Revista Brasileira de Quiropraxia | Vol VI | Nº 2

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ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 76 de 160


Revista Brasileira de

Quiropraxia Brazilian Journal of Chiropractic Apoio:

ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 77 de 160


REVISTA BRASILEIRA DE QUIROPRAXIA - BRAZILIAN JOURNAL OF CHIROPRACTIC

Volume VI - Número 2 – Julho a Dezembro 2015 ÍNDICE – CONTENT 1. EDITORIAL E INSTRUÇÕES AOS AUTORES

2.

77

TÉCNICAS COMPLEMENTARES

The Gonstead History

84

John Cox, D.C., DPhCS 3.

ESTUDO DE CASO

Case Management of a 2 1/2 Year Old Female with a Thirty-five Degree Scoliosis and Two Hemivertebra: Outcome of Adjusting Protocols Showing a Positive Response to Chiropractic Care Martin G. Rosen, Charles L. Blum 4.

ARTIGOS ORIGINAIS

Elaboração de ficha de atendimento pediátrico em quiropraxia Elaboration of pediatric form of service in chiropractic Letícia de Oliveira Silva, Elisângela da Silva, Dayane M. Costa Cabral 5.

90

Efeito imediato da intervenção Quiroprática em auxiliares de limpeza portadores de lombalgia crônica inespecífica Immediate effect of chiropractic intervention in auxiliary cleaning carriers of chronic nonspecific low back pain

98

109

Angela do Nascimento, Alan M. de Oliveira, Mara Célia PaivaI, Fernando Azevedo

6.

O efeito do tratamento quiroprático em praticantes de CrossFit The effect of chiropractic care in CrossFit practitioners

120

Daniela S OliveiraI, Thais C R FrankonisI, Willian M FreitasII, Jorge A C NettoIII 7

8.

Eficácia do tratamento quiropratico na dismenorreia primária Efficacy of chiropractor treatment in primary dysmenorrhea Marina C. LossurdoI, Fernanda M. CarvalhoI, Lilian L. SaldanhaI, Ana P. A. Facchinato Estágio extracurricular de Quiropraxia: Perfil dos pacientes assistidos na comunidade de Heliópolis Extracurricular stage of Chiropractic: Profile of the patients assisted in the Heliopolis community

130

140

Rosana Gomes, Renata WassalI, Fernando R.M. de Azevedo 9.

Avaliação proprioceptiva em pilotos de caça pré e pós Manipulação Articular Quiroprática na coluna cervical Proprioceptive evaluation in fighter pilots pre and after chiropractic adjustment in the cervical spine

150

Josiane Sbeghen, Tiago Augusto Zago

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EDITORIAL

Caros autores, leitores e colaboradores, chegamos ao fim de mais um ano de existência e temos muito a comemorar! O Curso de Quiropraxia no Brasil, está completando quinze anos e este é o sexto ano de publicação ininterrupta da Revista Brasileira de Quiropraxia. Desde o início procuramos proporcionar à comunidade científica, um canal formal de comunicação e disseminação da produção técnico-científica nacional, por meio da publicação de artigos originais que fossem resultados de pesquisas

tecno-científicas

e

que

contribuíssem

para

o

avanço

do

conhecimento. Iniciamos com o resumo dos trabalhos de conclusão de curso, e atualmente contamos com manuscritos de resultados de trabalhos de pósgraduação e de artigos de autores estrangeiros convidados. Para o próximo ano aguardamos o aceite da revista em base de dados internacional, o que aumentará a sua visibilidade. Esperamos a participação de todos, seja com críticas, elogios ou sugestões, que possam contribuir para que a Revista se torne, a cada publicação, mais forte, ética, com maior credibilidade e visibilidade.

CORPO EDITORIAL

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REVISTA BRASILEIRA DE QUIROPRAXIA - BRAZILIAN JOURNAL OF CHIROPRACTIC Corpo Editorial

Editor científico Djalma José Fagundes

Editores assistentes Ana Paula Albuquerque Facchinato Campos Evergisto Souto Maior Lopes

Jornalista científico Anna Carolina Negrini Fagundes Martino

Consultor da língua inglesa Ricardo Fujikawa

Conselho nacional de consultores (Brasil) Eduardo S. Botelho Bracher Fernando Redondo Aline Pereira Labate Fernandes Conselho internacional de consultores David Chapman Smith Reed Phillips Fábio Dal Bello

Assessoria e Gerência Executiva Mara Célia Paiva

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AGRADECIMENTOS

A Revista Brasileira de Quiropraxia publica trabalhos científicos e culturais de interesse aos profissionais da área ósteomioarticular. A qualidade das informações neles expressas é avaliada de forma sistemática por colegas experientes. Todo trabalho de investigação submetido à revista é enviado a especialistas encarregados de revê-los de forma detalhada, visando obter avaliações abalizadas sobre a qualidade técnica do texto. Outros colegas também disponibilizam seu tempo para elaborar revisão ortográfica e formatação dos textos. Em reconhecimento à espontânea colaboração desses especialistas, bem como a conduta ética demonstrada nesse processo, expressamos aqui o nosso agradecimento. Revisão científica Aline de Almeida Ferreira Camila de Carvalho Benedicto Carlos Podalirio B. de Almeida Cley Jonir Foster Jardeweski Daniel Facchini Eduardo Kyoshi Teruya Katherine Palmina Cassemiro Colomba Marcos Vinícius Zirbes Mariana Wentz Faoro Vivian Roca Vinícius Tieppo Francio

Formatação de texto Elisangela Zancanário

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INSTRUÇÕES AOS AUTORES

Apresentação A Revista Brasileira de Quiropraxia (Brazilian Journal of Chiropractic) é uma entidade aberta de comunicação e divulgação de atividades científicas e profissionais na área de Quiropraxia. Ela recebe colaboração em suas diversas seções, após avaliação de pelo menos dois de seus membros do Conselho de Consultores e que irão julgar a relevância, formatação e pertinência da comunicação. Os autores e coautores devem ter participação efetiva na elaboração do trabalho publicado, seja no seu planejamento, seja na execução e interpretação. O autor principal é o responsável pela lisura e consistência das informações do artigo. Os indivíduos que prestaram apenas colaboração técnica devem ser designados na secção de agradecimentos. O original do artigo ou comunicação deve ser acompanhado de uma carta ao editor-chefe apresentando o título do trabalho, autores e respectivos graus acadêmicos, instituição de origem e motivo da submissão. Deve acompanhar uma carta de cessão dos direitos autorais e compromisso de exclusividade de publicação segundo o modelo: Cessão de Direitos Os autores abaixo assinados estão de acordo com a transferência dos direitos autorais (Ato de Direitos Autorais /1976) do artigo intitulado: ........................................................................

à

Revista

Brasileira

de

Quiropraxia. Por outro lado, garante ser o artigo original, não estar em avaliação por outro periódico, não ser total ou parcialmente publicado anteriormente e não ter conflito de interesses com terceiros. O artigo foi lido e cada um dos autores confirma sua contribuição e está de acordo com as disposições legais que regem a publicação. Cidade, data Nome legível e assinatura de todos os autores.

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Submissão de artigos Os originais podem ser submetidos para a apreciação da revista por via eletrônica

(e-mail)

ou

por

cópia

em

CD-ROM

(ou

equivalente),

preferencialmente em inglês e ser produzidos em editor de texto compatível com Windows Word, em Times New Roman ou Arial, tamanho 12, margens superior e inferior de 2,5 cm e laterais 3,0 cm. Os parágrafos devem ser separados por espaço duplo, não ultrapassando 12 (doze páginas incluindo referências, figuras, tabelas e anexos). Estudos de casos não devem ultrapassar 6 (seis) páginas digitadas em sua extensão total, incluindo referências, figuras, tabelas e anexos. Os artigos e comunicações enviadas serão analisados pelo editor-chefe; sendo pertinentes e tendo respeitado as normas de formatação da Revista eles serão encaminhados ao Conselho Consultivo da revista para avaliação do mérito científico da publicação. Os originais poderão ser devolvidos para correções e adaptações de acordo com a análise dos consultores ou podem ser recusados. A Revista reserva o direito eventual de recusa sem a obrigação de justificativa. Os artigos originais recusados serão devolvidos aos autores. Figuras, Tabelas e Quadros As figuras e tabelas devem ser enviadas em arquivos separados. As imagens devem ser designadas como “Figuras”, numeradas em algarismos arábicos de acordo com a ordem em que aparecem no texto e enviadas em arquivo JPG ou TIF com alta resolução. As tabelas devem ser numeradas em algarismos romanos de acordo com a ordem em que aparecem no texto. Quadros deve ser numerado em algarismos arábicos de acordo com a ordem em que aparecem no texto. Formato do Artigo Os originais devem conter um arquivo separado com a página de título (title page) onde deve constar: - o título do artigo (máximo de 80 caracteres) - nome completo dos autores - afiliação e mais alto grau acadêmico - instituição de origem do trabalho ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 81 de 160


- título abreviado (running title) máximo de quarenta caracteres - fontes de financiamento - conflito de interesses - endereço completo do autor correspondente (endereço, telefone, fax e email). Formato das Referências As referências devem ser numeradas em algarismos arábicos de acordo com a ordem em que aparecem no texto, no qual devem ser identificadas com o mesmo número no formato sobrescrito. Os autores devem apresentar as referências seguindo as normas básicas de Vancouver com Sobrenome, Prenome do (s) autor (es). Título do artigo. Título do Periódico. Ano; Volume (número); páginas inicial-final. Exemplos de formatação: Artigo: Santos C, Baccili A, Braga P V, Saad I A B, Ribeiro G O A, Conti B M P, Oberg T D. Ocorrência de desvios posturais em escolares do ensino público fundamental de Jaguariúna, São Paulo - Revista Paulista Pediatria. 2009; 27(1): 74-80. Monografia (Livros, Manuais, Folhetos, Dicionários, Guias): Wyatt, L, Handbook of clinical Chiropractic care, 2ª edição. United States: Jones and Bartlett Pusblishers, 2005. Resumo: Ostertag C. Advances on stereotactic irradiation of brain tumors. In: Anais do 3° Simpósio International de Dor; São Paulo: 1997,p. 77 (abstr.). Artigo em formato eletrônico: International Committee of Medical Journal Editors: Uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical journals. Disponível

em

URL:

http://www.acponline.org/journals/annals/01jan97/unifreg.htm. Acessado em 15 de maio 2010. Resumo (abstract) Em arquivo separado deve ser enviado um resumo estruturado (objetivos, métodos, resultados e conclusões) com no máximo 250 palavras. Deverá ter uma versão em português e outra em inglês. ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 82 de 160


Unitermos (keywords) Ao final do resumo devem constar pelo menos cinco palavras-chaves de acordo com a normatização dos Descritores em Ciências da Saúde da BIREME (Biblioteca Regional de Medicina). Texto Devem

constar

de

Introdução,

Objetivos,

Métodos,

Resultados,

Discussão, Conclusão, Agradecimentos e Referências. Comissão de ética Os artigos devem trazer o número do protocolo da aprovação do Comitê de Ética da Instituição de origem e declaração do preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Contato Revista Brasileira de Quiropraxia/Brazilian Journal of Chiropractic Secretaria Geral: Rua Columbus, 82 - Vila Leopoldina. CEP 05304-010, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: rbquiro@gmail.com - Tel.: +55(11)3641-7819

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TÉCNICAS COMPLEMENTARES The Gonstead History John Cox, D.C., DPhCS sloober01@gmail.com

Clarence Selmer Gonstead

providing no relief to his worsening

was born July 24, 1898 in Willow

condition. As the Gonstead family

Lake, South Dakota. Clarence grew

searched for a solution to their son’s

up on the family farm. Helping with

misery, their search led them to

the farm was a full-time job for the

Chiropractic and a Chiropractor by

young

the name of J.B. Olsen in Madison,

Clarence

Gonstead

and

school had to play a minor role in his early life. Following his first couple

Wisconsin. When

Clarence

of years in high school, Clarence

responded

was

his

adjustments given by Dr. Olsen, he

never

not only had a remarkable recovery

forced

to

the

Gonstead chiropractic

to

abandon

educational

efforts

and

completed

his

school

from rheumatoid arthritis, but he

education.

By the age of 20,

quickly became a friend of Dr. Olsen

Clarence acquired a job working for

and soon made plans to attend

the J.

and

chiropractic school himself. In July

although not an engineer, Clarence

of 1923, Clarence graduated with

was working with familiar equipment

his Doctor of Chiropractic degree

he had grown up with on the farm.

under the direct tutelage of Dr. B. J.

high

I. Case Company,

Briefly, into his career with

Palmer.

Dr. Gonstead had a duel

the J. I. Case Company, Clarence

influence in his life and definition of

Gonstead developed a severe case

Chiropractic, a direct influence from

of rheumatoid arthritis, unfortunate

the teachings of B. J. Palmer and an

for his future with Case but fortunate

indirect influence from D. D. Palmer

for

Chiropractic.

through the mentorship of Dr. Olsen

Unable to continue with his job,

and Dr. Olsen’s close relationship

Clarence and his family searched for

with D. D. Palmer.

an

debilitating

Gonstead’s family and his mentor

condition and followed the path of

back in Wisconsin, Dr. Gonstead

conventional

returned

the

future

answer

to

of

this

medicine

that

was

to

the

With Dr.

Madison

area

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following his graduation and decided

could have a subluxation and also a

to set up his practice in the little

compensation to accommodate the

town of Mt. Horeb, Wisconsin.

existing

Dr. Gonstead was taught full

subluxation.

formulated

from

He his

also

clinical

spine adjusting while in Palmer and

experience that often the bone on

was coached by Dr. Olsen; his

the x-ray that looked the most out of

adjustments were specific but very

position was often the compensation

forceful

and

as

taught

by

the

not

the

subluxation.

Dr.

Chiropractic school at that time. Dr.

Gonstead began to notice that the

Gonstead was also taught that you

majority of the time on his patient’s

adjusted the bone that appeared to

x-rays, the subluxation was the

be the most out of place on the x-ray

minimal

or the bone that felt the most out of

compensation

place or demonstrated the most pain

misalignment.

upon palpation.

misalignment was

and the

the gross

Within ten years of practice,

Dr. Gonstead’s practice began to

Dr. Gonstead had developed a huge

grow. Word of his devotion to his

following of patients and was forced

patients, his caring nature coupled

to work 12 to 14 hours per day in

with an ever-evolving talent for

order to see all the patients being

adjusting his patients quickly spread

scheduled every day in his office.

throughout

From 1939 to 1949 Dr. Gonstead

the

local

and

surrounding farming communities.

devoted most of his time to trying to

Dr. Gonstead soon noticed as

find the best way to give the

his practice began to grow that quite

adjustment. He reported that it took

often

achieve

better

him over five years and thousands

patients

if

he

of patients to best decide on how to

adjusted a few segments below the

adjust an ASEX ilium. It was also

vertebrae that looked the most out

during this time that he paid close

of place on the x-ray. Following his

attention to the misalignment of the

clinical experience and his keen

5th lumbar and worked equally as

ability to remember his patients and

hard determining the best way to

their

Gonstead

correct the 5th lumbar misalignment

formulated the idea that the body

for the various listings and on

results

he

would

with

his

results,

Dr.

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various body types, levels of disc

way

to

quality, severity of the patient’s

Chiropractic adjustment he wanted

condition.

to

THE GONSTEAD SEMINAR OF

Chiropractor. The two North Dakota

CHIROPRACTIC TAKES SHAPE

doctors began to investigate and

find

Wisconsin

out

more

to

get

about

a

this

soon discovered that many of their As the word spread across the Midwest about Dr. Gonstead and

his

ability

to

help

health

problems of all types and degrees, people started coming from greater and greater distances to see the “Little Man” with the “Magic Touch”. Two Chiropractors in North Dakota also felt the impact of Dr. Gonstead. Drs.

Tom

Askland

Oldenberg

and

were

Chris

Chiropractors

practicing in North Dakota two

local patients had heard about and traveled to see this Dr. Gonstead. Their only solution to regaining their patients, get Dr. Gonstead to teach them what he was doing to attract patients

they

noticed

that

their

practices were starting to decline in numbers. Dr. Askland happened to run into a long time patient of his one day on the street and noted that he hadn’t seen him in a long time and asked how he was doing. The patient reported that he didn’t need to see him anymore because he had made

a

trip

to

see

another

Chiropractor and he “fixed me up”. Dr. Askland was quite curious as to whom this other Chiropractor was and when he found out that his “local” patient had traveled all the

such

a

distance.

Patient’s traveling that far to see any Chiropractor was unheard of and they wanted to know his secret. So in 1951 the first official “Gonstead Seminar”

was

given

to

two

Chiropractors from North Dakota.

states away from Dr. Gonstead when

from

Other

Chiropractors

from

around the country also began hearing about the fantastic results being obtained by Dr. Gonstead. As more

and

more

Chiropractors

wanted to get the information from Dr. Gonstead about his practice, Dr. Gonstead was forced to designate time

every

other

month

to

accommodate their needs on his “Seminar Sundays”. Chiropractor

Dr. Kuhn, a

practicing

in

the

Milwaukee, WI area, recalled 10 field doctors getting together on several Sunday’s in the early and

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mid 50’s, each putting in $100 and

significantly reduce the amount of

for the $1000 Dr. Gonstead would

tax he would have to pay on these

spend late Saturday afternoon and

new facilities.

evening and most of the day Sunday

designed to be about 19,000 square

going over his adjustments and his

feet; 11 Adjusting rooms, a full lab,

interpretation of the x-ray.

In the

x-ray facility, a main waiting room to

1950’s and even into the mid 1960’s

seat 104 patients, a ladies dressing

the focus of the seminar discussion

and

surrounded

and

accommodate 12 women with their

adjustment of the pelvis. The only

own dressing rooms and a front

slides

desk/reception area that was state

the

evaluation

presented

and

discussed

changing

The clinic was

area

that

would

were those of the pelvis in the early

of the art for its time.

days of the seminar presentation.

level of the clinic was designed for

With his patient base getting

accounting

services

The lower

and

three

out of hand and simply not enough

classrooms plus a main meeting

time in a day for him to see all the

room to seat 200 to teach the

patients that wanted to be seen by

Seminar presentation.

Dr. Gonstead, combined by the

During

the

Seminar

growing pressure of more and more

presentations during the years of

field doctors requesting his time and

1961 to 1963, two brothers had

information, Dr. Gonstead made

attended many of the Seminar

plans for a new clinic and the

presentations

addition

his

Palmer College of Chiropractic. The

In 1962 construction of

younger brother was captivated by

the Gonstead Clinic of Chiropractic

the simplicity and the efficiency of

began on the outskirts of Mt. Horeb.

the Gonstead System and following

Dr. Gonstead had purchased the

his graduation from Palmer in 1963,

land years before and felt it was the

became

perfect location for his new clinic

Palmer College.

and motel.

while

of

practice.

associates

in

Another perk to the

a

while

faculty

attending

instructor

at

Dr. Douglas Cox

instructing

at

Palmer,

lands location was that it was

encouraged Palmer College to begin

located just outside the city limits of

teaching the Gonstead System of

Mt.

Chiropractic

Horeb

and

this

would

within

the

school’s

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curriculum

was

Alex agreed and Dr. Gonstead

responsible for incorporating the

suggested that while he was in the

Gonstead System into the Palmer

clinic, it would be good if he also

curriculum.

worked in the x-ray department. Dr.

impressed

and

ultimately

Dr. Gonstead was Doug’s

Alex quickly won the favor of Dr.

aggressiveness and persistence in

Gonstead. Dr. Gonstead suggested

promoting his chiropractic principles

that to help alleviate the new patient

and in 1964 while Dr. Doug was a

load coming into the clinic, Dr. Alex

full time instructor at Palmer and

should spend every Saturday at the

running

in

Clinic seeing the new patients that

Davenport, asked Dr. Doug if he

he, Dr. Culp or Dr. Grove couldn’t

would also join in the Seminar

get to. He could possibly build his

presentations. Dr. Doug Cox joined

own business at the clinic. Dr. Alex

the Seminar staff in 1964.

accepted

a

with

Dr.

private

practice

the

offer

and

every

The other brother, Dr. Alex

Thursday and Saturday would make

Cox, had just graduated in the

the 1 ½ hour commute from Lake

spring of 1964. Dr. Culp was aware

Geneva to Mt. Horeb to be a part of

of his keenness for the Gonstead

the Gonstead program.

System and asked if Dr. Alex would

spent the next few months building

consider taking over his practice

his practice

when he moved to Mt. Horeb to join

Saturdays and by the summer of

Dr. Gonstead.

Dr. Alex moved to

1965 Dr. Alex had made the move

Lake Geneva, WI and took over the

to Mt. Horeb with his family and was

existing practice of Dr. Culp.

a full time staff doctor at the

Dr.

Markham was also aware of Dr.

Dr. Alex

on Thursdays

and

Gonstead Clinic of Chiropractic.

Alex’s interest in the Gonstead

By the fall of 1970, the Clinic

System and also found out about his

was staffed with Dr. Gonstead, Dr.

interest

Dr.

Alex Cox and Dr. Doug Cox. The

Markham asked Dr. Alex if he would

Clinic was in its biggest production

consider coming up to the Clinic

years at this time with over 300

every Thursday to help him put

visits being produced by these three

together

slide

doctors on a daily basis. Dr. Alex

Dr.

still has in his possession the patient

in

photography.

an

updated

presentation for the Seminar.

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day sheets from the years 1968 to

Dr. Alex and Dr. Doug Cox continue

1972.

to be lecturers and advisors to the

It is amazing to note that

during these peak Clinic days, for 60

entire

consecutive

Seminar.

months,

they

each

staff

of

the

Gonstead

Dr. Doug retired from

would never see less than 2500

teaching the seminar in 2011 and

patient visits per month! That’s 100

Dr. Alex continues to teach and be

patients per day for 25 days out of

the voice of history as he oversees

every month; there are four Sundays

the teachings just as they were

in the month and these same three

presented by Dr. Gonstead himself

individuals were also teaching at

from the beginning. Dr. Alex’s son,

least one Seminar every month as

John, who began teaching with the

well.

It was becoming routine for

seminar in 1982, purchased the

Saturday’s to be over 400 patients

rights to the seminar in 1999 from

between the three doctors, but

Dr.’s Alex and Doug.

unlike the stories you hear today,

The current teaching staff of

they saw that many patients from

11 instructors all maintains strict full

7:00 AM on Saturday until 2 or 3 AM

time Gonstead Practices complying

on Sunday with only a couple hours

with the entirety of the Gonstead

off during those days for lunch and

System of patient care and patient

dinner.

management.

The patients demanded

Five of the current

their attention and they demanded

instructors instructed alongside Dr.

of themselves to give the service.

Gonstead through the 1960’s and Dr.

1970’s. The Gonstead Seminar has

Gonstead sold the Gonstead Clinic

expanded to a worldwide stage with

of Chiropractic, The Karakahl Inn

14 to 18 seminars being presented

and

in over 12 countries every year.

On

the

May

1,

Gonstead

1974

Seminar

of

Chiropractic to Dr. Alex Cox and Dr.

Please

Doug Cox.

www.gonsteadseminar.com

Dr. Gonstead passed

visit

away on October 2, 1978.

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ESTUDO DE CASO Case Management of a 2 1/2 Year Old Female with a Thirty-five Degree Scoliosis and Two Hemivertebra: Outcome of Adjusting Protocols Showing a Positive Response to Chiropractic Care Martin G. Rosen, DC, CSCP. Author of three texts on Pediatrics. Consultant on SOT Clinical texts, teacher and speaker for numerous organizations. Charles L. Blum, DC, CSCP. International teacher and speaker. He is the SOTO-USA representative to the American Alliance of TMD Organizations and a Senior Clinical Instructor at the White Memorial Medical Center’s Cranial/TMJ Clinic in Los Angeles, California. Corresponding author: wellesleychiro@gmail.com

INTRODUCTION Searching for care that is safe

medical

management,

the

and offers low levels of intervention

prevalence varies between .03 and

for our children is essential in our

.09%5-7, with a male to female ratio

evolving

of 1:78.

healthcare

arena.

One

Idiopathic

important aspect of pediatric skeletal

“congenital

healthcare involves the awareness

scoliosis is the result of osseous

and

scoliosis.

malformations of the spine. The

Adolescent idiopathic scoliosis (AIS)

process of formation of the spine is

remains

common

extremely complex. The vertebral

deforming orthopedic condition in

formation process results in either a

children1,2. “Increasingly, both adults

failure of formation of part of a

and

seeking

vertebra (hemivertebra), failure of

alternative

segmentation of a vertebra (two

chiropractic

vertebra stuck together on one side

treatment

the

children

complementary therapy,

of

most

are and

including

treatment, for a wide variety of

or

a

unilateral

bar),

or

some

health concerns”3.

combination of the two. The result is

Estimates of prevalence of

essentially a growth disturbance of

mild curvature, those varying from

the spine that produces a curvature.

five to twenty degrees, is thought to

No two cases of congenital scoliosis

be between 1 to 3% of adolescents

are the same, and each pattern

with a male to female ratio of 1:24 In

requires

moderate to severe curves requiring

determine the risk that a serious

careful

assessment

to

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curve

will

occur

and

need

treatment”9.

inflammation of the soft tissue or deep

inflammatory

processes,

AIS is “present in 2 to 4

breathing impairments, bleeding and

percent of children between 10 and

nerve injuries. As early as five years

16 years of age. It is defined as a

after surgery another 5% of patients

lateral curvature of the spine greater

require reoperation and today it is

than 10 degrees accompanied by

not yet clear what to expect from

vertebral rotation. It is thought to be

spine surgery in the long-term11,3.

a multigene dominant condition with

“Taking into account that signs and

variable

expression.

symptoms of spinal deformity cannot

Scoliosis can be identified by the

be changed by surgical intervention,

Adam's forward bend test during

surgery

physical examination. Severe pain,

cosmetic indication, only especially

a left thoracic curve or an abnormal

in patients with adolescent idiopathic

neurologic examination are red flags

scoliosis (AIS), the most common

that point to a secondary cause for

form of scoliosis never exceeding

spinal

Specialty

80°”11,3. Unfortunately, the cosmetic

magnetic

effects

phenotypic

deformity.

consultation

and

resonance imaging are needed if red

flags

are

adolescents

present.

diagnosed

of

primarily

surgery

are

a

not

necessarily stable.

Of with

remains

This article will discuss the application

of

sacro

occipital

scoliosis, only 10 percent have

technique (SOT) procedures on a 2

curves that progress and require

1/2 year-old female with scoliosis

medical intervention. The main risk

and

factors for curve progression are a

positive results obtained through her

large

chiropractic

curve

magnitude,

skeletal

immaturity and female gender”10. The surgery

risk for

of

undergoing

scoliosis

two

subjective

hemivertebra

care. patient

and

Aside response

the

from to

treatment, improvement in clinical

initially

findings and function, More studies

estimated to be 5% is according to

were performed to attempt to assess

the latest evidence; the rate of

clinical changes from an objective

complications is far beyond that

standpoint. While not conclusive

rate. Possible complications may be

Moire studies have been found

ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 91 de 160


helpful and attained some validity in assessing

changes

in

patterns14,15.

scoliotic

CASE PRESENTATION During

a

routine

physical

the involved vertebra to stabilize the

examination at age 6 months, her

scoliosis.

pediatrician noted a curvature in her

scheduled for April 2001 On March

spine. An ultrasound was ordered

9, 2001, the patient presented at my

and

office

a

scoliosis

and

thoracic

kyphosis caused by two congenital hemivertebra

her

was

mother

for

examination. Her mother a patient of mine

December 10, 1998 the first X-ray

contacted my office to inquire if

study was performed to monitor the

there were any other less invasive

scoliosis. Due to the degree of the

alternatives.

scoliosis an MRI study was ordered

bring

on

evaluation since studies have found

14,

detected.

with

surgery

On

January

was

The

1999

and

her

We

suggested

daughter

care

in

for

an

measurements were made. A Moire

chiropractic

study was performed on December

reducing and stabilizing scoliosis in

12, 1999. The degree of the thoracic

children.

curve was measured at thirty-five

history

degrees. A follow up Moire study

prenatal, birth, and postnatal life

was done on December 9, 2000 and

was

due to the progression of the

showed no signs of developmental

scoliosis an orthopedic consult was

abnormalities

except

made and he suggested that the

scoliosis

two

patient undergo a surgical fusion of

previously mentioned.

The was

within

and

successful

she

patient’s

previous

insignificant.

normal

in

limits.

for

Her

She

the

hemivertebra

ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Pågina 92 de 160


METHODS/INTERVENTION On her initial visit on March 9, 2001

the

patient

underwent

a

complete

chiropractic

evaluation.

Standard

chiropractic

evaluation

procedures were used as well as specific

SOT

protocols16,17.

The

medial

ridging,

a

restriction

in

sphenoid motion on the left and an occipital restriction on the left. The patient was put on a sixweek

intensive

beginning

March

care 14,

program 2001

to

evaluation revealed: a right thoracic

address her subluxation pattern,

scoliosis

with

stabilize her Category II20,21 complex

thoracic

kyphosis

an

accompanying lumbar

(sacroiliac joint hypermobility and its

lordosis, a right short leg in the

effect on the whole body kinematic

prone

position,

chain) and correct the cranial bone

restriction in left cervical rotation,

and meningeal imbalance. Her initial

and left psoas contraction, a positive

visit frequency was two visits per

arm fossa test18 on the right upper

week for the first six weeks. The

fossa, lateral sway of ¾ inch when

surgery was still scheduled for April

standing, a posterior sacral base

2001.

was noted on the left side, palpatory

RESULTS

and

and

supine

tenderness at T10, T4, and C2, and Six weeks after her initial

a positive Adams Test. Cranial evaluation19 revealed: a slightly posterior positioned TMJ bilaterally, a high narrow palate with

chiropractic adjustment the patient was re-examined by the orthopedic surgeon prior to performing his

ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 93 de 160


surgical intervention and fusion. His

line 2 rotational subluxations at T3

evaluation and follow up Moire study

and T4 and cranial adjustments to

on

the occiput and maxilla.

April

26,

2001

revealed

a

significant reduction in the scoliosis.

After the first three weeks of

Surgery was postponed and the

care Category II stabilization had

orthopedic surgeon put the patient

been

on a program of follow up Moire

adjustments were made using the

studies every six months through

necessary

November 2002 to monitor the

continue to reduce the presenting

scoliosis. Throughout the patient’s

compensatory subluxation complex

care, SOT evaluation and adjusting

and uncover an SOT Category I

procedures were used.

(anterior

Applications of SOT blocking procedures

and

standard

achieved

and

SOT

further

indicators

sacroiliac

joint

to

fixation

leading to reduced sacral nutation

SOT

and CSF circulation). Over the next

adjustment protocols as well as

three weeks specific reduced force

reduced

cavitation

adjustments were made to the right

adjustments were used to make the

ilium and sacrum to restore normal

corrections.

pelvic balance. Further thoracic and

force

Adjustments over the first

cervical adjustments were made

three weeks included Category II

following previously stated protocols

blocking procedure20,21(supine pelvic

and continued cranial corrections

wedges

were

used

to

reduce

pelvic

applied

adding

corrective

torsion and joint laxity) for a right

procedures designed to reduce the

pelvic

hard palate dysfunction.

hypermobility

subluxation,

correct of a left psoas contraction through

SOT

psoas

techniques, reduction of thoracic inferiority determined

subluxations by

DISCUSSION

correction

trapezius

as fiber

analysis, cervical spine corrections determined by cervical stair step indicators including C5, C2 and atlas, reduction of occipital fiber22

Objective continued

findings

orthopedic

and

evaluations

using the Moire system of scoliosis tracking continued to show marked improvement scoliosis.

She

in

the

patient’s

maintained

her

chiropractic care and continued on a maintenance level and continuing to

ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 94 de 160


see

the

monitor

orthopedic

surgeon

her scoliosis

to

every six

congenital

hemivertebra

this

patient’s scoliosis was drastically

months. As of November 2002 the

reduced

patient’s scoliosis, kyphosis and

chiropractic care using the SOT

lordosis

adjusting protocols and

had

been

drastically

reduced, all her functional levels are

through

consistent

procedures.

completely normal and she was no

Chiropractic care for pediatric

longer a candidate for invasive

patients with scoliosis23 has been

surgical fusion.

Since continued

discussed in the literature and in

improvement was evident the Moire

one case report it was found that

study program was stretched out to

utilizing

and once a year in 2003 and 2004.

technique for a 7-year-old female

Her last Moire study performed on

patient diagnosed with idiopathic

May 6, 2004 (figure #1) showed

scoliosis

almost complete resolution of her

improvement

scoliosis, kyphosis and lordosis.

complaints, the post AP lumbopelvic

Though

direct

clinical

Pierce

chiropractic

that

“along of

radiograph

with

subjective

showed

a

62%

evidence is not conclusive from one

improvement in Cobb angle after

case study it is important to note

just one month of care”24.

that in this particular case the

While there have not been

patient made no other alterations in

many studies

her lifestyle or clinical situation

treatment of scoliosis one study

besides the addition of chiropractic

discussed care of an adult patient

care to afford such a positive

with scoliosis who was successfully

outcome.

treated with a combination of SOT

findings

Correlation directly

of

clinical

supported

the

chiropractic

investigating SOT

care

and

therapy25.

Pilates

reduction of the patient's subluxation

exercise

complex and scoliosis in this case

longterm

as

changed

surgical intervention on children,

structural

conservative

evident

by

biomechanical

the and

parameters, per radiological and

necessary

Moire

studies.

additional

Even

complication

risk

benefit

options and

With ratios

are

reasonable

the of

both to

with

the

consider. Preliminary studies are

of

two

being performed to investigate how

ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 95 de 160


chiropractors

and

orthopedic

patient or preparing for possible

surgeons can work together to

surgical

facilitate

provide the optimal opportunity for a

improve

outcomes

for

and

safer

children

with

scoliosis3. Hopefully this will lead to improved outcomes with less risk or

trial

intervention,

period

of

this

would

conservative

chiropractic care. REFERENCES:

improved outcomes from surgical interventions

since

the

children

could be helped with improved symmetrical function by the pre and post

surgical

inclusion

of

chiropractic care. CONCLUSION Since

conservative

chiropractic care in this case offered less risk to the patient, was more cost effective, and offered significant benefit it would appear that further study into the efficacy of chiropractic care in the treatment of childhood scoliosis especially

would

be

before

prudent, surgical

intervention is considered. Fusion surgery for scoliosis is permanent and irreversible in nature and if conservative chiropractic care can be offered without any serious risk to

the

patient’s

health

then

chiropractic care should be explored in

the

subset

of

patient

that

responds to care. During those periods of time when the medical physician is only monitoring the

1. Weiss H.F. Rehabilitation of adolescent patients with scoliosis – What do we know? A review of the literature. Pediatric Rehabilitation. 2003;6(3):183–194. 2. Weiss HR, Goodall D. The treatment of adolescent idiopathic scoliosis (AIS) according to present evidence. A systematic review. European Journal of Physical and Rehabilitation Medicine. 2008;44(2):177–93. 3. Rowe DE, Feise RJ, Crowther ER, Grod JP, Menke JM, Goldsmith CH, Stoline MR, Souza TA, Kambach B. Chiropractic manipulation in adolescent idiopathic scoliosis: a pilot study. Chiropr Osteopat. 2006 Aug 21;14:15. 4. Leaver J, Alvik A, Warren M: Presciptive screening for adolescent idiopathic scoliosis. Int J Epidemiol 1982, 11:101-111. 5. Brooks H, Azen S, Gerberg E, Chan L: Scoliosis: a prospective epidemiological study. J Bone Joint Surg 1975, 57A:968972. 6 Drennan J, Campbell J, Ridge H: Denver: a metropolitan public school scoliosis survey. Pediatrics 1977, 60:193-196. 7. Robitaille Y, Villavicencio-Pereda C, Gurr J: Adolescent idiopathic scoliosis: epidemiology and treatment outcome in a large cohort of children six years after screening. Int J Epidemiol 1984, 13:319323. 8. Morais T, Bernier M, Turcotte F: Age and sex-specific prevalence of scoliosis and the value of school screening programs.Am J Public health 1985 , 75:1377-1380. 9. Jahn WT, Cupon LN. Scoliosis: What every chiropractic orthopedist needs to

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ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 97 de 160


ARTIGO ORIGINAL Elaboração de ficha de atendimento pediátrico em quiropraxia Elaboration of pediatric form of service in chiropractic Letícia de Oliveira SilvaI, Elisângela da SilvaI, Dayane Maia Costa CabralII I. Graduanda em Quiropraxia. Universidade Anhembi Morumbi (UAM). São Paulo. Brasil. II. Quiropraxista, Ma e docente na UAM. E-mail do autor correspondente: oliveirasilva.leti@gmail.com Artigo recebido em: 15 de junho 2015 e aprovado em:22 de junho 2015

ABSTRACT OBJECTIVE: To develop a form that guides the chiropractor while performing the history and physical examination of the child, in their different age groups. METHODS: It was carried out a survey of bibliographic data on the subject and study, as well as a biomedical literature search in databases, SCIELO, PUBMED, LILACS, MEDLINE, in English and Portuguese. In addition to books available in Universidade Anhembi Morumbi's library, which together led to the understanding of the topic and reasoning of the goal. RESULTS: A data collection tool was developed for children 0-14 years old, to facilitate the acquisition and recording of the patient's objective and subjective information. CONCLUSION: Three pediatric forms were created which were applied to the chiropractic care for age groups: 0 to 28 days, 29 days to 2 years and 2-14 years. KEY WORDS: Chiropractic, pediatric, form, anamnesis, physical evaluation, date collection.

RESUMO OBJETIVOS: Elaborar uma ficha que oriente o quiropraxista durante a realização da anamnese e o exame físico da criança, em suas diferentes faixas etárias. MÉTODOS: Levantamento de dados bibliográficos relativos ao assunto e estudo. Realizou-se busca de literatura biomédica nas bases de dados, SCIELO, PUBMED, LILACS, MEDLINE, em língua inglesa e portuguesa. Além de livros disponíveis na Biblioteca da Universidade Anhembi Morumbi, que juntos conduziram à compreensão do tema e fundamentação do objetivo. RESULTADOS: Construiu-se um instrumento de coleta de dados para crianças de 0 a 14 anos, que facilite a aquisição e registro de informações objetivas e subjetivas do paciente. CONCLUSÃO: Elaborou-se três fichas pediátricas aplicadas ao atendimento de Quiropraxia para as faixas etárias: 0 a 28 dias, 29 dias a 2 anos e 2 a 14 anos. PALAVRAS-CHAVE: Quiropraxia, pediatria, ficha, anamnese, exame físico, coleta de dados.

INTRODUÇÃO Semiologia pediátrica é a

bases: anamnese, exame físico e

medicina do ser humano, em seu

complementares3,4. A anamnese, é

período de desenvolvimento, ou

considerada a base mais importante

seja, da fecundação à puberdade,

e responsável por 80% da hipótese

que estuda os sinais e sintomas que

diagnóstica.

constituem as síndromes1,2.

profissional de saúde, investigar,

Sua

função

primordial

é

Ela

permite

ao

identificar, analisar sinais, sintomas

diagnóstica e está firmada em três e planejar a terapêutica. Em se ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 98 de 160


tratando do sistema locomotor, o

estágio

exame físico, é realizado utilizando

atendimento à população em geral6.

testes

específicos

para

supervisionado

com

as

Mesmo com o embasamento

estruturas nervosas proprioceptivas

teórico e prático recebido em sala

e nociceptivas da região anatômica

de aula e laboratório, a consulta

comprometida.

pediátrica

A

história

do

gera

prática,

fundamentam a escolha de exames

utilizada na clínica escola, está

complementares,

geralmente

direcionada a pacientes adultos,

auxiliam

quando

que

o

se

diagnóstico e acompanhamento da

população

evolução

ocasionou

das

doenças

osteomioarticulares2-3. O

tratamento

ficha

tentou

anamnese

adaptá-la

pediátrica,

a

à

mesma

investigações

incompletas, quiroprático

de

Na

paciente, somada ao exame físico,

imagenológicos,

a

ansiedade.

semelhante

experiências

descrita

a por

pediátrico é usual desde o início da

estudantes do curso de medicina7,8,

profissão,

Estados

nas quais os alunos enfrentavam

Unidos da América, e foi validado

dificuldade em construir a história

em 1910 por Daniel David Palmer, o

do paciente, misturando os temas

desenvolvedor

sem que fossem concluídos sem

iniciada

da

nos

Quiropraxia.

Segundo a história quiroprática, DD

uma

Palmer, como é conhecido, ajustou

questões.

seu neto, que apresentava cólicas, com apenas quatro dias de vida4,5. No

Brasil,

linear

para

as

Identificada esta lacuna, ficou evidente a necessidade de elaborar

ensino

um instrumento sistemático capaz

universitário está completando 15

de orientar o Quiropraxista durante

anos. O mesmo segue os padrões

a avaliação pediátrica, levando em

internacionais

consideração as faixas etárias de 0

de

o

sequência

Educação

e

Segurança

em

Quiropraxia,

a 14 anos.

preconizados

pela

Organização

MÉTODOS

Mundial de Saúde (OMS). Seu currículo é ministrado durante nove semestres,

sendo

que

os

dois

últimos períodos são dedicados ao

Considerando a natureza da pesquisa,

foi

dispensada

a

aprovação da Comissão de Ética

ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 99 de 160


em

Pesquisa

da

Universidade

eletrônica

das

Anhembi Morumbi, São Paulo.

Universidade

Procedimentos

(UAM)

e

bibliotecas

Anhembi Centro

da

Morumbi

Universitário

(Feevale). As

referências

foram

pesquisadas na língua inglesa e portuguesa.

Os

livros-textos

consultados foram retirados das bibliotecas reais da Universidade Anhembi Morumbi. As atualizações do tema foram realizadas pela consulta

na

Americana

e

Scientific do

Latino-

Caribe

em

Ciências da Saúde (Lilacs); US National

Library

(PubMed),

of

Scientific

Medicine

Foram elaboradas três fichas pediátricas

de

atendimento

em

quiropraxia, que abordaram pontos de

relevância,

tanto

para

a

anamnese, quanto para o exame físico, na faixa etária de 0 a 14 anos. Por força de importância, alguns dados se repetiram nas cinco fases da infância, conforme a divisão

etária

utilizada

nesta

pesquisa9.

Electronic

Library Online (SCIELO) e na mídia

Parte 1 (Recém-nascido: 0-28 dias, Lactente: 29 dias a 02 anos, PréEscolar, Escolar e Pubescência: 02 a 14 anos)

-

Identificação:

Para

fins

de

No caso de crianças da fase

arquivamento e para a própria

pré-escolar, escolar e pubescência

identificação da criança. Iniciada

até os 14 anos, correlacionar à

com dados gerais1,9-12;

existência sintomas associados à

- Queixa principal e história clínica:

queixa principal.

Foram

história

- Histórico nutricional: Levantamento

clínica pregressa e atual, tanto dos

de informações do hábito alimentar,

achados da anamnese, quanto do

que é essencial para o crescimento

exame físico1,10,12. Geralmente este

e desenvolvimento da criança e

é o que remete a uma conclusão

complementa o exame físico1,5,10-12;

contempladas

a

diagnóstica; ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 100 de 160


- Crescimento e desenvolvimento:

-

Compreensão

informações

da

anamnese

Observação:

Coleta

relevantes

de

sobre

o

realizada. Observa-se, se a criança

desenvolvimento da criança, sendo

atingiu seu potencial máximo de

a base para a avaliação de um

desenvolvimento,

exame físico adequado 9,11;

de

diferentes

fenômenos, a presença ou não de

- Testes ortopédicos: Ortolani, de

algum tipo de atraso biológico e/ou

Barlow, Adams, e outros, que o

físico,

quiropraxista julgue pertinente à

sendo

indicadores

este de

um

dos

saúde

na

criança1,9,11; -

apresentada

e

se

aplicável5,10,13;

Histórico

Existência

queixa

médico ou

e

vacinas:

-

Dados

antropométricos:

não de doenças

Indicadores de saúde da criança.

prévias, hospitalizações, cirurgias,

Peso e altura são considerados

acidentes,

ou

parâmetros de medidas de rotina

o

indispensáveis nos primeiros anos

traumatismos,

acompanhamento

médico

e

indicativo do grau de proteção da

de vida1,11;

criança12;

- Impressão clínica: Hipótese de

-

Exame

físico:

Utiliza-se

de

diagnóstico quiroprático.

técnicas básicas para impressão do estado geral da criança (normal e patológico)9-11; Parte 2 (Recém-nascido: 0 a 28 dias e Lactente: 29 dias a 02 anos)

-

Saúde

pré-natal:

Indício

da

probabilidade de problemas para o feto, que repercute na vida pósnatal.

Informações

gestação,

problemas

sobre

a

obstétricos,

tipo de parto e nascimento5,10,11,13;

- Saúde neonatal: Índice de APGAR - avalia o vigor do recém-nascido e constata-se cardiorrespiratória

alteração e

sua

reanimação neonatal. Mensuração na escala de 0 a 101,5,10-14;

- Reflexos primitivos e posturais:

instinto de nutrição e proteção,

Avaliação

iniciado na vida fetal1,5,10,13.

da

motricidade

inconsciente da criança, quanto ao ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 101 de 160


Parte 3 (Pré-Escolar, Escolar e Pubescência: 02 a 14 anos)

- Avaliação postural: Observa-se deformidades, curvatura anormal, valgismo,

varismo,

paralisia,

postura, retificações, assimetrias, escoliose (lembrando que pode ser decorrente

de

discrepância

de

membros inferiores)13;

dor, se utilizará o desenho de um boneco onde o local da dor será pintado, diagrama

ao seu movimento, presença de neurológico

e/ou

muscular1,5,10,13,14; Revisão

mensuração qualitativa: Sem dor, máxima, será utilizado15.

sistemas:

cardiovascular,

gastrointestinal,

neurológico,

geniturinário, presença de: infecção urinária, bronquite,

Por fim, análise e formulação da

conduta

quiroprática

a

ser

adotada. Utiliza-se para Recémnascido e Lactente o teste Reverso

de

Estado geral dos órgãos e sistema: respiratório,

expressões faciais

será assinalado, numa escala de

Exame da coluna vertebral, quanto

-

de

um

dor moderada, dor intensa e dor

- Amplitude de movimento (ADM):

déficit

concomitantemente,

meningite,

apendicite,

osteomielite5,10,13;

- Localização e escala de dor: No intento de padronizar a avaliação da

de Fencer, análise da linha glútea e prega

glútea,

para

auxiliar

na

identificação de subluxações5,10,16,17. Para avaliação das crianças nas fases

Pré-escolar,

Escolar

e

Pubescência, os testes realizados ficam a critério do quiropraxista, levando em consideração a técnica aplicada18.

RESULTADOS

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DISCUSSÃO Baseados nas dificuldades da

que

retire

a

autonomia

do

vida acadêmica é que se propôs

profissional10,14.

elaborar

A ficha elaborada auxilia o processo

estes

instrumentos

voltados a crianças e adolescentes,

de

priorizando

informações necessárias para a

a

facilitação

e

a

avaliação

padronização da avaliação realizada

confirmação

pelo

quiropraxista,

fundamentar

e

ou

aborda

as

eliminação

de

além

de

diagnóstico diferencial, identificação

cientificamente

sua

de contraindicações e elaboração

atuação.

do

plano

terapêutico

para

o

A necessidade da divisão

paciente. A existência desta ficha

etária utilizada nas fichas, se deve

específica para o Brasil, além de

ao

e

contemplar as diferenças naturais,

crescimento da criança ocorrer em

envolvendo o atendimento ao adulto

fases,

o

e a criança, leva em conta que que

progresso

cada nação sofre com determinada

infantil durante suas etapas, para a

incidência de doenças distintas,

identificação

com formas peculiares de entendê-

fato

do

desenvolvimento

sendo

fundamental

acompanhamento

do

de

problemas

biofisiológicos e psicossociais8,18,19. Como

ponto

o

O ponto fraco do estudo é a falta de

instrumento construído favorece a

validação da ficha na prática clínica,

praticidade,

impedindo a comprovação da sua

de

se

positivo,

las, combatê-las e soluciona-las13,18.

obter

uma

avaliação rápida e eficiente, pois

eficácia

observou-se

fichas

quiroprático. Ao se analisar a falta

apresentavam

de materiais científicos no Brasil e

informações desnecessárias, bem

no mundo relacionado a essa área1,

como áreas dissertativas. A ficha

a criação desse instrumento de

ideal organiza a coleta de dados,

avaliação

será

auxiliando

de

nortear

estudos

em

relacionados

que

analisadas

informações

a

as

consulta desejadas

no

atendimento

essencial

ao

posteriores atendimento

atendimentos posteriores, embora

quiroprático em pediatria.

não seja tão detalhista, de tal modo

A

relevância

pesquisa

clínica

para

da

encontra-se

atual no

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compartilhamento dos instrumentos

A Dra. Ana Paula Albuquerque

ora

Facchinato e Dra. Elise Hewitt, por

elaborados,

com

profissionais

da

área

musculoesquelética. que

os

Esperamos

mesmos

elaboração

auxiliem

na

de

hipóteses

e

condutas

diagnósticas terapêuticas

os

de

profilaxia

e

gentilmente

terem

concedido

material de apoio. CONFLITO DE INTERESSES: Não há.

REFERÊNCIAS:

promoção à saúde. Embora estas fichas

representem

teórico-prático

um

modelo

válido

no

atendimento pediátrico quiroprático, o objetivo é que as mesmas atuem como facilitadores para o ensino da semiologia pediátrica, sem, contudo, substituir o estudo, sob pena de prejudicar o aprendizado. CONCLUSÃO Elaborou-se três fichas pediátricas aplicadas

ao

atendimento

de

Quiropraxia para as faixas etárias: 0 a 28 dias, 29 dias a 2 anos e 2 a 14 anos. Os pontos básicos e comuns destes instrumentos

fornecerão

profissional

da

ao área

musculoesquelética uma ferramenta que

direcionará

à

hipótese

diagnóstica precisa, indicando o melhor tratamento a ser adotado para as síndromes pediátricas. AGRADECIMENTOS

1. Rodrigues YT, Rodrigues PPB. Semiologia Pediátrica. 3ª ed. Rio de Janeiro,RJ:Guanabara Koogan, 2009. 2. Dutra A. Semiologia Pediátrica. 2ª ed. Rio de Janeiro,RJ;Rubio, 2010. 3. Fagundes DJ et al. Quiropraxia: Testes Ortopédicos. São Paulo:SP:Roca,2013:1-3. 4. Pearson HÁ. Pediatric history: the American Pediatric Society. Pediatrics 1995;95(1):147-151, citou Chiropractor’s Adjustor, 1910:579. 5. Anrig CA, Plaugher G. Pediatric chiropractic. Baltimore; Williams & Wilkins,1998. 6. World Health Organization. WHO guidelines on basic training and safety in chiropractic. Geneva; 2005. Disponível em: http://www.who.int/medicines/areas/traditio nal/ChiroGuidelines.pdf 7. Sucupira ACSL, Ferrer APS. Uma experiência de ensino de propedêutica pediátrica em ambulatório. Pediatria. 2000;22:105-12. 8. Santos NP. Recurso semiotécnico para otimizar o desempenho de estudantes em consultas de puericultura: uma experiência piloto. RBEM, 35(1), 122-131. [Internet]. 2011 [acesso em 26 de Set. 2015] . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_a rttext&pid=S010055022011000100017&lng=en&tlng=pt. 10.1590/S0100-55022011000100017. 9. Marcondes E, Vaz F, Ramos JLA, Okay Y. Pediatria Básica. 9ª ed. São Paulo,SP:Sarvier, 2002.

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10. Williams SP. Pregnancy and paediatric: A chiropractic approach. St James Chiropractic Clinic: Southampton, UK. 2005. 11. Barros Filho, Tarcísio EP, Lech O. Exame Físico em Ortopedia. 2ª ed. São Paulo: Sarvier, 2002. 12. Lissauer T, Clayden G. Manual ilustrado de pediatria. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 13. Davies N. Chiropractic pediatrics. Edinburgh & Churchill Livingstone; 2000. 14. Pernetta C. Semiologia Pediátrica. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990. 15. Dahlke R, Kaesemann V. A doença como linguagem da alma na criança. São Paulo: Cultrix, 2014.

16. McMullen M. Assessing upper cervical subluxations in infants under six months-Utilizing the Reverse Fencer Response. ICA March/April;1990, 46(3):3941. 17. Fysh P. Chiropractic care for the pediatric patient. Arlington, VA: ICA Council on Pediatrics, 2002. VA:Int’l Chiropractors Assn. Council on Chiropractic Pediatrics. 18. Behrman RE, Jenson HB, Kliegman R. Tratado de Pediatria. 18ª ed. Rio de Janeiro:Elsevier, 2009. 19. Ministério da Saúde. Saúde da Criança. Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Brasília; 2002. (Série Cadernos de Atenção Básica;11 – Série A Normas e Manuais Técnicos).

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ARTIGO ORIGINAL

Efeito imediato da intervenção Quiroprática em auxiliares de limpeza portadores de lombalgia crônica inespecífica Immediate effect of chiropractic intervention in auxiliary cleaning carriers of chronic nonspecific low back pain Ângela do NascimentoI, Alan M. de OliveiraI, Mara Célia PaivaII, Rafael RodarteII, Fernando R. M. de AzevedoIII I. Graduando em Quiropraxia. Instituto de Ciências da Saúde. Universidade Anhembi MorumbiUAM. São Paulo. Brasil. II. Quiropraxista UAM. III. DC. Me. Docente e Coordenador do Curso de Quiropraxia na UAM. E-mail do autor correspondente: virini123@hotmail.com Artigo recebido em: 15 de junho 2015 e aprovado em:22 de junho 2015

ABSTRACT OBJECTIVES: To evaluate the immediate effect of chiropractic intervention in patients cleaning aids of chronic low back pain nonspecific. METHODS: The instruments applied: interview form, orthopedic tests for chronic low back pain grade Scale Brazil (EGDC-Br) and Visual Numerical Scale (EVN) to measure pain before and after intervention. The adjustments were made using the diversified technique with mechanical assistance equipment to manual adjustment called drop, using the analysis of length inequality leg in the prone position as a reference. The sample was then analyzed globally and three groups were characterized: "smoking", "pregnant" and "related diseases" to hypotheses that could influence the results. Data were analyzed by absolute and relative frequency and applied parametric test "t" test and the nonparametric ANOVA. The value of 5% (p <0.05) was adopted as a limit to reject the null hypothesis. RESULTS: A total of 30 volunteers, aged between 22 and 59 years. Of these, 29 (96.7%) were female. The average pain score was 4.83 ± 2.68 and 2.27 ± 2.36 pre post intervention. CONCLUSION: Concluded that exist in the institution evaluated, professionals who experience pain at some point during performance of their professional activity, suggesting the need to implement preventive measures focused on maintaining the health and working capacity of these professionals. The chiropractic intervention provided immediate remission in pain symptoms. KEYWORDS: Chiropractic, pain, nonspecific low back pain, occupational health, instruments and apparatus.

RESUMO OBJETIVOS: Avaliar o efeito imediato da intervenção quiroprática em auxiliares de limpeza, portadores de lombalgia crônica inespecífica. MÉTODOS: Foram aplicados os instrumentos: ficha anamnese, testes ortopédicos para a região lombar, Escala Graduada de Dor Crônica Brasil (EGDC-Br) e Escala Visual Numérica (EVN), para quantificar a dor, antes e após intervenção. Os ajustes foram realizados utilizando a técnica diversificada, com o equipamento de auxílio mecânico ao ajuste manual denominado drop, utilizando a análise da desigualdade das pernas na posição prona como referência. A amostra foi analisada globalmente e em seguida foram caracterizados três grupos: “fumantes”, “gestação” e “doenças associadas”, para levantar hipóteses que pudessem influenciar nos resultados. Os dados foram analisados pela

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frequência absoluta e relativa e aplicado teste paramétrico “t” de Student e o não paramétrico Anova. O valor de 5% (p<0,05) foi adotado como limite para rejeição da hipótese de nulidade. RESULTADOS: Foram avaliados 30 voluntários, com idade entre 22 e 59 anos. Destes, 29 (96,7%) do gênero feminino. A nota média de dor foi 4,83±2,68 pré e 2,27±2,36 pós intervenção. CONCLUSÕES: Concluiu-se que existem na instituição avaliada, profissionais que apresentam dor, em algum momento durante realização de sua atividade profissional, sugerindo a necessidade de implantação de medidas preventivas focadas na manutenção da saúde e da capacidade laborativa desses profissionais. A intervenção quiroprática proporcionou remissão imediata nos sintomas álgicos. PALAVRAS-CHAVE: Quiropraxia, dor, lombalgia inespecífica, saúde do trabalhador, Instrumentos e aparatos.

INTRODUÇÃO A Quiropraxia tem como objetivo

diagnosticar,

tratar

prevenir

e

mecânicos4,

duas

empresas brasileiras5. O

desordens

musculoesqueléticas

incluindo

drop

é

um

sistema

que

mecânico ou pneumático no qual

desencadeiam efeitos no sistema

uma parte da maca pode ser

nervoso e na saúde

O

elevada, sustentando o paciente a

tratamento é realizado manual ou

uma altura específica. Quando uma

mecanicamente; as manobras de

força

ajuste removem os complexos de

denominada como thrust) é aplicada

subluxação encontrados ao longo

sobre o segmento subluxado, o drop

da coluna vertebral, normalizando

cai,

assim as desordens geradas por

rápida2.O auxílio deste instrumento

tais interferências, restabelecendo a

possibilita o trabalho com menos

homeostase corporal1.

risco, devido ao baixo impacto e alta

No

geral.

mundo

ajustiva

(comumente

produzindo

uma

queda

todo,

especificidade

pela

padronização

auxílio

procedimental

do

instrumento,

mecânico provido pelos sistemas de

possibilitando

uma

abordagem

drop,

ampla

quiropraxistas

seja

utilizam

o

utilizando

a

técnica

e

segura

em

diferentes

Thompson Terminal Point, ou como

condições patológicas comuns na

uma

prática

adaptação

diversificada2

ou

das

técnicas Gonstead3.

Dezenas de manufaturadores tem desenvolvido

diferentes

sistemas

clínica,

incluindo

a

lombalgia, uma das queixas mais frequentes6. A Lombalgia é usualmente conceituada como uma dor abaixo

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das margens das últimas costelas e

Toda a população está sujeita a

acima das linhas glúteas inferiores,

crises de lombalgia, porém alguns

com

fatores

ou

sem

dor

referida

em

caracterizam

membros inferiores, sendo mais

prevalência

comum

grupos, como é o caso de auxiliares

em

alguns

grupos

em

maior

populacionais e profissionais7,8. Sua

de limpeza7,8,11.

prevalência é de 60-85% durante a

Segundo

determinados

a

Classificação

sobrevida dos indivíduos. Quanto a

Brasileira de Ocupações (CBO),

duração, pode ser aguda (início

auxiliar de limpeza é uma profissão,

súbito e duração menor do que seis

reconhecida

semanas), subaguda (duração de

Trabalho do Brasil12. O índice de

seis a 12 semanas), e crônica

distúrbios

(duração

relacionados a este tipo de trabalho

maior

do

que

12

semanas)9,10. Ela

ainda

classificada

em

mecânica

e

lombalgia

pode mecânica,

psicogênica.

mecânica

pode

álgicos

fadiga

O

não

esforço

jornada muscular

levantamento

e

exigido

no

transporte

de

objetos, aliados aos movimentos repetitivos

e

é

corporais,

são

inespecífica,

de

laboral11.

da

específica ou inespecífica. A maioria considerada

e

do

ao

longo

ser

Ministério

aumentam consideravelmente ser

A

pelo

as

inclinações características

representa 80% de todos os casos

marcantes na profissão e estão

registrados em adultos entre 20 e

diretamente

55 anos e ocorre em todas as faixas

surgimento de queixas álgicas na

etárias7,9,10.

coluna vertebral, especificamente

A

lombalgia

inespecífica

Um estudo sobre dor crônica

alteração estrutural, ou seja, não há

em

redução

demonstrou

espaço

do

disco,

compressão de raízes nervosas, lesão óssea ou articular, escoliose

ao

na região lombar7,13,14.

caracteriza-se pela ausência de

do

relacionadas

auxiliares que

de

limpeza,

72,5%

dos

participantes relataram lombalgia15. A partir dessas informações,

ou lordose acentuada que possam

propôs-se

avaliar

o

efeito

da

levar a dor na coluna9,10.

manipulação quiroprática, utilizando o equipamento de auxílio mecânico

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ao ajuste manual denominado drop,

na UAM.

A coleta de dados foi

no tratamento de lombalgia crônica

realizada

antes

inespecífica,

em

de

intervenção quiroprática em que os

limpeza,

funcionários

da

participantes foram submetidos.

Universidade

auxiliares

Anhembi

Morumbi

e

após

a

Os instrumentos utilizados foram:

(UAM).

anamnese,

preenchimento

de

MÉTODOS

questionário para quantificar a dor, exame físico e realização de testes

Pesquisa experimental com análise

de

dados

sob

quantitativa, desenvolvida junto a auxiliares

de

limpeza

da

Universidade Anhembi Morumbi, na cidade de São Paulo.

apreciação e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa por meio da Brasil

e

recebeu

o

número 43197015.8.0000.5492. Foram excluídos indivíduos que apresentaram qualquer tipo de contraindicação ao ajuste manual com Quiropraxia como: fratura (não consolidada), alterações tumorais, infecções

ósseas,

articular,

estabilização

instabilidade interna e

doenças autoimunes, e também aqueles

que

lombalgia

com

Embora a avaliação da dor tenha um componente subjetivo, existem instrumentos, constituídos na

maioria

questionários

A pesquisa foi submetida à

Plataforma

ortopédicos.

forma

apresentaram sintomas

neurológicos.

das e

vezes,

por

índices

que

quantificam a intensidade da dor e seu impacto nas atividades do dia a dia. Neste trabalho foram utilizadas: Escala Graduada de Dor Crônica Brasil (EGDC-Br) adaptada à cultura brasileira, validada, composta por oito

questões

que

persistência,

avaliam

intensidade

incapacidade

associadas

crônica16

a

e

e

à

Escala

a

dor

Visual

Numérica (EVN), utilizada, antes e após intervenção quiroprática, que objetiva

a

mensuração

da

intensidade da dor, em valores numéricos numa escala de zero a dez, sendo zero "nenhuma dor" e

Procedimentos

dez a "dor máxima imaginável"17.

A pesquisa foi desenvolvida no Centro Integrado de Saúde (CIS)

Foram

realizados

testes

ortopédicos específicos para avaliar

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compressão da raiz nervosa lombar,

com o equipamento

da dura mater e determinar qual

mecânico

estrutura

denominado drop.

estava

comprometida,

além das doenças correlacionadas

ao

de auxílio

ajuste

manual

Em seguida os participantes

ao quadro, entre eles citam-se:

foram

Teste

critérios de avaliação da intensidade

de

Elevação

da

Perna

reavaliados,

Estendida, Lasegue, Braggard e

da dor.

Sinal de Valsava19. Os testes de

Estatística

Compressão

Sacral,

do

para diferenciar as alterações da coluna lombar das disfunções da

Inicialmente

Foi analisada a desigualdade aparente

das

pernas na posição prono como referência, aplicando-se estímulos de pressão em pontos da coluna

citados,

os

procedimentos

voluntários

foram

ajustados, na coluna lombar, pelo Quiropraxista

pela

observação dos

valores mínimos e máximos, e do cálculo de médias, desvios-padrão e medianas.

Para

as

qualitativas

variáveis

calcularam-se

frequências absolutas e relativas. Os dados foram analisados pela frequência absoluta e relativa e

local a ser ajustado. os

variáveis

As variáveis quantitativas foram

lombar e pelve para determinar o

Após

as

foram analisadas descritivamente.

realizadas

articulação sacroilíaca18.

comprimento

os

Cinto,

Fabere e Gansley, foram utilizados

no

seguindo

Rafael

Rodarte,

utilizando a técnica diversificada

aplicado teste paramétrico “t” de Student e o não paramétrico Anova. O valor de 5% (p<0,05) foi adotado como

limite

para

rejeição

da

hipótese de nulidade.

RESULTADOS Foram avaliados 30 auxiliares

forma os resultados obtidos, os

de limpeza, com idade entre 22 e 59

dados finais foram caracterizados

anos

em

(média

de

40,57±9,07

e

três

grupos:

“fumantes”,

mediana de 40 anos). Destes, 29

mulheres com “gestação” prévia e

(96,7%) do gênero feminino. No

“doenças associadas”.

intuito de levantar hipóteses que pudessem influenciar de alguma

A

variação

percentual

do

escore de dor variou de 0% a -100%

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(média de -56,80% com desvio-

63,34%).

padrão de 3,59% e mediana de Tabela 1: Distribuição da variação percentual da nota de dor, segundo os grupos: Fumante, Gestação e Doença associada, segundo a EVN. Grupo

Categoria

n

Média

dp

Mediana

Mínimo

Máximo

p*

Fumante

Não

23

-57,60

29,07

-100,00

0,00

-75,00

1,000

Sim

7

-54,17

48,41

-100,00

0,00

-100,00

Não

6

-73,75

-100,00

-12,50

-100,00

-90,00

Sim

23

-53,40

-100,00

0,00

-75,00

-60,00

Doença

Não

19

-52,08

34,97

-100,00

0,00

-80,00

associada

Sim

11

-64,96

30,90

-100,00

0,00

-100,00

Gestação

0,158

0,350

(*) nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Mann-Whitney

A ficha de dor demonstrou intensidade média de 68,33±15,36 e mediana 71,67, a média de dias de incapacidade dentro de seis meses (180 dias) foi de 9,27±8,89 e mediana 7. Tabela 2: Valores descritivos da intensidade da dor, do escore de incapacidade e dos dias de incapacidade dos 30 voluntários no momento pré intervenção segundo EVN.

Variável Intensidade da dor Escore de incapacidade Dias de incapacidade

n 30 30 30

Média 68,33 64,56 9,27

Dp 15,36 29,09 8,89

Mediana 71,67 71,67 7,00

Mínimo 26,67 0,00 0,00

Máximo 90,00 100,00 30,00

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Figura 1: Distribuição de frequências dos participantes em relação ao grau de dor antes da intervenção quiroprática segundo a (EGDC-Br) LEGENDA (Cálculo a partir da EGDC) Grau I Baixa intensidade Grau II Alta intensidade Grau IV Gravemente limitante

Dos participantes analisados, 19 (63,3%) apresentaram grau de dor 3. Após a intervenção quiroprática a nota da dor foi reavaliada. Na tabela abaixo apresentamos os valores descritivos desta nota nos momentos pré e pós sessão. Verificou-se que a nota média de dor foi 4,83±2,68 pré e 2,27±2,36 pós intervenção.

Tabela 3: Valores descritivos da nota de dor nos momentos pré e pós intervenção quiroprática.

Momento Pré Pós

n 30 30

Média 4,83 2,27

dp 2,68 2,36

Mediana 4,50 2,00

Mínimo 1,00 0,00

Máximo 10,00 10,00

p* < 0,001

(*) nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Wilcoxon

p* < 0,001

Figura 2: Média e desvio-padrão da nota de dor nos momentos pré e pós intervenção.

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DISCUSSÃO A revisão da literatura foi

O hábito de fumar esteve

realizada na PUBMED, SCIELO, em

presente

bancos de dados específicos onde

(tabela 1). Segundo a literatura, há

estão

literatura

quem afirme não haver uma nítida

quiroprática, como também foram

comprovação de relação causal

utilizados trabalhos de conclusão de

entre o fumo e a lombalgia21, e

curso realizados no Brasil, incluindo

também há estudo que afirma que

os títulos publicados até maio de

referido

2015.

suprimento circulatório

indexados

a

A incidência das doenças

em

hábito

sete

participantes

pode

reduzir do

o

disco

intervertebral, tornando-o suscetível

ocupacionais, com o passar dos

às

anos, tem aumentado de forma

alterar a modulação central da dor

preocupante.

pela nicotina22.

Entre os chamados

integrantes do grupo de risco estão

deformidades

mecânicas

e

As duas principais doenças,

os que exercem funções que exijam

diagnosticadas

movimentos

das

associadas

foram: hipertensão arterial sistêmica

postura e força exagerada, como é

(HAS) e alterações na tireoide. Seus

o caso dos auxiliares de limpeza19.

portadores

Entre as participantes, 23 relataram

grau

gestações prévias (tabela 1). A dor

relação aos demais (tabela 1). O

lombar pode se iniciar na gestação

achado HAS está em concordância

e perdurar por anos após o parto,

com um estudo de 2008, realizado

iniciando-se, provavelmente, devido

em um hospital público em que

a alterações fisiológicas e posturais

25,5% dos auxiliares de limpeza

relacionadas ao aumento do peso

eram hipertensos23,24. Não foram

do

encontradas

repetitivos

extremidades

útero,

do

corpo,

aumento

da

a

lordose

de

entre

por

médico,

os

voluntários

representaram dor

maior

(64,96±30,90)

pesquisas

em

que

lombar, alteração do centro de

relacionem alterações na tireoide

gravidade,

com lombalgia e ou auxiliares de

mudanças vasculares20.

frouxidão

muscular,

hormonais

e

limpeza, porém sabe-se que o aumento dos níveis do hormônio estimulante da tireoide (TSH), na

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tentativa de estimular a produção

restrita a participantes do gênero

dos hormônios T3 e T4 pode levar a

feminino.

dores articulares, como resultado de

Sugere-se a aplicação de

inflamação e diminuição do fluxo

novos estudos melhor conduzidos e

sanguíneo25,26.

a

maior rigor metodológico, incluindo

pode

mais atributos que possam auxiliar o

ocorrer retenção hídrica, que por

processo de mineração de dados,

sua vez, pode pressionar nervos e

como por exemplo, peso, altura,

articulações,

tempo

desaceleração

Com metabólica

justificando

apresentação

de

uma

lombalgia

de

aspectos

serviço

na

função,

psicossociais,

entre

inespecífica em portadores dessa

outros.

afecção26,27.

CONCLUSÕES

No escore grau de dor, 19 participantes (63,3%) referiram dor grau 3 (figura 3), e acrescentaram que

esta

condição

propicia

a

diminuição do ritmo de trabalho, embora não os incapacite para execução do mesmo. Estes dados corroboram com estudo anterior em que

64,3%

dos

auxiliares

de

limpeza referiram limitação parcial

Os valores descritivos da nota de dor, nos momentos pré e intervenção

demonstram significativo,

quiroprática, decréscimo

comprovando

profissionais que apresentam dor, em algum

momento

realização

de

profissional,

durante a

sua

atividade

sugerindo

a

necessidade de implantação de medidas preventivas, focadas na manutenção

da

saúde

capacidade

laborativa

e

da

desses

profissionais.

ou temporária para o trabalho24.

pós

Existe na instituição avaliada

A

intervenção

quiroprática

proporcionou remissão imediata nos sintomas álgicos. CONFLITO DE INTERESSES: Não há.

a

efetividade da terapêutica adotada (tabela 3 e fig. 2). Uma possível limitação deste estudo está relacionada com a composição da amostra quase que

REFERÊNCIAS 1. World Federation of chiropractic. [Internet]. USA. Definitions of Chiropractic.[acesso em 09 out 2014]. Disponível em:<http://www.wfc.org/website/index.php? option=com_content&view=article&id=90&It emid=110&lang=en>.

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ARTIGO ORIGINAL

O efeito do tratamento quiroprático em praticantes de CrossFit The effect of chiropractic care in CrossFit practitioners Daniela S OliveiraI, Thais C R FrankonisI, Willian M FreitasII, Jorge A C NettoIII I. Graduanda em Quiropraxia. Universidade Anhembi Morumbi (UAM). São Paulo. Brasil. II. Quiropraxista Especialista em Quiropraxia Clínica. UAM III. Quiropraxista Especialista e docente na UAM E-mail do autor correspondente: quiropraxistawillian@gmail.com Artigo recebido em: 15 de junho 2015 e aprovado em:22 de junho 2015

ABSTRACT OBJECTIVE: To evaluate the effectiveness of chiropractic care in CrossFit practitioners. METHODS: Were selected for the survey 82 (22 males and 19 females) practitioners of Cross Fit, from 18 to 59 years old and training at least three or more months. After chiropractic evaluation, the subjects were submitted to the Quality of Life questionnaire (SF 36) and Pain Scale (EGDC-BR). The subjects were distributed into a control group and treatment group. Both groups were followed up for two months: the control group was evaluated and observed in your training routine during the eight weeks and then re-evaluated. The treatment group was submitted to chiropractic manipulative therapy (diversified) twice a week over a period of two months. RESULTS: The sample mean age was 23 years and 40.2% trained at least five times a week. The prevalence of pain was in the back spine and shoulder. The SF-36 was statistically significant before and after treatment in the pain domain (<0.001) and increased in physical performance (0.010); the treatment group showed a higher percentage of cases without pain and pain grade I compared to the control group. CONCLUSION: The chiropractic treatment was associated to remission of symptoms pain, increased physical performance and improvement in quality of life index in CrossFit practitioners. KEYWORDS: CrossFit, competitive exercise, Olympic lifting, injury rate, spinal manipulation, quality of life.

RESUMO OBJETIVO: Avaliar a eficácia do tratamento quiroprático em praticantes de CrossFit. MÉTODOS: Foram selecionados para a pesquisa 82 praticantes de CrossFit tiro (22 do gênero masculino e 19 do feminino) entre 18 e 59 anos, em treinamento há mais de três meses. Foi realizada avaliação quiroprática acrescida de questionário de Qualidade de Vida (SF 36), Escala de Dor (EGDC-BR). A amostra foi dividida em grupo controle e grupo de tratamento. Os dois grupos foram acompanhados por dois meses: o grupo controle foi avaliado e observado em sua rotina de treinamento durante as oito semanas e reavaliado. Ao grupo de tratamento foi acrescentado a Terapia Manipulativa Quiroprática (diversificada) duas vezes por semana em um período de dois meses. RESULTADOS: Os grupos apresentaram média de idade de 23 anos e treinavam em sua maioria cinco vezes por semana 40,2%. A prevalência de dor foi na coluna lombar e ombro. O SF-36 apresentou significância estatística no pré e pós tratamento, no domínio dor (<0,001) e no item aumento no desempenho físico (0,010); o grupo tratado exibiu maior porcentagem de casos sem dor e dor grau I em relação ao grupo não tratado. CONCLUSÃO: O Tratamento Quiroprático proporcionou remissão do quadro álgico, aumento no desempenho físico e melhora no índice de qualidade de vida em praticantes de CrossFit. PALAVRAS-CHAVE: CrossFit, exercício competitivo, levantamento olímpico, taxa de lesões, manipulação da coluna vertebral, qualidade de vida.

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INTRODUÇÃO Imensa é a preocupação da sociedade

contemporânea

pela

práticas atléticas e funcionais em um modelo variável e intenso5.

busca do bem-estar físico e a

Dentre

estética corporal. O avanço das

praticados,

novas tecnologias,

levantamento

saúde,

tem

mercado,

na

disponibilizado

enorme

fármacos

área da

gama

que

os

exercícios

estão

os

de

olímpico

ao

agachamentos,

de

arremessos

como arrancos,

e

desenvolvimentos,

prometem

exercícios aeróbios como remos,

emagrecimento, rejuvenescimento,

corrida e bicicleta e movimentos

diminuição da ansiedade, aumento

ginásticos como paradas de mão,

do desempenho físico e intelectual1.

paralelas, argolas e barras3,6,7. A

Paralelamente,

sem

uso

de

proposta

medicamentos,

programas

de

desenvolvimento

do

treinamento das

é

três

o vias

treinamento físico voltados à saúde,

metabólicas e das dez valências

prometem que pela realização de

físicas:

suas práticas, o indivíduo gozará de

cardiorrespiratória,

melhora na qualidade de vida e de

potencia, velocidade, coordenação,

sua forma física e estética, tal qual

flexibilidade, agilidade, equilíbrio e

está exposto no site do CrossFit2.

precisão6.

O CrossFit® é um programa

resistência força,

vigor,

Os treinos são realizados em

de condicionamento físico, criado

local aberto,

em 1995 por Greg Glassman3. Foi

50

inicialmente utilizado como principal

acompanhados

treinamento de grupos do exército

habilitados. A prática

norte-americano

Special

ordem de aquecimento, atividade

Weapons And Tactics (SWAT), e

para desenvolver força ou melhorar

atualmente,

a habilidade em algum movimento

e

com

a

algumas

a

com duração

60

minutos

e

por

são

instrutores segue uma

adaptações, foi introduzido como

específico

prática possível a qualquer pessoa4.

metabólico.

Como método é caracterizado como

componentes constitui o WOD, sigla

a reunião de exercícios de diversas

em inglês para workout of the day, ou

e

entre

A

treinamento

condicionamento soma

do

desses

dia,

em

ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 120 de 160


português6. A adesão à prática é

aceleração

elevada

aumento

e

contempla

pessoas

saudáveis, obesas e atletas8.

da do

exercício

recuperação

rendimento.

exige

e Seu

conhecimento

No Brasil, a modalidade foi

detalhado da modalidade praticada,

introduzida pelo atleta e instrutor

do manuseio da dor, da mobilização

Joel Fridman, em 2009. A prática é

de tecidos moles e prescrição de

oferecida

exercícios

nas

academias

de

de

reabilitação11,12.

ginástica e utiliza a internet como

Durante as sessões de tratamento,

principal veículo de comunicação

os efeitos negativos da lesão são

entre

controlados, permitindo que atletas

seus

professores

e

praticantes5. A

de todos os níveis maximizem seu taxa

de

musculoesqueléticas

lesões

comuns

na

potencial

de

restaurando

a

desempenho, amplitude

de

prática do CrossFit é controversa.

movimento articular e maximizando

Enquanto um estudo de

a

demonstrou praticantes

que

73,5%

sofreram

musculoesquelética, necessitando

2013,

de

dos

flexibilidade

do

musculotendíneo11,12.

sistema Além

da

de

lesão

manipulação articular, para remover

com

9,0%

as restrições e a dor aguda, o

intervenção

quiropraxista

utiliza

estratégias

cirúrgica10, outro de 2014, afirmou

visando

que a as lesões são leves, e atinge

muscular, estabilidade dinâmica e

aproximadamente

amplitude de movimento13.

20%

dos

o

aumento

da

força

praticante9. O consenso é que os

Por ser um esporte que

homens são mais acometidos que

abrange a integralidade do sistema

as

nervoso central e periférico e por

mulheres,

corporais

mais

os

segmentos

afetados

são

o

oferecer

uma

perspectiva

da

ombro, a coluna lombar e joelhos,

avaliação do desempenho de forma

respectivamente,

quantitativa

e

as

lesões

e

qualitativa,

esta

ocorrem especialmente durante os

modalidade CrossFit apresenta bom

movimentos

campo de estudo para avaliar a

de

ginástica

e

de

elevação olímpica9.

eficácia

A Quiropraxia esportiva se baseia na prevenção de lesão,

da

Quiropraxia

neste

esporte. MÉTODOS

ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 121 de 160


Amostra

comparecessem em mais de duas

Foi realizada uma pesquisa

sessões de tratamento ou não

de caráter transversal, submetida à

mantivessem seus hábitos de treino

aprovação do Comitê de Ética da Universidade Anhembi Morumbi, por meio da Plataforma Brasil, sob protocolo nº 41200815.9.0000.5492. A

amostra

foi

composta

durante o período da coleta de dados. Procedimentos A amostra foi dividida em dois

por

grupos: Grupo Controle (GC) e

indivíduos de ambos os gêneros

Grupo tratado (GT). A princípio foi

praticantes de CrossFit e realizada no Box CrossFit Mooca-São Paulo,

aplicado

um

questionário

de

seleção, elaborado pelos autores

no período de 26 de janeiro à 30 de

composto por perguntas fechadas.

março, duas vezes por semana,

As primeiras questões abordavam

durante dois meses.

dados

Critérios de Inclusão

relacionadas à atividade física (tipo,

Praticantes CrossFit,

da

pelo

modalidade menos

três

meses, que permanecessem com a mesma frequência de treinamento durante o período da coleta de dados e que apresentassem queixa

pessoais;

frequência, tempo de prática e objetivos) e abrangeram todos os praticantes de atividade física. Em

seguida,

preencheram:

os

mesmos

Questionário

SF36

(Medical Out comes Study 36-Item Short-Form

álgica musculoesquelética.

questões

Health

Survey)

que

avalia aspectos da qualidade de Critérios de Exclusão Praticantes

vida

que

estão

diretamente

que

relacionados à saúde, estruturado

à

com questões que abrangem oito

lesão

conceitos de saúde: capacidade

que

funcional, aspecto físico, dor, estado

impossibilitasse o tratamento ou o

geral de saúde, vitalidade, aspectos

treino, que estivessem consumindo

sociais,

anti-inflamatórios e/ou analgésicos,

saúde mental. Apresenta um escore

portadores de doenças metabólicas,

final de 0 (zero) à 100 (obtido pelo

reumáticas e ainda, os que não

cálculo

apresentassem manipulação muscular

intolerância vertebral,

ou

articular

aspectos

do Raw

emocionais

e

Scale), onde

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zero corresponde ao pior estado

semanas,

geral de saúde e 100 ao melhor

ingestão de medicamentos? Em

estado de saúde14 e o Questionário

relação a sua dor ou incomodo teve

EGDC (Escala Graduada de Dor

diminuição dos sintomas? Com a

Crônica),

Quiropraxia você sentiu melhora na

composta

por

oito

houve

qualidade

intensidade

Quiropraxia para alguém? Com a

incapacidade

associadas a dor crônica15.

Quiropraxia

Para o GT, deu-se início à intervenção,

realizada

por

sono?

da

questões, que avalia a persistência, e

do

diminuição

sentiu

Indicaria

melhora

no

rendimento da sua prática? Os participantes de ambos os

Quiropraxista graduado, logo após o

grupos

preenchimento dos questionários.

novamente

Os ajustes foram realizados na

qualidade de vida e ao de dor

coluna vertebral, em segmentos que

crônica ao final do período de

apresentassem

observação

complexo

de

foram

subluxação vertebral. Durante este

determinado.

período, os indivíduos integrantes

Estatística

ao

submetidos questionário

de

previamente

do GC foram monitorados para manter a frequência de treinamento, realizando os mesmos exercícios que

realizavam

anteriormente,

a

fase

dos

tratamentos o GT preencheu novo questionário

com

resultados

foram

dispostos em tabelas e gráficos e analisados

estatisticamente

com

teste t-Student, Mann-Whitney, qui-

equivalentes ao GC. Concluída

Os

as

perguntas:

Com a Quiropraxia nessas últimas

quadrado ou exato de Fisher. Para comparação dos dados pré e pós tratamento foi

utilizado o teste

Wilcoxon. Valores p<0.05 indicaram diferenças estatísticas.

RESULTADOS Participaram desta pesquisa 82 praticantes de CrossFit, com idade entre 18 e 35 anos, 51,2% do gênero masculino, com tempo de prática entre três e seis meses; 40,2% praticavam cinco vezes por semana, 29,3% quatro, 18,3% ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 123 de 160


três e 12,2% seis vezes por semana. Além do CrossFit 32,9% praticavam outra atividade. Referiram lesão anterior 29,3% e dor há mais de três meses 26,8%.

Tabela 1 - Frequências absolutas e relativas das localizações anatômicas da dor nos 82 casos. LOCAL

N

%

Lombar

49

59,8

Ombro

29

35,4

Cervical

16

19,5

Joelho

8

9,8

Punho

7

8,5

Torácica

6

7,3

Tornozelo

6

7,3

Cotovelo

5

6,1

Quadril

5

6,1

Tabela 2 - Valores descritivos dos domínios do SF-36 nos momentos pré e pós tratamento, segundo o GT e GC. Domínio

Capacidade

Trat.

Momento

n

Media

Dp

Mínimo

Máximo

Mediana

p*

Pré

41

94,39

5,38

85,00

100,00

95,00

0,914

Pós Pré

41 41

92,93 91,95

10,78 13,03

50,00 35,00

100,00 100,00

95,00 95,00

0,258

Pós Pré Pós Pré Pós

41 41 41 41 41

94,27 55,49 53,29 53,90 59,76

5,76 14,04 13,95 8,33 11,93

80,00 40,00 40,00 40,00 20,00

100,00 80,00 80,00 70,00 80,00

95,00 50,00 50,00 50,00 60,00

Não

Funcional Sim Não Dor Sim

0,066 <0,001

(*) nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Wilcoxon.

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Gráfico 1 –Grau de dor nos momentos pré e pós, segundo o GT e GC.

Observa-se no gráfico 1 que os grupos de tratamento não apresentam diferença significativa no momento pré e diferem no momento pós com o grupo tratado apresentando maior porcentagem de casos sem dor e dor grau I com relação ao grupo não tratado.

GRUPO TRATADO Remissão

Não (n=41)

Sim (n=41)

p*

Não

12

29,3%

3

7,3%

0,010

Sim

29

70,7%

38

92,7%

(*) Nível descritivo de probabilidade do teste qui-quadrado

Tabela 3 - Frequências absolutas e relativas de aumento no desempenho físico, segundo o grupo de estudo.

DISCUSSÃO Após

levantamento

de

em praticantes e não praticantes, a

referências nacionais nas bases de

incidência foi de 12%. Sendo que as

dados

principais razões para tais lesões

eletrônicas,

não

foram

encontrados

artigos

científicos

relacionados

à

atuação

do

cardiorrespiratória,

quiropraxista

em

praticantes

de

sobrepeso/obesidade

CrossFit, seja avaliando, prestando assistência

ou

foram

a

baixa

aptidão

e

tabagismo16.

atuando

Um

estudo

de

2013,

profilaticamente em lesões comuns

identificou que as regiões mais

à modalidade.

acometidas foram o ombro e a

A incidência de lesões no CrossFit,

em

combatentes

das

coluna

lombar.

Quanto

a

prevalência das taxas de lesões, as

forças armadas americana, após a

mesmas

são

semelhantes

implantação da modalidade nas

relatadas na literatura para esportes

rotinas de preparação física antes e

como

após seis meses, segundo um

olímpico, movimentos ginásticos e

estudo de 2014, demonstrou que

esportes de contato, e menor que

levantamento

de

às

peso

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atividades

competitivas,

como

rugby17.

melhora no índice de qualidade de vida da população ora estudada

Outro estudo de 2014, sobre

(tabela 2).

a prevalência de lesões em atletas

O

GT

nesta

pesquisa

de levantamento de peso olímpico,

apresentou

mostrou que menos de 30% dos

porcentagem de casos sem dor e de

atletas

dor grau I. No quesito melhora no

adeptos

da

modalidade

aumento

sofreram algum tipo de lesão, sendo

desempenho,

as mais prevalentes na coluna

quiroprática proporcionou melhora

vertebral, do tipo articular18. Estes

significativa (0,010) no GT (gráfico

achados são compatíveis com os da

1 e tabela 3), respectivamente. A

atual pesquisa no que se refere as

literatura relata diversos estudos,

regiões mais acometidas (tabela 1).

como uma revisão de 2015, que

Em contraponto, em 2010, os

demonstram que a manipulação

resultados

encontrados

intervenção

um

articular reduz a sensibilidade à dor

relato sobre a incidência de lesão

devido ao fato de ativar as fibras

em

de

aferentes de grande diâmetro (Aβ),

levantamento de peso olímpico, que

que por sua vez ativam os circuitos

treinavam há mais de doze meses,

locais inibitórios no corno posterior

apontaram que

da medula espinhal, inibindo os

atletas

em

a

na

federados

41,6% sofreram

algum tipo de lesão, sendo os segmentos

anatômicos

estímulos aferentes dolorosos 19,20.

mais

Uma

vantagem

do

nosso

acometidos a coluna cervical e os

estudo foi o fato da proximidade do

punhos, ambos com ocorrência de

local das intervenções quiroprática

40% de incidência18. É possível que

com

por se tratar de atletas de elite, os

universidade,

treinos

intensos,

atendimentos emergenciais, o que

constantes, com período de repouso

resultou em maior segurança para

restrito, o que propicia aumento na

os praticantes e talvez por isso a

taxa de lesão.

expressiva adesão dos praticantes

fossem

O

mais

questionário

SF-36

a

clínica

escola

para

de CrossFit à pesquisa.

da

possíveis

Entre as

apresentou diferença estatística no

limitações, as informações obtidas,

pré e pós tratamento, no domínio

a respeito das lesões, vieram de

dor

auto relatos, não houve acesso ao

(<0,001),

caracterizando

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histórico médico dos participantes

qualidade de vida em praticantes de

que possibilitassem a averiguação

CrossFit.

de fatores predisponentes à lesão,

CONFLITO DE INTERESSES: Não

como má hidratação, falta de sono e

há.

nível de fadiga dos participantes. O

significado

clínico

do

estudo inclui o fato de que a prática

REFERENCIAS:

de modalidades esportivas de alto

1. Santos LHS. Escola, currículo e medicalização do corpo. In Formação de professores/as em um mundo de transformação.2012:4-21.

rendimento vem se popularizando em

todo

país,

incidência

aumentado

a

de

lesões

musculoesqueléticas.

Sugerimos

uma investigação que abranja uma amostra maior e que possa assim ser

representativa

levantamento demográfico

de

um

epidemiológico dos

episódios

traumáticos nesta modalidade. Neste contexto a Quiropraxia poderá

implementar

desempenho físico e tratamento a

demanda

crescente

de

jovens e adultos que se dedicam a prática

de

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métodos

eficazes de profilaxia, melhora no

para

2. CROSSFIT, 2014. [Internet]. São Paulo. Disponível em www.CrossFit.com. Acesso em 17 de outubro de 2014.

programas

de

condicionamento extremo, como é o caso do CrossFit.

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CONCLUSÃO O

Tratamento

quiroprático

proporcionou remissão do quadro álgico, aumento no desempenho físico e melhora no índice de

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ARTIGO ORIGINAL

Eficácia do tratamento quiroprático na dismenorreia primária Efficacy of chiropractor treatment in primary dysmenorrhea

Marina C. Lossurdo I, Fernanda M. Carvalho I, Lilian L. Saldanha II, Ana P. A. FacchinatoIII I – Graduanda em Quiropraxia. Universidade Anhembi Morumbi. São Paulo. Brasil. II - Quiropraxista. Docente na UAM. III- Ma em Ciências da Saúde e docente na UAM. E-mail do autor correspondente: marinaloss@ig.com.br Artigo recebido em: 22.06.2015. Aprovado em: 30.06.2015.

ABSTRACT OBJECTIVE: To evaluate the logic table and the symptoms associated before and after the Manipulative Therapy treatment in teens that have primary dysmenorrhea and its influence in daily life activities. METHODS: 58 teenagers between the years of 14 and 18 were selected for a sample. The treatment occurred once a week during four weeks through the chiropractic adjustment. The participants answered two tasks that were applied, one in the beginning and the other in the end of the treatment to analyze and compare the symptoms before and after the treatment. RESULTS: The Chiropractic treatment proved to be efficient in decreasing the amount of the menstrual pain and its associated symptoms. These symptoms include breast pain, headache and low self-esteem. Relative to the performance on daily life activities, 98% of the participants reported not to miss their activities after the beginning of the treatment, 39% of them reported to have better mood to fulfill these activities. CONCLUSION: This study allows us to conclude that the Chiropractic Adjustment applied in teens that have primary dysmenorrhea favorably interfere according to statistical data. KEYWORDS: Primary Dysmenorrhea, Premenstrual Tension, Chiropractic Adjustment, Treatment for Colic, Chiropractic.

RESUMO OBJETIVO: Avaliar o quadro álgico, sintomas associados e a influência nas atividades diárias, antes e após o tratamento com ajuste quiroprático, em jovens com dismenorreia primária. MÉTODOS: Foram selecionadas como amostras 58 jovens com idade entre 14 e 18 anos. O tratamento foi realizado uma vez por semana durante quatro semanas, utilizando o ajuste quiroprático. As participantes responderam dois questionários, um no início do tratamento e um no final, para análise e comparação antes e após o tratamento. RESULTADOS: O tratamento com quiropraxia apresentou-se eficiente na diminuição da dor menstrual e de seus sintomas associados (dor nas mamas, cefaleia e baixa autoestima). Quanto ao desempenho nas atividades de vida diária, 98% das participantes relatou não faltar as suas atividades após o início do tratamento, 39% relataram melhor disposição para realização dessas. CONCLUSÃO: Este estudo permitiu concluir que o ajuste quiroprático aplicado em jovens com dismenorreia primária, interfere favoravelmente na produtividade das atividades da vida diária. PALAVRAS-CHAVE: Dismenorreia Primária, Tensão Pré-Menstrual, Ajuste Quiroprático, Tratamento para cólica, Quiropraxia.

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INTRODUÇÃO A dismenorreia primária, está associada

a

ciclos

normais

sem

patológicos1.

ovulatórios antecedentes

É

a

queixa

estão

os

antinflamatórios

esteroides,

não

contraceptivos

hormonais, medicação antipirética e analgésica7. Em razão dos efeitos

ginecológica mais comum entre as

colaterais

jovens e afeta de 40-70% das

contraindicações de medicamentos

mulheres

produtiva.

químicos, a busca pelo tratamento

Estima-se que 10% das mulheres

alternativo e ou complementar tem

que menstruam, tem a atividade

aumentado1.

em

idade

diária afetada2 com consequente

indesejáveis

e

as

O gengibre é um suplemento

absenteísmo curto no trabalho e

de

escola3-5 o que torna os custos

considerado

econômicos,

sociais

seguro e eficaz, não somente para

consideráveis. A dismenorreia pode

tratar doenças dolorosas8 mas, na

ocorrer com padrão de sangramento

atuação antinflamatória9, capaz de

regular

a

inibir o ciclo-oxigenase e a 5-

hemorragia uterina anormal. Em

lipoxogenase, seguido pela redução

geral, ela se apresenta com dor no

da

baixo ventre, que pode irradiar para

prostaglandinas10.

ou

médicos

estar

e

associada

ervas

síntese

as coxas e região inferior e superior da

coluna

comumente

vertebral,

sendo

acompanhada

por

de

uso

um

de

Os

milenar,

medicamento

leucotrienos

minerais

e

são

considerados promotores de saúde e

bem-estar.

O

zinco

possui

náuseas, vômitos, diarreia, fadiga e

propriedades

cefaleia2,4.

antioxidante forte11, embora seu

O aumento na produção de

antinflamatórias

e

mecanismo de ação, no alívio da

prostaglandinas uterinas é um dos

dor

menstrual,

fatores mais prováveis da causa da

conhecido12.

ainda

não

seja

dismenorreia6. Sendo, portanto, as

Entre as terapias manuais, na

drogas inibidoras dessa produção,

literatura biomédica, se encontra

consideradas

diversos relatos de estudos, como

padrão

ouro

no

tratamento álgico da dor menstrual.

uma

revisão

de

2015,

que

Entre os fármacos mais utilizados

demonstram que a manipulação

ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 130 de 160


articular

quiroprática,

reduz

a

MÉTODOS

sensibilidade à dor pela ativação das fibras aferentes de grande diâmetro (Aβ), que por sua vez, ativam os circuitos locais inibitórios no

corno

espinhal,

posterior inibindo

da os

medula estímulos

aferentes dolorosos13,14.

Pesquisa

de

caráter

transversal, submetida à aprovação do Comitê de Ética da Universidade Anhembi Morumbi, por meio da Plataforma Brasil, sob protocolo nº 39244314.9.00005492.

A amostra

foi composta por mulheres jovens,

As vias nervosas simpáticas

que

apresentam

histórico

de

e parassimpáticas pélvicas estão

dismenorreia primária. O tratamento

intimamente

a

foi realizado no Instituto Tecnológico

inervação

de Barueri (ITB) - São Paulo, no

associadas

vertebral15.

coluna

autônoma

que

A

controla

com

a

tuba

período de 11 de março a 08 de

uterina, útero, vagina, clitóris são

abril de 2015, uma vez por semana,

originárias da 10ª vértebra torácica

durante um mês.

(T10) a 5ª vértebra sacral (S5) e cabe ao nervo simpático da vértebra lombar (L1 e L2) a função de

Critérios de Inclusão Jovens de 14 a 18 anos, que

contração da tuba uterina, útero e

apresentassem ciclos

vagina16.

regulares e relatassem histórico de

Sabendo que a quiropraxia pode

produzir

efeitos

benéficos

dismenorreia primeiros

menstruais

durante

dias

de

os

três

sangramento

como a remissão de dor e tensão

menstrual e ausência de outras

muscular, pode-se presumir que ao

doenças

eliminar as subluxações vertebrais

endometriose.

encontradas

Critérios de Exclusão

nesta

região,

os

sintomas álgicos da dismenorreia possam ser inibidos. Sendo assim, a

proposta

dessa

pesquisa

é

explorar o campo de atuação sobre os efeitos do ajuste quiroprático no tratamento primária.

para

ginecológicas,

Portadoras transmissíveis

e

como

a

de

doenças

ou

doenças

ginecológicas e aquelas que não comparecessem a duas consultas ou mais.

dismenorreia Procedimentos

ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 131 de 160


Baseado em informações da literatura,

foi

elaborado

fase

do

tratamento

o

grupo

um

preencheu novo questionário com

questionário com dados gerais da

perguntas sobre a inibição da dor e

participante como: idade, religião,

sintomas associados; diminuição na

história familiar de dismenorreia,

ingesta de medicamentos; melhora

idade da menarca, o padrão de

na qualidade do sono; ausência no

sangramento menstrual (duração de

trabalho/escola;

dias de sangramento menstrual e

atividades de vida diária, benefícios

intervalo de ciclos menstruais), e a

gerais e nível de satisfação do

experiência da dor menstrual.

tratamento.

Em seguida, deu-se início à intervenção,

realizada

por

realizados

vertebral,

na

nas

Estatística

uma Os

Quiropraxista graduada. Os ajustes foram

interferência

coluna

em

segmentos

que

apresentassem

complexo

de

subluxação vertebral. Concluída a

resultados

foram

dispostos em tabelas e gráficos e analisados estatisticamente com o teste Qui-Quadrado. O nível de significância utilizado para os testes foi de 5%.

RESULTADOS Num universo de 71 jovens, foram selecionadas 58, com idades entre 14 e 18 anos; (média de 15,2 anos com desvio padrão de 0,66 anos e mediana de 15 anos). A idade da menarca variou entre nove e 14 anos (média de 11,5 anos e desvio padrão de 1,29 anos e com mediana de 12 anos), sendo que 57% apresentaram ciclo regular e 43% irregular, destas 31% apresentaram intervalo da menstruação menor que 28 dias, 64% de 28-35 dias e 5% maior que 35 dias, em 3% dos casos a duração do período menstrual foi menor que 3 dias, 92% de 3-7 dias e 5% maior que 7 dias. Dentre

as

participantes,

9%

classificou

a

menstruação

como

intensamente dolorosa, 48% dolorosa, 43% pouco dolorosa, sendo que após o tratamento 57% das participantes relataram inibição dos sintomas e 43% ainda sente cólica, sendo que destas 84% relataram diminuição dos sintomas álgicos (p=0,038).

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Quanto ao ciclo menstrual das participantes, na primeira semana 20 (34%) estavam menstruadas, na segunda 16 (28%), na terceira 9 (16%) e na 4ª semana 13 (22%).

Gráfico 1 - Número de jovens que faltam as suas atividades devido à cólica menstrual, antes e após o tratamento.

Gráfico 2 - Sintomas físicos apresentados pelas participantes após o tratamento.

ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 133 de 160


Gráfico 3 – Sintomas psicológicos associados com a dismenorreia primária.

Gráfico 4 - Quadro álgico após o tratamento.

Gráfico 5 – Benefícios relatados pelas pacientes após o tratamento com quiropraxia.

Quanto ao relato sobre a efetividade do tratamento, 42% das participantes afirmaram que o mesmo foi satisfatório e 58% muito satisfatório. ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 134 de 160


DISCUSSÃO A pesquisa foi realizada com

inferiores,

podendo

ser

58 jovens atendidas com a terapia

acompanhada por cefaleia, náusea,

articular manipulativa durante um

vômito e tontura, sendo que de 8%

mês. Os questionários utilizados pré

a 18% sofrem

e pós intervenção tiveram o objetivo

intenso a ponto de interromper as

de avaliar a intensidade álgica da

atividades

dismenorreia,

pesquisa, além da cólica menstrual,

associados

seus e

a

sintomas

melhora

das

atividades de vida diária. Em

estudo

suas

habituais19-20.

participantes

Nesta

acrescentaram

outros sintomas, como dor nas

realizado

na

Suécia, 10% a 24% das mulheres tinham

as

desconforto tão

atividades

mamas

61%;

enxaqueca

58%,

fadiga e sensação de preguiça 59%.

diárias

O

tratamento

afetadas pela dismenorreia e 51%

atual

costumavam faltar no trabalho e na

sintomas físicos em 71% dos relatos

escola em decorrência da dor17. Nos

de

Estados Unidos da América, estima-

enxaqueca,

se que a dismenorreia cause perda

sensação de preguiça (Gráfico 2),

anual de 140 milhões de horas de

corroborando com resultados de

aula

uma

ou

de

trabalho,

sendo

apresentou

quiroprático

dor

nas

remissão

mamas, 50%

de

pesquisa

de

de

60%

de

fadiga

e

2012

que

considerada a causa mais frequente

apresentou remissão no quadro

de faltas no país18. Na presente

álgico

pesquisa 98% das participantes não

quiroprático18.

alteraram seu ritmo de vida diária

psicológicos houve redução de 55%

após

no

início

do

tratamento.

É

após

tratamento Nos

sentimento

de

sintomas

tristeza

ou

possível que se a pesquisa se

desesperança, 50% nas mudanças

estendesse

de humor e 59% baixo autoestima

resultado

por

mais

fosse

tempo

diferente

o do

apresentado (gráfico 1). Estudos

O

não

com

anti-

inflamatórios

é

contraceptivos orais é considerado

caracterizada por dores no baixo

eficiente em 90% dos casos de

ventre, dor lombar e membros

origem primária. Entretanto aqueles

primária

que

tratamento

a

dismenorreia

relatam

(Gráfico 3),

esteroides

e

ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 135 de 160


que

não

respondem

ao

como: a diminuição de sintomas

tratamento alopático buscam cada

dolorosos, o aumento da amplitude

vez mais, terapias complementares

de movimento, diminuição de dor à

que não tragam efeitos colaterais

pressão, da tensão muscular e

como

aumento

os

tratamento

bem

provocados

pelo

medicamentoso1.

Na

do

fluxo

sanguíneo

periférico22. Nessa pesquisa, 57%

atual pesquisa, antes do tratamento,

das

88% das participantes utilizaram

remissão total do quadro álgico;

medicamentos

43% não referiram melhora e 84%

para

cólica

participantes

menstrual, 83% fazem uso somente

relataram diminuição

quando sente dor, destas, 64%

álgico.

relataram

não

ter

medicação

após

o

utilizado início

do

tratamento.

apresentou

do

quadro

Neste contexto a Quiropraxia se mostrou um método seguro e adequado para o tratamento da

Estudos

dos

efeitos

da

dismenorreia

primária

capaz

de

manipulação vertebral demonstram

produzir melhora na qualidade de

a importante relação do sistema

vida das mulheres jovens.

nervoso com a saúde do indivíduo,

Como é comum em qualquer

influenciando tanto em condições

ensaio clínico, esta pesquisa teve

musculoesqueléticas

nas

limitações. Entre elas, citamos a

viscerais20,21. Além da melhora do

dificuldade de detectar o nível da

quadro

dor, já que a mesma é subjetiva,

álgico,

como

dos

sintomas

associados e das atividades de vida

sugerindo

diária,

resposta aos efeitos na redução do

as

participantes

desta

pesquisa relataram melhora de 33%

diferentes

níveis

de

quadro álgico.

em dores ao longo da coluna

O ponto forte da pesquisa foi

vertebral, 29% maior disposição e

a pronta disponibilidade no auxílio

15% inibição de dor de cabeça

da pesquisa por parte da direção,

(Gráficos 4 e 5).

professores e alunas do ITB.

Na atual pesquisa utilizou-se a

técnica

diversificada

realização

dos

ajustes.

ajustes

promovem

fisiológicos

locais

e

para Estes efeitos

sistêmicos,

A relevância clínica desta pesquisa, é disseminar aos diferentes profissionais da área da saúde, cujo contato com a população jovem é próximo, o

ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 136 de 160


conhecimento de novos métodos de tratamento não químicos, sem efeitos colaterais e também considerados de primeira linha, para o tratamento de dismenorreia primária.

desta pesquisa e a Cintia Saldanha

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS

pelo estudo estatístico. CONFLITO DE INTERESSES: Não há.

Segundo dados estatísticos, houve diminuição significativa do quadro álgico da cólica menstrual, dos sintomas associados e melhora das

atividades

podendo

ser

tratamento

de uma

não

vida

diária,

opção

de

medicamentoso

para os casos de dismenorreia primária. Isso mostra que futuras pesquisas podem ser importantes para comprovar o mecanismo de ação do ajuste quiroprático em relação às mudanças no organismo e a influência da técnica sobre a capacidade de comunicação do corpo. Este estudo permitiu concluir que o ajuste quiroprático aplicado em

jovens

com

dismenorreia

primária interferem favoravelmente na produtividade das atividades de vida diária. AGRADECIMENTOS Ao trabalho voluntário da quiropraxista

Monique

Alves

Meinesz, na atuação e supervisão

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ARTIGO ORIGINAL

Estágio extracurricular de Quiropraxia: Perfil dos pacientes assistidos na comunidade de Heliópolis Extracurricular stage of Chiropractic: Profile of the patients assisted in the Heliopolis community Rosana GomesI, Renata WassalII, Fernando R.M. de AzevedoIII I. Graduanda em Quiropraxia. Instituto de Ciências da Saúde. Universidade Anhembi MorumbiUAM. São Paulo. Brasil. II. Quiropraxista UAM e Coordenadora do estágio em Heliópolis. III. DC. Me. Docente e Coordenador do Curso de Quiropraxia na UAM. E-mail do autor correspondente: rosana.hara@hotmail.com Artigo recebido em: 22.06.2015. Aprovado em: 30.06.2015.

ABSTRACT OBJECTIVES: To describe the epidemiological profile of patients extracurricular internship program in Heliopolis community; characterized pain on the location, time of occurrence, frequency, intensity; identifying therapeutic analgesic used; the main therapeutic techniques used by chiropractors and assess the adequacy in completing the medical record of service used. METHODS: Description, retrospective developed from the tab and analysis of the information contained in the records; the sample was composed of 570 records from 2007 the 2014. RESULTS: The average age of the patients was 47.22 years with PD 16.47. The prevalent pain complaint at the first visit was in the lumbar region, 64% in women and 56% men. Characteristically, the pain proved to be chronic, constant, which worsens with movement and improves with rest. A predominance of pharmacological methods for treatment of pain before treatment with Chiropractic with greater use of simple analgesics. The chiropractic technique diversified was the most commonly used in the treatment. There appeared in less than five queries 77% of patients. In the fields of evaluated medical records, 13% were incomplete. CONCLUSION: The epidemiological profile of this population coincides with the findings in the scientific literature, especially the main complaint, segment and affected gender. KEYWORDS: Pain, chronic disease stage, epidemiological, community, cross-sectional studies.

RESUMO OBJETIVOS: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes do programa de estágio extracurricular na comunidade de Heliópolis; caracterizar a dor quanto ao local, tempo de ocorrência, frequência, intensidade; identificar as terapêuticas analgésicas utilizadas; as principais técnicas terapêuticas adotadas pelos quiropraxistas e avaliar a adequação no preenchimento do prontuário de atendimento utilizado. MÉTODOS: Pesquisa descritiva, retrospectiva, de corte transversal, desenvolvido a partir da tabulação e análise de informações contidas em 570 prontuários, de atendimentos realizados entre os anos de 2007 a 2014. RESULTADOS: A média de idade dos pacientes foi de 47,22 anos com DP de 16,47. A queixa álgica prevalente na primeira consulta foi na região lombar, 64% em mulheres e 56% em homens. Caracteristicamente, a dor se mostrou crônica, constante, que piora com o movimento e melhora com repouso. Houve predomínio dos métodos farmacológicos para o tratamento da dor antes do tratamento com QRP com maior utilização de analgésicos simples. A técnica quiroprática mais utilizada no tratamento foi a diversificada. Compareceram em menos de cinco consultas 77% dos pacientes. Nos campos dos prontuários avaliados 13% estavam incompletos. CONCLUSÃO: O perfil epidemiológico desta população, coincide com os

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achados na literatura científica, especialmente pela queixa principal, segmento e gênero acometido. PALAVRAS-CHAVE: Dor, doença crônica, estágio, epidemiológico, comunidade, estudo transversal.

INTRODUÇÃO A criação de programas e atividades

extracurriculares

em

intervenção quiroprática entre os pacientes atendidos.

instituições de ensino exerce a

A pesquisa atual foi realizada

importante função de viabilizar a

com o objetivo de descrever o perfil

relação

ensino

sentido

aprendizado,

no

epidemiológico dos pacientes do

favorecer

o

programa de estágio extracurricular

profissional

e

na

de

aprimoramento pessoal

aluno1,2. O

de

Heliópolis;

estágio

caracterizar a dor quanto ao: local,

extracurricular de Quiropraxia em

tempo de ocorrência, frequência e

Heliópolis foi iniciado no ano de

intensidade; identificar os métodos

2005, após acordo firmado entre a

analgésicos utilizados; as principais

Universidade

técnicas

(UAM)

do

comunidade

e

Anhembi a

Morumbi

adotadas

de

pelos quiropraxistas e avaliar a

Moradores Cidade do Sol3, uma das

adequação no preenchimento do

representantes dos moradores da

prontuário de atendimento utilizado.

comunidade

Associação

terapêuticas

Heliópolis4,5,

de

localizada ao Sul do município de São

Paulo,

onde

MÉTODOS A pesquisa foi submetida à

reside

apreciação e aprovação do Comitê

aproximadamente 41 mil habitantes,

de Ética da UAM e recebeu o

de acordo com o senso do IBGE de

protocolo

20106.

39538214.5.0000.5492. Este estágio é resultado da

ação voluntária de profissionais e

número

Amostra Pesquisa

descritiva,

alunos a esta população, que em

retrospectiva, de corte transversal,

sua maioria, depende do serviço

desenvolvida a partir da análise de

público de saúde. Nestes nove anos

570 prontuários de avaliação em

de

Quiropraxia utilizados em consultas

serviços

prestados,

até

o

momento,

não foram realizadas

análises

estatísticas

sobre

a

clínicas

realizadas

extracurricular

de

no

estágio

Quiropraxia

ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 140 de 160


(QRP)

na

Comunidade

de

Em

relação

à

atividade

Heliópolis-SP, no período de 2007 a

ocupacional

2014.

categorias profissionais encontradas

Não

houve

critério

de

considerou-se

as

exclusão.

nos prontuários. Para análise da

Procedimentos

frequência ao tratamento, foram

A

coleta

foi

consideradas as datas da primeira e

realizada na instalação física do

da última consulta registrada no

estágio extracurricular durante o

prontuário.

período

de

de

dados

funcionamento.

É importante salientar que o

Considerou-se como critério de dor

modelo de prontuário utilizado em

de acordo com o tempo: a aguda,

Heliópolis é o mesmo do estágio

presente entre sete e dez dias, a

curricular

subaguda, entre dez dias e sete

Integrado de Saúde (CIS).

semanas e a dor crônica, com mais

Estatística

da

UAM

no

Centro

de sete semanas7. Sobre as características da dor

identificou-se

duração,

a

localização,

frequência,

intensidade,

fatores de melhora e de piora, tratamentos

realizados

anteriormente, exames realizados, se recebe acompanhamento médico de rotina, doenças de base e número de consultas quiroprática

Os dados foram organizados e tabulados utilizando o Software Excel do programa Microsoft Office versão 2007, no qual foram criadas planilhas

com

subtítulos

para

agrupamento das informações. A análise incluiu média simples e medianas,

as

quais

foram

convertidas em porcentagens.

realizadas.

RESULTADOS A média de idade dos pacientes foi de 47,22 anos com DP de 16,47. A queixa álgica prevalente na primeira consulta foi na região lombar. A segunda em membros inferiores, destes pacientes, 18,32% também apresentava dor lombar.

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Gráfico 1 – Prevalência das características dos pacientes, segundo gênero, ocupação e queixa.

A mediana de duração da dor entre os pacientes foi de dois anos, o que denota cronicidade do problema. A frequência constante, piora com movimento e melhora com repouso, aponta para alteração mecânico degenerativa.

Gráfico 2 – Distribuição das características das queixas.

O uso de medicação foi o principal recurso terapêutico utilizado para o tratamento da dor antes do tratamento com QRP e esteve presente em 29% das mulheres e 41% dos homens. Ao avaliar as doenças de base, uma significativa parcela de pacientes apresentava quadro de hipertensão arterial sem controle medicamentoso e ou visita médica periódica.

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Gráfico 3 – Análise da presença de hábito medicamentoso versus atendimento médico regular.

Durante a coleta de dados se identificou nove modelos diferentes de prontuários utilizados pelos alunos do curso de Quiropraxia da UAM. Em 67% destes, não constava o item estado civil e a omissão da técnica utilizada na consulta ocorreu em 45%.

Gráfico 4 - técnicas adotadas pelos quiropraxistas.

DISCUSSÃO Estudos propiciam

a

epidemiológicos

falhas da intervenção, aumentando

avaliação

a validade dos resultados.

de

intervenções em saúde pública e permitem

detectar

sucessos

e

O perfil epidemiológico desta população identificou o predomínio do gênero feminino (65%) na busca

ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 143 de 160


pelo tratamento quiroprático e a

médicos às mulheres, o que foi

coluna lombar foi a região mais

confirmado pela literatura de vários

acometida (gráfico 1). Entre as

outros países. A alegação é que as

mulheres 12% realizava atividades

mulheres percebem potenciais de

diária consideradas de esforço físico

risco para a saúde mais facilmente

leve,

que os homens, e por isso procuram

como

Opostamente, trabalhavam realizavam

donas 5% como

de

dos

casa.

homens, e

precocemente9.

intensas.

Segundo

pedreiro

atividades

atendimento

médico

o

Ministério

da

Característica comum entre ambas

Saúde, os homens fazem menos

as funções, é que as mesmas são

exames preventivos e vão menos

exercidas por tempo prolongado e

ao médico do que as mulheres. E

com

são

movimentos

demostrando que

repetitivos,

as

principais

vítimas

de

mesmo quem

doenças crônicas e de problemas

trabalha com atividades que exigem

de saúde que podem levar à morte

trabalho físico leve, têm chances de

10.

desenvolver lombalgia, devido à

São poucos os estudos que

postura estática mantida por muito

demonstram resultados diferentes a

tempo. Esse resultado entra em

respeito da incidência de lombalgia

concordância com um estudo que

entre os gêneros. Entre eles, um

afirma que a dor lombar pode ser

estudo de 2003, que investigou a

gerada tanto pelo trabalho físico

influência da prática de atividade

leve, quanto pelo trabalho físico

física na prevalência da lombalgia, a

pesado8.

dor lombar esteve mais presente

A literatura aponta para uma

nos homens 35% do que nas 29%11,

maior incidência de lombalgia no

mulheres

gênero feminino, isso se justifica

pesquisa atual.

diferindo

da

pelo fato que as mulheres procuram

Em relação às características

mais por consulta médica do que os

da dor, a mesma se mostrou

homens. Segundo um estudo sobre

crônica, constante, que piora com o

os fatores individuais associados à

movimento e melhora com repouso.

utilização de consultas médicas por

Estes

adultos, os dados associaram a

disfunção mecânico degenerativa

maior

utilização

de

relatos

apontam

para

serviços

ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 144 de 160


que

pode

evoluir

de

forma

incapacitante (gráfico 2).

versus atendimento médico regular, a automedicação foi o principal

Em relação a prevalência e

recurso terapêutico utilizado para o

distribuição das principais queixas

tratamento da dor 70% (gráfico 3).

referidas,

região

Os analgésicos simples foram os

acometida, seguiram-se a lombalgia

mais utilizados 54%, principalmente,

38%, dor em membros inferiores

dipirona

17%,

medicações utilizadas foram os anti-

segundo

na

região

torácica

14%,

e

paracetamol.

membros superiores 13% e na

inflamatórios,

região cervical 5%. Estes dados

espasmolíticos,

diferem dos achados da pesquisa

menores e antidepressivos. O uso

sobre dor musculoesquelética em

de automedicação por população de

pacientes atendidos em ambulatório

baixa renda foi alvo de estudo que

de clínica médica, em que a queixa

concluiu

mais frequente foi o joelho (35,9%);

automedicação

seguida por queixas na coluna

relacionada à falta de acesso às

(47%),

consultas e a distribuição gratuita de

em

membros

superiores

35,4% e em membros inferiores

crônicas

articulares

não

que

relaxantes, tranquilizantes

a

alternativa

está

a

fortemente

medicamentos14.

(49,3%) 12. A fisiopatologia das dores

mio

Outras

49%

Dos prontuários

avaliados,

dos

realizaram

pacientes

está

apenas uma consulta, 23% mais de

totalmente esclarecida, dificultando

cinco e 8% mais de dez consultas,

a identificação precisa da estrutura

há ainda o caso de um paciente que

anatômica responsável pelo sintoma

realizou 89 consultas. A justificativa

o que favorece uma abordagem

de comparecer apenas na primeira

diversificada para a compreensão

consulta, pode estar relacionada às

do problema, dentre eles o enfoque

quatro

dos fatores de risco13.

atendimento, em geral para locais

Em relação às terapêuticas

mudanças

do

local

distantes da sede anterior15. A

utilizadas para a queixa anteriores

periodicidade

quinzenal

ao

atendimentos

também

tratamento

referiram

quiroprático

fazer

uso

41%

de

dos pode

de

incentivar a desistência ao retorno.

medicamentos. Ainda em relação a

Há a possibilidade de não ter

presença de hábito medicamentoso

ocorrido uma melhora satisfatória

ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 145 de 160


durante

o

procedimento

de

Quiropraxia.

modelos de prontuários.

Alguns

campos se repetiam no mesmo

Por se tratar de um estágio

prontuário, ou eram utilizadas frases

voluntário, com grande procura de

sinônimas

pacientes, pode haver falta e/ou

procedimento, e ainda, campos que

grande rotatividade de estagiários, e

não se repetiam em todos eles, o

consequente

que

atendimento.

demora Há

no

também

a

para

pode

o

justificar

preenchimento.

a

O

mesmo

falta

de

índice

de

possibilidade de o paciente ter

ausência de preenchimento nos

atingido o seu objetivo de melhora

campos

avaliados

já na primeira consulta, desta forma,

Estudos

anteriores

torna-se

mesma falha, corroborando com os

desnecessário

a

foi

de

13%.

registram

a

continuidade do tratamento. Este

achados da atual pesquisa16,17.

dado também foi encontrado em

falha

outros estudos realizados no CIS16-

prontuário

19.

excesso de repetição de campos,

no

preenchimento pode

ocorrer

A do

pelo

No que concerne à técnica

falta da informação a ser colocada

terapêutica, a mais utilizada pelos

ou ainda a não supervisão18,19.

atendentes,

técnica

Outro fator que pode contribuir para

diversificada 57,6%, seguida pela

esta inadequação é a falta de

técnica sacro occipital em 38,14%,

treinamento

as

subsequente ao estágio curricular.

demais

foi

a

técnicas,

somaram

5,22% dos prontuários (gráfico 4).

no

período

O ponto forte desta pesquisa

O preenchimento adequado

foi à receptividade encontrada junto

do prontuário é de vital importância

aos representantes dos moradores

para

da

o

acompanhamento

da

comunidade

de

Heliópolis,

evolução do tratamento do paciente

disponibilizando o levantamento dos

e também para o resguardo dos

prontuários para o desenvolvimento

envolvidos no atendimento. Esta

da fase de coleta de dados. O ponto

conduta deve refletir no estágio

fraco foi a constatação que alguns

clínico

prontuários não foram preenchidos

e

posteriormente

nas

atividades profissionais. Durante a coleta de dados foi

por completo. CONCLUSÃO

observada a utilização de nove ISSN 2179-7676 - RBQ - Volume VI, n. 2 – Página 146 de 160


O perfil epidemiológico desta população, achados

coincide

na

literatura

com

os

científica,

especialmente pela queixa principal, segmento e gênero acometido. Espera-se que estes dados contribuam na melhora da atuação quiroprática, proporcionando melhor qualidade

de

vida

para

esta

população. CONFLITO DE INTERESSES: Não há.

REFERÊNCIAS 1. Viana RT, Moreira GM, Melo LTM, Sousa NP, Brasil ACO, Abdon APV. O estágio extracurricular na formação profissional: A opinião dos estudantes de fisioterapia. Universidade de Fortaleza- Ceara,2012 19(4):339-344. 2. Margarido MR. Atividades extracurriculares: Uma opinião. Ciências Médicas da FMRP-USP, Medicina de Ribeirão Preto,2013;46(1):56-8. 3. Universidade Anhembi Morumbi [Internet] São Paulo:projetos sociais: acessado 23/10/2014. Disponível em: http://portal.anhembi.br/noticias/Anhembimorumbi-lanca-programa-iam-e-abreinscricoes-para-projetos-sociais-ate-7-demaio. 4. Liga Acadêmica de Quiropraxia. São Paulo. História do estágio extracurricular de Quiropraxia em Heliópolis-SP. Acessado 15-09-2014. Disponível em: htt://ligaacademicadequiropraxia.blogspot.c om.br/2009/09/quiropraxia-voluntaria.html 5. História de Heliópolis: Breve Histórico de Heliópolis: da propriedade da gleba e da sua ocupação. Acessado em 15-09-2014. Disponível em: http://campossalles. wordpress.com/história-de-Heliópolis.

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16. Pellegrine RB, Kreidel VN. Perfil dos pacientes atendidos no serviço de Quiropraxia do Programa de Saúde da família de Vila Reunidas I em São Paulo. [Trabalho de conclusão de curso graduação em Quiropraxia].São Paulo:Universidade Anhembi Morumbi-São Paulo;2010. 17. Araújo B, Santos D. Análise dos prontuários dos pacientes atendidos pela Quiropraxia na Universidade Anhembi Morumbi no período de 2003 a 2012. [Trabalho de conclusão de curso de Quiropraxia]. Universidade Anhembi Morumbi- São Paulo, 2013.

18. Wassal RC, Fagundes DJ. Avaliação da adequação no preenchimento do prontuário de Quiropraxia numa Universidade em São Paulo. RBQ 2(1):65-75;2011. 19. Amanuma MT, Lopes MFP. Análise dos prontuários dos pacientes atendidos com Quiropraxia no Centro Integrado de Saúde da Universidade Anhembi Morumbi entre agosto de 2010 e dezembro de 2011. [Trabalho de conclusão de curso de Quiropraxia]. Universidade Anhembi Morumbi-São Paulo, 2012.

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ARTIGO ORIGINAL Avaliação proprioceptiva em pilotos de caça pré e pós Manipulação Articular Quiroprática na coluna cervical Proprioceptive evaluation in fighter pilots pre and after chiropractic adjustment in the cervical spine Josiane SbeghenI, Tiago Augusto ZagoII I. Bacharela em Quiropraxia. Instituto de Ciências da Saúde. Universidade Feevale. Rio Grande do Sul. Brasil. II. DC. Me. Docente do Curso de Quiropraxia na Feevale. E-mail do autor correspondente:josiane.corpoecoluna@gmail.com Artigo recebido em: 14 de julho 2015 e aprovado em: 21 de julho 2015 ABSTRACT OBJECTIVES: To evaluate whether there are differences in cervical position sense after an intervention Chiropractic manipulation in the cervical spine of fighter pilots and investigate the presence of neck pain and its association with risk factors. MÉTODOS: As this is a quantitative, descriptive, quasi-experimental research, the pilots were divided into two groups: Experimental Group who received a chiropractic adjustment and Control Group. To evaluate cervical proprioception, the head reposition test was performed and to identify factors that may be associated with their pain complaints a questionnaire was used. RESULTS: The study gathered 17 military pilots, male, with 29 and 43 years, old mean of 33.35 years (± 3.57 years) and average occupation time of 14.94 years (± 3.38 years) . The movement of flexion, in the experimental group showed an average error in the accuracy of the repositioning of the head, pre Adjustment 10.72 cm (± 5.72 cm) and post-chiropractic adjustment 8,33 cm (± 7,11cm) . The extension movement, pre-set the average was 5.74 cm (± 3.34 cm) and after adjusting 7 cm (± 3.09 cm). The findings did not achieve statistical significance. CONCLUSION: The Therapy Manual Articular no difference in the sense of cervical position between the groups in the pre and post intervention moments. And it was not positive associations between variables with the presence of neck pain and accuracy in repositioning the head of subjects studied. KEYWORDS: Neck, g-force, proprioception, chiropractic.

RESUMO: OBJETIVOS: Avaliar se existe diferença no senso de posição cervical de pilotos de caça pré e pós a manipulação articular quiroprática na coluna cervical e investigar a presença de cervicalgia e a associação desta com fatores de risco. MÉTODOS: Pesquisa quantitativa, descritiva, quase experimental. A amostra foi dividida em dois grupos: Grupo Experimental que receberam a intervenção quiroprática e Grupo Controle. Para avaliar a propriocepção cervical foi realizado o Teste de Reposicionamento da Cabeça e para identificar fatores associados às queixas álgicas, foi aplicado um questionário com perguntas fechadas e abertas não indutivas. RESULTADOS: Participaram desta pesquisa 17 pilotos militares, do gênero masculino, com idades entre 29 e 43 anos, média de 33,35 anos (± 3,57 anos) e média de tempo de profissão de 14,94 anos (± 3,38 anos). Os achados mais relevantes ocorreram no grupo experimental no movimento de flexão que apresentou uma média no erro na precisão do reposicionamento da cabeça, pré-ajuste de 10,72 cm (± 5,72 cm) e pós-ajuste quiroprático 8,33 cm (± 7,11cm). O movimento de extensão, pré-ajuste a média era de 5,74 cm (± 3,34 cm) e pós ajuste 7 cm (± 3,09 cm). Ambos os resultados não obtiveram relevância estatística. CONCLUSÂO: A Terapia Manual Articular não apresentou diferença no senso de posição cervical entre os grupos, nos

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momentos pré e pós intervenção e não foram encontradas associações positivas entre as variáveis com a presença de cervicalgia e a precisão no reposicionamento da cabeça dos indivíduos estudados. PALAVRAS-CHAVE: Cervicalgia, força g, propriocepção, quiropraxia.

INTRODUÇÃO O trabalho executado por

prevalência de cervicalgia anual é

pilotos de caça é vital para a

de 57% nesta população4. Segundo

segurança nacional.

Entre suas

a literatura 85% dos pilotos da US

atribuições está o combate a crimes

Air Force e da Royal Australian Air

de fronteira, contrabando, tráfico de

Force

drogas e intercepção de aeronaves

menos, um episódio de cervicalgia

clandestinas.

aguda durante sua carreira5.

As

manobras

de

ataque expõem a nave à aceleração

(RAAF)

Danos

relataram,

pelo

ostiomioarticulares

em círculos estreitos, mudanças

provocam dores na coluna cervical

bruscas

escalada

e podem alterar a transmissão

íngreme e mergulho rápido. Durante

central proprioceptiva6. O sistema

estas operações, tanto a aeronave

proprioceptivo inclui, basicamente,

quanto

receptores sensoriais que detectam

de

o

direção,

corpo

do

piloto

se

submetem a forças gravitacionais,

e

até

mecânicas que ocorrem nos tecidos

oito

gravidade,

vezes e

maiores podem

a

da

provocar

sinalizam

muscular

e

as

deformações

conjuntivo;

fibras

responsáveis

pela

disfunções ao organismo humano,

aferentes,

reduzir o fluxo sanguíneo cerebral,

condução dos impulsos sensoriais

podendo

até

gerar

hipóxia

e

à

medula;

consequente perda da consciência,

distribuidores,

além

segmentos

de

danos

ao

sistema

musculoesquelético1-3. O

neurônios

localizados

medulares

e

em supra

medulares, de onde partem os

principal

dano

comandos excitatórios e inibitórios

musculoesquelético provocado pela

endereçados ao músculo; e fibras

força g, entre os pilotos de combate

eferentes, que são as condutoras

de alto desempenho, é a tensão ou

desses comandos até o músculo7.

rigidez nos músculos do pescoço

Alguns estudos relatam que a

resultado de micro traumas que

Terapia de Manipulação Articular

ocorrem ao longo do tempo. A

(TMA) afeta positivamente a ação

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dos

receptores

de

nervosas

terminações

nos

tecidos

paravertebrais,

estimula

mecanorreceptores

quantitativa,

descritiva,

experimental,

quase-

submetida

à

e

aprovação do Comitê de Ética da

os

Universidade Feevale, por meio da

proprioceptivos, atuando nos fusos

Plataforma Brasil, sob protocolo nº

musculares, terminações nervosas

32633514700005348. A amostra foi

e orgão tendinoso de Golgi. Estes

composta por pilotos de caça, do

efeitos

aumento

gênero masculino, maiores de 18

importante nos níveis de tolerância

anos e realizada na Base Aérea do

à

Rio Grande do Sul onde estes

profundos,

superficiais

Foi realizada uma pesquisa

incluindo

promovem

dor

após

um

a

manipulação

vertebral8,9.

atuavam. Não houve critérios de

Por ser um sistema que está diretamente

sistema

apresentaram contraindicações para

nervoso, muscular e esquelético, a

procedimentos manipulativos, não

propriocepção é de fundamental

haviam

importância para os pilotos de caça,

quiroprático nos últimos três meses,

pois é necessário que os mesmos

nem

mantenham

médico de alterações no aparelho

íntegros,

ligado

ao

exclusão, já que os mesmos não

estes para

sistemas

que

possam

desempenhar suas atividades com

recebido

apresentavam

tratamento

diagnóstico

vestibular. Procedimentos

precisão, sem dor ou risco de graves lesões9. Neste contexto, esta pesquisa se propôs em avaliar se existe

diferença

no

senso

de

posição cervical após TMA, na coluna cervical em pilotos de caça, investigar a presença de cervicalgia e a associação desta à fatores de risco.

Num universo de 24 pilotos, 17 participaram da amostra atual de forma voluntária. A coleta de dados se deu em dois dias diferentes, devido ao acesso à amostra os primeiros

onze

indivíduos

pesquisados foram destinados ao Grupo I experimental, submetidos à intervenção quiroprática com ajuste

MÉTODOS Amostra

articular de alta velocidade e baixa amplitude

e

os

seis

restantes

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destinados ao Grupo II controle, que não receberam intervenção. Após

receber

explicações

A última etapa consistiu na reavaliação

da

cervical

ambos

de

propriocepção os

grupos,

sobre os procedimentos do estudo,

conforme previamente descrito. O

os

período

pilotos

responderam

questionário,

um

consulta

foi

de

pelos

aproximadamente 20 minutos, e foi

autores, com perguntas fechadas,

realizada na Base Aérea, onde os

não indutivas, cujo objetivo era

mesmos exercem suas atividades

identificar fatores que pudessem

de trabalho.

estar

elaborado

da

associados

às

queixas

A

referida

musculoesqueléticas apresentadas.

proprioceptiva

Em

realizada

seguida,

foi

realizada

a

avaliação

(Figura

com

os

1)

foi

participantes

avaliação da propriocepção cervical,

sentados adequadamente, em uma

em ambos os grupos, utilizando o

cadeira com suporte para as costas

Teste

da

e braços. A articulação do joelho

Cabeça (TRC), que consiste em

encontrava-se a um ângulo de 90° e

uma medição visual do erro de

os pés fixos ao chão. Foi utilizado

deslocar a cabeça para a posição

um laser point fixado superiormente

neutra inicial após a realização de

a uma faixa elástica na cabeça do

movimentos ativos em diferentes

participante e venda nos olhos, que

planos de movimento. Dessa forma,

permaneceram

mensurando

do

todo o procedimento, para garantir

sistema neuro-músculo-esquelético

que o participante não utilizaria o

de reposicionar a cabeça para uma

recurso da visão para retornar a

posição neutra10,11.

cabeça na posição inicial.

de

Reposicionamento

a

capacidade

Posteriormente,

durante

grupo

Um sistema de coordenadas

experimental recebeu intervenção

foi colocado em uma parede à

quiroprática,

frente,

nos

o

fechados

segmentos

da

de

forma

que

o

laser

coluna cervical que apresentaram

incidisse no centro do mesmo. Cada

hipomobilidade articular, detectados

participante

por meio de palpação dinâmica e

memorizar a posição neutra, de

estática.

foi

modo a duplicá-la depois de um

instruído há aguardar cinco minutos,

movimento ativo da cabeça. Todos

sem receber intervenção.

os planos de movimentos foram

O

grupo

controle

foi

instruído

a

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ativos, realizados pelo participante, de

forma

confortável,

sem

Os

a

resultados

foram

dispostos em tabelas e gráficos e

necessidade de forçar o movimento.

analisados

Os movimentos realizados foram:

teste

inclinação da cabeça para direita e

Smirnov

esquerda; rotação da cabeça para

comparação dos dados pré e pós

direita

intervenção foi utilizado o teste

e

esquerda;

flexão

e

extensão da cabeça.

estatisticamente

t-Student, e

com

Kolmogorov-

Pearson.

Para

Wilcoxon. Valores p<0.05 indicaram diferenças estatísticas.

Estatística

Figura 1. Fases do TRC no movimento de inclinação e a marcação pelo avaliador no sistema de coordenadas.

RESULTADOS Participaram desta pesquisa 17 pilotos militares, do gênero masculino, com idade entre 29 e 43 anos e média de idade de 33,35 anos (± 3,57 anos). Tabela 1: Dados antropométricos (n=17)

Massa Corporal (Kg) Altura (m)

Mínimo

Máximo

Média

60

93

79,353

Desvio Padrão 8,2836

1,65

1,91

1,7841

0,06529

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Tabela 2: Distribuição dos pilotos quanto ao tempo de profissão.

Tempo de profissão Até 15 anos Até 20 anos Até 25 anos Total

Porcentagem

12 4 1 17

70,6 23,5 5,9 100

Porcentagem acumulativa 70,6 94,1 100

Tabela 3: Média dos movimentos da coluna cervical por grupo.

Movimento F E ID IE RD RE

Grupo I Experimental (n=11) Média Pré ± Média Pós ± DP (cm) DP (cm) 10,72 ± 5,72 8,33 ± 7,11 5,74 ± 3,34 7 ± 3,09 6,45 ± 4,01 5,40 ± 3,91 5,83 ± 3,02 5,47 ± 2,09 9,34 ± 3,37 9,51 ± 4,29 7,41 ± 4,21 7,28 ± 4,89

Grupo II Controle (n=6) Média Pré ± DP (cm) 7,78 ± 4,85 6,82 ± 5,13 6,28 ± 4,05 5,44 ± 1,73 9,08 ± 5,67 4,27 ± 3,08

Média Pós ± DP (cm) 4,73 ± 1,80 4,54 ± 2,57 5,17 ± 1,96 4,75 ± 2,24 7,72 ± 3,46 6,11 ± 4,28

Diferenças estatisticamente significativas entre as médias* p < 0,05 F = Flexão; E = Extensão; ID = Inclinação à Direita; IE = Inclinação à Esquerda; RD = Rotação à Direita; RE = Rotação à Esquerda

Gráfico 1: Local da coluna vertebral de queixa álgica em porcentagem no momento da coleta de dados (n=17)

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Tabela 4: Horas de uso do computador por dia durante o expediente de trabalho.

Horas de uso de computador/dia Menos de 4 horas De 4 a 6 horas De 6 a 8 horas Total

Porcentagem

7 10 0 17

41,2 58,8 0 100

Tabela 5: Distribuição das atividades físicas praticadas pelos pilotos.

Atividade Física Corrida Musculação Ciclismo Tênis

Nº 15 9 1 1

Porcentagem 88,2 52,9 5,8 5,8

Tabela 6: Distribuição dos pilotos quanto a horas de voo.

Horas de voo

Porcentagem

Até 2000 Até 3000 Mais de 3000 Total

9 6 2 17

52,9 35,3 11,8 100

Porcentagem acumulativa 52,9 88,2 100

DISCUSSÃO Vários estudos demonstram

vibrações conjugadas a força g,

que a dor e ou a disfunção cervical

peso do capacete e a má postura

podem levar a um decréscimo

adotada durante as manobras de

região12,13.

combate aéreo, são as causas

proprioceptivo

nesta

Procedimentos conservadores como

principais

a TMA,

população, e podem, além de limitar

aliada

liberação

a exercícios e

muscular

têm

significante

das

seu

lesões

nesta

desempenho,

demonstrado excelentes resultados

desqualificá-los para o serviço de

no

voo12.

tratamento

inespecífica

em

de

cervicalgia pilotos

de

aviação14. A exposição constante a

Internacionalmente,

as

Instituições comerciais e militares

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têm

recomendado

o

tratamento

exercícios de reabilitação da coluna

complementar conservador para as

vertebral, objetivando normalizar a

lesões nesta população, em face

amplitude

dos constantes efeitos colaterais

propriocepção10.

indesejáveis

às

abordagem multidisciplinar adotada

contraindicações de medicamentos

pode ter influenciado positicamente

químicos15. Durante o levantamento

os resultados da pesquisa, diferente

de referências foram encontrados

do que ocorreu no presente estudo,

poucos estudos que avaliassem os

que

efeitos da TMA em pilotos de

imediato da TMA.

apresentados

e

aviação.

movimentoe

avaliou

A

Os dados apresentados na

de

Neste

somente

falta

significativos

a

caso,

a

o

de

sobre

e

efeito

resultados a

TMA

na

tabela 3, demonstram que a TMA

coluna cervical na atual pesquisa

não apresentou diferença no senso

pode ter ocorrido pelo fato de o

de posição cervical entre os grupos,

sistema musculoesquelético estar

nos

momentos

e

pós

estabilizando o sistema sensório-

pilotos.

Tais

motor. A literatura demonstra que a

resultados discordam de um estudo

manipulação articular na coluna

de 2006, que utilizou o mesmo teste

cervical é capaz de alterar o fluxo

para

propriocepção

de entrada de sinais sensoriais de

cervical. Em referido estudo, os

tecidos paravertebrais16, podendo

participantes

após

intervenção

destes

avaliar

(n=18)

pré

a

do

grupo

tratado

mostraram

melhora

a

realização

do

ajuste

quiroprático, ocorrer uma desordem

significariva em todos os planos de

nos

movimentos

gerada pelo impulso da manobra, e

enquanto

o

grupo

receptores

proprioceptivos

controle (n=19) apresentou melhora

consequentemente

gerar

em um aspecto (rotação à direita).

alteração muscular e articular17.

uma

Vale ressaltar que nesse estudo,

É importante frisar que no

além da manipulação vertebral o

momento da coleta de dados 70%

tratamento se estendeu por cinco

dos

semanas,

de

assintomáticos,

compressão isquêmica miofascial

relataram dor

de

torácica e 12% dor na região lombar

incluiu

pontos

neuromuscular

sessões

gatilhos,

facilitação

proprioceptiva

e

pilotos

(Gráfico

1).

apresentavam-se apenas cervical,

A

12% 6% dor

precisão

no

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reposicionamento

da

significativamente indivíduos

cabeça maior

saudáveis

que

é

pesquisadores

afirmam

que

o

em

fortalecimento

da

em

cervical é importante para evitar e

musculatura

indivíduos com dor cervical. Autores

prevenir

concordam com esta afirmação e

musculoesqueléticas,

acreditam

especialmente nesta população1,3.

que

o

processo

queixas

inflamatório pode, por meio de

Até o momento da coleta, de

mediadores, ativar as terminações

dados os pilotos que fizeram parte

quimiossensíveis e provocar uma

desta amostra possuíam no mínimo

resposta alterada18,19.

1500 horas de voo e no máximo

Ao analisar os dados da

4000, uma média de 2151,76 horas

tabela 4, percebe-se que os pilotos

de voo (± 751,74 horas), sendo que

relataram

cada voo realizado tem duração

utilizar

o

computador A

média de uma hora. A Tabela 6

exposição a este equipamento foi

apresenta a distribuição dos pilotos

citada como um dos fatores que

quanto suas horas de voo em

estariam associados a cervicalgia

aeronaves de alto desempenho.

menos

de

seis

horas/dia.

em pilotos de caça3 e encontrou

Considera-se uma limitação

concordância num estudo de 2008,

do presente estudo não ter sido

realizado

estipulado um tempo maior para a

com

militares,

que

considerou danosa a exposição ao

reavaliação

computador por mais de cinco

cervical, permitindo a adaptação

horas/dia20.

sensório-motora

Pode-se observar ainda que os

pilotos

praticavam

da

propriocepção

após

o

ajuste

quiroprático e também o estudo ter

atividade

se limitado há uma intervenção

física com regularidade, no mínimo

quiroprática apenas. Sugere-se a

duas e no máximo cinco vezes por

realização de novas intervenções e

semana,

mensurações.

sendo

que

70,6%

treinavam três vezes por semana

Aponta-se como relevância

(Tabela 5). A corrida foi a atividade

clínica

física mais praticado pelo grupo

observação

estudado,

fortalecimento

porém

não

houve

na

atual que

pesquisa, exercícios

muscular

para

a de a

menção de exercícios específicos

coluna cervical, não fazem parte da

para

rotina de treinos desta população.

a coluna cervical.

Alguns

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Por esta razão, é teoricamente plausível,

a

sugestão

implantação

de

da

estratégicas

específicas, no intuito de reduzir o risco de lesões, com atividades proprioceptivas, coluna

manipulação

vertebral,

muscular,

força

da

co-ativação muscular

e

treinamento de resistência. CONCLUSÕES A

TMA

não

apresentou

diferença no senso de posição cervical

entre

os

grupos,

nos

momentos pré e pós intervenção. Não

foi

encontrada

associação entre fatores de risco, como horas de voo, horas de trabalho no computador, idade e falta de exercício físico com a cervicalgia. A

prevenção

preconizada com

de

lesões,

internacionalmente,

treinamento

muscular

na

coluna cervical, não faz parte da rotina desta população. CONFLITOS

DE

INTERESSES:

Não Há.

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