ESTILOTENIS#9

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ESTILOTENIS #9

GIOVANI DECKER CONVERSE ALL STAR

A HISTÓRIA POR TRÁS DE UM DOS MAIORES ÍCONES DA CULTURA POP

À FRENTE DA ASICS BRASIL, ELE CONTA OS DESAFIOS E CONQUISTAS DESSE GIGANTE NO PAÍS

DUBAI EXISTE

ACREDITE: A GENTE FOI LÁ E CONFERIU

FREE RUN+ 3

COLOCAMOS OS PÉS NO MAIS NOVO LANÇAMENTO DA NIKE!

MAIS QUE UM NOME

7D MOSTRA PORQUE É REFERÊNCIA NO MUNDO DOS EVENTOS

ANTIGOMOBILISMO: UM DIA VOCÊ VAI GOSTAR DISSO DUAS VEZES VAN HALEN NA FLÓRIDA: A GENTE VIU! OS SNEAKERS QUE QUE O MUNDO VIU NO ÚLTIMO MÊS SAÚDE: CADA UM NA SUA FREQUÊNCIA

UM NOVO OLHAR, UM PROPÓSITO DE VIDA, UM JEITO DESPOJADO DE CURTIR A SUA VIBE.


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EDIÇÃO #9

DIREÇÃO DE EDITORIAL | PARA FRENTE SEMPRE

MARCELLO BORGES BARBUSCI mv marcello@barbusci.com.br @mbarbusci www.barbusci.com.br

EDUARDO SENA dudsweb@gmail.com @vainaminha_ www.vainaminha.com.br

ZECA SALGUEIRO zecasalgueiro@gmail.com @ZecaSalgueiro zecasalgueiro.blogspot.com

“A imaginação é mais importante que o conhecimento.” Albert Einstein


EDITORIAL

EDIÇÃO #9

BRASIL: O PAÍS DO CONTRA Vivemos em um momento onde fazer o contrário é a política aplicada. Há alguns anos atrás, exatamente em 1989, elegemos Fernando Collor de Mello como nosso Presidente da República. Por pior que ele tenha sido, e foi, tivemos a chance de presenciar a abertura das fronteiras. Os fuscas passaram a concorrer com os Ladas, nosso primeiro automóvel importado. Desde então começamos a ter acesso a coisas que somente víamos na TV ou nas revistas importadas. Passado o problema da nossa inflação diária ajustada pelo nosso ministro da fazenda em 1993 e posteriormente Presidente da República (1995 a 2002), Fernando Henrique Cardoso, o país vem caminhando na estrada do crescimento. Porém… sempre temos um porém. Com a chegada do novo governo (nunca antes neste país), passamos a usar a política do contrário para ajustar a política econômica do Brasil. Em setembro de 2011, tivemos um decreto presidencial que regulamentou o aumento do IPI em 30% para os carros importados. Uma punhalada nas costas da abertura de fronteiras. Qual a alegação? Segundo o nosso Ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi de proteger os fabricantes nacionais do aumento da concorrência com os produtos importados. A mesma política encontramos no mercado de calçados, mais especificamente nos usados para praticas de esportes. Hoje temos os grandes players do mercado instalados aqui no Brasil. Não fabricando, mas colocando os seus lançamentos nos pés de quem antes só podia adquirí-los comprando lá fora. E porque eles não fabricam os seus produtos aqui, já que temos mão de obra qualificada para este segmento entre outros?

Simples. A tributação em nosso país é absurda, o que força as grandes marcas a manterem suas produções em outros países com menores tributações para poderem trazer seus produtos a preços competitivos e proporcionando a aquisição pelas novas classes emergentes além do público tradicional. E o que o nosso governo faz perante a isso? Nada. Ele simplesmente aumenta a taxação para os produtos importados pelos players. Ou seja, o Brasil é o pais do contra. Ao invés de baixar a tributação das empresas nacionais, tanto trabalhistas como as de fabricação (influência direta uma na outra), ele aumenta a tributação dos importados achando que isso vai gerar uma melhor concorrência. Será que eles não pensam que isso poderia gerar um número considerável de novos empregos, trazendo essas empresas para fabricar em nosso país e concorrer diretamente com as empresas brasileiras de igual para igual? Com certeza não. O que se pensa é em como arrecadar mais e mais sem se importar com os empresários e o trabalhador que, por consequência, é o público consumidor. Até porque eles não fazem parte de nenhuma destas três classes. Eles são a elite, os monarcas. Mas o que este texto todo tem haver com a nossa revista? Tudo. Pois mostramos nesta edição que apesar de todos os percalços, ainda existe gente que quer investir neste país pois acredita na melhoria, da mesma forma que nós acreditamos. Hoje vivemos em cima de um ditado antigo: “O povo tem o governo que merece”. E hoje temos o governo do contra. Só depende de nós para mudar isso para melhor. IS WE. Boa leitura Barbusci, Sena e Zeca


SUMÁRIO

#CAPA: GIOVANI DECKER

ELE TROUXE A PRIMEIRA FLAGSHIP STORE DA ASICS PARA O BRASIL E NOS CONTA COMO FOI.

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CULTURA: CONVERSE ALL STAR CONVERSE ALL STAR: ENTENDA PORQUE ESTE ÍCONE DA CULTURA POP NUNCA SAI DE MODA

PAPO RETO EM DOSE DUPLA DESCOBRIMOS OS SEGREDOS QUE FAZEM DA 7D UMA REFERÊNCIA NO RAMO DE EVENTOS. FERNANDO VIDAL E DANIEL CARDOSO DESVENDAM O “ANTIGOMOBILISMO”.

#CURTIMOS DIRETO DA FLÓRIDA, NOSSO ENVIADO ESPECIAL CONTA COMO SOBREVIVEU A DOIS SUPER SHOWS DO VAN HALEN SNEAKERinHEAD OS SNEAKERS QUE O MUNDO VIU E VOCÊ VAI QUERER DESOPILANDO ANGRY WATERS: UMA BANDA DE MINNESOTA, TRABALHANDO O ESPÍRITO DO ROCK N’ ROLL.

ESTILO POR AÍ: DUBAI

CARREIRA ASSERTIVIDADE COM DIVERSIDADE

ESTIVEMOS NO FRONT PARA CONFERIR TODA A GRANDIOSIDADE DESSE LUGAR

TEST DRIVE CONFORTO E NATURALIDADE NO NOVO NIKE FREE RUN +3.

SAÚDE FREQUÊNCIA CARDÍACA: COMO MANTÊ-LA NO RITMO E VIVER BEM

FIM DE PAPO CONTEÚDO EXTRA CRÉDITOS



NA TRAVE

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NOSSAS DESCULPAS | por ESTILOTENIS

Uma correção!

Na edição #8, seção “ESTILO por aí”, no artigo “Santos - um passeio divertido pela orla santista”, há

um erro.

Na assinatura escrevemos: “Marcos Augusto Ferreira é jornalista e santista”. O correto é: “Marcos Augusto Ferreira é jornalista, miracatuense e transeunte santista.” http://issuu.com/estilotenis/docs/et8

Nossas desculpas

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CURTIMOS

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VAN HALEN EM DOSE DUPLA NA FLÓRIDA: oportunidade única, e você vai ver porque | por Fabio Gadel

“Mesmo estando mais velho e já não ter aquele pique todo do início de carreira, Dave não deixou de dar seus característicos saltos com chutes giratórios, ”

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VAN HALEN EM DOSE DUPLA NA FLÓRIDA: oportunidade única, e você vai ver porque | por Fabio Gadel

T

odo mundo conhece o Van Halen – ponto. Seja pela famosa introdução de teclados de “Jump”, seja pelo solo de guitarra de “Beat it”, de Michael Jackson. Depois de anos de brigas e tudo o mais que cerca uma grande banda, feita por grandes músicos com grandes egos, vivenciar sua nova fase é, no mínimo, um alento para qualquer alma. Vem comigo! Demorou mas aconteceu! A grande oportunidade de ver minha banda favorita desde os 11 anos de idade. E com o seu vocalista original, o que parecia uma coisa impossível, dado o histórico de brigas entre eles. Finalmente eu embarcaria para a Flórida para conferir não apenas um, mas dois shows do Van Halen, um em Orlando e outro em Tampa.

Assim que o avião pousou em Orlando, me apressei para a porta da aeronave tentando ganhar o máximo de posições para evitar muita demora na imigração; passei como um raio pela classe executiva e sem querer atrapalhei um passageiro que se levantava, que olhou meio feio para mim - era o Giba do vôlei! Mal aê, Giba! Imigração vencida e convencida, carro econômico retirado, check in no hotel feito, parti para meu primeiro compromisso, comprar o CD novo para ouvir com calma e não ser surpreendido no show por alguma música que não conhecesse. Isso seria vergonhoso para um fã que atravessa o oceano para ver seus ídolos.

Meu grande amigo e parceiro para viagens desse tipo, às voltas com problemas de reformas em sua residência, não conseguiu dessa vez o alvará de liberação de sua esposa para me acompanhar, mas para mim tudo estava totalmente relativizado, era o Van Halen! Mesmo sozinho eu faria tudo que estivesse ao meu alcance e após reservar tudo pela internet (voo, carro, hotel e ingressos), embarquei no dia 10 de abril para Orlando. Os shows seriam dia 12 de abril em Orlando e 14 de abril em Tampa, e eu ficaria hospedado em Orlando no simpático e barato Ramada Convention Center. No penúltimo dia eu faria um bate-volta à Tampa para ver o show e voltaria logo após para Orlando para buscar a bagagem e voltar para o Brasil.

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VAN HALEN EM DOSE DUPLA NA FLÓRIDA: oportunidade única, e você vai ver porque | por Fabio Gadel

Durante o resto dos dias 10, 11 e 12, enquanto rodava para comprar algumas encomendas de amigos nos outlets Premium e Prime, no Flórida Mall, e principalmente no Walmart, ouvi compulsivamente o CD no carro. Da primeira vez que ouvi gostei muito das 3 primeiras músicas. Da segunda vez gostei da quarta e da quinta. A partir da terceira percebi que o CD “A Different Kind Of Truth” é todo muito bom e recomendo a todos, principalmente para os fãs da fase com Dave Lee Roth nos vocais, mesmo porque parte das músicas são músicas da época, que não haviam sido gravadas ainda. Finalmente chegou o primeiro show, no Amway Center, ginásio do Orlando Magic.

Cheguei às 17h, o show era às 19:30h. Tomei uma cerveja num carrinho na porta e já ficava emocionado cada vez que aparecia, no telão gigante do lado de fora do estádio, a foto deles com o escrito: “Van Halen Today”. Minha emoção se alternava com a inveja que eu sentia ao olhar para a pequena fila dos que tinham comprado o pacote VIP... esses teriam acesso ao camarim e conheceriam... pessoalmente... deixa pra lá. A abertura dos shows seria feita por ninguém menos que “Kool & The Gang”. Ouvi muita gente que achou essa escolha estranha. Eu achei curioso mas gostei, pois nunca tinha visto eles ao vivo e sem dúvida foi uma escolha muita esperta, pois após a sequência de hits e clássicos dos anos 70 e 80, não tinha uma pessoa dentro do Amway Center que não estivesse animada e com o astral altíssimo. Só para ter uma ideia eles tocaram “Jungle Boogie”, “Get Down On It”, “Ladies Night”, e terminaram com “Celebration”. Fala aí, vai?

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VAN HALEN EM DOSE DUPLA NA FLÓRIDA: oportunidade única, e você vai ver porque | por Fabio Gadel

Por volta das 21h apagam-se as luzes, Alex Van Halen manda uma rodada nervosíssima na bateria e a banda entra no palco e executa nada menos do que “Unchained”. Certamente eu não fui o único ali que perdeu uma lágrima ou duas nessa hora - e daí pra frente começou um dos shows mais emocionantes da minha vida. O setlist de 24 músicas foi uma compilação de todos os clássicos e algumas músicas do CD novo. O som estava muito bom, a começar pelo timbre do baixo, com mais distorção do que costumava usar Michael Anthony. Isso garantia uma dose extra de peso ao som de Wolfgang Van Halen (filho de Eddie Van Halen), que mesmo sofrendo certa antipatia dos fãs que gostariam de ver a formação 100% original, tocou muito bem e conseguiu reproduzir fielmente os backing vocals que Mike fazia tão bem.

A bateria tinha o timbre grave característico de Alex Van Halen, que tocou muito bem e proporcionou uma base que conseguia unir extrema segurança com uma dificuldade técnica enorme e sempre com seu estilo bem conhecido de tocar. Dave Le Roth, que deslizava de lá para cá sobre umas placas aparentemente de madeira, bem escorregadias, colocadas no meio e na frente do palco, entretinha a todos com sua personalidade mega carismática. Cantava bem desencanado, quase displicente, e chegou a esquecer totalmente a letra da música “Hear About It Later”, fato que não se repetiu no show de Tampa, onde ele cantou a letra de forma bem detalhada... coincidência? Mesmo estando mais velho e já não ter aquele pique todo do início de carreira, Dave não deixou de dar seus característicos saltos com chutes giratórios, rodar os pedestais e ainda fez uma performance nervosíssima com um bastão, coisa que muito moleque de fanfarra de escola por aí não conseguiria com certeza.

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VAN HALEN EM DOSE DUPLA NA FLÓRIDA: oportunidade única, e você vai ver porque | por Fabio Gadel

No geral, a vibe da banda é muito boa e contagiante durante todo o show não tem nenhum momento que não seja mágico, até o solo de bateria de Alex é empolgante. O público, mesmo não sendo animado como tradicionalmente é o público brasileiro, cantava todas as músicas e respondia prontamente à qualquer movimento ou chamado da banda no palco.

Sobre Eddie Van Halen é difícil dizer algo que nunca foi dito. O que mais me impressionou nele não foi sua técnica absurda nem seu timbre de guitarra (que não era o famoso “Brown Sound” de antigamente, mas ainda assim um som muito bonito, definido e pesado), e sim a forma como tocava tudo com muita facilidade, quase brincando, coisas que para qualquer guitarrista seriam super difíceis de executar (eu que o diga!). Ele toca aparentemente sem muita preocupação de querer mostrar o quanto toca mas deixa isso transparecer. Claramente, o objetivo principal é fazer o som soar divertido enquanto ele próprio se diverte, e isso foi uma aula à parte. Atrás do palco um telão gigantesco, com qualidade e imagem incríveis, mostrava closes dos integrantes filmados ao vivo, ali na hora, alternadas com imagens filmadas em outras situações. Pulos e danças de Dave e cenas de ruas e carros passando em alta velocidade, tudo muito legal e hipnotizante. Difícil resistir a passar o show inteiro com os olhos pregados no telão.

Tocaram clássicos como “Somebody Get Me A Doctor”, “You Really got Me”, “Hot For Teacher” e “Panamá” e algumas ótimas surpresas como “I’ll Wait” e “Girl Gone Bad”. Claro que não faltou o clássico solo de Eddie, que durou uns 15 minutos e contou com trechos de “Cathedral” e “Eruption” alternados com improvisos e outras apavoradas sensacionais que são marca registrada do guitarrista, mas que nunca deixam de surpreender.

Seguindo uma atual tendência de muitas bandas não houve bis, o show terminou com “Jump” em meio a uma chuva de papel picado e as luzes se acenderam assim que a banda se despediu e deixou o palco.

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VAN HALEN EM DOSE DUPLA NA FLÓRIDA: oportunidade única, e você vai ver porque | por Fabio Gadel

Todos estavam felizes, principalmente eu, que não conseguia tirar o sorriso do rosto enquanto saía do Amway Center rumo ao estacionamento para buscar o carro. Na volta parei para comer no Denny´s. Imagino que a minha empolgação estava estampada na minha cara enquanto eu via as fotos que tinha tirado no show e os vídeos que tinha conseguido fazer, pois estava num lugar muito bom na pista, do meio pra direita e umas 5 ou 6 fileiras à frente da mesa de som.

call booth, me deparei com a fila VIP lá dentro. Aproveitei que passava um jogo do Barcelona na TV, e fiquei assistindo ali, ao lado da fila, para ver se, quem sabe, veria algo de diferente. Nada de mais. Saí para uma praça na frente das entradas principais, onde, como na maioria dos shows que acontecem lá, já estava montado um palco onde uma banda tocava e animava a galera que ia chegando. A banda era legal e tocava alguns covers interessante, inclusive uma versão bem pesada de “Poker Face”, da Lady Gaga.

Mais um dia comprando encomendas e escutando o CD e chega o dia do segundo show. Acordei um pouco mais tarde, tomei um café reforçado, abasteci o carro e parti para Tampa. A viagem demorou uns 45 minutos e cheguei lá bem cedo, e dei uma rodada pela cidade para ir às lojas de instrumentos musicais. Fui nas já tradicionais cadeias Sam Ash e Guitar Center, e tive tempo pra procurar algumas lojas menores. Isso só serviu para chegar à conclusão de que hoje em dia, se você está procurando coisas um pouco mais específicas, o ideal é encomendar tudo pela internet, antecipadamente e mandar entregar no hotel onde você vai se hospedar, ou buscar diretamente na loja em que você encomendou através do site. E digo isso não só em relação a instrumentos musicais. O Tampa Bay Times Forum, local do show, é o ginásio do time de hockey Tampa Bay Lightning, e mesmo sendo um pouco menor que o Amway Center de Orlando, é muito simpático. Por volta das 17h eu já estava lá e ao entrar para buscar o ingresso no will

Meu lugar nesse show era um pouco mais longe do palco do que o lugar em Orlando, mas era bom também e pela localização, o som das músicas que filmei ficou melhor e as fotos, obviamente, ficaram um pouco diferentes.

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VAN HALEN EM DOSE DUPLA NA FLÓRIDA: oportunidade única, e você vai ver porque | por Fabio Gadel

O show do Kool & The Gang seguiu o mesmo esquema e também funcionou para aquecer a galera tanto quanto em Orlando; e o público de Tampa era um pouco mais animado e mais jovem. O show do Van Halen também seguiu o mesmo setlist e causou o mesmo efeito empolgante na galera. Dessa vez Dave não errou a letra de “Hear About It Later”, e no momento em que Dave pega um violão para tocar a introdução de “Ice Cream Man”, o telão mostrou cenas dele no seu rancho com seus cachorros pastores, enquanto eles corriam, cercavam o gado e depois vinham brincar com Dave. Parece estranho mas foi um belo e bucólico momento. Após o final de “Jump” saí tão emocionado quanto no primeiro show, dirigi de volta ouvindo numa rádio de Tampa um “Replay” do show, onde eles tocaram as versões de estúdio das músicas que haviam tocado no show, na mesma ordem. Achei sensacional. Também é digno de nota o fato de as rádios de rock de Tampa serem infinitamente melhores do que a única rádio de rock que consegui achar em Orlando.

Voltei para o hotel e ainda consegui dormir um pouco até a hora de fazer o check out do hotel e ir pro aeroporto. No voo da volta consegui não irritar ninguém e ainda fiz amizade com outras pessoas que também gostavam de Van Halen mas não tinham ido ao show, inclusive minha vizinha de poltrona, que era (apenas) a melhor patinadora do mundo, Fabíola Silva, muito gente fina por sinal. Espero que esse show venha para o Brasil. Primeiro porque adoraria ir de novo e dessa vez com meus amigos, e segundo porque acho que a reação do público brasileiro causaria uma catarse interessante e seria mais um show inesquecível. Quem puder confira no Youtube trechos do show e ouça o CD “A Different Kind Of Truth” que vale a pena. Palavra de músico e fã! # Fabio Gadel é guitarrista da banda Mundo Cao.

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7D: NOME CABALÍSTICO E UMA REFERÊNCIA NO RAMO DE EVENTOS | por Barbusci e Zeca

“Contratar um monte de gente estava fora de questão pelos custos que isso traria”

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7D: NOME CABALÍSTICO E UMA REFERÊNCIA NO RAMO DE EVENTOS | por Barbusci e Zeca

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um papo descontraído com TODO o pessoal da 7D dá pra sacar porque a empresa vai tão bem – os caras adoram o que fazem. Tudo bem que você já escutou isso, mas eles literalmente dormem no escritório quando precisam e não querem nem folga. Preferem ficar entre amigos! EstiloTenis: Robson, nós já conversamos antes sobre sua outra empresa (EstiloTenis#8), e ficou a curiosidade sobre essa “quase cooperativa” que você montou. Como surgiu a ideia de fazer isso?

RR: A 7D é dona de todo o equipamento físico que preciso para fazer os eventos e a minha outra empresa é obrigada a alugar esse equipamento da 7D. Também trouxe o pessoal do financeiro, o pessoal do design, vídeo, áudio, etc. Assim todos ganham e eu posso me concentrar na parte comercial – que nem está bem montada ainda. (risos)

Robson Rentas: Olha, realmente foi pela necessidade... eu precisava de gente pra fazer coisas que eu não dava conta, que era a parte burocrática, financeira, e até de gestão dos eventos. Contratar um monte de gente estava fora de questão pelos custos que isso traria. Pensei então em fazer uma cooperativa, mas não dava porque pra isso são necessárias, no mínimo, vinte pessoas. Conversei com meu contador e ele sugeriu que eu fizesse outra firma com todos os caras que eu queria como sócios, numa divisão igual de lucros. Topei. ET: E como foi a reação do pessoal? RR: Eram as pessoas que sempre trabalhavam comigo, contratados para cada evento. Eu propus a eles uma sociedade e está dando muito certo. ET: O que a empresa 7D faz que te ajuda?

Quer um exemplo? Tá vendo aqueles cases ali? (havia uns 10 cases num canto do depósito). São TVs de LCD, para locação e montagem e não fui eu quem comprou, foram os caras responsáveis pela parte de vídeo. Nesse ponto da conversa, Robson nos mostrou fotos de alguns eventos de grande porte realizados pela 7D e então fomos conversar com o resto da turma. ET: Vocês costumam dormir aqui? Walter: Não é sempre, né? Mas às vezes agiliza... melhor do que ir até em casa, voltar, etc.

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7D: NOME CABALÍSTICO E UMA REFERÊNCIA NO RAMO DE EVENTOS | por Barbusci e Zeca

ET: Qual sua especialidade? Walter: Sou responsável pela logística e montagem do equipamento. ET: Quanto tempo vocês levam para montar um evento grande? Walter: Ah, mais ou menos uns dois dias... por isso que a gente dorme aqui! (risos). Já pra desmontar leva apenas algumas horas. ET: Quem é o responsável por essa ilha de edição de vídeo? Marco: Sou eu! Walter: Ele é filho do Robson. ET: Desde cedo então, trabalhando com a galera aqui? Marco: É... eu faço os cortes das câmeras que estão ao vivo nos eventos, e em breve estaremos transmitindo esses eventos pela internet, pelo sistema de “broadcasting”.

Todos: Esse é o cara que chora no fim do mês!!! (risos) ET: Você também prepara os orçamentos? Leonardo: Não, eu faço as contas da empresa. Eu sou aquele cara que descobre que algum cliente atrasou e fala pra moçada “não comprem mais nada sem falar comigo!” ET: Você veio de onde? Leonardo: Eu estava no mercado, trabalhando num banco e fui para a Apoio (que é a outra empresa de Robson). De lá entrei na sociedade da 7D. É muito bacana, embora eu tenha que largar o computador pra vir aqui embaixo ajudar esse pessoal a carregar os caminhões! (risos) ET: Quem toma conta desse equipo de áudio. Eu tô vendo que é bem caro! Walter: O Buda! ET: Buda?

ET: Isso serve pra...? Marco: Serve como uma transmissão de TV mesmo. Quem não está no evento assiste as mesmas imagens de quem está lá e vê pelo telão do local. ET: Tudo isso é muito caro... quem faz o planejamento financeiro? Leonardo: Eu.

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7D: NOME CABALÍSTICO E UMA REFERÊNCIA NO RAMO DE EVENTOS | por Barbusci e Zeca

Buda: Eu me chamo José Roberto, mas se chamar pelo nome é provável que eu pare pra pensar, antes de responder! ET: Você tem nas mão um equipo muito bom (mesa digital Yamaha 01V, sistemas de PA da FZ, com interface para PC e Mac). Você começou na era digital, ou é das antigas? Buda: Eu quase fiz o som da Santa Ceia! Trabalhei no ginásio do Ibirapuera, Portuguesa... uma época em que pra carregar uma caixa de som eram necessários quatro homens. ET: Qual a mudança mais legal que você nessa transição do analógico pro digital? Buda: O digital é infinitamente mais prático. Antes você tinha que equalizar o seu PA (sistema de som de um evento), ouvindo um CD de referência e ajustando as frequências da sala... hoje o computador faz isso.

Por outro lado, tem gente que começou no digital e não sabe corrigir essas frequências na mão, quando necessário. Por isso que quando eu vejo um garoto se aventurando numa mesa de som eu digo: “olha, vai aprender como liga os cabos e monta a mesa, depois você vem tentar controlar o espetáculo”. Pode parecer babaquice, mas se dá um pau em alguma coisa, os caras se atrapalham... não sabem nem onde fica a tomada! * Ficamos mais um pouco conversando e rindo muito de casos que esse pessoal nos contava, mas era hora de ir embora. Tinha mais sócios que não puderam nos atender, por causa do trabalho, mas nem por isso deixaram de posar para as fotos. Todos muito simpáticos e felizes com o que fazem. Talvez porque saibam que podem construir mais juntos. Talvez porque é melhor estar de bom humor. Ou porque talvez, eles simplesmente gostem de estar entre amigos!

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VOCÊ SABE O QUE É ANTIGOMOBILISMO? DESCUBRA AQUI E AGORA | por Zeca Salgueiro

“Venda? Você já viu um pai vender seus filhos?”

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VOCÊ SABE O QUE É ANTIGOMOBILISMO? DESCUBRA AQUI E AGORA | por Zeca Salgueiro

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ocê vai chegando em uma casa em Jundiaí e já percebe que lá dentro há algo diferente, a julgar pelos grandes emblemas da Chrysler enfeitando a porta da garagem. Mas acredite, você não vai estar preparado para o que tem lá dentro! EstiloTenis: Cara, essa coleção impressiona! Sem contar o padrão de qualidade da sua oficina. Quando e como começou essa história? Fernando Vidal: Ah, desde moleque. Quando eu tinha uns doze anos fui com meu pai procurar um carro com motor potente o suficiente para puxar um trailer, e as opções seriam um Ford Galaxy ou um Dodge Dart. Chegando à concessionária eu vi um Charger grená, que a Dodge estava lançando, e fiquei literalmente apaixonado. Isso foi em 1982.

ET: E até hoje você só mexe com a Dodge? FV: Dodge, Chrysler e Plymouth. Tenho Dodges Dart, Chryslers Charger e um Plymouth. Entre todos, a raridade é um Crhysler 300 C, que é um dos 1.800 fabricados no mundo e o único da América do Sul.

ET: E da paixão à profissão demorou quanto tempo?

ET: Você, além de mecânico e empresário, também faz corridas de dragster (arrancadas). De onde veio essa ideia???

FV: Pouco. Com quatorze anos eu já reformava e fazia experiências com os carros dos vizinhos na garagem da minha mãe. E olha que nunca explodi nenhum!

FV: Também da minha época de criança. É que quando você trabalha com carros a vontade que se tem é de explorar todas as possibilidades.

Fora o que eu procurava de literatura pra me informar e instruir sobre mecânica. Já existiam as revistas Quatro Rodas, que trazia muita coisa e a Mecânica Popular, que era uma sucursal da Popular Mechanics, dos EUA. A Superinteressante da época também tinha uma seção de mecânica. E eu também comprava muitos livros de mecânica.

Naquela época eu assistia Esporte Espetacular aos sábados de manhã, e lá mostravam os dragster, além de vários outros assuntos ligados a carros, então a passagem de uma coisa a outra foi natural.

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VOCÊ SABE O QUE É ANTIGOMOBILISMO? DESCUBRA AQUI E AGORA | por Zeca Salgueiro

ET: Daniel, como foi o encontro do “cara dos carros” com o “cara da TV”? Daniel Cardoso: Eu já tinha a ideia de um programa desse tipo há algum tempo, mas o mercado não comportava um show como o nosso, que fala sobre Antigomobilismo. Há programas que falam de carros, mas sempre voltados ao mercado de lançamentos. Além disso, faltava um apresentador que entendesse realmente do assunto. O tempo passou e conheci o Fernando, que é uma enciclopédia sobre o tema. Aí juntou a fome com a vontade de comer! ET: Há quanto tempo você trabalha com vídeo e reportagens? DC: Eu tenho a produtora há dezenove anos e sou formado em jornalismo. ET: Foi fácil estruturar o programa? DC: Foi porque o tema é interessante e o mercado cresceu.

A melhora da economia ajudou bastante, porque permitiu que aquele cara que sempre sonhou em ter um carro antigo, finalmente pudesse comprar o objeto de desejo. ET: Mas vocês não falam só sobre carros, falam também sobre motos. Tem alguma rixa entre uma turma e outra. DC: Nem pensar, é uma coisa familiar. Uma moto vintage custa em torno de R$ 60.000,00. Quem compra uma dessas não quer saber de brigas. O mesmo acontece com os carros antigos; quem compra um quer passear com a família. São pessoas bem educadas que curtem essa trip. Inclusive, passamos a falar sobre motos a pedidos da audiência. Arrumamos outro apresentador, no caso eu, pra falar das motos e o Fernando fala dos carros. E pra apresentar essa parte do show eu raspei o cabelo! (risos) ET: Eu também assisti matérias sobre música e comportamento, apresentadas por uma garota... DC: Juliana. Foi outra coisa que começaram a pedir: matérias que trouxessem essa abordagem mais ampla, sobre comportamento, etc. FV: Quando se fala de carros e motos há toda uma vibe que envolve essas paixões. Música, vestuário, lugares pra conhecer e curiosidades sobre o comportamento dessa turma.

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VOCÊ SABE O QUE É ANTIGOMOBILISMO? DESCUBRA AQUI E AGORA | por Zeca Salgueiro

DC: Sem contar que falar sobre garotas e pinups atrai mais homens; outra estratégia que consideramos! (risos)

ET: Eu vi um Dodge Dart verde ali atrás com um motor que mais parece uma turbina de usina hidrelétrica. O que é aquilo?

ET: Fernando, você acha legal poder mostrar essa paixão e, talvez, influenciar pessoas a se interessarem por carros?

FV: É um big block de 9.000 cm2 (ou um 9.0), turbo, com 1250 cavalos que estou montando.

FV: Lógico. Meu sonho é poder pegar um muscle car mexido, viajar pelo Brasil em estradas bem pavimentadas e curtir a viagem pela viagem, não se preocupando só em chegar ao destino – o que é uma prática comum nos EUA.

ET: Você quer ir pra Lua??? (risos)

ET: E quais os planos para o “Mundo dos Motores”? DC: Estamos completando dois anos de show e conversando sobre transmitir para toda América Latina, e depois, quem sabe, os EUA.

FV: Com um bom tanque de combustível, quem sabe? Aquele motor é para a prática de dragster, pra correr um quarto de milha em nove segundos. ET: Sobre sua coleção, você tem algum lucro na venda dos carros? FV: Venda? Você já viu um pai vender seus filhos?

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#CAPA

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MENTE SÃ E CORPO SÃO PARA DIRIGIR A ASICS COM EQUILÍBRIO E OUSADIA | por Barbusci e Zeca

“Acima de tudo nos mantermos com Anima Sana In Corpore Sano – ou Asics!”

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#CAPA

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MENTE SÃ E CORPO SÃO PARA DIRIGIR A ASICS COM EQUILÍBRIO E OUSADIA | por Barbusci e Zeca

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a edição #2 da EstiloTenis, nós tivemos a oportunidade de cobrir a inauguraação da primeira flagship store da Asics nas Américas. Foi tudo muito rápido, mas a impressão causada pela estrutura da loja nos fez voltar lá e conhecer o responsável pelo feito. Quer saber como foi a conversa? Vai lendo... EstiloTenis: Você veio do Rio Grande do Sul?

ET: Eu lembro de tênis e mochilas da marca Tiger, ainda nos anos 1980... GD: Nesse tempo eram poucos importadores; quase pessoas físicas comprando e trazendo mercadoria pro país. De lá a marca foi dividida entre Asics, que fica com toda parte esportiva e a Onitsuka Tiger, que é a parte de sport fashion.

Giovani Decker: Novo Hamburgo. A cidade que se diz a “capital nacional dos calçados”. Fazendo uma comparação boba, dizemos que é a Boston brasileira, por caussa dos calçados, já que o grande negócio de calçados nos EUA começou lá. Mas só por isso... (risos) ET: E você começou a trabalhar lá com o que? GD: Calçados. Eu só trabalhei com calçados. Comecei na Azaleia e lá fiquei por quatorze anos. Comecei como representante e depois fui trabalhar na parte têxtil da Olimpikus. De lá fui pra Asics, ainda dentro da Azaleia, que a distribuía. A Asics ficou uns oito anos com a Azaleia, ficou um tempo fora e depois ficou com a Cambuci, que distribuía a Pênalty. E há seis anos a marca está por conta própria. Você pode lembrar da Asics e de várias outras na era Collor, quando as importações foram abertas. À época, surgiram vários pequenos importadores, trazendo marcas como Asics, Nike, adidas, etc. Depois as importações foram transferidas para grandes representantes, como o caso da Azaleia.

ET: Bom, depois de tudo isso a Asics resolve abrir a 1ª flagship store das Américas, com você à frente disso tudo. Como foi trazer os caras pra cá? GD: Foi um desafio, mas já era hora da marca se estabelecer dessa forma por aqui. Tivemos dois anos de pesquisas, levantamentos e projeções para poder apresentar um plano de negócios viável, dentro dos padrões da marca no mundo. E foram dois anos de conversa para convencê-los dessa possibilidade. Quando se fala de Brasil lá fora, todos ficam deslumbrados com o potencial econômico, as projeções de venda e tudo o mais... mas quando você mostra a realidade, o pessoal

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MENTE SÃ E CORPO SÃO PARA DIRIGIR A ASICS COM EQUILÍBRIO E OUSADIA | por Barbusci e Zeca

fica com o pé atrás. A carga tributária é altíssima, a burocracia na abertura de uma empresa atravanca o processo, sem falar nas taxas sobre os produtos importados. ET: Mas os objetivos estão sendo alcançados? GD: Sim, mas nossa realidade ainda assusta o povo lá de fora. O objetivo da loja não era só a venda de produtos, embora os lucros estejam dentro do esperado, mas também mostrar ao consumidor final todos os nossos produtos. Somos mundialmente conhecidos como uma marca de alta performance em running, mas também temos uma confecção de alta qualidade, além de produtos para outros esportes, como o vôlei ou tênis, por exemplo. ET: É, eu realmente reparei qua tem muitos atletas do vôlei com Asics nos pés...

Gastamos milhões cada vez que pensamos num novo tênis, pois não queremos acompanhar o mercado - nós somos e produzimos a vanguarda. No longo prazo isso faz diferença, pois o maior beneficiado é o consumidor, que sempre vai confiar naquilo que produzimos. Queremos estar em outros segmentos também, como o vôlei. Temos trabalho de base junto ao time do SESI, último campeão da Liga, e patrocinamos campeonatos infanto-juvenis. Trabalhamos com o tênis também; patrocinamos a última edição do ATP Brasil e o jogador nº2 do país, João Souza, é nosso atleta, além de patrocinarmos o maior torneio brasileiro infanto-juvenil, o Gerdau. E estou indo hoje a São José do Rio Preto para uma coletiva, anunciar que teremos etapas da Copa Davis lá. Inclusive vocês são os primeiros a saber (risos)! *N do E: Esta entrevista foio gravada no dia 04.04.2012

ET: Vocês trabalham bem o marketing, mas a Asics tem tradição. Você ainda acredita no “boca a boca”?

GD: A maioria dos atletas da Super Liga usam Asics! ET: A Asics sempre foi vista como uma marca de alta performance, sendo uma referência em running; por outro lado, hoje em dia todos têm acesso à tecnologia, e qualquer grande marca pode produzir um bom produto. Como vocês fazem pra continuar na vanguarda? GD: Realmente, tecnologia todo mundo tem. O que nos diferencia é o foco que damos a ela. Nossa preocupação é o produto.

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GD: Lógico! Com as redes sócias, esse tipo de comunicação voltou aumentada exponencialmente. Quando inventaram o marketing estavam pensando em vender mais, e teve uma época em que o marketing era mais importante que o produto. Isso nós não queremos. Tem propaganda melhor do que um amigão seu dizer que a marca tal é ótima?

A empresa paga grupos de corrida para os empregados e temos um “mantra” de que todos devem correr uma maratona. Hoje 60% das pessoas da Asics correm. Você liga pro nosso call center e o atendente sabe do que você está falando.

ET: Foi por isso que vocês trocaram de agência de marketing?

ET: Full?

GD: Trocamos porque houve mudanças também nas agências antigas, e queremos pessoas que entendam nossa filosofia, que é o esporte. Nós vivemos de esporte, somos alucinados com o esporte e sentimos falta de pessoas assim.

Eu já pratiquei tudo o que você pode imaginar, jogo tênis já corri três maratonas.

GD: 42 km! ET: Como é feito o desenvolvimento de novos produtos? GD: O Nosso centro de pesquisa em Kobe, no Japão, é um lugar incrível. E chamamos atletas renomados para testar e opinar sobre os produtos. Você chega lá parece que está num laboratório de ficção científica; é cavalar! Temos a tecnologia GEL, entressola, palmilha mais macia, etc. Para se ter uma ideia, quando uma fábrica fabrica para Asics e outras marcas ficam sabendo, começam a migrar a produção pra lá também. Nós damos um “selo de garantia de qualidade”, tamanha nossas exigências. Fomos também os primeiros a abolir o PVC, entre outras medidas ecológicas das quais também somos pioneiros. Aqui no Brasil temos uma equipe que ajudam a desenvolver produtos com cores específicas. Os brasileiros gostam de cores mais vibrantes. O americano e o asiático são mais básicos.

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ET: Voltando a falar da separação da Asics com a Onitsuka Tiger, as linhas laterias são as mesmas, certo?

quintal de casa, mas cadê o incentivo? Se a China é um monstro, nossas regras monetárias é que alimentam ele, infelizmente.

GD: Sim, nós mantivemos isso. Nos anos 1950 e 1960, a trama das linhas laterais era usada para fortalecer a estrutura do tênis, e hoje em dia elas têm uma relação de design que as identifica como sendo o padrão da marca. Então, uma marca empresta à outra aquilo que tem de melhor: Asics empresta a alta tecnologia e a Onitsuka entra com o design de glamour.

ET: Você sonha com o esporte de primeiro mundo aqui?

ET: A atual fase do Brasil incentiva a sonhar mais alto? GD: Sim e não. Lógico que o aumento de renda traz novas possibildades. Hoje as pessoas vão atrás de seus desejos. As pessoas viajam, compram por internet, ou em lojas especializadas. Por outro lado a importação é muito cara. A área esportiva tem uma função social imensa, mas que é tolhida pelos custos. Temos que usar o esporte como atividade de prevenção de saúde, num país onde a saúde é um caos. Temos que usar o esporte como agente de pacificação e inclusão social, mesmo. Sem demagogia.

GD: Se não sonhasse não acordaria pra ralar todo dia. Como brasileiro eu quero ver o esporte como agente modificador, porque sei que temos esse potencial. Essa é a hora. Se perdermos esse momento, vamos perder esse PIB produtivo que temos agora. A pirâmide econômica vai mudar em 2030 e temos essa janela de tempo pra mudar o que é preciso. ET: Futuro da marca... GD: Temos que continuar crescendo em ritmo sustentável pensando no consumidor final, que é nosso grande patrão. E acima de tudo nos matermos com Anima Sana In Corpore Sano – ou Asics!

Falar em trabalho com categorias de base é falar, muitas vezes, de crianças que não têm como pagar pelo equipamento. Agora imagine uma só marca fornecer centenas de pares de tênis que custam R$ 800 cada! É inviável. Ninguém quer só fabricar na China. O transporte pode levar atá seis meses. Você faz um pedido de uma coleção e corre o risco daquilo chegar defasado. Já houve casos de contêineres que caíram no mar! E aí? Quem paga a conta? Toda marca gostaria de ter sua produção no

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CONVERSE ALL STAR: ESTILO E ORIGINALIDADE A PERDER DE VISTA | por Mauricio Cozer

“A criatividade da Converse All Star parece ser inesgotável”

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CONVERSE ALL STAR: ESTILO E ORIGINALIDADE A PERDER DE VISTA | por Mauricio Cozer

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ão é tão comum que um ícone universal da cultura pop sobreviva ao longo degerações e mais gerações, de uma forma tão notória e convincente – ainda mais quando falamos de um elemento tão comum ao vestuário de todos, com tantos excelentes concorrentes mundo afora: o tênis. Fundada em 1908, sob o nome Converse Rubber Shoe Company, em Malden, Massachusetts/EUA, a empresa já lança em sua primeira década de existência, um tênis cujo público-alvo eram os praticantes de basketball, tendo o mesmo tornado-se um ícone: o incontestável, imortal e lendário Converse All Star. Imaginem um tênis cuja identidade, qualidade e apelo estético sejam tão próximos da perfeição, que conseguiu fazer com que a marca tivesse penetração não simplesmente através de alguns anos, mas de todo um século, adentrando também o século seguinte com a mesma presença, e possivelmente até muito mais. Todos calçam ou em algum momento já calçaram um All Star: atletas profissionais e amadores, skatistas, motociclistas, rebeldes, caretas, ricos, pobres, além de um sem número de fãs e profissionais da música, dentro de praticamente todos os estilos e categorias do Rock’n’Roll – porque justiça seja feita, esse foi um dos maiores (senão o maior) responsável pela divulgação (in)voluntária dos muitos modelos do fabricante de meio século pra cá. Ao longo dos anos, a imagem do All Star fi-

cou permanentemente associada ao Rock. De punks a headbangers, de posers a alternativos. Historicamente falando, em uma primeira análise crua e empírica, tanto quanto os coturnos, tênis brancos, jeans, correntes, jaquetas de couro e penteados desafiadores para cada época e contexto, vemos incontáveis modelos presentes em todos os movimentos culturais ligados ao bom e velho Rock’n’Roll. Fazendo um levantamento de registros fotográficos, não raro podemos constatar toda a importância dos produtos Converse como algo que moldou diversas identidades visuais, envolvendo muitas pessoas dentro do Rock. Não por um acaso, vários modelos em homenagem a bandas e músicos já foram produzidos: AC/ DC, Metallica, Black Sabbath, Pink Floyd, The Who, Ozzy Osbourne, Jimi Hendrix entre outras referências menos específicas, mas claramente voltados ao mesmo perfil de público.

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CONVERSE ALL STAR: ESTILO E ORIGINALIDADE A PERDER DE VISTA | por Mauricio Cozer

Mas qual seria de fato a magia que permeia uma marca de fama e tradição equivalentes aos gigantes Coca-Cola e Pepsi, às guitarras Fender e Gibson, à cerveja Budweiser ou aos amplificadores Marshall?

crianças e jovens”, ou simplesmente, para “desajustados”. A fórmula é bem simples: tecido, borracha, tinta, metal e inspiração. Com um conceito tão simples, arrojado e certeiro, já há algum tempo muita gente customiza seus próprios All Stars (há inclusive blogs dedicados à marca e suas variações personalizadas), e até o site do fabricante oferece essa possiblidade entre seus produtos e serviços. Temos algum nível de certeza sobre o quanto uma empresa acertou em cheio, quando as pessoas espontaneamente movimentam-se para se reunir e, de certa maneira, reverenciar um produto – olha eu aqui fazendo exatamente isso!

Em se tratando de um acessório ou vestimenta, temos uma característica em comum às anteriores e ainda raro no segmento em questão: uma identificação que transcende não apenas o tempo, mas também as faixas etárias. Crianças, jovens e adultos podem sentir igual atração pela qualidade e visual de vários modelos. Você pode olhar para um Converse hoje, exatamente o mesmo que usava há mais de 25 anos, e comprá-lo certo de que ele se adequa a você: e não precisa ser necessariamente adaptado, ter o design revisitado ou coisa parecida. Só se você quiser. Pode-se dizer que entre os fabricantes de tênis, a Converse foi uma das primeiras (ou até a pioneira) em abolir o pensamento de que tênis é algo “para

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Falando novamente sobre a linha de tempo da Converse, é inegável que ao unir-se à empresa, Charles “Chuck” Taylor entrou para a história ao ser a peça fundamental na exposição em grande escala do Converse All Star, uma vez que o time de basketball, Harlem Renaissence (fundado em 1923, também conhecido como New York Rens), apresentou-se pelos Estados Unidos, revolucionando o esporte, vencendo o primeiro Campeonato Mundial e calçando adivinhem que tênis? Pois é, a famosa assinatura de Chuck Taylor incorporada ao logotipo é bem mais do que merecida. Claro que com o passar dos anos outros participaram do crescimento da Converse, como Jack Purcell (campeão de Badminton) e outros atletas. Contudo, a empresa esteve também envolvida não só com o esporte, mas também no suporte interno em relação à II Guerra Mundial, fornecendo calçados para o treinamento básico de tropas norte-americanas (modelo Chuck Taylor All Star), bem como criando e abastecendo o exército com o belíssimo e funcional modelo para combate, o incrível A6 Flying Boot.

Do pós-Guerra até os anos 70 e além, a Converse All Star desenvolveu incontáveis modelos, introduziu cores, edições especiais, comemorativas, patrocinou as Olimpíadas de Los Angeles (1984), criou campanhas, lançou novas linhas de assinatura... em suma, deu continuidade a suas atitudes de vanguarda, cresceu, se adaptou, e principalmente, manteve-se fiel a sua originalidade, fazendo jus à cumplicidade de seus milhões (ou já seriam bilhões?) de clientes por mais de 100 anos.

Não apenas cores e modelos são constantemente criados, como também novas temáticas são introduzidas, não somente de Rock. De séries dedicadas a super-heróis da DC Comics (fundamentalmente Batman e Superman), passando por temáticas teen, militares, outras tantas de pegada feminina,

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modelos infantis, góticos, inspirados em tartans (aquelas estampas com padronagem xadrez, utilizadas nos famosos kilts escoceses), passando por referências simbólicas e outras tantas genéricas, estilizadas, sejam de cano alto, baixo, de lona, couro, monocromáticos, multicoloridos, com fivelas, velcros ou cadarços, não importa se moderninhos ou clássicos, a criatividade da Converse All Star parece ser inesgotável.

empresários, músicos, pintores, poetas e outros tantos – eles o fazem normalmente, sem sequer notar, pois trata-se de algo sincero, verdadeiro e, de certa forma, mágico. O nível de empatia e reconhecimento provocados por uma marca são um excelente termômetro no mundo dos negócios, e é melhor ainda quando essa sintonia está presente em tantos e diferentes grupos culturais, ano a ano, década após década. A Converse All Star consegue tal proeza e, diga-se de passagem, com extremo virtuosismo e todo merecimento.

Ainda que possamos entender que há a necessidade de se manter um foco, um plus da Converse é justamente saber se moldar aos novos tempos, sem abrir mão daquilo que pode ser apontado como um de seus maiores diferenciais: atitude. Uma atitude tão aguerrida no que diz respeito à sua visão, missão e valores, que por sorte, coincidência ou destino, caiu em cheio no gosto de seus consumidores desde o início de tudo. Engraçado isso, mas falamos de uma empresa de calçados que pode dizer que tem verdadeiramente fãs em todo o mundo, desde muito antes das marcas, de uma maneira geral, conseguirem gerar esse tipo de sentimento espontaneamente entre seus consumidores. Estar à frente de seu tempo é típico de grandes

Mauricio R. Cozer é redator, analista de social media e um ferrenho defensor do Rock’n’Roll. Escreve e edita os blogs 13 Caminhos e Rock Universe. http://rockuniverse.wordpress.com/ http://13caminhos.wordpress.com/

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NÃO É UMA MIRAGEM: AQUELE LUGAR EXISTE E É INACREDITÁVEL | por Paulo Ziliotto

“Dubai é com certeza um lugar diferente de tudo que você já viu e vale a visita.”

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NÃO É UMA MIRAGEM: AQUELE LUGAR EXISTE E É INACREDITÁVEL | por Paulo Ziliotto

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k. Imagina um oásis de metal. Imaginou? Dubai e mais ou menos isso. Muito espertamente, sabendo que o petróleo não vai durar para sempre, nossos amigos dos Emirados Árabes usaram os benefícios de uma receita farta para comprar carros luxuosos, mas também para construir do zero uma cidade fantástica que atrai turistas de todo o mundo e transformar um pedaço do deserto em uma “Las Vegas” para todas as idades.

Tudo é “o maior”, “o mais alto”, e “o mais” alguma coisa. O Burj Khalifa é o maior prédio do mundo com estonteantes 160 andares, somando 830 metros de altura e ainda inclui o maior e mais rápido elevador do mundo – 64km/h. E os recordes não param por aí: Ele ainda possui o mais alto restaurante (442m), a mais alta boate (ou discoteca, para os mais experientes) que fica situada no 144º andar, e por aí vai...

Tentando resumir: há cerca de 50 anos, a região de Dubai não era muito mais do que uma vila de pescadores e artesãos. De lá pra cá, muita coisa mudou, impulsionados por uma visão empreendedora e ambiciosa dos seus governantes, o progresso veio a passos largos e uma ideia de transformar o lugar em um dos mais famosos destinos turísticos do mundo, virou realidade.

Ao lado desse colosso da engenharia moderna, fica o maior shopping center do mundo. O Dubai Mall. Com mais ou menos 1200 lojas (que fazem uma mera visita um programa pra mais de um dia), uma quadra de hockey, e o maior aquário do mundo (com tubarões, arraias e tudo mais que se encontra nos oceanos), ajudam a compor o cenário. Para se ter uma ideia ainda mais precisa, basta dizer que ele foi a atração turística mais visitada (mais um recorde...) de 2011, com mais de 54 milhões de visitantes (a Times Square em NY recebeu “apenas” 40mi no mesmo período). Depois, junte a essa receita, uma ou mais de cada uma das bandeiras de hotel que existem. Cada um deles maior, mais refinado, mais inovador e surpreendente que o outro.

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NÃO É UMA MIRAGEM: AQUELE LUGAR EXISTE E É INACREDITÁVEL | por Paulo Ziliotto

Dois dos maiores ícones são o Burj al Arab e o The Palms. Respectivamente, um dos mais luxuosos hotéis do mundo e um verdadeiro parque aquático gigantesco, ambos embalados em construções faraônicas – isso quer dizer algo tão hardcore quanto um arquipélago artificial em forma de palmeira.

No meio deste cenário, quase extraterreno, as possibilidades de diversão se espalham por safáris pelo deserto (um desses passeios que todos fazem e todos devem fazer), passeios de balão, uma tarde pela cidade velha, ou passeio pelo cais, uma passada em Abu Dhabi (apenas a duas horas de carro) ou simplesmente deitar em umas das praias privativas e aproveitar o sempre presente sol do deserto. Com tudo isso e muito mais, esse oásis ocidentalizado no meio do mundo árabe, Dubai é com certeza um lugar diferente de tudo que você já viu e vale a visita por 3 a 5 dias. Talvez não como destino principal, mas, como normalmente acontece, como um excelente ponto de passagem, daqueles que passam para ir ao oriente em uma viagem mais longa. Só fique ligado em como conseguir um visto para entrar tranquilamente no país, mas aí já é outra história. Vamo que vamo e obrigado pela leitura! @pauloziliotto

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A CADA MÊS, OS NOVOS CLÁSSICOS DO MUNDO SNEAKER | por Eduardo Sena

NIKE AIR FORCE 1

“Este é só um dos grandes nomes que passam por aqui este mês.”

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A CADA MÊS, OS NOVOS CLÁSSICOS DO MUNDO SNEAKER | por Eduardo Sena

U

ma das coisas boas – entre tantas – de acompanhar o mercado de sneaker é a possibilidade de ver dezenas de lançamentos incríveis e, claro, se impressionar cada vez que surge uma nova versão para um grande clássico, como essa do Nike Air Force 1 que eu trouxe pra você nesta coluna e desafio você a não gostar.

Jay-Z x Brooklyn Nets x Gourmet O mundo do Rap e dos sneakers sempre andou junto e calçando os melhores modelos do mercado. Prova disso é este modelo Gourmet 22L all black, para o Brooklyn Nets sob a batuta do mestre Jay-Z. Estilo em couro preto com entressola branca. Vale o show!

Mas este é só um dos grandes nomes que passam por aqui este mês. Veja outros modelos que recém chegaram ao mercado ou estão quase aí, prontos pra você colocar os pés ou apenas admirá-los na sua coleção. Nike Air Force 1 USAB Parte de um pack comemorativo de sneakers que celebra a vitória americana nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, este AF1 apresenta uma mistura de couro vermelho e preto imbatível, com entressola branca matadora. É um dos meus preferidos e topa qualquer rolê. E por mais que muitos resistam, eu fechava nesse vermelho fácil! Você não?

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Cole Haan LunarGrand Chukka Boots Muitos podem torcer o nariz e achar que aqui não caberia esse novo lançamento da Cole Haan, mas preste bem atenção: o segredo está nos detalhes. Esse modelo Chukka traz Lunarsole Nike e couro, em uma união que certamente proporciona conforto e design incríveis, dando ao modelo não apenas estilo, mas o direito de figurar aqui entre os “escolhidos”. Quanto? US$ 300 pratas a partir de maio, na loja da Cole Haan da Prince Street, no SOHO, New York. Passa lá!

Supra Wrap Uma atualização do clássico low top da marca, o Supra Wrap é uma opção versátil e confortável pra quem curte a simplicidade com variedade de cores. A prova de que menos é mais.

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Puma Disc Blaze LTWT Sporty Um dos modelos mais clássicos da Puma é certamente o modelo Disc. Lançado há duas décadas, este sneaker que ainda faz muito sucesso, principalmente aqui no Brasil, recebeu uma versão comemorativa turbinada. Além de um visual futurista, o Puma Disc Blaze traz sola com tecnologia 500FAAS, armação metálica e está ainda mais leve. Enfim, a festa está garantida!

Reebok Pump Omni Lite “Basquiat” Outro clássico, mas desta vez da Reebok, é o Pump. Nessa versão inspirada em Jean-Michael Basquiat, uma combinação de malha e couro marca o tênis, que traz ainda o detalhe das ilustrações e assinatura. Diferente, clássico, um Pump afinal.

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A CADA MÊS, OS NOVOS CLÁSSICOS DO MUNDO SNEAKER | por Eduardo Sena

Nike Air Max Door Knob E pra fechar essa edição de SNEAKERinHEAD não com chave de ouro, mas com uma maçaneta bem legal, um Nike Air Max 1 totalmente diferente e que você nunca vai usar, mas certamente gostaria de ter. É isso mesmo, um AM1 que é uma maçaneta de porta. A peça é da alemã Metrofarm, que criou essas maçanetas para algumas lojas selecionadas na Europa. Muito legal! Você não gostaria de ter uma em casa? Eu sim!

Vans Sk8-Hi Suede Ainda da série clássicos que nossos pés agradecem por existir, vi este Hi-Top Vans nessa colorway mostarda com preto e achei uma combinação e tanto. Meio abelhudo, admito. Mas ainda assim ousado e matador. Como um tênis de skatista deve ser, não?

Veja todas as fotos dos sneakers desta edição no álbum ET#9 - SNEAKERinHEAD, em nossa fan page no Facebook. Até a próxima! www.facebook.com/EstiloTenis Gostou da seleção da coluna SNEAKERinHEAD deste mês? Mesmo que não, comente, elogie, xingue, ou simplesmente mande um salve por e-mail. eduardosena@estilotenis.com.br Via NiceKicks.com, Freshness.com e SneakerFreaker.com

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CONFORTO E NATURALIDADE NO NIKE FREE RUN+ 3 | por Anderson Lopes

“A característica da flexibilidade do calçado é tão marcante que no Japão, berço de tecnologia e estilo, desenvolveram um site que testa a maleabilidade do Nike Free Run+ 3.”

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CONFORTO E NATURALIDADE NO NIKE FREE RUN+ 3 | por Anderson Lopes

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aindo diretamente do forno da Nike, testamos o Free Run+ 3. A linha Free já é conhecida pelos amantes do fitness e da corrida de rua, pela seu sistema de cortes horizontais e verticais no solado, que proporcionam flexibilidade e naturalidade na prática do seu esporte/modalidade física preferida. A característica da flexibilidade do calçado é tão marcante que no Japão, berço de tecnologia e estilo, desenvolveram um site que testa a maleabilidade do Nike Free Run+ 3. É simples! Basta ficar na frente de uma câmera e fazer uma bela careta! Acesse http://nike.jp/nikefree/freeface/ e veja quanta cara feia tem lá! Divirta-se! Monitore e registre as informações dos seus treinos e competições com a compatibilidade do Nike Plus. Testei o lançamento da Nike no parque do Ibirapuera, com o tempo parcialmente nublado e o frio matinal do outono. A seguir, a análise do Free Run+ 3: Tipo de tênis Específico para treinamento, com característica de estabilidade.

Design O Nike Free Run+ 3 aborda o conceito minimalista. Possui traços simples, leves e de fácil assimilação. Transmite serenidade e harmonia aos seus pés. Em boa parte da área externa do tênis há menção ao Nike Plus, pelos vários sinais em formato do símbolo de soma. A marca da empresa vem chapada nas laterais, em material reflexivo, facilmente visualizado com pouca luz ambiente. Disponível nas cores preto (testado), amarelo e azul/prata.

Quem pode usar Para aqueles que possuem o tipo de pisada neutra. Peso Muito leve. Quase imperceptível. Aproximadamente 239 gramas (varia de acordo com a numeração do tênis).

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CONFORTO E NATURALIDADE NO NIKE FREE RUN+ 3 | por Anderson Lopes

Conforto Marcantes, a flexibilidade e a leveza do calçado são impressionantes. A liberdade de movimentação dos pés te deixa até com dúvida se está de fato usando um tênis. A tecnologia Dynamic Fit também está presente no Free Run+ 3, a qual elimina os espaços, aumentando o grau inédito de conforto, personalizando-se ao formato dos seus pés. O forro interno e a lingueta são macios e também flexíveis.

Amortecimento Há um diferencial em termos de amortecimento, devido à tecnologia WAFFLE. Para início de conversa, olhando o solado lembramos mesmo de um waffle. A interação dos pés com o tênis e, por sua vez, do tênis com o piso é aumentada. Isso torna a passada natural, dando a sensação do amortecimento. Essa característica fortalece a musculatura dos pés, ajudando na prevenção de lesões futuras.

A palmilha em EVA é removível, o que facilita a higienização. A entressola, em PHYLITE, funciona como extensão do solado, atuando também no conforto do NIKE.

Estresse térmico A respirabilidade fica por conta da tecnologia Airmesh. Problemas com desconforto térmico você não terá. Os ventos de outono deixam mais evidente a facilitação da evaporação do suor, através do cabedal do Free Run+ 3.

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CONFORTO E NATURALIDADE NO NIKE FREE RUN+ 3 | por Anderson Lopes

Aderência O solado de borracha de carbono garante boas aderência e durabilidade. Submeti o tênis a mudanças de direção, com o objetivo de testar a aderência do mesmo. Observei resposta rápida para a retomada da corrida. Aprovado para treinos de alta velocidade.

Conclusão O NIke Free Run+ 3 chega ao mercado como ótima opção para o treinamento de sua corrida. Fácil de calçar e transportar, remete aos desafios e mudanças dos compromissos do dia-a-dia. Deu vontade de correr ou sobrou aquele tempinho depois do trabalho? Ponha o Free Run+ 3 nos pés e saia desbravando as ruas! O seu conceito minimalista favorece aqueles que possuem técnica apurada de corrida de rua.

Estabilidade (controle de movimento) A tecnologia WAFFLE surpreendeu. Imaginei que a flexibilidade interferiria na estabilidade do calçado, mas isso não ocorreu.

Anderson Lopes Personal Trainer e Consultor em Treinamento Físico, Esporte e Saúde E-mail: andersonpersonal@me.com Twitter: @andsoulop

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DESOPILANDO

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ANGRY WATERS: UMA BANDA DE MINNESOTA, TRABALHANDO O ESPÍRITO DO ROCK N’ ROLL

Angry Waters é banda de rock sediada em Mankato, Minnesota. Fundada em 2003 pelo vocalista Daniel Wiechert, o guitarrista Carter Johnson, S.T. como baterista, e mais tarde completando o grupo, o baixista Ben Jacobson e o guitarrista Jeff Kletschka. A banda tem suas influências em uma grande variedade de artistas que vão de Alice In Chains, Bob Dylan e Black Label Society passando por Beatles, Led Zeppelin e Ted Nugent. Nestes anos o Angry Waters têm desenvolvido um som muito próprio. Muito distinto, mas muito rock n ‘roll. Clique no link abaixo e conheça um pouco mais da banda ANGRY WATERS.

http://www.youtube.com/watch?v=vvAVr8PB870


SAÚDE

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CADA UM NA SUA FREQUÊNCIA | por Anderson Lopes

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coração, a “bomba” que mantêm todas as nossas funções vitais, tem a sua real importância pois faz o sangue percorrer o vasto e complexo sistema de vasos, artérias e veias, garantindo oxigênio e nutrientes a todos os tecidos corporais. Mas para essa bomba funcionar há a necessidade de uma força impulsionadora, capaz de fazer o sangue correr com frequência e ritmo, já que o tempo inteiro esses suprimentos precisam estar disponíveis, ora mais, ora menos. Através da sístole (contração muscular cardíaca) do ventrículo esquerdo (uma das câmaras cardíacas), que recebe dos pulmões o sangue rico em oxigênio, o mesmo é enviado para todo o corpo. Por minuto o nosso coração contrai-se um número suficiente de vezes para suprir a necessidade do organismo naquele momento. O mais impressionante é que essa variação de contrações, ou batimentos por minuto (bpm) varia, seja dormindo, sentado, caminhando, correndo... Quanto mais ativo o corpo estiver, maior a elevação dos batimentos cardíacos, também conhecida por frequência cardíaca. Essa variável hemodinâmica (relativo à circulação sanguínea), difere entre os indivíduos devido ao sexo, idade, raça, nível de treinamento, etc. Por essas e outras que a frequência cardíaca não é igual em ninguém, seja em repouso ou em movimento. A medição da frequência cardíaca é ferramenta fundamental no treinamento físico aeróbico (aeróbio ou cardiorrespiratório). Através dela avaliamos a aptidão aeróbica, a condição clínica e patológica cardíacas, elaboramos o treinamento específico

para os esportes com caráter de média e longa duração (caminhada, corrida, ciclismo, etc), e verificamos os ajustes fisiológicos oriundos desse treinamento. A determinação da frequência cardíaca de treino pode ser obtida de forma direta, através de testes específicos ao esporte/modalidade física. Essa especificidade está intimamente relacionada com o gesto esportivo; um corredor de rua deve ser avaliado em teste de pista ou em esteira rolante, por exemplo. Nos últimos anos, o teste ergoespirométrico, através do uso de uma máscara que capta oxigênio, e equipamentos avançados que analisam a quantidade de oxigênio consumido (VO2máx. ou consumo máximo de oxigênio) e de gás carbônico produzido em esforço, fornecem informações precisas sobre as zonas de treinamento com a frequência cardíaca. Em poder das informações de intensidade (velocidade ou sobrecarga), e gasto energético podemos personalizar a prescrição do seu treinamento aeróbico. Muitos laboratórios de análises clínicas, centros de medicina esportiva e treinamento físico oferecem esse recurso, hoje mais acessível. Há uma forma rápida e simples de determinar a sua freqüência cardíaca de treino, porém não tão precisa, pois há a possibilidade de subestimar ou superestimar esse valor. O Método de Karvonen tem o seu conceito baseado sobre a reserva da frequência cardíaca máxima (RFCmáx), ilustrada na seguinte fórmula: Reserva da Frequência Cardíaca Máxima(RFCmáx) = frequência cardíaca máxima (FCmáx) - frequência cardíaca de repouso (FCrep)

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SAÚDE

ESTILOTENIS

EDIÇÃO #9

CADA UM NA SUA FREQUÊNCIA | por Anderson Lopes

A frequência cardíaca máxima é obtida subtraindo-se sua idade de 220. A de repouso, como o próprio nome diz, deve ser medida sem movimento. Essa última variável é obtida por meio de monitor cardíaco ou manualmente, apoiando-se os dedos médio e indicador na artéria radial (localizada próxima ao punho) ou na artéria carótida (localizada no pescoço, ao lado da faringe). Importante não pressionar demasiadamente as artérias para não alterar a pulsação. A partir daí definimos faixas de treinamento, em percentuais, calculadas a partir da reserva da FCmáx. Em torno de 85% já obtém-se ganhos em condicionamento aeróbico, porém, para os sedentários ou pouco condicionados, a preparação deve se iniciar com faixas de percentual menores, entre 60% e 70%. Vamos exemplificar. Consideremos um homem de 45 anos de idade, FCrep 80 batimentos por minuto (bpm), orientado a exercitar-se entre as faixas de 60% e 70% da reserva da FCmáx. Calculamos a seguir: 1. A FCmáx obtemos subtraindo 220 idade, isto é, 220 - 45 = 175 bpm;

4. O treinamento aeróbico desse indivíduo deve ser realizado, mantendo a frequência cardíaca entre 137 e 147 batimentos por minuto. Lembramos, antes de qualquer decisão de iniciar o treinamento físico, verifique a sua condição clínica com o seu médico cardiologista de confiança e a busque a orientação especializada de um educador físico. Bons treinos!

Anderson Lopes Personal Trainer e Consultor em Treinamento Físico, Esporte e Saúde E-mail: andersonpersonal@me.com Twitter: @andsoulop

2. A reserva da frequência cardíaca máxima (RFCmáx) subtraímos FCmáx FCrep, isto é, 175 - 80 = 95 bpm; 3. Definimos as faixas de treino utilizando os percentuais na fórmula FCT = FCrep + (%FCT x RFCmáx), isto é, FCT60% = 80 + (0,60 x 95) = 80 + 57 = 137 bpm e FCT70% = 80 + (0,70 x 95) = 80 + 66,5 = 146,5 (nesse caso arredondamos o valor para 147 bpm);

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CARREIRA

EDIÇÃO #9

ASSERTIVIDADE COM DIVERSIDADE | por Nélio Bilate

É

só olharmos para o significado dessas duas palavras, que nosso comportamento pode mudar, nossos valores podem ser redimensionados e nossas atitudes diante da VIDA podem realmente se tornar vivas. Então vejamos.

que é diverso, do que é diferente, do que pode mover pelo contrário e não apenas pelo mesmo. “Comunhão de contrários”. Que bela frase vinda do Wikipédia! Quase que uma profecia anunciada para o futuro emergente que nos assola.

Segundo a Wikipédia, “assertividade” é “a habilidade social de fazer afirmação dos próprios direitos e expressar pensamentos, sentimentos e crenças de maneira direta, clara, honesta e apropriada ao contexto, de modo a não violar o direito das outras pessoas. A postura assertiva é uma virtude, pois se mantém no justo meio-termo entre dois extremos inadequados, um por excesso (agressão), outro por falta (submissão). Ser assertivo é dizer “sim” e “não” quando for preciso”.

Ser assertivo com diversidade pode nos tornar melhores em todos os momentos da vida, em todas as decisões. Assertividade sem diversidade pode ser perigosa e vice versa. Mas as duas juntas são imbatíveis. As duas juntas podem transformar as pessoas e fazê-las bem melhores a cada dia e a cada convivência. Liberdade do “eu” olhando a liberdade do “outro”. Aceitando, ouvindo, entendendo, absorvendo, revendo, mudando.

Mais do que isso, pessoas mais assertivas são pessoas mais bem resolvidas, que vivem com menos ansiedade, com menos medo e assim, com mais coragem e tranquilidade para tomar decisões e ajudarem os outros nessa mesma toada. Agora olhando o significado de “diversidade”, também segundo Wikpédia, temos que essa maravilha da humanidade “diz respeito à variedade e convivência de ideias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente. A ideia de diversidade está ligada aos conceitos de pluralidade, multiplicidade, diferentes ângulos de visão ou de abordagem, heterogeneidade e variedade. E, muitas vezes, também, pode ser encontrada na comunhão de contrários, na intersecção de diferenças, ou ainda, na tolerância mútua.” Bingo! Bingo minha gente! Esse é o desejo para o ser humano de verdade, para o executivo bom de equilíbrio, para o trabalhador sem medo, sem escudos ou armas. Para os que acreditam que a igualdade vem do

Diversidade é a capacidade plena de ouvir com o coração aberto. Esse caminho maravilhoso do “sentir” com qualidade de escuta. Sem julgamento, sem críticas, sem a escolha do “eu” em detrimento do “nosso”. Baita desafio... Isso porque não queremos abrir mão de nada, não queremos perder. Não suportamos jogar fora os nossos dogmas, paradigmas, crenças ou virtudes, isso segundo os nossos conceitos de virtude.

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CARREIRA

EDIÇÃO #8

ASSERTIVIDADE COM DIVERSIDADE | por Nélio Bilate

Para ser assertivo precisa ser seguro, precisa saber de si, precisa se conhecer e acreditar que a posição não necessita da oposição. Para acreditar e praticar a diversidade precisa ser corajoso. Essa coragem que vem da amplitude das ideias e reformas. Melhor que a forma, a reforma. Melhor que o foco, a amplitude. Nossa! Podemos ser focados e amplos. Podemos ser assertivos e diversos. Podemos tudo! Outro dia disse que é difícil encontrar um homem do campo míope. Isso porque ele olha o horizonte, força a vista, penetra no nada para ver o tudo. Conhece sem conhecer, elabora e reelabora a sua percepção e intuição a partir dos movimentos que sente e que permite enxergar sem os olhos da cara, mas com os olhos da alma e do coração. Com os olhos da vivência, da experiência.

Pois então, que a diversidade dos tons e matizes possam invadir as nossas almas. Que a assertividade do que somos e queremos possa nos encorajar para o protagonismo de assumirmos nós mesmos e nos carregar com carinho e amor. E que a união absoluta das duas energias transformadoras da humanidade possam estar como sinais de alerta diante de nós. A cada dia. Só por hoje. Pensando e querendo pra sempre. Que assim seja!

E agora, no mundo do hoje e do agora, estamos sendo conduzidos por nós mesmos e por uma população em desespero a sermos iguais. Que perigo... Acho que a música sempre me ensinou sem eu saber. Acho que a música traz o conceito da assertividade com diversidade em cada nota musical diferente e que juntas compõem uma melodia. Só o gênio João Gilberto fez o “Samba de Uma Nota Só”. Mesmo assim, com tons diferentes. Nélio Bilate é consultor da área de desenvolvimento humano da DBM e empresário da NBHEART. www.nbheart.com.br

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FIM DE PAPO

EDIÇÃO #9

VINGANÇA | por Zeca Salgueiro

- Sobe! - Dois, por favor. - Quinto...

- Ah, eles vão ver. Isso que é profissão pensava. - Sentado o dia inteiro, com a única preocupação de apertar uns botões.

E lá ia seu Ivanildo, sessenta e sete anos, trinta e oito como ascensorista, apertando os botões, ouvindo as conversinhas bobas e os “desculpe”, pela pressa de não perder aquele elevador.

A única coisa que ele detestava eram os respingos de café (cadê o “desculpa”, meu Deus?!?), e, pior, os comentários sobre o tempo.

- Nem um mísero “bom dia” – reclamava todo dia. – Um simples “bom dia”! Cadê os bons modos? A polidez? Seu Ivanildo era o último ascensorista de um dos últimos elevadores que precisavam de um ascensorista. Todos os colegas o provocavam, perguntando qual especialização era necessária para o cargo. - Já sei - dizia um - etiqueta! - Não - vinha outro - matemática, para não confundir os botões! Rá, rá. E seu Ivanildo dava um risinho amarelo (trinta e oito anos de piadas) e pensava só numa coisa: vingança! Como riria por último. Como seria bom olhar todos da cobertura; afinal, quantos diretores e presidentes ele não acompanhou?

- Que sol não? - Já chove há dois dias... - O que o Sr. acha dessas nuvens? - E eu sei? - ele pensava. - Que conversinha mole. Esse elevador podia ser a jato. E sempre: - Vingança! Em um belo dia de verão, que não ficava belo pela falta de ar-condicionado em prédios antigos, o elevador estava cheio. Cheio mesmo. Com todos se espremendo e segurando jornais e copos plásticos junto ao ombro. Ou só com as mãos junto ao ombro, na eventualidade de precisar coçar o nariz ou a orelha. Foi quando seu Ivanildo teve o “insight”. Foi uma inspiração. Como se estivesse beeeeeeem distraído, apertou discretamente o “emergência” e o elevador parou com um solavanco. Todos olharam para ele como que se perguntassem “e aí?”. E seu olhar era de “o que?”. Primeiro os segundos, depois os minutos e seu Ivanildo começou a comentar: - Tá difícil respirar, né? Não estava, mas ele estava adorando. Ele era o dono da situação.

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FIM DE PAPO

EDIÇÃO #9

VINGANÇA | por Zeca Salgueiro

Era até engraçado, seu Ivanildo pensando se chamava a segurança, para aumentar o suspense, ou se apertava outro botão e sairia como herói. - Estes elevadores antigos são assim – comentou como quem comenta sobre algo distante. - Talvez leve mais uns minutinhos para se mover de novo. Mais suspiros abafados, entre medinhos e pressas. E seu Ivanildo toma a decisão: - Acho que já dá para fazer isto se mexer! - Disse com entusiasmo e ouviu-se alguns “ehs” e “ahs”.

Pensou. Apertou um botão. Quando o elevador começou a se mover e todos se sentiram salvos, foi aí que aconteceu. Nessa fração de segundo, entre a salvação e o medo de perder a hora, seu Ivanildo agiu. Sem nenhum escrúpulo ele agiu. Ao diabo com a educação. O crime perfeito é aquele que não se acha o culpado. E agiu com convicção. Soltou um pum. Entre olhares embaraçados e expressões de falta de oxigênio, seu Ivanildo segurou um sorriso e pensou: - Vingança!

Mas faltava alguma coisas realmente diferente. Algo contundente. Algo que pudesse se lembrar e rir. Rir de todos e rir com todos ao contar o feito.

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CRÉDITOS CONSTRUIRAM ESTA REVISTA | por ESTILOTENIS Diretores de Redação: Marcello Barbusci, Eduardo Sena e Zeca Salgueiro Diretor de Arte: Marcello Barbusci Projeto Gráfico: Marcello Barbusci e Eduardo Sena Fotos: Marcello Barbusci e Eduardo Sena Interatividade: Marcello Barbusci Revisão: Zeca Salgueiro e Eduardo Sena Plataforma usada: ISSUU Foto Capa: Marcello Barbusci Colaboraram com esta edição: Anderson Lopes | Saúde / Test-drive Nélio Bilate | Carreira Paulo Zilliotto | ESTILOTENIS por aí Mauricio Cozer | CULTURA Fabio Gadel | CURTIMOS Agradecimentos: Silvia Herrera | Agência Ideal

Contato Comercial: Marcello Barbusci | marcello@estilotenis.com.br | 11 2532 0549 - 11 8208 3698

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EDIÇÃO #9


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“IS WE”


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