3
Revista Brasileira de
Quiropraxia Brazilian Journal of Chiropractic Apoio:
REVISTA BRASILEIRA DE QUIROPRAXIA - BRAZILIAN JOURNAL OF CHIROPRACTIC Volume VI - Número 1 – Janeiro a Julho de 2015 ÍNDICE – CONTENT 1. EDITORIAL E INSTRUÇÕES AOS AUTORES 2.
4
REVISÃO E ATUALIZAÇÃO
História da Quiropraxia Esportiva no Brasil – Quiropraxia nas olimpíadas rio 2016
11
Marcelo Borges Botelho, DC, MD, MSc 3. 4.
5.
Objectifying SOT palpatory indicators
16
John Crescione,DC Dental-Cranial functional model and the understanding of cranial facial distortions in dentistry: A Commentary. Richard C. Gerardo, DC, Charles L. Blum, DC
26
ARTIGOS ORIGINAIS
Semelhanças sintomáticas entre Litíase Renal e Lombalgia 43 mecânica: Série de seis estudos de caso Symptomatic similarities between Renal Lithiasis and Mechanical Low back pain: Six case studies. Desiree MoehleckeI, Danilo Messa da SilvaII 6.
Análise da distribuição de pressão plantar em indivíduos assintomáticos pré e pós-ajuste quiroprático na região sacroilíaca
52
Pressure distribuition analysis of plant in pre and post asymptomatic chiropractic adjustment the sacroiliac region Marcela Petry, Tiago Augusto Zago, Eliana F. Manfio 7.
Efetividade do Método Ativador® e do instrumento Activator comparado aos resultados obtidos de um grupo placebo ®
63
Effectiveness of the Method Activator compared to the results obtained for a placebo group
Jonathan Loro Pessin, Ricardo Fujikawa 8
Efeitos da intervenção quiroprática na mobilidade articular das extremidades e no equilíbrio em idosos independentes
73
Effects of chiropractic intervention in joint mobility of the extremities and balance in independent elderly Régis Fernando Martin Cabral, Magali Pilz Monteiro da Silva 9.
Limiar de Dor nos Indicadores da SOT Pain threshold in SOT Indicators
82
Eduardo Ramos de Souza, Camila Lisott Bagatini, Ranieli Gehlen Zapellin
ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 1 – Página 3 de 93
EDITORIAL
Em dezembro de 2013 a Assembleia-Geral das Nações Unidas proclamou 2015 como o ano em que a Organização para a Educação, a Ciência e a Cultura promoveria a cooperação com outras entidades para o desenvolvimento de ações de sensibilização de políticos e cidadãos em geral – a nível mundial – para a importância da luz. A escolha do tema Luz é clara em diversas dimensões. Na área da ciência, especificamente, sua aplicação possui um efeito direto na melhoria da qualidade de vida. Um movimento dessa ordem, não poderia passar em branco. Por isso, decidimos compartilhar uma alegoria filosófica, própria da Quiropraxia, na qual dividindo as sílabas da palavra “Subluxação” de um modo especial, obtemos “Sub-Lux-Ação”, que com um pouquinho de latim, pode ser interpretada como a “diminuição da ação da luz”. O sistema nervoso conduz de certa forma, a informação. Esta, por sua vez, é a unidade funcional do conhecimento, que Prometeu roubou dos Deuses do Olimpo, em forma de Fogo (que Ilumina), para benefício dos humanos. O ajuste é aquele que remove o obstáculo que impede que a luz da informação flua e ilumine todo o corpo, guiando sua ação em prol do bem estar pessoal. Quando a vida confronta as forças da natureza, o corpo se adapta e se mantém vivo graças aos impulsos neurais, representado pelo fogo de Prometeu. Em 2015, a ciência da Luz se encontra com a ciência da Quiropraxia e nos inspira a iluminar a escuridão, instiga a gerar conhecimento, por mais que as sombras no caminho possam parecer assustadoras. Esperamos que este ano marque o início de uma fase Iluminista na quiropraxia brasileira, e que a leitura desta publicação sirva como referência para, como dizia Voltaire, engrandecer a alma. Rafael Santos
ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 1 – Página 4 de 93
REVISTA BRASILEIRA DE QUIROPRAXIA - BRAZILIAN JOURNAL OF CHIROPRACTIC Corpo Editorial
Editor científico Djalma José Fagundes
Editores assistentes Ana Paula Albuquerque Facchinato Campos Evergisto Souto Maior Lopes
Jornalista científico Anna Carolina Negrini Fagundes Martino
Consultor da língua inglesa Ricardo Fujikawa
Conselho nacional de consultores (Brasil) Eduardo S. Botelho Bracher Fernando Redondo Aline Pereira Labate Fernandes
Conselho internacional de consultores David Chapman Smith Reed Phillips Fábio Dal Bello
Assessoria e Gerência Executiva Mara Célia Paiva
ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 1 – Página 5 de 93
AGRADECIMENTOS
A Revista Brasileira de Quiropraxia publica trabalhos científicos e culturais de interesse aos profissionais da área ósteomioarticular. A qualidade das informações neles expressas é avaliada de forma sistemática por colegas experientes. Todo trabalho de investigação submetido à revista é enviado a especialistas encarregados de revê-los de forma detalhada, visando obter avaliações abalizadas sobre a qualidade técnica do texto. Outros colegas também disponibilizam seu tempo para elaborar revisão ortográfica e formatação dos textos. Em reconhecimento à espontânea colaboração desses especialistas, bem como a conduta ética demonstrada nesse processo, expressamos aqui o nosso agradecimento. Revisão científica Aline de Almeida Ferreira Camila de Carvalho Benedicto Carlos Podalirio B. de Almeida Cley Jonir Foster Jardeweski Daniel Facchini Eduardo Kiyoshi Teruya Katherine Palmina Cassemiro Colomba Marcos Vinícius Zirbes Mariana Wentz Faoro Vivian Roca Vinícius Tieppo Francio
Revisão ortográfica da língua Inglesa Katherine Palmina Cassemiro Colomba
Formatação de texto Alberto Amaral Nunes Elisangela Zancanario
Agradecimentos pelo empenho no registro do DOI Katherine Palmina Cassemiro Colomba Rodrigo Alves da Cunha
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INSTRUÇÕES AOS AUTORES Apresentação A Revista Brasileira de Quiropraxia (Brazilian Journal of Chiropractic) é uma entidade aberta de comunicação e divulgação de atividades científicas e profissionais na área de Quiropraxia. Ela recebe colaboração em suas diversas seções, após avaliação de pelo menos dois de seus membros do Conselho de Consultores e que irão julgar a relevância, formatação e pertinência da comunicação. Os autores e coautores devem ter participação efetiva na elaboração do trabalho publicado, seja no seu planejamento, seja na execução e interpretação. O autor principal é o responsável pela lisura e consistência das informações do artigo. Os indivíduos que prestaram apenas colaboração técnica devem ser designados na secção de agradecimentos. O original do artigo ou comunicação deve ser acompanhado de uma carta ao editor-chefe apresentando o título do trabalho, autores e respectivos graus acadêmicos, instituição de origem e motivo da submissão. Deve acompanhar uma carta de cessão dos direitos autorais e compromisso de exclusividade de publicação segundo o modelo: Cessão de Direitos Os autores abaixo assinados estão de acordo com a transferência dos direitos autorais (Ato de Direitos Autorais /1976) do artigo intitulado: ........................................................................
à
Revista
Brasileira
de
Quiropraxia. Por outro lado, garante ser o artigo original, não estar em avaliação por outro periódico, não ser total ou parcialmente publicado anteriormente e não ter conflito de interesses com terceiros. O artigo foi lido e cada um dos autores confirma sua contribuição e está de acordo com as disposições legais que regem a publicação. Cidade, data Nome legível e assinatura de todos os autores. Submissão de artigos Os originais podem ser submetidos para a apreciação da revista por via eletrônica
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preferencialmente em inglês e ser produzidos em editor de texto compatível com Windows Word, em Times New Roman ou Arial, tamanho 12, margens superior e inferior de 2,5 cm e laterais 3,0 cm. Os parágrafos devem ser separados por espaço duplo, não ultrapassando 12 (doze páginas incluindo referências, figuras, tabelas e anexos). Estudos de casos não devem ultrapassar 6 (seis) páginas digitadas em sua extensão total, incluindo referências, figuras, tabelas e anexos. Os artigos e comunicações enviadas serão analisados pelo editor-chefe; sendo pertinentes e tendo respeitado as normas de formatação da Revista eles serão encaminhados ao Conselho Consultivo da revista para avaliação do mérito científico da publicação. Os originais poderão ser devolvidos para correções e adaptações de acordo com a análise dos consultores ou podem ser recusados. A Revista reserva o direito eventual de recusa sem a obrigação de justificativa. Os artigos originais recusados serão devolvidos aos autores. Figuras, Tabelas e Quadros As figuras e tabelas devem ser enviadas em arquivos separados. As imagens devem ser designadas como “Figuras”, numeradas em algarismos arábicos de acordo com a ordem em que aparecem no texto e enviadas em arquivo JPG ou TIF com alta resolução. As tabelas devem ser numeradas em algarismos romanos de acordo com a ordem em que aparecem no texto. Quadros deve ser numerado em algarismos arábicos de acordo com a ordem em que aparecem no texto. Formato do Artigo Os originais devem conter um arquivo separado com a página de título (title page) onde deve constar: - o título do artigo (máximo de 80 caracteres) - nome completo dos autores - afiliação e mais alto grau acadêmico - instituição de origem do trabalho - título abreviado (running title) máximo de quarenta caracteres - fontes de financiamento - conflito de interesses ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 1 – Página 8 de 93
- endereço completo do autor correspondente (endereço, telefone, fax e email). Formato das Referências As referências devem ser numeradas em algarismos arábicos de acordo com a ordem em que aparecem no texto, no qual devem ser identificadas com o mesmo número no formato sobrescrito. Os autores devem apresentar as referências seguindo as normas básicas de Vancouver com Sobrenome, Prenome do(s) autor(es). Título do artigo. Título do Periódico. Ano; Volume (número); páginas inicial-final. Exemplos de formatação: Artigo: Santos C, Baccili A, Braga P V, Saad I A B, Ribeiro G O A, Conti B M P, Oberg T D. Ocorrência de desvios posturais em escolares do ensino público fundamental de Jaguariúna, São Paulo - Revista Paulista Pediatria. 2009; 27(1): 74-80. Monografia (Livros, Manuais, Folhetos, Dicionários, Guias): Wyatt, L, Handbook of clinical Chiropractic care, 2ª edição. United States: Jones and Bartlett Pusblishers, 2005. Resumo: Ostertag C. Advances on stereotactic irradiation of brain tumors. In: Anais do 3° Simpósio International de Dor; São Paulo: 1997,p. 77 (abstr.). Artigo em formato eletrônico: International Committee of Medical Journal Editors: Uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical journals. Disponível
em
URL:
http://www.acponline.org/journals/annals/01jan97/unifreg.htm. Acessado em 15 de maio 2010. Resumo (abstract) Em arquivo separado deve ser enviado um resumo estruturado (objetivos, métodos, resultados e conclusões) com no máximo 250 palavras. Deverá ter uma versão em português e outra em inglês. Unitermos (keywords)
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Ao final do resumo devem constar pelo menos cinco palavras - chaves de acordo com a normatização dos Descritores em Ciências da Saúde da BIREME (Biblioteca Regional de Medicina). Texto Devem
constar
de
Introdução,
Objetivos,
Métodos,
Resultados,
Discussão, Conclusão, Agradecimentos e Referências. Comissão de ética Os artigos devem trazer o número do protocolo da aprovação do Comitê de Ética da Instituição de origem e declaração do preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Contato Revista Brasileira de Quiropraxia/Brazilian Journal of Chiropractic Secretaria Geral: Rua Columbus, 82 - Vila Leopoldina. CEP 05304-010, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: rbquiro@gmail.com - Tel.: +55(11)3641-7819.
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REVISÃO E ATUALIZAÇÃO HISTÓRIA DA QUIROPRAXIA ESPORTIVA NO BRASIL – QUIROPRAXIA NAS OLIMPÍADAS RIO 2016 Marcelo Borges Botelho, DC, MD, MSc. Quiropraxista, Médico, Mestre em Medicina e Saúde pela UFBA Contato: quiropraxia@hotmail.com
1- INTRODUÇÃO No momento em que a profissão
Dr. Barreto, nos principais eventos
de Quiropraxia celebra mais de 15
esportivos
anos
participa.
desde
graduações,
o
início
nas
das
universidades
Os
nos
quais
primeiros
o
relatos
COB
da
Anhembi-Morumbi (SP) e Feevale
utilização da Quiropraxia no esporte
(RS), esse traçado histórico sobre
datam desde sua criação no fim do
sua especialidade na área esportiva
século
é compilado, às vésperas do marco
profissional
da
músculo-esqueléticos.
inclusão
serviços
de
da
profissão
saúde
dos
nos Jogos
Olímpicos Rio 2016.
19,
devido com
à os
expertise distúrbios
Porém
um
dos fatos mais marcantes do início da
especialidade
foi
o
Curiosamente, esse mesmo ano
acompanhamento e tratamento da
de início das graduações (2000),
equipe de Beisebol do New York
marca
da
Yankees pelo Dr. Erle Painter,
Quiropraxia Esportiva no mais alto
incluindo o lendário Babe Ruth, em
nível do esporte nacional, com a
1923. Desde 1980 o comitê olímpico
participação do Dr. Plínio Barreto
dos Estados Unidos da América
como
(EUA), berço da profissão, utilizam
a
efetiva
introdução
Quiropraxista
oficial
do
Comitê Olímpico Brasileiro (COB)
oficialmente
nas olimpíadas de Sydnei, Austrália.
tratamento para seus atletas, em
Esse foi um momento importante
cada
para a especialidade no país, e este trabalho
continua
sendo
desenvolvido até os dias atuais pelo
uma
participaram.
esse
tipo
de
das olimpíadas que 1
Internacionalmente
existem
diversos relatos de competições
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os
World Federation of Chiropractic
promoveram
(WFC), em 2011 no Rio de Janeiro,
cuidados aos atletas, como parte
se fundiu com a FICS, mantendo-se
integrante da equipe de saúde,
assim, uma só entidade política
incluindo os African Championships
internacional.
esportivas
nas
quais
quiropraxistas
in athletics (1988, 1990) All African
Atualmente a FICS tem em seus
Games (1991, 1999), World Games
quadros
(2005,
Jogos
membros, além de universidades e
Sydnei
conselhos estudantis. A entidade
2009,
Olímpicos
de
2013), verão
de
de
sócios
que
inverno Salt Lake City (2002), entre
Associação
outros. Foram feitos alguns estudos
Quiropraxia
científicos
em
entidade oficialmente formada em
eventos,
com
frequência
dos
vistos,
do
tipo
desses
registros
Brasil
é
Brasileira Esportiva
a de
(ABQE),
da
2012, que tem como seu primeiro
mais
presidente o Dr. Cláudio Souza,
tratamento
formado com a primeira turma de
distúrbios de
o
países
(2000) e Londres (2012), e de
alguns
representa
25
aplicado, bem como a observação
graduação
de diminuição da percepção álgica
Brasil, da Universidade Anhembi
em escala visual analógica após o
Morumbi, em 2004.
tratamento.2,3
3-
2-
ORGANIZAÇÃO
POLÍTICA
ATUAL DA ESPECIALIDADE
em
Quiropraxia
do
DESENVOLVIMENTO
NACIONAL
NOS
ÚLTIMOS
15
ANOS
A Fédération Internationale de
O
primeiro
quiropraxista
Chiropratique du Sport (FICS), foi
brasileiro a fazer algum tipo de
criada em 1987, e teve como seu
especialização na área foi o Dr.
primeiro presidente o Dr. Stephen
Marcelo Botelho, que recebeu o
Press, sendo atualmente presidida
título de International Chiropractic
pela Dra. Sheila Wilson, dos EUA.
Sports Science Diploma (atualmente
Em 2005 foi fundada uma outra
International Certified Chiropractic
organização política internacional, a
Sports Physician), pela Federação
International
Sports
Internacional
Association
(ISCA),
Chiropractic que
de
Quiropraxia
no
Esportiva (FICS), em 2006. Já no
congresso mudial de Quiropraxia da
ano seguinte, ele e o Dr. Marcelo
ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 1 – Página 12 de 93
Oliveira
foram
convidados,
As aulas foram iniciadas em 2013 e
por intermédio do Dr. Plínio Barreto,
a
primeira
turma
concluirá
pelo COB para integrarem a equipe
programa ainda esse ano.
o
de serviços médicos do Brasil nos
Além desse fato ser histórico
Jogos Pan Americanos Rio 2007,
e de suma importância para a
constituindo
especialidade
um
outro
marco
histórico.
oficialmente
surge no meio acadêmico no país, é
O Brasil continuou a estreitar seus
que
laços
com
Internacional
a
de
Federação Quiropraxia
de
extrema
relevância
para
a
profissão de Quiropraxia como um todo, ao começar a implementar no
Esportiva (FICS) quando teve em
Brasil
2009 o Dr. Botelho eleito para
existem mundo afora, e corroborar à
representar a América Latina, e
identidade
reeleito em 2013. Além disso, em
profissão
2012 o Dr. Marcelo Botelho foi eleito
internacionalmente.
para o cargo de Chefe de Finanças
4-
dessa organização, e em 2014 vice-
2016
presidente. 3.1-
as
especialidades
independente
que
da
existente
JOGOS
OLÍMPICOS
RIO
O ápice de um atleta é ser o
CRIAÇÃO
DA
PRIMEIRA
ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU
melhor
do
mundo
em
sua
modalidade, e não há arena mais apropriada e desejada no mundo
Com o fomento da ABQE, e após o desenvolvimento por cerca de 4 anos, foi criado o primeiro programa de especialização Lato
para fazê-lo, que não os Jogos Olímpicos.
O
termo
“Olímpico”
surgiu em 776 AC, quando o nome dos vencedores começaram a ser
Sensu em Quiropraxia Esportiva,
registrados, após acordo de “tregua
por
sagrada” selado entre Ifitos, o rei de
uma
empresa
parceria de
Faculdade,
entre
educação
a
e
Pós Saúde
uma uma e
a
Faculdade Herrero. O curso tem como
seu
idealizador
e
atual
coordenador o Dr. Marcelo Botelho.
Ilia; Licurgo, monarca de Esparta; e Clístenes, rei da Pissa. O acordo foi selado no templo de Hera, no santuário de Olímpia, daí surgindo o nome
Olimpíadas.
Não
houve
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disputas entre 393 DC até 1896,
evento, e o comite organizador local
quando
Coubertin
já está procedendo o processo de
promoveu os primeiros jogos da era
seleção com os mesmos. Estima-se
moderna, na Grécia4.
que serão selecionados cerca de 35
Pierre
de
Diversos profissionais da saúde
profissionais,
tanto
brasileiros
que lidam com atletas, também
quanto de outras nações. O Dr.
consideram a participação em um
Marcelo Botelho está atuando como
Jogo Olímpico, como uma das
consultor para a área, que fará parte
maiores
dos Serviços de Terapias Físicas,
honrarias
que
podem
receber. Poder ajudar atletas em
junto
com
a
Acupuntura,
seu momento de apogeu, após anos
Fisioterapia, e Osteopatia.
e anos de treinamento intenso, é
5-
CONCLUSÃO
realmente uma oportunidade única. Na
tentativa
de
incluir
Quiropraxia nos Jogos Rio 2016, a FICS criou um seleto grupo de trabalho, posteriormente aprovado pela ABQE, composto pelo líder de Quiropraxia dos Jogos de Londers 2012, o Dr. Tom Greenway; um conselheiro
geral,
o
Chapman-Smith;
Sr. e
A Quiropraxia Esportiva no
a
David um
Brasil
conseguindo
a
inclusão
da
Quiropraxia na equipe de saúde que atenderá todos os atletas dos jogos. Em
outros
jogos
Olímpicos
tido
uma
rápida
e
exponencial evolução nos últimos anos, em especial com a criação de um programa de especialização Lato Sensu na área, além de ter uma entidade política (ABQE) que possa adequadamente representar os profissionais. Adicionalmente,
representante local, o Dr. Marcelo Botelho. Esse grupo obteve êxito,
tem
a
oportunidade de participação nos Jogos
Olímpicos
Rio
2016
representa um marco fantástico e uma oportunidade única para a profissão e os profissionais.
tentativas similares foram efetuadas
6-
REFERÊNCIAS
sem sucesso, e esse modelo parece
1-
Chapman-Smith
ter sido o ideal para o momento e a
uma profissão na área da saúde. São
cultura locais.
Paulo: Anhembi Morumbi, 2001.
D.
Quiropraxia
Cerca de 200 Quiropraxistas se voluntariaram para trabalhar no ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 1 – Página 14 de 93
2-
Nook BC, Nook DD. Demographics
of Athletes and support personel who used th
individuals International
who
voluntarily
Federation
of
Sports
Chiropractic
games. J Sports Chirop & rehabil 1997,
Physiol Ther 2011, 34;1:54-61.
11;4:136-139.
4-
3-
história das olimpíadas e seus herois. São
2009 World Games injury surveillance of
J
the
chiropractic physicians at the 6 all African
Nook DD, Nook BC. A report of the
delegation.
used
Manipulative
Abrucio M. Odisséia Olímpica: a
Paulo: Cortez, 2008.
ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 1 – Página 15 de 93
REVISÃO E ATUALIZAÇÃO Objectifying SOT Palpatory Indicators John Crescione, D.C. D.I.C.S. Introduction Many
practitioners
chiropractic
have
no
of
Manual
muscle
testing
of
the
longer
kinesiological type of Goodheart,
developed the skill and desire to
Walther and others has become a
actually palpate to the level of what
valuable diagnostic tool for the
would be considered necessary and
average clinician. It is both visual
basic, let alone to a high degree of
and reproducible for the Dr. and
skill.
patient. The built in objections of With the advent of muscle
testing
and
therapy
localization,
there becomes less of a need for palpation
skills.
objectivity
of
However,
Voodoo, party tricks and being too subjective demeans many that have used and relied on the skill.
the
Manual muscle testing has a
indicators
number of different models as to
becomes even more subjective and
why there is a weakening or delay in
the ability to palpate the body
muscle reactivity. None have been
becomes a lost art.
accepted by mainstream medicine
certain
Highly skilled palpators within
as
well
as
some
circles
of
the SOT world have developed their
chiropractic. Unfortunately in the
skills so that they can tell if a dime is
medical
heads or tails through a blanket.
chiropractic-palpation skills can be
SOT
especially
just as non-objective as muscle
Craniopaths, have spent a huge
testing based on inters examiner
amount of time being able to feel the
reliability. Palpation as an objective
slightest motion. This can range
indicator can only be compared
from
using
doctors,
an
organ’s
restriction
of
model-even
time
and
within
experience.
movement, to a cranial fluid flow
Someone with 10 years of training,
within the skull, microwave radiation,
or for our example, a certified
heat or energy coming off the body.
Craniopath may have superior skills
ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 1 – Página 16 de 93
at palpation then someone with 10
length change is the most commonly
years in muscle testing.
used for the measure of outcome
Until the Dr. can develop
result. In order to understand the
these higher level skills, or by trying
SOT challenge, we need to look at
to eliminate muscle testing as an
how muscles work.
indicator, an alternate approach in
Muscles
training needs to be obtained. The attempt of using palpatory indicators is a challenge, forcing doctors to feel the changes within the indicator
Muscles move bones. Upon contraction, muscles move from their origin and insertion and meet in the middle. Stabilize the origin, and
muscle.
the muscle will contract towards the The Challenge
origin from the insertion, for example
Webster's dictionary defines a
challenge
calling
into
insertion, and the origin moves
demand
for
toward the insertion, as in a chin up.
identification. For the chiropractor it
Muscles have both elastic and
is done through touch from the Dr.
contractile ability. The Golgi Tendon
or
or
Organ, Muscle Spindle cells and
objectively. Any place on the body
specific nerve tracts firing from
can be challenged. Usually vertebral
excitation of the muscle by the
segments but also cranial bones,
anterior
extremity joints and the viscera as
responsible for some of the muscles'
well. It may be as simple as "Does
attributes.
question,
the
as
or
a
patient,
a
a standing biceps curl. Stabilize the
subjectively
this hurt when I press here?"
motor
neuron
are
Muscle spindles are found
Or it can be more involved.
within the belly of the muscle and
The patient or Dr. may touch
report back to the nervous system
an area of the body while the Dr.
about the length of the muscle, or its
looks for any changes within the
rate of change of length.
chosen indicator. This
indicator
Golgi Tendon Organs send can
be
information about the rate of tension
anything that will respond to the
or amount of tension in the muscle
touch of the “challenged” area.
and are found where the muscle
Muscle strength change or leg
tendon attaches to the muscle fiber
ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 1 – Página 17 de 93
.Again, the muscle spindle monitors excitatory Tendon
length,
and
functionOrgan,
has the
of time. There is also a static
an
response, which occurs to a normal
Golgi
degree of steady state firing when
tension
and
under normal tension.
inhibitory. Both have a dynamic and
This reflex is inhibitory, which
static response that we need to look
means that it prevents too much
at within the stretch reflex and
tension in the muscle by lengthening
tendon guard reflex.
or relaxing the muscle. This is called
The
stretch
reflex
simply
the lengthening reaction and is a
stated is that whenever a muscle is
protective mechanism to prevent the
stretched, it causes an excitation of
muscle/tendon being avulsed from
the spindle cell, which causes it to
the bone. If the tension is too great,
contract reflexively. The dynamic
the muscle will relax due to inhibition
stretch reflex of the muscle spindle
from the tendon organ. If there is too
occurs when a muscle suddenly
little tension, impulses from the
becomes
an
tendon organ ceases and then loss
muscular
of tension or inhibition allows the
contraction. Once the stimulus has
alpha motor neurons to become
ceased, the contraction relaxes and
active, firing muscle tension to a
the muscle adjusts to its new length.
higher level.
stretched,
instantaneous,
causing
strong
However, a secondary reflex, the static
stretch
reflex
initiates
To illustrate an example of
or
clinical function, when we palpate
continues afterward for a prolonged
for Cat. 2 (Sacroiliac hypermobility)
period of time.
indicators, the medial knees, lateral
It causes continuous muscle
legs and upper and lower inguinal
contraction as long as the muscle is
(fossa)
under excessive stretch.
fibrositis,
This becomes important in both palpating and determining the direction of challenge.
areas
are
swelling
checked and
for
edema,
muscle "spasm" and reactivity. Using a right short leg model, upon examination the right upper
The Golgi Tendon Organs
inguinal area was taut, fibrous and
dynamic stretch response occurs
reactive to palpation, and the medial
when
knee on the same side was also
the
muscle’s
tension
is
suddenly increased in a small period ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 1 – Página 18 de 93
found to be taut, fibrous, swollen and reactive to palpation. Conventional
Simply
stated,
the
SOT
Challenge is to test direction and
mainstream
vector against the best or most
Medical and Chiropractic wisdom
appropriate
indicator
concludes that the sartorius and pes
indicator is cleared.
until
the
anserine muscles would be in a
The "best" or appropriate
state of spasm-pulling the Illium to
indicator is usually found within the
the anterior.
respective Category. Or, use a Cat.
In S.O.T. however we see it as the opposite-because the weight
2 indicator to correct against the challenge if the patient is a Cat. 2.
bearing integrity of the Sacroiliac
What
follows
joint has been lost, the Illium on that
examples...
side has gone towards the posterior
Categorization
are
a
few
(generally) and/or Sacrum slipping to the anterior.
One
The separation of
of
S.O.T.'s
hidden
the Sacrum to Illium causes a
strengths is in determining just when
reactivity and contraction of the
and what to do first to the patient.
anterior thigh muscles to pull the
Even
Illium toward the anterior and over
procedures
time
without the use of Mind Language,
cause
the
gluteals
and
here,
traditional can
hamstrings to shorten due to length
Therapy
approximations between the Illium
Testing.
and knee.
Posture Analysis
The
above
is
in
S.O.T..
Why
is
this
conventional S.O.T. wisdom not carried over to the spine, joints,
With an understanding of the of
compensatory
muscles
and
effects,
the the
practitioner can solve most patient problems quite easily.
or
Muscle
Most think of this as looking for sway. But DeJarnette's written works up until the 70's placed a huge
emphasis
distortion
cranium and visceral system?
reactivity
Localization
challenged
common
knowledge and thought process to most
be
S.O.T.
on
analysis
subluxations
and
posture, to
or find
subluxation
patterns. Chiropractors today really do not rely on a standing visual analysis to determine levels of subluxation,
as
do
experienced
ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI n. 1 – Pågina 19 de 93
SOT'ers. With the advent of the
the weight bearing lesion on the
S.A.M. units now in vogue, which
other side.
combines a scale with a Posture
3) Next have the patient
Analyzer, the Chiropractor of today
seated and recheck the rib head
uses this as a patient education tool,
motion. If the ribhead's motion stays
more then as a diagnostic one.
the same, on the same side this
For the purposes of this
would
indicate
that
the
weight
paper, we will confine this huge
bearing lesion is in the pelvis as the
subject to the Category system.
primary, since the other weight
DeJarnette
emphasizes
checking many of our indicators
bearing extremities, such as knees and feet, have been eliminated.
against gravity, since man has to fight it constantly.
4) Had the ribhead switched sides, for example, standing-right rib
1) We stand and look at the
head-seated, left ribhead; at this
patient. After sway is noted-absent,
point, a conclusion of an extremity
present and to which direction, we
problem causing the weight bearing
check rib head motion-standing.
shift including the TMJ could be the
2) If the patient seems to
cause. To eliminate the TMJ, have
indicate a Cat. 2 as the primary
the patient open, close, swallow,
subluxation pattern, the Dr. must
bite and translate to both sides while
ask the next question, which is "Is
checking
the Cat. 2 coming from an extremity,
motion. If any one motion increases
or pelvic lesion?"
or decreases pain you have a
Dr. Nelson Decamp of Florida
positive
for
ribhead
indicator
for
pain
the
and
TMJ
uses a wonderful story of a patient
involvement and probable direction
complaining of recurrent foot pain,
of correction.
and upon posture analysis found the
Arm Fossa Test (AFT)
patient was weight bearing on the The best or worst test in
same side as foot pain! This
indicates
a
greater
stress and problem on the other side of the body, with the patient’s foot complaint becoming a symptom of
S.O.T., according to who you speak to. Based on the above results, we have noted a lateral sway (or shift) with unilateral ribhead motion
ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI n. 1 – Página 20 de 93
and pain. When placed supine to do
Touching
the
inguinal
the AFT, no clear change in any of
ligament
the fossa is present. There may in
Spinothalamic tract and Fasiculus
fact
and
Gracilis into the spinal cord at L1/L2.
swelling on one side, and lower
Traction on the inguinal ligament
fossa pain and swelling on the other.
stimulates
The medial knee and lateral leg
proprioception in at S1/S2. Both
indicators all agree, as do the long
touch and traction pull meet in the
and short leg. Why then, is there no
lumbar spine and travel up in a
positive arm fossa? If we factor out
parallel
the Dr.'s skill at the test, it may be
Lemniscus. Both enter and meet in
that the patient is in a state of
the Ventral Posterior Lemniscus.
be upper fossa
pain
adaptation and guard. In order to challenge
the
we
posterior
pathway
to
the
ligament
the
Medial
The command “Hold” (which
must
is upper motor neuron stimulation)
exacerbate the suspected lesion.
activates the collateral tracts and
This will cause both the muscle
connects to the inferior colliculus, a
spindle and Golgi Tendon Organs to
branch of the medial lemniscus,
fire. The Arm Fossa Test is a
which goes to the Ventral Posterior
neurologic timing test that compares
Lemniscus. All three meet and
the
create an overload if there is a
anterior
AFT,
stimulates
ligament
(inguinal)
proprioception of the pelvis, with the
problem.
posterior ligament proprioception of
The Arm Fossa Test tries to
the pelvis. A very basic explanation
elicit a defense reaction by a
of the neurology is as follows.
barrage into the Ventral Posterior
The attempt of the AFT is
Lemniscus. It must now handle
barrage the CNS with 3 commands,
multiple impulses, the result of
testing both upper and lower motor
which is neural fatigue.
neurons.
The fatigued system must
Pulling on the arm (lower
now have time to repolarize, which
motor neuron stimulation/response)
takes time and causes a delay. This
involves the Spinothalamic tract and
results in the apparent “weakening”
Fasiculus Cuneatus up into the
of the arm and a “positive” Arm
Medial
Fossa Test.
Lemniscus
and
Posterior Lateral Lemniscus.
Ventral
Here is an example.
ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI n. 1 – Página 21 de 93
The patient complains of low
neck! In Cat. 1, Cat. 2 and Cat. 3
back pain. Exam revealed a left
work, monitoring of the rib heads is
lower Fossa swelling with lateral leg
of major importance. Whether for
pain on the long leg side and
completion of our procedures for
unilateral rib head-yet no present
that office visit or as a monitor of
AFT. The patient's right foot is
degree of improvement, the ribhead
placed on the table, knee bent. The
is usually given great importance.
fossa is then rechecked. If there is
In the case the above Cat. 2
no change, the left foot is dropped
patient, anything can be challenged
off the side of the table and then
against the ribhead.
rechecked.
If
the
2,
has
blocked
placed on the table while the left
blocking
remains off and then rechecked.
improved but not eliminated the rib
One of the positions should reveal a
head. Subsequent visits still have
positive arm fossa that will correlate
not been able to eliminate the rib
with the other findings.
head, in spite of all auxiliary Cat. 2
procedure
the
been
If still negative, the right leg is
Another variation of this is for
Cat.
patient
standard
may
pelvic/spinal procedures.
have
At
this
the patient to plantar flex the foot as
point other pelvic investigation may
far as possible on the suspected
be warranted, or extremity (or both).
long leg side, or dorsiflex the foot on
For example,
with
a
left
the suspected short leg side. This
ribhead present, a vector can be
variation may expose an extremity
challenged to negate the rib head
subluxation
2
the same as in the AFT previously
still
described. Using the left leg, place it
complex
within as
well,
the
Cat.
while
presenting a positive AFT.
into the bent, long leg position of
In difficult cases the legs may
long leg/short leg correction test.
need to be placed in a long leg/short
This is the orthopedic test, the
leg position to bring out the positive
Fabere (Flexion, Abduction, External
arm fossa.
Rotation, and Extension) Test. This
Rib Head
is also an exacerbation of an IN Illium, using the familiar Gonstead
Sometimes the ribhead as an indicator can be, well, a pain in the
listing. Should that fail to improve the rib head, then go into then other
ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI n. 1 – Pågina 22 de 93
direction and challenge again? The
proximal tibia
leg is placed in the short leg
opposite directions. The ribhead is
position, or an EX Illium position,
checked again. If no change, then
Gonstead listing, which is also the
the joint is challenged in the other
orthopedic
(POsterior
direction; if a translation subluxation
SHearing) test. If one of the pelvic
is present, the ribhead will clear, or
positions corrects the rib head, the
improve.
POSH
pelvis is then adjusted into that vector.
are
translated
in
Correction can be done by impulse in opposite vectors, drop
Occasionally, the Illium on the side opposite the ribhead will be
table or single block according to the vector that negates the ribhead.
the cause. Therefore, challenge that
Translation may also occur in
Illium against the active rib head for
a lateral/medial direction as well.
the correct pelvic correction.
The patella itself may also become
In some instances, it will not
subluxated
and
be the pelvis at cause. In which
accordingly
case the extremity system should be
directions must be checked. The
investigated first.
easiest fashion is to start at relative
to
the
will
respond
ribhead.
All
Continuing on the same vein,
12 o'clock, then proceed to 6, 3 and
with the left ribhead present and
9, or any combination thereof. It is
pelvic involvement ruled out, we use
important to note that a straight
the knee as an example.
ceilingward direction also can be
Besides
the
normal
SOT
protocol for determining what type of
challenged. SOTO
knee subluxation is present, one component
often
overlooked
anterior/posterior between
the
distal
translation femur
This procedure is commonly
is
and
proximal tibia. This will involve both upper and lower leg and the anterior and posterior cruciate ligaments as
used in Cat. 3 and sometimes Cat. 1 for Sciatica. It is also used to attempt to diagnose the reason for the
patient's
leg
pain-whether
muscular, structural or disc related. In all of DeJarnette's early
well. Using the above left ribhead, once palpated, the distal femur and
work with postural distortion, one method he used quite frequently
ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI n. 1 – Pågina 23 de 93
was to have the patient do a
the blocks is the test, on the blocks
standing SOTO test and then see if
the correction. So with a right short
the muscular postural distortion had
leg and bilateral rib head pain before
changed. In fact, as told to most in
blocking, SOTO is performed to the
SOT, the "invention" of SOTO was
right leg. The rib head can be
DeJarnette's observation of patient's
palpated
with sciatica entering into his office
immediately upon returning the leg
in the SOTO position to alleviate the
to the table. If the ribhead remains
leg pain.
painful, COTI is attempted and the
When discussing SOTO, we
while
in
SOTO
or
ribhead rechecked.
first must look at the piriformis
If
the
painful,
ribhead the
still
muscle. Mainstream consciousness
remains
piriformis
says that a spasm in the piriformis
muscle is not involved on that side
will pinch the sciatic nerve. From a
of the Cat. 1. Repeat procedure on
SOT standpoint, we propose that is
the other side.
a stretched or lax piriformis is
There have been occasions
crowding the sacro-sciatic notch,
with Sciatica, where it will be
and putting pressure on the sciatic
necessary to move the piriformis
nerve.
muscle on the opposite side of the What is important to the
sciatic leg, instead of the sciatic leg
above article is that the piriformis
side. This usually occurs with a
muscle and the SOTO test can be
lumbar
challenged
structural pelvis problem within the
against
the
ribhead
whether in Cat. 1, 3 and 2.
disc
involvement
or
a
sacrum or illium that is causing the
In a Cat. 1 with bilateral rib tenderness and motion - with or
leg pain. Conclusion
without sciatica - the piriformis These
muscle may be involved with the sacrum
and/or
the
sacral
boot
mechanism not functioning properly. Since there are bilateral rib heads, either side can be used, but generally we start with the short leg
have
been a
few
examples of how to challenge a problem and look for a reasonably objective and reproducible answer to
the
patient’s
complaints
by
utilizing SOT indicators.
side first. As in most things SOT, off ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI n. 1 – Pågina 24 de 93
indicators
now ask, ”Is the muscle in spasm, or
such as Trapezius and Gluteal fibers
in defensive physiology in the other
can be vectored to determine the
direction?”
Our
mainstream
side and angle of correction against
Now you have the basis for
their respective fibers. In the Lovett
investigation.
Brother R + C Technique, the
indicators to get your answer.
lumbar related cervical indicator is always
checked
by
vector
of
correction in its associated lumbar
So the next time the patient presents with a tight Erector Spine
the
If we may borrow a line from the Bogart movie, “Treasure of Sierra Madre”. As
spinal segment.
Challenge
far
as
SOT’ers
is
concerned,” We don’t need any stinking muscle tests
on one side of the body, you must REFERENCES: Carpenter, Malcolm B., M.D. Core Text
of
Williams
Neuroanatomy. &
Wilkins,
3
rd
ed.
Baltimore,
DeJarnette, MB. DC. Sacro Occipital Technique.
Privately
Published,
Nebraska City, Nebraska ,1984.
Maryland, 1985 Guyton A. MD. Textbook of Medical DeJarnette, MB.DC. Sacro Occipital
Physiology. W.B. Saunders Co.,
Technic of Spinal Therapy, Privately
Philadelphia, PA., 1981.
Published,
Neufeldt, V., Ed. in Chief. Webster’s
Nebraska
Nebraska, 1940.
City,
New World Dictionary. Simon & Shuster, New York, N.Y., 1988.
ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI n. 1 – Página 25 de 93
REVISÃO E ATUALIZAÇÃO Dental-Cranial functional model and the understanding of cranial facial distortions in dentistry: A Commentary. Richard C. Gerardo, DC, Charles L. Blum, DC 2014 SOT Research Conference Introduction The
purpose
presentation
is
understanding distortion
to of
(CFD)
of
this
factors that will be discussed which
facilitate
an
include cervical headgear (CHG)
facial
and its effect on craniofacial growth
cranial patterns
as
a
and development, the orthotropic
reaction to compromised growth and
paradigm,
related
sympathetic
development of the cranial facial
nervous
system
structures, along with the results of
stress,
and
these patterns on the whole body’s
interdisciplinary
kinematic chain. There are various
prevention.
Cervical Headgear
upper jaw from growing, thereby
overload
and
suggestions
for
treatment
and
Cervical headgear (CHG) has
preventing or correcting an overjet
been most commonly used to treat
(maxillary incisors too far forward
anteroposterior
relative to the mandibular incisors).
(class
II)
malocclusions for over a century1 . In
its
most
common
While CHG may maintain an
iteration,
aesthetic maxillary and mandibular
headgear attaches to the braces on
incisor positioning there are other
the teeth via metal hooks or a
secondary iatrogenic factors that
facebow. Straps or a head cap
many in the dental field have
anchor the headgear to the back of
referred to as the “HeadGear Effect”
the head and/or neck. Elastic bands
(HGE)2 . The (HGE) causes a
are used to apply pressure to the
cranial
bow or hooks with the purpose of
associated with alterations in the
restricting maxillary growth so that
growth and development of the
the mandible is not too far posterior
facial structures and due those
relative to the maxillary dentition. In
modifications in craniofacial growth
facial
distortion
(CFD)
general its purpose is to inhibit the
ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 1 – Página 26 de 93
and
development
compensations
and distortions are subsequently
continue to grow forward at a normal rate6 .”
developed throughout the entire
In
traditional
or
musculoskeletal system. In order to
orthodontic
better understand this phenomenon,
conjures up an image of a child’s
the HEG’s dental cranial relationship
face with straps that wrap around
will
and
the head to some sort of metal bar
discussed. As Isaac Newton noted
that attaches to braces and mouth
there is always a cause and effect,
piece. As previously stated, the
an action and reaction3 ; in sacro
primary purpose of this is retraction
occipital
(SOT)
and/or intrusion of maxillary teeth
terminology DeJarnette called this
(pulling them toward the back of the
“resistance and contraction” (R+C)
head). Historically the orthodontic
factors4 .
approach tended to focus on the
need
to
be
explored
technique
care,
orthodox “headgear”
There is published literature
belief that there are too many teeth
that discusses the effect of cervical
(or the teeth are too big) for the
headgear on the cranial base and
mouth.
the convexity of the maxillary profile.
orthodontics
Alió-Sanz et al noted that “cervical
extraction of four bicuspids7 or
headgear
induced
premolars
of
and make space so that they can
treatment
cephalometric
flattening
the
Protocol
8.9
angle
straighten them.
the
anteroposterior relationship of the
the
to reduce crowding
then
from
traditional
recommends
cranial base and a decrease of the measured
pull
in
teeth
together
and
However, there is significant
maxillary basal arch on the anterior
concern
cranial base5 .” Also Kirjavianen
orthodontists that removing teeth
noted
can
that
“Cervical
headgear
lead
amongst
to
functional
various
treatment in Class II correction is
issues
associated with a decreased facial
morphology10.
convexity caused by the restriction
Broadbent
of forward growth of the maxillary A-
occlusal "chewing" function occurs
point, while the rest of the facial
with the first molar and premolar
profile,
teeth. It is reported that 90% of
including
the
mandible,
aside
secondary
from For
noted
facial instance
that,
“most
chewing function occurs at the first ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 1 – Página 27 de 93
molar
and
bicuspid
region.
Stack
described
how
oriented
historically “providers of orthodontic
orthodontists must consider: soft
services were solely concerned with
tissue profile and facial esthetics,
esthetic/cosmetic considerations of
incisal misguidance (interference),
the teeth. In more recent years
narrow
maxilla,
emphasis has been placed on the
underdeveloped or retruded maxilla,
interdigitation of the teeth in centric
overdeveloped
prognathic
occlusion
actual
of
absence of occlusal interferences in
relative
to
sliding/gliding jaw movements with
maxilla), crowding or displacement
the teeth in partial contact with each
of
(TMJ)
other (protrusive, cuspid disclusion,
temporomandibular joints must be
etc.)14.” He continued that, “still
considered11.”
more recently true jaw function, or,
Physiologically
or
constricted
or
mandible
(Class
III
effective
condition
teeth,
and
The
functional
combined
with
the
dental
function of the entire stomatognathic
by
system, as opposed to the more
traditional
limited functional movement of the
posterior
teeth as influenced by their inclined
pressure on the remaining six front
planes when in partial occlusion,
teeth,
has come to the fore14.”
approach
as
Broadbent
described
believes
orthodonture
creates
maxilla,
cranium,
and
compromises the airway space12. A primary
goal
of
traditional
So
in
removal
of
conjunction teeth
of
headgear,
achieve an attractive smile with
effect” (HGE) has been used in
straight
an
dentistry to describe the “downward
improvement in facial aesthetics.
and backward growth” of the oral
These
facial structures even without the
along
traditional
with
orthodontic
“headgear
modalities utilized are predominately
use
braces and sometimes headgear.
pattern
While
development
in
SOT
perspectives support their methods
terminology
would
be
of treatment,13 physiological based
“cranial
or functional dentistry questions the
which can have a relationship to the
long-term effects of removing teeth.
cranial-sacral
traditional
orthodontic
of
term
use
orthodontics is helping the patient to
teeth
the
and
with
cervical headgear. This of
growth
facial
and/or cranial called
distortion”
and
a
(CFD),
the
ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI n. 1 – Página 28 de 93
musculoskeletal systems as well as
versus
down
the oral facial structure.
believes
and
that
back.
some
types
Mew of
Clinically it is believed that
malocclusion are related to vertical
the CFD is associated with restricted
growth instead of horizontal. He
or distorted growth patterns of the
suggests that cases should be
upper jaw inhibiting normal growth
started by eight years old, since it is
patterns, restricting upper arch width
around
and/or
growth and its affect on the cranium
length.
Since
the
lower
that
that
controlled17.
is
shape of the upper dental arch this
Instead of aesthetics, Mew believes
upper arch restriction may lead to
that the most important factor to
decreased growth and advancement
focus care is to change (expand) the
of the lower jaw, commonly resulting
shape of the dental arch as a means
in a narrowing and elongation of the
to
face.
eliminate
Orthotropic Paradigm
reestablishing a more protrusive
model
of
the
development structure
of
growth the
which
oral utilizes
“orthotropic”
(growth
paradigm15.
According
treatment
to
straighten
optimally
maxillary
dentition will attempt to fit within the
John Mew, DDS described a
most
age
restore
nasal mouth
breathing
and
breathing.
By
mandibular position, this helps bring
and
the tongue forward opening the
facial
airway space therefore helping to
an
optimize
TMJ
guidance)
function18.
to
Sympathetic
Mew,
position
Nervous
and
System
crooked
Overload and Psychogenic Stress
teeth treats only the symptoms, not
With the stresses or tensions
the cause Mew proposes this is the
associated
reason there is commonly a relapse
induced CFD and its affect on
following completion of treatment.
craniofacial
Often
this
effects such as temporomandibular
narrows and shortens the oral cavity
joint disorders (TMD) and airway
ultimately hindering orofacial growth
space compromise can create a
and development16.
cascade of clinical presentations.
by
removing
Orthotropic
teeth,
paradigm’s
with
growth,
iatrogenically
secondary
Research appears to have found a
orthodontic objective is to facilitate
relationship
between
TMD
and
growth of maxilla up and forward
psychogenic or stress disorders19,20
ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI n. 1 – Página 29 de 93
that are experienced by orthodontic
ultimately making them (as a group)
patients21.
easier to manage.
From a chiropractic perspective it
However,
what
appears
that
similar
does seem reasonable to assume
interesting
that stress to the craniofacial and
psychogenic stressed patterns have
cervical
an
also
the
orthodontic patients. Therefore while
region
inhibiting
could
have
factor
on
is
been
found
with
non-
parasympathetic system22 due to its
TMD
compromise on the craniosacral
hypersensitive and psychogenically
autonomic outflow. So it is not
challenged, those with HGE/CFD--
unreasonable to find clinically that
particularly with dental extractions --
TMD
had
appear to have significantly stressed
orthodontic care presenting with a
systems. HGE/CFD can be present
HGE/CFD would be challenging
in patients with TMD with or without
chiropractic
treat.
the use of cervical headgear, though
Clinically, patients presenting with
those TMD patients with HGE/CFD
HGE/CFD often, due to chronic
will tend to have a lower pain
nature of their condition, tend to be
threshold23,24 and increased fear
difficult,
avoidance behavior25.
patients
who
have
patients
to
sensitive
and
psychologically challenged, due to their
heightened
sympathetic
patients
Wahlund adolescents
are
et
[n=60]
al
often
compared
with
chronic
response that leads to reduced
TMD to a healthy control group
coping skills. In fact, at times this
evaluating sensitivity to all types of
subset of patients may be so
somatic and emotional stimuli. In
sensitive that typical high velocity,
their study “the results showed that
low amplitude manipulations are not
adolescents with TMD pain reported
possible due to patient guarding,
significantly greater sensitivity to all
necessitating that treatment focuses
types of somatic and emotional
on
indirect
stimuli. In their study “the results
HGE/CFD
showed that adolescents with TMD
patients can be separated into their
pain reported significantly greater
own
sensitivity (p(p<0.05) to aversive
only
passive
manipulations.
specific
Once
or
subset,
then
specialized care can be rendered,
somatic
and
pleasant
somatic 26
stimuli than the controls . Their ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI n. 1 – Página 30 de 93
findings suggested “chronic TMD
sleep–apnea/open mouth breathing
pain
habits
states
in
adolescents
are
along
accompanied by amplification of
parafunction,
bodily, but not purely emotional
patterns28.
with and
bruxism, grinding
stimuli and that cognitive systems
The mechanics of the mouth
are implicated, not only an alteration
breather is often related to the
of the nociceptive systems26.
compromise
Airway
Compromise,
Head
Posture, and SOT
musculature
in
and
more balanced with nasal breathing
between the upper cervical spine
and with the lips closed (lip seal).
and chronic TMD or HGE affecting
Ultimately the pressure coming from
airway function. This was initially
outside the teeth (lips & cheeks)
described
needs to match the pressure from
by
a
and TMJ relationships tend to be
relationship
Quadrant
display
the airway and
around the mouth. The head, neck,
Patients presenting with CFD patterns
associated
of
Casey
theory,
in
Guzay’s which
he
inside the teeth (tongue) to maintain
determined that the forces of the
the maxillary dental arch. So, when
mandible and the bite rotate around
the mouth is open a significant part
a point in the sub-occipital region in
of the day and/or night to breath, the
the cervical spine27. The lever action
tongue tends to not reside within the
of the mandible and associated
maxillary arch but more commonly
musculature
create
an
inferior
in the lower mandibular region. With
distorting
the
cranial
this lower tongue placement it will
sutures and dural membranes via
significantly decrease any upward
the
and
and outward pressure on the maxilla
pterygoid muscles. This also results
and the lingual surface of the teeth,
in a tilting of the entire head forward
thus
and downward to help to open
craniofacial
airway space, creating a forward
development29,30.
pressure,
temporalis,
masseter
head posture as a reaction and compensation.
growth
necessary and
With mouth breathers, not only will the tongue not stimulate
proper
upper arch development but inward
dental occlusion, condylar position,
forces from the cheeks and lips will
and tongue position can lead to
not be counter balanced, further
airway
attempt
the
to
maintain
This
inhibiting
space,
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causing the dental arch to “collapse”
face and skull5,17 keep the cranial
inward, down, and backward. This
system restricted (extension phase)
will lead to the maxillary arch
and unable to release all the way
becoming
into its flexion phase (inhalation).
narrower,
the
palate
becoming higher, and the maxilla
This
will be restricted from expanding
development has a functional affect
anteriorly or laterally. This maxillary
on
arch restriction can be associated
reducing cranial compliance, limiting
with craniofacial suture tension31,
cranial motion associated with CSF
trigeminal
nerve
irritation32,
restricted
the
cranial
growth
suture
and
system
and
pulsations or cranial rhythms. With
TMD changes leading to posture
cranial motion limited, this can lead
and compensations throughout the
to an increased predisposition for
musculoskeletal system33-35.
the craniofacial and craniosacral
With
mouth
breathing
patterns, bruxism and grinding can
systems to have cranial extension restrictions or fixations.
be an attempt by the patient to
In SOT the narrow face and
unconsciously find a way maintain
high narrow upper dental arch are
good airway space and still have
associated
adequate dental occlusion. Airway
cranial internal rotation or extension
space and proper dentition cannot
(SB+). The ability of the craniofacial
adequately function independently,
and craniosacral system to enter
so when there is airway compromise
into internal rotation or extension
or obstructive apnea the dentition is
(SB+)
commonly challenged and results in
flexion (SB-) allows for a balanced
clenching,
functional system36. This can have
bruxism,
and
with
and
external
is
called
rotation
far
is associated with the need for
cranial internal/external rotation or
adequate
excessive
flexion/extension is associated with
stimulation of pain receptors, and
the ability of CSF pressure variants,
leads to increased systemic stress
pulsations, or fluctuations to be
load.
buffered as the cranium moves From a clinical cranial SOT
perspective,
the
CFD
implications
or
parafunctional activities. This pattern
oxygenation,
reaching
what
since
through increased and decreased
patterns
pressure changes in response to
associated with narrowing of the
these pressure variants37. Also the
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ability to have this craniofacial bone
lumbosacral cistern, cranialward41.
or suture flexibility allows muscular
Also it is purported that a stressed
forces, most particularly associated
craniofacial
with mastication, to be distributed
may also lead so inhibition of
throughout the craniofacial system
parasympathetic
and not focused at one point of
activity.
muscle
parasympathetic activity tends to
insertion.
Buckland-Wright
For
has
instance,
noted
that
lead
craniosacral
nervous
This
to
system
system reduced
increased
sympathetic
been
stimulus42 creating a persistent state
observed between facial bones in
of musculoskeletal tension43 as an
animals, indicating the presence of a
adaptive
flexible component within the skull,
mechanism in the body.
small
movements
have
thus allowing large forces to be exerted
during
biting
without
overstressing the facial bones38,39.
and
compensating
So this HGE/CFD, airway compromise,
parasympathetic
inhibition, and other subsequent
In addition, cranial meningeal
related physiological effects will over
tensions are reflected to the sacral
time create a multifactorial condition
region via the pia (filum terminale)
with secondary compensations or
and dura (internal attachments at
body
S2) so that the craniosacral system
craniofacial
is responsive caudally to tensions
altered
found cranially. Therefore if the
development can create increased
craniofacial system is restricted in
stress in all of the cranial sutures
only one phase of flexibility, such as
while
extension, this may have an adverse
shape of the cranium. The muscle
affect on the functional motion at the
tension secondary to TMJ disorders
sacrum, affecting sacral nutation
or airway compromise increases
(extension)
tensions in the suboccipital muscle
and
counternutation
(flexion) 37,40 This
distortions.
The
tension
dentocranial
concurrently
internal
caused growth
affecting
by and
the
region, creating a forward head imbalanced
sacral
nutation is believed to have a
posture28,44,45 As
this
tension
pattern
physiological effect since normal
persists it can lead to increased
sacral nutation plays an important
tension along the falx cerebri to the
role in CSF circulation from the
internal aspect of the frontal bone
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creating
an
inferiorward
tension
The narrow craniofacial with a
which transmits throughout all of the
high
facial
The
distortion leads to a diminished
maxilla, zygoma, and mandible are
nasopharynx cavity and reduced air
under a craniofacial tension drawing
flow
the bones inferiorly, posteriorly, and
reduces
medially. This starts a cascade of
breathing,
changes, beginning with increased
tendency to mouth breathe and
muscle
sustaining
bones
and
tension
sutures.
in
mastication,
muscles
of
compromised
stomatognathic
function,
tendency
clenching
for
and
a
and/or
bruxism.
hard
palate
and
or
extension
oxygenation. and
It
also
decreases
while
these
nasal
increasing
vertical
the
growth
patterns of the oral facial structures. This
tendency
is
perpetuated
because the tongue has no ability to locate itself in the upper hard palate
Clinically it has been found
that is considered the tongue’s
that the CFD subset of patients
physiological rest position. As the
tends to have the following types of
tongue rests downward it forces
presentation:
mouth breathing and subsequent
1. Loss of cervical curve, increased
retro-positioning of the mandible, or
forward head posture and increased
a dental class two position.
tension
in
cervical
musculature28,44,45.
The basic concepts of proper craniofacial
27
growth
and
2. Suboccipital tension .
development as described by Mew15
3.
or Chinappi46 consider craniofacial
TMD/CMD
(craniomandibular
disorder) – symptoms46,47.
and
4. Decreased lumbar curve and/or
necessitating function to allow for
increased lumbosacral disc angle48.
proper physiology locally and distally
5.
affecting the whole kinematic chain.
Unstable
sacroiliac joint
or
dysfunctional
33,49,50
.
mechanics
–
system
as
This relationship is far reaching
6. Pain in feet and metatarsals, poor foot
stomatognathic
collapse
of
since there appears to be airway compromise affecting oxygenation
arches51,52.
as well as increased sympathetic
7. Muscle tensions may be present
nervous system function.
in any of the areas mentioned above.
Dental
therapeutic
interventions
(orthodontic,
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restorative,
etc.)
a
Within the subset of patients
physiological perspective need to
with CFD, generalized pain can
consider growth and development,
aggravate
TMJ
pattern. The compromised airway
(occlusion
position),
from
and
airway
condylar
passages,
and
and
and
complicate
oxygenation
along
this
with
stomatognathic function. If not, it is
sympathetic stimulus will eventually
possible that they could contribute
overload the patient’s physiologic
or cause some CFD patterns by not
adaptive
addressing
the body will attempt to compensate
whole-body
mechanisms.
relationships. Therapies have to
and
consider the various stressors to the
stressors until it begins to fail. As the
system, along with the myriad of
body begins to fail to compensate
secondary problems associated with
there will be alteration in sub-optimal
apnea53,54 and possible sympathetic
posture,
overload55,56.
musculoskeletal
The
reduced
oral
cavity
adapt
to
the
Ultimately
imbalanced
compromise
osteoarthritis,
of function,
degenerative
joint
created by reduced size of the upper
diseases, decreased flexibility or
dental arch, lingual tipping of the
joint hypermobility, as joints are
mandibular
retro-
challenged muscles will increase
positioning of the mandible, and
tension to maintain support, and
relative size and position of the
lowered pain thresholds leading to
tongue
generalized pain syndromes.
dentition,
all
creates
airway
compromise, reduced oxygenation,
Therapeutic Interventions
and excessive sympathetic nervous system
stimulation.
The
musculoskeletal system will develop adaptive compensation distortions, and it is not uncommon for the patient
to
avoidance
have
increased
behavior25,
thresholds57,58,
and
low a
fear pain
limited
physiological adaptive range59.
There
are
various
methodologies available to deal with CFD associated with HGE or poor growth
and
aspect
can
dentistry
and
development. be
One
incorporating
chiropractic
(SOT
cranial techniques)47 preventatively to facilitate a child’s growth and development
allowing
for
upper
dental arch development and good ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI n. 1 – Página 35 de 93
orofacial behavior. From a dental
patient cope with any sympathetic
perspective
this
incorporates
nervous
focusing
upper
dental
parasympathetic
on
arch
expansion, leading to optimal dental
system
overload nervous
of
system
inhibition65.
occlusion, good condylar position,
Oral myofunctional therapy
and appropriate tongue to oral cavity
(OMT) can be incorporated into care
space and function. It is not about a
with
focus on removing teeth (bicuspids)
cases66,67. OMT involves a neuro-
or using head gear to retroposition a
muscular re-education of the oral
mandible60.
facial muscles, is a modality that
Chiropractic
(SOT
cranial)
resistant
promotes
TMD
the
and
stability
of
the
care is focused on maintaining good
stomatognathic
anterior
treatment commonly consists of jaw
sacroiliac
joint
(sacral
nutation – category one) motion and
stabilization
posterior
elimination
sacroiliac
joint
system.
CFD
OMT
exercises, and
habit behavior
(weightbearing ligamentous integrity
modification, and repatterning the
–
oral facial muscles and changing
category
Assessment
two) and
support. is
their function for optimal tongue rest
directed to the whole body kinematic
position, chewing and swallowing so
chain from an ascending (feet,
that the tongue does not drop into
knees,
the airway68,69
hips,
treatment
pelvis,
spine
to
craniofacial and TMJ regions) as well
as
a
descending
(TMJ,
The
interdisciplinary
relationship between the dentist,
craniofacial, spine, to the pelvis)
chiropractor
orientation62,63
incorporates myofunctional aspects
treatments
SOT
facilitate
craniofacial growth
and
regarding
and
internal
OMT
and
therapist
external
development, improve TMJ function,
pressures to the dental arch and its
and help integrate these changes
affect on function and growth and
into
development.
the
patient’s
neuromusculoskeletal
entire
For
instance
the
kinematic
pressure pushing out on the dental
chain47,60,61-64. Autonomic nervous
arch from the tongue is supposed to
system balance is important and can
match pressure pushing inward from
involve balancing viscerosomatic/
the lips and cheeks. With a mouth-
somatovisceral reflexes to help the
breathing patient, their mouth is
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open a large part of the day and
had a significant loss of teeth, poor
night due to the lack of ability to get
dental arch development, swollen
enough
organs,
oxygen
through
the
fertility,
hair
loss,
skin
nasopharyngeal and this position
problems, and significant behavioral
allows the lips and cheeks to have a
changes70. Pottinger also, through
slow consistent long term sub-
radiographic
optimal effect on the dental arch.
relationship
With a mouth breather it is found
underdevelopment and microtrauma
clinically that the tongue does not
and fracture in the feet suggesting a
press into the maxillary arch, and so
possible relationship between these
this arch slowly collapses inward,
distal osseous boney structures70.
backward,
and
down
between
noted
a
mandibular
a
In humans, this concept is
combination of these distortions.
further investigated by considering
This pattern becomes persistent
“developmental
since when the tongue is not in it
nutrition70.”Developmental
physiological rest position (upper
as discussed by Price in his book
dental arch) aside from growth and
“Nutrition
development
the
Degeneration” examines how diets
back of the tongue closes off the
of processed food can significantly
airway space leading to airway
alter oral facial structure as well as
compromise.
general
being
or
study,
affected
Another preventative factor
and
nutrition Physical
development.
Price,
a
dentist, performed anthropological
that can be investigated is the use of
studies
nutrition
proper
globally and studying the diets and
stomatognathic function and dental
nutrition of various cultures. His
growth and development This was
book concluded that aspects of a
studied in animals by Pottinger.
modern Western diet (particularly
Pottinger demonstrates in his book
flour, sugar, and modern processed
Cats70.”
a
vegetable fats) cause nutritional
compromise in the developmental
deficiencies that are a cause of
patterns of cats can be attributed to
many dental issues and health
moving away from raw to cooked
problems. The primary dental issues
food diets. Pottinger found that cats
he
moved from raw to cooked food diet
Western diet” included the improper
“Pottinger
to
facilitate
how
in
the
observed
1930s
from
a
traveling
“modern
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development of the facial structure
find with the CFD subset of patients
(overcrowding
cervical and lumbar muscle tension
of
the
teeth)
in
addition to dental caries71.
from the resulting compromised or
Conclusion
compensatory posture, predisposing
The significance to dentists
them to thoracic outlet syndrome,
and cranially trained chiropractors or
carpel tunnel syndrome, and other
osteopaths is the realization that
upper
there is a common pattern of
Therefore these patients may have
compromised craniofacial growth in
interrelated
a subset of our patients. Looking at
their
the body as a matrix of structure and
system and kinematic chain.
function, with the dental growth and development,
airway,
extremity
type
disorders
entire
disorders.
throughout
neuromusculoskeletal
Ideally the future for these
and
patients will be more hopeful if
autonomic nervous system balance
interdisciplinary relationships can be
as integrated aspects of a patientâ&#x20AC;&#x2122;s
developed
health, can be an essential aspect of
chiropractors,
healthcare treatment or prevention.
podiatrists, nutritionists, and other
This concept of a comprehensive,
healthcare
whole body approach to diagnosis
ultimate goal is to improve dental or
and can facilitate the treatment of
craniofacial
myriads of problems that are seen
development as well as airway
clinically.
space,
Examples can be patients presenting
with
between osteopaths,
practitioners.
and
growth
reduce
dentists, OMT,
The
and
related
secondary apnea or upper airway
migraine
resistance syndromes and excess
headaches, teeth grinding, bruxism
sympathetic nervous system activity.
or clenching, TMD/CMD, tinnitus,
This field of study and care should
vertigo, general loss of strength,
warrant significant further research
chronic
sleep
since it may represent a large,
apnea, low pulse oxygen levels, and
understudied portion of our patient
loss of cervical curve or forward
population.
fatigue,
snoring,
head posture. It is not uncommon to
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Nutrition and physical comparison of primitive and their effects. 6th ed. Price-Pottenger Nutrition 1939.
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ARTIGO ORIGINAL
Semelhanças sintomáticas entre Litíase Renal e Lombalgia mecânica: Série de seis estudos de caso Symptomatic similarities between Renal Lithiasis and Mechanical Low back pain: Six case studies. Desiree MoehleckeI, Danilo Messa da SilvaII I. Estudante de Graduação em Quiropraxia. Instituto de Ciências da Saúde. Universidade Feevale. Novo Hamburgo. Brasil. II. Me. e docente na FEEVALE. E-mail do autor correspondente: desim@terra.com.br ABSTRACT OBJECTIVES: To identify similarities between symptoms of renal nephrolithiasis and mechanical low back pain in patients with back pain associated with nephrolithiasis complaints. METHODS: Qualitative research, empirical and descriptive nature, a series of specific case studies. The sample consisted of six individuals, both of genders, aged between 18 and 59 years old, with a medical diagnosis of urolithiasis, proven with imaging, which showed a clinical picture of low back pain associated. We excluded individuals who did not have kidney stones and back pain. RESULTS: The mechanical origin of back pain is characterized by a local pain or irradiated, which in the majority of the cases, is associated to a restriction of movement and have intermittent nature, which may be aggravated by specific physical activities or certain postures. The back pain of systemic origin is common presented in a constant way, it is associated to infections and fever diagnosis, and is not usually associated with movements and not even improved with rest. In a physical treatment, is expected an improvement on the algic diagnosis of mechanic origin, whereas, in pains from systemic origins, sometimes this improvement does not happened, showing the necessity to begin a medical treatment with an appropriated medication. In the present research it was found a pattern in the kidney stones’ symptoms, most patients reported, in addition to back pain, pictures of urinary tract infection, renal colic, pain when coughing or sneezing and movements described in the similarity of exacerbation and remission of pain: standing / walking and sitting / lying, respectively. There was unanimous in describing the pain as unbearable. CONCLUSION: The similar diagnosis of renal diseases and mechanical back pain are based on performing a good medical history and careful physical examination of the patient that includes pertinent questions to potential systemic changes. The existence of previous diseases such as diabetes and infections often allows establishing a cause and effect relationship with renal diseases. KEYWORDS: Nephrolithiasis, acute low back pain, symptomatic similarities.
RESUMO OBJETIVOS: Identificar as similitudes entre a sintomatologia de nefrolitíase renal e lombalgia mecânica, em indivíduos com nefrolitíase associada a queixas de lombalgia. MÉTODOS: Investigação qualitativa, empírica e de cunho descritivo de uma série de estudos de casos específicos. A amostra constou de seis indivíduos, de ambos os gêneros, com idades entre 18 e 59 anos, com diagnóstico médico de litíase renal, comprovado por exames de imagem, que apresentavam um quadro de lombalgia associado. Foram excluídos indivíduos que não apresentaram litíase renal e dor lombar. RESULTADOS: A dor lombar de origem mecânica é
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caracterizada por dor local ou irradiada, que na maioria das vezes, está associada à restrição de movimento e tem caráter intermitente, podendo ser agravada por atividades físicas específicas e ou certas posturas. Já a dor lombar de origem sistêmica, é comum se apresentar de forma constante, está associada a quadros de infecções e febre, e não costuma ter relação com movimentos e nem melhora com repouso. Em um tratamento físico, espera-se remissão do quadro álgico em dores de origem mecânica, enquanto que, em dores de origem sistêmica, o mesmo nem sempre ocorre, havendo a necessidade de tratamento medicamentoso apropriado. No presente estudo foi identificado um padrão sintomatológico nos indivíduos diagnosticados com litíase renal. A maioria relatou, além da lombalgia, episódios de infecção urinária, cólica renal, dor ao tossir ou espirrar e similaridade nos movimentos descritos de exacerbação e remissão de dor nas posições ficar em pé/caminhar e sentar/deitar, respectivamente. Houve unanimidade na descrição da dor como insuportável. CONCLUSÃO: O diagnóstico semelhante entre as doenças renais e as lombalgias mecânicas se fundamenta em realizar uma boa história clínica e um cuidadoso exame físico do paciente que contemple perguntas pertinentes a possíveis alterações sistêmicas. A existência de doenças prévias, como diabetes e infecções, muitas vezes permite estabelecer uma relação de causa e efeito com as doenças renais. PALAVRAS CHAVE: Semelhanças sintomatológicas, nefrolitíase, dor lombar aguda.
INTRODUÇÃO Os
sintomas
semelhantes
envolvimento direto das estruturas
da
da coluna. Trata-se da conhecida
comparação e contraste de sinais,
lombalgia de origem visceral, como
sintomas,
é o caso da lombalgia provocada
são
realizados
exames
a
achados de
partir
laboratoriais,
imagem
variáveis,
entre
doenças,
e
e
A nefrolitíase, ou calculo
objetivo
renal, é uma doença multifatorial e
determinar o que está causando a
está relacionada com desordens
condição do paciente1. As lesões na
genéticas e fatores ambientais4. Ela
coluna vertebral são frequentes e
ocorre em todas as partes do
mobilizam diferentes profissionais
mundo e sua incidência nos países
da
desenvolvidos é estimada em 0,2%,
tem
ou
por nefrolitíase renal3.
mais
área
duas
outras
como
musculoartroesquelética.
Elas se classificam em traumática,
sendo
inflamatória, isquêmica ou tumoral e
frequente do aparelho geniturinário5.
biomecânica2.
Os cálculos renais são mais comuns
situações
algumas
deparamos
terceira
doença
mais
com
no gênero masculino (3:1) entre 20-
simulam
49 anos e o pico de incidência
lesões
ocorre em pessoas de 35-45 anos,
mecânicas articulares, sem que haja
embora a doença possa ocorrer em
lesões
nos
Em
a
sistêmicas
sintomas
que
semelhantes
a
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qualquer idade. O parênquima renal
é insensível, contudo, se o cálculo
estiver solto e obstruir um cálice ou
indivíduos
o bacinete, poderá provocar dor na
queixas de dor lombar.
região lombar e no flanco, devido à
MATERIAIS E MÉTODOS
compressão do parênquima e a
com
nefrolitíase
com
Trata se uma investigação
6
distensão da cápsula renal . A
qualitativa, empírica e de cunho
Quiropraxia é uma profissão de
descritivo, de uma série de estudos
atendimento especializado que lida
de casos específicos.
com o diagnostico, tratamento e prevenção
das
do
apreciação e aprovação do Comitê
sistema neuromusculoesquelético e
de Ética de uma Instituição de
dos efeitos destas desordens sobre
Ensino
o sistema nervoso e a saúde em
processo
geral7. Na primeira consulta, quando
4.00.03.11.2173. Os participantes
o
assinaram
quiropraxista,
clínica,
detecta
desordens
A pesquisa foi submetida à
após
avaliação
alterações
que
Superior
conforme
de
o
número
o
termo
de
consentimento livre e esclarecido.
fogem ao seu escopo profissional, encaminha
o
paciente
ao
Amostra
profissional especializado. O foco
A população do estudo foi
da quiropraxia é o tratamento de
composta por seis indivíduos, de
lesões mecânicas como a lombalgia
ambos os gêneros, entre 18 e 59
associada
anos
a
fatores
a
relevância
em
estabelecer as semelhanças entre as lombalgias, associadas a causas mecânicas articulares, daquelas de origem sistêmica, como a litíase renal, propôs-se desenvolver um estudo
para
identificar
idade,
escolhidos
por
conveniência, sem conhecer sua
musculoartroesqueléticos. Dado
de
as
semelhanças sintomatológicas, de nefrolitíase e de lombalgia, em
representatividade
na
população,
que buscaram atendimento em uma clínica especializada em Prevenção e Tratamento de Doenças Renais, localizada na região do Vale dos Sinos. A pesquisadora selecionou os prontuários que constavam o diagnóstico
médico,
comprovado
por exames de imagem, de Litíase
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Renal
associado
à
queixa
de
lombalgia. informação
Procedimentos
pesquisa, Após a verificação dos prontuários, os pacientes pré-selecionados pela nefrologista, foram contatados via ligação telefônica e convidados a participar
da
interessados clínica
pesquisa. compareceram
especializada,
Os à
sobre e
questionário
o
teor
preencheram específico
da um com
informações referentes à história clínica
de
cada
um.
A
coleta
consistiu nas informações obtidas via
entrevista
e
uma
posterior
análise dos dados.
receberam
RESULTADOS A problemática inicial desta pesquisa foi identificar as semelhanças diagnósticas entre os aspectos sintomatológicos de nefrolitíase renal e lombalgia mecânica, em indivíduos com diagnóstico de nefrolitíase e queixa de lombalgia. A lombalgia de origem mecânica é caracterizada por dor local ou irradiada, de caráter intermitente, está frequentemente associada à restrição de movimentos, podendo ser agravada por certas atividades físicas ou posturas corporais. A lombalgia de origem sistêmica se apresenta de forma constante, usualmente combinada a quadros de infecções, sem relação com movimentos e não melhora com repouso. Ao tratamento físico, espera-se remissão das manifestações clínicas em dores de origem mecânica, enquanto que, nas de origem sistêmica, nem sempre o tratamento evolui, havendo a necessidade de intervenção médica com medicação apropriada. A tabela abaixo demonstra os resultados obtidos:
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Tabela única: Caracterização da amostra
Paciente
Paciente
Paciente
Paciente
Paciente
Paciente
1
2
3
4
5
6
F / 59
F / 46
M / 52
F / 18
M / 52
F / 27
anos
anos
anos
anos
anos
anos
Presente
Presente
Presente
Presente
Presente
Presente
Diverticulit e; hérnia de disco lombar e transhiatal
Nega
Diabetes Mellitus
Nega
Espondilol istese L4-L5 grau I
Nega
Histórico familiar de litíase renal
Presente
Ausente
Ausente
Presente
Ausente
Ausente
Teste de Punho Percussão
Positivo
Positivo
Positivo
Negativo
Não realizado
Negativo
Dor ao tossir e/ou espirrar
Presente
Ausente
Presente
Presente
Presente
Ausente
Cólica Renal
Presente
Presente
Presente
Presente
Ausente
Ausente
Infecção Urinária
Presente
Ausente
Presente
Presente
Ausente
Presente
Hematúria
Presente
Ausente
Presente
Presente
Ausente
Ausente
Exacerbação da dor
Ficar em pé / caminhar
Moviment os bruscos
Ficar em pé / caminhar
Ficar em pé / caminhar
Moviment os bruscos
Ficar em pé
Remissão da dor
Sentar / deitar
Sem posição de alívio
Deitar
Sem posição de alívio
Sem posição de alívio
Sentar
Gênero/Idade
Lombalgia + irradiação para flanco Doenças atuais
sistemas
DISCUSSÃO
de
diagnóstica As
afecções
do
sistema
musculoartroesquelético,particularm ente as algias presentes na coluna vertebral, constituem um problema
foram
classificação desenvolvidos
para o gerenciamento clínico da dor lombar
e
a
categorização
do
sistema patoanatômico depende do diagnostico estrutural e é baseado
sério na sociedade moderna. Muitos
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em sinais radiológicos10. Durante a
apresentava Diabetes Mellitus, cuja
avaliação
relação
clínica,
o
paciente
é
entre
a
ocorrência
de
acompanhado por uma série de
cálculos no sistema urinário e várias
procedimentos
doenças
que
vão
desde
sistêmicas
está
bem
5
a
estabelecida . O paciente número
testes físicos para a detecção de
cinco apresentou Espondilolistese
disfunções especificas11.
de grau I no segmento L4-L5. Há
questionamentos
diagnósticos
autores Dos
seis
pacientes
avaliados, quatro eram do gênero feminino e a média de idade total foi de 48 anos. Segundo a literatura biomédica,
a
prevalência
de
cálculos renais aumenta com a idade e é mais comum em homens do que em mulheres12. Em relação às
idades,
os
achados
são
consistentes em ambas as médias de idade da pesquisa, já que a média masculina foi de 52 anos e a feminina de 37 anos. Os dados obtidos neste estudo referente à
que
afirmam
que
a
Espondilolistese degenerativa, em adultos, pode produzir dores na região lombar e irradiar para as pernas13.
Outros
relatam
que
Espondilolistese de pequeno grau não predispõe a dor na coluna e que apenas os graus acima de 25% de listese apresentam dor lombar continua2. O paciente número um apresentou hérnia discal lombar. Há quem afirme, que existe consenso de que a protrusão aguda de disco é a causa mais comum de lombalgia de origem mecânica2.
prevalência da doença entre os O
gêneros se opuseram à literatura
presente
atual. Visto que, alguns autores
demonstrou
afirmam que a lombalgia acomete
histórico familiar de litíase renal, o
homens e mulheres igualmente e
que aumenta em cerca de duas
costuma ter início entre os 30 e 50
vezes, a probabilidade do indivíduo
anos de idade13. Dado o reduzido
apresentar a doença14. Um terceiro
número desta amostra, talvez a
relato, embora a ascendência de
diferença encontrada se justifique.
seu
portador
dois
estudo
não
relatos
com
apresentasse
histórico de cálculo, seu filho referiu A
relação
com
outras
doenças foi demonstrada em três pacientes,
o
de
número
sintomas visíveis
e
sinais
ao
exame
de de
cálculos, imagem
três
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realizado. Dos seis indivíduos, o
diretamente associada à obstrução
teste
aguda do sistema coletor17.
de
punho-percussão
foi
realizado em cinco, já que um deles não
apresentou
clínicas
características
sintomatológicas
que
A
presença
em quatro pacientes, o que confirma que
diagnóstica de litíase. O teste de
predisponente
punho-percussão
importância
reação
dolorosa e profunda nos casos de pielonefrite
aguda,
urinária
ou
perinefrética
14,15
.
obstrução inflamação
Dos
a
negativaram
o
é
um
de para
fator grande
as
infecções
estavam
com
infecção
urinária
também apresentavam hematúria.
cinco
positivo em três casos. Durante a dois
urolitíase
urinarias17. Os três indivíduos que
Quando indagados sobre os
pacientes restantes, o teste foi
entrevista
infecção
urinária com recorrência foi relatada
levassem o examinador à hipótese
produz
de
pacientes teste,
porém,
relataram resultado positivo quando este foi realizado pelo médico, durante as crises de dor.
movimentos que exacerbavam ou proporcionavam remissão de dor, quatro indivíduos relataram que o ato de ficar em pé ou caminhar lhes causava aumento da dor, dado que confere com a literatura15. Outros dois pacientes relataram aumento
Sobre o ato de tossir ou
da dor apenas com movimentos
espirrar, quatro indivíduos referiram
bruscos. Em relação à remissão da
dor ao realizar estas ações. Tais
dor, três indivíduos descreveram
movimentos aumentam a pressão
alívio ao sentar ou deitar, o que
16
intratecal e podem produzir dor .
apoia os achados na literatura que
Nesta pesquisa quatro indivíduos
afirmam
relataram sentir , durante as crises
mecânica, normalmente, é aliviada
de
quando o paciente fica deitado e
litíase
renal,
fortes
dores
abdominais que irradiam para a
que
a
dor
de
causa
adota a posição fetal16,18.
virilha, e que o ato de ficar em pé Os três pacientes restantes
por longo período ou caminhar aumentavam a dor. A literatura descreve a dor tipo cólica o sintoma típico de litíase urinária e está
relataram não ter posição de alívio da
dor,
faziam.
independente A
afirmação
do
que
que
para
muitos pacientes não há posição de ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 1 – Página 49 de 93
alívio da dor e nem melhora com o repouso é um achado comum nos estudos
encontrados
na
literatura15,17. CONCLUSÃO O
diagnostico
semelhante
entre as doenças renais e as lombalgias
mecânicas
se
fundamentam em realizar uma boa historia clinica e um cuidadoso exame
físico
do
paciente
que
contemple perguntas pertinentes a possíveis alterações sistêmicas. A existência
de
doenças
prévias,
como diabetes e infecções, muitas vezes nos permite estabelecer uma relação de causa e efeito com as doenças renais. CONFLITOS
DE
INTERESSES:
Não há. AGRADECIMENTOS:
À
médica
nefrologista Liriane Comerlato, pela cooperação na realização deste
arttext&pid=S180600132013000400015&ln g=en&nrm=iso>.Acessado em 09 Feb. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S 1806-00132013000400015. 4. Peres LAB et al. Alterações Anatômicas em Pacientes com Nefrolitíase. J. Bras. Nefrol; 32 (1). São Paulo Jan./Mar. 2010 5. Mazzucchi E, Srougi M. O Que Há De Novo no Diagnóstico e Tratamento da Litíase Urinária? Rev. Assoc. Med. Bras;55(6). São Paulo 2009. 6. Wolf JS. Nephrolithiasis Flexible Model Nephroscopy during PCNL a 'favorable' choice. Medscape Medical News. January 21, 2013. Disponível em http://www.medscape.com/viewarticle/7779 33. Acesso em 6 de Fevereiro de 2013. 7. Chapman-Smith D. Quiropraxia Uma Profissão na Área da Saúde. Anhembi Morumbi: São Paulo, SP. 2001. Caps. 2 e 7. 8. Matos MG et al. Lombalgia em Usuários de um Plano de Saúde: Prevalência e Fatores Associados. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(9):2115-2122, set, 2008. 9. Ferreira M, Navega MT. Efeitos de um Programa de Orientação para Adultos com Lombalgia. Acta Ortop. Bras, 18(3). São Paulo 2010. 10. Makofsky HW. Spinal Manual Therapy, an Introduction to Soft Tissue Mobilization, Spinal Manipulation, Therapeutic and Home Exercises. 2ª ed. Thorofare, NJ: SLACK, Incorporated; 2010. 11. Shacklock M. Neurodinâmica Clinica: Uma nova abordagem do tratamento da dor e da disfunção musculoesquelética. Editora Eletrônica; São Paulo, 2007. 12. Galvão PCA. Cálculo Renal: Sintoma e Não Doença. 3ª Ed. Boletim de Nefro. Publicação do Núcleo Avançado de Nefrologia e Diálise do Hospital SírioLibanês. Abril/Maio/Junho 2009.
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ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 1 – Página 50 de 93
16. Magee DJ. Avaliação musculoesquelética. 4ª Ed. São Paulo: Manole, 2005.
17. Pereira M. Litíase Urinária. Dossier Doença Urológica. Rev. Port. Clín. Geral, 2005; 21:209. 18. Evans RC. Exame físico ortopédico ilustrado. Barueri, SP: Manole, 2003.
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ARTIGO ORIGINAL
Análise da distribuição de pressão plantar em indivíduos assintomáticos pré e pós-ajuste quiroprático na região sacroilíaca Pressure distribuition analysis of plant in pre and post asymptomatic chiropractic adjustment the sacroiliac region Marcela PetryI, Tiago Augusto ZagoII, Eliane Fátima ManfioIII I. Quiropraxista. Instituto de Ciências da Saúde. Universidade Feevale. Novo Hamburgo. Brasil. II. Me e docente na Universidade Feevale. III. PhD. e docente na Universidade Feevale E-mail do autor correspondente: marcela.petry@hotmail.com
ABSTRACT OBJECTIVES: To evaluate if the chiropractic adjustment in the pelvic region had an influence on distribution of the plantar pressure. METHODS: The present study was a quasi-experimental one with quantitative data analysis. Twelve asymptomatic individuals from both genders with an average age of 25.7 years old were submitted to a baropodometric analysis before and after sacroiliac manipulation. RESULTS: Data revealed a significant decrease of the plantar pressure on the right foot as well as a decrease on the area of contact in the same foot at the second stage of plantar support after the adjustment. No significant changes were found on the left foot. CONCLUSION: Results suggest that sacroiliac joint manipulation may influence plantar pressure and foot’s area of contact. Of the twelve adjusted individuals, eleven adjustments were made in the sacroiliac restriction on the left side, and the significant changes were found in the right foot. KEYWORDS: Sacroiliac joint, chiropractic, plantar pressure, spinal manipulation.
RESUMO OBJETIVOS: Avaliar se o ajuste quiroprático na região pélvica tem influência na distribuição de pressão plantar, identificar a presença do complexo de subluxação vertebral na pelve e analisar a distribuição de pressão plantar durante a marcha. MÉTODOS: Pesquisa quase experimental com análise dos dados sob forma quantitativa, composta por doze indivíduos assintomáticos de ambos os gêneros e com média de idade de 25,7 (± 5,7) anos, que foram submetidos à análise de baropodometria pré e pós ajuste quiroprático na região sacroilíaca. RESULTADOS: Houve diminuição significativa da média de pressão plantar no pé direito, após ajuste sacroilíaco, assim como, ocorreu diminuição da área do mesmo pé no segundo estágio de apoio plantar. No pé esquerdo não houve mudança estatisticamente significativa. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que o ajuste na articulação sacroilíaca pode influenciar a pressão plantar e a área de contato do pé. Dos doze indivíduos ajustados, onze ajustes foram realizados na restrição sacroilíaca no lado esquerdo, sendo que as alterações significativas foram encontradas no pé direito. PALAVRAS CHAVE: Articulação sacroilíaca, quiropraxia, pressão plantar, manipulação vertebral.
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podem
INTRODUÇÃO A marcha é caracterizada por
uma
forma
de
progressão
bípede, envolvendo uma sequência alternada dos membros inferiores 1
apoiados ao solo , ocorrendo com movimentos uniformes e repetitivos e tem o objetivo de deslocar o corpo para frente, utilizando o mínimo de energia possível2,3.
apresentar
alteração
mobilidade
pélvica6,
alteração
conceituada
fixação,
sendo
na esta
como:
hipomobilidade,
subluxação,
hipermobilidade
instabilidade7.
Estas
ou
assimetrias
posicionais podem gerar alteração nos
padrões
biomecânicos
da
marcha e dificuldade em manter o ortostatismo, resultando em maior sobrecarga e tensão na base de
Da mesma forma, a pelve
apoio, podendo alterar assim, a
exerce papel dinâmico na marcha, o
distribuição do peso entre os pés8.
acetábulo
as
Tais alterações podem modificar as
cabeças femorais em ambos os
funções da musculatura envolvida,
lados, à medida que cada um dos
assim como em ligamentos, fáscia e
segmentos inferiores da um passo
outros
para frente, a pelve deve oscilar de
lombopélvica9, e estão geralmente
um lado para o outro. Quando uma
associadas à algias na região10.
das
articula-se
extremidades
com
inferiores
se
projeta à frente, o ílio daquele mesmo lado roda anteriormente4. Os
membros
inferiores
estão
conectados ao tronco pela pelve, que consiste na união fibrosa de três ossos: o ílio, o ísquio e o púbis. A
pelve
é
responsável
pela
transferência do peso corporal para os membros inferiores, e da mesma
componentes
da
região
De forma geral, para que a marcha se torne simétrica em sua distribuição de pressão plantar, é necessário que alguns mecanismos estejam atuando de forma correta, como exemplo cita-se as respostas aferentes posturais proprioceptivas, o
controle
motor,
a
memória
cinestésica e a mobilidade articular adequada11,12.
forma, absorve o impacto do solo e O interesse por quantificar a
distribui para o tronco5.
distribuição A
marcha
depende
da
integridade destas articulações e
da
pressão
plantar
começou no final do século XIX. Nos
últimos
anos,
foram
mesmo indivíduos assintomáticos ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 1 – Página 53 de 93
desenvolvidos inúmeros métodos
complexo de subluxação vertebral
para
na pelve.
dimensionar
pressão
o padrão
plantar13.
Entre
de
eles,
MATERIAIS E MÉTODOS
encontra-se a baropodometria que Pesquisa quase experimental
possibilita a mensuração da simetria da distribuição da massa corporal na região plantar e avalia a pressão plantar por meio de sensores de pressão14.
Esta
mensuração
também avalia as disfunções do pé
com análise de dados sob forma quantitativa, composta
cuja por
população
doze
foi
indivíduos
selecionados por conveniência. Critérios de inclusão e exclusão
e a relação com outros segmentos,
Foram incluídos na pesquisa,
assim como a compreensão de
indivíduos com idade entre 21 e 40
15
influências posturais sobre os pés . Estudos demonstram que o
anos,
de
ambos
os
gêneros,
destros, sem contraindicação para
ajuste articular pode corrigir essas
procedimentos manipulativos.
alterações a partir de respostas
doze indivíduos com restrição na
biomecânicas, neurofisiológicas e
articulação sacroilíaca compuseram
funcionais. Alguns dos seus efeitos
o grupo experimental. Como fatores
na
de exclusão, foram considerados os
articulação
sacroilíaca
são:
rompimento de adesões articulares,
pacientes
inibição pré-sináptica nociceptiva16,
qualquer tipo de contraindicação ao
relaxamento
ajuste manipulativo como: fratura,
hipertônicos16,17,
dos
músculos
aumento
da
que
Os
alterações
tumorais,
amplitude de movimento18, melhora
ósseas,
na
dispositivos
diferença
funcional
do
apresentaram
infecções
instabilidade de
articular,
fixação,
lesões
comprimento das pernas19 e na
musculoesqueléticas nos membros
simetria pélvica20.
inferiores, estabilização internas e
Neste contexto, o presente estudo teve por objetivo avaliar se o ajuste quiroprático na região pélvica
doenças autoimunes. Assim como, aqueles
que
apresentaram
restrição sacroilíaca.
tem influência na distribuição de
Procedimentos
pressão plantar durante a marcha
A
descalça e identificar a presença do
não
coleta
de
dados
foi
realizada antes e após intervenção
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quiroprática em que os participantes
Para
a
foram submetidos e foi realizada no
distribuição
da
Senai
durante a marcha descalça, foi
(Serviço
Nacional
de
pressão
da
plantar
Aprendizado Industrial) de Novo
utilizada
Hamburgo.
Ecowalk®, com dimensões de 50
Os instrumentos utilizados
cm
a
avaliação
de
largura,
foram: Anamnese; teste ortopédico
comprimento
de Gillet, para avaliar a restrição
espessura,
sacroilíaca; balança analógica e
resistivos
estadiômetro,
para
avaliação
indivíduos
Ecowalk®,
para
realizar
distribuição
de
pressão
da
plantar
e com
e
na
Ecosanit
50
cm
de
cinco
mm
de
2300
sensores
frequência
de
aquisição dos dados de 50 Hz. Os
antropométrica; plataforma Ecosanit avaliação
plataforma
foram uma
características
instruídos marcha
habituais
a com com
durante a marcha; e uma maca,
velocidade auto-selecionada, num
para
ajustes
percurso de aproximadamente sete
quiropráticos somente na região
metros, passando pela plataforma
sacroilíaca.
de pressão, onde foram adquiridas
a
execução
dos
três repetições em cada avaliação O teste ortopédico de Gillet avalia
restrição
sacroilíaca,
comparando os níveis das espinhas ilíacas
póstero
superior
e
o
tubérculo de S2 na posição ereta, com inclinação anterior do tronco. Após a anamnese e o exame físico os indivíduos foram alocados no grupo
experimental
composto subluxação
por
que
pessoas
e
foi com
restrição
de
(pré-técnica
e
pós-técnica),
consideradas válidas (pé dentro da área útil da plataforma Ecosanit Ecowalk®). Para a análise dos dados
seguiu-se
protocolo
de
estudo anterior13 que recomenda a seleção de uma das três tentativas (uma tentativa pré-técnica e uma tentativa pós-técnica), excluindo-se as
duas
tentativas
que
apresentaram maior discrepância.
movimento sacroilíaco. A análise da distribuição da As realizadas
duas foram
avaliações classificadas
como: pré-técnica e pós-técnica.
pressão
plantar
realizada
em
três
dinâmica estágios:
foi o
primeiro foi composto pelo contato
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inicial do pé no solo, que ocorre no
terceiro, composto pela fase final da
primeiro duplo apoio da marcha,
marcha que vai de 67% a 100%,
que representa de 0 a 27% do
também
contato total do pé com a superfície
impulso ou apoio terminal. Também
de apoio (fase de apoio de marcha).
foi realizada a análise durante a
O segundo estágio foi composto
marcha da distribuição de pressão
pela fase intermediária que vai de
plantar total, como estudo anterior24.
chamada
de
fase
de
27% a 67%, também chamada de apoio
simples,
e
finalmente
o
Figura 1. Imagem da distribuição da pressão plantar dinâmica pelo software Stabilopro® dividindo o apoio plantar em três estágios.
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Figura 2. Imagem da distribuição da pressão plantar durante a marcha.
Estatística
Os tratamentos estatísticos
mínimo, máximo. Teste de Shapiro-
foram realizados pelo programa
Wink, Teste-t de Student e U de
SPSS-16.0,
Mann-Whitney. Foi utilizado o nível
testes
de
medidas
descritivas: média, desvio padrão,
de significância de 0,05.
RESULTADOS Participaram desta pesquisa, doze indivíduos assintomáticos, de ambos os gêneros, destros, na faixa etária entre 21 e 40 anos (média de idade de 25,7 ± 5,7 anos), com massa corporal média de 63,6 (± 14,7) kg e estatura média de 1,68 (± 0,11) m. A figura abaixo demonstra as subluxações encontradas na pelve da amostra, que foram diagnosticadas a partir do teste ortopédico de Gillet e da palpação estática. Dentre os doze indivíduos da amostra, oito apresentaram subluxação PI (póstero inferior) no ílio esquerdo, em um foi encontrado PI no ílio direito, em outro indivíduo foi encontrado AS (anterior superior) no ílio esquerdo e em outro a base sacral estava posterior à esquerda.
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8,33% 8,33%
8,33%
Ílio PI E Ílio PI D
75,00%
Ílio AS E Sacro PL
Figura 3. Comparação da média da área de distribuição plantar pré e após ajuste (n=12).
Na Tabela 1, foram apresentados os valores médios para a área de contato na avaliação pré e pós-ajuste. Na Tabela 2, foram apresentados os valores médios para a área de contato avaliado nos três estágios da marcha comparando pré e pós-ajuste. Na Tabela 3, foram apresentados os valores médios da pressão plantar pré e pós-técnica. Tabela 1. Comparação da média da área de contato da distribuição de pressão plantar pré e pós-técnica (n=12; Média ± DP).
Pé direito Área Lateral (cm²) Área Medial (cm²) Área total (cm²)
Pré-técnica 73,2 ± 14,6 48,2 ± 9,8 120,6 ± 22,7
Pós-técnica 69,1 ± 14,4 47,4 ± 12,1 116,5 ± 22,7
Pé esquerdo Pré-técnica 70,9 ± 14,5 53,5 ± 12,0 124,4 ± 23,9
Pós-técnica 68,2 ± 12,6 52,5 ± 11,6 120,7 ± 21,5
Tabela 2. Área de contato plantar dividida em três estágios (n=12; Média ± DP).
Pé Direito
Pé Esquerdo
Estágio 1
Pré-técnica (cm²) 86,7 ± 21,4
Pós-técnica (cm²) 82,9 ± 23,0
Pré-técnica (cm²) 85,5 ± 17,9
Pós-técnica (cm²) 86,4 ± 15,8
Estágio 2
100,2 ± 22,7
105,7 ± 22,0 (*)
115,5 ± 20,7
109,7 ± 19,4
Estágio 3
70 ± 13,6
72,4 ± 23,2
75,7 ± 19,4
72,2 ± 17,3
(*) p = 0,007
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Tabela 3. Média da pressão plantar pré e pós-técnica (n=12; Média ± DP).
Pé Direito Pressão plantar (KPa)
Pé Esquerdo
Pré-técnica
Pós-técnica
Pré-técnica
Pós-técnica
22,9 ± 2,2 (*)
19,3 ± 2,1 (*)
26,6 ± 2,1
25,6 ± 1,8
(*) p = 0,007 DISCUSSÃO Este estudo teve por objetivo avaliar se o ajuste quiroprático na
técnica e 52,5 cm² no pós-técnica (Tabela 1).
região pélvica tem influência na distribuição
de
durante
marcha
a
pressão
plantar
descalça
Embora os resultados não tenham apresentado significância
e
estatística (p < 0,05), os mesmos
identificar a presença do complexo
demonstraram uma tendência à
de subluxação vertebral na pelve.
diminuição de áreas de contato,
A média da área de contato
estando de acordo com estudo
dos doze indivíduos, na área total
anterior²¹ em que os indivíduos
do pé direito pré-técnica foi de
foram
120,58 cm² e pós-técnica 116,5 cm².
sacroilíaca esquerda, e as médias
Já no pé esquerdo a área total pré-
da área de contato de ambos os pés
técnica foi de 124,42 cm² e pós-
diminuíram e discordam
técnica de 120,667 cm². Quanto à
estudo²² que os valores encontrados
média da área lateral percebeu-se
na média da área de contato não
que no momento pré-técnica na
apresentaram
sacroilíaca, o pé direito apresentou
diminuição e que a área de contato
73,17 cm² e no momento pós-
do
técnica a média foi de 69,08 cm².
quiroprática apresentou 98,0 cm² e
No
evidenciou-se
pós-técnica 99,1 cm² e para o pé
como 70,92 cm² pré e 68,16 cm²
direito, pré-técnica quiroprática foi
pós-técnica quiroprática. Na variável
108,4 cm² e pós-técnica 108 cm².
de área medial foi constatado que a
Indivíduos
média da área do pé direito era de
somente nas subluxações da região
48,17 cm² e pós técnica 47,41 cm².
lombar,
Já no pé esquerdo 53,5 cm² pré-
diferenças significativas nas áreas
pé
esquerdo
de
ajustados
pé
na
de outro
tendência
esquerdo
contato
articulação
que
não
dos
a
pré-técnica
foram
ajustados
apresentaram
pés
(p<0,05),
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comparando o momento antes e
quiroprático,
já
o
pé
direito
após ajuste23.
apresentou leve aumento: (70 cm²
Na avaliação da média da
para 72,417 cm²). Observou-se que,
área de contato durante os estágios
somente a área de contato do pé
do apoio plantar, notou-se que nos
direito
valores do estágio 1 (apoio do
apresentou
calcanhar) que o pé esquerdo, pré-
estatisticamente significativa.
técnica na região sacroilíaca, obteve
Os
a média da área de contato de 85,5
permitiram
cm² e no momento pós técnica de
redução da área de contato pós-
86,41
direito
técnica na articulação sacroilíaca,
percebeu-se que a média da área
corroborando com afirmações de
de contato do calcanhar na coleta
estudos anteriores que afirmam que
pré-técnica foi de 86,66 cm² e após
a disfunção articular na região
82,91 cm². No estágio 2 (apoio do
sacroilíaca interfere na biomecânica
médio pé) notou-se a diminuição na
corporal,
média da área de contato, dados
distribuição de massa corporal entre
estes que apresentaram diferenças
os pés23,8. No quesito área de
estatisticamente
contato
cm².
Já
no
pé
significativas
(
durante
o
estágio
2
diminuição
resultados
apresentados
observar
podendo
nos
três
sensível
alterar
estágios
a
da
p=0,007) no pé direito, em que no
marcha, comparando o membro
momento pré-técnica
a média da
mais curto com o membro mais
área era 110,17 cm² e no momento
longo, em um estudo anterior não
pós-técnica na região sacroilíaca a
foram
média área foi analisada em 105, 75
significativas, porém houve uma
cm² (Tabela 2). No pé esquerdo a
tendência do membro mais curto
média da área de contato não
apresentar maior área de contato24.
apresentou diminuição significativa
No estudo atual, a média da variável
(pré-técnica: 111,5 cm²; pós-técnica:
de distribuição de pressão do pé
109,75 cm²). No estágio 3 (apoio do
direito se mostrou estatisticamente
antepé) a média da área de contato
significativa
do pé esquerdo dos doze indivíduos
comparadas
foi de 75,75 cm² antes do ajuste
técnica e pós-técnica. O mesmo não
quiroprático e 72 cm² após o ajuste
ocorreu no pé esquerdo, quando
encontradas
(p=0,007) as
diferenças
quando
avaliações
pré-
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comparado
os
momentos
(pré-
CONCLUSÃO
técnica e pós-técnica), p = 0,450
Os
resultados
obtidos
(Tabela 3). Em outra pesquisa
demonstram que o ajuste articular
realizada, foram analisados os picos
na
de pressão plantar pré e pós-ajuste.
comportamento
Somente
houve
pressão plantar e na área de
significativo
contato durante a marcha. Dos doze
estatisticamente (p< 0,05), já o pé
indivíduos ajustados, onze ajustes
esquerdo
foram
no
pé
direito
aumento
não
apresentou
região
pélvica
interfere
da
realizados
no
distribuição
na
restrição
21
significância estatística .
sacroilíaca no lado esquerdo, sendo
Limitações do estudo
que
Este estudo não descarta a possibilidade
de
que
possíveis
diferenças na correlação poderiam
as
alterações
significativas
foram encontradas no pé direito. CONFLITOS
DE
INTERESSES:
Não há.
ter sido mais bem evidenciadas se o número de voluntários fosse maior. REFERÊNCIAS 1. Enoka R, Bases Neuromecânicas da Cinesiologia. São Paulo,SP: Manole, 2000. 2. Vaughan CL, Theories of bipedal Walking: na odyssey. Journal of Biomechanics. 2003:36:513-523. 3. Perry J, Análise de Marcha: Marcha Normal. Barueri, SP: Manole, 2005. 4. Evans RC. Exame físico ortopédico ilustrado. 2ª ed. Barueri, SP: Manole, 2003. 5. Hamill J, Knutzen K, Ribeiro LB. Bases biomecânicas do movimento humano. 2ª ed. Rio de Janeiro, RJ: Manole, 2008. 6. Dreyfuss P, Dryer S, Griffin J, Hoffman J, Walsh N. Positive sacroiliac screening test in asymptomatic adults. Spine. 1994;19 (10):1138-1143. 7. Cox JM. Dor lombar: mecanismo, diagnóstico e tratamento. 6ª ed. São Paulo, SP: Saraiva, 2002. 8. Teodori MS, Guirro ECO, Santos RM. Plantar pressure distribuition and center force location after postural global reeducation: a case relate. Physical Therapy in Movement. 2005;18(1):27-35.
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Delitto A, Koldehoff RM. Innominate Tilt After the Sacroiliac Joint in Low Back Pain An
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ARTIGO ORIGINAL Efetividade do Método Ativador® e do instrumento Activator comparado aos resultados obtidos de um grupo placebo Effectiveness of the Method Activator® compared to the results obtained for a placebo group Jonathan Loro PessinI, Ricardo FujikawaII I. Quiropraxista especialista. Instituto de Ciências da Saúde. Universidade Feevale. Novo Hamburgo. Brasil. II. MD, DC. Diretor do Curso de Quiropraxia no Real Centro Universitário Escorial Maria Cristina, Madrid, Espanha. E-mail do autor correspondente: jloropessin@yahoo.com.br ABSTRACT OBJECTIVES: To evaluate the effectiveness of the Activator Method and Instrument Activator® in the treatment of vertebral pains in experimental and placebo group.METHODS: Quasiexperimental research consists of control and analysis. A sample of six adult subjects, of both genders, between 18 and 45 years old, randomly selected. Three were part of the experimental group and the other placebo group. To assess pain, we used the Analog Verbal Scale (VAS) for functional assessment, the questionnaire Oswestry. Treatment consisted of four weekly consultations, using the basic protocol and own instrument Activator Method. Data were processed and submitted to descriptive statistical analysis. RESULTS: The EVA in both groups shows the difference in average value of each query. In the experimental group the remission of pain occurred in the regions of the cervical, thoracic and lumbar spine. In the placebo group, one subject reported a decrease in pain in the chest and exacerbation of the same in the other vertebral segments. The Oswestry questionnaire, showed a statistically significant decrease of 16% and the placebo group 2%. CONCLUSIONS: The Activator Method and Activator® instrument was effective in the treatment of pains of the spine. To demonstrate its possible effectiveness, suggest new studies with longer treatment and increased sample. KEYWORDS: Subluxation, Activator®, algic, placebo.
RESUMO ®
OBJETIVOS: Avaliar a efetividade do Método Ativador e do Instrumento Activator no tratamento de algias vertebrais num grupo experimental e placebo. MÉTODOS: Pesquisa quase experimental constituída de grupo controle e análise. A amostra foi composta por seis sujeitos adultos, de ambos os gêneros, entre 18 e 45 anos, escolhidos de forma aleatória. Três fizeram parte do grupo experimental, recebendo o procedimento de ajustes, o outro sem procedimento (placebo). Para avaliar a dor, foi utilizada a Escala Verbal Analógica (EVA), para avaliação funcional, o questionário Oswestry. O tratamento foi composto de quatro consultas semanais, utilizando o protocolo básico e instrumento próprio do Método Ativador. Os dados foram processados e submetidos à análise estatística descritiva. RESULTADOS: A EVA, em ambos os grupos, apresentou diferença no valor medio de cada consulta. No grupo experimental a remissão da dor ocorreu nas regiões da coluna cervical, torácica e lombar. No grupo placebo, um sujeito referiu diminuição da dor na região torácica e exacerbação da mesma, nos demais segmentos vertebrais. O questionário Oswestry, apresentou queda estatisticamente significativa de 16% e o grupo placebo 2%.
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®
CONCLUSÕES: O Método Ativador e o instrumento Activator mostrou-se efetivo no tratamento de algias da coluna vertebral. Para demonstrar sua eventual eficácia, sugerem-se novos estudos com maior duração no tratamento e amostra maior. PALAVRAS-CHAVE: Quiropraxia, subluxação, Activator®, algias, placebo.
INTRODUÇÃO A coluna vertebral tem três funções
mecânicas
já
pelos elementos anteriores como pelos
posteriores
da
coluna
estabelecidas: ser o eixo de suporte
vertebral.
do
movimentação
curvas fisiológicas permitem que a
esquelética e proteger a medula e
coluna amplie sua flexibilidade e a
as raízes nervosas.
capacidade de absorver impactos,
corpo,
de
As duas
Funcionalmente,
primeiras funções são diferentes e
enquanto
conflitantes com a terceira1. Esse
estabilidade
conflito
articulações intervertebrais3.
pode
ser
a
razão
da
mantém
a
as
tensão
adequada
e das
complexidade da coluna vertebral.
A dor na região cervical é
Enquanto os movimentos podem
resultante de agressão às raízes
ser mais bem obtidos com uma
nervosas por diversos fatores como,
estrutura de múltiplas articulações,
tumor, infecção, inflamação, trauma
com vários graus de flexibilidade e
ou
eixos de movimentação, as duas
intermitente da raiz4,5. Podem-se
primeiras funções, que são mais
identificar três locais de agressão ao
estáveis,
podem
melhores
nervo: em sua origem medular e
obtidas
por
estrutura
nas meninges, quando ainda existe
ser uma
concreta1,2.
compressão
contínua
ou
um ramo motor e um sensitivo, que
Pode-se afirmar que a função
vão constituir-se no nervo, agressão
de sustentação é realizada pelos
ao nervo por compressão no nível
elementos
do
vertebral, longitudinais
anteriores disco,
(corpo ligamentos
anteriores
e
posteriores), enquanto os elementos posteriores dos arcos neurais e
orifício
de
conjugação
compressão
do
feixe
e
vásculo-
nervoso, mais à distância, na região cervicotorácica6. A
artrose,
articulações são responsáveis pela
osteofitose
e
movimentação. A segunda função
degenerativa,
de proteção é desempenhada tanto
frequente
de
que a
é
inclui
a
discopatia
a
causa
algias
na
mais coluna
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cervical, e está presente em 90%
de "irritação", derivado de mau
dos casos, a hérnia do disco, por
posicionamento
sua vez, é considerada mais rara.
inadequado dos ossos, ele pode
As
prejudicar
demais
causas
ultrapassam
10%
juntas do
total
não de
pacientes7,1.
estão frequentemente associadas a doenças
mais
raras;
movimento
funcionamento
dos
tecidos e órgãos por todo o corpo. Esta
As algias da região dorsal
o
ou
adaptação
do
corpo
se
denomina complexo de subluxação vertebral11. A
tumores
Activator®
Methods
metastáticos),
Chiropractic Technique (AMCT) foi
tuberculose, herpes zoster, além do
desenvolvida pelos quiropraxistas
achatamento
Arlan W. Fuhr e Warren C. Lee em
(principalmente
de
osteoporóticas
e
vértebras anormalidades
1967.
A
técnica
utiliza
um
instrumento, denominado Activator®,
7,8
posturais . A lombalgia é um processo
capaz de provocar um impulso
doloroso que se instala na cintura
dinâmico
pélvica. Designa-se lombociatalgia
controlada de ajuste numa linha de
quando existe irradiação da algia
correção precisa e específica12. O
para
inferiores,
método é baseado na análise do
admitindo-se que o nervo ciático
comprimento de pernas e inclui
possa estar afetado10.
testes de isolamento, estresse, e de
os
membros
que
inclui
uma
força
pressão para subluxações em todos A quiropraxia postula que o corpo é um organismo projetado com
características
autorreguladoras.
Estas
os
níveis
incluindo
do as
esqueleto
axial,
articulações
das
13
extremidades .
funções Desta maneira, AMCT foi
importantes são controladas pelo cérebro e pelos nervos do corpo
utilizada em pacientes portadores
que passam pela coluna vertebral.
de algias vertebrais, respondendo
Os
ao
ossos
móveis
da
coluna
problema:
há
remissão
em
da
protegem a comunicação da medula
sintomatologia
pacientes
espinhal e suas raízes nervosas que
submetidos ao protocolo básico da
saem em todas as direções. Se o
técnica?
sistema nervoso sofrer algum tipo
MATERIAIS E MÉTODOS
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Pesquisa
considerada
experimental.
Seus
quase
participantes
semana. O instrumento adotado foi o
Activator®,
que
por
força
fizeram parte do grupo controle e
mecânica realiza o ajuste. Com o
análise, com teste e reteste, antes,
instrumento
durante e pós-tratamento, ocasião
quiropraxista regula o mesmo na
em
os
regulagem de força adequada, que
resultados dos ajustes realizados
varia de 0 a 4, e em seguida, aplica
pela AMCT com os ajustes placebo.
o ajuste diretamente na articulação.
que
se
compararam
Amostra
preso
à
mão,
o
Na primeira consulta, aplicou-
A amostra foi composta por
se o questionário utilizado na clínica
seis sujeitos: adultos, de ambos os
escola de Quiropraxia, objetivando a
gêneros, na faixa etária entre 18 e
identificação de queixas álgicas e
45 anos, de qualquer classe social,
restrições
escolhidos de forma aleatória; três
vertebral. Em seguida, os sujeitos
fizeram parte do grupo experimental
foram
e os demais do grupo placebo.
avaliação física, responderam a
próprias
da
encaminhados
coluna
para
a
escala analógica verbal (EVA), que Critérios de inclusão e exclusão Foram incluídos, funcionários
varia de 0 a 10, sendo 0: sem dor e 10: dor insuportável, efetuada nas
ou acadêmicos que buscaram na
demais
Clínica
também
Escola
da
faculdade,
consultas.
Os
mesmos
preencheram
o
tratamento para queixas na coluna
questionário Oswestry, de avaliação
vertebral.
funcional,
Foram
excluídos,
que
avalia
além
da
portadores de tumores localizados
intensidade
nos segmentos vertebrais, os que
pessoais; andar; sentar-se; ficar em
apresentavam osteoporose intensa,
pé; qualidade do sono; vida sexual;
fraturas recentes, lesões, e outras
social e viagens. Cada seção foi
doenças que ponderem ou contra
avaliada em um total possível de
indiquem os ajustes.
notas 5, sendo 0 a queixa com
Procedimentos
menor intensidade álgica e 5 a mais
O tratamento ocorreu em quatro consultas, uma vez por
exacerbada.
da
Se
dor;
a
cuidados
primeira
afirmação foi assinalada, a nota para essa seção é 0. Se a última
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afirmação foi assinalada, a nota
numa maca apropriada, na Clínica
para essa seção é 5. na primeira e
de Saúde de Quiropraxia no Centro
última
Universitário Feevale.
consulta.
Aos
que
não
apresentaram exame de imagem,
Os sujeitos foram instruídos,
foi solicitado raios-X da coluna
durante o período da pesquisa, a
vertebral, sob indicação clínica.
não buscar tratamento com outro
A partir da segunda consulta,
profissional
da
área
procedeu-se a identificação das
musculoesquelética
subluxações presentes, seguindo o
qualquer tipo de medicamento, sem
protocolo básico do método. O
antes comunicar ao pesquisador.
grupo
Estatística
experimental
recebeu
os
ou
utilizar
ajustes com o instrumento regulado De acordo com a natureza
para cada área, enquanto o de ajuste placebo, recebeu o mesmo tratamento
com
o
ajuste
na
regulagem zero (sem estímulo). Para
os
ajustes,
os
sujeitos
permaneceram em posição prona,
das
variáveis,
os
dados
foram
processados e submetidos à análise descritiva dos resultados obtidos comparando o ajuste com o método Activator® e os ajustes simulados em força 0.
RESULTADOS O preenchimento da EVA, em ambos os grupos estudados, apresentou diferença no valor médio de cada consulta. No grupo experimental a remissão da dor ocorreu nas regiões da coluna cervical, torácica e lombar. No grupo placebo, um sujeito referiu diminuição da dor na região torácica e exacerbação da mesma, nos demais segmentos vertebrais. Em relação ao preenchimento do questionário Oswestry de avaliação funcional, sendo considerável e aceitável uma diferença de 10% nos resultados, ambos os grupos apresentaram queda na porcentagem. O grupo experimental obteve queda estatisticamente significativa de 16% e o grupo placebo 2%. Os dados obtidos no grupo experimental comparados ao grupo placebo, demonstraram melhora substancial, na sintomatologia referida pelos mesmos, após o tratamento quiroprático. Em contrapartida, o grupo placebo apresentou aumento na intensidade álgica. Desta forma, a adição da
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abordagem quiroprática com o AMCT no tratamento das algias da coluna vertebral, parece ser benéfica.
C= consulta
GRÁFICO 1 - distribuição das medias álgicas na região cervical do grupo ajustado. A dor mais intensa relatada foi 10 e a menor 0.
GRÁFICO 2 - distribuição das médias álgicas na região cervical do grupo placebo. A dor mais intensa relatada na primeira visita foi 6 e a mais branda 0. Ao final do tratamento os sujeitos referiram exacerbação no quadro álgico.
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GRÁFICO 3 - Distribuição das médias álgicas na região torácica do grupo ajustado. A dor mais intensa relatada na primeira consulta foi 5 e a mais branda 0.
GRÁFICO 4 - Distribuição das medias álgicas na região torácica do grupo placebo. A dor mais intensa relatada na primeira consulta foi 6 e a mais branda 0.
GRÁFICO 5 - Distribuição das medias álgicas na região lombar do grupo ajustado. A dor mais intensa relatada na primeira consulta foi 8 e a mais branda 1.
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GRÁFICO 6 - Distribuição das medias álgicas na região lombar do grupo placebo. A dor mais intensa relatada na primeira consulta foi 9 e a mais branda 0.
GRÁFICO 7 - Distribuição das médias álgicas do questionário Oswestry de avaliação funcional do grupo ajustado e placebo.
Os
resultados
nos
pacientes
ajustados,
apresentaram
estatisticamente significativa de 16%, no quadro álgico, o
queda,
grupo placebo
apresentou queda de 2%. DISCUSSAO Durante o levantamento do referencial bancos
teórico
de
internacionais, escassez
de
realizado
dados
eletrônicos
identificou-se artigos
em
a
do mesma ser uma intervenção terapêutica quando
relativamente
comparada
com
nova outras
técnicas de Quiropraxia.
indexados
O método pode ser utilizado
sobre a eficácia do Método Ativador,
isoladamente ou em combinação
isto se deve provavelmente, ao fato
com outras técnicas. Nos Estados
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Unidos o mesmo é utilizado como
pode ser comprovada devido à falta
alternativa à forma tradicional de
de rigor metodológico encontrado
manipulação
nos estudos19. Em 2012, outra
manual
da
coluna
vertebral e sua utilização continua 14
crescente .
revisão
na
investigação
dos
Juntamente com a
resultados clínicos, demonstrou que
técnica Diversificada, o método é
oito artigos relataram benefícios
reconhecido como a intervenção
para
terapêutica mais comum utilizada
coluna20.
por quiropraxistas14,15. O método
corroboram com os achados da
também é comumente utilizado no
presente pesquisa.
Canadá,
Austrália
e
Nova
pacientes
com
dores
Tais
Quando
o
na
resultados
método
foi
16
Zelandia . Uma série de estudos
comparado
clínicos com resultados positivos,
destaca-se
comprovaram que o método e seu
portadores de lombalgia, em que foi
instrumento são efetivos e seguro17. Em
geral,
efeito
um
comparado
placebo,
estudo
o
em
ajuste
com
utilizados
instrumento em força 0 (placebo) e
como alternativa a outras técnicas,
o ajuste utilizando a técnica cox de
em
flexão
pacientes
são
ao
que
contraindicações
possuem
relativas
e
tração.
O
estudo
ou
demonstrou que a sintomatologia,
absolutas ao ajuste manual, como
avaliada pela EVA e o questionário
tumores,
Owestry,
osteoporose,
artrodese,
apresentou
hérnia discal aguda e radiculopatia
relativa
aguda; ou nos casos em que os
destacando-se
pacientes
tratamento
não
confortáveis estalido
com
que
se
sentem
a
cavitação,
comumente
ocorre
após o ajuste manual18. Um
estudo
em
ambos
os
no
ativo.
melhora grupos,
grupo O
ponto
de de
interesse é que dos 14 pacientes entrevistados, oito acreditaram que o placebo teve efeito terapêutico.
de
revisão
Contudo, a população do estudo era
sistemática de 2010 demonstrou
formada
que
Método
acadêmicos e docentes do curso de
Ativador e do Instrumento Activator®
quiropraxia, o que poderia provocar
pode ser observada em algumas
certa tendência no estudo21. Os
condições, porém sua eficácia não
achados atuais,
a
efetividade
do
por
funcionários,
apresentaram
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diferença
nos
resultados,
a
novos estudos com maior duração
população utilizada foi formada por
no tratamento e amostra maior.
seis sujeitos,
CONFLITOS
dois acadêmicos do
Curso de Quiropraxia e os demais,
DE
INTERESSES:
Não há.
pertencentes à população externa da instituição em que o estudo foi realizado. Há de se ressaltar, pelo tamanho da amostra,
que
neste
REFERÊNCIAS 1. Knoplich, J. Enfermidades da Coluna Vertebral. 3. ed. São Paulo: Robe, 2003:1219.
a
2. Kapandji, A.I. Fisiologia Articular. 2.ed. São Paulo:GEN, 2009:61.
probabilidade dos resultados terem
3. Knoplich, J. Enfermidades da Coluna Vertebral. 3. ed. São Paulo: Robe, 2003:20.
caso,
deve-se
questionar
surgido ao acaso, ou ainda de terem sido
representados
de
forma
errônea. Há correlação na remissão do quadro álgico nos indivíduos em que, a medida que a dor ocorria com menor intensidade, o número de segmentos ajustados na coluna vertebral reduzia. Podem-se considerar como fatores que limitaram a investigação do estudo, os hábitos dos sujeitos, a ocupação profissional, o tempo de queixa,
o
tempo
limitado
para
realização da investigação e a
CONCLUSÕES Método
Ativador
5. Teixeira, JM et al. Cervicalgias. Revista de medicina.2001:307. Disponível em:<http://www.revistademedicina.com.br/ Artigos/80s_18.pdf>. Acesso em: 15 abril. 2015. 6. Knoplich, J. Enfermidades da Coluna Vertebral. 3. ed. São Paulo: Robe, 2003:30. 7. Fagundes, DJ et al. Diagnóstico e tratamento da coluna vertebral. São Paulo:GEN, 2013:1. 8. Knoplich, J. Enfermidades da Coluna Vertebral. 3. ed. São Paulo: Robe, 2003:122. 9. Fagundes, DJ et al. Diagnóstico e tratamento da coluna vertebral. São Paulo:GEN, 2013:141. 10. Knoplich, J. Enfermidades da Coluna Vertebral. 3. ed. São Paulo: Robe, 2003:125. 11. Chapman-Smith D. Quiropraxia uma profissão na área da saúde. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2001. 12. Fuhr, AW. Activator Methods Chiropractic Technique. St. Louis: Mosby, 1997.
pequena amostra utilizada.
O
4. Knoplich, J. Enfermidades da Coluna Vertebral. 3. ed. São Paulo: Robe, 2003:124.
e
o
instrumento Activator® mostrou-se efetivo no tratamento de algias da coluna vertebral. Para demonstrar sua eventual eficácia, sugerem-se
13. Palmer College. Técnica quiroprática do método Activator®: protocolo básico. Davenport: Palmer 2002. 14. Rubinstein SM, Van Middelkoop M, et. Al. Spinal manipulative therapy for chronic lowback pain. Cochrane Database Syst Rev (2):CD008112. 15. National Board of Chiropractic Examiners. Job Analysis of Chiropractic 2005: A project report, survey analysis, and summary of the
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practice of chiropractic within the United States. Greeley, CO. January 2005.
Activator instrument – Critical analysis of literature. RBQ; III(2):118-130.
16. Chiropractic adjusting instrument Patent No. US 4116235 A. patft.uspto.gov. Accessed June 19, 2013.
20. Huggins T, Boras AL, Gleberzon BJ, et al. Clinical effectiveness of the activator adjusting instrument in the management of musculoskeletal disorders: a systematic review of the literature. Journal of the Canadian Chiropractic Association 2012;56(1):49-57.
17. FDA 510(k) Approval for Activator Methods Inc. accesdata.fda.gov. Accessed June 18, 2013 18. Activator online. Disponível em < http://www.activatoronline.com >. Acesso em: 14 Mar. 2010. 19. Silvestrino D, Camargo JV, Depintor JDP, Lopes, DSM. Effectiveness and ® efficiency of the Method Activator and
21. Hawk C Azzad, Phongphua C, Long CR. Preliminary study of the effects of a placebo chiropractic treatment with sham adjustments. J. Manipulative Physiol Ther. 1999 Sep;22(7):436-43.
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ARTIGO ORIGINAL Efeitos da intervenção quiroprática na mobilidade articular das extremidades e no equilíbrio em idosos independentes Effects of chiropractic intervention in joint mobility of the extremities and balance in independent elderly
Régis Fernando Martin CabralI, Magali Pilz Monteiro da SilvaII I. Quiropraxista. Instituto de Ciências da Saúde. Universidade Feevale. Novo Hamburgo. Brasil. II. Me. e docente na Feevale. E-mail do autor correspondente: regisquiro@hotmail.com ABSTRACT OBJECTIVES: To evaluate the effects of chiropractic intervention in range of motion (ROM) of the extremities and balance of independent elderly. METHODS: Cross-sectional study, consisting of ten independent elderly. They excluded those with neurological disorders, paralysis of any etiology; history of ankle sprain in the last six months, inability to keep standing upright without the use of assistive device to walk, pain during shoulder, reduced range of motion of the elbow and associated diseases that interfere in body posture. Anamnesis and chiropractic assessment were carried out. The questionnaires were applied to daily life and instrumental activities to assess the independence of volunteers. To assess the body balance we applied the method of segmenting the Tinetti balance scale. To assess joint ROM goniometry table and goniometer. The chiropractic intervention occurred in a single session, the technique used was diversified, and adjustments were made in subluxation complex found during chiropract assessment. To interpret the data, it adopted the significance level of 5% (p <0.05). RESULTS: The balance assessed by Performance Oriented Mobility Assessment – POMA), averaged 13.7 before and 15.1 (p = 0.04) after intervention. The running average of previous recorded after 10.8 and 9.1 (p = 0.02). Increased range of motion demonstrated no statistical significance. CONCLUSION: The chiropractic intervention seems to be associated with an increase in ROM, so although inconclusive due to lack of statistical evaluation. KEYWORDS: Chiropractic, range of motion, geriatric assessment, body balance.
RESUMO OBJETIVOS: Avaliar os efeitos da intervenção quiroprática na amplitude de movimento (ADM) de extremidades e no equilíbrio de idosos independentes. MÉTODOS: Estudo transversal, constituído por dez idosos independentes, de ambos os gêneros, participantes de grupos da terceira idade de uma cidade do Vale dos Sinos - RS. Foram excluídos aqueles que apresentavam doenças neurológicas, paralisias de qualquer etiologia; histórico de entorse de tornozelo nos últimos seis meses, incapacidade de se manter em ortostatismo sem o uso de dispositivo de auxílio à marcha, dor para movimentar os ombros, redução da amplitude de movimento dos cotovelos e doenças associadas que interferissem na postura corporal. Realizou-se anamnese e avaliação quiroprática. Aplicaram-se os questionários de atividades de vida diária e instrumentais, para avaliar a independência dos voluntários. Para avaliar o equilíbrio corporal aplicou-se o método segmentar de HALL e a escala de equilíbrio de Tinetti. Para avaliar a ADM articular a tabela de goniometria e goniômetro. A intervenção quiroprática ocorreu numa única sessão, a técnica utilizada foi a diversificada, os ajustes foram realizados
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nos complexos de subluxação encontrados durante a avaliação física. Para interpretação dos dados, adotou-se o nível de significância de 5% (p<0,05). RESULTADOS: O equilíbrio avaliado pelo teste de equilíbrio de TINETT apresentou média de 13,7 antes e 15,1 (p = 0,04) após intervenção. A marcha registrou média anterior de 9,1 e após 10,8 (p = 0,02). O aumento das amplitudes articulares demonstradas não apresentou significância estatística. CONCLUSÃO: A intervenção quiroprática parece estar associada a um aumento da ADM, embora de maneira inconclusiva devido a falta de avaliação estatística. PALAVRAS-CHAVE: Quiropraxia, amplitude de movimento, avaliação geriátrica, equilíbrio corporal.
INTRODUÇÃO O aumento da longevidade observada
nas últimas décadas
acarreta uma situação ambígua: ao
colágeno nas articulações afeta sua elasticidade e promovem redução no
movimento
articular
local,
mesmo tempo em que ocorre o
levando o idoso a sensação de
desejo de viver mais, há o temor de
fraqueza muscular e desequilíbrio4.
viver em meio às incapacidades e à
Segundo a literatura biomédica a
dependência1. A idade avançada
queixa de desequilíbrio atingem
traz consigo mudanças na postura
85% dos idosos5 O sistema de
corporal estática e nas relações
controle
posturais com o equilíbrio2. As
informações do sistema vestibular,
alterações provenientes da idade
dos receptores visuais e do sistema
manifestam-se
no
somatossensorial6 e é responsável
plano sagital e inclui o aumento da
pelo planejamento e execução de
curvatura cifótica na coluna torácica,
movimentos que controlam o centro
diminuição
lombar,
de gravidade sobre a base de
aumento do ângulo de flexão do
suporte. Com o envelhecimento,
joelho, deslocamento posterior da
esse sistema torna-se deficitário,
articulação coxofemoral e inclinação
podendo eliminar etapas do controle
anterior
postural, promovendo instabilidade
principalmente
da
do
lordose
tronco,
acima
dos
quadris. Estas se iniciam aos 40
postural
integra
e consequente queda7.
anos de idade e sua combinação
A avaliação do equilíbrio
contribui para a redução da estatura
corporal em idosos e da amplitude
e postura inclinada, que caracteriza
do movimento articular (ADM) é
as pessoas da terceira idade3.
importantes
A
diminuição
da
massa
musculoesquelética e de fibra de
parâmetros
acompanhamento
do
no
tratamento
quiroprático. Apesar da existência
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de diversos métodos de avaliação
mobilidade articular da extremidade
para estes quesitos, os mesmos
corporal e no equilíbrio de idosos
demonstram
independentes.
limitações
distintas.
Por esta razão, torna-se imperativo,
MATERIAIS E MÉTODOS
a aplicação conjunta de alguns destes instrumentos
8,9
. O Teste de
Equilíbrio de Tinetti (Performance
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) envolvendo
seres
humanos
da
–
Universidade de Ciências da Saúde
o
FEEVALE e obteve o protocolo n°
idioma português, é utilizado na
4.00.03.10.1771. Os procedimentos
avaliação do controle postural, e
foram iniciados após a assinatura,
Oriented
Mobility Assessment
POMA),
traduzido
possui
boa
para
10
confiabilidade .
O
pelos voluntários, do termo de
método de segmentação de imagem
consentimento livre e esclarecido,
tem como aplicação alvo a análise
de acordo com a resolução 196/96 e
da marcha a partir de imagens11 e o
suas complementares do Conselho
inclinômetro é amplamente utilizado
Nacional de Saúde.
por quiropraxistas para aferir a Amostra
amplitude articular12. Segundo Americana
de
a
Quiropraxia,
a
atenção à saúde ministrada pela Quiropraxia é indicada e capaz de prevenir,
tratar
Tratou-se de um estudo
Associação
e
oferecer
orientações específicas que evitem a diminuição da força muscular e da
transversal, quantitativo de caráter pré-experimental do tipo antes e depois, de amostragem selecionada por
conveniência.
constituiu-se
Considerando o aumento da
dez
amostra voluntários
idosos independentes, de ambos os gêneros,
mobilidade articular13.
de
A
sete
mulheres,
diferentes
níveis
condicionamento
físico
com de
e
idade
longevidade e o temor de viver em
média de 68 anos, participantes de
meio
grupos de terceira idade em uma
a
incapacidades
dependências
da
e
a
população
geriátrica, optou-se por realizar um estudo avaliando os efeitos da intervenção
quiroprática
cidade do Vale do Sinos – RS. Critérios de Inclusão e Exclusão
na
ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 1 – Página 76 de 93
Foram
incluídos
os
idosos
dos voluntários e um breve exame
classificados como independentes
físico
para a realização das atividades de
(testes
vida diária e instrumentais segundo
neurofisiopatológicos e ortopédicos,
a Escala de Atividades Básicas de
que apontassem os complexos de
Vida Diária de Katz e Lawton.
subluxação articular quiroprática).
Foram
Em
excluídos
aqueles
apresentavam neurológicas,
como
que
de
avaliação
quiroprática
cinesiopatológicos,
seguida,
aplicaram-se
os
doenças
questionários de atividades de vida
Acidente
diária
(AVD)
e
atividades
Vascular Encefálico, Doença de
instrumentais de vida diária (AIVD),
Parkinson;
para avaliar a independência dos
comprometimento
vestibular; deficiência visual não
voluntários.
corrigida; paralisias de quaisquer
mensuração do equilíbrio corporal
etiologia;
utilizados foram: método segmentar
como
alterações
ortopédicas,
amputações,
fraturas,
de
Os
HALL,
testes
que
para
utiliza
a
histórico de entorse de tornozelo
biofotogrametria, uma câmera digital
nos
meses,
e o programa Microsoft Excel para
incapacidade de se manter em
análise dos resultados e a escala de
ortostatismo
de
equilíbrio de Tinetti, para avaliar o
dispositivo de auxílio à marcha, dor
equilíbrio estático e dinâmico. Para
à abdução e/ou flexão dos ombros,
avaliar a amplitude de movimento
abdução dos ombros menor que 90º
articular foi utilizada a tabela de
ou
goniometria e goniômetro.
últimos
seis
sem
redução
da
o
uso
amplitude
de
Os
movimento dos cotovelos e doenças
testes foram realizados por um
associadas que interferissem na
único avaliador.
postura corporal. Os testes foram
foram
realizados
demonstradas as tarefas, sem que
em
locais
com
boa
dadas
Para cada teste, as
fizesse
instruções
luminosidade, solo plano e regular e
se
de acordo com a conveniência
treinamento prévio do voluntário. A
individual para cada voluntário.
intervenção
Procedimentos
numa
única
necessário
e
quiroprática sessão,
a
um
ocorreu técnica
utilizada foi a diversificada, e os Inicialmente,
realizou-se
anamnese, com os dados pessoais
ajustes
foram
complexos
realizados de
nos
subluxação
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encontrados na coluna vertebral e
Science),
versão
extremidade durante a avaliação
realizadas tabelas de frequência
física.
simples e cruzada, calculada a
Estatística
média e desvio-padrão, teste t de Student
Para a análise estatística, utilizou-se (Statiscal
o
programa SPSS
Package
for
Social
pareado
quadrado. dados,
11.5.
e
Foram
teste
Qui-
Para interpretação dos
adotou-se
o
nível
de
significância de 5% (p<0,05).
RESULTADOS A pesquisa atual contou com a participação de dez idosos, sete do gênero feminino. Dos dez voluntários, 30% (3 idosos) apresentaram diminuição na ADM na articulação do joelhos e ombros, 20% (2 idosos) na articulação coxo femoral e na articulação do tornozelo. Gráfico 1 – Frequência das articulações com diminuição da ADM.
n=10
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Tabela 1 – Avaliação das ADMs antes e após a intervenção quiroprática.
Pcte
Articulação
Movimento
1
Coxo femoral Dir Ombro Dir Joelho Esq Tornozelo Esq Ombro Esq. Tornozelo Dir Ombro Dir Coxo femoral Dir Joelho Esq Joelho Dir
Rot. Int. Quadril Abdução Flexão Dorsiflexão
2 3 4 5 6 7 8 9 10 Total
ADM Normal 40°
ADM(graus) Antes 11°
ADM(Graus) Após 26°
Dif. de graus 15°
180° 140° 20°
110° 122° 6°
150° 130° 12°
40° 8° 6°
Adução Dorsiflexão Abdução Rot. Int.
40° 20° 180° 40°
13° 3° 97° 15°
28° 11° 110° 35°
15° 8° 13° 20°
Flexão Flexão
140° 140°
90° 92° n=10
115° 110°
25° 18° %=100
Tabela 2 – Deslocamento da linha do centro gravitacional (CG).
Momento
n
Mínimo
Máximo
Média
Resultado CG antes (mm) Resultado CG depois (mm) Total de Idosos
10
0,0
0,3
0,14
Desvio Padrão 0,1075
10
0,0
0,3
0,14
0,0843
n=10
% =100
Tabela 3 – Média do escore do equilíbrio estático e dinâmico antes e após intervenção quiroprática.
Variáveis Equilíbrio Marcha Escore total Total de Idosos
Média antes 13,7 9,1 23,0
Média depois 15,1 10,8 25,9 n=10
p 0,04 0,02 0,02 %=100
O equilíbrio avaliado pelo teste de equilíbrio de TINETT, apresentou uma média de 13,7 antes da intervenção e aumentou para 15,1 (p = 0,04) após os ajustes quiroprático. A marcha avaliada pelo método de segmentação de imagem registrou uma média anterior de 9,1 e após os procedimentos 10,8 (p = 0,02). O escore total antes dos procedimentos demonstrou média de 23,0 e após os ajustes subiu para 25,9 (p = 0,02).
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DISCUSSÃO O sistema articular tem o
relatada por indivíduos com dores
propósito de propiciar movimento e
musculoesqueléticas16,17.
sustentação
abordagem
mecânica.
As
quiroprática
articulações são classificadas em
promoção
e
não
mobilidade
articular,
sinoviais,
aquelas
que
A na
reabilitação
da
demonstrou
proporcionam integridade estrutural
que pode influenciar na saúde do
e
as
idoso, uma vez que a totalidade da
sinoviais, que proporcionam grande
amostra apresentou um aumento
amplitude de movimento14.
das
movimentos
mínimos,
e
amplitudes
de
movimento
(ADMs) em todas as articulações Entre
as
principais
pesquisadas (tabela 1).
alterações posturais dos membros associadas ao avanço da idade cita-
A manutenção e o controle
se a protrusão escapular que altera
do equilíbrio requer a manutenção
o ritmo escapulo umeral normal,
do centro de gravidade sobre a
provocando afecções dolorosas no
base
ombro
situações estáticas e dinâmicas.
devido
à
deformação
de
sustentação
mecânica e à tensão nos tecidos
Com
musculoesqueléticos15. Um estudo
capacidade
de 2002 afirmou que o aumento da
sistema
força do quadríceps ocorre de forma
musculoesquelético
progressiva até os 30 anos de
deficitária, levando a um aumento
idade. Seu declínio se inicia aos 50
de instabilidade7,15.
anos
e
após
os 2
acentuadamente .
70
diminui
Estes
dados
corroboram com os achados estudo
atual
que
o
durante
compensatória
do
apresentados
e torna-se
Conforme
os não
resultados houve
do
deslocamento da linha do centro
demonstrou
gravitacional (CG) entre o antes e após
nos ombros e joelhos. (gráfico 1)
(tabela 2).
terapia
a
nervoso
maior número de comprometimento
A
envelhecimento
quiroprática
tem
Alguns autores concordam
sua
que quando se está em pé, o peso
efetividade no aumento da ADM,
do corpo é assumido em grande
redução de dor e de incapacidade
parte pelos ossos e ligamentos, com
demonstrado
manual
intervenção
cientificamente
ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 1 – Página 80 de 93
pouca
atividade
muscular.
Uma
manipulação quiroprática ou ajuste
tonicidade muscular suficiente se
articular, que se baseia em um
mantém por meio de mecanismos
movimento
de feedback para diferentes partes
específico de alta velocidade e linha
do Sistema Nervoso Central
18,19
.
com
velcros,
suficientemente
eram
importante
o
para
alavanca,
curto,
de correção objetiva21.
Estímulos táteis no membro inferior feitos
de
O presente estudo apresenta limitações relacionadas ao tamanho da população estudada.
alterar a condição do equilíbrio do paciente constatando a importância
CONCLUSÃO A
do toque ou do estímulo externo passivo para a manutenção das condições
equilíbrio19.
de
resultado
atual
O
demonstrou
melhora significativa no nível de equilíbrio antes
quando
e
após
ADM,
a
embora
um de
maneira inconclusiva devido a falta de avaliação estatística.
intervenção
da amostra, tratamento com maior número de consultas, e inclusão de
Um dos objetivos clínicos da Quiropraxia é restaurar as funções fisiológicas articulares, devolvendo articulações
da
associada
Recomenda-se a ampliação
quiroprática.
às
aumento
estar
quiroprática
o
comparado a
parece
intervenção
seu
movimento
técnicas
complementares
potencializem
os
resultados
que de
mobilidade articular e o equilíbrio no idoso.
natural. Este resultado é obtido pela
CONFLITOS
técnica de quiropraxia, denominada
Não há.
DE
INTERESSES:
REFERÊNCIAS 1. Freitas EV. Tratado de geriatria e gerontologia. 2a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006.
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ARTIGO ORIGINAL Limiar de Dor nos Indicadores da SOT Pain threshold in SOT Indicators Eduardo Ramos de SouzaI, Camila L. BagatiniI, Ranieli G. ZapelliniII I. Quiropraxista. Instituto de Ciências da Saúde. Universidade Feevale. Novo Hamburgo. Brasil. II. MS e docente na Feevale. E-mail do autor correspondente: du.quiro@gmail.com ABSTRACT OBJECTIVES: To evaluate if there are significant differences in pressure pain threshold, in points known as Sacro Occipital Technical indicators using the manual algometer Activator Methods® in subjects with and without temporomandibular disorders. METHODS: Case-control, composed of 46 women (18-48 years) selected into two groups (with and without temporomandibular disorders) assessed by Fonseca Anamnesic Index. Women were classified into one of three categories of SOT and had the blades C4, the pair of the first rib, lumbar square muscle, sacral wing, lateral and medial knee, measured bilaterally with a pressure algometer. RESULTS: There was a statistically significant difference of side in the PPT in C4 body (P=0,004), hibs (P=0,001) and sacral wings (P=0,003), in category II individuals, and for C4 (P=0,00), hibs (P=0,00) and sacral wings (P=0,02) in TMD carriers. It concludes individual which have TMD and are category II carriers have a larger difference in PPT than individuals without disorders or who are category I carriers. CONCLUSION: Women who had TMD and were classified in category II showed a difference in the LDP in relation to category I. KEYWORDS: Chiropractic, temporomandibular joint disorders, pain threshold.
RESUMO OBJETIVOS: Avaliar se há diferença significativa no limiar de dor à pressão, em pontos conhecidos como indicadores da Técnica Sacro Occipital, utilizando o algômetro manual Activator Methods®, em voluntários com e sem disfunções temporomandibulares. MÉTODOS: Estudo de caso-controle, composto por 46 mulheres (18-48 anos), selecionadas em dois grupos (com e sem disfunções temporomandibulares), avaliadas pelo Índice Anamnésico de Fonseca. As mulheres foram enquadradas em uma das três categorias da SOT e tiveram as lâminas de C4, o par da primeira costela, o músculo quadrado lombar, alas sacrais, joelho lateral e medial, mensurados bilateralmente, com um algômetro de pressão. RESULTADOS: Houve diferença estatisticamente significante nos lados no LDP nas lâminas de C4 (P=0,004), costelas (P=0,001) e alas sacrais (P=0,003) em voluntários da categoria II. Para C4 (P=0,00), costelas (P=0,00) e alas sacrais (P=0,02) em portadores de disfunções temporomandibulares. CONCLUSÃO: As mulheres que apresentaram DTM e foram enquadradas na categoria II demonstraram diferença maior nos LDP em relação às da categoria I. PALAVRAS CHAVE: Quiropraxia, transtornos da articulação temporomandibular, limiar da dor.
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INTRODUÇÃO
A Técnica Sacro Occipital
de relação Lovett Brothers; nessa
(SOT) é um método de análise
correspondência
quiroprática, completo, científico e
correlaciona com o osso temporal e
independente. Possui ferramentas
o
diagnósticas
Articulação
e
terapêuticas
sacro
singulares, capazes de devolver ao
(ATM)
paciente
recíproca
sua
adaptabilidade
capacidade fisiológica1,2.
de A
com
o
o
ílio
se
occipital.
A
Temporomandibular
também
tem
com
a
relação articulação
sacroilíaca e, portanto, depende de
técnica preconiza que a neurologia
sua estabilidade. A separação da
normal, quando traumatizada, pode
articulação
orquestrar o retorno à função ideal,
característica principal na CAT II,
ou adotar um padrão de adaptação
pode
corporal: Categoria I. Com o tempo
compensatória da posição da ATM,
e/ou trauma, esta adaptação já não
podendo
é suficiente e um padrão, Categoria
equilíbrio, os ouvidos e a posição do
II,
pescoço2-4.
pode
se
desenvolver.
O
sacroilíaca,
resultar
em
alterar
a
padrão
O
população adulta apresente algum
é
tipo de DTM. Deste universo, 10 a
procedimento realizado
diagnóstico
utilizando
indicadores
40%
relata
a
dores
60%
o
Estima-se
III.
40
mordida,
tempo/trauma pode provocar novo Categoria
que
adaptação
da
de
cabeça,
articulares,
tinido,
corporais exclusivos da técnica,
crepitações
composto por cinco procedimentos
vertigem, perda de audição, dor em
básicos que analisam alterações
repouso ou durante a mastigação5,6.
esqueléticas, craniais, neurológicas
Em
estudo 7
com
brasileira ,
relacionada
apresentou no mínimo um sintoma
alterações
específicas no organismo2,3.
da
população
e viscerais. Cada categoria está com
37,5%
a
amostra
da disfunção. Um estudo de 2013, SOT
realizado entre escolares do ensino
um
fundamental, dos 519 participantes
movimento recíproco entre os ossos
57% apresentaram algum grau de
da pelve e do crânio, denominada
disfunção de DTM, com predomínio
Os observaram
estudos
da
que
existe
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do
gênero
feminino
classificação
53%.
da
A
gravidade
determinada
pelo
anamnésico
de
índice Fonseca
Comitê de Ética da Universidade Feevale
sob
número:
CAAE:
32634314.0.0000.5348. Amostra
demonstrou que 85% dos escolares tinham grau leve de disfunção, 14% grau moderado e 1% grau intenso8. Em 2002, um estudo, percebeu-se que essas disfunções aumentavam conforme
os
estágios
desenvolvimento
do
progrediam .
entre
18
e
48
anos,
selecionadas em dois grupos: com e sem DTM. Critérios de inclusão e exclusão Foram incluídas no estudo, mulheres entre 18 e 50 anos, que
O algômetro (ou dolorímetro) um
idades
dental
9
é
Composta por 46 mulheres com
instrumento
quantificar a dor ou
buscaram os cuidados quiropráticos
de
na clínica escola da Feevale e
sensibilidade
apresentavam sinais e sintomas de
capaz
nos tecidos moles10. Ele registra o
alterações
limiar de dor à pressão (LDP) à
Foram excluídas aquelas que após
menor
estímulo
testes provocativos, próprios da
necessário para que se perceba a
SOT, enquadravam-se na Categoria
dor11. Esta prática é utilizada para
III.
identificar pontos sensíveis, como
Procedimentos
intensidade
de
musculoesqueléticas.
12
trigger points ; acidentes ósseos, ligamentos e tendões13-16.
A
coleta
de
dados
foi
realizada na clínica escola. Após o
Neste contexto, esta pesquisa se
preenchimento do questionário de
propôs a avaliar se há diferença
inclusão,
significativa no LDP, utilizando o
concordaram
instrumento algômetro, nos pontos
pesquisa assinaram o TCLE e
conhecidos como indicadores da
preencheram o Indice Anamnésico
SOT, em voluntários com e sem
de
DTM.
caracterizar a presença de DTM,
MATERIAIS E MÉTODOS
que contém dez questões com três
Estudo de caso-controle submetido à
apreciação
e
aprovação
do
as
Fonseca,
participantes em
participar
indicado
que da
para
respostas possíveis (sim, não e às vezes) para as quais são pré-
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estabelecidas pontuações (10, 0 e
pressão foi interrompida e a agulha
5).
pontos
marcadora registrou a quantidade
classifica a intensidade das DTM. A
de pressão exercida sobre a pele. O
aplicação do questionário dividiu a
visor foi mostrado ao assistente
amostra
com
para que as devidas anotações
disfunções n=23 (grupo caso) e sem
fossem registradas. O pesquisador
disfunções
e a participante não visualizaram a
A
somatória
em
dos
dois
grupos:
temporomandibulares
n=23 (grupo controle).
agulha
Em seguida, se procedeu à mensuração,
com
algômetro
de
marcadora
durante
o
procedimento. O examinador foi cego quanto às medições prévias. O
pressão
manual
Activator
tempo previsto para a realização da
Methods®,
pontos
anatômicos
categorização e medição foi de dez
específicos,
considerados
minutos
em
média,
com
um
indicadores das categorias I e II da
intervalo entre as medições entre
SOT. Os pontos foram: as lâminas
cinco e dez segundos.
de quarta vértebra cervical, primeiro
Estatística
par
de
costelas,
no
músculo
A
análise
dos
dados
foi
quadrado lombar (sinal da crista),
realizada
nas alas sacrais (ao nível de S2),
versão
nos joelhos mediais (na inserção do
calculada a razão de chances, a
músculo sartório) e nos joelhos
média, mediana e a moda das
laterais (na inserção do tensor da
variáveis. Foi utilizado o Teste t- de
fáscia lata)2. Tão logo o participante
Student
mencionou
significância α=5%.
a
palavra
“dor”,
a
pelo 18
programa
para
pareado,
SPSS
Windows.
ao
nível
Foi
de
RESULTADOS Foram avaliadas 46 mulheres entre 18 e 48 anos de idade. A média e a mediana de idade foi de 25 anos, moda de 22, desvio padrão de 6,6 anos e a razão de chances de 0. Das 46 participantes, 41 foram diagnosticadas como categoria II.
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Tabela I - Comparativos de LDP do lado esquerdo e direito da amostra total.
Localização C4 1º costela Sinal da crista Ala sacral Joelho medial Joelho lateral
Média esquerda 2,63 5,43 5,90
Média direita 2,39 5,85 5,73
Desvio padrão esquerdo 0,79 1,82 1,78
Desvio padrão direito 0,79 1,92 1,85
Significância Estatística P=0,002* P=0,000* P=0,105
6,25 5,3
5,95 5,41
1,78 1,70
1,84 1,60
P=0,004* P=0,416
5,98
5,95
1,67
1,64
P=0.874
Tabela II – Comparativos de LDP do lado esquerdo e direito das participantes da categoria I.
Localização
Média esquerda 2,59 5,13 5,5
Média direita 2,36 6,03 5,18
Desvio padrão esquerdo 0,80 1,67 1,41
Desvio padrão direito 0,92 1,75 0,98
Significância estatística P=0,07 P=0,019* P=0,19
C4 1º costela Sinal da crista Ala sacral 5,76 5,68 1,58 2,09 P=0,83 Joelho 5,81 5,81 0,94 0,69 P=1,00 medial Joelho 6,36 6,70 1,08 0,95 P=0,034* lateral * Significância entre a diferença do limiar de dor entre a média do lado esquerdo e direito.
Tabela III – Comparativos de LDP do lado esquerdo e direito das participantes da categoria II.
Localização
Média esquerda 2,63 5,47 5,94
Média direita 2,39 5,83 5,80
Desvio padrão esquerdo 0,80 1,85 1,83
Desvio padrão direito 0,76 1,96 1,9
C4 1º costela Sinal da crista Ala sacral 6,30 5,98 1,81 1,83 Joelho 5,24 5,36 1,76 1,68 medial Joelho 5,93 5,86 1,73 1,70 lateral * Significância entre as diferenças encontradas do lado esquerdo e direito.
Significância estatística P=0,004* P=0,001* P=0,20 P=0,003* P=0,40 P=0,68
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Tabela IV - Comparativos de LDP do lado esquerdo e direito com DTM de intensidade leve (Kg/cm²). Localização
Média esquerda 2,57 5,49 5,53
Média direita 2,31 5,66 5,51
Desvio padrão esquerdo 0,78 1,91 1,78
Desvio padrão direito 0,78 1,88 2,02
Significância estatística P=0,017* P=0,049* P=0,85
C4 1º costela Sinal da crista Ala sacral 6,41 6,16 1,85 1,87 P=0,89 Joelho 5,19 5,51 1,26 1,54 P=0,86 medial Joelho 6,13 5,96 1,46 1,52 P=0,47 lateral * Significância entre a diferença do limiar de dor entre a média do lado esquerdo e direito. Tabela V - Comparativos de LDP do lado esquerdo e direito das participantes com DTM de intensidade moderada e intensa (Kg/cm²). Localização
Média esquerda 2,69 5,38 6,26
Média direita 2,47 6,04 5,96
Desvio padrão esquerdo 0,81 1,77 1,75
Desvio padrão direito 0,80 1,98 1,69
Significância Estatística P=0,007* P=0,000* P=0,020*
C4 1º costela Sinal da crista Ala sacral 6,08 5,74 1,72 1,82 P=0,025* Joelho 5,41 5,30 2,07 1,69 P=0,54 medial Joelho 5,82 5,95 1,87 1,79 P=0,51 lateral * Significância entre a diferença do limiar de dor entre a média do lado esquerdo e direito.
DISCUSSÃO
Na tabela I, os comparativos da
de LDP do lado esquerdo e direito
amostra atual, 41 (89,1%) foram
das lâminas de C4, do par de
enquadradas na categoria II. Este
costelas e da ala sacral alcançaram
dado difere de um estudo anterior16
significância estatística. Em uma
sobre DTM em que 16 participantes
pesquisa11
(43,2%)
na
paraespinhal, haviam regiões com
mesma categoria (total 37 – ambos
um LDP estatisticamente mais baixo
os gêneros); e se aproxima de
que o lado oposto. Os músculos
outro17 em que 90% das portadores
com maior tensão apresentavam
de DTM foram enquadradas na
diferença
categoria II (total 10 participantes).
comparados
Das
46
foram
mulheres
enquadrados
na
no
musculatura
LDP
ao
serem
bilateralmente,
enquanto locais não tensionados
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mostravam
simetria
quanto
a
presente pesquisa.
pressão aplicada. Porém, a mesma pressão
aplicada
em
Os dados da tabela II indicam
músculos
que os indivíduos enquadrados na
diversos pode causar intensidade
categoria I apresentaram os limiares
variada de dor, sem que os mesmos
de dor à pressão iguais nos dois
apresentem
lados dos joelhos mediais,
necessariamente
mais
18
comprometimento funcional .
elevados nas primeiras costelas e
Na média, os limiares de dor aumentaram
caudalmente
nos joelhos laterais do lado direito.
da
Na
análise
estatística
da
cervical à articulação sacroilíaca na
categoria I, as costelas e os joelhos
maioria
laterais
dos
pontos
analisados
alcançaram
significância,
(tabela I), exceto no ponto das
com
costelas
respectivamente. Nesta categoria,
do
apresentou
lado
direito,
que
limiar mais alto
ao
P=0,019
esperava-se
e
que
P=0,034,
as
costelas
segmento analisado abaixo (no sinal
tivessem um limiar de dor à pressão
da
semelhante, já que nessa categoria
crista).
Isto
é,
os
pontos
analisados foram mais sensíveis na
a movimentação e
sensibilidade
parte
local
devem
superior
do
corpo,
restringindo-se até a ala sacral (articulação
sacroilíaca).
das
costelas
simétricas2.
Essa Os
mesma característica foi encontrada
indicam
em outros dois estudos12,26.
dados que
apresentou Um dos primeiros estudos publicados sobre
ser
da
a
tabela
IV
categoria
II
limiares de dor à
pressão mais elevados em C4, nas
comparações
alas sacrais e nos joelhos laterias
bilaterais em homens e mulheres
no lado esquerdo, nas costelas e
assintomáticos,
nos joelhos mediais no lado direito.
músculos
testou
e
não
nove
encontrou A
diferenças significativas, entre o hemicorpo
e
sua
parte
contralateral19. Comparações entre os LDP antes e após intervenções manipulativas na coluna lombar20 se aproximaram dos dados da
categoria
significância
estatística
II
obteve para
C4
(P=0,004), costelas (P=0,001) e alas
sacrais
(P=0,003).
Esses
dados estão de acordo com o SOT, que afirma que na categoria II tanto as lâminas de C4 quanto o músculo
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esternocleidomastóideo
são
sensíveis à dor2. Se
Ao se comparar a categoria I com a II verificou-se que houveram
esperava
encontrar
mais
pontos
estatisticamente
diferença significativa nos LDP nos
significantes na categoria II, e que
joelhos, pois eles estão associados
esses mesmos pontos foram ainda
com
no
mais relevantes, pois possuiam um
ligamento inguinal, utilizadas no
P ainda menor, o que demonstra
teste do braço fossa. Em 2003,
que os indivíduos possuiam limiares
num estudo em que
de dor mais assimétricos em alguns
as
inguinal
fossas
foi
localizadas
o ligamento
testado
algômetro,
o
com
mesmo
o
dos pontos analisados.
não
A tabela IV exibiu dados dos
apresentou diferenças significativas
indivíduos sem disfunções ou que
nas quatro fossas (fossa superior e
apresentam
inferior do lado direito e esquerdo)
temporomandibulares
do
intensidade leve. Os dados da
ligamento
inguinal
dos
participantes21.
disfunções de
tabela V demonstraram resultados a
estatisticamente significantes para
estabilidade pélvica é obtida pela
C4 (P=0,01) e para o par de
colocação dos blocos pélvicos22 não
costelas (P=0,04).
Teoricamente,
há
mais
músculo
quando
porquê
determinado
manter-se
tensionado.
A
tabela
resultados
V
mostra
estatisticamente
Como no presente estudo não
significantes para C4 (P=0,00), par
houve intervenção manipulativa ou
de costelas (P=0,00), sinal da crista
colocação dos blocos, esperava-se
(P=0,02) e a ala sacral (P=0,02),
que
demonstrando que os indivíduos
músculos
como
o
sartório
(testados em sua inserção nos
portadores
joelhos mediais) e o tendão do
moderado a intenso apresentam
tensor da fáscia lata (testados na
assimetria mais significante entre o
inserção dos joelhos laterais), se
lado esquerdo e direito do corpo em
mantivessem
e
relação aos indivíduos sem DTM.
diferença
Embora o sinal da crista seja um
apresentassem
tensionados
signifivativa quanto a dor aplicada.
de
DTM
de
grau
indicador da categoria I, ele tambem é um
indicador de desequilíbrio
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muscular2, e alcançou significância para
indivíduos
com
disfunções
temporomandibulares. Em
indivíduos
assintomáticos
submeticos
a Não houve qualquer razão de
liberação miofascial nos músculos mastigatórios, houve aumento no LDP nos músculos mastigatorios testados, assim como melhora na abertura
máxima24.
bucal
A
quantidade de pressão necessária para causar dor em um paciente com dor miofascial é menor que a pressão necessária para causar dor em
indivíduos
Como
os
nipulação
assintomáticos18.
procedimentos articular
de
teoricamente
alteram o influxo de sinais sensórios para os tecidos paraespinhais de uma maneira que melhora a função fisiológica26,
pode-se
supor
que
quando as categorias são tratadas, esses pontos de tensão e dor muscular se alteram, modificando o limiar
de
dor
e
fazendo
determinados indicadores do SOT melhorarem.
chances de um indivíduo com DTM se apresentar na categoria II, pois os enquadradados na categoria I também possuiam um grau de acometimento
de
moderado
a
intenso e foram acondicionados no grupo caso, e todos com DTM leve ou
sem
disfunções
estavam
enquadrados na categoria II. Apesar do resultado diferente do esperado, se deve salientar que a categoria II apresentou significância estatística mais marcante que a categoria I em relação aos limiares de dor, e que os indivíduos com DTM de grau moderado
e
apresentaram
intenso uma
também
significância
mais expressiva desses limiares. Limitações do estudo O
índice
utilizado
nesta
pesquisa estabeleceu a intensidade de
dos sinais e sintomas de DTM,
chances (odds ratio) abaixo, indica
dando a cada indivíduo uma nota de
qual a razão de chances de um
0 a 100. Como a progressão de
indivíduo com DTM se apresentar
notas é crescente com um intervalo
em uma categoria II.
de cinco em cinco pontos, não há
O
cálculo
da
razão
grande diferença entre uma nota
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para DTM
no teto,
da nota de
CONCLUSÃO
imtensidade leve para a moderada
Os resultados encontrados
ou ainda, da moderada para a
nesse estudo indicam que houve
intensa, pois cinco
pontos para
diferença no limiar de dor em alguns
mais ou para menos torna diferente
pontos utilizados como indicadores
a caracterização da intensidade de
da
cada participante.
bilateralmente, em portadores ou
O
pequeno
número
de
SOT,
quando
comparados
não de DTM. Não foi possível
indivíduos e o critério de distribuição
determinar
dos indivíduos divididos no grupo de
presente somente em uma das
casos e de controles de acordo com
categorias.
o questionário pode ter exercido um
ponto
a
a
DTM
esteve
Se sugere uma pesquisa com amostra maior e métodos mais
efeito sobre os resultados finais. Outro
se
ser
fidedignos
de
avaliação
para
mencionado é o fato de que as
resultados mais expressivos.
categorias da SOT são progressivas e interpostas de acordo com a
CONFLITOS DE INTERESSES: Não há.
intensidade das lesões, e numa
REFERÊNCIAS
categoria II, os sinais podem ser
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intensos no início mas diminuem no estágio
crônico,
quando
os
problemas de ATM se desenvolvem. Sugerindo que os indivíduos de categoria
I
poderiam
estar
desenvolvendo uma categoria II, fato que pode explicar todos os indivíduos da categoria I terem apresentado graus de disfunção moderada
à
intensa
Anamnésico aplicado,
no
Índice
ou que os
mesmos não apresentaram DTM ou que possuiam disfunções leves, já estavam numa categoria II por um
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