Revista Brasileira de
Quiropraxia Brazilian Journal of Chiropractic Apoio:
REVISTA BRASILEIRA DE QUIROPRAXIA - BRAZILIAN JOURNAL OF CHIROPRACTIC Volume VII - Número 1 – Janeiro a Julho 2016 ÍNDICE – CONTENT
1. EDITORIAL E INSTRUÇÕES AOS AUTORES 2.
04
ESTUDO DE CASO
Chiropractic Care of Pediatric Nonmusculoskeletal Conditions: A Case Series
11
Martin G. Rosen, Charles L. Blum 3.
ARTIGO ORIGINAL
Efeitos da liberação muscular passiva utilizando a técnica Nimmo nas disfunções temporomandibulares
21
Effects of passive muscle release with Nimmo Technique in temporomandibular joint disorders Júlia GregolI e Ranieli Gehlen Zapelini 4.
Análise fotogramétrica da simetria óssea de vértebras cervicais baixas
32
Photogrammetric analysis of lower cervical vertebrae bone symmetry Tricia Santos de Souzal, Danilo Messa da Silvall 5.
Eficácia da técnica de flexão-distração em portadores de lombalgia inespecífica
42
Effectiveness of flexion-distraction technique in patients with nonspecific low back pain Luiz C C CarvalhoI , Warinã E E CoelhoI , Lilian L SaldanhaII, Fernando FRM AzevedoIII 6.
Tratamento quiroprático em futebolistas com osteíte púbica crônica Chiropractic treatment in soccer players with chronic osteitis pubis
49
Caroline Fagundes 7
Alteração do ritmo escapuloumeral pós intervenção quiroprática Change of scapulohumeral pace post chiropractic intervention
56
Nashany ChieleI e Danilo Messa da SilvaII
ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 3 de 65
EDITORIAL
Ensino e pesquisa são princípios indissociáveis e vital na busca da evolução do conhecimento em toda área de atuação profissional. A quiropraxia brasileira tem incentivado inovações na área visando
atender às
necessidades atuais e futuras da sociedade, priorizando a qualidade do cuidado na área da saúde. A atual edição propôs uma série de estudos sublinhando a importância da quiropraxia na sociedade, sua educação e sua colaboração interprofissional na área artromioarticular. À medida em que o curso tem buscado novos caminhos e paradigmas de formação incentivamos o florescimento da pesquisa.
CORPO EDITORIAL
ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 4 de 65
REVISTA BRASILEIRA DE QUIROPRAXIA - BRAZILIAN JOURNAL OF CHIROPRACTIC Corpo Editorial
Editor científico Djalma José Fagundes
Editores assistentes Ana Paula Albuquerque Facchinato Campos Evergisto Souto Maior Lopes
Jornalista científico Anna Carolina Negrini Fagundes Martino
Consultor da língua inglesa Ricardo Fujikawa
Conselho nacional de consultores (Brasil) Eduardo S. Botelho Bracher Fernando Redondo Aline Pereira Labate Fernandes
Conselho internacional de consultores David Chapman Smith Reed Phillips Fábio Dal Bello
Assessoria e Gerência Executiva Mara Célia Paiva
ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 5 de 65
AGRADECIMENTOS
A Revista Brasileira de Quiropraxia publica trabalhos científicos e culturais de interesse aos profissionais da área ósteomioarticular. A qualidade das informações neles expressas é avaliada de forma sistemática por colegas experientes. Todo trabalho de investigação submetido à revista é enviado a especialistas encarregados de revê-los de forma detalhada, visando obter avaliações abalizadas sobre a qualidade técnica do texto. Outros colegas também disponibilizam seu tempo para elaborar revisão ortográfica e formatação dos textos. Em reconhecimento à espontânea colaboração desses especialistas, bem como a conduta ética demonstrada nesse processo, expressamos aqui o nosso agradecimento. Revisão científica Camila de Carvalho Benedicto Carlos Podalirio B. de Almeida Cley Jonir Foster Jardeweski Daniel Facchini Katherine Palmina Cassemiro Colomba Marcos Vinícius Zirbes Mariana Wentz Faoro Vivian Roca Vinícius Tieppo Francio
Formatação de texto Elisangela Zancanário
ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 6 de 65
INSTRUÇÕES AOS AUTORES
Apresentação A Revista Brasileira de Quiropraxia (Brazilian Journal of Chiropractic) é uma entidade aberta de comunicação e divulgação de atividades científicas e profissionais na área de Quiropraxia. Ela recebe colaboração em suas diversas seções, após avaliação de pelo menos dois de seus membros do Conselho de Consultores e que irão julgar a relevância, formatação e pertinência da comunicação. Os autores e coautores devem ter participação efetiva na elaboração do trabalho publicado, seja no seu planejamento, seja na execução e interpretação. O autor principal é o responsável pela lisura e consistência das informações do artigo. Os indivíduos que prestaram apenas colaboração técnica devem ser designados na secção de agradecimentos. O original do artigo ou comunicação deve ser acompanhado de uma carta ao editor-chefe apresentando o título do trabalho, autores e respectivos graus acadêmicos, instituição de origem e motivo da submissão. Deve acompanhar uma carta de cessão dos direitos autorais e compromisso de exclusividade de publicação segundo o modelo: Cessão de Direitos Os autores abaixo assinados estão de acordo com a transferência dos direitos autorais (Ato de Direitos Autorais /1976) do artigo intitulado: ........................................................................
à
Revista
Brasileira
de
Quiropraxia. Por outro lado, garante ser o artigo original, não estar em avaliação por outro periódico, não ser total ou parcialmente publicado anteriormente e não ter conflito de interesses com terceiros. O artigo foi lido e cada um dos autores confirma sua contribuição e está de acordo com as disposições legais que regem a publicação. Cidade, data Nome legível e assinatura de todos os autores. Submissão de artigos
ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 7 de 65
Os originais podem ser submetidos para a apreciação da revista por via eletrônica
(e-mail)
ou
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cópia
em
CD-ROM
(ou
equivalente),
preferencialmente em inglês e ser produzidos em editor de texto compatível com Windows Word, em Times New Roman ou Arial, tamanho 12, margens superior e inferior de 2,5 cm e laterais 3,0 cm. Os parágrafos devem ser separados por espaço duplo, não ultrapassando 12 (doze páginas incluindo referências, figuras, tabelas e anexos). Estudos de casos não devem ultrapassar 6 (seis) páginas digitadas em sua extensão total, incluindo referências, figuras, tabelas e anexos. Os artigos e comunicações enviadas serão analisados pelo editor-chefe; sendo pertinentes e tendo respeitado as normas de formatação da Revista eles serão encaminhados ao Conselho Consultivo da revista para avaliação do mérito científico da publicação. Os originais poderão ser devolvidos para correções e adaptações de acordo com a análise dos consultores ou podem ser recusados. A Revista reserva o direito eventual de recusa sem a obrigação de justificativa. Os artigos originais recusados serão devolvidos aos autores. Figuras, Tabelas e Quadros As figuras e tabelas devem ser enviadas em arquivos separados. As imagens devem ser designadas como “Figuras”, numeradas em algarismos arábicos de acordo com a ordem em que aparecem no texto e enviadas em arquivo JPG ou TIF com alta resolução. As tabelas devem ser numeradas em algarismos romanos de acordo com a ordem em que aparecem no texto. Quadros deve ser numerado em algarismos arábicos de acordo com a ordem em que aparecem no texto. Formato do Artigo Os originais devem conter um arquivo separado com a página de título (title page) onde deve constar: - o título do artigo (máximo de 80 caracteres) - nome completo dos autores - afiliação e mais alto grau acadêmico - instituição de origem do trabalho - título abreviado (running title) máximo de quarenta caracteres - fontes de financiamento ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 8 de 65
- conflito de interesses - endereço completo do autor correspondente (endereço, telefone, fax e email). Formato das Referências As referências devem ser numeradas em algarismos arábicos de acordo com a ordem em que aparecem no texto, no qual devem ser identificadas com o mesmo número no formato sobrescrito. Os autores devem apresentar as referências seguindo as normas básicas de Vancouver com Sobrenome, Prenome do(s) autor(es). Título do artigo. Título do Periódico. Ano; Volume (número); páginas inicial-final. Exemplos de formatação: Artigo: Santos C, Baccili A, Braga P V, Saad I A B, Ribeiro G O A, Conti B M P, Oberg T D. Ocorrência de desvios posturais em escolares do ensino público fundamental de Jaguariúna, São Paulo - Revista Paulista Pediatria. 2009; 27(1): 74-80. Monografia (Livros, Manuais, Folhetos, Dicionários, Guias): Wyatt, L, Handbook of clinical Chiropractic care, 2ª edição. United States: Jones and Bartlett Pusblishers, 2005. Resumo: Ostertag C. Advances on stereotactic irradiation of brain tumors. In: Anais do 3° Simpósio International de Dor; São Paulo: 1997,p. 77 (abstr.). Artigo em formato eletrônico: International Committee of Medical Journal Editors: Uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical journals. Disponível
em
URL:
http://www.acponline.org/journals/annals/01jan97/unifreg.htm. Acessado em 15 de maio 2010. Resumo (abstract) Em arquivo separado deve ser enviado um resumo estruturado (objetivos, métodos, resultados e conclusões) com no máximo 250 palavras. Deverá ter uma versão em português e outra em inglês. Unitermos (keywords)
ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 9 de 65
Ao final do resumo devem constar pelo menos cinco palavras - chaves de acordo com a normatização dos Descritores em Ciências da Saúde da BIREME (Biblioteca Regional de Medicina). Texto Devem
constar
de
Introdução,
Objetivos,
Métodos,
Resultados,
Discussão, Conclusão, Agradecimentos e Referências. Comissão de ética Os artigos devem trazer o número do protocolo da aprovação do Comitê de Ética da Instituição de origem e declaração do preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Contato Revista Brasileira de Quiropraxia/Brazilian Journal of Chiropractic Secretaria Geral: Rua Columbus, 82 - Vila Leopoldina. CEP 05304-010, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: rbquiro@gmail.com - Tel.: +55(11)3641-7819
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ARTIGO ORIGINAL
Chiropractic Care of Pediatric Nonmusculoskeletal Conditions: A Case Series Martin G. Rosen, DC, CSCP. Author of three texts on Pediatrics. Consultant on SOT Clinical texts, teacher and speaker for numerous organizations. Charles L. Blum, DC, CSCP. International teacher and speaker. He is the SOTO-USA representative to the American Alliance of TMD Organizations and a Senior Clinical Instructor at the White Memorial Medical Center’s Cranial/TMJ Clinic in Los Angeles, California. Corresponding author: wellesleychiro@gmail.com
INTRODUCTION: A call has been made for more rigorous scientific inquiry to
conditions
are
routinely
being
treated.
examine the value of manipulative
There
are
some
specific
therapy in the treatment of pediatric
difficulties with performing research
conditions1.
with children, this is because: (1)
Simultaneously there
have also been inquiries by our
Information
scientific community attempting to
second hand from their parents or
isolate what subset of patients with
via parent/doctor observation; and
nonmusculoskeletal
conditions
(2) randomized controlled studies
might respond to chiropractic care2-
have limitations since children by
5.
nature While there is a scarcity of
is
of
their
considered consent
chiropractic
experimental
of
age
to
gathered
are
not
to
give
participate
in
competent
published literature relating to the treatment
usually
studies.
While
conditions6,
randomized controlled studies are
pediatric patients,
the preferred option for investigative
some degree of evidence for this
studies, observational studies may
care
also offer valuable information24.
nonmusculoskeletal particularly of
has
been
found
in
the
literature7-23. This paper attempts to facilitate
a
chiropractic office
where
glimpse
reports
have
a
a
tendency to represent a positively
practitioner’s
biased presentation of selectively
nonmusculoskeletal
chosen patients by a doctor, yet still
clinical
into
Case
ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 11 de 65
in some instances they may offer an
that met the above inclusion criteria
important glimpse into what is taking
and were entered into a SPSS
place in chiropractic clinical practice.
spreadsheet
METHODS:
same clinician treated all pediatric
As standard practice of this
patients.
for
In
tabulation.
all
cases
The
active
office for follow up, patient control,
chiropractic care consisted of sacro
and management, parents of an
occipital
active group of pediatric patients
pediatric treatments25-7, five of 37
(2000-07) were (n=127) sent a
cases ancillary procedures were
questionnaire via the mail. The
used
questionnaire inquired about follow
function including: cross patterning,
up
child's
biofeedback, early intervention, and
response to care. For the purposes
targeted exercise were utilized, and
of this case series children treated
in four of 37, nutritional support or
for nonmusculoskeletal symptoms
homeopathic allergy desensitization
(n=37) out of those who responded
was utilized.
information
on
their
technique
to
improve
and
cranial
neurological
to the questionnaire were used for this case series. Data were extracted from questionnaires RESULTS
65/127 parents responded from our standard follow up outreach and 37/65 were treated for nonmusculoskeletal presentations (Table 1). Of the 37 (17♂, 20♀) ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 12 de 65
nonmusculoskeletal
pediatric
patients,
five
were
treated
for
immune
dysfunction, seven for developmental delays/dysfunction, nine for birth trauma, one for seizure activity, four for learning problems, three for endocrine problems,
three
for
migraines,
two
gastrointestinal
issues,
two
for
fussiness/agitated/anxiety, and one for enuresis. Immune dysfunction presentations (n=5, 3♂, 2♀) consisted of children (1.2-6 years old) with allergies, asthma, ear infections, eczema, chronic congestion, and chronic recurring coughs, needing between 5-20 (average 11.4) office visits until significant improvement was noted. Developmental delays/dysfunction presentations (n=7, 4♂, 3♀) consisted of children (5 months-6 years old) with difficulties with verbal skills, motor skills/coordination, ambulation, visual dysfunction, and tics – vocal and physical, needing between 5-14 (average 10.1) office visits until significant improvement was noted. Birth trauma presentations (n=9, 5♂, 4♀) consisted of children (3 days-1.8 years old) with secondary birth difficulties due to c-section, vacuum delivery, premature birth, and nursing difficulties, needing between 1-12 (average 5.5) office visits until significant improvement was noted. Seizure activity presentations (n=1♀) consisted of a child 3.8 years old, significant improvement was noted after one treatment. Learning problem presentations (n=4, 3♂, 1♀) consisted of children (2.4-13.4 years old) with ADD, ADHD, Asperger’s Syndrome, and verbal issues, needing between 1-9 (average 6) office visits until significant improvement was noted. One of the four children (male 7.25 years old) received 28 office visits and while showing improvement of objective findings his ADHD, focus and impulse control issues did not respond to care. Endocrine problem presentations (n=3♀) consisted of children (8.6-14 years old) with low HGH/stature, menarche symptoms, and thyroid dysfunction, needing between 3-18 (average 13) office visits until significant improvement was noted. Migraine headache presentations (n=3, 1♂, 2♀) consisted of children (8.3 – 14 years old) needing between 1-6 (average 3.3) office visits until
significant
improvement
was
noted.
Gastrointestinal
dysfunction
presentations (n=2, 1♂, 1♀)) consisted of children (2 weeks and 1 year old) needing between 2-6 (average 4) office visits until significant improvement was noted.
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Patients (n=2♀) seen for fussiness/agitated/anxiety were 2 and 3 months old needing between 1-5 (average 3) office visits until significant improvement was noted. One female patient (9.4 year old) presented with enuresis needing 14 office visits until significant improvement was noted. DISCUSSION: evidence-
were reported29. Another similar
integrating
study this one a survey of parents
clinical
(n=389) of the children (n=389)
published
receiving care (n= total of 3048
research. Before the benefit of an
office visits) no treatment-associated
intervention
investigated
complications were reported. Two
reasonable study into possible risks
cases (“soreness and stiffness”) of
should be determined. A 3-year
treatment-related aggravation were
retrospective
reported but were self-limiting30.
A based
challenge healthcare
historically practice
in is
successful with
current
is
study
of
pediatric
patients younger than 3 years of age
Developing
(n = 781) from the Anglo-European
chiropractic
College
particularly
of
teaching
Chiropractic clinic
(AECC)
practice
a
pediatric
evidence one
base, for
in
nonmusculoskeletal conditions, for
Bournemouth, England determined
practicing doctors would likely start
that
with
chiropractic
manipulation
expanding
the
doctor’s
produced very few adverse effects
knowledge of pediatric diagnosis
and was a safe form of therapy in
and treatment options. This process
the treatment of patients in this age
could involve a certification process
group28. In one study investigating
such as one by the International
chiropractic therapy a survey of
Chiropractic Pediatric Association
practitioners found of the 812 clinical
(ICPA) that has postgraduate 180-
cases, 717 indicated experiencing
hour certification and 360 hour
an
diplomat programs. Implementing
improvement
presenting
with
symptoms,
their
while
9
chiropractic adjustive techniques on
patients reported treatment-related
newborns,
aggravations. These were described
children is completely different from
as
dealing with the adult patient so
“soreness”
treatment-related
or
“fussy.”
No
complications
learning
infants,
appropriate
and
young
chiropractic
ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 14 de 65
therapeutic interventions to mitigate
treatment
any adverse response to treatment31
nonmusculoskeletal
may be important. Sacro occipital
patients in this case series was high
technique (SOT) has protocols that
because only the parents of patients
are indicator based and offer the low
that were satisfied with their child’s
force techniques may be better
care and those who had a positive
applied to a young child.
response chose to respond to the
Cranial techniques, which are part of
questionnaire.
SOT’s
CONCLUSION
system
treatment
of
analysis
maybe
address
indicated
some
developmental Sacro
and
and
conditions.
The
Technique
Organization – USA (SOTO-USA) like the ICPA also has a certification program to ensure that practitioners treating
pediatric
patients
appropriate
training.
reasonable
that
It
have seems
chiropractic
pediatric practitioners who are using SOT and cranial procedures are adequately trained in pediatrics and SOT/cranial care, possibly through certification programs. Part of this training should be to know when it is appropriate to refer patients for emergency care and working within a complementary and alternative
The case series was based on a response to questionnaires sent mainly to parents of children receiving ongoing care at this office. is
possible
the
pediatric
success
Since it does appear from this case
series
that
both
pediatric
Nonmusculoskeletal conditions may benefit
from
SOT
and
cranial
pediatric adjustive techniques there is a greater need to investigate whether these responses to care are individualized to one practitioner or can
be
generalized
chiropractic
profession.
importance
to
chiropractic
pediatric
to It
the is
investigate
of if
adjustive
techniques that include treatment of nonmusculoskeletal conditions, are actually accomplishing what they purport. Treatment with controls and possibly some sham procedures may be worth greater study35. Of essence is integrating successful
medicine (CAM) arena32-4.
It
for
to
newborn
Occipital
(N=36/37)
in
chiropractic treating
clinical
pediatric
practices
patients
with
nonmusculoskeletal conditions and the investigations of the chiropractic research community so that each
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faction
is
not
functioning
independent of one another, thus
limiting the building of an accurate evidence base.
REFERENCES 1. HYPERLINK"http://www.dcconsult. com/ResultsMedline.html?SelectDISC=AN Y&SelectLNG=ANY&IncludeYRS=no&AUS earch=yes&DispGroup=25&Display=TI&AU Text=Gotlib,+A"Gotlib, A.; HYPERLINK"http://www.dcconsult.com/Res ultsMedline.html?SelectDISC=ANY&Select LNG=ANY&IncludeYRS=no&AUSearch=ye s&DispGroup=25&Display=TI&AUText=Rup ert,+R"Rupert, R.; Chiropractic manipulation in pediatric health conditions an updated systematic review. HYPERLINK "http://www.dcconsult.com/ResultsMedline. html?SelectDISC=ANY&SelectLNG=ANY&I ncludeYRS=no&PBSearch=yes&DispGroup =25&Display=TI&PBText=Chiropr%20 Osteopat" Chiropr Osteopat. 2008 Dec; Vol. 16(4) Pgs. 11 2. HYPERLINK"http://www.ncbi.nlm.ni h.gov/sites/entrez?Db=pubmed&Cmd=Sear ch&Term=%22Hawk%20C%22%5BAuthor %5D&itool=EntrezSystem2.PEntrez.Pubme d.Pubmed_Results Pan El.Pubmed_DiscoveryPanel.Pubmed_RVA bstractPlus" Hawk C,HYPERLINK"http://www.ncbi.nlm.nih.gov/ sites/entrez?Db=pubmed&Cmd=Search&T erm=%22Khorsan%20R%22%5BAuthor%5 D&itool=EntrezSystem2.PEntrez.Pubmed.P ubmed_ResultsPanel.Pubmed_DiscoveryP anel.Pubmed_RVAbstractPlus" Khorsan R, HYPERLINK "http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez?D b=pubmed&Cmd=Search&Term22Lisi%20AJ%22%5BAuthor%5D&itool=En trezSystem2.PEntrez.Pubmed.Pubmed_Re sultsPanel.Pubmed_DiscoveryPanel.Pubm ed_RVAbstractPlus" Lisi AJ, HYPERLINK"http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sit es/entrez?Db=pubmed&Cmd=Search&Ter m=%22Ferrance%20RJ%22%5BAuthor%5 D&itool=EntrezSystem2.PEntrez.Pubmed.P ubmed_ResultsPanel.Pubmed_DiscoveryP anel.Pubmed_RVAbstractPlus" Ferrance RJ, HYPERLINK"http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sit es/entrez?Db=pubmed&Cmd=Search&Ter m=%22Evans%20MW%22%5BAuthor%5D &itool=EntrezSystem2.PEntrez.Pubmed.Pu bmed_ResultsPanel.Pubmed_DiscoveryPa nel.Pubmed_RVAbstractPlus" Evans MW. Chiropractic care for nonmusculoskeletal conditions: a systematic review with implications for whole systems research. HYPERLINK "javascript:
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ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Pรกgina 16 de 65
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ARTIGO ORIGINAL Efeitos da liberação muscular passiva utilizando a técnica Nimmo nas disfunções temporomandibulares Effects of passive muscle release with Nimmo Technique in temporomandibular joint disorders Júlia GregolI e Ranieli Gehlen ZapeliniII I – Graduando em Quiropraxia. Instituto de Ciências da Saúde. Universidade Feevale. Rio Grande do Sul. Brasil II – Quiropraxista. Ma. em Saúde Coletiva. Docente na Universidade Feevale. E-mail do autor correspondente: juliagregol@gmail.com Artigo recebido em: 7 de janeiro 2016 e aprovado em:14 de janeiro 2016. ABSTRACT OBJECTIVES: To evaluate the effect of passive muscle release, with Nimmo technique in patients with temporomandibular joint disorders. Analyze the intensity of the pain in the temporomandibular joint, headache and neck pain, beyond the range of oral motion (ROM), after passive muscle release of the muscles of mastication, sternocleidomastoid and trapezius. METHODS: Pre-experimental research, with a non-probabilistic sample of 14 individuals of both sexes, over the age of 18. The Research Ethics Committee (REC) of the University Feevale approved the study. Consultations were held for two weeks, four appointments. The instruments of research used were the visual analogue scale for pain, caliper to measure the oral ROM and the Fonseca Questionnaire to determine the severity of TMD. The procedure performed consisted of sustaining pressure for 7 seconds of the trigger points found in the muscles of mastication, trapezius and sternocleidomastoid using the protocol of Nimmo technique. RESULTS: Of the 14 subjects, 13 were females with an average age of 37.86 years old. After completion of treatment there was an 85.38% improvement compared to the pain symptoms in the TMJ, 94.43% improvement in headache complaints, 100% reduction of neck pain, 11.70% of increase in oral ROM and a decrease of 51.31% in the severity of TMD. There was a statistically significant difference for all variables (p <0.05). CONCLUSION: The sample showed a reduction in the intensity of pain symptoms and the severity of TMD, headache and neck pain, and increased oral ROM. The use of Nimmo technique has a positive effect in the treatment of temporomandibular joint dysfunction. KEYWORDS: Temporomandibular Joint Disorders. Trigger Points. Chiropractic.
RESUMO: OBJETIVOS: Verificar o efeito da liberação muscular passiva, com a técnica Nimmo, em pacientes com disfunções da articulação temporomandibular. Analisar a intensidade do quadro álgico da articulação temporomandibular, de cefaleia e cervicalgia, além da amplitude de movimento (ADM) bucal, após a liberação muscular passiva dos músculos da mastigação, esternocleidomastoideo e trapézio. MÉTODOS: Pesquisa pré-experimental, amostra não probabilística composta por 14 indivíduos, de ambos os sexos, maiores de 18 anos. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Feevale. Foram realizados quatro atendimentos durante duas semanas. Os instrumentos da pesquisa foram a escala visual analógica de dor, paquímetro para mensurar a ADM bucal e Questionário Fonseca para determinar o grau de severidade da DTM. O procedimento realizado consistiu em pressão sustentada por 7 segundos dos pontos-gatilho encontrados nos músculos da mastigação, trapézio e esternocleidomastoideo, utilizando o protocolo da técnica Nimmo. RESULTADOS: Dos 14 indivíduos, 13 eram do sexo feminino, com idade média de 37,86
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anos. Após o tratamento houve 85,38% de melhora em relação ao quadro álgico na ATM, 94,43% de melhora na queixa de cefaleia, 100% de redução da cervicalgia, 11,70% de aumento na ADM bucal e uma diminuição de 51,31% no grau de severidade da DTM. Houve diferença estatisticamente significativa para todas as variáveis analisadas (p<0,05). CONCLUSÃO: A amostra demonstrou redução da intensidade do quadro álgico e da severidade de DTM, cefaleia e cervicalgia, além de aumento da ADM bucal. A utilização da técnica Nimmo obteve resultados satisfatórios no tratamento das disfunções temporomandibulares. PALAVRAS-CHAVE: Transtornos da articulação temporomandibular. Pontos-Gatilho. Quiroprática.
INTRODUÇÃO A
disfunção
temporomandibular
(DTM)
reconstrutora
da
articulação
temporomandibular3.
caracteriza-se como um conjunto de
Na prática da quiropraxia, é
condições articulares e musculares
comum
que
diagnosticados com disfunção na
afetam
a
região
crânio-
ATM
e
cefaleia,
diversos tratamentos sem obter sua
cervicalgia, dores faciais, dor na
completa resolução. A abordagem
região
quiroprática consiste de manobras
como:
da
articulação
foram
pacientes
orofacial, podendo ocasionar sinais sintomas
que
atender
submetidos
temporomandibular (ATM) e nos
manuais
músculos da mastigação, otalgia,
articulação
cansaço, limitação na amplitude de
técnicas de liberação muscular4. A
movimento (ADM) da boca, dor
dor muscular é a causa mais
durante a mastigação, zumbido,
comum de dor mastigatória, sendo
entre outros1. Estima-se que cerca
responsável por 60% dos casos de
de
distúrbios temporomandibulares5.
50%
da
população
pode
realizados
sobre
a
a
temporomandibular
e
apresentar sinais da disfunção, que
O quiropraxista Raymond L.
acomete principalmente mulheres
Nimmo desenvolveu uma técnica de
com idade entre 20 e 40 anos2.
liberação
Os
tratamentos
miofascial
passiva
na
para
década de 50, que consiste na
pacientes com DTM variam de
pressão sustentada dos pontos-
terapias
gatilho. Como consequência, há o
conservadoras
como
fisioterapia e placas oclusais, a
aumento
tratamentos
ajudando na eliminação de agentes
irreversíveis,
agressivos como
a
e cirurgia
da
sensibilizadores
circulação
de
local
nociceptores,
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diminuindo assim a tensão e a
ambos os gêneros, maiores de 18
atividade do ponto gatilho, o que
anos, com diagnóstico odontológico
gera alívio de dor6.
de DTM.
Os
pontos-gatilho
são
Critérios de exclusão:
encontrados com frequência nos
Pacientes que apresentaram
músculos da cabeça e do pescoço
clinicamente
e, assim, representam uma fonte
contraindicação
comum de dor craniofacial7. Os
quiroprático
músculos
hematomas e infecções na área
da
mastigação,
qualquer ao
tratamento
miofascial,
doenças
como
esternocleidomastoideo e também
envolvida,
trapézio podem apresentar pontos
fratura,
desencadeantes que referem dor à
maligno), lesão vascular, edema,
diversas estruturas faciais, dentre
qualquer lesão de pele na região e
elas ATM, podendo gerar também
fibromialgia.
cefaleia tensional8.
Procedimentos
tumores
autoimunes, (benigno
ou
O presente estudo busca
Após aprovação do Comitê
apresentar os efeitos da liberação
de Ética e Pesquisa a pesquisadora
muscular
outra
entrou em contato com as clínicas
possibilidade de tratamento para
odontológicas para ter acesso aos
uma abordagem interdisciplinar das
pacientes. Os participantes foram
disfunções
temporomandibulares,
convidados a assinar um Termo de
utilizando a técnica Nimmo, em
Consentimento Livre e Esclarecido.
pacientes com DTM.
As consultas foram realizadas duas
MÉTODOS
vezes por semana durante duas
passiva
como
O estudo trata-se de uma pesquisa
pré-experimental,
semanas,
totalizando
atendimentos.
Cada
quatro
atendimento
aprovada pelo Comitê de Ética em
teve duração de 30 minutos. Em
Pesquisa (CEP) da Universidade
todas as consultas foi aplicada a
Feevale sob o parecer número
Escala Visual Analógica (EVA) de
46367415.0.0000.5348.
dor.
Amostra
atendimento
foi
realizada
a
mensuração
da
amplitude
de
A população estudada foi composta
de
14
indivíduos
de
No
movimento
primeiro
bucal
e
no
último
medindo-se
a
distância interincisal com o auxílio ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 23 de 65
de um paquímetro e aplicado o
músculos
Questionário Fonseca para avaliar
medial e pterigoideo lateral foram
os
liberados
níveis
da
disfunção
temporomandibular, categorias
de
pelas gravidade
de
masseter,
pterigoideo
utilizou-se
luvas
descartáveis. Estatística
sintomas: sem DTM (0 a 15 pontos),
Foram calculados média e
DTM leve (20 a 40 pontos), DTM
desvio padrão da idade, amplitude
moderada (45 a 65) e DTM intensa
de movimento, dor e nível da
(70 a 100 pontos)9.
disfunção temporomandibular. Em
O
procedimento
realizado
relação
à
cefaleia
demais
consistiu em pressão sustentada
variáveis
por cinco a sete segundos dos
frequências relativas e absolutas.
pontos-gatilho
Foi utilizado o teste estatístico “T de
encontrados
nos
foram
e
calculadas
as
músculos da mastigação (masseter,
Student” ao
temporal,
confiança, e utilizado o software
pterigoideo
medial
e
nível
de
95% de
pterigoideo lateral) e nos músculos
Statistical
Package
for
trapézio e esternocleidomastoideo,
Sciences
(SPSS),
versão
utilizando o protocolo da técnica
verificado as médias pré e pós
Nimmo.
tratamento.
Este
procedimento
foi
Social 20
repetido por três vezes. Quando os RESULTADOS O presente estudo avaliou os efeitos da liberação muscular passiva nas DTMs. A amostra foi composta por 14 indivíduos com idade média de 37,86 anos (desvio padrão de 12,32 anos), sendo a mínima 22 e a máxima 61. Dos 14 indivíduos, 92,9% (n=13) do gênero feminino e 7,1% (n=1) do masculino. A Tabela 1 apresenta a média de dor dos indivíduos quanto à ATM, cefaleia e cervicalgia nos momentos pré e pós-intervenção. Percebe-se que houve redução significativa do quadro álgico de todas as variáveis analisadas ao final do tratamento.
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Tabela 1 - EVA ATM, cefaleia e cervicalgia pré e pós tratamento
Variável analisada EVA ATM
Momento da análise Pré-intervenções Pós-intervenções
Média de dor 6,36 0,93
Desvio Padrão (DP) + 2,20 + 1,81
Significância (p) p = 0,000
EVA CEFALEIA
Pré- intervenções Pós-intervenções
5,21 0,29
+ 3,37 + 1,06
p = 0,000
EVA Pré-intervenções CERVICALGIA Pós-intervenções
3,86 0,00
+ 3,71 + 0,00
p = 0,002
Os dados expostos no Gráfico 1 demonstram a evolução dos indivíduos a cada consulta. A queixa na articulação temporomandibular teve média inicial de 6,36, reduzindo para 3,07 na segunda intervenção, 1,71 na terceira e finalizando com 0,93. A média de dor inicial de cefaleia foi de 5,21, passando para 0,86 na segunda consulta, 0,5 na terceira e 0,29 ao final do tratamento. Os níveis médios de cervicalgia foram inicialmente 3,86, diminuindo para 0,07 no segundo atendimento e permanecendo em 0 na terceira e quarta intervenção. Nota-se que a redução da média de dor atingiu os níveis mais expressivos com apenas um único atendimento (51,73% de melhora na queixa de ATM, 83,49% de alívio na cefaleia e 98,19% de redução de cefaleia). Gráfico 1- Evolução do quadro álgico do paciente a cada consulta
Conforme apresentado na Tabela 2 a média de amplitude de movimento bucal dos participantes da pesquisa pré-tratamento foi de 3,21 cm. Após o término dos atendimentos a média da amplitude obtida foi de 3,64 cm. ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 25 de 65
Tabela 2 - ADM bucal pré e pós tratamento, em cm
Variável analisada
Momento da Análise
ADM BUCAL
Pré-intervenções Pós-intervenções
Média da ADM bucal, em cm 3,21 3,64
Desvio Padrão (DP) + 0,89 + 0,63
Significância (p) p = 0,028
A Tabela 3 demonstra a pontuação média dos indivíduos segundo o Questionário Fonseca pré e pós-intervenções. Anteriormente ao início do tratamento a média foi 68,21 pontos, que se enquadra na classificação entre os graus moderado e intenso. Após os atendimentos a pontuação baixou para 33,21, valor que indica a presença de DTM de grau leve. Tabela 3 - Pontuação média do Questionário Fonseca pré e pós tratamento
Variável analisada
Momento da Análise
Pontuação Média
Questionário Fonseca
Pré-intervenções Pós-intervenções
68,21 33,21
Desvio Padrão (DP) + 13,81 + 12,49
Significância (p) p = 0,000
A Tabela 4 expõe o percentual de melhora álgica dos indivíduos ao final do tratamento. Pode-se observar que a média de dor para a articulação temporomandibular teve melhora de 85,38%, a queixa de cefaleia teve sua intensidade reduzida em 94,43% e os indivíduos com cervicalgia obtiveram 100% de redução da queixa. A amplitude de movimento bucal demonstrou 11,70% de aumento e o nível de severidade da disfunção temporomandibular determinada pelo questionário Fonseca obteve redução de 51,31%. Tabela 4 - Percentual de melhora dos indivíduos pós tratamento
Variável analisada
Percentual de melhora (%)
EVA ATM
85,38
EVA Cefaleia
94,43
EVA Cervicalgia
100
ADM Bucal
11,70
Questionário Fonseca
51,31
ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 26 de 65
DISCUSSÃO Segundo
apresentação
anos a principal causa de DTM é de
dos dados, a utilização do protocolo
origem muscular, após esta idade, o
da
principal fator etiológico passa a ser
técnica
a
Nimmo
resultados
demonstrou no
a degeneração articular8. Sendo a
distúrbios
média de idade dos indivíduos do
reduzindo
presente
satisfatórios
tratamento
dos
temporomandibulares,
estudo
37,86
anos
a
também a intensidade de sintomas
diminuição das queixas álgicas pela
como
técnica de liberação miofascial pode
dor
na
articulação
temporomandibular,
cefaleia
e
cervicalgia.
estar
relacionada
às
sentenças
acima.
As
disfunções
Segundo preconiza a técnica
acometem
Nimmo, são necessárias em média
principalmente mulheres de 20 a 40
três intervenções para uma melhora
anos2,10,
se
significativa do paciente13. O que
equipara aos dados obtidos nessa
confirmou o presente estudo, que
pesquisa. Acredita-se que a maior
ao
prevalência
apresentou
temporomandibulares
informação
de
que
desordens
da
articulação temporomandibular em mulheres aumento
deve-se dos
ao
níveis
fato
término
das
intervenções resultados
estatisticamente significativos.
do
Os achados relacionados à
hormonais,
diminuição das queixas álgicas dos
explicando também a idade mais
indivíduos
e
ao
comum do acometimento das DTM
amplitude
de
movimento
ser a idade fértil11. Outra hipótese
equiparam-se a um estudo realizado
encontrada aponta para o fato de
em 2009, em que um paciente com
que
dor
a
prevalência
do
gênero
aumento
na
da bucal
articulação
feminino está relacionada com uma
temporomandibular e diminuição da
resistência muscular diminuída e
ADM
menor tolerância e adaptabilidade
combinando
da musculatura nas mulheres12.
terapia
bucal
recebeu
tratamento
terapia
miofascial,
de
pontos-gatilho,
De acordo com a literatura,
mobilização temporomandibular e
a dor miofascial é responsável por
ajustes cervicais, obtendo melhora
cerca de 60% de todos os distúrbios
do quadro álgico e aumento da
temporomandibulares5. Até os 40
amplitude de movimento da boca14.
ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 27 de 65
Outra pesquisa apresenta o
músculo digástrico em 20 indivíduos
caso de um paciente com dor na
com diminuição da amplitude de
ATM e cefaleia que foi tratado com
abertura da boca (39,25 mm) e
terapia
moles,
obtiveram aumento da amplitude de
mobilização do osso hioide e da
movimento bucal (44,70mm) com
articulação
apenas uma única intervenção17.
de
tecidos
temporomandibular
e
manipulação cervical. Após três
Um
estudo
avaliou
45
intervenções o indivíduo relatou
mulheres dividas em dois grupos.
alívio dos sintomas apresentados
Grupo 1 - Diagnosticadas com DTM
inicialmente15.
e
Outro estudo realizado com
Grupo
2
-
Saudáveis.
Foi
analisada a intensidade de sintomas
93 pacientes que apresentavam
como
DTM miogênica e foram alocados
cervicalgia, apertamento dos dentes
em rês grupos: Grupo 1 – tratados
e dificuldade para dormir através da
com terapia miofascial intramural
EVA. O limiar de dor dos músculos
duas vezes por semana durante
masseter,
cinco
semanas.
Grupo
2
–
a
dor
na
ATM,
temporal
trapézio
cefaleia,
anterior,
superior
e
intervenção era composta de terapia
esternocleidomastoideo foi aferido
miofascial intraoral e exercícios.
com dolorímetro e a qualidade de
Grupo 3 – não realizado tratamento,
vida
demonstrou que os grupos 1 e 2
questionário SF-36. Os resultados
obtiveram
diferenças
demonstraram que mulheres com
significantes
DTM têm maior intensidade dos
quanto a melhora da dor e aumento
sintomas de dor, apertamento dos
da amplitude de movimento bucal
dentes, dificuldade de dormir, maior
(p<0,05) quando comparados ao
sensibilidade dolorosa em músculos
grupo 316.
mastigatórios e cervicais e pior
estatisticamente
Uma pesquisa feita em 2011 onde
foi
realizada
manipulação
miofascial no ventre muscular do
analisada
qualidade
de
através
vida
do
quando
comparadas com mulheres sem DTM18.
músculo temporal, na borda externa
Para alguns autores, dor na
da órbita ocular, no centro do ventre
articulação temporomandibular é o
muscular do músculo masseter e
sintoma
anteriormente no corpo muscular do
desordens
mais
evidente
das
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temporomandibulares10,19.
Tal
diferença entre os momentos pré e
informação
aos
pós-intervenção
assemelha-se
resultados
nessa
significância estatística, além de
pesquisa, em que a média de dor da
todos os indivíduos relatarem maior
ATM foi superior quando comparada
conforto e mais facilidade para
à cefaleia e cervicalgia.
realizar
De
encontrados
mostrou
acordo
com
outros
mais
comuns
das
atividades
diárias
como mastigar e falar.
autores, a dor de cabeça é um dos sintomas
suas
Infelizmente, obteve
baixa
a
pesquisa
amostragem,
14
desordens temporomandibulares e
indivíduos, e apenas um deles do
a
gênero masculino, o que prejudicou
cefaleia
associada
mais à
frequentemente
DTM
é
tipo
os resultados do estudo, apesar
tensional1.11. Estudos demonstram a
destes terem se mostrado muito
eficácia da aplicação de técnicas de
satisfatórios. A não realização do
liberação miofascial em indivíduos
acompanhamento do quadro dos
que
indivíduos
apresentem
do
cefaleia
tensional15,20,21. Dados
após
o
término
dos
atendimentos para determinar a encontrados
na
duração do efeito da técnica Nimmo
literatura demonstram divergência
nas
quanto aos valores normais de
temporomandibulares caracteriza-se
amplitude de movimento bucal. A
como ponto fraco da pesquisa.
média de valores determina que
disfunções
A
relevância
estudo
consideradas restritas e que o
quiropraxistas
normal se encontra na faixa de 5,5 a
profissionais da saúde, a liberação
6 cm10,17,22,23.
muscular Técnica
apresentar
do
mensurações abaixo de 4,0 cm são
A média de ADM bucal dos
é
clínica
e
passiva, Nimmo,
para demais
através como
da outra
participantes do presente estudo
possibilidade de tratamento para
pré-tratamento foi de 3,21 cm. Após
uma abordagem interdisciplinar das
o término dos atendimentos a média
disfunções
da amplitude obtida foi de 3,64 cm.
melhorando a qualidade de vida do
Apesar
temporomandibulares,
de
muitos
autores
paciente de forma segura e eficaz.
considerarem
esses
valores
CONCLUSÃO
inferiores ao mínimo esperado, a ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 29 de 65
A Nimmo
utilização obteve
da
técnica
resultados
satisfatórios quanto à diminuição de sintomas e grau de gravidade da DTM na amostra estudada. Sugerese, portanto, que a técnica Nimmo tem um efeito positivo no tratamento das DTMs. CONFLITO DE INTERESSES Não há. REFERÊNCIAS 1. Menezes MS et al. Correlação entre cefaleia e disfunção temporomandibular. Fisioterapia e Pesquisa. abr./jun. 2008;15(2):183-7. 2. Fagundes DJ. Quiropraxia diagnóstico e tratamento da coluna vertebral. São Paulo, Roca: 2013. 3. Botelho LC et al. Estudo longitudinal dos sinais e sintomas de disfunção temporomandibular frente a tratamento conservador com placa estabilizadora em clínica de graduação. Arq Odontol. abr/jun 2012;48(2):76-81. 4. Chapman – Smith D. Quiropraxia uma profissão na área da saúde. São Paulo, Anhembi Morumbi; 2001. 5. Roenn JH von,Paice JÁ, Preodor ME. Current: diagnóstico e tratamento na dor. Rio de Janeiro, RJ: Mc Graw Hill, 2008. 6. Cohen JH, Scneider M. Receptor-tonus technique: an overview. Chiropractic Technique. Feb, 1990;2(1):13-16. 7. Mongini F. ATM e músculos craniocervicofaciais, fisiopatologia e tratamento. Livraria Santos;1998. 8. Biasotto-Gonzalez DA. Abordagem Interdisciplinar das Disfunções Temporomandibulares. São Paulo, Editora Manole: 2005. 9. Chaves TC, Oliveira AS, Grossi DB. Principais instrumentos para avaliação da
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ARTIGO ORIGINAL
Análise fotogramétrica da simetria óssea de vértebras cervicais baixas Photogrammetric analysis of lower cervical vertebrae bone symmetry Tricia Santos de Souzal, Danilo Messa da Silvall l. Quiropraxista e Estudante de Especialização em Quiropraxia Clínica Avançada. Instituto de Ciências da Saúde. Universidade Feevale. Novo Hamburgo. Brasil. ll. Quiropraxista e docente na Universidade Feevale. Novo Hamburgo. Brasil. E-mail do autor correspondente: triciargs@hotmail.com Artigo recebido em 28 de janeiro de 2016 e aprovado em 05 de fevereiro 2016. ABSTRACT OBJECTIVE: To analyze the anatomical symmetry between the cervical vertebrae in the axial plane in vertebral levels C5, C6 e C7, and to measure anatomical differences. METHODS: The sample was composed of 31 cervical vertebrae, each one photographed in the axial plane. Three parameters were measured in each vertebrae image: the distance between the side portion of the articular pillars and the final sagittal posterior portion of spinous process; the angle of the articular pillars with the sagittal plane; and the angle of the spinous process with the sagittal plane. A general descriptive analysis of the data obtained in the study was accomplished, in which included absolute numbers, mean and standard deviation (DP) and the vertebrae were compared to each other, according to its corresponding vertebral level. RESULTS: Among the results obtained, the smallest asymmetry of the vertebral level measurements were in C5 and the greater variation in asymmetry was found in the C6 vertebrae level. CONCLUSION: These results show that there is a certain level of asymmetry between the cervical vertebrae in the axial plane, however, for not having a previous pattern described; one cannot affirm how significant this asymmetry is. It suggests that future anatomical studies include images in the sagittal and coronal planes. KEYWORDS: Palpation, chiropractic, cervical vertebrae.
RESUMO OBJETIVO: Analisar a simetria anatômica entre as vértebras cervicais no plano axial nos níveis vertebrais C5, C6 e C7, e mensurar as diferenças anatômicas. MÉTODOS: A amostra foi composta por um total de 31 vértebras cervicais, cada uma delas fotografada no plano axial. Foram medidos três parâmetros em cada uma das imagens das vértebras: a distância entre a porção mais lateral dos pilares articulares e a porção final posterior sagital do processo espinhoso; o ângulo dos pilares articulares com o plano sagital; e o ângulo do processo espinhoso com o plano sagital. Foi realizada uma análise descritiva geral dos dados obtidos no estudo, em que se incluíram números absolutos, média e desvio padrão (DP) e as vértebras foram comparadas entre si, de acordo com seu nível vertebral correspondente. RESULTADOS: Entre os resultados encontrados, as menores medidas de assimetrias foram no nível vertebral de C5 e a maior variação de assimetria foi encontrada no nível vertebral de C6. CONCLUSÕES: Os valores encontrados demonstram que existe um determinado nível de assimetria entre as vértebras cervicais no plano axial, porém por não ter um padrão anterior de medida descrito, não se pode afirmar a quão significativa é essa assimetria. Sugere-se que em estudos futuros anatômicos incluam imagens nos planos sagital e coronal. PALAVRAS-CHAVE: Palpação. Quiropraxia, Vértebras Cervicais.
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INTRODUÇÃO A região cervical é a parte
também
como
base
para
mais móvel da coluna vertebral e
tratamento
também a mais vulnerável às forças
torna
traumáticas, pelo fato de que suas
segmentos vertebrais crucial para
funções primordiais são manter a
procedimentos
postura
realizados4.
da
enquanto
cabeça
as
equilibrada,
facetas
a
manipulativo,
o
localização
o
que
exata
dos
comumente
articulares
Saber como é a estrutura
permitem o movimento em todas as
antes de palpá-la é imprescindível
direções1.
para um bom resultado final e
Os
distúrbios
musculoesqueléticos
da
coluna
estudos têm buscado confirmar a reprodutibilidade
e
confiabilidade
cervical são comuns, com uma
dos métodos de palpação, utilizados
prevalência de dor de 87% na
não só por quiropraxistas, mas por
população
estão
profissionais da saúde em geral4-7.
associados a fatores econômicos,
Há uma crescente preocupação
sociais e pessoais2. Dentre as
com a acurácia palpatória entre
intervenções
terapêuticas
médicos que realizam anestesia
recomendadas e utilizadas como
peridural, visto que a inserção de
modalidades de tratamento eficazes
uma agulha no espaço intervertebral
para dor cervical e a incapacidade
incorreto
associada
permanentes ao paciente5, 7.
em
por
geral
ela,
e
estão
a
mobilização e manipulação cervical e torácica3.
pode
acarretar
danos
Historicamente, as profissões de
medicina
manual,
osteopatia,
principal da sua prática a avaliação
fisioterapia,
e tratamento das desordens do
método
sistema
musculoesquelética da assimetria
Quiropraxistas
utilizam
de
quiropraxia
são
baseadas
de
posicionamento
no
avaliação
de
marcos
ósseos,
método de análise do Complexo de
encontrar informações sobre
Subluxação
e
posições relativas de determinadas
disfunções em seus pacientes, e
estruturas8. Existe evidência de que
(CSV)
a
a
rotineiramente a palpação como
Vertebral
com
e
a
A quiropraxia tem como foco
neuromusculoesquelético.
a
como
finalidade
de as
ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 33 de 65
a validade da palpação estática
articulares,
para localizar o local de aplicação
contornos e alinhamentos¹.
da manipulação não é clara9. Já em
comparando
Quanto
mais
seus
informações
relação à palpação dinâmica, na
forem
presença de disfunção segmentar
ósseos das vértebras, mais acurada
da coluna vertebral, pode haver
poderá
padrões anormais de movimento
palpatória e radiológica.
que devem ser categorizados como
obtidas
se
sobre
tornar
detalhes
a
análise
O presente estudo teve por
sendo limitado ou restrito; excessivo
objetivo
analisar
ou aberrante; sugerindo um desvio
anatômica
dentro da amplitude de movimento
cervicais no plano axial de acordo
normal da articulação9.
com o nível vertebral de cada uma
entre
a as
simetria vértebras
Outro método utilizado por
delas e, como objetivo específico,
Quiropraxistas na avaliação das
mensurar diferenças anatômicas de
assimetrias posicionais vertebrais é
distância entre os pilares articulares
a
incidências
direito e esquerdo e o processo
radiográficas, porém, cabe ressaltar
espinhoso e a angulação dos pilares
que há evidência desfavorável de
articulares e do processo espinhoso
que
com o plano sagital nos níveis
análise
das
essa
análise
radiográfica
estática seja confiável10.
vertebrais C5, C6 e C7.
Basicamente, pela palpação óssea
estática
e
pela
MÉTODOS
análise Vértebras da amostra
radiológica, quiropraxistas localizam
A
pontos de ósseos de referência e avaliam
os
estruturas,
contornos
com
o
objetivo
das de
identificar o desalinhamento ou a assimetria
articular,
em
uma
estratégia de diagnóstico do CSV. Na coluna cervical, o paciente é avaliado nas posições supina ou sentada
e
normalmente
as palpadas
estruturas são
os
processos espinhosos e os pilares
amostra
escolhida
foi
composta por peças anatômicas naturais e secas de ossos da coluna vertebral. Ela foi composta por um total de trinta e uma vértebras cervicais,
cada
uma
delas
foi
fotografada uma única vez no plano axial, sendo nove vértebras C5, onze vértebras C6 e onze vértebras C7,
todas
fornecidas
pelo
Laboratório de Anatomia de uma
ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 34 de 65
Universidade do Vale do Sinos. A
penas anatomicamente as vértebras
seleção das vértebras especificas
cervicais isoladas e não a função
foi
as
biológica do indivíduo como um
características anatômicas que cada
todo. A causa da morte, doenças
nível vertebral possui.
pregressas
feita
de
acordo
com
ou
outros
fatores
Os critérios de exclusão das
biológicos não foram considerados
vértebras foram a presença de
para a aquisição da amostra do
alguma
fratura
deformidade
estudo.
óssea
aparente,
sinais
Medidas anatômicas
ou
de
osteoporose, metástase óssea ou Foram
alguma marcação pré-existente na estrutura que impedia a avaliação da mesma. Apenas as peças com aparência
intacta
foram
em
três
cada
das
uma
imagens das vértebras, sendo eles: 1. A distância entre a porção mais lateral dos pilares articulares e a
fotografadas. O procedimento de coleta de dados utilizado neste estudo não incluiu
parâmetros
medidos
nenhuma
informação
particular do indivíduo, não havendo a necessidade de aprovação do estudo pelo Comitê de Ética da instituição. A pesquisa não levou em consideração aspectos como idade, peso, altura, gênero ou raça; a característica do estudo foi avaliar
porção final posterior sagital do processo espinhoso; 2. O ângulo dos pilares articulares com o plano sagital; 3. O ângulo do processo espinhoso com o plano sagital (Figura 1). Após todas as vértebras serem fotografadas, as imagens foram
transferidas
computador
e
para
analisadas
o pelo
software AUTOCad 2007.
Figura 1. ângulos e medidas entre pilares articulares e processo espinhoso da vértebra C6.
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Para os registros fotográficos utilizou-se
uma
(NIKON
–
máquina
digital
COOLPIX-S4300)
vértebras fotografadas. A máquina fotográfica
e
posicionados
o a
tripé uma
ficaram distância
posicionada paralela ao chão, sobre
padrão de 30 cm da vértebra a ser
um tripé nivelado (DigiPod TR-140).
fotografada. Essa distância foi a que
A sala era bem iluminada, com
permitiu uma melhor captura e
fundo
qualidade das imagens.
não
reflexivo
branco
e
reservada, permitindo a privacidade
Estatística
do pesquisador. As imagens digitais
Foi realizada uma análise
foram obtidas com resolução de
descritiva geral dos dados obtidos
4608x3456 pixels e transferidas
no estudo, em que se incluíram
para
as
números absolutos, média e desvio
para
padrão (DP) para as seguintes
um
computador
configurações
mínimas
com
executar o software AUTOCad2007.
mensurações
Durante o registro fotográfico, as
Distância
vértebras foram posicionadas sobre
esquerdo e processo espinhoso; 2.
uma folha de superfície branca, com
Distância entre pilar articular direito
a
e processo espinhoso; 3. Diferença
marcação
de
duas
réguas
as
observadas:
entre
pilar
distâncias
1.
articular
perpendiculares em um ângulo de
entre
90° indicando a medida de 12 cm
articular
nos planos horizontal e vertical; a
processo espinhoso; 4. Ângulo do
marcação das réguas teve por
processo espinhoso com o plano
objetivo calibrar a imagem no plano
sagital; 5. Ângulo do pilar articular
lateral inferior e em escala; existiu
sagital esquerdo; 6. Ângulo do pilar
ainda uma marcação em “x” no
articular sagital direito; 7. Diferença
centro dessa medida pré-estipulada,
entre o ângulo do pilar articular
onde ficou posicionado o centro do
sagital esquerdo e direito, para os
canal vertebral de cada uma das
segmentos C5, C6 e C7.
direito
e
entre
pilar
esquerdo
e
RESULTADOS No total da amostra, foram fotografadas 31 vértebras cervicais de três níveis vertebrais diferentes, sendo nove vértebras C5, onze vértebras C6 e onze vértebras C7. Na análise da simetria óssea, em cada uma das imagens ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 36 de 65
obtidas foram analisados sete parâmetros diferentes de medidas: duas distâncias, três ângulos e duas comparações de diferenças bilaterais de medidas; as dimensões de distância foram calculadas em milímetros (mm) e dos ângulos em graus. As vértebras foram comparadas entre si, de acordo com seu nível vertebral correspondente. Tabela única. Mensurações das vértebras por nível, com as medidas de distância calculadas em milímetros (mm) e de ângulos calculadas em graus C5
C6
Desvio Padrão ± 2,71 ± 2,31 ± 0,99
Média
Média
C7 Desvio Padrão ± 2,84 ± 2,34 ± 1,79
Média
Desvio Padrão ± 4,56 ± 4,33 ± 1,51
Dist PA E – PE 35,23 40,57 46,59 Dist PA D – PE 36,41 42,79 46,94 Dif PAs 1,31 2,21 1,75 Âng PE Pla 104,89 ± 5,44 81,18 ± 2,63 69,91 ± 1,29 Sag Âng PA Sag E 37,67 ± 3,53 50,91 ± 1,38 56,18 ± 1,15 Âng PA Sag D 37,78 ± 3,27 47,82 ± 1,44 53,82 ± 0,67 Dif Âng PAs 2,77 ± 0,86 3,81 ± 0,86 4,18 ± 0,82 Dist PA E – PE: Distancia Pilar Articular Esquerdo – Processo Espinhoso | Dist PA D – PE: Distancia Pilar Articular Direito – Processo Espinhoso | Dif PAs: Diferença de Medidas Pilares Articulares | Âng PE Pla Sag: Ângulo do Processo Espinhoso com o Plano Sagital | Âng PA Sag E: Ângulo do Pilar Articular Sagital Esquerdo | Âng PA Sag D: Ângulo do Pilar Articular Sagital Direito | Dif Âng PAs: Diferença Ângulo dos Pilares Articulares
DISCUSSÃO Na
busca
por
padrões
neste mesmo nível, obteve-se uma
as
vértebras
diferença de 2,77º com um desvio
cervicais, as menores assimetrias
padrão de ±0,86º. Esses valores
entre as medidas encontradas no
concordam com os dados descritos
presente estudo foram no nível
em um estudo, sobre a assimetria
vertebral de C5. Onde, ao avaliar as
dos ossos tálus direito e esquerdo
medidas dos pilares articulares,
de um mesmo indivíduo, onde os
encontrou-se um valor médio de
pesquisadores
diferença
as
essa estrutura pode ser considerada
porções mais laterais dos pilares
totalmente simétrica, por ter um
articulares e a porção mais central
desvio padrão de medida máximo
do processo espinhoso de 1,31mm
de ±1mm em toda a estrutura, o que
com um desvio padrão de ±0,99mm;
faz os dois ossos ser a imagem um
na
dos
do outro em um espelho11. A
pilares articulares direito e esquerdo
diferença essencial entre os dois
assimétricos
de
avaliação
entre
medida
dos
entre
ângulos
observaram
que
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estudos é que no presente estudo
equivocadamente, em uma análise
as
palpatória, a uma maior listagem de
vértebras
foram
analisadas
através de imagens apenas no
CSV
plano axial e os ossos tálus foram
considerando
analisados
articulares as estruturas avaliadas
através
de
uma
neste
nível que
Tomografia Computadorizada (CT)
primariamente
em uma imagem 3D, com medida
coluna cervical.
de volume e dimensões totais da
A
estrutura. pesquisadores
basicamente
por
pesquisas
vertebrais.
da
palpatória
estática,
posicionamento
ósseas
pilares
palpação
avaliação
também têm descrito em suas assimetrias
os
na
quiroprática
Alguns
vertebral,
busca
diferenças ou
Como
de
assimetrias
já
existe
na
relatando
a
maiores8,12,13 como, por exemplo,
literatura
um estudo que buscou verificar a
existência
confiabilidade interexaminador na
vertebrais14,15,17, antes de definir
análise da assimetria posicional das
pela palpação que uma determinada
espinhas ilíacas antero superior
vértebra está subluxada, devemos
(EIAS) e observou que a precisão
levar em consideração a afirmação
da
dos
feita pelos pesquisadores de que,
examinadores tende a aumentar
se uma vértebra apresenta uma
com o aumento da assimetria da
diferença aparente de 1mm de
articulação
sendo
desalinhamento, mas este milímetro
avaliada8. Relacionando os achados
pode ser devido à uma assimetria
do presente estudo com essas
anatômica dentro da normalidade, a
afirmações, a maior variação de
vértebra
medida encontrada foi a diferença
desalinhada ou subluxada14. Diante
de
pilares
disso, destacamos a importância da
articulares direito e esquerdo e a
utilização da palpação dinâmica
porção
pelo
análise
distância
palpatória
que
está
entre
central
do
os
processo
estudos de
assimetrias
pode
não
Quiropraxista,
possui
espinhoso das vértebras no nível de
indicadores
C6, com valor médio de 2,21mm e
validade
desvio padrão de ±1,79mm entre as
avaliação do nível vertebral com
medidas.
aparente desalinhamento. Por testar
poderiam
Essas nos
diferenças levar
o
e
mais
que
estar
favoráveis
de
confiabilidade9,
na
movimento
articular,
essa
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palpação será capaz de indicar a
significativa alguma diferença de
presença ou não de hipomobilidade
medida9.
articular,
possibilidades
fator
existência
característico de
da
subluxação
Todas
devem
de
ser
essas assimetrias
levadas
em
vertebral16, o que neste caso, irá
consideração pelos quiropraxistas,
confirmar ou não o CSV. Entretanto,
principalmente
é necessário que os clínicos saibam
análise
identificar
listagens em imagens de raios-X.
o
específico
nível
de
anatômico
desalinhamento
vertebral ou mobilidade alterada16. Algumas
CSV
momento
da
através
das
Com relação a utilização da análise
radiológica
de
serem
evidência, em termos de validade,
indivíduos
de que esse método de avaliação
saudáveis, independentemente da
pode ser considerado válido na
idade, sexo ou origem étnica são as
identificação
diferenças entre as massas laterais
hipermóveis com incidências de
do atlas, que podem estar dentro
estresse de flexão / extensão, mas
das variações normais em
até
ele é um método desfavorável para
1,63mm14;
no
o uso na determinação do local e
tamanho e formato de cunha dos
tipo de CSV9. O que nos permite
corpos
afirmar
encontradas
em
as
diferenças
vertebrais
lombares,
que
torácicos
que
de
uma
segmentos
as
assimetrias
aumentam
encontradas no presente estudo,
contínua e proporcionalmente ao
poderiam ser encontradas com a
longo da coluna vertebral15; e as
análise de imagens radiológicas da
diferenças no tamanho e formato
coluna cervical no plano sagital e
dos
que
pedículos
não
e
CSV, existe
a
avaliação
possíveis
do
durante
assimetrias
vertebrais
das
de
no
das
vértebras
lombares17. É importante salientar que a ausência de simetria em
podem
interferir
na
interpretação radiológica do CSV. Nem todos os quiropraxistas
alguns casos como, por exemplo, a
consideram
pequenos
escoliose, é suficiente para resultar
desalinhamentos
em um diagnóstico distinto. Porém,
componente
na maioria das análises, é através
quiropraxistas que não olham para
da comparação bilateral ou axial
diferenças de medidas entre o lado
das estruturas que se considera
esquerdo e direito em milímetros
como do
CSV;
um os
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como desalinhamentos, consideram
alterações
que essas diferenças podem ser
importante a utilização da palpação
devido a uma assimetria anatômica
dinâmica na avaliação do CSV.
e
Sugere-se que em estudos futuros
não
a
um
desalinhamento
posicional real14.
naturais
e
torna-se
anatômicos incluam imagens nos
O presente estudo teve como limitações a incapacidade de avaliar a vértebra em três dimensões (3D); foi observada apenas a análise da
planos sagital e coronal. CONFLITOS DE INTERESSES Não há. REFERÊNCIAS
imagem do plano axial, faltando os planos
frontal
e
lateral
que
correspondem à análise radiológica realizada em duas dimensões (2D). Para uma resposta mais exata, o ideal seria avaliar toda a aérea do segmento vertebral em questão, obtendo todas as dimensões de forma e volume da estrutura em três dimensões. CONCLUSÃO O presente estudo avaliou as assimetrias de vértebras cervicais no plano axial, onde demonstrou que existe um determinado nível de assimetria, porém por não ter um padrão
de
medida
descrito
na
literatura pesquisada anteriormente, não
se
pode
afirmar
o
quão
significativo é essa assimetria. Para análise estática
radiológica do
CSV
e
palpatória
devem
ser
consideradas pequenas assimetrias morfológicas
vertebrais
como
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ARTIGO ORIGINAL
Eficácia da técnica de flexão-distração em portadores de lombalgia inespecífica Effectiveness of flexion-distraction technique in patients with nonspecific low back pain Luiz C C CarvalhoI , Warinã E E CoelhoI , Lilian L SaldanhaII, Fernando FRM AzevedoIII I. Graduando em Quiropraxia. Instituto de Ciências da Saúde. Universidade Anhembi Morumbi (UAM) – Laureate Universities. São Paulo Brasil. II. Quiropraxista Especialista. UAM. III. Me e Coordenador do curso de Quiropraxia na UAM. E-mail do autor correspondente: blacriver@hotmail.com Artigo recebido em: 09/02/2016 e aprovado em: 20/02/2016. ABSTRACT OBJECTIVE: To study the immediate effects of chiropractic intervention in patients with nonspecific low back pain, using an electro-mechanical stretcher. METHODS: The instruments applied: anamnesis form, Visual Numerical Scale to quantify pain, pre and post intervention and orthopedic Schober test for examination of the lumbar spine range of motion. The chiropractic intervention was performed using an electromechanical litter flexion-distraction, available in the domestic market. The results were shown in tables and graphs and statistically analyzed with a parametric test. The value of 5% (p <0.05) was adopted as a limit to reject the null hypothesis. RESULTS: The intervention included the participation of 27 individuals with ages ranging from 18 to 50 years. Of these, 18 (60.0%) were male. The non-parametric Wilcoxon test, with p <0.001 between the pre and post chiropractic intervention, in the categories: Algic remission using the SNV and increased range of motion of the lumbar flexion Schober. CONCLUSION: The flexion-distraction manipulation technique provided remission of pain and considerable gain in lumbar spine range of motion. KEYWORDS: Low back pain, chiropractic manipulation, spine, articular range motion.
RESUMO OBJETIVO: Estudar os efeitos imediatos da intervenção quiroprática, em portadores de lombalgia inespecífica, por meio da técnica flexão-distração. MÉTODOS: Foram aplicados os instrumentos: ficha anamnese, Escala Visual Numérica, para quantificar a dor, pré e pós intervenção e o teste ortopédico de Schober, para análise da amplitude de movimento da coluna lombar. A intervenção quiroprática foi realizada com auxílio de uma maca eletromecânica de flexão-distração, disponível no mercado nacional. Os resultados foram dispostos em tabelas e gráficos e analisados estatisticamente com um teste paramétrico. O valor de 5% (p<0,05) foi adotado como limite para rejeição da hipótese de nulidade. RESULTADOS: A intervenção contou com a participação de 27 voluntários com idades que variou entre 18 e 50 anos. Destes, 18 (60,0%) são do gênero masculino. O teste de Wilcoxon, apresentou p<0,001, entre os momentos pré e pós intervenção quiroprática nos quesitos: remissão álgica, utilizando a EVN e aumento na amplitude do movimento de flexão lombar pelo teste Schober. CONCLUSÃO: A técnica de manipulação de flexão-distração proporcionou remissão da dor e ganho considerável na amplitude de movimento da coluna lombar. PALAVRAS-CHAVE: Dor lombar, manipulação quiroprática, quiropraxia, coluna vertebral, amplitude de movimento articular.
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INTRODUÇÃO A
Quiropraxia
tem
como
Em poucos anos, a técnica se
e
difundiu pelo mundo e vem se
prevenir as desordens do sistema
tornando um dos procedimentos
musculoesquelético
mais respeitados e reconhecidos
objetivo
diagnosticar,
tratar
que
desencadeiam efeitos no sistema
por
profissionais
nervoso e na saúde geral1. O
musculoesquelética. O tratamento é
tratamento é realizado, manual ou
utilizado para reparar alterações nos
mecanicamente, utilizando ajustes
nervos
que removem os complexos de
adjacentes. O deslocamento das
subluxação encontrados ao longo
articulações facetarias, durante as
da coluna vertebral, normalizando
manobras, promove o aumento da
assim as assimetrias geradas por
amplitude
tais interferências, restabelecendo a
espinhais e reduzem a dor4.
homeostase corporal2.
A
espinhais
e
dos
Lombalgia
da
área
estruturas
movimentos
é
usualmente
Ao longo dos anos, dentro da
conceituada como uma dor abaixo
prática clínica quiroprática, houve
das margens das últimas costelas e
indivíduos que aprimoraram seus
acima das linhas glúteas inferiores,
métodos
com
de
tratamento,
ou
sem
dor
referida
inferiores5,6.
em
desenvolvendo novas técnicas, com
membros
linhas de
raciocínio distintas e
prevalência é de 60-85% durante a
focadas em segmentos variados.
sobrevida dos indivíduos7,8. Sua
Entre elas, encontra-se a Técnica
origem, em 80% dos casos, é
Flexão-Distração, desenvolvida pela
classificada como inespecífica e
Sra.
John
está associada à diminuição da
e
força muscular, falta de exercício
popularizada por seu aluno James
físico e a manutenção de postura
M. Cox a partir de 1970. Segundo a
inadequada por longos períodos
história quiroprática, McManis em
diários. A soma destes fatores,
1909 patenteou a maca de flexão
produz sobrecarga na região lombar
agregando princípios quiropráticos e
e resulta em dor9.
Lulu
e
Vandervoort
osteopáticos equipamento3.
seu
marido
McManis,
no
mesmo
Sua
A partir destas informações, se propôs avaliar os efeitos imediatos da terapia manipulativa de flexão-
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distração
em
portadores
de
mensura a intensidade da dor, em
lombalgia inespecífica.
valores numéricos numa escala de
MÉTODOS
zero a dez, sendo zero "nenhuma
Pesquisa
experimental
dor"
e
dez
a
"dor
máxima
e
imaginável10 e aplicado o teste
aprovação do comitê de Ética em
ortopédico funcional de Schober,
Pesquisa por meio da Plataforma
que objetiva refletir a amplitude de
Brasil
movimento
submetida
à
apreciação
sob
protocolo
procedimentos
Amostra A amostra foi composta por indivíduos
lombalgia
com
queixa
inespecífica,
procuraram
os
de que
cuidados
quiropráticos no Centro Integrado de Saúde (CIS), na Universidade Anhembi Morumbi (UAM).
Foram excluídos da amostra aqueles que apresentaram qualquer de
contraindicação
procedimento fratura
de
tração
(não
alterações ósseas,
ao como:
consolidada),
tumorais, instabilidade
infecções articular,
doenças autoimunes, e portadores de
lombalgia
com
antes
sintomas
e
foram
após
quiroprática.
lombar
a
Para
aplicados intervenção
utilização
da
maca foi realizado o teste de tolerância
do
segmento
de
movimento lombar, justificado pela “dor”, conforme preconiza a técnica Cox12. Ainda com base no protocolo básico
Fatores de exclusão
tipo
coluna
durante a flexão11. Os dois últimos
46303615.5.0000.5492.
27
da
da
referida
estipulado
a
técnica,
duração
foi do
procedimento em cinco minutos, tempo este, considerado suficiente para promover distração vertebral3. Os procedimentos foram realizados pelos
graduandos
Luíz
CC
Carvalho, Marinã EE Coelho e supervisionados
por
dois
resultados
foram
quiropraxistas.
neurológicos. Procedimentos Os foram:
instrumentos
anamnese,
quiroprático,
utilizados
exame
preenchimento
físico da
Escala Visual Numérica (EVN), que
Estatística Os
dispostos em tabelas e gráficos e analisados estatisticamente com o
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teste não-paramétrico de Wilcoxon.
para os testes foi de 5%.
O nível de significância utilizado
RESULTADOS A intervenção contou com a participação de 27 indivíduos com idades que variaram entre 18 a 50 anos. Destes, 18 (60,0%) eram do gênero masculino.
Gráfico 1: Evolução da EVN entre os momentos pré e pós intervenção quiroprática p< 0,001).
Gráfico 2. Variação percentual do score de dor utilizando a EVN nos momentos pré e pós intervenção.
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Gráfico 3. Evolução do teste de Schober entre os momentos pré e pós intervenção quiroprática p< 0,001).
Gráfico 4: Variação percentual do score amplitude de movimento de extensão do tronco utilizando o teste de Schober nos momentos pré e pós intervenção.
DISCUSSÃO Durante
da
correção pélvica e postural, terapia
literatura biomédica realizada na
por exercício, utilização de fármacos
Pubmed, Medline, Scielo, bancos de
e terapia de manipulação articular12.
dados
a
revisão
específicos
estão
Um
estudo
indexados os ensaios quiropráticos
tratamento
para
e os da Medicina Complementar,
aplicando o protocolo Cox de flexão-
ficou evidente que muitas são as
distração, demonstrou que dos 100
abordagens de tratamento utilizadas
participantes,
para
redução de dor13.
lombalgia.
conservador
onde
O
inclui
tratamento fisioterapia,
73%
de
1983
dor
de
lombar
apresentou Também em
2007, em estudo conduzido para
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dor lombar crônica, utilizando a
amplitude de movimento durante a
mesma técnica, o score da EVN
flexão lombar, em 56,7% o aumento
apresentou
álgico
foi acima de 0,5 pontos na flexão,
Estes
em 26,7% a variação foi de até 0,5
dados corroboram com os achados
pontos e em 17% dos pacientes a
na atual pesquisa que apresentou
amplitude
p< 0,001 (gráfico 1,2) no quesito
permaneceu
redução da dor utilizando a EVN.
3,4).
significativo
decréscimo (p
<0,05)14.
de inalterada
movimento (gráfico
Ao longo dos últimos 50
Entre as limitações deste
anos, várias medidas de mobilidade
estudo, destacam-se o pequeno
da
foram
número da amostra, a falta de um
desenvolvidas e estão disponíveis
grupo controle e a impossibilidade
para aplicação clínica16. Entre elas
de monitorização a longo prazo, já
encontra-se o teste de Schober que
que houve apenas uma intervenção.
oferece
CONCLUSÃO
coluna
vertebral
excelente
confiabilidade
inter e intra-examinador (ICC de 0,96 e 0,94, respectivamente)16. Um
estudo
de
A manipulação quiroprática, utilizando a técnica flexão-distração
1998
foi
uma
intervenção
que
se
demonstrou as mudanças por meio
associou, na presente amostra, à
de
ressonância
remissão álgica e ao aumento da
magnética que decorem da terapia
amplitude de movimento de flexão
distração, além de reduzir a dor
lombar em pacientes com lombalgia
produz mobilidade17, confirmando
inespecífica.
os resultados da pesquisa atual em
CONFLITO DE INTERESSES
que
imagens
83,3%
apresentaram
de
dos um
voluntários aumento
Não há.
na
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ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 48 de 65
ARTIGO ORIGINAL
Tratamento quiroprático em futebolistas com osteíte púbica crônica Chiropractic treatment in soccer players with chronic osteitis pubis Caroline Fagundes Quiropraxista Especialista em Cinesiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E-mail: contato@carolinefagundes.com.br Artigo recebido em 29/03/2016 e aprovado em 08/04/2016. ABSTRACT OBJECTIVE: To verify the effectiveness of chiropractic treatment in soccer players with chronic osteitis pubis. METHODS: pre-experimental study, conducted in clinical school of chiropractic in Feevale University, consisting of three soccer players, male, who worked professionally in teams of Vale do Sinos region. The instruments used were: anamnesis, physical examination, structured questionnaire about symptoms and visual analog pain scale applied before the intervention. The chiropractic adjustments were made in subluxation found along the spine, totaling eight sessions, twice a week. RESULTS: The soccer players reported decreased pain symptoms in the pubic region and without recurrences, 67% of them, mentioned in the beginning of the treatment, pain when the abdominal muscle was required, and at the end of the appoitments, they could do these movements without pain. CONCLUSION: It is suggested that chiropractic helps in the treatment of chronic osteitis pubis in soccer players. KEYWORDS: Pubic Symphysis, athletes, chiropractic, rehabilitation, sports, chiropractic adjustments.
RESUMO OBJETIVO: Verificar a eficácia do tratamento quiroprático em jogadores de futebol portadores de osteíte púbica crônica. MÉTODOS: Pesquisa pré-experimental, realizada na clínica escola de quiropraxia na Universidade Feevale, composta por três futebolistas, do gênero masculino, que atuavam profissionalmente em times da região do Vale do Sinos. Os instrumentos utilizados foram: anamnese, exame físico, questionário estruturado sobre sintomas e escala visual analógica de dor, aplicada antes das intervenções. Os ajustes quiropráticos foram realizados nas subluxações encontradas ao longo da coluna vertebral e perfizeram um total de oito atendimentos, duas vezes por semana. RESULTADOS: Os futebolistas relataram diminuição do quadro álgico na região púbica e não apresentaram recidivas, 67% citaram que no início do tratamento sentiam dor sempre que a musculatura abdominal era exigida, no final dos atendimentos realizavam esses movimentos sem dores. CONCLUSÃO: Sugere-se que a quiropraxia contribui no tratamento da osteíte púbica crônica em jogadores de futebol. PALAVRAS-CHAVE: Sínfise púbica, atletas, quiropraxia, reabilitação, desporto, ajuste quiroprático.
INTRODUÇÃO A osteíte púbica é descrita
púbica e as estruturas adjacentes.
como um processo inflamatório, não
Essa inflamação é caracterizada por
infeccioso, que acomete a sínfise
dor progressiva na região da sínfise
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púbica, que pode irradiar-se para o
O prognóstico do tratamento
abdome, períneo e adutores da
da osteíte púbica é considerado
coxa, tendo como principal causa
lento e com recidivas constantes o
movimentos
como
que traz prejuízo ao atleta e ao
correr, chutar, saltar, arrancar e
clube7. O tratamento convencional
mudanças bruscas de direção. A
consiste em repouso, fisioterapia,
prática constante dessas atividades
analgésicos, anti-inflamatórios não
provoca
hormonais,
repetitivos,
micro
traumas
na
infiltrações
com
articulação púbica, resultando em
corticoides e em alguns casos, 5% a
desequilíbrio
10%,
muscular,
cirurgia6.
O
tratamento
principalmente entre a musculatura
quiroprático
baseia-se
abdominal e a adutora, e está
tratamento
fortemente associada à instabilidade
manipulação
pélvica1,2.
“ajustamento” e terapia de tecidos
manual,
no
incluindo
articular
a ou
Lesões pélvicas e de quadril
moles8. Em geral, é comum no caso
atinge de 0,5% a 7% da população
de osteíte púbica a presença de
atlética geral, e 2,5 a 7% em
rotação pélvica de ambos os lados,
desportistas
com
com subluxações compensatórias
frequência3. Portanto, a mesma é
na coluna lombar. Tais alterações
frequentemente
devem
que
chutam
relatada
por
ser
corrigidas
com
específicas
da
jogadores de futebol, hóquei, futebol
abordagens
americano, rúgbi e corredores de
Quiropraxia. Embora a literatura
longa
distância4-6.Calcula-se
que
disponha
de
poucos
estudos
5% de todas as lesões no futebol
abordando o tratamento quiroprático
ocorrem na região do púbis e
para esta condição, o mesmo é
virilha2, sendo que a incidência da
considerado seguro e eficaz4,5.
osteíte púbica em futebolistas varia
Neste contexto, se propôs
entre 0,5% a 28%. O excesso de
verificar a eficácia do tratamento
jogos, a sobrecarga nos treinos, as
quiroprático, em futebolistas com
lesões musculares de repetição e os
osteíte púbica crônica.
gramados em condições precárias
MÉTODOS
contribuem para o agravamento de lesões no meio futebolístico6.
A
presente
investigação
caracterizou-se como um estudo ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 50 de 65
pré-experimental e foi submetida à
estavam fazendo o uso de qualquer
apreciação do Comitê de Ética em
medicamento durante o tratamento.
Pesquisa recebendo o protocolo
Procedimentos
número 4.00.03.07.922. Os atletas foram submetidos
A amostra foi composta por jogadores de futebol semi-elite, do gênero masculino, em nível de competição ou em ascensão que fossem praticantes da modalidade
a oito atendimentos, num período de quatro semanas. Na primeira sessão,
procedeu-se
preenchimento de um questionário fechado
há pelo um ano.
o
elaborado
pela
pesquisadora, com o objetivo de Critérios de inclusão
avaliar a dor e a relação dessa com
Futebolistas
que,
o
esporte
voluntariamente, assinaram o termo
entrevistado.
de
atendimentos,
consentimento
livre
e
praticado Em
pelo
todos
os
antes
do
esclarecido, que estavam aptos a
procedimento quiroprático, o atleta
participar da presente investigação,
preencheu
praticassem a modalidade esportiva
Analógica da dor EVA9. Durante a
há
e
avaliação física foram aplicados
apresentassem sintomas de osteíte
testes ortopédicos específicos para
púbica crônica.
diástase
Critérios de Exclusão
disfunção sacro ilíaca.
pelo
menos
um
ano
O Praticantes apresentassem manipulação muscular
que intolerância
vertebral, ou
articular
à lesão que
impossibilitasse o tratamento. Os que não comparecessem em mais de duas sessões de tratamento ou não mantivessem seus hábitos de treino durante o período da coleta de dados. Aqueles que relataram fratura ou se submetido à cirurgia
adotado
a
Escala
abdominal,
tratamento esteve
Visual
pubalgia
e
quiroprático
relacionado
à
manipulação do quadril, otimizando a biomecânica pélvica, diminuindo o estresse anormal sob a articulação sacro ilíaca e a correção das subluxações encontradas ao longo da coluna vertebral. As técnicas Gonstead e Diversificada foram as eleitas de acordo com o segmento subluxado
e
as
condições
do
paciente.
na região do púbis e ainda os que ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 51 de 65
Estatística Para comparação dos dados pré e pós tratamento foi utilizado o
teste
t-Student.
Valores
p<0.05
indicaram diferenças estatísticas.
RESULTADOS A média de idade dos três atletas foi de 20 anos, sendo a mínima de 18 e a máxima 22 anos. Destes, um (33%) é jogador de futebol de salão e dois (67%) de futebol de campo.
Gráfico 1 – Distribuição conforme as funções desempenhadas pelos futebolistas em suas equipes.
Gráfico 2 – Relação de dor púbica nos futebolistas antes de começarem a praticar o desporte.
Os três futebolistas declararam aumento de dor na região ao correr, chutar e/ou saltar antes do início do tratamento. Destes, dois referiram dor na área do púbis antes da prática deste esporte, há mais de um ano. Quando questionados sobre a carga horária e a frequência de treinos semanais, dois relataram quinze horas semanais e mais de três vezes por semana. Um citou quatro horas semanais, menos de três vezes por semana. Quando indagados sobre tratamentos anteriores, dois participariam pela primeira vez de tratamento e um já se tratou com fisioterapia e antinflamatórios.
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Gráfico 3 - Níveis álgicos pré e pós tratamento quiroprático.
Os atletas relataram diminuição do quadro álgico púbico ao final da abordagem quiroprática. Um deles ainda referia dor púbica, no entanto, a sensibilidade à palpação da sínfise púbica esquerda era menor quando comparada ao primeiro atendimento. Os outros dois relataram remissão total da dor. De acordo com os valores da EVA do primeiro e do último atendimento quiroprático de cada futebolista, o tratamento com quiropraxia mostrou-se eficaz, mas sem relevância estatística (p=0,09). DISCUSSÃO
em
A osteíte púbica pode ocorrer
outra pesquisa de 2014 realizada
todos
com 30 jogadores, no qual 5,1%
os
esportes,
mas
predomina no futebol e no futebol
eram
de salão10. É mais comum entre
atuavam na defesa e 1,8% eram
jogadores
como
atacantes12. A força, a velocidade, e
atacantes 36,8%, zagueiros 26,6%
principalmente as mudanças de
e meio campistas 20%. Os goleiros
direção e aceleração em níveis
e laterais apresentam incidência
extremos,
menor,
ataque quanto à defesa a maiores
que
6,6%
respectivamente11,
atuam
e
10%,
concordando
meio-campistas,
predispõem
2,1%
tanto
o
índices de lesão11.
com os achados desta pesquisa
Uma investigação de 2005
(gráfico 1) e discordando de uma
relacionou o tempo de dor na região
investigação de 2013 que apontou
do púbis com a osteíte púbica,
maior ocorrência de osteíte púbica
mostrando resultados semelhantes
em meio-campistas 30%, e 20%
aos encontrados nessa pesquisa,
entre atacantes e zagueiros3 e de
em que dois jogadores relataram
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dor
púbica
há
mais
de
um
quadril pode aumentar a ativação
ano7(gráfico 3). O excesso de
desses
exercícios, a execução dos mesmos
biomecânica pélvica e diminuindo o
de forma inadequada e a falta de
estresse anormal sob a articulação
alongamento,
sacroiliaca7.
especialmente
dos
músculos
otimizando
a
músculos abdominais, adutores e
Considera-se como limitação
posteriores da coxa, provocam a
do estudo o pequeno número de
anteroversão
com
casos tratados e o curto período de
tracionamento superior, causando
acompanhamento dos mesmos, o
pequenos estiramentos na origem
que impede generalizar a conduta
dos
adotada para todos os casos de
pélvica
adutores,
levando
à
um
desequilíbrio muscular da cintura
osteíte
pélvica, o qual provoca dor e
populações atléticas em geral.
inflamação
CONCLUSÃO
da
sínfise
púbica,
púbica
ou
para
as
caracterizando pubalgia13. O tratamento atual se propôs a realizar especialmente a correção biomecânica do quadril já que esta proposta é defendida por alguns autores
8,12
e
não
envolve
a
utilização de drogas ou cirurgia. A limitação
da
amplitude
de
movimento do quadril tem sido considerada uma das causas da osteíte púbica. Essa restrição de movimento resulta em aumento do estresse mecânico no ramo púbico e na sínfise púbica. Tem sido proposto que o músculo transverso do abdome e os oblíquos internos do abdome atuam como músculos importantes na articulação
estabilização sacro
da
ilíaca.
Os casos descritos sugerem que os ajustes quiropráticos promovem uma recuperação rápida em casos de osteíte púbica crônica. Novos estudos devem ser realizados com um maior número de atletas e o acompanhamento dos mesmos por mais tempo para averiguar recidivas. CONFLITOS DE INTERESSES Não há. REFERÊNCIAS 1. DeFinney J, Clements D, Staines M, Mior S. Osteitis pubis: a clinical challenge. Journal of the Canadian Chiropractic Association. 1990 Dec 34(4): 206-211. 2. Queiroz RD, Carvalho RT, Szeles PRQ, Janovsky C, Cohen M. Return to sport after surgical treatment for pubalgia
Teoricamente, a manipulação do ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 54 de 65
among professional soccer player. Rev Bras Ortop. 2014 Abril 49(3):233–239. 3. Rodriguez C, Miguel A, Lima H, Heinrichs K. Osteitis pubis syndrome in the professional soccer athlete: A case report. Journal of Athletic Training. 2001 Oct 36(4): 437–440. 4. Ezine articles. Disponível em: http://ezinearticles.com/?Osteitis-Pubis--The-Chiropractic-Approach&id=4979976. Acessado em 10 de maio de 2016. 5. Jarosz BS, Individualized multimodal management of osteitis pubis in an Australian Rules Footballer. Journal of Chiropractic Medicine. 2011 Sep 10:105110. 6. Queiroz RD, Carvalho RT, Szeles PRQ, Janovsky C, Cohen M. Return to sport after surgical treatment for pubalgia among professional soccer player. Rev Bras Ortop. 2014 Abril 49(3):233–239. 7. Souza JP, Fallopa F, Siqueira Júnior D, Cruz ARSS. Tratamento cirúrgico da pubalgia em jogadores de futebol profissional. Revista Brasileira de Ortopedia. 2006 Out 40(10):601-607.
8. Fagundes DJ et al. Diagnóstico e Tratamento do membro inferior. São Paulo:Roca, 2013:2. 9. Andrade FA, Pereira LV, Sousa FAEF. Mensuração da dor no idoso: uma revisão. Rev Latino-Am Enfermagem. 2006 março-abril 14(2):271-6. 10. Hebert S, Xavier R. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. 3ª ed. Porto Alegre:Artmed; 2003. 11. Palacio EP, Candeloro BM, Lopes AA. Lesões nos jogadores de futebol profissional do Marília Atlético Clube: estudo de coorte histórico do campeonato brasileiro de 2003 a 2005. Rev. Bras. Med. esporte. 2009 jan.-fev 15(1):31-35. 12. Carvalho DA. Lesões ortopédicas nas categorias de formação de um clube de futebol. Rev Bras Ortop. 2013 Dez 48(1):41-45. 13. Falchetti IS, Zaboti AF. Pubalgia Crônica: Uma Abordagem Fisioterapêutica. Disponível em: www.fisiotb.unisul.br/Tccs/03a/isabela/artigoisabelad esouzafalchetti.pdf. Acesso em 10 de maio de 2016.
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ARTIGO ORIGINAL
Alteração do ritmo escapulo umeral pós intervenção quiroprática Change of scapulohumeral pace post chiropractic intervention Nashany ChieleI e Danilo Messa da SilvaII I – Graduando em Quiropraxia. Instituto de Ciências da Saúde. Universidade Feevale. Rio Grande do Sul. Brasil II – Quiropraxista. Me e docente na Universidade Feevale. E-mail do autor correspondente: nashanychiele@hotmail.com Artigo recebido em: 14 de outubro de 2015 e aprovado em:21 de outubro de 2015. ABSTRACT OBJECTIVE: To assess whether the Muscle Energy Technique changes the scapulohumeral pace in the shoulder abduction range. MÉTHODS: Cross-sectional study in a medical school of chiropractic in the Sinos Valley region, with 20 volunteers who had scapulohumeral change in pace, selected at random. The sample was divided into two groups: control and experimental. the shoulder range of motion were measured, the angles 30, 60, 90 and 120 degrees, using a goniometer, and then proceeded to the computerized photogrammetric postural record. Following the experimental group received manipulation in the glenohumeral joint of the shoulder and tested new measurement of range of motion. The control group received a placebo and new measurement procedure in range of motion. RESULTS: The humeral scapular rate significantly changed in range of motion in all angles in the group receiving chiropractic adjustments intervention (p = 0.01 for the abduction of the arm 30 degrees, P = 0.01 for 60 degrees in abduction, p = 0 01 to 90 degrees abduction and p = 0.02 for 120 degrees). Comparing the wave amplitudes before and after adjustment, it was observed that the largest difference occurred in scapulohumeral pace shoulder abduction at 120 degrees with 9.8 degree difference (p = 0.02). CONCLUSION: The Muscle Energy Technique changes the pace scapulohumeral shoulder in patients with dyskinesia scapula. Although the data are not sufficiently positive for the small sample, there were changes in the abduction of the scapula with increased amplitude scapular post intervention chiropractic interventions. KEYWORDS: Range of motion, muscle energy technique, scapulohumeral rhythm.
RESUMO OBJETIVO: Avaliar se a técnica de Energia Muscular altera o ritmo escapulo umeral na amplitude de abdução do ombro. MÉTODOS: Estudo transversal realizado em uma clínica escola de quiropraxia na região do Vale dos Sinos, com 20 voluntários, que apresentavam alteração no ritmo escapulo umeral, selecionados de modo aleatório. A amostra foi dividida em dois grupos: controle e experimental. Foram mensuradas as amplitudes de movimento do ombro, nas angulações de 30, 60, 90 e 120 graus, utilizando um goniômetro e em seguida, procedeu-se o registro postural fotogramétrico computadorizado. Na sequência, o grupo experimental recebeu a manipulação na articulação glenoumeral do ombro testado e nova mensuração da amplitude de movimentos. O grupo controle recebeu um procedimento placebo e nova mensuração na amplitude de movimento. RESULTADOS: O ritmo escapulo umeral apresentou alteração significativa na amplitude de movimento em todas as angulações no grupo que recebeu intervenção quiroprática (p = 0,01 para a abdução do braço em 30 graus, p = 0,01 para abdução em 60 graus, p = 0,01 para 90 graus em abdução e p = 0,02 para 120
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graus). Comparando as amplitudes de movimento, pré e pós ajuste, observou-se que a maior diferença do ritmo escapulo umeral ocorreu na abdução do ombro em 120 graus, com diferença de 9,8 graus (p = 0,02). CONCLUSÃO: A técnica de Energia Muscular altera o ritmo escapuloumeral do ombro em pacientes com discinesia de escápula. Apesar dos dados não serem suficientemente positivos pela pequena amostra, houve alteração na abdução da escápula com aumento da amplitude escapular pós intervenção quiroprática. PALAVRAS-CHAVE: Amplitude de movimento, técnica energia muscular, ritmo escapulo umeral.
INTRODUÇÃO A dor no ombro é uma das queixas
mais
comuns
incapacitantes
do
e
sistema
tratamento desses distúrbios requer uma compreensão da escápula em função do ombro4.
musculoesquelético na população
Entre
os
instrumentos
em geral1. Apresenta prevalência
utilizados para a
estimada entre 15% a 25% dos
Amplitude do Movimento Articular
pacientes que procuram clínicas
(ADM) do ombro, dois se destacam:
ortopédicas2.
o
A
causa
mais
mensuração da
goniômetro
universal
frequente é a lesão do manguito
confiabilidade,
rotador
manuseio, precisão
que
pode
acometer
facilidade de seu
tomada
sendo
biofotogrametria
envelhecimento
e
com
a
o
ocupação
laborativa ou recreativa3.
intimamente
integrado
com
o
das
e
a
computadorizada,
especialmente, por sua propriedade de
O movimento escapular está
e rapidez na
medidas5,6
indivíduos em qualquer faixa etária, potencializada
pela
análise
tridimensional
do
movimento humano7. Os principais objetivos do
movimento do braço e objetiva
tratamento
quiroprático
são
proporcionar ritmo escapuloumeral
melhorar
ADM
normal
das
(RE) eficiente em função do ombro.
articulações,
promovendo
o
O bom posicionamento da escápula
realinhamento
e
é necessário para a estabilização da
movimento dos músculos e outras
articulação glenoumeral e para a
estruturas
transferência eficiente da força pelo
musculoesquelético, como também,
ombro.
Há
muitas
o aumento das atividades das fibras
comuns
de
ombro
associadas
com
alterações que
estão
discinesia
a
do
retorno
do
sistema
proprioceptivas e a diminuição dos estímulos dolorosos8,9.
escapular. A completa avaliação e ISSN 2179 - 7676 - RBQ - Volume VII, NUM 1 - Página 57 de 65
Uma revisão da literatura de
discinesia escapular confirmada por
2008 ao descrever o tratamento
meio de testes ortopédicos.
quiroprático,
Fatores de exclusão
notou
que
havia
escassez de estudos utilizando a Foram excluídos aqueles que
manipulação de uso único de alta velocidade e baixa amplitude para as
extremidades
superiores,
Firmados nestas premissas propôs,
na
atual
pesquisa,
avaliar o ritmo escapulo umeral pré
articular,
de
caráter
transversal. Considerando da
dispensada
a
pesquisa,
foi
apreciação
da
A pesquisa foi composta por voluntários,
de
ambos
os
gêneros, entre 18 e 30 anos, que apresentavam alteração no ritmo escapulo
muscular
e
ombro,
hematomas,
edema,
autoimunes, (benigno
fratura,
ou
maligno),
umeral
e
fixação e estabilização internos. Procedimentos
a
Comissão de Ética da FEEVALE.
20
instabilidade
infecções ósseas, dispositivos de
Foi realizada uma pesquisa
natureza
contra
ligamentar, histórico de cirurgia no
tumores MÉTODOS
como
ruptura
doenças
e pós intervenção quiroprática.
qualquer
indicação ao tratamento quiroprático manipulativo,
incluindo o ombro10.
se
apresentaram
buscaram
atendimento em uma Clínica Escola de Quiropraxia na região do Vale do Rio dos Sinos.
A
coleta
de
dados
foi
realizada nos meses de março e abril de 2015. As intervenções foram realizadas pela autora da pesquisa supervisionada por um quiropraxista.
Inicialmente
os
voluntários que aceitaram participar da
pesquisa
foram
aleatoriamente
em
divididos
dois
grupos
iguais: experimental (que recebeu a intervenção quiroprática) e controle (que não recebeu a intervenção
Fatores de inclusão Foram incluídos os indivíduos
quiroprática). Os
indivíduos
que apresentavam tolerância aos
submetidos
procedimentos manipulativos, mas
anamnese e tiveram suas restrições articulares palpação
ao
exame
foram físico
encontradas dinâmica
(Onde
e
por o
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paciente
deveria
executar
o
lugar dos adesivos pelo movimento
movimento de abdução do braço
do ângulo inferior da escápula.
ativamente
cada novo grau de abdução do
afim
restrição
de
de
encontrar
movimento
A
e
braço, uma imagem foi capturada.
desnivelamento entre as escápulas)
Após as quatro primeiras fotos
e
testes
terem sido capturadas houve a
ortopédicos: Teste do arco doloroso,
intervenção quiroprática, onde dez
que
pessoas
comprovadas
avalia
o
pelos
pinçamento
das
estruturas entre o arco acromial e o ligamento
coracoacromial11
ajuste
glenoumeral
e
na dez
o
pessoas fizeram parte do grupo
teste de flexão de braços (push up)
placebo, na qual se deitaram em
que avalia a força/resistência dos
uma maca quiroprática, com o drop
músculos dos membros superiores
superior elevado, e logo em seguida
e
no
do acionamento do drop, o mesmo
movimento de flexão e extensão
foi deixado cair, não ultrapassando
dos cotovelos sobre o solo12.
o tempo de 5 segundos.
da
cintura
O
como
escapular
voluntário
informações
do
realizar
e
articulação
receberam
recebeu
examinador cada
de
Para a mensuração da ADM, foi
utilizado
o
método
de
movimento
goniometria no qual o voluntário
antes da amplitude ser mensurada e
realizou a abdução do braço nos
devidamente
Em
ângulos 30, 60, 90 e 120 graus. Em
seguida, o mesmo foi instruído a
seguida, o voluntário foi submetido
posicionar-se em posição ortostática
à manipulação quiroprática. Para a
e braços ao longo do corpo. A
realização
seguir, adesivos marcadores foram
voluntário posicionou-se de pé com
colados em pontos anatômicos da
as pernas levemente afastadas e
escápula para mensurar os ângulos
paralelas,
com
a
propostos,
envolvida
em
uma
fotografada.
são
eles:
epicôndilo
da
intervenção,
o
articulação posição
lateral, processo espinhoso de T7 e
intermediária, neutra sendo esta
ângulo inferior da escápula13. O
com a mão do ombro a ser
paciente abduziu o braço em 30, 60,
manipulado posicionado na cintura
90 e 120 graus, os ângulos medidos
e o outro braço solto na lateral do
foram
a
corpo. O quiropraxista contatou o
abdução do braço exigia a troca de
aspecto posterior do cotovelo do
ajustados
conforme
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paciente, e com a mão oposta
Após a intervenção, foram
contatou a parte anterior do ombro.
mensuradas
Foi
amplitudes
solicitado
ao
paciente
que
novamente de
as
movimento
realizasse uma força contrária à
registradas pela fotogrametria.
mão do quiropraxista que contatava
Estatística
e
o cotovelo e resistia ao movimento. Os
A força/resistência utilizada foi baixa e
não
produziu
movimento.
A
intervenção é precedida por uma cavitação
audível
ou
não
da
foram
dispostos em tabelas e gráficos e analisados
estatisticamente
com
teste t-Student pareado. Valores p<0.05
articulação glenoumeral14.
resultados
indicaram
diferenças
estatísticas.
RESULTADOS
Foram avaliados 20 voluntários, de ambos os gêneros, com média de 21 anos e máxima de 28 anos com desvio padrão de 3,39 anos, em que 16 (80%) eram do gênero masculino.
O valor médio obtido no Índice Funcional dos
Membros Superiores (IFMS) foi de 99,81% + 0,61 DP (Desvio padrão). Tabela 1 - Comparação da Distância do Angulo Inferior da Escápula (DAIE) até a Coluna Grupo 1.
Média 30
Desvio Padrão Significância
Pré ajuste
52,10
13,98
Pós ajuste
56,30
16,22
Pré ajuste
53,30
18,76
Pós ajuste
61,90
18,70
Pré ajuste
62,10
16,34
Pós ajuste
72,90
11,32
120 Pré ajuste
68,50
13,26
Pós ajuste
79,80
16,15
60
90
0,01
0,01
0,01
0,02
Tabela 2 - Comparação da Distância do Angulo Inferior da Escápula até a Coluna Grupo 2.
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Média 30
Desvio Padrão Significância
Pré ajuste
48,80
7,96
Pós ajuste
52,10
9,72
Pré ajuste
61,80
15,44
Pós ajuste
60,20
14,54
Pré ajuste
64,10
12,18
Pós ajuste
68,00
12,57
120 Pré ajuste
69,70
10,74
Pós ajuste
67,80
10,46
60
90
0,15
0,55
0,14
0,54
Tabela 3- Comparação da DAIE até a Coluna pós intervenção entre o Grupo 1 e o Grupo 2.
Média 30
Grupo 1
Desvio Padrão Significância 56,30
Grupo 2
52,10
60
61,90
Grupo 1
Grupo 2
60,20
90
72,90
Grupo 1
Grupo 2
68,00
120 Grupo 1
79,80
Grupo 2
67,80
16,22
0,49 9,72
18,70
0,82 14,54
11,32
0,37 12,57
16,15
0,06 10,46
DISCUSSÃO As
primeiras
revisões
terapia manual no tratamento de
sistemáticas extensas publicadas
um amplo espectro de condições
sobre o
musculoesqueléticas
tratamento quiroprático
para condições e desordens de
tratados
extremidades
incluindo
superiores
foram
por
extremidades
Nestas
superiores
publicações
apresentados abrangentes
foram resumos
de
evidências
científicas, sobre a eficácia da
quiropráticos,
distúrbios
realizadas em 200810 e 201015.
comuns,
da
coluna,
inferiores e
e
queixas
musculoesqueléticas. Entre
as
diversas
técnicas
utilizadas no tratamento quiroprático, a Diversificada é a mais ensinada e,
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talvez,
por
este
motivo,
a
mais
utilizada na prática clínica mundial16.
posterior e maior rotação interna da escápula.
Segundo a Associação Americana de
Os resultados obtidos na
Quiropraxia esta técnica é utilizada por
atual pesquisa, utilizando a técnica
95.9% dos profissionais da área17.
A
manipulação
utilizada
nesta
músculo
articular
técnica
se
caracteriza como movimento de pequena amplitude e impulso de alta velocidade18,19. Neste contexto, surge a questão: a técnica energia muscular, que utiliza uma espécie variável14,
amplitude
proporcionaria a mesma efetividade da técnica diversificada, já que ambos os protocolos movimentam a barreira elástica articular? Com
base
nos
escapulo
dados
a
discinesia
escapular
(gráficos 1 e 2). Esse achado vai ao
encontro
com
um
estudo
realizado em 2014, em que várias alterações
no
padrão
de
movimento foram detectadas tanto na articulação glenoumeral quanto
em
que
pessoas
relacionadas
com ao
3),
se
utilizou
a
técnica
diversificada e o resultado foi o aumento de ADM de abdução do braço em todos os participantes21. Os
resultados
atuais
também demonstram que a técnica de
energia
muscular
produz
aumento da mobilidade articular do ombro (gráfico 3). Segundo a
para o ganho e ou melhora da amplitude de movimento. Na
alterações ombro18.
Especificamente, há uma menor rotação superior, menor inclinação
presente
pesquisa
nenhum dos indivíduos apresentou limitação na abdução do braço. A intervenção alterou a mobilidade da escápula sem alterar a abdução do braço. Se observou no grupo 1, aumento da abdução da escápula, porém questiona-se se este valor é significativo na abdução do braço.
na articulação escapulo torácica em
(gráfico
confirmando os achados de 2011,
demonstraram
diminuição da ADM da escápula, devido
umeral
literatura14 esta técnica é eficaz
analisados na atual pesquisa, os voluntários
apresentou
aumento na ADM da articulação
de mobilização de baixa velocidade e
energia,
Após os 30° de abdução, os movimentos do úmero ocorrem de modo
concomitante
aos
movimentos da escápula em uma razão de 5:4. Ou seja, ocorrem 5°
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de movimento umeral para cada 4°
Em
uma
pesquisa
de movimento escapular. Na parte
queixas
final do movimento, a articulação
intervenção quiroprática também se
gleno
pode observar um aumento da
umeral
aumenta
(GU)
sua
novamente
contribuição
em
relação à escápula23. Nos
álgicas
de
sobre
ombro
e
ADM de abdução do braço após a intervenção. A média da ADM pré-
primeiros
de
intervenção foi de 125,8° e a pós-
abdução o movimento é realizado
intervenção de 158,3°. Sendo a
principalmente pela articulação GU,
média
já que a escápula se movimenta
aumento da ADM, de 32,5°25. Este
em direção à coluna vertebral ou
mesmo autor ainda afirma que o
afastando-se dela em busca de
tratamento quiroprático é efetivo
uma posição de estabilidade do
em indivíduos com queixas de
tórax23,24.
ombro. A manipulação com thrust
Segundo
a
30°
referente
ao
o
de alta velocidade na articulação
aumento da abdução da escápula é
GU é efetiva em indivíduos com dor
importante para o equilíbrio das
no ombro durante o movimento de
articulações
de
abdução do braço, uma vez que
possíveis restrições. Neste estudo,
diminui a sensibilidade dolorosa
após a intervenção quiroprática,
dos pontos gatilhos do músculo
houve
deltoide médio26.
e
autora,
alcançada,
remoção
alteração
da
mobilidade
escapular já a partir dos 30° de
Considera-se de relevância
abdução do braço. Seguido, por
clínica
a
uma alteração maior aos 120°. Pelo
estudo
em
ritmo escapular ser um movimento
manipulação articular é útil para
involuntário
o
aumentar o ritmo escapulo umeral,
paciente não tem controle sobre
uma vez que sua restrição, limita
este
as
assim
da
escápula,
movimento, a
demonstrando
importância
da
apresentação demonstrar
atividades
causando
muitas
integralidade da articulação GU
desconforto.
para o ritmo e seu possível efeito
CONCLUSÃO
neurológico
reflexo
do
laborais vezes
deste que
a
diárias, dor
e
ajuste
manipulativo nas extremidades.
A Muscular
técnica altera
de o
Energia ritmo
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escapuloumeral pacientes
do
com
ombro
em
discinesia
de
escápula. Apesar dos dados não serem pela
suficientemente pequena
positivos
amostra,
houve
alteração na abdução da escápula com
aumento
escapular
da
pós
amplitude intervenção
quiroprática. Há pesquisas amostra
necessidade futuras,
com
significativa,
tratamento
de uma em
Quiroprático
abrangendo a cintura escapular, com enfoque não somente para o ombro, mas também para a coluna cervical e torácica, a fim de verificar todas as possíveis interferências em pacientes com discinesia da escápula,
e
desenvolver
o
gerenciamento correto e completo para esta disfunção. CONFLITOS
DE
INTERESSES:
Não há. REFERÊNCIAS 1. Pope DP. et al. Association of occupational physical demands and psychosocial working environment with disabling shoulder pain. Ann Rheum Dis 2001;60:852-858. 2. Lecler A, Chastang JF, Landre MF, Niedhammer I, Roquelaure Y Incidence of shoulder pain in repetitive work. Occup Environ Med.2004;61: 39-44. 3. Nove-Josserand L. et al. Effect of age on the natural history of the shoulder: a clinical and radiological study in the
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