesas e pequenos palcos nas calçadas, onde é possível saborear especialidades gastronômicas, beber cerveja bem gelada (vinho, se preferir) e assistir a versões pocket show com dançarinos de tango – atração sob medida, pois jamais gastaria algo em torno de 100 dólares para ver e ouvir um Gardel em superprodução a la Broadway, além do mais, não costumo levar sapatos nem roupa de gala (sequer tenho roupa de gala) para viagens de férias.
Em La Boca está La Bombonera, o estádio do Boca Juniors. É uma caixa de sapatos com um gramado no meio. Imagino o sufoco para os times adversários, o torcedor gritando no ouvido do sujeito, sentado praticamente nos ombros dos jogadores; se esticar o braço, arranca-lhe a bola dos pés.
Por ali circulam fanáticos pelo time, claro, e por Maradona. Em uma loja de material esportivo, peço por uma camisa do Palmeiras, queria tirar foto entregando-a ao boneco Dieguito, que fica exposto na calçada. Nada. Só se vende o azul e amarelo do Boca. Há uns que dizem gostar do Corinthians, principalmente por causa da passagem de Carlito Tevez pelo Parque S. Jorge. A vendedora gostaria de uma camisa do Flamengo, do Ronaldinho. Sussurrei alguns palavrões e saí.
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EDIÇÃO #7
PELAS RUAS DE BUENOS AIRES | por Marcos Augusto Ferreira
No bairro de San Telmo, a feira aos domingos, já não é só de San Telmo. Perfaz um trajeto de cerca de 2 km, vindo desde a Plaza de Mayo. De tudo, lá tem muito. Badulaques, produtos típicos, artesanato, músicos na rua, CDs, livros, roupas. Mais próximo da praça, estão os argentinos do norte, da região de Salta, por exemplo, na fronteira com a Bolívia. Eles têm aparência muito semelhante aos bolivianos, chilenos e peruanos do que com os portenhos propriamente dito. Aliás, percebe-se em algumas andanças que são, também, os mais pobres na capital. No caminho até San Telmo encontram-se os chamados Choripans, corruptela de chorizo com pan, o nosso churrasquinho no pão. Como não há tráfego de veículos, terrenos onde funcionam estacionamentos são aproveitados para a organização de imensos churrascos: você encosta em frente a uma das churrasqueiras, tenta desviar da fumaça, paga e sai de lá com sanduíche e bebida. É possível que tenha de andar o resto do dia sentindo-se o verdadeiro bife na grelha, impregnado pelo cheiro de carne e linguiça na brasa. Superado esse problema, o Mercado de San Telmo é um local bem bacana para se conhecer.
Por falar em carne, como se trata de uma iguaria tão festejada pelos argentinos, andei dando uma olhada nos açougues por lá, no mercado e em bairros. Confesso que não vi muita preocupação com higiene dos balcões ou com o isolamento do local onde se manuseia o produto. Aliás, por falar em higiene, a limpeza dos banheiros, em várias edificações antigas transformadas em bares, restaurantes e cafeterias, deixa a desejar e o encardido (marcas do tempo) no piso e azulejos mistura-se à sujeira.
De volta às ruas, Recoleta e Palermo são bairros chiquérrimos. Charmosos, arborizados, arquitetura em estilo francês, predominante na capital, onde o metro quadrado chega a custar 5 mil dólares. Até um espaço para “descansar em paz” está pela hora da morte: dizem que o túmulo no cemitério da Recoleta (de 1800) sai por algo em torno de 1 milhão de dólares. Mas nos finais de semana, bem ali perto, é possível comer um choripan, vendido em típica barraca de feira, instalada na calçada.
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PELAS RUAS DE BUENOS AIRES | por Marcos Augusto Ferreira
Já o charme da Plaza de Mayo está justamente no fato de ser um espaço onde toda a Argentina surge, sem aquele verniz para turista ver. As mães (hoje avós) da Praça de Maio continuam a se reunir ali, em busca de notícias dos filhos (e netos) que desapareceram durante a ditadura militar que aterrorizou o país entre 1976 e 1983. Dessa época, também, é o conflito nas Ilhas Malvinas (Falkland Islands, para os ingleses que dominam o pedaço), que agora a presidente Cristina Kirchner tentar ressuscitar. Pois lá na praça estão acampados militares da reserva que atuaram na guerra de 1982, no trabalho de retaguarda (abastecimento, mecânica, logística etc.). Não foram ao front e, por isso, não recebem os mesmos benefícios que outros soldados. Exigem o pagamento do adicional.
A Plaza Mayo abriga, ainda, faixas de protestos outros e sinais de insatisfações mais recentes: ainda estão lá as grades que serviram de barricadas para a polícia durante manifestações contra a crise econômica que assolou o país no início dos anos 2000. Claro, tudo isso, porque ali está a sede do governo, a Casa Rosada, que pode ser visitada durante os finais de semana. Percebe-se ali que não há preocupação com personalismo no poder: logo na entrada, avista-se o símbolo azul, branco e amarelo do partido de Cristina e inúmeras fotos da presidente e do seu marido (e ex-presidente) Néstor Kichner. É comum ver a inscrição “presidente Cristina Fernández de Kirchner” e não algo como “Governo Federal”, por exemplo.
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PELAS RUAS DE BUENOS AIRES | por Marcos Augusto Ferreira
Aparentemente indiferente a todo esse cenário, fica na praça, também, uma senhora idosa, sentada em cadeira de praia, vendendo milho em saquinhos, para que sejam jogados aos pombos. Essa ave parece animal de estimação na capital – há turistas (brasileiros, inclusive) registrando o momento em suas máquinas digitais, tomados de pombos dos pés à cabeça, literalmente. Mas foi inevitável a lembrança da música do Zé Geraldo, “Dando milho aos pombos”: “Enquanto esses comandantes loucos ficam por aí queimando pestanas / organizando suas batalhas / Os guerrilheiros nas alcovas preparando na surdina suas mortalhas / A cada conflito mais escombros / Tudo isso acontecendo e eu aqui na praça / dando milho aos pombos”. Não alimentei os bichos que tanto odeio. Vale muito a pena andar por Buenos Aires. Mas gaste um pouco do solado do tênis. Terá mais surpresas agradáveis e evitará ser surpreendido pelo mal humor e a sensação de que está sendo enrolado pelo taxista. Os próprios argentinos aconselham a não pagar os motoristas com notas altas – mantenha pesos trocados nos bolsos. Por falar em alerta, claro que estamos bem diante de los hermanos, mas não se empolgue. O real vale mais de duas vezes o peso argentino, porém, com um simples cafezinho e uma garrafinha d’água gasta-se cerca de 20 pesos (quase R$ 10). Pela cerveja Quilmes, litro, cobra-se 22 ou 24 pesos (cerca de R$ 12).
Talvez sejam os sinais da globalização e da tal da nossa emergência econômica... de volta ao Brasil, no supermercado, a Quilmes litro era vendida a R$ 6,99. Na chegada à capital argentina, o primeiro som que ouvi – “no puedo olvidarme” – foi o “aí se eu te pego / delícia”. Michel Teló tocou até como fundo musical para a informação da previsão do tempo, em um canal de tevê local. Pronto, provamos nossa superioridade - invadimos a Argentina! Curtimos BUENOS AIRES no facebook: http://on.fb.me/wx4HhD
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TEST-DRIVE
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DINAMISMO, CONFORTO E ESTABILIDADE COM O NIKE LUNARECLIPSE+2 | Por Anderson Lopes
“Linhas arrojadas e semelhança com uma bota de astronauta não são mera coincidência.”
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DINAMISMO, CONFORTO E ESTABILIDADE COM O NIKE LUNARECLIPSE+2 | Por Anderson Lopes
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em-vindo à temporada 2012 da coluna test-drive Estilo Tenis!
A Nike estreia na primeira matéria, apresentando o seu mais novo lançamento, o LunarEclipse+2. O novo integrante da linha Lunar, traz também o inovador sistema de amortecimento e impulsão Lunarlon. Monitore e registre as informações dos seus treinos e competições com a compatibilidade do Nike Plus. Testamos o novo tênis de treino da Nike no parque do Ibirapuera, debaixo de altas temperatura e umidade e nem isso me segurou! Vamos à análise do LunarEclipse+2: Tipo de tênis Específico para treinamento, com característica de estabilidade. Quem pode usar Para aqueles que possuem o tipo de pisada Neutra, mas suporta Pronação leve a moderada.
Conforto Nesse tênis há uma novidade. Se num primeiro momento achar que o seus pés irão sobrar dentro dele, num segundo a impressão muda completamente. O Dynamic Fit elimina os espaços, aumentando o grau inédito de conforto, independente do formato dos seus pés. O cabedal Airmesh garante o conforto do parte superior dos pés. A palmilha em EVA e a tecnologia Fit Sole completam o ajuste e conforto perfeitos na região da sola. Amortecimento Na linha Lunar, inconfundível mesmo é a tecnologia Lunarlon, localizada na entressola. Resposta para uma passada suave e rápida impulsão, combinação perfeita para os seus treinos de corrida de rua. Testei em asfalto, concreto e grama, demonstrando bons resultados em pisos com maior dureza.
Peso Aproximadamente 345 gramas (varia de acordo com a numeração do tênis). Design O Nike LunarEclipse+2 possui design muito parecido com o LunarGlide+3 (EstiloTenis#3). Linhas arrojadas e semelhança com uma bota de astronauta não são mera coincidência. Disponível nas cores preto (testado), branco e azul-marinho.
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DINAMISMO, CONFORTO E ESTABILIDADE COM O NIKE LUNARECLIPSE+2 | Por Anderson Lopes
Estresse térmico A tecnologia Airmesh sempre nos salvando do desconforto térmico... Sem ela, não sei o que seria dos nossos pés em pleno verão! Respirabilidade e conforto aprovados. Aderência O solado de borracha reciclada garante boa aderência e grande durabilidade. Durante treinos de tiro (velocidade elevada) a resposta foi muito satisfatória. Estabilidade (controle de movimento) Na corrida, a sua estabilidade é conferida pela tecnologia Dynamic Support. Percebi um grande controle do movimento, pois o ajuste dos pés ao tênis proporcionou grande segurança nas passadas. A apreciação da estabilidade confere reduções do estresse articular e de riscos de contusão. Conclusão O Nike LunarEclipse+2 desponta como opção de peso para os que buscam um tênis com leveza, amortecimento e durabilidade. Se treinar já é gostoso, pode ficar melhor ainda! Anderson Lopes Personal Trainer e Consultor em Treinamento Físico, Esporte e Saúde E-mail: andersonpersonal@me.com Twitter: @andsoulop
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Que tal a sua marca ser vista por esse público? Anuncie na ESTILOTENIS www.estilotenis.com.br 11 8208 3698
TREINAMENTO
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PÓS-FOLIA E CORRIDA DE RUA, MAIS UMA ETAPA DO SEU TREINO | por Anderson Lopes
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PÓS-FOLIA E CORRIDA DE RUA, MAIS UMA ETAPA DO SEU TREINO | por Anderson Lopes
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e você conseguiu manter a assiduidade nos treinos durante a semana do carnaval, parabéns, pois estará pronto para a etapa seguinte; se não, poderá continuar, porém sentirá falta da semana que não treinou.
6. Realize sempre a caminhada rápida antes do treino principal. Não há necessidade de alongar antes, mas imprescindível no seu término;
A terceira parte do programa sugerido deve ser realizada nas próximas quatro semanas. Algumas regras devem ser respeitadas para se ter resultado:
8. Queimar etapas pode aumentar o risco de se lesionar. Siga corretamente o indicado. Caso sinta algum tipo de dor, suspenda imediatamente o treino. Se sentir a mesma numa segunda sessão, busque ajuda médica;
1. Escolha o período do dia que melhor atenda ao seu treino de corrida. Considerando a temperatura da estação e o horário de verão, melhor antes das 9 e após 17 horas; 2. Se possui algum tipo de restrição clínica ortopédica, cardíaca, respiratória ou outra, verifique com o seu médico de confiança; 3. Evite locais de tráfego intenso de carros, tais como parques, praças ou ruas de menor movimento; 4. Respeite o intervalo de pelo menos 48 horas entre uma sessão e outra. Também pode ser realizado terças, quintas e sábados/domingos (depende da sua disponibilidade); 5. Alimente-se antes da sua corrida. Dê preferência a alimentos leves (pão, fruta, suco de fruta, etc);
7. Beber água faz parte do treino. Evite excessos, pois o desconforto pode interromper a sua sessão de treino;
9. Use protetor solar, roupas e acessórios adequados para a prática da corrida de rua. Acompanhe a nossa coluna Test-drive com muitas dicas!; 10. Ao interpretar o treino, verifique o significado correto da legenda; 11. Aguarde a quarta e última sequência de treinamento de corrida, na edição 8 da Estilo Tenis! Bons treinos! Anderson Lopes Personal Trainer e Consultor em Treinamento Físico, Esporte e Saúde E-mail: andersonpersonal@me.com Twitter: @andsoulop
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PÓS-FOLIA E CORRIDA DE RUA, MAIS UMA ETAPA DO SEU TREINO | por Anderson Lopes
Dia
Semana 1
Semana 2
Semana 3
Semana 4
Segunda
T.T. 38' 5'-car 3x(9'-col/1'-car) 3'-cal
T.T. 41' 5'-car 3x(10'-col/1'-car) 3'-cal
T.T. 38' 5'-car 6x(4'-col/1'-com) 3'-cal
T.T. 38' 5'-car 10x(2'-col/1'-com) 3'-cal
Terça
Day off
Day off
Day off
Day off
Quarta
T.T. 50' 5'-car 2x(3'-col/1'-car/6'-col/1'car/9'-col/1'-car) 3'-cal
T.T. 38' 5'-car 6x(4'-col/1'-com) 3'-cal
T.T. 40' 5'-car 8x(3'-col/1'-com) 3'-cal
T.T. 38' 5'-car 10x(2'-col/1'-com) 3'-cal
Quinta
Day off
Day off
Day off
Day off
Sexta
T.T. 38' 5'-car 3x(9'-col/1'-car) 3'-cal
T.T. 41' 5'-car 3x(10'-col/1'-car) 3'-cal
T.T. 40' 5'-car 8x(3'-col/1'-com) 3'-cal
T.T. 32' 5'-car 2x(12'-col/2'-car) 3'-cal
Sábado
Day off
Day off
Day off
Day off
Domingo
Day off
Day off
Day off
Day off
Legenda:
T.T.-tempo total; cal-caminhada leve; car-caminhada rápida; colcorrida lenta; com-corrida moderada; cor-corrida rápida
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UM DESFILE COM OS SNEAKERS MAIS DESCOLADOS DO ÚLTIMO MÊS | por Eduardo Sena
Com vocês, “Os Eleitos”. Os sneakers que deram o que falar no último mês!
adidas mastermind japan
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UM DESFILE COM OS SNEAKERS MAIS DESCOLADOS DO ÚLTIMO MÊS | por Eduardo Sena
M
uita coisa incrível desfilou nos pés mais descolados no último mês e algumas delas você vai ver aqui e agora. Têm a volta de grandes clássicos, novidades com pinta de old school e colaborações que valem cada centavo investido. Com vocês, “Os Eleitos”. Os sneakers que deram o que falar no último mês! adidas Originals ZX 8000 Um clássico dos anos 80 que nunca sai de moda, ressurge em uma versão que traz o mesmo sistema de torção apresentado aos corredores na época do seu lançamento original, além da nova colorway em white/ supergreen/purple. Nas lojas em março!
Android Homme – Propulsion Hi Criado pra ser um sneaker tão bom pra usar aqui na Terra quanto fora dela, este Android Homme traz acabamento futurista em couro metálico e veludo, que contrastam com versões que têm detalhes em azul e vermelho. É realmente um tênis de outro planeta. A edição limitada a 75 pares também estará nas lojas em março.
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UM DESFILE COM OS SNEAKERS MAIS DESCOLADOS DO ÚLTIMO MÊS | por Eduardo Sena
Gourmet Novel L Já falei que o mundo é dos Mids? Pois é, aqui vai mais um modelo animal da Gourmet que vem pra somar à coleção Primavera 2012 da marca. Bonito e discreto, o modelo não tem muitas costuras, o que destaca o detalhe do velcro com o nome em relevo no calcanhar. Pena que esse só está à venda no Canadá.
Nike Manor PRM Ainda acho que o mundo é dos Mids. E minha tese se fortalece ao ver o Nike Manor PRM, um mid bacana, em couro premium com clima casual, que abre mão do swosh tradicional nas laterais para propor apenas o despretencioso NSW (Nike Sportswear), na etiqueta da língua. Bom gosto nas cores verde hortelã e cáqui. Já está nas lojas gringas e eu ia! ASICS Gel Lyte Speed Tomatoes Mais um clássico que sempre aparece com novas cores, mas mantém o DNA, é o ASICS Gel. Nessa versão bem colorida, o tênis traz o conforto da estrutura que faz sucesso desde 1989, quando o modelo foi lançado, e os respingos em vermelho justificam o “tomatoes” do nome. Nice!
Foot Patrol x Le Coq Sportif Eclat Não sei você, mas eu tive o prazer de acompanhar a Le Coq Sportif no Brasil e sou fã de carteirinha. E ver esse modelo ressuscitar seu famoso corredor dos anos 80, Eclat, numa colaboração entre a marca e a London’s Foot Patrol, dá uma saudade dos tempos da “marca do galinho” por aqui. Saudade que só aumenta ao saber que esse modelo só terá 85 unidades, vendidas apenas em algumas cidades da Europa.
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UM DESFILE COM OS SNEAKERS MAIS DESCOLADOS DO ÚLTIMO MÊS | por Eduardo Sena
adidas Originals Marathon 88 Pode parecer favoritismo, mas não é. Colocar esse adidas Marathon 88 nos tops desse mês é obrigação. Quem viu o modelo em ação nos anos 80 sabe do que eu to falando. Um tênis lindo, que era o preferido dos corredores de elite do mundo quando foi lançado, foi re-editado em 2012 para os Jogos Olímpicos de Londres e volta agora mais uma vez. Mas por enquanto, só no Reino Unido.
Converse Chuck Taylor edição Gorillaz A Converse sua primeira grande colaboração do ano: uma coleção com quatro modelos do clássico Chuck Taylor em uma versão em homenagem à banda Gorillaz. Os tênis trazem ilustrações criadas exclusivamente para o projeto por Jamie Hewlett, co-criador do Gorillaz. Pra quem é fã do tênis e da banda, fica a dica. Disponível na loja online da CONVERSE americana até o fim de fevereiro.
SUPRA The Society “Midnight” Sou fã do estilo e da qualidade dos sneakers SUPRA, principalmente dos hight tops. É o caso desse Black incrível, em couro premium, com detalhes em vermelho, entressola branca e bordado no calcanhar. O tênis ainda tem revestimento em neoprene, cadarço vermelho e detalhe de velcro superior. Já tem no site da SUPRA, mas só na gringa.
É isso. Mês que vem tem mais! Curtimos SNEAKERinHEAD no facebook http://on.fb.me/A28Etm
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CARREIRA
EDIÇÃO #7
CRIATIVIDADE E AUTOCONHECIMENTO | por Nélio Bilate
A criatividade tem sido tema de vários workshops e encontros que faço. Aliás, sempre foi. Mas hoje vejo uma necessidade das pessoas quererem ser criativas, buscarem a criatividade e até fazerem cursos de criatividade. Devo dizer que isso não está em cursos ou manuais... A criatividade é um processo que deve partir de dentro de cada um de nós e com a força e o poder do autoconhecimento. Ser criativo significa assumir que podemos fazer diferente, que podemos transformar, desenvolver uma nova maneira de fazer as coisas. Criar é o princípio básico da necessidade de viver de uma forma, digamos “revisitada”. Criar um novo hábito, vestir uma roupa diferente, rir diferente, criar e conquistar novas coisas, pessoas, metas, propósitos. A criatividade não é algo complicado. Não deve ser mesmo. Precisamos ser mais simples nessas “coisas” que dizem que devemos ser ou fazer. E então, surge o termo “co-criação”, que é criar junto, em colaboração com o outro. Virou moda agora. É “co” para tudo, até para o que eu ainda nem tenho comigo mesmo. Então como vou fazer com o outro ? O início está em nós mesmos, em nosso sentir que deve ser respeitado, ligado, religado e assumido e também provocado em toda sua dimensão. Somos seres do pensar, do sentir e do agir. Mas infelizmente nos tornamos mais fazedores e por isso queremos fazer o tal curso de criatividade achando que isso vai despertar, vai acionar a criatividade dentro de nós. Pode ajudar, mas não resolve.
A solução, só pra variar, está dentro de nós mesmos. A solução está em reconhecer que somos criativos em muitas coisas no nosso dia a dia mas não nos damos conta disso. Somos atropelados pelo “fazer” e pelo “agir” e isso nos tira da conexão com o nosso poder criativo, com o nosso poder de inovar e de pensar diferente.
Devemos nos provocar todos os dias para esse movimento, que depende da nossa arte interna e não externa. Todos somos artistas e maravilhosos criativos da vida. Todos temos a capacidade de criar e aprender a criar. Uns mais que os outros, é claro, mas não podemos confundir o talento da criação com a capacidade de criar. Somos capazes. Somos, porque pensamos, porque sentimos, porque estamos vivos. Pois então, que possamos nos observar e nos entender em nosso mundo interno das criações diárias, para depois olhar pra fora e crescer, aprender, estimular e transformar até o que já foi recriado.
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CARREIRA
EDIÇÃO #7
CRIATIVIDADE E AUTOCONHECIMENTO | por Nélio Bilate
Precisamos nos provocar pra isso. Precisamos nos dar conta de que somos responsáveis pela nossa própria evolução, sem precisarmos de tantos estímulos externos para isso. Observar o outro olhando para si mesmo é sem dúvida um grande exercício para o processo criativo. O problema é que não observamos mais ou estamos observando pouco. E junto com essa escassez de observação está a escassez em ouvir o outro, em prestar atenção nas pessoas, nas coisas, nos grupos, na cidade, no país e finalmente no planeta.
Que a escola da vida possa ser a melhor mestra para a criatividade. E que o respeito a nós mesmos e aos outros possa estimular o nosso verdadeiro propósito de vida. Desejo dias criativos para todos. Desejo que todos possam reconhecer que a criatividade está nas coisas simples da vida. No nosso dia a dia, tão engolido pelo agir e pelo fazer. Lembrem-se: ser criativo depende de ser humano. E isso nós somos.
Queremos ser encontrados, mas não estamos tendo a capacidade e a humildade de encontrar ninguém. A criatividade vem desse encontro interno para depois encontrarmos o externo. E ai, temos o milagre da percepção, da intuição, da sensibilidade. Tudo isso é caldo para a criatividade, para a inovação e porque não dizer para a felicidade. Que possamos nos abrir para nós mesmos e que essa abertura nos permita nos abrir para o mundo e para as pessoas maravilhosas que habitam esse nosso mundo sem fronteiras, assim como a criatividade e a inovação. Sem fronteiras, sem amarras, sem aulas ou cursos, sem manual ou “guidelines” que ao invés de abrir, fecham e podem restringir o nosso melhor, o nosso poder autêntico, a nossa verdade interior e o nosso jeito de ser. O jeito de cada um de amar, de sentir e de se conectar.
Nélio Bilate é consultor da área de desenvolvimento humano da DBM e empresário da NBHEART. www.nbheart.com.br
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ORGANIZAÇÃO
EDIÇÃO #7
ESPAÇOS “SEM UTILIDADE” PODEM SER A SOLUÇÃO PRA SUA BAGUNÇA| por Cintia Covre
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todo o momento pensamos em reorganizar os espaços a fim de caberem mais peças e esquecemos que existem outros espaços dentro de casa que também podem ser utilizados de maneira inteligente - eu os chamo de “espaços vazios”. Aqui vão algumas dicas bem práticas para que você transforme esses lugares em algo bem funcional. Uma parede vazia, por exemplo, é uma ótima pedida para se montar prateleiras. Elas acomodam muito bem livros, DVDs, equipamentos, entre outros objetos. Um cuidado que devemos ter é com o pé direito do local. Se ele for muito alto atente-se para não guardar objetos que você use muito nas prateleiras mais altas, senão, ficará complicado. Uma ideia é reservar estes espaços para peças de coleção.
Vamos a eles? Meça o tamanho dos seus sapatos casuais, dos tênis e dos sapatos sociais que, geralmente, são maiores. A partir daí, peça para o marceneiro projetar cada espaço com divisões de acordo com as medidas tiradas. Lembre-se que todos os pares de calçados precisam estar bem acomodados. Outra dica é saber quantas partes terá essa sapateira. Geralmente são duas. Digo isso porque, além de caber debaixo da cama, você precisa que ela saia completamente para que tenha a visão de todos os pares quando puxá-la. É por isso que ressalto que a etapa do planejamento é tão importante. Agora é com você. Olhe atentamente para os espaços da sua casa sem uso e mãos à obra!
Outra dica é para os banheiros. Ao invés de deixar um cesto para roupa suja, por que não colocar um ganchinho atrás da porta com uma sacola reciclável bem bonita, daquelas que você provavelmente já ganhou após as compras em lojas da moda? A gente adora, guarda todas e mal usa! Naquele cantinho do velho cesto, você pode comprar ou reformar um móvel e guardar melhor outros itens, separando tudo por tipo. Vai ser bem útil, pode apostar! Outra sugestão é aproveitar o espaço vazio debaixo das camas. Com a ajuda de um marceneiro, você pode elaborar um móvel superprático para guardar seus sapatos. O marceneiro vai ajudá-lo a montar uma sapateira horizontal da maneira mais prática possível, com rodinhas e mais alguns detalhes que fazem parte da organização.
Cintia Covre é proprietária da Otimiza Design empresa especializada em organização de ambiente / www.otimizadesign.com.br / fone: 11 7152-5552
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MAKING OF
EDIÇÃO #7
O QUE ACONTECE NOS BASTIDORES | por ESTILOTENIS
Making Of com o nosso entrevistado da #Capa, João Marcello Bôscoli. Acesse o link abaixo e CURTA o que nós CURTIMOS.
http://on.fb.me/yEBE4p
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FIM DE PAPO
EDIÇÃO #7
DIVÃ | por Zeca Salgueiro
- Sei, sei... - ... e eu estava tentando subir uma escada que estava escorregadia. Podia ser minha tentativa de ascensão na empresa. - Sei, sei – disse ele pensando na derrota do Timão pro Cia. Norte na Copa do Brasil de 2.005. - ...mas eu não sou promovido há dezoito anos! O que o senhor acha??? – perguntou o paciente, desesperado. - O que você acha disso? – retrucou o psicólogo. - Eu não sei... - Então. É por isso que estamos aqui. Você tem que chegar a uma conclusão por si só. Eu só mostro o caminho. - Mas até agora o senhor não me mostrou nenhum! – argumentou o paciente. - Tem certeza? - ... Plim! Acabou a sessão. - Nos vemos na quarta, mas... pense bem sobre o que eu te disse... - Mas o senhor não disse nada! - Tem certeza? Fechou a porta na bunda do paciente se perguntando de como tinha escolhido essa profissão. Era reclamação em cima de reclamação. Só choradeira. Quando alguém ria no divã era um riso histérico, quase psicótico. Não. Precisaria mudar algo. Quebrar regras. Onde estava aquela rebeldia da época da faculdade? Ficou soterrada embaixo da barriga? - Hum... – pensou - E essa barriga, hein? Estava se sentindo o último dos homens. Não conseguia dormir. Pensou no que fazer. Pronto! Era isso. Não mais respostas vãs. Chega de comentários vazios, seguidos de florais de Bach, Beethoven, ou sei lá mais quem... Não, agora seria o verdadeiro psicólogo. O que fala a verdade pros pacientes.
Já tinha passado por situações de perigo na profissão. Uma mulher tentou fazer xixi no tapete do consultório só para marcar território e provar a validade do feminismo. Foi difícil segurá-la. Ela tinha um metro e oitenta, oitenta quilos e um buço maior do que qualquer bigode. Mas onde estava sua fibra, meu Deus? Escreveu algo, à mão mesmo, para não esquecer da missão dos próximos dias, e, quem sabe, da sua vida.
- Bom dia dona Carmem! - Bom dia Dr.! Seu primeiro paciente de hoje está esperando. - Bom dia Clóvis. Vamos entrar? - Doutor – começou o paciente. - Tive outro sonho com aquele homem e ... - Clóvis – disse o psicólogo. - Já sei o que acontece com você. - É estresse Dr.? - Não Clóvis, não é estresse. Você é gay.
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FIM DE PAPO
EDIÇÃO #7
DIVÃ | por Zeca Salgueiro
O ar ficou pesado. Era a primeira revelação que fizera assim em toda sua carreira. Não sabia o que esperar. - Aaaaaaaiiiiiiiiii!!!!! Obrigada doutor!!!!! Agora finalmente eu posso usar o nome de Walkíria!!!!! Posso me montar! Me dá um beijo!!!!! Aaaaaaiiiii que felicidade!!!!! E foi embora pulando. - Ufa – pensou. – Não foi tão difícil assim. O resto da semana foi assim. Revelações surpreendentes, palpites de verdade. Na terapia de casais então, nem se fala. - Ele quer dar umas palmadas na sua bunda? Deixa dar. Quando doer você fala! – Argumentava o doutor.
- Ele te traiu? Processa o cafajeste! - Complexo de Édipo o escambau! Arranja uma garota de programa de cinqüenta anos e larga sua mãe antes que eu chame a polícia! – gritava o doutor. – Some! Adorou. Começou a escrever um livro com as anotações das sessões mas foi ameaçado de processo por querer usar os nomes verdadeiros. D. Carmem, a secretária, não gostou dos resultados (pouco ortodóxos) e pediu as contas. Não sem antes comunicar tudo ao conselho de psicologia. Cassaram o diploma dele e quase o internaram num manicômio. Mudou-se para o interior do Pará, onde tem uma pequena fazenda. Prepara algumas poções e fala com os animais. No meio do mato a verdade não dói tanto.
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EDIÇÃO #7