ÇÃ Lago Municipal Vô Pedro Viana Primavera do Leste - MT
Ane Caroline Schwade
TFG I – Arquitetura e Urbanismo/UFMT – 2019/2 Orientador: Everton Rossete Junior
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO
ANE CAROLINE SCHWADE
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ô Trabalho desenvolvido e apresentado ao departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Mato Grosso, como requisito para a obtenção do título de Arquiteta e Urbanista.
Orientador: Prof. Me. Everton Nazareth Rossete Junior Banca: Profª Dra. Elisa Pagliarini Cox
Cuiabá, 2020
Meus agradecimentos também aos meus familiares e
Primeiramente
gratidão a Deus, que esteve e está sempre ao meu lado, me iluminando, dando força e me guiando para o melhor caminho, e que agora me permite concluir mais uma etapa da minha vida.
Agradeço
ao meu Orientador Everton, que esteve presente durante todo o desenvolvimento do meu trabalho, me encaminhando, orientando e auxiliando no meu Trabalho Final de Graduação, tendo paciência e flexibilidade para entender as minhas dificuldades. Também agradeço aos demais professores que contribuíram para que eu pudesse chegar até esta etapa, perpassando todo o conhecimento e experiência como Arquitetos e Urbanistas.
Agradeço
também imensamente aos meus pais, a minha irmã e meu namorado que estiveram presentes durante toda a minha graduação, me apoiando, compreendendo, e dando o suporte necessário em todos os momentos e me incentivando para continuar e concluir esta etapa tão importante em minha vida.
amigos, que muitas vezes mesmo longe, me incentivaram e apoiaram em todos os momentos, assim como aos que estavam perto e que entenderam muitas vezes minha ausência.
Não menos importante, agradeço, as amizades que
construí ao longo da graduação, e que pretendo levar para a vida, as minhas parcerias de projeto e de trabalhos e aos meus colegas de sala, que apesar de todas as divergências, juntos enfrentamos as dificuldades, crescemos e evoluímos a cada dia.
Assim como aos meus chefes do coração do escritório
Arch Concept, Arq. Ana Carolina, Arq. José Ricardo e Arq. Leonardo, que me acolheram no meu primeiro estágio e tiveram paciência e zelo para me ensinar e Arq. Flávia França que deu a oportunidade para agregar ainda mais conhecimento no final da minha graduação.
Por fim
meu agradecimento a todas as pessoas que participaram direta ou indiretamente do meu trabalho e da minha graduação. Meus mais sinceros agradecimentos a todos.
1. INTRODUÇÃO 1.1 – Objetivos 1.2 – Justificativa
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 – Espaços Livres 2.2 – Áreas Verdes 2.3 – Vitalidade Urbana 2.4 – Parque Urbano 2.5 – Importância do Espaço Público
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3. ESCOLHA DO TERRENO
3.1 – Diagnóstico do Município 3.2 – Espaços Públicos em Primavera do Leste 3.3 – Terreno 3.4 – Justificativa do Terreno 3.5 – Condicionantes legais 3.6 – Pesquisa de Campo 3.7 – Participação Popular
4. ESTUDOS DE CASO
4.1 – Parque Urbano da Orla do Guaíba 4.2 – Parque Ibirapuera 4.3 – Orla do Lago Paprocany 4.4 – Parque Shenzhen Talent 4.5 – Síntese
5. REFERENCIAL URBANO/
PAISAGÍSTICO
5.1 – Rosa Kliass 5.2 – Fernando Chacel
6. PROPOSTA
6.1 – Diretrizes para a Requalificação 6.2 – Programa de Necessidades 6.3 – Setorização/Zoneamento
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Além
O
presente trabalho é voltado para a pesquisa do espaço público, direcionando o olhar para o espaço existente, sua configuração e a forma com que as pessoas interagem com ele. Sendo assim, é importante inicialmente entender o que é o espaço público, como ele se configura e quais os elementos e componentes que estão diretamente ligados a ele.
O
espaço público como elemento integrador da cidade, muitas vezes é deixado de lado, uma vez que não há investimento e assim não há estímulo para a sua utilização. Cada vez menos as pessoas interagem entre si e com a cidade, e assim a cidade perde a sua vitalidade. Então, o espaço público se materializa como um elemento de conexão, não só da cidade, mas também para as pessoas.
disso, o espaço público se traduz em diferentes espaços como: ruas, praças, largos, quintais, vilas, parques, entre outros. Espaços que podem ser muitas vezes singelos, mas que se apresentam como uma forma de respiro do todo construído, uma diferente forma de vida.
O espaço pesquisado e estudado neste trabalho é o
Lago Municipal Vô Pedro Viana, localizado na cidade
de Primavera do Leste, Mato Grosso. Um espaço público, que apesar de possuir infraestrutura, que não é compatível com o espaço, é muito utilizado pela população. Deste modo, é pertinente voltar o olhar e entender como este espaço funciona, quais suas qualidades e potencialidades e como é possível acrescentar e aplicar outros elementos e características para estimular e atrair ainda mais os moradores a frequentar e interagir com esse espaço público.
Objetivos Gerais
ESPAÇO PÚBLICO
Valorizar
o espaço público, através da sua utilização, através da busca por qualificar o ambiente por meio da criação de um parque. Somados à busca pela conexão do espaço público e privado, da interação entre as pessoas e o espaço público, bem como à criação de um elemento de transição e ligação entre um núcleo urbano distante do núcleo urbano principal.
QUALIFICAÇÃO
Objetivos Específicos
UTILIZAÇÃO
VALORIZAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO ADEQUAÇÃO
A partir do espaço existente e utilizado a sua qualificação por meio da inserção de arborização, mobiliário, espaços interativos, quadras para prática de esportes, entre outros elementos; Integrar a natureza com o edificado; Propor a identificação do usuário com o espaço público e com a natureza, criando espaços aconchegantes, que atraiam a utilização e que valorizem a natureza;
LIGAÇÃO
TRANSIÇÃO
INTERAÇÃO
CONEXÃO
Valorizar a flora local, por meio da utilização de árvores típicas do cerrado;
Possibilitar ao usuário maior conforto térmico durante o dia e iluminação adequada a noite, com o intuito de promover um ambiente adequado para utilização o dia todo, por meio da arborização, coberturas e espaços iluminados.
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PÚBLICO
CIDADE
X
X
PRIVADO
PESSOAS
Espaços de lazer, de respiro, ou até mesmo de
Deste
modo, o trabalho pretende propor uma intervenção em um espaço já existente na cidade, de Primavera do Leste no estado de Mato Grosso, que é utilizado pela população, contudo, que não foi destinada uma preocupação e um olhar adequado ao espaço, deixando muitas vezes de ser utilizado por não propiciar um ambiente propício a sua utilização.
fuga da correria do dia a dia estão ganhando cada dia mais importância tanto na vida das pessoas quanto nas
cidades. Sendo que esses espaços podem se desenvolver de diferentes formas e dimensões, atendendo escalas menores como de um bairro até mesmo escalas maiores como a da cidade, ou ainda escala de estado, país e mundo ao se consolidar como um espaço de grande destaque na sociedade. Entretanto neste trabalho será abordado espaços voltados para a cidade, para o urbano, que são os parques, mostrando não só a sua influência na vida das pessoas e das cidades como um ambiente destinado ao lazer e a contemplação da natureza, mas também como um espaço de respiro para o espaço urbano.
Apesar
de Primavera do Leste possuir diversos espaços livres públicos, apenas alguns possuem infraestrutura, e ainda assim precária. Os principais espaços utilizados pela população são a Pista de Caminhada, a Praça Matriz e o Lago Municipal Vô Pedro Viana.
Praças e Parque Edifícios Institucionais Espaços Públicos 01 Pista de Caminhada 02 Praça Matriz Lago Municipal 03 Vô Pedro Viana
03
02 01
LAGO MUNICIPAL VÔ PEDRO VIANA PRIMAVERA DO LESTE – MT/BRASIL
Fonte: Arquivo da Autora, 2020
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Imagem: Espaços Públicos e Institucionais de Primavera do Leste em 2020 Fonte: Prefeitura – Edição: Autora
Outro
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ponto de destaque deste espaço é que se trata de uma área de transição entre duas partes da cidade: os bairros próximos ao centro e bairros que se desenvolveram longe do centro da cidade. Deste modo, é uma área de intenso fluxo de pessoas e veículos, que trafegam diariamente para poder chegar ao seu trabalho e depois retornar a sua casa.
espaço do Lago Municipal Vô Pedro Viana foi escolhido para ser contemplado pelo projeto de requalificação visto que engloba uma grande área livre pública que hoje é utilizada pela população, tanto como lazer, como para práticas esportivas, promoção de eventos, vendas, e com isso tem se tornado um espaço atrativo para toda a sociedade primaverense.
Desta forma, a partir do diagnóstico da área e da
É
um espaço com grande utilização durante a semana no início e final do dia para caminhadas, corridas e andar de bicicleta, já nos finais de semana e feriados ao final da tarde além da prática de exercícios físicos também é utilizado para lazer, passear com a família, amigos e com os animais domésticos. Contudo, é ainda uma área que possui pouca infraestrutura para a sua utilização.
importância do espaço público não só para a cidade, mas também para a relação entre as pessoas, foi pensado em um projeto de requalificação para esta área, com a intenção de munir este espaço com infraestrutura adequada, bem como ambientes com qualidade ambiental, instigando ainda mais a sua utilização e demonstrando cada vez mais a importância do espaço público para a cidade, para a melhor qualidade de vida das pessoas.
Imagem: Pista de caminhada e ciclovia – Lago Municipal Vô Pedro Viana – Primavera do Leste/MT Fonte: Arquivo da Autora, 2020
Além
Imagem: Calçada e ciclovia – Lago Municipal Vô Pedro Viana – Primavera do Leste/MT Fonte: Arquivo da Autora, 2019
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disso, também são realizados eventos da cidade, para isso as vias para veículos são fechadas, ficando restritas a pedestres e ao evento. Já foram realizados eventos como shows para comemorar o aniversário da cidade, carnaval, e outros eventos culturais como o Primacanta, um evento realizado pela Prefeitura de Primavera do Leste, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Lazer e Juventude (Secult), que busca abrir espaço para que toda a população possa demonstrar suas habilidades musicais e com isso identificar talentos e estimular o cenário musical. Além disso, eventos de comida como Food Park e cinema ao ar livre. Também aulas de ioga e música ao ar livre são atividades que acontecem com frequência no espaço.
Imagem: Lago Municipal Vô Pedro Viana Fonte: Arquivo da Autora, 2019
Um espaço apropriado para todos, que possibilite
o encontro, a troca de informações, o lazer, a prática de esporte a todos, com qualidade. Também tornar um espaço que possa ser utilizado como uma leve transição entre os bairros próximos ao centro e bairros mais retirados, fazendo com que a população desses bairros retirados se sinta também parte do todo.
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Ç Também,
segundo Sun Alex (2011), doutor em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, o espaço público da cidade se apresenta de diversas maneiras, através de diferentes formas e dimensões e abrange desde uma simples calçada até uma paisagem. Outro ponto abordado pelo autor é o de que os espaços públicos se desenvolvem para o uso do dia a dia por meio das ruas, praças e parques.
Sendo assim, é possível observar o valor do espaço
livre público não só para a cidade, mas também para as pessoas. Camilo Sitte (1992) destacava que não havia dúvidas sobre a importância das interrupções na grande massa de edifícios por meio da manutenção de grandes espaços abertos que são essenciais para a saúde, assim como para o espírito e que é através das paisagens naturais espalhadas pela cidade é que se encontra o devido repouso.
Imagem: Rua Fabert – Paris/França Fonte: Arquivo da Autora, 2018
Os espaços
livres públicos se apresentam como áreas reservadas a toda a população, as quais todos têm livre acesso. Porém, o que se observa é que muitas vezes estes espaços não são reconhecidos pela
população e com isso não são utilizados, o que acaba por gerar espaços vazios e sem vida, ociosos, subutilizados ou degradados.
Os
espaços livres revelam-se em múltiplas escalas, e como afirma Macedo “todas as ruas, praças, largos, pátios, quintais, parques, jardins, terrenos baldios, corredores externos, vilas, vielas e outros mais por ondem as pessoas fluem no seu dia-a-dia em direção ao trabalho, ao lazer ou à moradia ou ainda exercem atividades específicas tanto de trabalho, como lavar roupas, consertar carros, etc., como de lazer” (MACEDO, 1995, p.16)
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Imagem: Rua Saint- Dominique – Paris/França Fonte: Arquivo da Autora, 2018
Além do mais, o espaço livre público se caracteriza muitas vezes como uma área voltada para desafogar a cidade imersa em construções e espaços fechados. Contudo, esses espaços precisam ser atrativos e necessitam de infraestrutura adequada para a sua utilização, para que se tornem espaços vivos dentro da cidade, onde as pessoas possam se relacionar umas com as outras, trocar informações, conviver em sociedade. Para isso, é essencial também que a população se identifique com esses espaços.
Imagem: Av. Champs-Élysées – Paris/França Fonte: Arquivo da Autora, 2018
Á Para
Macedo (1995, p.16), “espaço verde é toda área urbana ou proporção do território ocupada por qualquer tipo de vegetação e que tenham um valor social. Neles estão contidos bosques, campos, matas, jardins, alguns tipos de praças e parques.” Já área verde, ainda segundo Macedo, é um termo usado para referir-se aos mesmos elementos que o espaço verde, se caracterizando ainda como qualquer área onde exista vegetação.
Imagem: Villa Borghese – Roma/Itália Fonte: Arquivo da Autora, 2018
As áreas verdes ao longo da história acompanham o
desenvolver e o caminhar das cidades por meio das diferentes culturas, modos de pensar e agir, assim como estão intimamente ligadas com as pessoas, tendo ou não contato ou relação com elas.
Segundo
o Ministério do Meio Ambiente (S/D) “as áreas verdes urbanas são consideradas como o conjunto de áreas intraurbanas que apresentam cobertura vegetal, arbórea (nativa e introduzida), arbustiva ou rasteira (gramíneas) e que contribuem de modo significativo para a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental nas cidades.” Estes podem se configurar como praças, parques, jardins, faixas de ligação entre áreas verdes, entre outros.
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Imagem: Villa Borghese – Roma/Itália Fonte: Arquivo da Autora, 2018
Contudo,
as áreas ou espaços verdes, não se configuram somente como áreas cobertas por vegetação, mas também se apresentam como elementos importantes para a qualidade de vida urbana, sendo destinadas a um uso específico, como por exemplo o de praças ou parques, mas também como espaços de preservação ambiental.
Imagem: Green Park – Londres/Inglaterra Fonte: Arquivo da Autora, 2018
Segundo
Loboda e Angelis (2005), estas áreas influenciam diretamente na vida da população, por meio da absorção de ruídos, amenizando as temperaturas, assim como atenuando a sensação de prisão em meio a tantas edificações e contribuindo para a melhoria da paisagem urbana. Sendo assim, influenciam não só o lado físico do homem, mas também o mental.
Vitalidade urbana é um conceito que envolve diversos
elementos com o objetivo de dar vida à um lugar. Sendo assim, a vitalidade está ligada a presença das pessoas e como elas utilizam e interagem com o espaço.
Segundo Saboya (2016) a vitalidade urbana traduz
à vida nos espaços públicos, como as ruas, praças, parques entre outros. Sendo possível dizer que um lugar possui vitalidade a partir da utilização desse espaço por pessoas que caminham, interagem, conversam, brincam, entre outras atividades, até mesmo em relação ao comércio. Deste modo, Saboya (2018) coloca que a vitalidade urbana pode ser compreendida a partir da identificação, apropriação e a intensa frequência de utilização do espaço público, e apresenta algumas condições para que este fenômeno aconteça nas cidades como:
• Densidade de usos e pessoas: quantidade de pessoas e atividades necessárias para ocupar os espaços públicos – quanto maior o número de pessoas que utilizam o lugar, mais pessoas são atraídas a utilizarem também o espaço – contudo, quanto menor for a utilização do espaço, mais vazio se apresenta gerando maior insegurança e cada vez mais as pessoas evitam o lugar;
Já Bentley et al (2005) apresentam como o desenho
de edifícios e espaços públicos, através de 7 qualidades ou características, pode gerar vitalidade aos espaços. As qualidades são:
• Permeabilidade: apenas os lugares acessíveis
podem gerar diferentes alternativas as pessoas. A permeabilidade apresenta elementos indispensáveis na questão dos traçados, traduzindo quais os caminhos e rotas que serão possíveis percorrer. Sendo assim, é importante que o conceito de permeabilidade nasça juntamente com o desenho, visto que é um ponto determinante para a vitalidade de um espaço.
• Variedade: se apresenta como um complemento a
• Legibilidade: caracteriza se o espaço é legível ou
• Personalização: nessa etapa já estão presentes todas as qualidades e características que geram a vitalidade dos espaços. Sendo assim é indispensável que se tenha a participação pública, uma vez que, é necessário que as pessoas vivam e trabalhem em lugares pensados e planejados para que possam
permeabilidade, visto que, a permeabilidade sozinha não se traduz como um elemento relevante se não apresentar uma grande variedade de usos. A variedade está ligada aos usos e as atividades possíveis de se desenvolver em um espaço, deste modo é importante estabelecer qual a viabilidade econômica e funcional de cada uso ou atividade, como forma de comprovar a necessidade da diversidade em determinado espaço.
pessoas acessarem o espaço público – é preciso analisar os sistemas e modos de transporte e as características locais da malha viária e sua configuração;
• Arquitetura de Rua: a influência das características morfológicas das edificações juntamente com as
• Versatilidade: um espaço que pode ser utilizado para diferentes atividades oferece mais funções aos usuários de que um espaço pelo qual apresenta um
relações com o espaço aberto e assim o resultado do ambiente gerado por esta interação – destacando então a relação público x privado, as dimensões da forma edificada e a permeabilidade visual.
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tomadas previamente no desenho definem o que será o projeto de forma geral. A imagem apropriada é um elemento de grande importância e que afeta diretamente na interpretação dos espaços. Deste modo, um espaço com imagem apropriada é aquele em que as pessoas conseguem compreender todas as atividades que podem e devem ser desempenhadas, por meio da aparência que é gerada por determinado espaço, sendo possível obter esse elemento através de um desenho bem detalhado.
• Riqueza visual: é a parte voltada para o enriquecimento do projeto, onde é possível escolher quais as experiências sensoriais que os usuários
não, e qual a facilidade de entende-lo. É essa qualidade que analisa os elementos que estruturam o entorno, e que a partir do desenho se estabelece qual será a relação do projeto com o entorno, tomando decisões como qual será o volume, as dimensões e a forma do espaço.
• Acessibilidade: qual o grau de facilidade para as
• Imagem apropriada: todas as decisões que são
foco único. A versatilidade se apresenta como um elemento que pode proporcionar ao espaço a maior interação e utilização, visto que é por meio dela que é possível gerar diferentes atividades e usos.
deverão ter. A riqueza visual está ligada nos elementos que terão maior riqueza de detalhes, destacando por meio do desenho quais são as possibilidades de personalização pelo usuário do próprio ambiente.
personalizar os ambientes de acordo com o que desejam.
Deste
modo é possível elencar que a vitalidade urbana se constitui não somente da presença e vivência das pessoas com o espaço e da maneira com que se relacionam, mas também da forma com que este espaço é concebido, quais os aspectos são levados em consideração e como eles interagem entre si. Ou seja, é por meio de um ambiente projetado e planejado a partir de diferentes características, juntamente com a vivência e utilização das pessoas que é possível dar vida a um espaço.
Segundo
o Ministério do Meio Ambiente (S/D), “parque urbano é uma área verde com função ecológica, estética e de lazer, no entanto, com uma extensão maior que as praças e jardins públicos.”
Já para os arquitetos Silvo Soares Macedo e Francine
Gramacho Sakata (2003), pode ser considerado parque, qualquer espaço público que seja destinado à recreação em massa, independentemente de sua finalidade, desde que tragam consigo intenções de conservação e que sua configuração não dependa de estruturas construídas em seu entorno.
Além
do mais, Sakata (2018) apresenta que os parques precisam dispor de equipamentos de lazer, que se destinem tanto à recreação coletiva quanto em quantidade como diversidade. O parque urbano se revela, então, como uma área em meio à cidade destinada ao lazer da população e também onde predominam os recursos naturais.
Quanto à formação dos parques urbanos, é possível
observar que estes apresentam grande influência das áreas verdes, das vegetações que delimitam e identificam o espaço. Além disso, podem ser formados por pistas de corrida, ciclovias, quadras poliesportivas, espaço infantil, academia, espaço para eventos, food park, espaço pet, assim como espaços para convivência, descanso e lazer.
Sakata (2018) discorre também acerca de uma série
de categorias de espaços urbanos que desenvolvam o lazer em massa e que podem ser então considerados parques no Brasil:
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• Parques lineares de rios ou represas: possuem como característica própria, a qual os diferenciam dos demais, grandes extensões e pouca largura; • Parques de conservação e bosques dentro da malha urbana sem apropriação de lazer: parques que não apresentam como prioridade as funções de lazer e recreação. Além de que muitos parques nas cidades passam a ser considerados como Unidades de Conservação (UCs); • Bosques urbanos com apropriações sociais na periferia: uma categoria já existente no âmbito de espaço livre se consolida como pequenos parques de vizinhança com programa de lazer limitado; • Rua-parque: pode se apresentar como um conjunto de calçadas e ruas e pequenas praças que se interligam, com a intenção de conciliar a circulação de veículos e pessoas;
• Praças que viram parques: muitas vezes os parques são considerados superiores as praças, como se estivessem sempre ligados a questão da preservação ambiental e as praças não, com isso o desejo de que praças se tornem parques para que possam também ser valorizadas; • Parques-quintais: espaços com acesso livre a todos, que apresentam características como apropriações de passeio e recreação, mas que não podem ser considerados parques; • Parques de esportes radicais: apresentam características e usos comuns aos parques, mas que é voltado para atividades físicas e esportes;
• Lagoas urbanas: as lagoas urbanas se apresentam muitas vezes como uma forma de criar parques urbanos, algumas abrigam atividades em seu redor e se tornam conhecidas, outras apenas são vistas por fotos aéreas e não são reconhecidas pela população. Contudo, as lagoas também se apresentam como oportunidade para qualificar bairros em seu entorno; • Avenidas de lazer: avenidas que são fechadas permanentemente ou em determinados dias e horários para se tornarem parques, visto que, as pessoas desenvolvem as mesmas funções neste espaço que desenvolvem nos parques como correr, caminhar, brincar, descansar.
Sendo assim, o parque urbano está inserido dentro
do conjunto de espaços públicos livres, englobando também áreas verdes e se caracterizando por maiores extensões quando se comparado as praças. Deste modo, é possível observar que os parques urbanos se apresentam nas cidades como uma oportunidade de acesso ao espaço público, mas também ao espaço verde, gerando áreas de respiro para as cidades imersas ao edificado, assim como para as pessoas, como áreas destinadas ao convívio, lazer e a descontração e que se desenvolvem em diferentes categorias, devido a sua forma, dimensão e objetivo principal.
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O espaço público se apresenta como um elemento
ESPAÇO PÚBLICO
integrador da cidade e também para a sociedade, visto que
é
um
espaço
utilizado
por
todos, independentemente da classe social, etnia ou cor. É um lugar destinado a todas as pessoas, para que possam conviver, trabalhar, trocar experiências, descansar, vivenciar momentos de lazer, praticar esportes, contemplar, entre outras atividades. Além disso, é uma forma de respiro das cidades imersas no todo edificado, onde é possível observar apenas grandes massas edificadas, ruas e avenidas tomadas pelo concreto e asfalto, onde o verde se configura apenas como um elemento pontual.
Sendo assim, é possível observar o valor do espaço
livre público não só para a cidade, mas também para as pessoas. Camilo Sitte (1992) destacava que não havia dúvidas sobre a importância das interrupções na grande massa de edifícios por meio da manutenção de grandes espaços abertos que são essenciais para a saúde assim como para o espírito e que é através das paisagens naturais espalhadas pela cidade é que se encontra o devido repouso.
Deste
modo, as áreas verdes, os parques, as praças, os jardins, entre outros espaços se apresentam como elementos determinantes na paisagem das cidades, trazendo cor e vida através do verde e do encontro entre as pessoas. Além disso, estes espaços influenciam diretamente na saúde física e mental da população, visto que, inserem as pessoas em um ambiente que perpassa a tranquilidade, a paz, e a vitalidade por meio dos elementos que os compõem, como a vegetação que contribui para amenizar a temperatura e para a renovação do ar, e os equipamentos que possibilitam o descanso, lazer e a convivência, assim como a realização de caminhadas, corridas, entre outros esportes.
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ESPAÇOS LIVRES
ÁREAS VERDES
RUAS
PRAÇAS
BOSQUES
PRAÇAS
PÁTIOS
LARGOS
CAMPOS
MATAS
JARDINS
PARQUES
PARQUES
JARDINS
VITALIDADE URBANA
ELEMENTO INTEGRADOR
VIDA
APROPRIAÇÃO
VIVENCIAR
DESCANSAR
UTILIZAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO
CONVIVER
CONTEMPLAR
PARQUES URBANOS
LAGO MUNICIPAL VÔ PEDRO VIANA PRIMAVERA DO LESTE– MT/BRASIL
Fonte: Arquivo da Autora,2019
Ó A cidade de Primavera do Leste está localizada no
estado de Mato Grosso, à 240km da capital, Cuiabá. Possui uma área de 5.664 km² e uma população de 52.066 habitantes segundo o último senso do IBGE realizado em 2010, e uma população estimada pelo IBGE de 62 mil habitantes em 2019.
Primavera
do Leste foi elevada à categoria de município no dia 13 de maio de 1986, por meio da Lei estadual nº 5.014, assinada pelo então governador do Estado de Mato Grosso, Julio Campos.
Í Inicialmente o município se desenvolveu às margens
da rodovia BR070, que liga o município às cidades de Campo Verde e Barra do Garças, e da MT 130, que liga ao município de Paranatinga. A cidade nasceu em meio a grandes fazendas e foi crescendo e se desenvolvendo aos poucos. As primeiras áreas ocupadas pela cidade foram no entorno das rodovias. (Imagem 1)
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MT 130
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Imagem: Área ocupada no município de Primavera do Leste em 2000. Fonte: Google Earth – Edição: Autora
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maior intensidade a norte e noroeste da BR070 e a oeste da MT130. De 2004 a 2019 é possível observar que a região Oeste da cidade foi sendo ocupada e hoje se caracteriza como a região mais requisitada, e como consequência uma área de grande especulação imobiliária, principalmente nos bairros Centro, Jardim Riva e Parque das Águas. (Imagens 2,3,4 e5)
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MT 130
BR 070
Imagem: Área ocupada no município de Primavera do Leste em 1986. Fonte: Google Earth – Edição: Autora
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Após os anos 2000 o município passou a crescer com
Imagem: Área ocupada no município de Primavera do Leste em 2004. Fonte: Google Earth – Edição: Autora
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MT 130
BR 070
Imagem: Área ocupada no município de Primavera do Leste em 2014. Fonte: Google Earth – Edição: Autora
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Í MT 130
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Atualmente, após análises, foi possível observar 6 núcleos urbanos de ocupação, que se estabeleceram diferentes áreas do município, sendo:
• Região Oeste da MT 130 mais afastada e a Norte da BR070: Bairro Tuiuiú e novo loteamento. (Nº 03 da Imagem abaixo)
em
• Região Leste e Oeste da BR070 e na região Norte da MT130: distrito industrial. (Nº 04 da Imagem abaixo)
• Região Oeste da MT130, mais afastada: bairros Primavera III, Buritis I, Buritis II, Buritis III e Buritis IV; (Nº 01 da Imagem abaixo)
BR 070
Imagem: Área ocupada no município de Primavera do Leste em 2019. Fonte: Google Earth – Edição: Autora
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Contudo, também se desenvolveu a oeste a partir de 2004 uma área mais afastada, que foi sendo ocupada pela população de menor renda inicialmente, e hoje para classe média baixa, visto que o valor da terra é mais acessível, e que também foi a área escolhida para a implantação dos programas de habitação popular. Atualmente é formada pelos bairros: Primavera III, Buritis I, Buritis II, Buritis III e Buritis IV. (Imagem 6)
• Região Sul da BR070: bairros Castelândia, Pioneiro, entre outros – região em que se localiza a Rodoviária Municipal e o Fórum; (Nº 05 da Imagem abaixo)
• Região Oeste da MT 130 e Norte da BR070: bairros Centro, Primavera II, Jardim Riva, Jardim Parque das Águas, entre outros – região em que se localiza a Prefeitura Municipal, o campus da UNIC – Primavera, Ciretran, Câmara Municipal, Defensoria Pública, OABMT – Se estabelecendo como o principal núcleo urbano da cidade. (Nº 02 da Imagem abaixo)
• Região Leste da MT130: bairros Centro Leste, Belo Horizonte, Poncho Verde, Jardim Luciana, entre outros região em que está localizada o campus do IFMT e o Ginásio de Esportes Municipal - Pianão; (Nº 06 da Imagem abaixo)
Imagem: 6 núcleos urbanos em Primavera do Leste - 2019 Fonte: Google Earth – Edição: Autora
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BR 070 BR 070 Imagem: Área afastada ocupada no município de Primavera do Leste em 2019 Fonte: Google Earth – Edição: Autora
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04
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Í
O principal núcleo urbano de Primavera do Leste se
LEGENDA
destaca por apresentar o Centro da cidade onde estão localizados os principais comércios, assim como por ser a região que abriga os principais órgãos institucionais, escolas, agências bancárias, e as principais áreas públicas como a Praça Matriz, Pista de Caminhada e a Lagoa Vô Pedro Viana. Também hoje é a área mais valorizada e requisitada da cidade.
Primavera do Leste é uma cidade jovem, com seus 33
anos, que está crescendo e se desenvolvendo, apresentando uma população predominantemente jovem - segundo o último senso realizado pelo IBGE (2010) - no qual aproximadamente 40% da população está entre 15 e 34 anos. População - 2010 (hab) Homens Mulheres Densidade Demográfica (hab/km²) Área do Município (km²) População empregada – 2017 (hab) Bioma
Núcleo Urbano Principal Avenidas principais em que se concentram os comércios
07
Rua em que se concentram as agências bancárias
02
52066 26487 25579 9,52 5471,644 21984 Cerrado
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010
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MT 130
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Imagem: Principal núcleo urbano do município de Primavera do Leste em 2019 Fonte: Google Earth – Edição: Autora
05 Imagem: Principal Núcleo Urbano de Primavera do Leste - 2019 Fonte: Google Earth – Edição: Autora
03 04
Instituições 01 – Prefeitura 02 – Câmara Municipal de Vereadores 03 – OAB – MT 04 – Defensoria Pública Principais Áreas Públicas 05 – Pista da Caminhada 06 – Praça Matriz 07 – Lagoa Vô Pedro Viana
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Ú Contudo,
Em
apesar de possuir diversas praças espalhadas pela cidade, esses espaços não apresentam muitas vezes infraestrutura adequada e deste modo não são utilizados pela população.
relação aos espaços livres públicos, apresenta cerca de 19 praças, um ginásio de esportes, um centro cultural, uma pista de skate, dois parques e uma lago artificial - Lago Vô Pedro Viana -, além disso, também apresenta áreas de preservação ambiental no entorno do Córrego Traíras.
Praças e Parque Edifícios Institucionais Espaços Públicos
20
Praça Cond. Pioneiro
17
02
Praça Leonardo Werner
18
03
Praça Bairro Jd das Flores
19
04
Praça da Juventude
20
05
Pista de Caminhada
21
Praças Bairro Buritis
06
Praça de Eventos
22
07
Pista de Skate Thiago Pereira
Ginásio de Esportes Pianão
23
Prefeitura
08
Praça Centro Leste
24
IFMT
09
Praça Matriz
25
Câmara de Vereadores
10
Praça Bairro Jd Riva
26
OAB
11
Praça da Fumaça
27
Defensoria Pública do Estado de MT
12
Praça Adão Donin
13
Praça Osmar Bonafé
14
Praça Bairro São Cristóvão
15
Praça São Cristóvão
16
Lago Municipal Vô Pedro Viana
21 17
16
18 19 12
26 27 25 13
15 14 11
22
23 10
09 07
08 06
05
03 02
01
24
04
Imagem: Espaços Públicos e Institucionais de Primavera do Leste em 2020 Fonte: Prefeitura – Edição: Autora
Parque Porto Seguro
01
Bosque Parque Jd das Américas Praça Bairro Poncho Verde Praça Pública Dito Eletricista
Ç
Ú
As praças que podem ser considerados espaços de
uso para toda a população de Primavera do Leste são:
• Pista de Caminhada – localizada próxima a BR070
e que é composta por uma quadra de tênis, uma pista para caminhada e para andar de bicicleta, academia ao ar livre, parque infantil, bancos de concreto, bebedouros, espaço com palco coberto para realização de atividades como dança, shows, aulas ao ar livre, e infraestrutura de banheiros;
• Praça da Igreja Matriz - que está localizada no
centro da cidade, que possuía um parque infantil, arborização, bancos, biblioteca municipal, e infraestrutura de banheiros, e que atualmente está sendo reformada pela Prefeitura Municipal.
• Lago Vô Pedro Viana – localizado no bairro Parque
das Águas. O espaço possui um lago artificial e no seu entorno uma pista de caminhada e para bicicleta, parque infantil, academia ao ar livre, quadra de vôlei de areia, biblioteca container, Centro de Atendimento ao Turista (C.A.T.) e infraestrutura de banheiros. As demais praças da cidade, são as praças de bairro, destinadas aos moradores residentes de cada área especificamente.
C.A.T. e Banheiros Brinquedos Mobiliários
Imagem: Espaço livre coberto - Pista de Caminhada Fonte: Arquivo da Autora, 2020.
Imagem: Praça Matriz Fonte: Google Maps; Fonto: Gabriel Carmello Caldas, 2019
Quadra de vôlei de areia
Academia ao ar livre Parque Infantil Academia ao ar livre Praia
Imagem: Quadra de Tênis - Pista de Caminhada Fonte: Arquivo da Autora, 2020.
Imagem: Praça Matriz Fonte: Google Maps; Fonto: Gabriel Carmello Caldas, 2019
Imagem: Lagoa Municipal Vô Pedro Viana Foto: Wendt, 2020.
O
terreno escolhido para o presente trabalho está localizado na Avenida Gutierres, conhecida como Avenida dos Lagos, no bairro Jardim Parque das Águas, ao lado do Córrego das Traíras, e assim ao lado de uma área de preservação permanente (APP). O terreno possui um lago artificial e uma área de aproximadamente 19,17 hectares, sendo 14,1 hectares de lago, 2,03 hectares de área de gramado e 2,04 de área livre sem cobertura vegetal.
Av. dos Lagos
Além do mais, é uma área de recente ocupação e
Córrego Traíras
próxima a novos loteamentos. Sendo também uma área de transição entre bairros mais afastados e o centro da cidade. O bairro Jardim Parque das Águas é resultado de um loteamento recente, e assim está se consolidando, sendo ocupado tanto por comércios na via principal a Avenida dos Lagos, e por residências no seu interior.
2
Perímetro da área
Em
relação a insolação e ventilação, é possível observar que a área se desenvolve no sentido norte-sul e que deste modo possui uma grande porção voltada para o eixo leste-oeste. A porção oeste recebe maior insolação, contudo é também a região que possui um maciço arbóreo denso ao lado, devido a Área de Preservação Permanente na margem do córrego, que funciona como uma barreira contra a insolação. Já em relação à ventilação, a partir dos dados retirados da plataforma Projeteee – Projetando Edificações Energeticamente Eficientes (apud Labeee – UFSC) sobre os dados climáticos da zona bioclimática que a cidade está localizada, a maior incidência de ventos é da direção Noroeste (NO).
Lago
Limite APP
1
Deste
modo, além da Área de Preservação permanente funcionar como uma barreira a insolação, também se apresenta como um espaço de respiro, e que contribui muito para o microclima diminuindo a temperatura do local, aumentando a umidade do ar e melhorando o conforto térmico da cidade.
Em
relação a topografia, a parte do terreno no entorno do lago (1) é plana, já a parte do terreno ao lado do lago (2) fica em uma região mais baixa que o lago e possui uma topografia mais acidentada, apresentando a diferença de 13 metros entre o ponto mais alto, ao lado do lago, e o ponto mais baixo, próximo a APP.
N
Imagem: Terreno Lago Municipal Vô Pedro Viana e Entorno - 2019 Fonte: Google Earth – Edição: Autora
A escolha da área do Lago Vô Pedro Viana se deu
visto que, atualmente apesar de ser um espaço muito utilizado pela população para a prática de exercícios físicos no começo e no final do dia e para lazer nos finais da tarde principalmente nos finais de semana e feriado, é um espaço que tem grande potencial para se tornar um parque urbano, mas que não foi elaborado inicialmente para tal fim. Deste modo, apesar de possuir alguns bancos, parque infantil, academia ao ar livre, quadra de vôlei de areia e infraestrutura de banheiros, estes elementos que compõem o espaço não dialogam entre si e não foram pensados na sua implantação para formarem um conjunto. Além disso, a área é composta por um extenso gramado em frente ao lago, contudo, não possui arborização, apenas algumas palmeiras que foram implantadas sem um critério aparente, sendo assim não há nenhum sombreamento na área, o que dificulta muitas vezes sua utilização.
Imagem: Lagoa Municipal Vô Pedro Viana Foto: Wendt, 2020.
Ademais,
Imagem: Pista de caminhada e ciclovia – Lago Municipal Vô Pedro Viana – Primavera do Leste/MT Fonte: Arquivo da Autora, 2020
o Lago foi implantado próximo a uma área de preservação ambiental, o que favorece ainda mais a valorização da área verde. Além do mais, essa área pode se caracterizar como um espaço de transição entre um núcleo urbano mais afastado e o principal núcleo urbano da cidade, pelo qual há um grande fluxo de pessoas todos os dias, podendo ser um espaço utilizado para os moradores dos bairros de entorno, mas também de toda a cidade. Outro ponto a ser observado é o de que o Lago está implantado numa região da cidade que começou a ser ocupada mais intensamente nos últimos anos, que está crescendo e se desenvolvendo.
Aliado ao já exposto, atualmente é possível observar
que a sociedade primaverense está em busca de espaços públicos com qualidade ambiental, que proporcionem conforto e experiências agradáveis, assim como a valorização da arborização – busca que pelo menos em partes está sendo atendida, uma vez estão ocorrendo uma série de investimentos públicos nos canteiros das principais avenidas por meio da plantação de árvores, reformas dos passeios e investimentos em paisagismo, assim como uma reforma na Praça Matriz.
O
terreno do Lago Municipal Vô Pedro Viana é resultado de Operações Urbanas Consorciadas. Conforme o Art. 140 do Plano Diretor do Município de Primavera do Leste, “Operações Urbanas Consorciadas são o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Município com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental, ampliando os espaços públicos, melhorias de infraestrutura e sistema viário, num determinado perímetro contínuo ou descontinuado.”
2. de 50m (cinqüenta metros), para os cursos d’água de até 50m (cinqüenta metros) de largura; 3. de 100m (cem metros), para os cursos d’água que tenham de 50m (cinqüenta metros) a 200m (duzentos metros) de largura; 4. de 200m (duzentos metros), para os cursos d’água que tenham de 200m (duzentos metros) a 600m (seiscentos metros) de largura;
Em relação ao estacionamento para veículos, segundo o Art. 74 da Lei Nº 499 sobre o Código de Obras do Município de Primavera do Leste, não há especificidade quanto ao estacionamento para Parques, entretanto coloca que para usos não relacionados fica a cargo da Prefeitura analisar o projeto do estacionamento proposto.
LEGENDA
5. de 500m (quinhentos metros), para os cursos d’água que tenham largura superior de 600m (seiscentos metros).
ZR1 – Zona Residencial 1
ZC1 – Zona Comercial 1
ZR2 – Zona Residencial 2
ZC2 – Zona Comercial 2
ZR3 – Zona Residencial 3 OUC – Operação Urbana Consorciada
ZR3
Imagem: Zoneamento Fonte: Prefeitura – Edição: Autora
Deste
modo, por se tratar de uma área de Operação Urbana Consorciada, não há restrições previstas na Lei de Zoneamento e Uso do Solo, devendo então ser avaliada a proposta e o projeto pela Prefeitura.
ZC2 ZR2
Em relação
às vias carroçáveis não há delimitação de dimensões pelos códigos municipais, contudo a largura dos passeios é delimitada por bairro e por via, no caso da Avenida dos Lagos a largura das calçadas devem ser de 4,50m.
ZC1
Em
relação à Área de Preservação Ambiental, segundo o Art. 25 do Código Municipal do Meio Ambiente, “Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou represamento de cursos d`água naturais, ressalvadas as faixas marginais de cursos d`água, veredas, olhos d’água e outras APP`s que lhes sejam contiguas.” Deste modo, não se faz necessário a área de Preservação no entorno imediato do Lago. Contudo, em relação ao córrego que está localizado próximo ao lago está explícito no Art. 25 do Código Municipal do Meio Ambiente que “ao longo de qualquer curso de água desde o seu nível mais alto, em faixa marginal, cuja largura mínima será: 1. de 30m (trinta metros), para os cursos d’água de até 10m (dez metros) de largura; (O que se aplica a área)
ZR2 ZR3
OUC ZONEAMENTO
ZR1
ZC2
ZC1
No entorno do lago há uma área pavimentada pela
qual as pessoas podem caminhar ou correr, passear com animais e andar de bicicleta, assim como na calçada que dá acesso ao lago. Atualmente há uma separação entre a área para ciclistas e para pedestres tanto na calçada como na pista ao redor do lago por meio de pintura e faixa de divisão. Além disso, há uma grande área de gramado, um parque infantil, uma academia ao ar livre, uma quadra de vôlei de areia e a Biblioteca Container que foi instalada pela secretária de Cultura do município, neste espaço.
Imagem: Edificação que abriga o Centro de Atendimento ao Turista e a infraestrutura de banheiros Fonte: Arquivo da Autora, 2020
Imagem: Vista Superior – Lago Municipal Vô Pedro Viana Foto: Wendt, 2020.
A
Em relação as edificações possui um espaço que
partir da análise do local, da vivência e das informações repassadas pela população, é possível observar que apesar de, o Lago Municipal Vô Pedro Viana ter se tornado um grande espaço de lazer, convivência e descontração para a sociedade primaverense, este não desempenha seu papel com eficiência, visto que a infraestrutura é precária, contudo se apresenta como um espaço de grande potencial para o desenvolvimento de um parque.
recentemente foi destinado ao Centro de Atendimento ao Turista, com o objetivo de estimular o turismo, mas também atender de forma eficiente os turistas em busca de informações, assim como os próprios moradores, além disso possui uma infraestrutura de banheiros para quem utiliza o parque.
Sobre o mobiliário, apresentam-se apenas alguns
A
bancos que ficam próximos a lagoa. Já a iluminação ocorre por meio de postes altos que realizam a
infraestrutura existente no local hoje se apresenta insuficiente em termos de dimensionamento, assim como se concentra somente em uma região deixando o restante da área ociosa, também é possível observar que não houve uma preocupação quanto a relação e o fluxo entre os elementos implantados.
Imagem: Calçada e ciclovia – Lago Municipal Vô Pedro Viana – Primavera do Leste/MT Fonte: Arquivo da Autora, 2020
iluminação geral do espaço, sendo muitas vezes insuficiente e gerando espaços escuros e inseguros. A vegetação existente trata-se de apenas algumas palmeiras plantadas isoladas sem nenhum critério paisagístico aparente.
ÇÃ Conhece o Lago
Qual horário frequenta
A
participação popular se apresenta como um elemento de grande importância tanto para pesquisa e estudo do espaço público, quanto para as etapas de projeto. É a partir do conhecimento da opinião e do olhar da população que é possível identificar elementos relevantes na composição do espaço. Sendo assim, foi desenvolvida uma pesquisa online, através da ferramenta Google Forms, com o objetivo de coletar informações em relação a utilização do Lago Municipal Vô Pedro Viana pela população. Foram coletadas o total de 84 respostas. Os resultados desta pesquisa serão apresentados a seguir:
1% 3% 3%
1% Bairro 1% 1%
1% 1%
26%
6% 8% 25%
16%
Jardim Riva Buritis Centro Castelândia Primavera III Tuiuiú Pioneiro Jardim Veneza Jardim Luciana Jardim Itália Centro Leste Residencial Padre Onesto Costa Três Américas Atlântico Sul Poncho Verde II
8%
5%
Início da manhã Manhã
Tarde Sim
Não
Final da tarde Noite
77%
100%
Residente
3%
4%
2%
4% 4%
Quais os motivos para ir ao local 1%
Percepção do espaço
Lazer ou descanso
6%
10%
Exercícios físicos
15%
44% 11%
23%
Faixa Etária
Não frequento
Andar de bicicleta
Adequado como está
10%
Poderia melhorar
8%
1%
Espaço inadequado
Levar as crianças brincarem Levar o(s) pet(s) passear(em) Nunca fui a lagoa
Espaço organizado Nunca fui a lagoa
71%
Frequenta o local? Qual a frequência
Sugestões
4% 1% 2% 10 a 19 anos
2%
20 a 29 anos
17% 36% 12%
28%
30 a 39 anos
10%
Menos de 1 vez por mês
21%
1 a 2 vezes no mês
19%
3 a 5 vezes na semana
50 a 59 anos
Todos os dias
69 anos ou mais
5%
Arborização, paisagismo e sombreamento Segurança
6%
3% 37%
1 a 2 vezes na semana
40 a 49 anos
60 a 69 anos
5%
48%
Não frequento
Iluminação Brinquedos
13%
Quadras poliesportivas
6%
12%
5%
8%
Mobiliário Praça de alimentação
PARQUE URBANO DA ORLA DO GUAÍBA PORTO ALEGRE – RS/BRASIL
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/907892/parqueurbano-da-orla-do-guaiba-jaime-lerner-arquitetos-associados
Í
Imagem: Iluminação Parque Urbano da Orla do Guaíba Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/907892/parqueurbano-da-orla-do-guaiba-jaime-lerner-arquitetos-associados
O
Imagem: Parque Urbano da Orla do Guaíba Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/907892/parqueurbano-da-orla-do-guaiba-jaime-lerner-arquitetos-associados
O Parque Urbano da Orla do Guaíba está localizado na cidade de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul. Possui uma extensão de 1,5km na margem do lago e cerca de 56,7 hectares de área. A implantação do parque se deu no ano de 2018 a partir do projeto realizado pelo escritório Jaime Lerner Arquitetos Associados. Esse parque foi desenvolvido como forma de resolver diversos problemas que envolvem a população e a cidade como a segurança, o abandono e a degradação do espaço.
parque proporciona um amplo espaço para troca de experiências, lazer, cultura e esporte. Um espaço atrativo para a população, com infraestrutura que pode ser utilizada a qualquer hora do dia, visto que, é um espaço aberto e permeável em diversos pontos. Possui alguns mobiliários fixos, bicicletários, espaços para restaurantes, escadas que podem ser utilizadas como arquibancadas e iluminação adequada. Apesar disso, possui pouca arborização o que pode prejudicar o uso durante o verão em dias quentes.
Imagem: Caminhos sobre as águas - Orla do Guaíba Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/907892/parqueurbano-da-orla-do-guaiba-jaime-lerner-arquitetos-associados
Sendo
assim, é possível observar que o parque valoriza a paisagem existente e tira partido dela, utilizando a topografia para criar diferentes espaços. Assim como a forma com que os passeios e caminhos acontecem, por meio das curvas, criando diferentes cenários, que geram sensações e experiências variadas ao usuário e acabam quebrando a regularidade do todo, avançando sobre a água e trazendo o usuário mais perto da natureza. Além disso, a presença de um mirante como forma de destacar e estimular a contemplação da paisagem.
Segundo
o escritório Jaime Lerner Arquitetos Associados, o projeto se caracterizou a partir da regeneração urbana e ambiental, resultando em efeitos tantos sociais como econômicos e ambientais. Também eram premissas a questão da valorização do entorno, valorização imobiliária e recuperação ambiental, gerando assim a população um novo espaço que possa ser utilizado para lazer, mas também para comércios, contribuindo de alguma forma para a manutenção deste espaço.
Mirante
Mobiliários
Restaurante
Caminho sobre as águas
Imagem: Orla do Guaíba Fonte: Google Earth, 2017
PARQUE IBIRAPUERA SÃO PAULO – SP/BRASIL
Fonte: Foto: Marco Domicio https://parqueibirapuera.org/digam-adeus-aoparque-do-ibirapuera/
Apesar
de ser fechado, o parque, possui diversos portões que possibilitam o acesso da população assim como acessos que permanecem abertos 24 horas por dia, apenas para pedestres. O Parque engloba além dos lagos, ciclovia, quadras esportivas, praças, aparelhos de ginástica, espaços que podem abrigar eventos como shows, parque infantil, pistas de corrida, passeio e descanso. Fazem parte também desta paisagem edifícios públicos, museus, entre outros edifícios.
Este espaço se caracteriza
não só como uma das mais importantes áreas de lazer e cultura da cidade, mas também como uma das áreas onde o verde é o destaque, composto por uma flora de mais de 500 espécies e fauna de mais de 300 espécies. É a partir do verde que vão se criando diferentes espaços como o Bosque Municipal de Leitura Parque Ibirapuera, um local fresco e arejado em meio a vegetação em que a população pode realizar a sua leitura em contato com a natureza, composto por uma edificação para guardar os livros, e uma área externa pavimentada e alguns mobiliários como mesas e cadeiras em meio a um bosque, que possibilita diferentes experiências aos usuários por meio da leitura em meio ao verde. Imagem: Mapa Parque Ibirapuera Fonte: https://parqueibirapuera.org/parque-ibirapuera/mapasdo-parque-ibirapuera/ Acessos
Praças e parques
Estacionamentos
Edifícios - Museus/Pavilhões
O Parque Ibirapuera está localizado na cidade de
São Paulo, no estado de São Paulo. Segundo o site da Prefeitura (2019) da cidade o parque é composto por 3 lagos que totalizam aproximadamente a área ocupada de 158 hectares. Foi inaugurado em 1954 em comemoração aos 400 anos de São Paulo. O projeto do parque foi desenvolvido por um grupo de arquitetos sendo eles: Oscar Niemeyer, Ulhôa Cavalcanti, Zenon Lotufo, Eduardo Kneese de Mello, Ícaro de Castro Mello, juntamente com o paisagista Augusto Teixeira Mendes.
Imagem: Bosque de Leitura – Parque Ibirapuera - Foto: Cris Glasser Fonte: https://www.instagram.com/p/B30vX1JAmhN/
Ainda
que atualmente este Bosque encontre-se raramente aberto, visto que a Prefeitura Municipal cancelou o contrato com o PIC – Parque Ibirapuera Conservação, um grupo de pessoas que decidiu pesquisar e trabalhar para uma gestão de conservação do parque, que instigasse a população a utilizar e preservar o parque por meio da sua identificação, grupo que reformou e cuidava do espaço, esta é mais uma das áreas de estar que contribuem para a qualidade espacial do parque.
Este
Imagem: Vista Aérea Parque Ibirapuera - Foto: São Paulo City Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/898302/classicos-daarquitetura-as-arquiteturas-do-parque-ibirapuera-oscarniemeyer
parque se desenvolve por meio da preservação e vitalidade, gerando espaços de respiro a esta população imersa ao grande caos da cidade de negócios. Se apresenta não só como um espaço de prática de exercícios físicos, ou até mesmo de cultura e lazer, mas também como um refúgio como a Imagem: Orla do, Guaíba Fonte: São Google Earth, 2017 fuga do dia a dia sufocante da grande Paulo.
ORLA DO LAGO PAPROCANY TYCHY/POLÔNIA
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/794563/reurbanizacaoda-orla-do-lago-paprocany-rs-plus/
O
material mais utilizado para desenvolvimento de caminhos, bancos, guarda-corpo, entre outros elementos que compõem o espaço, foi a madeira, visto que autores do projeto tinham a intenção de valorizar os produtos naturais. A madeira sendo utilizada em toda a extensão do lago criando caminhos sinuosos que deixam o usuário ora mais próximo a água ora mais próximo a terra, quebra a linearidade do trecho o qual se realizou a intervenção, deixando-o mais atrativo e agradável ao pedestre, que possui diferentes experiências ao longo do passeio.
Outro
ponto de destaque são as redes que se desenvolvem sobre a água e os bancos em madeira que podem servir até mesmo como arquibancadas, e que em diversos pontos são protegidos por guarda sóis fixos. Imagem: Caminho Orla do Lago Paprocany Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/794563/reurbanizacao-daorla-do-lago-paprocany-rs-plus
Caminhosem emMadeira Madeira Caminhos
Espaçoem emMadeira Madeira Espaço Redesobre sobreaaágua água eeRede
Bicicletário Bicicletário Academia Academia aoar arlivre livre ao
O
lago Propacany está localizado na cidade de Tychy na Polônia, possui uma orla de 400m de perímetro e em um terreno de aproximadamente 2 hectares. Segundo informações coletadas no site Archdaily (2016) antes do projeto de remodelação a área era composta apenas por um grande gramado com algumas preocupações paisagísticas, mas não era utilizado pela população. Contudo, após a implantação do projeto, realizado pelo escritório do arquiteto Robert Skitek, este espaço passou a ter grande utilização da população, para lazer, passeios, interação da família, e até mesmo encontros.
Imagem: Planta Orla do Lago Paprocany Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/794563/reurbanizacao-daorla-do-lago-paprocany-rs-plus
Este
Este
projeto apresentou como objetivo principal o destaque da natureza e da paisagem formada pelo lago. Para isso, segundo o escritório RS+ desenvolvedor do projeto, além de novos espaços de lazer como a praia, academia ao ar livre, também foi renovado o espaço para deslocamento de pedestres e bicicletas.
Praia Praia
Imagem: Redes sobre a água – Lago Paprocany Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/794563/reurbanizacao-daorla-do-lago-paprocany-rs-plus
projeto apresentou elementos que buscam valorizar o natural e o existente, contribuindo para um novo olhar sobre o espaço público, iniciando com o objetivo principal do projeto que foi a valorização da paisagem e assim como a utilização de materiais Orla do Guaíba naturais, a criação de espaços Imagem: e caminhos que levam Fonte: Google Earth, 2017 ao usuário estar mais próximo da natureza.
PARQUE SHENZHEN TALENT SHENZHEN SHI/CHINA
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/888829/parqueshenzhen-talent-aube
O
paisagismo foi utilizado para desenvolver um espaço como forma de integrar a cidade e o mar e melhorar essa relação. Com a intenção de acabar com a barreira entre a cidade e a água o parque foi criado utilizando-se de diversas espécies de vegetação, assim como diferentes materiais para o pavimento, mobiliário e iluminação criando espaços convidativos a serem utilizados por toda a população.
Imagem: Caminhos em madeira - Parque Shenzhen Talent Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/888829/parqueshenzhen-talent-aube
Além disso, a presença de espaços
protegidos e
sombreados não só por árvores, mas também por diversas coberturas proporcionam áreas acolhedoras e que podem ser utilizadas em diversas situações.
Imagem: Vista Superior - Parque Shenzhen Talent Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/888829/parqueshenzhen-talent-aube
O
Parque Shenzhen Talent está localizado em Shenzhen Shi na China, possui 77 hectares de área, sendo 33ha de área de água e 44ha de área de terra. O parque foi desenvolvido através de quatro setores estratégicos que caracterizam o termo “Talent”, que são encorajamento, comunicação, atividade e publicidade.
Segundo
o site Archdaily (2018) a principal intenção do projeto é trazer fluidez o espaço, e para isso nas praças foi utilizado linhas suaves e curvas, assim como a vegetação como forma de suavizar barreiras.
Imagem: Vistas Superiores – Parque Shenzhen Talent Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/888829/parqueshenzhen-talent-aube
Outro
ponto importante para destacar é a utilização de vegetações que florescem nas 4 estações do ano, deste modo é possível identificar a passagem do tempo e em qual estação se encontra através das flores presentes no parque.
Imagem: Cobertura - Parque Shenzhen Talent Imagem: Orla do Guaíba Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/888829/parqueFonte: shenzhen-talent-aube Google Earth, 2017
PARQUE DOMINO
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/917748/parquedomino-james-corner-field-operations
O
Ao longo de seu comprimento, o parque apresenta
Parque Domino está localizado na cidade de Nova York nos Estados Unidos, na orla marítima de East River. Possui uma área de 4 hectares, sendo que a parte voltada para a orla apresenta 1,2 hectares que se desenvolvem em um espaço de 400 metros de comprimento por 30 metros de largura.
diferentes elementos e espaços que compõem o todo, como: playground, espaço pet, gramados livres, um café, espaço para piquenique, quadra de vôlei, caminhos elevados, entre outros ambientes criados.
Além
Segundo o escritório James Corner Field Operations
(S/D), responsável pelo projeto do parque, o objetivo foi transformar uma área que antes era destinada a uma antiga Fábrica de Açúcar e então integrar novamente o bairro de Williamsburg à orla marítima. Para isso, o projeto foi desenvolvido aproveitando as diversas paisagens para a cidade de Nova York. Imagem: Parque Domino Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/917748/parquedomino-james-corner-field-operations
PARQUE DE RECREAÇÃO ATIVO Espaço Pet
Bocha
Espaço Flexível
Quadra de Vôlei
PRAÇA DE ÁGUA Cais sobre a água
Espaço com fontes interativas
disso, é possível observar a preocupação em manter os elementos característicos da antiga indústria como forma de homenagear a história da cidade. Outro ponto importante para destacar é o de que o parque se encontra elevado acima dos níveis de inundação “com muitas espécies de plantas nativas que reduzem o escoamento de águas pluviais e funcionam como uma esponja absorvente e a primeira barreira de defesa para a vizinhança.” (ARCHDAILY, 2019)
PARQUE DE RECREAÇÃO PASSIVO Espaço para piquenique
Caminhos elevados
Playground
Gramado
Praia
Imagem: Parque Domino Fonte: Archdaily, 2019 - Edição: Autora
Í Os projetos dos parques e os parques apresentados
como referências possuem elementos que podem contribuir para o projeto a ser desenvolvido, através de suas premissas em comum. O projeto de Reurbanização da Orla do lago Propacany apresentou elementos que buscam valorizar o natural e o existente, contribuindo para um novo olhar sobre o espaço público, assim como o Parque Domino que foi projetado em um espaço que abrigava uma fábrica e assim todo o cuidado foi destinado como forma não só de valorizar o existente, mas também homenagear a história da cidade. Além disso, o Parque Domino se desenvolve linearmente ocupando uma grande parte da orla e apresentando diferentes atividades que compõem o espaço.
Permeabilidade Sensorial Fonte: Archdaily Orla do Guaíba
Vitalidade
Refúgio
O
projeto do Parque Shenzhen Talent, intensifica a valorização da vegetação e de espaços protegidos que possam assegurar maior conforto aos usuários. Já os Parques Ibirapuera e o da Orla do Guaíba apresentam-se como espaços nos quais a população encontra refúgio do caos do dia a dia, podendo desenvolver diferentes atividades tanto de lazer quanto esportivas, levando a contemplação da paisagem natural e o maior contato com o verde e com os rios e lagos nas cidades, intensificando a relação entre as pessoas e a natureza, e sua importância no todo.
Atrativo Natural Fonte: Archdaily
Parque Ibirapuera
Integrar
Orla do Lago Paprocany
Acolher
Deste
modo, as referências se apresentam como dados a destacarem a importância do espaço público nas cidades, principalmente espaços públicos com infraestrutura que sejam atrativos e proporcionem conforto aos usuários, como forma de instigar cada vez mais a sua utilização e com isso a valorização por meio da identificação com o espaço. Assim, muitos dos elementos e soluções adotados nestes estudos supracitados podem auxiliar nas tomada de decisões das diretrizes projetuais a serem adotadas no projeto em desenvolvimento.
Fonte: Archdaily
Existente Linear Fonte: Archdaily Parque Domino
Fonte: Archdaily Parque Shenzhen Talent
Í
Rosa Kliass
É
possível observar em seus projetos a grande preocupação com a parte social e cultural, assim como transformar os espaços por meio do paisagismo, buscando incluir as pessoas.
Arquiteta
e paisagista brasileira, formada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), no ano de 1955. Tornou-se uma referência nacional e internacional, não só pelos por seus projetos, mas também por estimular o desenvolvimento do paisagismo. Também se destacou por ser a primeira presidente da Abap (Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas), lutando pelo reconhecimento do paisagismo no Brasil. Imagem: Requalificação de Praças em Catanduva Foto: Ana Mello - Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/880958/rosa-kliass-poeta-dapaisagem
Rosa
Kliass possui seu escritório próprio em São Paulo onde desenvolve seus projetos e realiza parcerias com outros arquitetos. Alguns dos principais projetos desenvolvidos pela paisagista são: a Reurbanização do Vale do Anhangabaú e o Parque da Juventude, em São Paulo; e a Requalificação de Praças de Praças em Catanduva. Além disso, produziu um grande acervo teórico por meio de dissertações e livros.
Imagem: Vista do Córrego Carandiru no Parque da Juventude/2007 Foto: Diogo Oliva - Fonte: https://www.arquigrafia.org.br/photos/5120
Imagem: Requalificação de Praças em Catanduva Foto: Ana Mello - Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/880958/rosa-kliass-poeta-dapaisagem
Í
Imagem: Planta detalhada do Vale do Anhangabaú – Acervo Quapá Autor: Silvio Macedo - Fonte: https://www.arquigrafia.org.br/photos/2508
Fernando Chacel
Ecogênese,
Os
arquiteto urbanista e paisagista, formou-se na Universidade de Belas Artes no ano de 1953. Trabalhou como estagiário no atelier de Roberto Burle Marx e, segundo Chacel (2004, apud BARBOSA, 2004), foi onde se encontrou com o paisagismo. Além de atuar como paisagista, Chacel foi professor e juntamente com Rosa Kliass fundou a Abap (Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas). Em relação ao seu trabalho com o paisagismo, Chacel voltou-se para a questão da ecogênese, e assim escreveu um livro sobre o assunto: “Paisagismo e Ecogênse”.
segundo Curado (2007), se traduz na reconstituição de ecossistemas degradados, de paisagens que foram modificadas, através do replantio de vegetações remanescentes, como forma de recuperar o ambiente degradado. Sendo este trabalho desenvolvido por equipes multidisciplinares envolvendo desde profissionais da área biológica, geógrafos e arquitetos paisagistas. Para Chacel (2001, apud CURADO, 2007), “a ecogênese, com pequenas modificações, como manifestação feita pelo homem, não é uma paisagem natural, mas é um processo dentro da paisagem cultural. Ela deve considerar as características culturais de quem vai usar a paisagem, e quem vai usufruir isso é o homem.”
trabalhos paisagísticos que mais se destacaram foram para a Usina Hidrelétrica de Furnas, as Hidrelétricas de Paraibuna e Itaipu, Praça Antero de Quental e Parque do Penhasco Dois Irmãos, no Rio de Janeiro, assim como o projeto da Península na Barra da Tijuca.
Imagem: Gleba E - Península Barra da Tijuca Fonte: https://uffpaisagismo.wordpress.com/2015/09/12/ecogenese/
Imagem: Parque Penhasco Dois Irmãos Fonte: http://visit.rio/que_fazer/parque-natural-municipalpenhasco-dois-irmaos/
Imagem: Parque Penhasco Dois Irmãos Fonte: http://visit.rio/que_fazer/parque-natural-municipalpenhasco-dois-irmaos/
Foi
Í
Seus
projetos eram voltados para o ecológico e ambiental. Segundo Chacel (2004, apud BARBOSA, 2004), seu escritório era composto por uma equipe multidisciplinar que contribuía para a composição dos seus projetos como biólogos, engenheiros florestais, entre outras especialidades.
ÇÃ As diretrizes foram baseadas a partir do estudo de
campo, dos questionários, da vivência no espaço, bem como da análise dos estudos de caso e da fundamentação teórica.
Sendo
assim, por meio da análise dos pontos elencados, do terreno e das suas potencialidades, foi possível estabelecer o programa de necessidades que contempla cinco grandes conjuntos: cultural; esportivo e recreativo; alimentício; áreas verdes e infraestrutura. Com o objetivo de requalificar o espaço através da criação de um parque para a família potencializando ainda mais a ocupação do espaço público e a interação entre as pessoas.
As principais diretrizes para a requalificação da área
são: • Espaço aberto e acessível a todos, que possibilite maior integração com a cidade, visto que o gradeamento ou fechamento da área pode se tornar uma barreira para a população. Como pode ser observado em alguns dos estudos de caso como: Parque Urbano da Orla do Guaíba no Rio Grande do Sul, Orla do Lago Paprocany na Polônia e no Parque Domino nos Estados Unidos. Além de ser um espaço de passagem e união entre núcleos distantes. • Buscar a segurança do espaço por meio da utilização do mesmo pela população, assim como a criação de um posto policial e também de estratégias pontuais que proporcionem maior segurança como nos espaços infantis e pet; • Criação de espaços que estimulem e possibilitem a utilização, assim como a ocupação do espaço como um todo; • Criação de arquibancadas que funcionem como escadas e formas de acesso, mas também de permanência; • Criação de passagens, caminhos e espaços sobre o lago que proporcionem deslocamentos menores e fácil acesso às margens do lago, assim como espaços de contemplação. • Interação entre pessoas;
• Valorização do verde, da arborização; • Espaço de respiro para a cidade e a população; • Identificação das pessoas com o espaço público.
A intenção da criação de cinco grandes conjuntos se
deu com o objetivo de setorizar os espaços e entender como esses conjuntos funcionariam juntos. Entretanto a implantação desses conjuntos será integrada para que desta forma tenha diálogo entre os setores e que o espaço seja ocupado como um todo, deixando de ter áreas específicas ocupadas como ocorre atualmente.
Conjunto cultural: o conjunto cultural visa a criação
de: um grande espaço para eventos, como shows, carnaval, festas de final de ano, aniversário da cidade, entre outros eventos que já ocorrem no espaço mas que por conta do grande volume de pessoas é necessário fechar a via para a montagem do palco; espaços menores para apresentações pequenas, como o final de tarde na lagoa que ocorria no domingo no final da tarde, que a cada domingo algum artista da cidade de apresentava; espaço para cinema ao ar livre; uma pequena biblioteca e um espaço para leitura, visto que atualmente se encontra implantada uma pequena biblioteca solidária em um container instalado pela secretaria de cultura, mas que não possui um espaço adequado para leitura; e um centro de atendimento ao turista que já é existente se apresentando como uma forma de fomentar e apresentar a cidade e região ao turista.
Conjunto esportivo e recreativo: a criação de um
conjunto esportivo, uma vez que o espaço é muito utilizado para a realização de exercícios físicos, por meio de quadras poliesportivas, quadra de vôlei de areia, que já é existente, quadra de tênis; pista de caminhada e ciclovia entorno da lagoa, já existente; academia para a terceira idade, também já existente; espaço para realização de alongamento e outras atividades físicas. Já a parte recreativa se dá por meio de parque infantil, já existem áreas destinadas a alguns brinquedos, contudo são insuficientes para a demanda; pet parque, visto que há um grande número de pessoas que passeiam com seus animais de estimação neste espaço.
Conjunto alimentício: atualmente, os food trucks
ficam parados na rua, no estacionamento para veículos, e não possuem nenhuma área de apoio. Sendo assim a criação de uma “praça de alimentação”, onde será possível estacionar os “food trucks”, assim como uma área de apoio tanto para os vendedores, quanto para quem compra os produtos, como espaços com mesas, cadeiras e bancos. Trazendo maior segurança para os vendedores assim como para quem utiliza o espaço.
Conjunto de espaços verdes e espaços livres: a
criação de um conjunto de espaços verdes, uma vez que o espaço atualmente não possui arborização, nem áreas sombreadas, o que dificulta a sua utilização. Sendo assim, a composição de espaços verdes através de diferentes espaços compostos por arborização assim como por mobiliários que permitam a sua utilização tanto para descanso, lazer, assim como para contemplação, respiro e grandes áreas sombreadas. Espaços que permitam a permanência, que as pessoas possam interagir, as crianças brincarem, assim como possibilitem a realização de outras atividades como piqueniques.
Conjunto
de
infraestrutura: o conjunto de
infraestrutura visa o apoio e organização do espaço, por meio da instalação de mais sanitários ao longo do espaço; depósitos para o armazenamento de produtos para limpeza e higiene; posto policial como forma de gerar maior segurança ao espaço, uma vez que é um espaço amplo e aberto; espaço de primeiros socorros, para acidentes corriqueiros e apoio à população; pontos de ônibus, a criação de três pontos de ônibus ao longo da área que proporcionem conforto para o deslocamento, para que os pedestres percorram no máximo 300 metros, como forma de facilitar o acesso da população que mora distante da área; e estacionamento, com a criação de um bolsão de estacionamento de apoio principalmente para shows e eventos. Esportivo e Recreativo
Infraestrutura Áreas Verdes Alimentício
Cultural
Programa de Necessidades
Centro de Atendimento ao Turista
Mirantes
Apoio: sanitários, depósito e DML
Conexões/pontes/passarelas]
Estacionamento
Ciclovia/pista de corrida/caminhadas Bicicletário Ponto de ônibus Biblioteca
Pré-dimensionamento O pré-dimensionamento foi desenvolvido baseado nos estudos de caso, assim como na estimativa da população entre 20 e 29 anos que compõem cerca de 20% da população, 10 mil habitantes, e que no questionário apresenta 36% da faixa etária que utiliza o espaço.
O Plano Diretor de Florianópolis estabelece que: “Zoológicos, hortos e parques Nº Mínimo de Vagas para automóveis - 1 vaga/500 m² de terreno com o mínimo de 10 vagas; PGT - 1* para automóveis - 1 vaga/500 m² de terreno com o mínimo de 3 vagas para ônibus;”
PONTO DE ÔNIBUS – 3 – A= 10m² cada.
POSTO POLICIAL – 1 – A = 15m²
Espaço de leitura Espaço de estar/convivência Espaço para ioga/aulas ao ar livre/academia terceira idade Espaço para alongamento e atividades físicas
Espaço para vendedores Espaço kids – diversas idades
ESTACIONAMENTO – 110 vagas de automóveis sendo 3 de ônibus; A= 2500m² Tomando como base o Plano Diretor do município de Florianópolis, uma vez que, não há especificidade no Plano Diretor e na Lei de Uso e Ocupação do Solo do município de Primavera do Leste, nem do município a do município de Cuiabá, quanto as vagas de estacionamento para parques.
BIBLIOTECA – 1 – A= 20m². ESPAÇO DE LEITURA – 1 – A= 100m². ESPAÇO PARA AULAS E IOGA – 1 – A= 1000m².
ACADEMIA TERCEIRA IDADE – 1 – A= 1000m². ESPAÇO PARA ALONGAMENTO E EXERCÍCIOS – 1 – A= 1000m².
ESPAÇO PARA PRIMEIROS SOCORROS – 1 – A = 15m² CENTRO DE ATENDIMENTO AO TURISTA – 1 – A = 30m² QUADRA POLIESPORTIVA – 2 Quadras Poliesportivas – A = 500m² cada; 1 Quadra Vôlei de Areia – A= 200m² e 1 Quadra de Tênis 500m². PISTA DE CAMINHADA E CICLOVIA – A= 2520m lineares cada.
Espaço pet
ESPAÇO KIDS – 1 Parque Infantil – A= 1000m²; espaços infantis pelo parque – A= 700m².
BICICLETÁRIO – A= 10m² cada.
Espaço para eventos
ESPAÇO PET – 1 – A= 600m².
ESPAÇO PARA EVENTOS - 1 – A= 5000m²
Espaço para cinema ao ar livre
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO – 1 Espaço para Food Truck – A= 2000m²; 1 espaço para mesas e convivência 1000m².
Praça de alimentação
Quadras poliesportivas/Quadra de Vôlei de Areia e Quadra de Tênis Posto Policial Espaço de primeiros socorros
ÁREAS VERDES/PERMANÊNCIA/CAMINHOS/ESPAÇOS PARA CONTEMPLÇÃO – A= 20000 à 3000m²
SANITÁRIOS – 4 sanitários femininos e 4 sanitários masculinos sendo que cada um possui 4 bacias sanitárias e 4 lavatórios. Área = 20m² cada. DEPÓSITOS E DML – 1 depósito central e dois DML para apoio para sanitários. Área = 4m² para DML e 8m² para depósito central
Obs.: Dimensões estimadas
CÓRREGO TRAÍRAS
ÇÃ 1 -
9 - Espaço para eventos – a implantação do espaço para eventos em uma área mais distante e de maior dimensão que possibilite a ocupação por um maior número de pessoas, visto que atualmente os principais eventos da cidade são realizados nessa área, contudo na rua por não possuírem um espaço adequado. Assim como próximo do bolsão de estacionamento.
Quadras poliesportivas – a proposição da
implantação das quadras foi pensada em uma área ampla que possibilita um espaço mais seguro para a prática de esportes e mais distante da rua, evitando acidentes.
10 - Estacionamento – a
Fonte: WISON TUNGTHUNYA
Fonte: WISON TUNGTHUNYA
proposição da implantação do bolsão de estacionamento próximo a área de eventos, atendendo tanto o parque nas suas atividades diárias quanto para os grandes eventos a serem realizados na área.
2 - Áreas verdes, espaços de convívio, e contemplação – a implantação de áreas verdes, bosques, espaços de convívio, contemplação e espaços livres por todo o parque proporcionando espaços que podem ser utilizados pelos usuários em qualquer horário do dia e para desenvolver diversas atividades, assim como lazer e descanso. Estimulando a utilização de toda a área do parque. Espaços com diferentes propostas que atraiam os usuários e que proporcionem diversas experiências.
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- Espaços de estar próximos a área de preservação como espaços de lazer e de descanso, como forma de interação e contemplação com a natureza e o lago
3 - Espaços e caminhos sobre as águas – os espaços
e caminhos sobre as águas foram pensamos como forma de proporcionar deslocamentos menores, assim como a criação de diferentes cenários para o convívio e contemplação da área em questão. Caminhos na diagonal com a intenção de não ficar no eixo leste/oeste por conta de insolação.
Fonte: SHMADESIGNS
Fonte: DEEZEN
12 - Ciclovia – conservando a
4 - Academia para a terceira idade e espaço para
ciclovia já existente em torno do lago e conectada a ciclovia que liga os bairros Primavera III, Padre Onesto Costa e Buritis I, II, III e IV aos demais bairros da cidade e que se interligará até o centro.
alongamento e desenvolvimento de atividades físicas – a implantação desses equipamentos próximo à área esportiva e entre espaços livres e áreas verdes, criando um grande setor esportivo. Fonte: All Recreation
5 - Biblioteca e Centro de Atendimento ao Turista – a
13
AVENIDA DOS LAGOS
implantação desses equipamentos região central do parque como forma de criar um núcleo central juntamente com a área de alimentação e próximos a áreas de vivência.
6 - Praça de alimentação – a implantação da área Fonte: Rafael Misa
alimentícia na região central do parque como forma de atender a toda a área, um espaço tanto para alimentação, convívio quanto para vendedores.
8 - Pet Parque – a implantação do pet parque foi
Fonte: Guiapetfriendly
pensada próximo as áreas de permanência e convívio, assim como próximo a ciclovia e a pista de caminhada, visto que muitas pessoas levam seus animais de estimação para passear e também para realizar exercícios físicos no espaço
LEGENDA Conjunto Cultural
Conjunto de Espaços Verdes e Livres
Conjunto Esportivo Recreativo
Conjunto de Infraestrutura
ÁREA DE PRESERVAÇÃO
Fonte: Landscape Structures
14 - Pista de caminhada –
conservando a pista de caminhada já existente em volta do lago, para a realização de exercício físico, assim como de contemplação da área
15 - Ilha e praia de areia – já
7 - Parque Infantil – a implantação do parque infantil foi pensada próximo as áreas de permanência e convívio, e próximo a área de alimentação, assim como pequenos espaços espalhados ao decorrer do parque, para que os acompanhantes das crianças possam desfrutar do espaço e ao mesmo tempo cuidar das crianças, o que já acontece atualmente. Áreas delimitadas que possibilitem maior segurança em relação a rua e ao lago, assim como áreas sombreadas e com vegetação que possibilitem maior conforto.
- Posto Policial – a implantação desse equipamento na região central do parque como forma de atender a todo o parque.
existentes porém pouco utilizadas. Tornar o espaço atrativo, com mobiliários que possibilitem a sua ocupação e permanência.
16 - Pontos de ônibus – a
implantação de três pontos de ônibus anexos ao parque, facilitando o deslocamento dos usuários de diferentes bairros da cidade e assim estimulando a utilização do espaço. Os pontos de ônibus foram pensados em pontos que proporcionem o deslocamento máximo a pé de 300 metros.
17 - Sanitários – a implantação
de quatro conjuntos de sanitários ao longo do parque, juntamente com um apoio para cada conjunto, para atender toda a área, e para que os usuários não precisem percorrer grandes deslocamentos. Sendo um próximo a área alimentícia, outro próximo a área de eventos e as quadras, além de outros dois pelo parque
Conjunto Alimentício Atualmente, a área apresenta alguns espaços que são mais utilizados pela população. Esses espaços estão localizados próximos as áreas com infraestrutura, como os sanitários, e espaço com brinquedos para crianças. Sendo assim, a setorização foi pensada como forma de atrair pessoas para todas as áreas e dar uso a todos os espaços Além disso, é possível observar que a intensa ocupação da área ocorre principalmente nos finais de semana e no final da tarde, por famílias, que se encontram e levam as crianças para passearem, consolidando a área como um espaço de convívio e lazer. Deste modo, é voltado o olhar para a necessidade de mais espaços recreativos, assim como espaços sombreados que possibilitem a utilização da área durante todo o dia.
IMPLANTAÇÃO – SETORIZAÇÃO
Imagem: Setorização/Zoneamento Fonte: Prefeitura – Edição: Autora
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