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Jornal Oficial da Igreja Metodista | Abril de 2020 | ano 134 | nº 4
Distribuição Gratuita
COVID-19
"Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração" Página 8
SÉRIE: Na segunda publicação da série trouxemos o tema das mulheres cooperadoras na missão. Página 6
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EDITORIAL Nos caminhos da missão servem com integridade
Abril de 2020 | www.expositorcristao.com.br
Covid-19
COMENTÁRIOS Edição de Março de 2020
Doutrina
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Estranhei que o Expositor Cristão tenha publicado uma editoria sobre Doutrina. Muito bom saber que a liderança nacional continua insistindo para que continuemos firmes em nossas doutrinas, sem vacilar. Rosali Barbosa Soares Belo Horizonte/MG
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Marcela de Almeida Prado São Paulo/SP
Estimular o zelo evangelizador na vida de cada metodista, de cada igreja local;
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Revitalizar o carisma dos ministérios clérigo e leigo nos vários aspectos da missão;
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Muito boa a reflexão do Bispo João Carlos sobre Jesus e as Mulheres – quebrando paradigmas. Elas sempre foram presentes na vida da Igreja. Tempo oportuno de repensarmos como elas são importantes na caminhada da Igreja.
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Palavra Episcopal
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Paulo de Tarso Júnior Rio de Janeiro/RJ
tações do Ministério da Saúde. Até o fechamento desta edição, houve 319 mil casos confirmados e 13 mil mortes por Covid-19, infecção causada pelo novo coronavírus, em 176 países e territórios. No Brasil, são 1.546 casos e 25 mortes, segundo dados do MS divulgado no dia 22 de março. Neste tempo a Igreja se mobiliza para orar para os/ as profissionais da saúde que estão dobrando turnos a fim de atender as pessoas nos hospitais com suspeitas de ter contraído o coronavírus. Nesta edição apresentamos ainda as reuniões nacionais que aconteceram no mês de março, um artigo sobre o Dia da Pastora e do Pastor, além da segunda publicação da série Mulheres na Missão em que destacamos as mulheres cooperadoras na missão. Sigamos em oração, certos/as de que nosso Redentor vive e que as suas mãos não estejam encolhidas para que Ele não possa nos abençoar. KA
Excelente estudo sobre as mulheres na missão. Aguardo a próxima publicação da série sobre as mulheres cooperadoras na missão. Material rico que pode ser utilizado em pequenos grupos de estudos bíblicos.
da Igreja Metodista
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Capa
sta é uma edição histórica. O tempo dirá que o mundo paralisou para combater uma pandemia. Informações e orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o atual surto de doença por coronavírus (Covid-19), para ficar em casa e sair somente em casos de extrema urgência para que o vírus não se espalhe, alteraram a agenda de muitas Igrejas Metodistas, Sedes Regionais e Nacional. O primeiro caso foi relatado em Wuhan, China, em 31 de dezembro de 2019. No dia 26 de fevereiro, a doença chegou ao Brasil e medidas drásticas precisaram ser tomadas para conter o novo coronavírus. Já tínhamos fechado a edição, mas uma nova publicação do Colégio Episcopal com algumas orientações às Igrejas nos levou a mudar a matéria de capa na qual falaríamos sobre o Dia da Pastora e do Pastor Metodista. Essa mudança mostra que o periódico oficial da Igreja Metodista será material bibliográfico para consultas de novas pesquisas, pois agendas nacionais e regionais foram alteradas. Os bispos e bispas da Igreja aconselharam as Igrejas Metodistas espalhadas no Brasil a seguirem as orien-
Ênfases missionárias
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o discipulado 3 Promover na perspectiva da salvação, santificação e serviço;
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Fortalecer a identidade, conexidade e unidade da igreja;
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Implementar ações que envolvam a igreja no cuidado e preservação do meio ambiente;
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Promover maior comprometimento e resposta da igreja ao clamor do desafio urbano.
Que Deus o/a abençoe! Pr. José Geraldo Magalhães
Editor-chefe | Expositor Cristão
OPINIÃO | CORONAVÍRUS
Racismo Nossa Igreja tem em suas raízes históricas uma luta constante contra toda forma de preconceito racial. Escolhi ser metodista pelo legado deixado por John Wesley e pela prática de seus sucessores. Marcos Antônio Araújo Fortaleza/CE
“Qual nossa tarefa como pessoas cristãs? Seguir a orientação das autoridades. Evitar aglomerações. Já suspendemos a Juvenília. É nossa função e missão cuidar das pessoas. Minha recomendação como médica e como bispa é que não tenhamos cultos em nossas igrejas. Vamos cultuar em nossas casas. Ninguém vai deixar de cultuar a Deus, mas no templo, por enquanto, nós deixaremos.”
“Vivemos tempos de perturbação mundial em face do surgimento dda Covid-19, que tem alcançado a população mundial e que se instala em nosso país, a exigir de nós comprometimento e solidariedade social, na preservação da vida e da saúde de nossos concidadãos e concidadãs. A força do metodismo está em sua unidade, construída em torno de Cristo, em meio à diversidade.”
Bispa Marisa de Freitas Ferreira | Presidente da Remne
Colégio Episcopal da Igreja Metodista
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"Agora é um bom momento para avaliar com calma o possível impacto em nossas igrejas locais, se ocorrer um surto em Michigan. Encorajo-nos a manter oração às pessoas em todo o mundo que sofrem deste terrível vírus. Podemos permanecer calmos enquanto também nos preparamos para o ministério durante um período em que as pessoas sentirão uma crescente necessidade do conforto e da presença de Deus em suas vidas.”
“Quando vamos fechar nossas igrejas e deixar de fazer cultos? Como bispo gostaria de dizer que se o governo, seja ele municipal, estadual ou federal, através do Ministério da Saúde baixar um decreto que devemos fechar e não ter mais reuniões, nós vamos obedecer porque estamos para obedecer às leis estabelecidas. Se uma igreja está em uma situação de risco maior, ela pode reunir a sua Clam e tomar a decisão de suspender temporariamente seus cultos. Tudo é temporário.” Bispo Roberto Alves de Souza | Presidente da 4ªRE
Bispo David Bard | Michigan/USA
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Expositor Cristão Presidente do Colégio Episcopal: Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa Bispa Assessora do jornal Expositor Cristão Hideíde Brito Torres Conselho Editorial: Camila Abreu, Patrícia Monteiro, Pr. Odilon Chaves
Jornal Oficial da Igreja Metodista Fundado em 1º de janeiro de 1886 pelo missionário John James Ransom
Editor e jornalista responsável: Pr. José Geraldo Magalhães (MTB 79517/SP) Produção Audiovisual: Rodrigo de Britos Foto de Capa: Katrinaku/istockphoto.com Arte: Fullcase Comunicação
Revisão: Adriana Giusti Tiragem: 15 mil exemplares Entre em contato conosco: (11) 2813-8600 | www.expositorcristao.com.br expositorcristao@metodista.org.br Av. Piassanguaba, 3031 - Planalto Paulista São Paulo/SP - CEP 04060-004
*A REDAÇÃO DO JORNAL EXPOSITOR CRISTÃO É RESPONSÁVEL POR TODAS AS MATÉRIAS NELE PUBLICADAS, COM EXCEÇÃO DE ARTIGOS E REFLEXÕES, QUE SÃO RESPONSABILIDADE DE SEUS/AS AUTORES/AS.
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VOCAÇÃO
PALAVRA EPISCOPAL
Dia da Pastora e do Pastor Metodista
Bispo Adonias Pereira do Lago Presidente da 5ª Região Eclesiástica
O propósito da vocação pastoral
Potencialmente semente, orvalho e correnteza; semeando e conduzindo boas notícias. Intransigência no amor a Deus e ao próximo. Opção preferencial pelo cuidado de pessoas fragilizadas, vulneráveis empobrecidas, Comprometidas com o meio ambiente e uso sustentável dos recursos naturais. Vida que inspira novos discípulos e discípulas de Cristo, pelo seu carisma, pelo seu caráter, seu exemplo. Defesa intransigente da dignidade da vida, notadamente das crianças, da violência contra as mulheres e das pessoas idosas. Ação profética de denúncia do pecado, do mal praticado, da violência, do autoritarismo, da ganância do mercado religioso. Compromisso intransferível com a verdade do Evangelho de Cristo, Paixão inesgotável por resgatar vidas para Cristo. Promoção de um Discipulado de princípios éticos e valores morais compatíveis com os ensinos de Cristo e da Palavra de Deus. Dependência diária do Espírito Santo, Tendo o mundo como sua paróquia. Bispo Luiz Vergílio Presidente da 2ª Região Eclesiástica
“E ele mesmo designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado…” (Ef. 4.11-16)
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Igreja é de Deus; ela precisa caminhar firmada em sua Palavra, tendo como referência e inspiração o ministério prático do Senhor Jesus. São referências importantes e vitais para a vivência saudável, madura, unida e responsável de nosso chamado e vocação ministerial. O Apóstolo Paulo, escrevendo a Igreja aos Efésios, revela o propósito da missão da Igreja, dando a ela fundamentos centrais que precisam existir na essencialidade da caminhada da Igreja, deixados por Jesus Cristo, narrados no verso 11. Vejamos esses fundamentos essenciais como ministérios. APOSTÓLICO - é o estilo de vida missionário da comunidade, diz respeito ao envio para fora dos/as discípulos/as com o propósito de plantar novas Igrejas fundamentadas em Cristo, portanto seria a Igreja com forte ênfase, visão e prática missionária. Wesley diz: “Tenho o mundo todo como minha paróquia”. Diz: “esta é a missão para a qual Deus me chamou, disso tenho certeza, e estou certo de que a sua bênção me assiste nisso”. PROFÉTICO - revela os direcionamentos claros e objetivos de Deus para que a Igreja não saia dos trilhos, palavra inspiradora, motivadora, exortativa, faz correção na doutrina, ministério para dentro e para fora da Igreja. EVANGELÍSTICO - ungido com uma graça especial para ganhar pessoas para Cristo, tem uma paixão especial por vidas, tem facilidade para comunicar as boas-novas de salvação em Cristo, nutre um amor grande pelas almas perdidas e não tem outra preocupação senão ganhar vidas. PASTORAL - os/as mestres/as são os que ensinam as verdades de Deus com graça, unção, conseguem gerar pela Palavra de Deus uma mente centralizada em Cristo, que alimenta o coração com palavra viva e alinha os/as discípulos/as com a vontade de Cristo. Paulo diz que esses ministérios visam preparar os santos para o serviço, para a missão da vontade de Cristo no mundo. A infantilidade da Igreja, a imaturidade, a superficialidade geram uma Igreja raquítica espiritualmente falando. Quando a Igreja não caminha em amor, fundamentada nos ministérios citados, ela não será edificada e não crescerá como Jesus Cristo deseja e espera dela. O Bispo Nelson Luiz Campos Leite, em seu livro Memórias de um Biscoito, diz na página 102 o seguinte: “ser pastor é algo sublime, elevado demais para mim. Deus colocou em meu coração o pastoreio. O pastoreio inclui intimidade com Deus, meditação, oração, estudo da palavra, estudo de aprofundamento, convivência. O pastor tem expectativas da comunidade, dentre elas o da pregação. Mas o ministério vai além: estar junto com o povo, relacionar-se com as famílias, com pessoas; presença em momentos de alegria, de enfermidade, imprevistos de dor e de morte”. As palavras do Bispo Nelson estão dentro da função dos ministérios essenciais da Igreja narrados em efésios 4.11, ou seja, Deus concede estes ministérios a homens e mulheres para equipar os santos em unidade e amor, edificando assim uma igreja local viva, missionária, profética, evangelizadora, pastoral ensinada por meio de seus/as mestres/as.
Eugene Peterson, em seu livro A Vocação Espiritual do Pastor, fala das vocações subaproveitadas, pois os/as vocacionados/as reduzem sua vocação ao fazer os gostos das ovelhas, suprir as necessidades dos/as consumidores/as de Cristo, quando não estão envoltos/as de orgulho próprio e corações adoecidos por frustrações ministeriais e familiares, desenvolvem um clericalismo doentio diante de um rebanho insaciável e muitas vezes exigente, porém voltado para seu egoísmo espiritual. O Bispo Nelson nos indica que podemos desenvolver uma vocação mais saudável, satisfatória e frutífera em nossa privilegiada missão de ser pastor/a de vidas preciosas que Deus nos confia. Destacamos três pontos a serem considerados abaixo: • Precisamos fazer de tudo, com muito esforço, para viver de maneira digna de nossa vocação, com firmeza de propósito. Com toda humildade; elevando os/as outros/ as não a si mesmo/a. Com a devida mansidão enquanto agimos como servos/as de Deus. Com muita longanimidade que é a paciência longa; em especial com os defeitos dos/as outros/as e com a demora do crescimento dos/as outros/as. Precisamos deixar de sermos meninos/as na fé, não tendo raízes profundas e bom alicerce em Jesus Cristo e na Palavra de Deus, sendo imaturos/as e inconstantes no ministério. Paulo nos motiva nesta direção. • Não permitindo que a desgraça da fragmentação, da desunião ocupe nossas intenções e objetivos na vida do corpo. Devemos lutar muito para fortalecer os vínculos da paz, para preservar a todo custo a unidade da Igreja, uma vez que Jesus Cristo já criou a unidade, cabe a nós apenas preservar a unidade do Espírito. • Vamos focar nosso ministério em ser guia do rebanho, não o rebanho guiar o/a vocacionado/a. Vamos cuidar do rebanho, não explorar o rebanho para si mesmo/a. Vamos proteger o rebanho em Deus, enquanto eles/as servem a Deus na missão. Vamos treinar nosso rebanho para que todos/as participem da edificação da Igreja em amor.
Conclusão
Um dos propósitos mais importantes de nossa vocação é aprendermos e vivermos a unidade do corpo de Cristo, bem como o modo como esta unidade deve expressar na diversidade de funções e ministérios, conforme a comunidade de fé se organiza para cumprir sua missão no mundo. Cada membro da Igreja, corpo vivo de Jesus, possui pelo menos um dom, um ministério, uma função, ninguém pode fazer sozinho/a todas as tarefas e nossa missão pastoral é harmonizar cada ministério particular com os/as demais. Treinar, capacitar os/as discípulos/as enquanto guia e cuida favorece o crescimento da Igreja, isso se ajudarmos cada membro a fazer com excelência e graça a parte que lhe cabe na edificação do corpo. Que possamos como vocacionados/ as crescer e amadurecer no pastoreio, permitindo enquanto caminha ser edificado/a em amor por Jesus Cristo e pelos/as que estão na mesma jornada.
© FÁBIO H. MENDES/EC
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Colégio Episcopal da Igreja Metodista esteve reunido nas dependências da Sede Nacional, em São Paulo, nos dias 10 a 13 de março. O objetivo do encontro faz parte da agenda de reuniões do colegiado para discutir e alinhar a missão da Igreja. Na ocasião, os bispos e bispas gravaram depoimentos para a Campanha Nacional da Oferta
Missionária, que acontece sempre no 3º domingo de maio. A expectativa nacional é que seja alcançado o valor de R$ 840 mil para ser investido nas regiões missionárias do Nordeste e Norte do país. As lideranças da Rede Metodista de Educação estiveram presentes para apresentar relatórios e possíveis soluções para a saída da crise que a instituição enfrenta há vários anos. O secretário executivo do Concílio Geral, Pastor Jonadab Domin-
CMMALC prepara-se para Congresso em outubro
cartaz-Expositor-terço.pdf 1 18/03/2020 11:37:07 Alguns assuntos, por exemplo, coronavírus, Concílio Geral e Rede Metodista de Educação, foram discutidos na reunião do Colégio Episcopal.
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os dias 3 e 4 de março a Confederação de Mulheres Metodistas da América Latina e Caribe (CMMALC) esteve reunida nas dependências da Sede Nacional, em São Paulo, para alinhar os últimos preparativos para o XVIII Congresso, que acontecerá nos dias 15 a 18 de outubro do corrente ano, no Hotel Caribe, na Cidade de Cabo Frio, Rio de Janeiro. O tema “Mulheres Escolhidas Chamadas a Proclamar: ouvem a voz de Deus” tem como base o versículo bíblico do profeta Isaías 6.8, que diz: “Então ouvi a voz do Senhor dizendo: a quem enviarei e quem há de ir por nós? E eu responderei: eis-me aqui, envia-me a mim!”. Segundo a presidente da CMMALC, Leila de Jesus Barbosa, quase 200 pessoas são esperadas no Congresso. “Estamos cada vez mais preparadas para ganhar vidas para Cristo. Esperamos receber 180 participantes de diversos países latino-americanos, principalmente do Brasil, onde o número excedeu em muito a nossa expectativa”, disse Leila. O diretório está fazendo todo o possível para que tudo saia da
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Lideranças nacionais reúnem-se em São Paulo
gues, teve participação na reunião para apresentar a organização do próximo Concílio Geral (CG), que vai acontecer no próximo ano. No dia 14, as delegações regionais do CG se reuniram nas dependências da Faculdade de Teologia. No dia 12 de março, a Coordenação Geral de Ação Missionária – a Cogeam – também se reuniu com os bispos e bispas da Igreja. Os assuntos e decisões envolvem várias frentes missionárias, incluindo propor alternativas para sanar as dívidas da Rede Metodista de Educação e honrar os compromissos financeiros, principalmente com os/ as funcionários/as e outras instituições financeiras. A Cogeam tem autonomia para decidir no interregno do Concílio Geral (CG). O próximo CG ocorrerá no próximo ano e lá serão apresentados os relatórios das comissões eleitas que atuaram no último quinquênio.
melhor maneira possível, a fim de que todas as participantes sintam que valeu a pena os desafios para poderem participar. Leila compartilhou ainda a alegria e satisfação de estar à frente da CMMALC. “A nossa alegria é imensa, pois nesse período de gestão temos recebido muitas bênçãos. Diversos países estão voltando a participar das programações propostas pela CMMALC e alguns países se reorganizando para voltarem a fazer parte oficialmente desta Confederação. Nossa expectativa é muito boa, estamos muito alegres com os preparativos e certas da grande responsabilidade para que esse evento seja uma grande bênção”, finalizou Leila. /// Para entrar em contato com a Presidente da Confederação de Mulheres Metodistas da América Latina e Caribe, Leila de Jesus Barbosa, escreva para latinamerica.president@wfmucw.org ou chame pelo WhatsApp (24) 9.9816-7223.
DOUTRINA
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Trindade Q
uando Jesus se apresentou como o Messias, Deus encarnado, criou-se um grande escândalo. Embora judeus/as e cristãos/as adorassem ao mesmo Deus, os/ as judeus/as não cristãos/as não aceitavam que o Deus do Antigo Testamento fosse qualquer coisa além de uma única pessoa divina. Aí vem Jesus e afirma que ele também é pessoa divina, e ainda fala do Espírito Santo como uma terceira pessoa divina… A crise foi geral. Foi Jesus quem falou do Deus Trino, ou seja, não havia três deuses, mas um só Deus. Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo eram três pessoas divinas que formavam pela comunhão e mutualidade um só Deus. Os/as cristãos/ãs, é importante ressaltar, não deixaram de ser monoteístas (crentes na existência de um só Deus vivo e verdadeiro, adoradores/as de um só Deus), mas creram em Jesus e nos seus ensinamentos. Os/as cristãos/ ãs confessavam ser monoteístas, mas era um monoteísmo trinitário (três em um). Ou seja, acreditavam num único Deus; mas esse único Deus era uma comunidade formada por três pessoas divinas: Pai, Filho e Espírito Santo. João Wesley, pastor fundador da Igreja Metodista, teólogo e um dos grandes avivalistas do século XVIII, dizia sobre a Trindade: “Há três que dão testemunho no céu; e esses três são um; creio também neste fato… Que Deus é três em um. O modo pelo qual Ele é três e ao mesmo tempo um, não compreendo… mas nesse modo está o mistério
de Deus”. E também: “Não seria um absurdo negar o fato porque não entendo o modo?”.
as seguidores/as falando de um único Deus formado por três pessoas divinas e falando das pessoas divinas com seus atributos divinos. Como exemplo, alguns poucos textos bíblicos: “… Jesus, saiu logo da água… e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre Ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: este é o meu Filho Amado…” (Mt 3.16-17). “E eu (Jesus) rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador.” (Jo 14.16). “… mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que
perseguido e expulso de dentro da Igreja Anglicana, tornando-se assim uma Igreja autônoma. João Wesley, o fundador do movimento metodista, condensou A tarefa da teologia: os artigos de fé da Igreja Anpensar a fé glicana, redigindo os 25 artigos À medida que o movimende Fé do Metodismo, uma das to cristão crescia e alcançava o bases doutrinárias da fé metomundo greco-romano (gentílidista. Os 4 primeiros dos 25 Arco), foi sendo necessário explitigos de Religião do metodismo car e explicitar essa fé trinitária: histórico, que abordam a Santa como três pessoas divinas poTrindade, afirmam: dem ser um único Deus? Come1º - “Há um só Deus vivo e çaram a surgir muitas explicaverdadeiro, eterno, sem corpo ções (teologias), algumas delas nem partes; de poder, sabedoria negavam a divindade de Jesus e e bondade infinitos; criador e do Espírito Santo enquanto ouconservador de todas as coisas tras eram contraditórias com o visíveis e invisíveis. Na unidade que o texto bíblico ensinava. desta Divindade, há três pesO gnosticismo negava que soas de mesma Jesus fosse humasubstância, poder no. O arianismo e eternidade - Pai, afirmava que Je“Foi Jesus quem falou do Filho e Espírito sus não era eterDeus Trino, ou seja, não Santo.” no, não era igual 2º - “O Filho, a Deus e era um havia três deuses, mas um só que é o verbo do ser criado por Deus. Deus Pai, Deus Filho Pai, verdadeiro e Deus. O adocioeterno Deus, da nismo afirmava e Deus Espírito Santo” mesma substânque Jesus era um cia do Pai, tomou homem que foi a natureza humana no ventre adotado como Filho por Deus vos tenho dito.” (Jo 14.26) “Tudo me foi entregue por da bendita Virgem, de maneidurante o seu batismo. O nestorianismo afirmava que Jesus meu Pai. Ninguém conhece o ra que duas naturezas inteiras numa hora era Deus e noutra Filho, senão o Pai; e ninguém e perfeitas, a saber, a divindaera homem… e por aí vai. To- conhece o Pai, senão o Filho e de e a humanidade, se uniram das essas explicações foram aquele a quem o Filho o quiser em uma só pessoa para jamais se separarem, a qual pessoa é consideradas não verdadeiras revelar.” (Mt 11.27) Cristo, verdadeiro Deus e vercom o ensino de Jesus e foram dadeiro Homem, que realmente condenadas como heréticas pe- A Trindade para os/as sofreu, foi crucificado, morto e los Concílios Ecumênicos. Metodistas Como sabemos, o Metodismo sepultado, para nos reconciliar A Trindade no Novo foi um movimento de cunho com seu Pai e para ser um sacriTestamento espiritual que desejava uma re- fício não somente pelo pecado Em lugar nenhum da Bíblia forma na Igreja Anglicana do original, mas, também, pelos existe a palavra Trindade ou século XVIII. Tal qual aconte- pecados atuais dos homens.” 3º - “Cristo, na verdade, resa expressão “Deus Trino”. O ceu com o cristianismo dentro que existe é Jesus e os/as seus/ do judaísmo, o metodismo foi suscitou dentre os mortos, to-
mando outra vez o seu corpo com todas as coisas necessárias a uma perfeita natureza humana, com as quais subiu ao Céu e lá está até que volte a julgar os homens, no último dia.” 4º - “O Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, é da mesma substância, majestade e glória com o Pai e com Filho, verdadeiro e eterno Deus.” A Igreja Metodista lançou uma carta pastoral do Colégio dos Bispos Metodistas intitulada “O Espírito Santo e o movimento carismático”, na qual reafirma a fé no Deus Trino revelado e anunciado por Jesus. Também em outro importante documento chamado “Plano para a Vida e Missão da Igreja Metodista”, a Igreja reconhece que a Missão é de Deus (Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo) e também que “O Metodismo proclama que o poder do Espírito Santo é fundamental para a vida da comunidade da fé, tanto na piedade pessoal como no testemunho social (Jo 14.16-17). Somente sob a orientação do Espírito Santo pode a Igreja responder aos imperativos e às exigências do Evangelho, transformando-se em meio de graça significativo e relevante às necessidades do mundo (Jo 16.7-11; At 1.8, 4.1-20). Ou seja, aceitamos a herança trinitária da Igreja construída ao longo dos séculos, por entendermos que ela de fato expressa leal e teologicamente os ensinos de Jesus Cristo e de todas as Sagradas Escrituras. Ronan Boechat de Amorim Pastor na Igreja Metodista Central em Duque de Caxias, Rio de Janeiro
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As mulheres cooperadoras na missão Pr. José Geraldo Magalhães
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a edição passada, iniciamos a série As mulheres na missão, em que apresentamos o trabalho e colaboração delas na comunidade de Coríntios e as mulheres nas Cartas Paulinas. Nesta edição vamos abordar o tema das mulheres cooperadoras na missão. Procuramos destacar alguns apontamentos que alguns/as biblistas consideram importantes, a saber: as mulheres na assembleia; as mulheres nas cartas deuteropaulinas; as mulheres diaconisas, as viúvas, anciãs e presbíteras. Com o conceito de synergós, companheiro/a de trabalho, colaborador/a, Paulo cita as pessoas que corroboravam com ele na propagação do evangelho. Tanto é verdade que Priscila e Áquila, além de serem mencionados nas Cartas Paulinas de
Coríntios e Romanos, também são mencionados nas Cartas Deuteropaulinas de II Timóteo e Atos, ou seja, 40 ou 50 anos mais tarde. Priscila, ou Prisca, foi uma mulher que desempenhou um papel missionário importante do lado de Paulo, juntamente com Áquila, seu marido. Prisca precedeu a Paulo no trabalho missionário, colaborou com ele, mas sem ficar subordinada.1 1 Ao pesquisar os textos em que aparecem Prisca e Áquila, constatamos que o nome de Prisca é mencionado sete vezes, juntamente com o marido, das quais quatro vezes é nomeada em primeiro lugar (1 Co 16.19; Rm 16.2-5; 2 Tm 4.19; At 18.18; 26). Pelas indicações dos trechos, Prisca foi missionária separada e mais conhecida
Nas Epístolas há, ainda, menção escassa de outros casais missionários, como Filólogo e Júlia e Nereu e sua irmã (Rm 16.7). Mas há mulheres, como Febe, que são aludidas sem nenhum homem, como: Maria, Trifena, Trifosa e Pérside (Rm 16.6,12). Essas mulheres são consideradas por John Dominic Crossan como “as mulheres que realizaram uma difícil missão”, pois do que Áquila. Parece, inclusive, segundo Atos dos Apóstolos 18.26, que era doutrinada, porque interveio no ensino cristão de Apolo, apresentado no segmento como homem culto. Isso evidencia que ela desempenhou papel importante na comunidade. No discurso de Fiorenza, contrariando essa posição, a autora defende que Prisca é reduzida à “dona de casa de Áquila e consequentemente esquecida” FIORENZA, 1992, “As origens Cristãs a partir da mulher…” p. 209.
a expressão grega usada por Paulo para designar atividades apostólicas especiais é kopiao, que tem o significado de “trabalhar com empenho exaustivo”.2 Nesse sentido, Paulo emprega o termo grego duas vezes para si mesmo em Gl 4.11 e I Co 15.10 e quatro vezes em Romanos exclusivamente para as mulheres: Maria, Trifena, Trifosa e Pérside. Tudo indica que essas mulheres colaboraram exaustivamente com a missão.
As mulheres na assembleia
A participação das mulheres na assembleia parece acontecer mais na comunidade de Corinto. Elas do mesmo modo oravam e profetizavam nas reuniões da comunidade (ver o item “o papel das mulheres na Ekklesía de Corinto” com mais profundidade), além de participar na glossolalia e sua interpretação e no orar ou cantar de salmos (I Cor 14.2,26). Para o pesquisador Ekkehard W. Stegemann, a participação de mulheres na função de liderança era também a forma comunitária da Ekklesía, equivalente à economia doméstica antiga. Essa função de liderança, segundo Stegemann, atingiu seu 2 RUSCONI, Carlo. Dicionário do Grego do Novo Testamento; [Tradução Irineu Rabuske]. – São Paulo: Paulus, 2003.
ápice quando “no séc. III d.C. as comunidades cristãs pararam de reunir-se em casas e começaram a reunir-se na esfera pública, na polis”.3 Em Corinto, Paulo discute normas culturais aceitas referentes ao cabelo (11.13-15) e adorno da cabeça da mulher em público (11.5-6), como afirma Elliott, “não porque quer impor seus próprios padrões culturais (judaicos? gregos? romanos?) às mulheres coríntias, mas para estabelecer um princípio que considera basicamente incontroverso”, pois estes costumes trazem honra ou desonra para a “cabeça” social da pessoa.4
As mulheres nas Cartas Deuteropaulinas
Ao verificar o livro de Atos,5 a presença das mulheres como parte das comunidades cristãs no início do cristianismo é constante. A maioria delas compunha o núcleo das comunidades cristãs e a maior parte pertencia ao judaísmo da diáspora, isto é, a mãe de Timóteo (At 16.1); Lídia em Filipos (At 16.14ss); as mulheres de Tessalônica e Bereia (At 16.4-12) e, em Corinto, nosso objeto de 3 STEGEMANN, 2004. “História social do…” p. 443. 4 ELLIOT, Neil, 1998. “Libertando Paulo…” p. 276. 5 Datado no final do primeiro século – 90-100 d.C.
SÉRIE Abril de 2020 | www.expositorcristao.com.br investigação, Paulo ao sair de Atenas encontra o casal judaico Priscila e Áquila (At 18.2). Em Atos 18.2, Priscila é indicada como esposa, já as outras mulheres, como Júnia, Júlia e Ápia, uma relação matrimonial ou de outra natureza com um homem pode ser apenas presumida. Casadas eram, pelo visto, as mulheres de alta posição citadas em Atos 17.4-12. Em contrapartida, Paulo menciona as mulheres: casadas, não casadas e viúvas como membros da comunidade (I Co 7.1ss). A seguir apresentamos algumas funções de liderança das mulheres no início do cristianismo.
A) As mulheres diaconisas
O termo diakonos, segundo Fiorenza, era o mesmo usado para mencionar um ofício masculino, com a tarefa de liderar a comunidade.6 Mesters aponta que um dos serviços que Febe prestou foi de ser “portadora da carta de Paulo para a comunidade de Roma”.7 A questão levantada é que alguns exegetas, como Lietzmann, interpretam o termo dado a Febe como uma função comunal voltada para a filantropia e de caráter subalterno.8 Contudo, Fiorenza argumenta que alguns/as exegetas traduzem o termo diakonos, atribuído a Febe, para diaconisa e, segundo a investigadora, o ofício do diaconato, neste contexto, na Igreja de Cencreia não estava limitado por definição de papéis sexuais prescritos. 6 FIORENZA, 1992 “As origens cristãs a partir da mulher…” p. 203-204. 7 MESTERS, 2008, “Paulo Apóstolo: um trabalhador…” p. 97. 8 LIETZMANN, apud. FIORENZA, Elizabeth Schüssler. As origens cristãs a partir da mulher: uma nova hermenêutica / Elizabeth Schüssler Fiorenza; [Tradução João Rezende da Costa] – São Paulo: Edições Paulinas, 1992. – (Biblioteca de estudos Bíblicos), p. 208.
O diaconato parece ter estabelecido um tipo de função institucionalizada (I Tm 3.11), Stegemann chega a dizer que o diaconato não era em absoluto específico de mulheres, como se encontra em I Tm 3.8ss, pois os versos 8-10 e 12ss estão direcionados aos homens.9
B) As mulheres viúvas10
A oração contínua (dia e noite) sugerida às viúvas em I Tm 5.5, segundo Stegemann, não é considerada como um cargo na comunidade, até porque I Tm 5.3ss oferece orientações para lidar com as viúvas dentro da comunidade.11 O mais correto seria então que as viúvas (e mulheres não casadas), incapazes de se sustentarem economicamente, não fossem apenas receptoras no contexto comunitário, mas, ao mesmo tempo, realizassem um trabalho reverenciado na comunidade. As Escrituras deram a entender que as viúvas, em comum com os/as órfãos/ãs e os/as estrangeiros/as, gozavam especial proteção de Deus; esperava-se tratamento semelhante às mãos do seu povo escolhido: “(…) ajudai o oprimido, fazei justiça ao órfão, tratai da causa das viúvas” (Is 1.17). Reily faz apontamentos que, no ministério de Jesus, ele se indignou com os fariseus por “devorar a casa das viúvas” (Mc 12.4012 e paralelos). Portanto, Reily diz que “o povo de Jesus daria certa prioridade ao trato correto das viúvas. As 9 STEGEMANN, 2004, “História social do…” p.2 40. 10 I Timóteo é datado no final do primeiro século, 90-100 d.C. 11 STEGEMANN, 2004, “História social do…” p. 240. 12 O Evangelho de Marcos é datado de 67 a 90 d.C.
que precisavam de alimentação e ajuda material, em geral, se valeriam do ‘serviço cotidiano’”13 (At 16.1). Para Fiorenza, as viúvas deveriam ser controladas dentro da comunidade. A autora cita quatro requisitos para esse controle de acordo com o texto de I Tm 5.3-16: 1) o apoio financeiro à viúva; 2) as condições para que as viúvas fossem catalogadas; 3) as viúvas jovens; 4) aquelas que são sustentadas por uma mulher cristã.14 Considerando o texto de I Timóteo, somente as “viúvas verdadeiras” que merecem o apoio da comunidade.
C) A s mulheres anciãs e presbíteras
Não é possível decidir com clareza se as “mulheres mais velhas” (presbýterai) mencionadas em I Tm 5.2 exerciam uma função de liderança comunitária. No entanto, Fiorenza compreende esse versículo como: a “direção de uma comunidade” teria sido composta de presbíteros/as e diáconos/as, isto é, homens e mulheres.
D) As mulheres profetisas
Outra função desempenhada pelas mulheres dentro das comunidades paulinas, situadas nas Epístolas e nos Atos 13 REILY, 1997, “Ministérios femininos em perspectiva histórica…” p. 67. Carlos Mesters defende que Paulo não quer ensinar que toda mulher deve ser mãe para poder salvar-se, mas acha que, “no caso daquelas viúvas jovens que desprezam o casamento, só havia um jeito de elas se recuperarem, a saber, casar de novo e ser mãe (I Tm 2.15; 5.14-15)”. MESTERS, 2008, “Paulo Apóstolo: um trabalhador…” p. 104. Crossan afirma que a liderança feminina é absolutamente proibida neste texto de um autor pseudopaulino. As mulheres não podem ensinar nem instruir os homens. “É óbvio que o pseudo-Paulo não perderia tempo proibindo o que não estivesse acontecendo”, esse fato nos mostra que “as mulheres costumavam orar e ensinar no contexto da prática catequética da comunidade e no culto litúrgico. Só que esse texto dispensa as mulheres dessas funções e as relega ao lar, ao silêncio e aos cuidados dos filhos”. CROSSAN, 2007, “Em busca de Paulo…” p. 117. 14 FIORENZA, 1992, “As origens cristãs a partir da mulher…” p. 349 a 353.
dos Apóstolos, foi a profecia. O primeiro episódio que narra o experimento do derramamento do Espírito se encontra no livro de Atos 2.17, ou seja, o Pentecostes. Neste conto parece que a profecia de Joel se cumpre (Jl 2.8). Um discurso de Paulo, segundo Lucas em Atos dos Apóstolos, indica sua paragem em Cesareia na casa de Filipe, o evangelista, um dos Sete, que tinha “quatro filhas virgens que profetizavam” (21.9). Na comunidade de Corinto, durante a assembleia litúrgica, homens e mulheres profetizavam15 de maneira congruente, aliás, é sobre este item que vamos falar na terceira publicação da série As mulheres na missão. Não perca. Em maio. 15 O Apocalipse de João 2.20-24, por exemplo, menciona Jezabel, que se pretende profetisa.
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CAPA Abril de 2020 | www.expositorcristao.com.br
Igreja Metodista se junta na prevenção da Covid-19 Pr. José Geraldo Magalhães
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internado no Hospital Sancta Maggiore, da Rede Prevent Senior, no Pa-raíso, na capital paulista. Ele morava na cidade de São Paulo e tinha histórico de diabetes e hipertensão, além de hiperplasia prostática. HOME OFFICE: A Sede Nacional da Igreja Metodista, na capital paulista, decidiu seguir as orientações das autoridades por ter um bom número de funcionários/as que utilizam transporte público, como metrô e ônibus, para chegar ao trabalho. As atividades seguem normalmente em cada departamento da Sede. Os/as funcionários/as ficarão on-line em casa fazendo as demandas diárias. Até o fechamento desta edição, não havia um prazo predeterminado para que os/as funcionários/as voltassem para a Sede Nacional, que fica localizada na zona sul da cidade.
© TED S. WARRENAP
nformações e orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o atual surto de doença por coronavírus (COVID-19), para ficar e m c asa e sair somente em casos de extrema urgência para que o vírus não se espalhe, alteraram a agenda de muitas Igrejas Metodistas, Sedes Regionais e Nacional. O primeiro caso foi relatado em Wuhan, China, em 31 de dezembro de 2019. No dia 26 de fevereiro, a doença chegou ao Brasil. Segundo dados da (OMS), até o fechamento desta edição, houve 319 mil casos confirmados e 13 mil mortes por infecção causada pelo novo coronavírus, em 176 países e territórios. No Brasil, Secretarias estaduais de saúde contabilizam 1.546 casos e 25 mortes, sendo a primeira morte registrada no estado de São Paulo no dia 17 de março. A vítima é um homem de 62 anos que estava
Algumas Sedes Regionais, por exemplo, a 3ª e 4ª Regiões Eclesiásticas, também aderiram parcialmente ao trabalho home office. Em comunicado oficial enviado por e-mail ao corpo pastoral. CULTOS ON-LINE: Em comunicado oficial do Colégio Episcopal, o texto traz várias orientações, dentre elas: “Prestar atenção às orientações dos governos de cada cidade, estado e União e segui-las; temos nos adaptado até aqui e devemos fazer isso diariamente”. Algumas Regiões Eclesiásticas e Missionárias aderiram ao culto on-line. A Sede Regional da Região Missionária do Nordeste (Remne) fez uma transmissão ao vivo com a Bispa Marisa de Freitas Ferreira orientando as lideranças regionais. “Qual nossa tarefa como pessoas cristãs? Seguir a orientação das autoridades. Evitar aglomerações. Já suspendemos a Juvenília. É nossa função e missão cuidar das pessoas. Minha recomendação como médica e como bispa é que não tenhamos cultos em nossas igrejas. Vamos cultuar em nossas casas (…). Ninguém vai deixar de cultuar a Deus, mas no templo, por enquanto, nós deixaremos”, disse a bispa em vídeo. Na tarde do dia 19, o Departamento de Comunicação da Sede Nacional liberou um vídeo com instruções para as igrejas Jennifer Haller foi a primeira pessoa a receber uma dose da vacina contra coronavírus nos EUA.
CHINA AUTORIZA TESTE EM HUMANOS DE VACINA CONTRA O CORONAVÍRUS A China deu o aval para que pesquisadores/as iniciem testes de segurança em humanos de uma vacina experimental contra o novo coronavírus, em meio à corrida
para desenvolver uma imunização contra a Covid-19. Cientistas da Academia de Ciências Médicas Militares da China, ligada ao exército, receberam a aprovação para iniciar os ensaios clínicos em estágio inicial dessa potencial vacina a partir desta semana, informou na terça-feira (17/03) o “Diário do Povo”, jornal oficial do Partido Comunista chinês, citado pela agência de notícias Reuters.
Enquanto isso, cientistas norte-americanos/as realizaram o primeiro teste da vacina contra o coronavírus em humanos. Autoridades de saúde dos Estados Unidos disseram na segunda-feira (16) que voluntários/as de Seattle, um dos estados mais afetados pela Covid-19 no país, começaram a ser imunizados/as. Uma das voluntárias, a norte-americana Jennifer Haller, disse à rede
de notícias MSNBC que tem sua temperatura tirada várias vezes por dia e que é acompanhada por uma equipe médica constantemente. “Há grandes chances de que eu esteja envolvida na descoberta da vacina, mas ainda que não seja dessa vez, pelo menos estou contribuindo como parte do processo de descoberta”, disse Haller. /// Com informações G1
COMO SE PREVENIR? O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão: • Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; • Realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; • Manter os ambientes bem ventilados; • Cobrir nariz e boca quando tossir; • Utilizar lenço descartável para higiene nasal; • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar; • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; • Evitar contato próximo com as pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença. Profissionais de Saúde devem usar medidas de precaução padrão, para contato e para gotículas (máscaras cirúrgicas, luvas, avental não estéril e óculos de proteção). Para a realização de procedimentos que gerem dispersão de secreções respiratórias, como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
CAPA Abril de 2020 | www.expositorcristao.com.br que desejam fazer a transmissão on-line. O tutorial tanto serve para quem tem material mais simples para filmagem, assim como para as igrejas que disponibilizam equipamentos profissionais. Os Departamentos Nacionais de Escola Dominical e de Trabalho com Crianças também estão envolvidos na produção de materiais que podem auxiliar educadores/as na prevenção da Covid-19. O material está disponível na página da Sede Nacional.
Agenda
Outros eventos também foram cancelados. Na 3ª Região Eclesiástica o Dia da Mocidade, realizado no Campus da Universidade Metodista de São Paulo, foi cancelado. A Federação informou que uma nova data será remarcada futuramente. O evento, que reúne jovens, juvenis e adultos/as de várias igrejas da região, desta vez não pôde ocorrer. Na 4ª Região Eclesiástica, por exemplo, estava agendado um curso de capacitação para o mês de março. Em comunicado oficial enviado pelo Bispo Roberto Alves de Souza, o encontro foi cancelado. “Os cursos agendados nos dias 21/03 (Igreja Metodista Central em Belo Horizonte) e 28/03 (Igreja Metodista em Grã-Duquesa) estão cancelados, pois muitas pessoas do nosso público-alvo fazem parte do fator de risco”, diz trecho da carta enviada por e-mail à liderança pastoral.
Igreja Metodista Unida
O Bispo David Bard pediu às Igrejas Metodistas Unidas em Michigan e na Holanda que começassem a se preparar para um possível surto generalizado pela Covid-19. O Bispo Bard chegou a solicitar aos Coordenadores de Resposta a Desastres da Conferência e ao Comitê de Finanças e Administração da Conferência que explorem como as congregações de Michigan podem se preparar melhor, mas pediu calma e que não entrassem em pânico. “Não há necessidade de ação imediata, mas agora é um bom momento para avaliar com calma o possível impacto em nossas igrejas locais, se ocorrer um surto em Michigan”, disse. A liderança da Igreja vai discutir que ações podem ser necessárias se os cultos forem subitamente interrompidos. É preciso considerar os cuidados emocionais e espirituais dos/as doentes, saneamento das instalações, comunicação com funcionários/as e membros, comunhão e segurança alimentar, preocupações com a administração e outros possíveis impactos resultantes de uma pandemia generalizada. Os/as líderes também precisarão educar os membros sobre como reduzir o risco enquanto estiverem na igreja, incluindo lavagens frequentes das mãos, pedir que os/as doentes fiquem em casa e reduzir o contato físico. Na Igreja Metodista Unida da Holanda, o Pastor Brad Bartelmay diz que a igreja já está preparada. “Estamos preparados para ‘fazer igreja’ em um mundo em que a frequência de adoração é reduzida e onde pequenos grupos e a Escola Dominical podem ser descontinuados. Vamos explorar mais cuidados pastorais e rastreamento de bem-estar de populações vulneráveis”, finalizou.
CARTA PASTORAL DO COLÉGIO EPISCOPAL À IGREJA METODISTA Pastoras, pastores, leigos e leigas Graça e Paz!
“Um ao outro ajudou, e ao seu próximo disse: Sê forte!” (Isaías 41.6)
Vivemos tempos de perturbação mundial em face do surgimento da Covid-19, que tem alcançado a população mundial e que se instala em nosso país, a exigir de nós comprometimento e solidariedade social, na preservação da vida e da saúde de nossos concidadãos e concidadãs. A força do metodismo está em sua unidade, construída em torno de Cristo, em meio à diversidade. Assim, o Colégio Episcopal, no uso de suas atribuições expressas nos Cânones, Art. 119, incisos I e II, e em consonância com o compromisso de cidadania cristã, faz a seguinte recomendação pastoral à Igreja: 1. S uspender, nacionalmente, todas as atividades da agenda geral que implicam reuniões de grupos nas próximas duas semanas, até uma nova consideração. 2. A companhar as orientações e manifestações dos Bispos e Bispas, junto com suas lideranças, no âmbito de cada Região Eclesiástica e Missionária, à luz das orientações oficiais, que emanam dos órgãos governamentais responsáveis pela segurança e proteção da saúde pública.
Quanto aos Cultos Públicos, Escolas 3. Dominicais, Encontros de Discipulado e Reuniões Ministeriais: a. Prestar atenção às orientações dos governos de cada Cidade, Estado e União e segui-las; temos nos adaptado até aqui e devemos fazer isso diariamente. b. Saber que as autoridades estão procurando restringir ao máximo a circulação e o ajuntamento de pessoas para evitar um pico de atendimento nos hospitais e postos de saúde, pois isto seria catastrófico para o nosso frágil sistema de saúde pública. c. Suspender os cultos locais, realizando-os virtualmente conforme os recursos disponíveis. Lembremos que em hipótese alguma os pastores e pastoras podem suspender os cultos sem oferecer às pessoas uma forma concreta de estar espiritualmente ligadas com o corpo de Cristo; para isto, as plataformas digitais serão de grande importância. É tempo de pastorear! Este é um tempo significativo para contribuirmos para a diminuição dos casos, bem como de treinamento caso a situação realmente se configurar pior. Se na sua cidade já existem casos confirmados, esteja atento/a para mudar o status das reuniões! Finalmente, reafirmamos a importância das orações em favor da população, das autoridades e profissionais de saúde. Em Cristo, Colégio Episcopal da Igreja Metodista 18 de março de 2020
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contudo Paulo explica que, para perseverar em fidelidade, diante de lutas e provações, é necessário fortificar-se na graça que há em Cristo Jesus. É necessário trazermos a nossa memória que não temos forças em
ao lado da filha, Júlia, do filho, Bernardo, e do marido, Rubens.
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á sentiu a sensação de estar perdendo suas forças? Como um motor que começa a enfraquecer e necessita de revisão para recuperar seu vigor? Assim somos muitos/as de nós, vamos perdendo nossas forças, nosso ânimo e potencialidades vão se esvaindo, e o pior, nem sempre percebemos que estamos fraquejando. Corremos o risco de perceber tarde demais, quando do aparecimento repentino e/ ou inesperado de uma enfermidade física, emocional, psicológica ou até espiritual, uma intervenção mais grave e invasiva. Se isso ocorrer, podemos considerar que o nosso corpo está gritando por socorro, pedindo ajuda. Mas perder a força, sentir desânimo, cansaço, em diversos momentos, ser acometido/a por uma tristeza profunda faz parte da caminhada humana. O que não podemos permitir ou o que precisamos atentar é para que esses sentimentos, que minam nossas forças e alegria de viver e servir a Deus por meio de nossos dons e talentos, não se tornem sentimentos constantes, a ponto de acharmos que a caminhada é assim e ponto. Não! A caminhada não tem que ser dolorosa, pois Cristo levou sobre si as nossas dores, nem tem que ser pesada, pois Jesus nos convida a lançar sobre Ele o nosso fardo. Fazemos parte de uma comunidade de fé e esperança, amor e paz. Não estamos sós, há um irmão, uma irmã ao nosso lado. Pastoras e pastores que conhecem as nossas fragilidades comuns, nossos temores, nossas angústias e ansiedades, mas também sabem do desejo de nosso coração, como Corpo
Pastoral, em servir ao Senhor com alegria, oferecer o melhor de nós e ver a Igreja do Senhor Jesus crescer, se multiplicar, dar frutos, espalhar a salvação, a santidade e servir. Tenho tido a oportunidade de participar da Assessoria Regional do Pastoreio de Pastoras e Pastores na 3ª RE, juntamente com o Rev. Willian de Mello, e tenho testemunhado a maravilha que é viver o pastoreio de iguais de forma mútua e de estimular outras pessoas a essa prática. É gratificante promover encontros de pastoreio, motivar e incentivar pastoras e pastores a participarem de momentos singulares de partilha e cuidados mútuos. Confesso que muitas vezes nesses encontros me emocionei ao ouvir o testemunho de pessoas que já estão há anos no ministério e ainda não se tinham dado a chance de cuidar e ser cuidado, de dar e receber um abraço, uma palavra, uma oração, um sorriso e também acolher e enxugar uma lágrima. Entendemos que o processo propiciado pelo pastoreio de pastores e de pastoras é hoje um instrumento indispensável na vida de quem exerce o ministério pastoral. É por meio desse instrumento que nós, pastoras e pastores, encontramos a “graça que nos fortifica”, afinal, comunhão é um meio de graça. Assim como ser discípulos e discípulas nos caminhos da missão é viver em unidade. Pastoreando Timóteo, Paulo o incentiva a perseverar e anunciar com fidelidade o evangelho da salvação, compartilhando sua própria vivência de lutas, sofrimentos e vitórias em Cristo. Timóteo é exortado a ser fiel,
cuidado de manter em dia nossos exames de saúde. Qual foi a última vez que você fez um “check up”? Você tem se permitido ser pastoreado/pastoreada? Pastoreie e seja pastoreado/ pastoreada. Estenda a mão e ofereça um abraço, mas perceba que há uma mão e um abraço entendido para você também. Vamos nos pastorear, vamos nos cuidar, vamos nos fortificar na graça! Que tenhamos felizes dias como pastoras e pastores metodista! Revda. Rute Bertoldo Vieira Moraes Mestra em educação IM Monte Belo – 3ª RE
Família pastoral, um ensinamento para as famílias
“Lembrem dos seus primeiros líderes espirituais, que anunciaram a mensagem de Deus a vocês. Pensem como eles viveram e morreram e imitem a fé que eles tinham (Hebreus 13.7); Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações. (1 Pedro 3.7)”
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osto de pensar nos valores que existem em ser pastor/a. O/a pastor/a é responsável em zelar pelas qualidades éticas, morais e espirituais da Igreja. O/a pastor/a é chamado/a e aprovado/a por Deus e busca viver segundo o coração dEle. O/a pastor/a procura perante as escrituras encontrar em si o melhor do caráter e fidelidade a Deus, o/a pastor/a é responsável por sua intimidade com Deus. Ser pastor/a é especial, ter uma família pastoral cuidada e amada por Deus e pela comunidade é elemento essencial da unidade cristã. Neste biênio a Igreja Metodista está falando muito sobre unidade, e a Escritura coloca uma grande ênfase na unidade familiar. Ao ler e orar, sempre queima em meu coração que o primeiro ministério do/a pastor/a deve ser para sua família. O/a pastor/a amado/a precisa de alegria, pastor/a triste não coopera para o bem-estar do rebanho. O ministro do evangelho é responsável pelo anúncio de Jesus, por isso precisa compreender que o “cargo” mais alto de um/a pastor/a não são as pregações/sermões, os atendimentos, o púlpito aos finais de semana, mas as instruções que são dadas
a seus/as filhos/as, sua esposa, seus familiares e amigos/as todos os dias, isso sim reflete no púlpito, nas orações, nos sermões e nas famílias. Os textos bíblicos apresentados anteriormente levam-nos a refletir que devemos muito ao pastor ou à pastora que nos apresentou os primeiros passos do evangelho, eles/as trouxeram aquilo que era necessário para firmarmos na fé, foram bons exemplos marcados na relação de comunhão e testemunhos firmados no serviço cristão. É importante entendermos que quando falamos do/a pastor/a, salientamos o homem, a mulher, o amigo ou amiga, e na maioria das vezes o pai ou mãe da família e das multidões de famílias. O/a pastor/a precisa ser integral, por isso precisa de tempo para cuidar da família, assistir seus/as filhos/as a fazerem atividades escolares ou jogar futebol, nadar, correr e se divertir. O/a pastor/a precisa de tempo de qualidade, ser companheiro/a de sua/eu esposa/o, rir, sair, assistir a filmes, divertir-se, ir até mesmo às compras quando sobra algum dinheiro. Agora, amados irmãos e irmãs, tudo isso é desafiador na vida do pastor e da pastora. Ressalto, não existe pastor/a e família de pastor/a saudável se não existir discipulado na família, o/a pastor/a cuida de vidas e famílias. Se do ponto de vista
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Pastora, pastor, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus
nossa própria capacidade, se assim agirmos, estaremos fadados ao fracasso. A ênfase da força e da vitória está em Cristo. Paulo nos deixa um grande ensinamento quando compartilhou algumas instruções a Timóteo: “Fortifica-te – ouça – transmite para intuir outras pessoas – participa dos meus sofrimentos”. (2 Tm 2.1-3) Portanto, pastoras e pastores, sejamos nós homens e mulheres atentos/as aos desgastes naturais inerentes ao ministério que exercemos com temor e tremor diante do Pai. Que possamos perceber quais situações estão minando nossas forças, nos enfraquecendo e gerando desânimo em nós. Que tenhamos o
Pastor Gabriel Prado ao lado da família.
social a família é a “célula mater da sociedade”, do ponto de vista bíblico ela pode ser considerada a “célula principal da igreja”. Se a família do/a pastor/a está bem, existe uma grande possibilidade de aquela igreja onde ele/a pastoreia ficar bem. Porque a família é, de fato, o ambiente espiritual mais importante com que o/a pastor/a convive. Sou casado, pai de dois filhos e tenho em minha família a base para tudo. Hoje ao ler este texto creio que comemorará com seu pastor ou pastora este dia, obedecendo aos vossos ensinamentos e fazendo com que ele/a e sua família festejem esta data com muita alegria. Feliz dia do pastor e da pastora, marcado de muitas histórias, alegria e amor. Gabriel Prado Pastor na Igreja Metodista em Jardim Colorado 3ª RE
DISCIPULADO
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Como John Wesley capacitou os leigos?
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A admissão em uma reunião na sociedade exigia um ingresso de reunião de classe. Nas bordas deste bilhete de 1814 existem vários lembretes de atos de piedade. Foto cortesia da Comissão Geral de Arquivos e História da Igreja Metodista Unida.
“Exigir que todos/ as os/as metodistas se encontrassem semanalmente em sua classe e depois na reunião da sociedade, em geral no domingo à noite”
22.37-40 (NRSV): “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente”. Esse é o maior e primeiro mandamento. E um segundo é o seguinte: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Sobre esses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. Os/as alunos/as formaram hábitos de (1) não fazer mal, evi-
ou duas horas gastas nesse trabalho de amor, eles/as concluíam com oração e ação de graças”. (Um relato claro do povo chamado metodista II.6) Exigir que todos/as os/as metodistas se encontrassem semanalmente em sua classe e depois na reunião da sociedade, em geral no domingo à noite, era a principal maneira de John Wesley equipar e capacitar os/as leigos/as. Essa disciplina semanal de responsabilidade mútua, incentivo e apoio para viver a vida cristã mudou a vida das pessoas e equipou os/as leigos/as a participar com Cristo na missão de Deus no mundo. /// Fonte: www.umnews.org/pt
Honra a quem honra!
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artiu para estar com o Senhor na tarde de domingo, 8 de março, a Dona Phyllis Diehl Dinkins, esposa do Dr. Burrell D. Dinkins. Ela estava em Cristo e partiu nEle, deixando seu esposo, Burrell, e seus filhos/as, Randy, Ruth, Walter, Susana e Paul. O casal Dinkins serviu como missionários junto à Igreja Metodista no Brasil nos anos 1960 e 1970 nos estados do Paraná e São Paulo. No Paraná, eles serviram na Igreja Metodista de Apucarana e de Arapongas e em congregações menores ao norte e ao sul dessas cidades. Com o apoio amoroso e decisivo de D. Phyllis, o Dr. Dinkins tornou-se diretor-geral do Instituto Filadélfia
de Londrina. Em São Paulo, o casal morou em Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, e exerceu ministério e magistério na Faculdade de Teologia. Phyllis, Burrell e filhos/as experimentaram os anos mais repressivos e violentos da ditadura militar brasileira e foram protagonistas de histórias admiráveis, dentre elas a proteção e ocultação de perseguidos políticos, de gente boa que, pela ação corajosa, dedicada e desprendida do casal, permanece viva até hoje. Nesse período, enquanto estavam na Faculdade de Teologia da Igreja Metodista, a igreja, sem voz profética, ambígua e culminando em si mesma tensões ideológicas vividas pela nação, expulsou 70 moços e moças seminaristas e fechou o Seminário em 1968, enquanto os Dinkins
escolheram permanecer para dar apoio pastoral aos/às alunos/ as descontinuados/as. No que tange a mim, conhecia o casal Dinkins desde meus 8 anos de idade, quando ainda estavam no Brasil. Mais tarde, quando fui fazer o mestrado e doutorado, D. Phyllis foi apoiadora incondicional, hospedeira, professora de inglês e corretora dos trabalhos acadêmicos nos primeiros meses de meus estudos na E. Stanley Jones School of World Mission and Evangelism do Asbury Theological Seminar, onde o Dr. Dinkins, hoje aposentado, foi professor, pesquisador e escritor na área de aconselhamento pastoral narrativo. Após décadas de docência e liderança nos campi do Asbury de Wilmore (Kentuky) e Orlando (Flórida), o casal mudou-se
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uase todos/as os/as líderes das primeiras sociedades metodistas eram leigos/as. John Wesley estabeleceu um sistema para desenvolvê-los/as e capacitá-los/as, organizando-os/as em pequenos grupos, para prestar contas e apoiar a vida cristã. A intenção era ajudar as pessoas a se tornarem discípulas que vivem seu amor a Deus e ao próximo. A cada semana, os pequenos grupos – ou “classes” – de 12 a 15 membros de uma sociedade metodista se reuniam com seu/a líder para relatar como estavam vivendo sua fé quando respondiam à pergunta: “Como está sua alma?”, guiados/as pela regra metodista da vida, as Regras Gerais. Os/as líderes de classe, nomeados/as por Wesley, eram mulheres e homens leigos/as que podiam confiar na formação espiritual e no cuidado de outras pessoas. Eles serviram como modelos, mentores/as e treinadores/as de discipulado para os/ as metodistas em sua busca pela santidade do coração e da vida. Os/as líderes de classe participaram do trabalho pastoral que precisava ser realizado quando o clero ou o/a coordenador/a do circuito estava ausente. Eles/as foram os/as discípulos/as que fizeram discípulos/as. As Regras Gerais são práticas simples e diretas destinadas a ajudar as pessoas a viverem os ensinamentos de Jesus, conforme resumido em Mateus
tando todo tipo de mal; (2) fazer o bem a todas as pessoas; e (3) participar de todas as ordenanças de Deus, como participar do culto, receber comunhão, ler a Bíblia, orar e jejuar. Não fazer mal e fazer o bem ajudou os/as metodistas a amarem seus/as vizinhos/as como a si mesmos/as. Ao “cumprir todas as ordenanças de Deus”, eles/as aprenderam a amar a Deus com todo o coração, alma e mente. E, ao se reunir dessa maneira toda semana, eles/as estavam “cuidando um do outro em amor”. Wesley observou: “Conselhos ou repreensões eram dados conforme a necessidade, disputas decididas, desentendimentos removidos: e depois de uma
para Atlanta (Geórgia), onde Vanice e eu moramos, possibilitando que voltássemos a conviver mais amiúde. Há algumas semanas fomos visitar D. Phyllis em Wilmore e, uma vez mais, fomos inspirados por sua fé e firmeza no Senhor. O enterro foi quarta-feira, 11 de março. Rev. Dr. Luís Wesley de Souza, Ph.D. ICS - Missiólogo | Teólogo | Ministro Metodista UMC
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Qualidade de vida na execução
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s atribuições pastorais mudaram muito no decorrer do tempo, cada vez mais os/as pastores/as têm de possuir conhecimentos, habilidades e atitudes além da função de conduzir um culto e aconselhar pessoas. Simultaneamente cresce a pressão sobre o/a profissional e consequentemente sobre a pessoa do/a pastor/a, quando muitos/as, por não serem compreendidos/as, muito menos assessorados/as, acarretam sobre si síndromes psicológicas graves e até em alguns casos praticam o suicídio. A qualidade de vida no trabalho é fator essencial a toda organização, sendo ela privada, pública e/ou religiosa. O crescente número de suicídio de pastores/ as no mundo ano após ano estimula maior reflexão da sociedade e das igrejas sobre a qualidade de vida na execução do trabalho pastoral e como estes/ as trabalhadores/as estão suscetíveis a síndromes psicossomáticas e tendências ao suicídio. Ana Cristina França Limongi, uma das estudiosas a respeito do assunto, define qualidade de vida no trabalho como o conjunto de ações de uma empresa que envolvem a implantação de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho. Idalberto Chiavenato relata que a qualidade de vida implica criar, manter e melhorar o ambiente de trabalho em suas condições físicas, psicológicas e sociais. Isso resulta em um ambiente de trabalho agradável, amigável e melhora substancialmente a qualidade de vida das pessoas na organização. O trabalho pastoral é realizado diretamente com pessoas e, em muitos casos, os/as pastores/as possuem cargas horárias de trabalho excedentes à legislação, no atendimento interpessoal, aconselhamentos, reuniões. No meio pastoral, ou religioso, em geral, há muito desgaste, devido às demandas constantes pessoais e familiares relacionadas à congregação que pastores/as lideram, havendo uma relação entre exaustão emocional, física e espiritual. Exaustão e esgotamento emocional, físico e espiritual podem acarretar problemas crônicos e muitas vezes trágicos aos/às pastores/as, como a Síndrome de Burnout, ainda sendo esta última um gatilho ao suicídio.
Síndrome de Burnout
O termo “Síndrome de Burnout” teve surgimento e ascen-
“O trabalho pastoral é realizado diretamente com pessoas e, em muitos casos, os/as pastores/ as possuem cargas horárias de trabalho excedentes à legislação, no atendimento interpessoal, aconselhamentos, reuniões.”
dência na década de 1970, por H. J. Freundenberger, nos Estados Unidos. Ele foi um médico psicanalista com uma vida profissional permeada de frustrações e dificuldades que o levaram à exaustão física e mental. Assim, motivado pela própria causa, decidiu estudar e se tornou o pioneiro a discutir sobre o tema. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a cada 40 segundos há um suicídio no mun-
do e para cada ato consumado há inúmeras tentativas. Muitos são os fatores que podem levar ao suicídio, mas o estigma ligado a transtornos mentais e suicídio significa que muitas pessoas se sentem incapazes de procurar ajuda. Assim também ocorre diretamente com os/as pastores/as de igrejas, que muitas vezes necessitam ser pastoreados/as, porém não encontram auxílio ou, ainda, temem pedir ajuda.
Rogério Rodrigues da Silva destaca que o/a pastor/a, cada vez mais, é cobrado/a espiritualmente, como cumpridor de metas. Este/a tem de ser advogado/a, psicólogo/a, político, assistente social etc. Lothar Hoch destacou em seu livro Algumas considerações teológicas e práticas sobre a pastoral de aconselhamento que o termo pastor/a nos dias atuais é muito geral e serve mais para descrever a atividade
ARTIGO
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do trabalho pastoral
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“O diálogo com pessoas de confiança pode ser uma boa estratégia para os/ as pastores/ as lidarem com a Síndrome de Burnout. Tal diálogo pode ser com outros/ as pastores/ as, membros da igreja, superiores/ as ou amigos/as.”
pastoral como um todo, desde a pregação, o ensino, até a administração de uma paróquia. A palavra “pastor/a”, portanto, não caracteriza a atividade específica daquele/a que se dedica à poimênica. O mesmo autor ainda conceitua poimênica como a atividade de alguém que pastoreia um rebanho. No que diz respeito à qualidade de vida no campo pastoral, a organização religiosa moderna vem sofrendo transformações
do mundo do trabalho, resultantes de uma política de mercado que igualmente atinge as organizações religiosas e que exige do/a trabalhador/a dedicação, competência e eficiência em todas as suas atividades. Muito do que vem acontecendo com os/as pastores/as nos dias atuais, diante da expectativa de trabalho do/a pastor/a em início de atividade com a realidade na execução dos trabalhos, é dito similarmente por Mário César Ferreira e Ana Magnólia Mendes, diante da […] “discrepância entre a tarefa prescrita e atividade real, enquanto desencadeadora de um custo psíquico para o trabalhador, trazendo consequências para a organização do trabalho em termos da natureza da tarefa em si e das relações socioprofissionais, fazendo com que o sujeito se coloque em estado de esforço permanente para dar conta da realidade, muitas vezes, incompatível com seus investimentos psicológicos e seus limites pessoais, gerando sofrimento”. Vimos que, embora as horas de trabalho ainda sejam longas e o salário inferior a um salário digno, os/as pastores/as ficam muito mais felizes com suas congregações e seus casamentos parecem mais fortes. As igrejas, na maior parte, tratam seus/ as pastores/as melhor do que vimos em estudos anteriores. Avanços significativos foram feitos. Os dados que coletamos apontam para as causas e motivações do estresse, esgotamento e disfunção da igreja. Algumas delas incluem noções de liderança equivocada do clero, leigos/as e liderança da igreja, bem como a falta de consciên-
cia de quais são os verdadeiros chamados e deveres de um/a pastor/a. As estatísticas não mostraram uma variação significativa. Muitas igrejas ainda colocam exigências irracionais aos/às pastores/as. Estes/as, por sua vez, estão se esforçando para apaziguar as expectativas da congregação e enfrentam apatia voluntária, críticas e medo de mudança.
Burnout em pastores/ as: causas
Visando entender melhor o crescimento de síndromes psicológicas em pastores/as, tal como a Síndrome de Burnout, é necessário também entender que o/a pastor/a não é uma entidade, ele/a é um ser humano que tem necessidades físicas, psicológicas, emocionais e espirituais, como qualquer outra pessoa. E a atividade de “cuidar dos outros” muitas vezes não é correspondida à comunidade, e estes/as são julgados/as e não cuidados/as. Santos e Honório relatam, em seu artigo sobre as dimensões da Síndrome de Burnout em pastores/as presbiterianos/as, que os/ as pastores/as mais jovens são fortemente mais tendenciosos/ as à Síndrome de Burnout, eles/ as se queixam de forte exaustão emocional. Ou seja, muitos/as destes/as profissionais em início de carreira ainda não possuem maturidade suficiente para as pressões psicológicas sofridas na labuta ministerial. Diante dos resultados da pesquisa realizada com pastores/ as, Oliveira expõe que a vocação principal para um indivíduo se tornar pastor é a vontade de “servir a Deus e seu chamado para o ministério”. Ainda nessa pesquisa, os/as pastores/as dizem ter amizade com a comunidade, porém sentem-se muito exigidos/as e sobrecarregados/ as. Os/as pastores/as pesquisados/as alegam, em maioria, que sentem dificuldade de administrar seu tempo.
Ação da Igreja na prevenção
Ana Cristina Santos de Oliveira e Luís Carlos Honório realizaram uma pesquisa com pastores/as da Igreja Presbiteriana. Eles alertam que se as igrejas não fornecerem um ambiente de trabalho favorável à não instalação da Síndrome de Burnout; haverá muitos/as ministros/as exauridos/as emocionalmente, despersonalizados/as e com baixa realização profissional, o que certamente afetará
sua saúde física e mental, bem como a vida dos membros, das famílias e, até mesmo, da sociedade. Ana Maria Benevides, em seu livro Burnout: Quando o trabalho atrapalha o bem-estar do trabalhador, afirma que o ponto essencial da prevenção da Síndrome de Burnout é o conhecimento dos seus efeitos. A autora relata que pôr em prática estratégias de prevenção e intervenção é imprescindível, sobretudo no mundo atual onde as cobranças dos profissionais são extremas. O diálogo com pessoas de confiança pode ser uma boa estratégia para os/as pastores/ as lidarem com a Síndrome de Burnout. Tal diálogo pode ser com outros/as pastores/as, membros da igreja, superiores/ as ou amigos/as. Porém, é preciso existir plena confiança entre estes/as para que o diálogo possa servir como uma válvula de escape e surtir o efeito desejado de não adoecer devido à alta demanda do trabalho ministerial do/a pastor/a evangélico/a. Richard J. Krejcir destaca, diante de seus estudos, alguns itens testados e comprovados, que pastores/as, líderes e as igrejas podem fazer para oferecer melhores condições a tais profissionais, evitando assim problemas físicos e psicológicos, tais como a Síndrome de Burnout. Estas se resumem em:
As causas do desenvolvimento da Síndrome de Burnout e suas respectivas medidas preventivas são variadas de caso a caso. Porém, cabe à igreja e ao/à pastor/a realizarem rotineiramente análises comportamentais pertinentes às suas ações e realizações de modo que ambos criem um ambiente saudável e produtivo de trabalho e desenvolvimento pessoal. /// Leia o artigo completo em nosso site: www.expositorcristao.com.br Luís Felipe Marques Lima Metodista e pós-graduando em Gestão Estratégia de Pessoas e Psicologia Organizacional pela UMESP
REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, Lindolfo Galvão de; FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Estratégia de Recursos Humanos e gestão da Qualidade de vida no trabalho: o stress e a expansão do conceito de qualidade total. Revista de Administração. São Paulo, abr./jun. 1998, volume 33, nº2, p. 40-51. BENEVIDES, Ana Maria T. Pereira. Burnout: Quando o trabalho atrapalha o bem-estar do trabalhador. 4 eds. Casa do psicólogo. São Paulo, 2014. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações .4. ed. Barueri, SP: Manole, 2014. FERREIRA, Mário César. MENDES, Ana Magnólia. Só de pensar em vir trabalhar, já fico de mau humor: atividade de atendimento ao público e prazer-sofrimento no trabalho. 2001. 12 f. Trabalho de conclusão de curso-Universidade de Brasília, Brasília, 2001. FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Qualidade de vida no trabalho – QVT: conceitos e práticas nas empresas da sociedade pós-industrial. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2010. FREUDENBERG, H.J. Staff burn-out. Journal of Social Issues, 1974, vol. 30 (1), p. 159-165.
Quanto ao/à pastor/a: • O/a pastor/a deve ter construção espiritual profissional antes de iniciar o ministério; • Ter no mínimo 2 dias de folgas semanais e não ultrapassar 50 horas semanais de trabalho aliados a 3 semanas de férias mínimas; • Receber salários dignos; • Saber administrar seu tempo, de modo a cuidar também de si.
HOCH, Lothar. Algumas considerações teológicas e práticas sobre a pastoral de aconselhamento.1980. p. 88.
Quanto à igreja: • Apoio da igreja nos trabalhos pastorais, auxiliando o/a profissional mesmo não gostando deste/a muitas vezes; • A igreja e seus membros devem evitar comparar o trabalho de seus/as pastores/as com pastores/as e trabalhos em outas igrejas; • Fazer reuniões necessárias e objetivas; • Respeitar a família do/a pastor/a, não exigindo que esta tenha de ser perfeita, sem erros.
OLIVEIRA, Roseli Margareta Kuhnrich de. Cuidando de quem cuida: propostas de poimênica aos pastores e pastoras no contexto de igrejas evangélicas brasileiras. 2004.142 f. Dissertação (Mestrado em Teologia) – Programa de PósGraduação em Teologia, Instituto Ecumênico da Escola Superior de Teologia, São Leopoldo, 2004.
KREJCIR, Richard J. Statistics on pastors: 2016 update. Research on the happenings in pastor’s personal and church lives. Francis Schaeffer Institute of Church Leadership Development. Church Leadership 2016. Disponível em: http:// churchleadership.org. Acesso em: 25 abril 2019. MENDES, Ana Magnólia Bezerra; SILVA, Rogério Rodrigues da. Prazer e sofrimento no trabalho dos líderes religiosos numa organização protestante neopentecostal e noutra tradicional. Psico-USF, v. 11, n. 1, p. 103-112, jan./jun. Brasília,2006.
SANTOS, Ana Cristina de Oliveira; HONÓRIO, Luís Carlos. As Dimensões da Síndrome de Burnout no Trabalho dos Pastores da Igreja Presbiteriana do Brasil em Minas Gerais. Rio de Janeiro ,2014. SILVA, Rogério Rodrigues da. Profissão de Pastor: prazer e sofrimento. Uma análise psicodinâmica do trabalho de líderes religiosos neopentecostais e tradicionais. Brasília, 2004.
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GIRO DE
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NOTÍCIAS
O QUE FOI DESTAQUE NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO
CORONAVÍRUS
MÚSICA E ARTE
O Colégio Episcopal da Igreja Metodista emitiu uma carta às Igrejas Metodistas em tempos de perturbação mundial fem face do surgimento da Covid-19, que tem alcançado a população mundial e que se instala em nosso país, a exigir de nós comprometimento e solidariedade social na preservação da vida e da saúde de nossos concidadãos e concidadãs.
Redação
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ORAÇÃO: Com o objetivo de mobilizar pessoas a orarem semanalmente e diariamente pelos propósitos selecionados pela área nacional da Igreja Metodista, convidamos você a participar da campanha EM ORAÇÃO. O versículo que conduz a campanha lembra a importância da oração para fazer qualquer coisa: ... porque sem mim nada podeis fazer. (João 15.5b).
A maior capacitação nacional metodista para treinamento de líderes jovens já está com suas inscrições abertas. Este ano acontecerá a 4ª Edição do Treina Jovem, que será na 3ª Região Eclesiástica, na cidade de Arujá, em São Paulo, de 11 a 13 de junho de 2020.
No salmo 150, vemos um mandamento de Deus para nós, seus filhos/as, para o louvarmos com música, instrumentos e dança. Em Êxodo 31.3, vemos Deus derramando capacidade artística sobre Bezalel, para executar trabalhos em madeira, pedra e diversos materiais. Em Jeremias 18.2, vemos o texto do vaso na mão do oleiro, e em outras passagens bíblicas tantas outras formas que podemos utilizar para louvar e adorar ao nosso Criador.
PALAVRA DE BISPOS E BISPAS
RÁPIDAS
AGENDA NACIONAL
Nos dias 16 a 18 de outubro de 2020, teremos o nosso 3º Encontro Nacional do Departamento Nacional de Música e Arte (DNMA) com o tema “arte com identidade”. Presença confirmada de Gabriel Guedes, bispos/as da Igreja Metodista e muito mais!
Dirigimo-nos a toda a Igreja nesses tempos turbulentos em que todos os dias nos chegam novas notícias alarmantes acerca do novo Coronavírus. Nossa intenção, além de orientar, é despertar-nos a todos e todas para as ações que podemos tomar com fins preventivos, bem como mobilizar-nos em oração pela bênção de Deus e sua proteção sobre todas as pessoas.
DICAS : São muitas notícias sobre o coronavírus chegando até nós. Todo cuidado é pouco e precisamos agir com fé, razão e sabedoria. Desde o dia 18 de março, a página oficial do Departamento Nacional de Escola Dominical no Facebook tem compartilhado posts com algumas orientações para você e sua igreja.
O objetivo desse Encontro é termos um foco claro como Igreja de caminharmos em unidade com o Senhor e com o Corpo de Cristo através da “ARTE COM IDENTIDADE”, seja na música, na dança, na fotografia, na pintura, na arte digital e em tantas outras formas, para o louvor da Sua Glória!
É tempo de pastorear! Este é um tempo significativo para contribuirmos para a diminuição dos casos do novo Coronavírus, bem como de treinamento caso a situação realmente se configurar pior
Teremos oficinas específicas sobre temas importantes, ministrações de palavra, momentos artísticos e muita comunhão.
COLÉGIO EPISCOPAL
AS MATÉRIAS MAIS ACESSADAS NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO
MUITA AVENTURA O Departamento Nacional de Trabalho com Crianças (DNTC) criou uma série de figuras com a turma dos Aventureiros em Missão, dando dicas sobre como cuidar da saúde nesses dias. Leia mais em nosso site.
EXPOSITOR CRISTÃ O, ELEITO
O MELHOR JORNA L CRISTÃO DO BRASIL
E PREMIADO NA ARETÉ
Se você tem um trabalho artístico, CD gravado, fotografias, escultura e outros tipos de arte, você terá um espaço de exposição para que seu trabalho seja conhecido e possa glorificar ao Senhor. (Mateus 5.16). Entre em conto pelo e-mail dnmarte07@ gmail.com
2019
EC DE MARÇO: Abrimos a edição com a Palavra Episcopal destacando o trabalho das mulheres na vida da Igreja – tema que norteia toda a edição do jornal. Na matéria de capa, tendo em vista o Dia Internacional da Mulher, trouxemos um artigo que abriu a série As mulheres na missão. A série terá mais três estudos voltados para o tema, que poderá ser aproveitado em estudos em grupos. Leia mais em nosso site!
Jornal Oficial da Igreja Metodist
a | Março de 2020 | ano
134 | nº 3
Distribuição Gratuita
JOVENS
Juventude planeja ações para 2020!
Página 5
DOUTRINA
Metodistas e suas crenças fundamentais.
Página 13
Mulheres E A MISSÃO
As ações das mulheres no Novo Testamento Página 8
Separe este tempo e se programe para estarmos juntos. © DIVULGAÇÃO
MAIS LIDAS
/// Confira a programação completa no link abaixo: http://bit.ly/3encontrodmarte
CRIANÇA Abril de 2020 | www.expositorcristao.com.br
Dia do Pastor e da Pastora Metodista N este mês de abril, comemoramos o dia do pastor e da pastora metodista. Pastores e pastoras são homens e mulheres capacitados/as por Deus para uma missão muito especial. Eles/as aprenderam, com os ensinamentos de Jesus, a acolher as crianças, dando atenção, carinho, instrução e respeito. Acolhem as crianças à comunhão da Igreja pelo batismo e as incluem na família da fé, entre outras coisas, pela Ceia do Senhor. A Ceia é um momento muito importante na Igreja, pois simboliza a união com as pessoas e também com Jesus. Além disso, o pastor e a pastora oram e sempre têm uma palavra de otimismo e ânimo baseada nos ensinos e nas experiências com a Palavra de Deus. Eles/as estão sempre ensinando que podemos confiar em Jesus em todos os momentos da nossa vida. Neste mês, comemore o dia do pastor e pastora metodista, dê um abraço especial no seu pastor ou na sua pastora. Agradeça a Deus por sua vida! /// Equipe DNTC
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Proposta-01-v12.pdf 1 19/02/2020 15:05:53
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