EMMAG #13

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EMMAG

NEO

“Novo Formato, Novas Marcas, Novos Lugares”



A sua já conhecida EM CURITIBA a partir de hoje será EMMAG. Estamos mais dinâmicos e digitais do que nunca. Nossa revista terá um novo formato, rápido e inteligente. Mais pessoas, mais informações e inspiração para você. Aproveite, compartilhe e faça parte do nosso jeito de (vi)ver a cidade.


Joabe - MGT photo: Vanessa Ellis beauty: Marina Costa

Diretora de Redação: CARMELA SCARPI (carmela@evenmore.com.br) Projeto gráfico e Diagramação: LIZI SUE (lizi@evenmore.com.br) Redação: ALÉXIA SARAIVA; CARMELA SCARPI. Colaboradores: ANDREA GAPPMAYER; EDUARDA DANDOLINI; IZADORA PADILHA; MARINA COSTA; STEPHANY LORENA; VANESSA ELLIS. Revisão: CARMELA SCARPI A revista digital EMMAG é uma publicação produzida pela equipe do grupo Even More Comunicação. Todos os direitos são reservados. É proibida a reprodução de qualquer tipo de conteúdo sem a autorização prévia e por escrito. Todas as informações técnicas, bem como anúncios e opiniões expressados, são de responsabilidade dos autores que estes assinam. Serviço de atendimento ao consumidor: contato@evenmore.com.br Anúncio e Publicidade: cormercial@evenmore.com.br Na página anterior - ele veste moletom: 1 9 9 4. saia : NovoLouvre camisa: Bad to the Bone - ela veste: camisa: Bad to the Bone saia e clutch: NovoLouvre


EMMAG #13

NEO

06 PLACES

10 THOUGHTS

18 EDITORIAL 1

28 BRANDS

38 EDITORIAL 2

44 CHOICES

AGOSTO 2017


neo places

WHAT’S NEW? Lugares novos em que algo de novo está acontecendo. A curadoria Even More escolheu e você deveria ficar de olho:


urban arts

Cathy Braska com Gustavo Guedes e André Diniz. Foto: Mana Gollo.

A metade do ano de 2017 marca a vinda da galeria Urban Arts para Curitiba. Catherine Braska, à frente da franquia, diz que “Curitiba e a Urban tem tudo a ver”, em especial a paixão pela arte. A galeria diferente é construída a partir de conexões entre artistas, de todos os cantos, e clientes. Com mais de 4 mil artistas cadastrados e 40 mil obras no acervo é impossível não encontrar algo que seja a sua cara. A Urban ainda oferece serviços para te ajudar a personalizar ainda mais sua decoração. Onde: Al. Dr. Carlos de Carvalho, nº 949, Batel Horário: seg - sex, das 9h às 19h | sáb das 10h às 18h Follow on: @urbanarts_curitiba


ginger

Foto Reprodução

Desde maio, a Saldanha Marinho tem abrigado seu próprio local secreto. O Ginger Bar, casa especializada em gin, tem despertado a curiosidade dos mais atentos à vida noturna da cidade. Com inspiração no tempo da lei seca norte-americano, o bar fica ao final de uma galeria de arte, sem qualquer sinalização. Para entrar, e curtir todo o clima de jazz, é preciso ultrapassar uma grossa cortina vermelha de veludo. O clima de segredo é reforçado pela necessidade de senha para entrar. No cardápio, além dos vários drinks que levam gin (alguns de criação da própria casa) ainda tem opções de comida, várias com inspiração na culinária espanhola. Onde: R. Saldanha Marinho, nº 1220, Centro Horário qua - sáb, das 19h às 2h Follow on: @gingerbarcwb

papola

Foto Reprodução

Com toque healthy, o Papôla oferece um cardápio de comfort food descomplicado. Com referências mundiais, tem muito da gastronomia australiana trazida do intercâmbio de uma das sócias, Eduarda Camargo. Desde o final de 2016 em atividade, o local acolhe como uma sala de casa para que você aprecie uma comida feita com ingredientes “de verdade”, de fácil consumo e cheios de sabor. Cada dia, um prato diferente é oferecido no almoço. Junto a Eduarda, Ariadne Loureiro e Sirleide Alvim completam o time. O cardápio é uma alegria para os vegetarianos e vaganos, repleto de opções diversificadas. Fique de olho nos brunchs aos sábados. Onde: R. Barão dos Campos Gerais, nº 355, loja 38, Juvevê Horário: ter-sex, das 10h30 às 19h | sáb, das 9h às 16h Follow on: @pap_ola


cookie stories

Foto reprodução

Já pensou em uma confeitaria especializada em cookies? Pois desde março deste ano, a Cookie Stories tem adoçando o coração de quem passa pelo bairro Juvevê. Dentre todos os desdobramentos da receita tradicional, existem opções veganas (banana e aveia) e até café servido em copo comestível (cookie shot). Várias outras sobremesas levam o biscoito como base, com direito a brownie de cookie e bolo de cookie. E claro, como não poderia deixar de ser, várias outras receitas típicas da culinária norte-americana estão por lá também, como donuts, s’mores e funnel cake, para citar algumas. A loja física foi a consolidação de um trabalho que saiu do mundo online, das irmãs Camila e Rafaela Camargo. onde: r. Moyses Marcondes, nº 429, Juvevê Horário: seg - sex, das 11h30 às 19h | sáb, das 11h30 às 18h Follow on: @cookie_stories

38 floor lounge bar

Foto reprodução

O recente bar, inaugurado no úlitmo dia 18, fica anexo ao restaurante panorâmico Terrazza 40 e possui apenas 7 mesas, com reservas exclusivas para duas pessoas. Com decoração que mescla o clássico e o moderno, a vista é a de quem está na cobertura de um dos pontos mais altos da cidade. O bar atende todas as noites com uma ampla cartela de cervejas, vinhos e espumantes, além de um bar de drinks ao lado, comandado por Ricardo Fogaça. O menu, da Chef Tânia Regina Campos, mescla opções exclusivas de entradas e finger foods, com opções menores dos pratos servido no Terrazza 40. onde: r. Pe. anchieta, nº 1287, bigorrilho Horário: abre de segunda a domingo, a partir das 20h30 Follow on: @terrazza40


neo thoughts

da

direto fonte

foto: Olya Oleinic

alĂŠxia saraiva


Como o movimento do open design chegou à moda e permitiu que o consumidor pudesse adaptar o próprio molde do que veste

E se, ao invés do ritual de chegar em uma loja, provar uma roupa e levá-la; você pudesse receber o tecido em casa para montar uma peça do seu jeito? Por mais futurística que pareça essa ideia, ela é parte de um conceito que já existe: o open source, que chegou à moda pela influência do open design. Mas o que isso quer dizer e como funciona esse processo? Quem explica é a mestranda em design pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) Iana Uliana Perez, que estuda o open design e a fabricação digital na moda: de modo geral, “[o open design na moda significa] ter acesso a modelagens já prontas, modificá-las para que se ajustem ao seu corpo e ao seu gosto, e então costurar você mesmo ou levar até algum produtor local ou alguma pessoa próxima que faça essa roupa para você”.


Conceitos do Open Design na Moda

Por que aderir?

O conceito em si não é algo novo: segundo Iana, já no século 17 existia trabalho criativo e coletivo para desenvolver produtos, e revistas que disponibilizam moldes, sendo que a produção caseira de roupas foi uma prática comum até os anos 1950. A ideia de design aberto foi renovada e ganhou seu nome oficial em 1999, com a fundação da Open Design Foundation - resultado da influência dos movimentos de free software e open source, que permite ao usuário de um sistema modificá-lo e redistribui-lo com suas alterações. No design, isso significava aplicar esse conceito a bens materiais.

Essa é uma das perguntas que o manifesto lançado pelo criador do coletivo, Martijn van Strien e a designer holandesa Vera de Pont, tenta responder. Uma das principais razões é o consumo consciente, ligado principalmente à sustentabilidade e ao fair trade.

Mas apenas em 2015, na Holanda, que nasceu a maior referência do open design na moda: o Post-Couture Collective. A proposta do grupo é vender e disponibilizar moldes de roupas que o consumidor possa alterar em casa e mandar fazer o corte a laser da modelagem da peça sobre o tecido. Aliada a essas estratégias está também a impressão 3D, para dar maior precisão aos detalhes das peças. Para Iana, essa é “uma proposta inovadora de eliminar a costura à máquina para permitir que qualquer pessoa possa montar sua própria roupa, mesmo sem saber costurar”.

A conscientização sobre o impacto da indústria da moda sobre o meio ambiente fez os autores buscarem novas alternativas. “O século 21 traz oportunidades para uma revolução alimentada pela tecnologia, que poderia ajudar a dar forma para uma nova perspectiva à moda”, afirma o manifesto. “As pessoas estão cada vez mais conscientes. A tendência é que, no longo prazo, essa consciência do público, dos novos designers e dos empresários levem a uma real transformação na indústria”, comenta Iana.


open design daqui A iniciativa holandesa de juntar o open design à fabricação digital inspirou outras marcas pelo mundo a seguirem o mesmo caminho. Uma delas surgiu na capital paranaense, numa parceria do Núcleo de Design & Sustentabilidade da UFPR, através do mestrado de Iana, e do NovoLouvre, marca autoral curitibana criada em 2007 por Mariah Salomão Viana. Chamado NL_open, o projeto se difere do Post-Couture Collective pois envolve a participação do consumidor ainda na fase do desenvolvimento do design das peças. Numa primeira fase, o projeto recebeu ideias de designers e interessados para seleção. Eles deveriam levar em consideração as características do NovoLouvre e Curitiba como inspiração criativa e uso de estamparia digital - além de possibilitar a modificação do molde. “Era muito importante para todos nós que as peças pudessem ser facilmente montadas”, aponta Iana. Dois projetos foram selecionados como finalistas. Os vencedores serão endossados e divulgados pelo NovoLouvre.

Para Mariah, a parceria foi uma oportunidade de colocar em prática um conceito que ela já trabalhava internamente. “A primeira vez que ouvi falar no assunto foi em um projeto para arquitetura de habitação social do arquiteto chileno Alejandro Aravena, e depois fiquei conhecendo projetos de mobiliário e o site SHOWstudio que disponibilizava moldes de designers renomados. Aquilo fazia todo o sentido pra mim, que já praticava uma ‘troca’ de moldes com colegas e alunos”, explica. Iana complementa que o NL_open surgiu como uma iniciativa que une seus objetivos de pesquisa com os ideais do NovoLouvre. “A minha proposta para a equipe foi lançar um projeto de cocriação, aberto ao recebimento de propostas de qualquer pessoa. Adotamos essa estratégia por ter percebido que os projetos de open design, de maneira geral, não envolvem a cocriação nas etapas iniciais do processo”.

CoMo funCiona:

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Siga as instruções de montagem.


Na esteira do slow fashion Para se chegar ao open design na moda, um longo caminho foi percorrido, o do slow fashion. Fabianna Pescara, professora da área da moda há quase dez anos e estudiosa da moda de reflexão, explica que essa “pós-costura” é resultado de macrotendências que vêm percorrendo o universo da moda já há décadas. E esses movimentos não caem nas mãos do público facilmente nem hoje as pessoas efetivamente têm um acesso a isso [open design]. Além disso, o open source só chegou devido ao terreno preparado pelo slow fashion nos últimos anos. Fabianna ressalta que muitas vezes as pessoas não percebem que todas as escolhas que fazem no que diz respeito à moda estão ligadas à indústria. “A moda vive de macrotendências. O produto final é um reflexo de algo muito maior. Essa tecnologia extremamente complexa de corte a laser, de receber em sua casa uma roupa desmontada e encaixar, está muito ligada aos conceitos de tecnologia e do slow fashion”. Segundo ela, o próprio slow fashion está ligado a tendências de sustentabilidade e consumo consciente.

para saber mais:

Dona de uma marca independente de Curitiba que enfrenta as reais dificuldades do mercado, Mariah tem esperanças quanto aos impactos futuros destas tendências. “Acredito que é uma necessidade. As pequenas marcas não têm muita opção. Precisam se virar para concorrer com as fast fashion e as novas tecnologias são alternativas, seja para criar novos processos, produtos ou diminuir os custos”, explica. Para Iana, o caminho a ser percorrido ainda é longo. Ainda há um foco muito grande na seleção de matérias-primas ou na questão dos resíduos têxteis, contudo, é necessário ir além e modificar os padrões de produção e de consumo.

NovoLouvre - Open Source Post - Couture


Foto: Olya Oleinic

Os 5 pilares do open design na moda Segundo Iana Uliana Perez

1. Cocriação

Durante o processo de design ou no acesso aos arquivos e moldes. 2. Acesso a moldes e arquivos

Podem ser modificados, compartilhados e usados para a fabricação sob demanda. 3. Modificações e derivações

Usuários criam suas próprias versões do produto, disponibilizam e redistribuem o

derivado. As práticas de apropriação, derivação e imitação são incentivadas. 4. Instruções

São os manuais, tutoriais ou suporte para a manutenção. 5. Informações sobre o desenvolvimento

O projeto deve trazer informações sobre a fabricação do produto e processo de design envolvido, facilitando a utilização de projetos anteriores para o desenvolvimento de novos.



NEO “um novo olhar sobre a moda”

play Produção: Ypsi Moda | Styling: Andrea Gappmayer | Fotografia: Vanessa Ellis | Beauty: Marina Costa | Modelos: Ju Brito (Dakota Models) - Patrícia Mendonça (Elo Mgt) - Joabe Caldas (Saad Mgt)


Camiseta e saia - Veine | Clutch e viseira - NovoLouvre


Brinco - Austral | Saia e cropped - NovoLouvre | Segunda pele rendada - Maria Pimenta | Bomber - Egueiras


Moletons e casaco - Egueiras | Colares - Ivy Lipsky



Saia - acervo | Bomber - JACU | Camisa poรก - Maria Pimenta Calรงa - Veine


Vestido - NovoLouvre | Camiseta Veludo - Projeto Zero Um | Bomber - Maria Pimenta | Oxford - Vizzano


Casaco - Egueiras | Camiseta - JACU | Brincos - Austral



neo brands

NOVAS MARCAS NOVAS Carmela scarpi

Da esquerda para direita: Arbol - Foto: Débora Spanhol | Bruna Bomfim - Foto: Ana Momm | Rocio Can Débora Spanhol


Estar inserido em mudanças como agente transformador é regular sua perspectiva aos movimentos do mundo. Diante disso, e para saber o que pensam as novas marcas a respeito da nova moda, fizemos um raio X de 4 neo brands curitibanas que têm em seus designers e DNA a inovação e o ineditismo.

nvas - Foto: Cassia Tabatini | Projeto Zero Um - Foto:

Todos os criativos têm menos de 30 anos e caminham dentro da indústria da moda com produtos e valores condizentes com os desejos de um, também novo, público-alvo. Conheça suas apostas, histórias e opiniões:


Foto: Izadora Padilha


RAIO X // ROCIO CANVAS A marca de roupas femininas explora um universo minimalista cheio de significados. Com inspiração familiar, a Rocio Canvas surgiu como TCC de Diego Malicheski e já chegou à Casa de Criadores em SP. Nome completo: Diego Malicheski. Qual sua marca: Rocio Canvas. Desde quando está à frente dela: 2015. Três palavras para definir o motivo de a ter criado: Realização pessoal, sonho e fazer diferente. Qual história sua marca conta: Retratar em cada coleção tudo aquilo que poderia ser “pintado” a partir de uma roupa em branco. Como imagina a marca em 5 anos: Com vários pontos de venda espalhados nacionalmente e internacionalmente. E qual sua maior conquista com até agora: Ter coleção selecionada para desfilar na Casa de Criadores. O que acredita oferecer de novo com seu produto: Proposta minimalista que investiga a modelagem. Como você vê o novo mercado de moda: Competitivo e bastidores sem glamour. E o novo consumidor: Seletivo. Existe espaço para inovação na moda? Sim! principalmente em processos. O que você acredita ser o futuro: Saia midi como tendência forte/inovadora em 2024.


Foto: Izadora Padilha


RAIO X // projeto zero um Pensar a moda para além da roupa é o verdadeiro projeto da marca. Aprimorar o vestuário para o consumidor, explorando suas expectativas de forma real por meio de processo inovadores. Nomes completos: Patrícia Yuri Hirozawa e Vanessa Lisboa Gabardo. Qual sua marca: Projeto Zero Um. Desde quando estão à frente dela: Projetos para clientes começaram em outubro de 2016, mas o primeiro lançamento de coleção foi em 18 de fevereiro deste ano. Três palavras para definir o motivo de a ter criado: Realizar, autenticidade e integração. Qual história a marca conta: “Projeto” significa a vontade de começar e estar sempre em ação, e um compromisso em projetar pensando no consumidor. “Zero Um” é o começo de um longo caminho para um formato mais justo com quem compra, quem produz e com o planeta. Como imaginam a marca em 5 anos: Com um formato diferente do que conhecemos hoje e mais próximo de um centro de criação e prototipagem de produtos. E qual a maior conquista até agora: Ter criado logo de cara uma rede de parceiros com pessoas maravilhosas e talentosas que tornaram o início mais leve e possível. O que acreditam oferecer de novo com o produto de vocês: Talvez seja o olhar mais atento à função e à performance das roupas que nos acompanham no dia-a-dia, sem deixar de lado o apelo visual. Como veem o novo mercado de moda: Estamos em uma fase de transição. A internet está aí para dar voz às pessoas, facilitar colaborações. Talvez precisamos expandir nossa perspectiva sobre a própria moda e integrar mais áreas de conhecimento. E o novo consumidor: Acreditamos que ele vai se envolver com as mudanças do mercado, ficar mais exigente. O poder da escolha nunca fez tanto sentido. Existe espaço para inovação na moda? Sim, e dentro da moda pode acontecer em toda a cadeia produtiva, até porque em cada parte dela há problemas sérios a serem resolvidos. O que vocês acreditam ser o futuro: Acreditamos que vai ter muito a ver com colaboração, transparência e expandir o jeito que fazemos e consumirmos moda. Sempre vemos iniciativas que envolvem a tecnologia como aliada, por meio de soluções mais acessíveis para a vida das pessoas.


Foto: Izadora Padilha


RAIO X // BRUNA BOMFIM, JOIAS AUTORAIS

Com características totalmente artesanais, as peças são uma interação entre designer e produto, que resultam em joias de formato orgânico, concebidas sob a luz de processos voltados a valores sustentáveis. Nome completo: Bruna Dacol Bomfim. Qual sua marca: Bruna Bomfim, joias autorais. Desde quando está à frente dela: Final de 2015. Três palavras para definir o motivo de a ter criado: O motivo foi a vontade de me expressar, uma paixão de infância por criar com as próprias mãos. Qual história a marca conta: A paixão do fazer artesanal, me expressar através da intuição e interação com o material. Trabalhar com prata e ouro de reciclagem de lixo eletrônico vai de encontro ao olhar da marca, voltado aos valores sustentáveis como produção local e artesanal, gestão de resíduos, materiais de reaproveitamento e design autoral. Como imagina sua marca em 5 anos: Uma marca mais desenvolvida e madura, que seja conhecida por mais pessoas que valorizam a criação autoral, dentro e fora de Curitiba. E qual a maior conquista até agora: Ver o reconhecimento e admiração do meu trabalho por outras pessoas. Fazer parte da história de outras pessoas com a minha criação. O que acredita oferecer de novo com seu produto: Uma peça que seja só sua, cada uma é única e conta sua própria história. Como você vê o novo mercado de moda: Ele valoriza o processo e a trajetória de cada peça ou marca. O produto final não tem mais importância se não tiver identidade e uma história por trás. E o novo consumidor: O novo consumidor busca empatia pelas peças e identificação dos seus valores com os da marca. Existe espaço para inovação na moda? Sim, a inovação está na forma com que as pessoas fazem as coisas, algo que traga um conteúdo novo, que acrescente, que gere interesse por sua singularidade, isso é inovar. O que acredita ser o futuro da moda: A moda precisou se ressignificar. A moda do futuro se relaciona não só com produtos, mas com valores. Valores como sustentabilidade, empatia com o outro e com o próprio planeta.


Foto: Stephany Lorena


RAIO X // ARBOL A recém-lançada marca de roupas femininas contemporâneas é, na realidade, um retorno da designer ao Brasil e ao mercado. Nome completo: Lívia Casagrande Calomeno Moro. Qual sua marca: Arbol. Desde quando está à frente dela: A Arbol é a transformação da minha marca anterior, que eu assinava com meu nome (Lívia Moro). Iniciei em 2012 com ela, e como Arbol no início deste ano. Três palavras para definir o motivo de a ter criado: Minhas três palavras compõem uma frase: vontade de transformação. Qual história sua marca conta: A minha marca conta as minhas descobertas. No final do ano passado, antes de voltar de um intercâmbio em Milão, decidi fazer uma peregrinação de 820 km a pé, o Caminho de Santiago. Em 33 dias atravessamos a Espanha. Entrei em crise com a moda, pois com 5 peças de roupa passei os dias mais felizes da minha vida. O caminho me mostrou o princípio da minha marca: ter menos para ser mais. Como você imagina sua marca em 5 anos: Evoluindo, fortalecendo cada vez mais os propósito e a relação com o consumidor. E qual sua maior conquista até agora: A maior conquista é pessoal. Dentro do meu trabalho procuro evoluir como pessoa e, nessa busca, espero poder atingir outras pessoas, isso é um sonho! O que acredita oferecer de novo com seu produto: Possibilidades do consumidor sentir, pelo vestir, que as mudanças estão dentro de nós. E trabalharmos o simples, o essencial, com modelagem descomplicada e adaptável para diversas ocasiões. Como vê o novo consumidor: Mais corajoso para se perguntar sobre a origem das suas roupas, mais curioso para saber os processos e conectado com o propósito do criador. Existe espaço para inovação na moda? Vejo muitos vídeos na internet de inovações têxteis, por exemplo, mas não vejo isso sendo usado de verdade. Falta mais mistura: engenharia, arquitetura, design, moda, química. O que você acredita ser o futuro da moda: Uma moda mais justa, mais humana, menos ostensiva, com mais qualidade e valorização do trabalho de todos. Uma moda do bem, para o bem e alinhada com o meio ambiente.


accessorize Produção: Ypsi Moda | Styling: Andrea Gappmayer | Fotografia: Vanessa Ellis | Beauty: Marina Costa | Modelos: Ju Brito (Dakota Models) - Patrícia Mendonça (Elo Mgt) - Shaira eitel


Brinco: Austral | Colares: Ivy Lipsky


Anel, Pulseira e colar cristais: kovalsyki | Blusa Damyller Colares: Petite Usine | Brinco: Silvia Dรถring | Blusa: Dani Holzbach


Silvia Dรถring | corrente: cintia

Choker veludo: NovoLouvre | Choker: Petite Usine | Colar cristal e corrente: Ivy Lipsky | Piercing: Austral | Vestido: Dani Holzbach


NEO chOiceS

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| Orna MakeUp - R$ 41,80 |

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