Vista aérea do castelo de Alandroal (Foto: C.M. Alandroal)
altitude num dos contrafortes da cordilheira. Esta fortaleza foi construída após a do senhorio de Portel por D. Alfonso III a D. João Péres de Aboim, seu conselheiro, em reconhecimento da sua ajuda na reconquista do Algarve. Entrando no castelo pela Porta do Relógio, é possível aceder à antiga praça de armas. É recomendável subir os 25 metros da torre de menagem para desfrutar das maravilhosas vistas que o espaço oferece. Direção norte, chegará a Monsaraz. É uma vila que mantém a essência de outras épocas como poucas o fazem. A sua localização numa colina, com vista para o rio Guadiana, tornou-o um espaço cobiçado ao longo dos séculos, como o comprovam as muralhas que circundam a sua antiga cidade e o castelo do século XIV, que pode visitar em perfeitas condições. Passear pelas ruas empedradas vai transportá-lo para outros tempos, povoados por personagens e acontecimentos históricos, desde o lendário cavaleiro Geraldo Sempavor, até ao ataque sofrido pelos arqueiros ingleses com o comando do Conde de Cambridge. E neste momento, desfrute de um momento inesquecível da viagem observando o pôr-do-sol do topo da cidadela, com uma vista privilegiada sobre o lago. 14 | ROTAS PELO ALQUEVA
Para terminar o percurso, deve dirigir-se ao município de Alandroal, onde tem três exemplos interessantes de arquitetura militar. O primeiro que se encontra no caminho é na vila de Terena. É o seu castelo, de pequenas dimensões, cujas origens não são claras, mas cuja primeira referência documental data dos finais do século XIII ou princípios do século XIV, no tempo do rei D. Dinis. Fazia parte da linha de defesa do Alto Guadiana, juntamente com as outras fortalezas que verá a seguir. Juntos tiveram um papel importante durante a guerra da Restauração, que começou em 1640. No próprio Alandroal é interessante ver o seu castelo. É uma construção de estilo mudéjar dos finais do século XIII, encomendada por elites cristãs a um pedreiro ou a um arquiteto de origem islâmica. Utiliza o xisto da região, embora em alguns locais tenham sido também utilizados tijolos e mármore. E finalmente não se pode perder a vila de Juromenha e o seu complexo fortificado de quase dois hectares, rodeado por um impressionante muro bastião do século XVII. É um lugar mágico, pacífico, tranquilo e cheio de história. Situada no alto do rio Guadiana, a sua linha do horizonte, vista do outro lado, é uma das imagens mais reconhecíveis do território do Alqueva.