PERFIL Edição 05 : : Abril de 2014 : : Itajaí
LOOKS Animal Print, a estampa da estação
CROSSFIT Aprenda como ganhar um novo condicionamento
SEGURO DPVAT Você sabe para que serve?
9 772357 717009
Um bate papo sobre navegação com o instrutor e despachante Celso Melo
ISSN 2357-7177
00005
R$ 2,00
04 editorial
DIRETOR - EDITOR
Henrique Otávio de Almeida
Itajaí
Caro
leitor,
EDITOR Henrique Otávio de Almeida DIRETOR DE CRIAÇÃO Fábio Kiyoshi Suzuki
No mês passado, enquanto pensava no tema para escrever o editorial de Abril, inúmeros escândalos sociais e políticos afloravam em nossa querida Santa Catarina, e em nosso imenso país. Corrupção em alto estilo, a Copa cafona sob investigação, o maconheiro versus delegado, a UFCS versus educação e um apanhado de problemas culturais. Comecei a escrever sobre um tema, e outro problema maior começou logo em seguida. Decidi que estava na hora de eu recomeçar a escrever. Não ia mais focar nos problemas, mas enfim na esperança de que um dia conseguíssemos reconstruir aquilo que ficou enterrado há décadas. Nosso sentimento cívico. Está na hora de recomeçar. De esquecermos os antigos problemas, e nascer um novo Brasil. Nesse mês comemoraremos essa esperança em uma data especial. Uma data que confortará nossos corações. Que trará esperança para as famílias. Que renovará nossa fé. Aos nossos leitores, seguem meus votos: Que essa Páscoa não seja apenas o almoço em família, a brincadeira gostosa de esconder os ovos de chocolate e ver a alegria das crianças quando encontram... que não seja também a tristeza daqueles que vão estar sozinhos ou dos que não podem comemorar com grandes mesas e chocolates, ou ainda daqueles que estão doentes e sem esperanças... Que neste mês todos tenham capacidade de entender o verdadeiro sentido da Páscoa, independente se for cristão, budista, indeciso, ateu, ou espírita. Que seja renovado em cada um a fé, a esperança, a capacidade de recomeçar, de pelo menos se esforçar para recomeçar uma vida nova, digna. Quando ainda criança, questionava o significado do coelho da páscoa, dos ovos e todo enredo. Hoje, tenho os ovos como símbolo do nascimento. Ali dentro, uma vida por vir ao mundo. É o eterno milagre da vida que renasce todos os dias. O coelho é o animal que se reproduz com uma velocidade estonteante, é uma ode à família, uma declaração de amor que a natureza faz todos os dias. Renascer é nascer, somos nós mesmos que renascemos nos nossos filhos, é a vida que se pereniza na prole. A fuga dos hebreus é o fim da escravidão de um povo. A escravidão equivale à morte, escravizar equivale a tirar a vontade e a alma de alguém, equivale a tirar sua vida. Se libertar da escravidão é viver de novo, é renascer, é estar sempre começando tudo de novo. Este eterno milagre que nos encanta é o milagre da vida que a Páscoa nos relembra. A Páscoa é a ressurreição das nossas almas. Este é o dia de renascer, começar tudo de novo. De nos libertamos do mal que corrompeu nossas almas e nos recobrirmos com o véu da pureza da alma que tivemos um dia. Parece até sermão de ano novo, mas precisamos nesta data abandonar tudo o que é velho, que nos aprisiona, e olhar para frente com coragem e esperança. Dedicarmo-nos à vida como quem sorve o sumo de um fruto saboroso. É tempo de renascer. Pra frente Brasil! Uma boa leitura e Feliz Páscoa!
Henrique Otávio
Editor
GERENTE COMERCIAL Guilherme Almeida Rodrigo Costa TEXTOS João Pedro Machado Pereira, Scheila Kitzberger, Natan Roque, Paola Zonta, Ana Ikeda, Denis Marum,
Julia Wiltgen, Janete Krueger, Raquel Paulino, Marina Oliveira, Rita Trevisan, Luca Contro, Arthur Jones, Iara Maria, Mariana Coutinho. CAPA Fotos: Fábio Kiyoshi Suzuki COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Sayonara Fotos IMPRESSÃO E ACABAMENTO Tipotil DISTRIBUIÇÃO Editora Norte Catarinense Ltda Revista PERFIL Itajaí é distribuída com exclusividade no litoral norte de Santa Catarina, na cidade de Itajaí.
PARA ANUNCIAR (47) 3345.2554 (47) 8430.7220 (47) 9961.4191 perfil_itajai@live.com REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Rua Albatroz 158, Balneário Piçarras – SC CEP 88380-000 (47) 3345.2554 | (47) 9912.9179 henrique-otavio@live.com
Revista PERFIL Itajaí, edição 05, Ano 02, é uma publicação mensal da Editora Norte Catarinense Ltda. Todos os direitos reservados. Revista PERFIL Itajaí não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo esse último de inteira responsabilidade dos anunciantes. As imagens sem créditos foram fornecidas para divulgação.
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REVISTA PERFIL
06 consultoria & negócios
SEGURO DPVAT VOCÊ SABE PARA QUE SERVE?
Por: Natan Estevam Roque – Advogado - OAB/SC 37.926 Paola E. Roque Zonta – Advogada - OAB/SC 28.531
Todos os anos os proprietários de veículos são obrigados a pagar, juntamente com o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) o seguro DPVAT, porém muitos desconhecem a sua finalidade e quais os procedimentos necessários para requerer a indenização e/ou reembolso, deixando de lado um direito garantido pela lei. O Seguro DPVAT é uma espécie de seguro obrigatório pago por todos os proprietários de veículos automotores de vias terrestres, como carros, motocicletas, caminhões e ônibus. Ele tem como objetivo indenizar as vítimas de acidente de trânsito em valores ATÉ R$13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), além de reembolsar ATÉ R$2.700,00 (dois mil e setecentos reais) de despesas médicas. As indenizações e os reembolsos são pagos independentemente se os envolvidos são culpados ou não, se são motoristas, caronas, pedestres ou ciclistas, bastando que tenham sofrido
um acidente envolvendo um veículo automotor de via terrestre. As indenizações do seguro DPVAT são pagas às famílias das vítimas fatais de acidente de trânsito ou às próprias vítimas que tenham sofrido algum tipo de lesão física que resultou numa incapacidade, tais como fraturas, amputações, rompimento de tendões, etc., não sendo indenizáveis lesões leves como arranhões ou hematomas. O valor da indenização será pago de acordo com o tamanho das lesões, seguindo uma tabela especificada na lei do seguro DPVAT (Lei nº 6.194), e que será avaliado por um médico perito. Apesar das diversas campanhas de divulgação atuais, o pedido da indenização e do reembolso ainda é um procedimento altamente burocrático o que leva muitas pessoas a desistirem no meio do caminho, por desconhecimento e por falta de informações e indicações corretas sobre como proceder.
Recomenda-se, para aqueles que optarem por encaminhar a documentação por intermédio de terceiros, que verifique a responsabilidade e comprometimento dos mesmos, bem como atente-se a dois dos principais falsos argumentos utilizados para persuadir as vítimas em momentos de fragilidade física e emocional, os quais devem ser vistos com maus olhos: 1) “Você vai ganhar o valor X!” ou ainda “Você ganhará valor superior ao máximo do DPVAT”. Não é possível especificar o valor que será recebido, salvo em caso de morte, em que a indenização corresponderá ao teto. Como dito anteriormente, o valor varia ATÉ R$13.500,00 no caso de indenização pelas lesões e ATÉ R$2.700,00 no caso de reembolso pelas despesas médicas. 2) “Eu posso fazer você receber em menos tempo” ou ainda “ Você receberá a indenização em X meses”. Também não é possível saber a data certa para o recebimento da indenização ou reembolso. Isso vai variar de acordo com a documentação e a extensão da lesão da vítima. Como o seguro DPVAT indeniza as lesões que geram incapacidade, na maioria das vezes é necessário que a vítima termine o tratamento médico para só então finalizar o pedido de indenização, podendo demorar muitos meses. Importante destacar que o encaminhamento do pedido de indenização ou reembolso é gratuito e sem necessidade de intervenção de terceiros, sendo aconselhável que antes de encaminhar a documentação, o interessado acesse o site oficial do seguro DPVAT www.dpvatsegurodotransito.com.br e verifique as informações para se certificar de que não está sendo enganado e poder acompanhar mais de perto o seu pedido. Restando dúvidas, não hesite em procurar seu advogado de confiança.
08 consultoria & negócios
Elisão Fiscal X Evasão Fiscal
Na elisão fiscal são utilizados meios sempre lícitos, entretanto na evasão empregam-se meios ilegítimos, como a fraude, sonegação e simulação.
Por : : Scheila Kitzberger - CRC/SC 034.212 - Contadora – Vanguarda Contabilidade Filial Barra Velha
Elisão Fiscal :
Evasão Fiscal :
A Palavra Elisão Fiscal, tem sido utilizada para representar a forma legitima de evitar, retardar ou diminuir o adimplemento de tributos, antes, em regra, da ocorrência do fato gerador e consequentemente do nascimento da obrigação tributária.
O fato de omitir o imposto devido, manifestada sob a forma de fraude, simulação ou embuste de qualquer natureza, sofre condenação em todos os sistemas jurídicos nacionais.
Inclusive, tal prática é autorizada pelo ordenamento jurídico, especialmente, pelos princípios constitucionais. “A elisão fiscal é reconhecida como tal, quando um contribuinte recorre a uma combinação engenhosa ou que ele efetua uma operação particular, baseando-se sobre uma convenção não atingida pela legislação fiscal em vigor. Ele usa o texto legal sem o violar: ele sabe utilizar habilmente uma brecha do arsenal fiscal” (André Margairaz in La Fraude Fiscale T Ses Sucédanés).” Saliento, que a Elisão Fiscal é o ato correto para se prevenir e diminuir a carga tributária, e se resguardar de qualquer sanção Fiscal.
Constitui crime de sonegação fiscal a) Prestar declaração falsa ou omitir, total ou parcialmente, informação que deva ser produzida a agentes das pessoas jurídicas de direito público interno, com a intenção de eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de tributos, taxas e quaisquer adicionais devidos por lei.
Evasão é o procedimento destinado à fuga tributária, cujos atos constitutivos foram praticados após a ocorrência do fato concretizado.
b) Inserir elementos inexatos ou omitir rendimentos ou operações de qualquer natureza em documentos ou livros exigidos pelas leis fiscais, com a intenção de exonerar-se do pagamento de tributos devidos à Fazenda Pública.
O imposto já é devido e o contribuinte deixa de recolhê-lo. A fraude à lei, de forma genérica, está incluída na hipótese de evasão, e sua prática consiste em evitar de maneira “mal intencionada, consciente e dolosamente” o surgimento do fato gerador do tributo.”
A sonegação, portanto, pressupõe necessariamente a ocorrência do fato gerador. Só há sonegação quando alguém tenta simular, esconder ou descaracterizar o fato gerador já ocorrido.
Na linguagem popular é o ato de “maquiar” os resultados tributários, independentemente de ser na Pessoa Física ou na Pessoa Jurídica.
O contribuinte que deseja não ter conflito com o Fisco e diminuir a sua carga tributária deverá procurar um Contador de sua confiança para que seja realizada uma completa Análise Tributária (atual e futura) da sua Pessoa Física e/ou Empresa para que desse modo seja tomada as melhores decisões.
REVISTA PERFIL
10 tecnologia & informática
Wi-Fi:
saiba o que aumenta ou não o sinal do roteador em sua casa Instalar um roteador para usar internet sem fio em qualquer lugar da casa nem sempre é garantia de que ela vá chegar a todos os cantos dela. O Wi-Fi pode sofrer várias interferências, e soluções “caseiras” para aumentar o sinal dele podem não funcionar. Abaixo, você verá o que pode ajudar ou não sua rede sem fio doméstica. Por : : Ana Ikeda – Jornalista
O que atrapalha o sinal do Wi-Fi em casa? Vários fatores, desde obstáculos físicos (como paredes e colunas) a outros invisíveis (ondas emitidas por outros aparelhos). “Toda rede sem fio é uma rede de rádio. Um sinal é transmitido pela sua casa e essas ondas vão sendo espalhadas pelos cômodos”, explica Rodrigo Filev, professor de Ciência da Computação do Centro Universitário da FEI. Essas ondas, diz o especialista, têm dificuldade de ultrapassar barreiras físicas e também sofrem interferência, como ocorre com rádios comuns. Mudar o roteador de lugar pode intensificar o sinal do Wi-Fi? Sim, porque o sinal emitido pelo roteador funciona como o de um rádio, é influenciado por obstáculos físicos. “Um carro ao entrar em um túnel perde o sinal do rádio, isso também acontece com o Wi-Fi”, explica Filev. O ideal, diz Rodrigo Paiva, gerente de produtos da D-Link, fabricante de equipamentos de rede, é colocar o roteador na posição mais alta e central possível no ambiente e evitar deixá-lo em um local muito baixo e com muitos obstáculos físicos (paredes e móveis, por exemplo). “Infelizmente, nem sempre o ponto de rede permite a movimentação do roteador. Por isso, recomendamos o uso de equipamentos que emitam o sinal com maior potência ou o uso de um segundo roteador.” Telefone sem fio pode interferir no sinal? Sim, se o telefone funcionar em uma faixa de frequência semelhante ou igual à do roteador, que é a de 2,4 GHz, diz Rodrigo Filev, professor da FEI. É como no caso de um rádio comum: uma estação “pirata” atrapalha a regular se estão em “sintonias” iguais ou próximas. Meu micro-ondas faz o sinal ficar ruim? Sim, o micro-ondas pode causar interferência no sinal de rádio emitido pelo Wi-Fi. Isso porque ele opera na mesma frequência que o roteador, a faixa de 2,4 Ghz. Essas ondas que o equipamento emite ao esquentar a comida podem “vazar”, ainda que bem pouco, para fora do equipamento e ajudam a “espalhar” as ondas do Wi-Fi. Trocar a antena do meu roteador pode ajudar no sinal? Nem sempre. A simples troca da antena por uma de maior alcance de transmissão pode melhorar o sinal, mas ele ficará sujeito aos mesmos obstáculos que já existiam na casa, como paredes e colunas, explica Paiva, da D-Link. “O roteador permanecerá na mesma sala, ou seja, o sinal pode continuar a não chegar aos outros ambientes.” A recomendação, diz ele, é usar um segundo roteador, que funcionará como repetidor de sinal do primeiro, para que o Wi-Fi atinja os cômodos mais distantes da casa. Esse aparelho dispensa cabo de rede e precisa apenas ser conectado à tomada para começar a funcionar.
Um secador de cabelo ou uma máquina de lavar atrapalham o Wi-Fi? Sim, é possível que equipamentos dotados de motores elétricos e conectados na mesma rede de energia na casa interferiram no sinal do Wi-Fi, diz Filev, da FEI. “Eles geram uma espécie de ruído na tomada. É aquela mesma interferência, por exemplo, que fazia antigamente a imagem da TV chuviscar quando alguém ligava uma batedeira”, compara. Para evitar o problema, é preciso dimensionar e instalar corretamente os circuitos elétricos da casa. Muitos dispositivos conectados ao Wi-Fi atrapalham o sinal? Não, mesmo que vários dispositivos, como tablets, smartphones e computadores, estejam conectados a uma mesma rede Wi-Fi, a intensidade do sinal emitida pelo roteador não é alterada. O que pode acontecer é o tráfego de dados ficar mais lento na rede. Outros roteadores de casas próximas à minha atrapalham minha rede? Sim, o problema pode ocorrer principalmente em condomínios e prédios. Se muitos roteadores estiverem emitindo sinal em canais idênticos, eles vão interferir uns nos outros. “Cada equipamento vem em média com 16 canais diferentes, mas pode ocorrer de eles terem sido configurados no mesmo”, afirma Filev. A recomendação é reconfigurar o roteador em outro canal, caso seu sinal esteja ruim. Usar um roteador com três antenas pode ajudar? Sim, um roteador com mais antenas pode ajudar na propagação do sinal de forma mais abrangente, diz Paiva, da D-Link. A antena extra, no entanto, não implica diretamente no maior alcance do sinal a locais mais distantes da residência. “O Wi-Fi pode continuar com dificuldade de ultrapassar obstáculos físicos, dependendo de como for a casa.” Usar um aparelho repetidor de sinal pode ajudar a aumentar o alcance do sinal? Sim, a função desses dispositivos é captar a onda emitida pelo roteador e retransmiti-la para locais mais distantes da casa, onde você normalmente não consegue usar a rede sem fio. Segundo Paiva, existem aparelhos que desempenham essa função única e outros, como o segundo roteador, com mais recursos. Atualizar o software do roteador pode ajudar a melhorar o Wi-Fi? Não necessariamente, pois algumas atualizações de firmware (software interno do roteador) feitas pelas fabricantes servem apenas para corrigir alguns erros e implementar funcionalidades novas, diz Paiva. Além disso, a operação exige cautela e deve ser evitada por usuários leigos, sob o risco de inutilizar o roteador. Após a atualização, será necessário configurar novamente o Wi-Fi.
12 motors sports
saiba a hora certa de vender seu carro
É muito comum as pessoas pensarem em vender o carro quando as visitas ao mecânico começam a ficar frequentes. Veja abaixo algumas dicas para encontrar o momento certo de passar o carro para frente. Por : : Denis Marum*
Manutenção x valor do carro Quando o valor anual gasto com as manutenções ultrapassa 10% do valor de venda do carro é um sinal de que este pode ser o momento de pensar em vender. Mas quanto vale seu carro? É sabido que, nos dois primeiros anos, a desvalorização é mais acentuada e, nos anos seguintes, ela vai se estabilizando ao redor dos 10%. Para fazer a conta, acompanhe a desvalorização do seu carro pela tabela Fipe. Ela é uma referência de preço e não significa que você conseguirá vender seu carro exatamente pelo valor sugerido. Se decidir trocar de carro em uma concessionária ou loja independente, não esqueça de que eles irão desvalorizar o veículo entre 20% e 30% em relação à tabela. Cada modelo tem uma resposta diferente do mercado. Alguns são verdadeiros “micos”: você os anuncia e ninguém responde e, quando responde, é para oferecer um terreno na troca. Isso significa que você não terá dinheiro na mão -o termo correto é liquidez. Na maioria das vezes, você terá que dar um grande desconto para poder vender esse carro. Portanto, é bom ficar atento, pois os gastos de oficina podem representar muito mais do que você imagina. Seu carro vive na oficina? Quando você começa fazer visitas frequentes à oficina, a primeira coisa que vem à cabeça é vender o carro. Porém, é preciso saber se o motivo é a falta de revisões ou se realmente existe um desgaste generalizado devido à quilometragem e ao tempo de uso. Trocar somente o óleo e filtro é muito pouco: existem vários itens que devem ser substituídos durante vida útil do carro; quando não trocados, acabam estragando outras peças. Por exemplo: carro que não faz alinhamento desgasta o pneu; carro que não troca o aditivo do radiador estraga a válvula termostática, radiador e bomba d’água; e por aí vai... Quando estes itens se acumulam, muita gente passa o problema para o próximo. Mas uma boa revisão pode dar sobrevida ao carro, principalmente quando você não está em condições financeiras para a troca. Se a ideia é realmente vender, o correto é fazer um desconto na negociação, para que o novo proprietário possa fazer os reparos necessários. Lembre-se: fazer manutenção não valoriza o bem, mas evita que ele se deprecie ainda mais. O carro está feio? Muita gente não faz os reparos de funilaria e pintura, alegando que pretende trocar de carro. Grande engano. Primeiro porque é difícil achar alguém que queira comprar um carro amassado: você compraria? Se encontrar um comprador, ele certamente desvalorizará muito mais o carro do que o custo do reparo. Então, carro mal cuidado não é motivo para venda imediata. Arrume o que está feio e depois decida se ainda é ou não o caso de vendê-lo. 5 anos de “casamento” De forma geral, 5 anos é um bom período para ficar com seu automóvel sem grandes despesas. Isso falando de carros pequenos e médios; para carros luxuosos, o prazo é menor. Claro que pode haver exceções, mas é fato que borrachas e plásticos utilizados nas peças dos carros têm uma probabilidade maior de sofrer deformações após 5 anos de uso. Depois de milhares de solicitações e alterações de temperatura, estes materiais costumam perder sua elasticidade, ficando mais rígidos e quebradiços. O maior exemplo é o pneu, que possui a validade de 5 anos. Além dele, buchas, borrachas, mangueiras, vedadores e coxins são itens que costumam levar os carros para as oficinas com maior frequência. Algumas concessionárias não revendem carros com mais de 5 anos. Quando estes veículos entram como base de troca são imediatamente repassados para lojistas independentes. O objetivo é evitar possíveis reclamações.
Seu carro é de luxo? Carros de luxo, via de regra, possuem índices de depreciação entre 15% e 20% ao ano. Eles carregam um problema crônico que é o custo de manutenção. Por exemplo: para comprar um luxuoso importado você desembolsará aproximadamente três vezes o valor de um carro médio nacional; já para consertá-lo o custo chega a ser oito vezes maior. Assim, é melhor trocar o carro de luxo a cada 3 anos ou 50.000 km rodados. Com percentuais altos de desvalorização, os preços de revenda se tornam convidativos. Se você é um potencial comprador de um “carrão” usado, guarde 10% do valor que pretende investir nessa compra. Caso contrário, a alegria de ter um veículo todo equipado vai durar pouco devido ao custo de manutenção. Para piorar, as companhias de seguro não costumam assegurar veículos importados com mais de 5 anos de uso. Depois dos 100.000 km, prepare-se Deixe o romantismo de lado: por mais que você goste de seu carro, acima dos 100.000 km rodados a probabilidade de fazer visitas frequentes à oficina é muito grande. Muitos motoristas se iludem, achando que o último reparo deixou o carro “novo de novo”. Um automóvel possui de 3 mil a 4 mil itens; após esta quilometragem, a probabilidade de quebra aumenta muito. Problemas de fadiga e alterações estruturais dos materiais também acabam aparecendo com o tempo de uso. Veículos onde são feitas as revisões preventivas ou que vivem na estrada postergam esta quilometragem. Mas, se você pretende comprar um carro tão rodado, não use toda a sua economia: tenha uma reserva para as eventualidades. O mercado dá sinais: leia Em alguns casos não há interesse em trocar de carro, mas o mercado dá sinais de que está na hora e, se você demorar, poderá ficar no prejuízo. O que ocorre é a desvalorização repentina de um determinado carro devido a mudanças de ano/modelo ou ao fato desse carro sair de linha. Ou mesmo por um reposicionamento da montadora: quando ela inclui um modelo na linha de produtos e diminui o preço de outro modelo antigo; por exemplo: uma nova geração vai chegar, então a antiga geração é vendida com desconto. Esta redução também reflete no preço dos seminovos. Por isso, fique atento à movimentação das marcas: lançamentos de modelos inéditos, novas gerações de carros que já existem, séries especiais (recurso comum para dar fôlego a modelos que estão em fim de “carreira”). Insatisfação com a marca Se você está insatisfeito com a marca, porque o carro ou a concessionária não atendem às suas expectativas, aproveite para colocar fim nesta relação. Falta de peças, por exemplo, é algo que desagrada muito os proprietários; afinal, quem gosta de ficar 15 dias sem o carro para resolver um pequeno problema? Barulhos, consumo alto e falta de potência também são problemas que tiram o prazer de manter o carro na garagem. Nem tudo é dinheiro O prazer em adquirir um carro zero também deve fazer parte da decisão de troca. Quando o tema é automóvel, muitas pessoas deixam o aspecto financeiro de lado. Prova disso é que 70% dos veículos vendidos em nosso país são financiados, portanto, é preciso entender que, para muitos, ter um carro zero é mais importante do que ficar 5 anos com o mesmo carro para economizar algum dinheiro. Enfim, não existem fórmulas que contemplem todas as variáveis, até porque o mercado de carros é dinâmico e o que é um bom negócio hoje pode não ser amanhã. O importante é não ser impulsivo: tome a decisão com calma, para não se arrepender mais tarde. *Dono de oficina em São Paulo, Denis Marum é formado em engenharia mecânica e tem 29 anos de experiência com automóveis.
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14 mercado imobiliário
As cidades com os metros quadrados mais caros e mais baratos do Brasil. Por : : Julia Wiltgen – Jornalista
Veja quais foram as cidades, dentre aquelas acompanhadas pelo Índice FipeZap, que registraram os maiores e menores preços de metro quadrado anunciado em 2013. 2o
Brasília: 8.670 reais o metro quadrado médio dos imóveis anunciados
3o O Rio de Janeiro continuou sendo, ao longo de todo o ano de 2013, a cidade com o metro quadrado mais caro para imóveis residenciais anunciados para venda, segundo o Índice FipeZap. A média de preço na capital passou de 8.711 reais em janeiro para 9.937 em dezembro. Esse valor de metro quadrado equivale a um imóvel de 80 metros quadrados à venda por 794.960 reais. Brasília ficou em segundo lugar, com metro quadrado médio de 8.670 reais em dezembro, e São Paulo veio em terceiro lugar, com 7.815 reais o metro quadrado. A cidade mais em conta foi Vila Velha, no Espírito Santo, onde o metro quadrado médio anunciado era de 3.820 reais em dezembro. O equivalente a um imóvel de 80 metros quadrados à venda por 305.600 reais. O preço médio de metro quadrado das 16 cidades acompanhadas pelo Índice FipeZap ampliado foi de 7.303 reais em dezembro. As altas nos preços do metro quadrado anunciado em 2013 nas cidades de Rio de Janeiro e São Paulo foram puxadas pelos bairros periféricos. Contudo, os bairros mais centrais das duas capitais ainda são os mais caros do país. É o caso do Leblon (RJ), onde o metro quadrado anunciado em dezembro era de 21.963 reais, e da Vila Nova Conceição (SP), onde o preço do metro quadrado anunciado em dezembro era de 13.599 reais. Já os altos preços de Brasília estão praticamente estagnados. A capital federal teve elevação inferior à inflação nos preços dos imóveis à venda em 2013, em função da queda de preços em algumas regiões.
São Paulo: 7.815 reais o metro quadrado médio dos imóveis anunciados
4o
Niterói (RJ): 7.088 reais o metro quadrado médio dos imóveis anunciados
5o
Recife: 5.804 reais o metro quadrado médio dos imóveis anunciados
6o
Belo Horizonte: 5.426 reais o metro quadrado médio dos imóveis anunciados
7o
1o
Rio de Janeiro: 9.937 reais o metro quadrado médio dos imóveis anunciados
12o
Fortaleza: 5.421 reais o metro quadrado médio dos imóveis anunciados
Santo André (SP): 4.564 reais o metro quadrado médio dos imóveis anunciados
8o
13o
São Caetano do Sul (SP): 5.272 reais o metro quadrado médio dos imóveis anunciados
Vitória: 4.494 reais o metro quadrado médio dos imóveis anunciados
9o
14o
Florianópolis: 5.175 reais o metro quadrado médio dos imóveis anunciados
Salvador: 4.408 reais o metro quadrado médio dos imóveis anunciados
10o
Curitiba: 5.067 reais o metro quadrado médio dos imóveis anunciados
11o
Porto Alegre: 4.843 reais o metro quadrado médio dos imóveis anunciados
15o
São Bernardo do Campo (SP): 4.302 reais o metro quadrado médio dos imóveis anunciados
16o
Vila Velha (ES): 3.820 reais o metro quadrado médio dos imóveis anunciados
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16 ambiente & decoração
A BELEZA DO Por : : Janete Krueger - Arquiteta Na hora de decorar surgem as dúvidas, certo? Imagine então naqueles itens difíceis de mudar, como no banheiro ou cozinha. Quer decorar, deixar o ambiente alegre e elegante? Que tal apostar nas pastilhas de vidro? As pastilhas de vidro já fazem parte do leque de decoração há anos, mas como tudo que vai ganhando fama, elas também cresceram em número e variedade. Existe uma grande variedade de cores, tamanhos e texturas de pastilhas de vidro. Elas podem ser usadas na cozinha, no banheiro, na sala, no Hall de um prédio. Só é preciso ter imaginação e escolher a mais adequada a cada tipo de situação. As pastilhas são vendidas em placas, com peças que variam de 1×1cm até 12×12cm. São uma boa escolha por terem um preço competitivo, um acabamento refinado, serem resistentes à umidade, então sendo assim, fazem o papel de bons recepcionistas. E para completar, as cores não se desgastam com o tempo.
ambiente & decoração 17 As pastilhas podem ser aplicadas em diversas superfícies lisas, como azulejos, MDF, vidro, metais, paredes com massa fina e com pintura a óleo ou látex. Basta apenas preparar a base e usar a argamassa correta para se obter um bom resultado. Veja algumas dicas: : : No banheiro, pode colocar faixas no piso ou na parede atrás do vaso sanitário. : : Pode revestir toda uma parede dentro do Box, por exemplo; : : Na cozinha, pastilhas coloridas em forma de mosaico sobre a bancada dão um toque de elegância. : : Pastilhas que imitam inox podem ser aplicadas na cabeceira da cama ou no saguão do prédio; : : Na piscina, pode ser aplicada na borda ou então em toda sua extensão.
Muitos questionam seu uso no piso do Box por exemplo. É um local escorregadio, porém o rejunte utilizado entre as pastilhas já é suficiente para evitar grandes acidentes. Há também os modelos antiderrapantes que são mais utilizados na piscina, mas vai da necessidade do dono. O assentamento precisa ser muito bem feito, iniciando por uma superfície lisa e limpa. A argamassa pode ser a tipo AC2 para área interna e AC3 para externa ou para superfície com pouca aderência. E o ideal é que seja a argamassa branca, não a cinza, pois ficará aparente no vidro. O rejunte deve ser na cor que combine com os desenhos da pastilha ou com a decoração do ambiente. Ao instalar pastilhas de vidro juntamente com azulejos, por exemplo, deve-se ficar atento para o nivelamento das peças. Com tantos benefícios, trata-se de um material mais caro do que outros tipos de revestimento, exigindo mão de obra qualificada para sua instalação, então não se aventure caso não seja experiente no “faça você mesmo”. Boa escolha do material e um bom trabalho de assentamento garantem um bom resultado. Então renda-se a este charme da decoração.
18 perfil
Despachante Haroldo: Pioneira no serviço de despacho e habilitação marítima, escola é destaque no mercado náutico e comemora três décadas de liderança. Por : : João Pedro Machado Pereira - Jornalista
T
radição, confiança e uma história que atesta essas duas virtudes. Prestes a completar 30 anos, a Haroldo Despachante e Escola Náutica reúne qualidades que a transformaram namelhor opção do mercado quando o assunto é regularizar uma embarcação. Testemunha viva e ativa desse crescimento, o despachante Celso Melo, 50 anos, conhece cada trilho do caminho percorrido pela empresa. Herdeiro de Haroldo José de Medeiros, fundador e patriarca da firma, ele ingressou na Haroldo em 1989, quando a empresa tinha então apenas quatro anos de existência. “Fomos a primeira escola náutica a ministrar cursos de navegação em Itajaí”, lembra, com orgulho e doses de nostalgia. Em 1985, além do serviço de despacho, a Haroldo detinha exclusividade também na prestação de cursos de habilitação para navegadores. Durante o período de 10 anos em que se manteve soberana no mercado, formou cerca de 500 navegadores por ano, marca histórica e indelével. “A partir de 2012,
quando a legislação obrigou os alunos a apresentar atestado de aula prática para fazer a prova da Arrais, outras escolas surgiram, e a concorrência aumentou”, lembra o despachante. Mas a divisão do mercado não destituiu a Haroldo, que, administrada por Melo, apostou na velha fórmula de sucesso. “Ninguém oferece almoço, café da tarde e o conforto que a Haroldo tem. Sobrevivemos ao mercado com inteligência e apoiados em nossa grande experiência”, revela. Empreendedor de sucesso e apaixonado pelo mar, Melo não tem dúvidas de que os últimos eventos náuticos, especialmente a regata Volvo Ocean Race, estimularam o turismo e, principalmente, a atividade comercial voltada ao ramo em Itajaí. “A Haroldo percebeu um crescimento na procura pelos seus serviços com a vinda dos eventos”, afirma. Líder exímio e aprendiz exemplar, Celso Melo falou de trabalho e compartilhou um pouco do vasto conhecimento com o leitor da PERFIL.
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A Haroldo Despachante e Escola Náutica tem uma longa história de serviços prestados em Itajaí, e você é testemunha desse crescimento. Conte um pouco da história da fundação da empresa.
A empresa surgiu em 1985, fundada pelo patriarca da nossa família, Haroldo José de Medeiros, natural de São Francisco do Sul e filho de pescadores. Era ex-militar da Marinha do Brasil e, quando entrou na reserva, abriu o escritório com o intuito de auxiliar e assessorar o despacho de documentos junto à capitania dos Portos. Eu comecei a trabalhar logo em seguida, em 1989, e ajudei durante 20 anos, aproximadamente, sempre como despachante. Minha função, desde o início, sempre foi a mesma: a parte documental do processo, o despacho. Sou o procurador do requerente, intermediador com a Marinha. [Como você virou proprietário da Haroldo?] A empresa era da família e, na falta do patriarca, eu assumi.
Em 29 anos, você tem ideia de quantas pessoas a escola habilitou?
Nós somos pioneiros no ramo. Naquele tempo, ninguém habilitava em escola náutica. Ficamos sozinhos nesse mercado por um longo período. Diria até que nos últimos cinco, seis anos é que apareceram mais escolas. Nesse tempo, seu Haroldo sempre ficou com a parte de cursos, e eu fiquei com os despachos. Naturalmente, a pessoa vinha fazer o documento da lancha, e eu o convencia a ser cliente também como aluno, já que muitas vezes, a pessoa não tinha habilitação. Nesse período em que estivemos sozinhos, a média de clientes era muito alta. Num período de 10 anos, lecionamos para cerca de 50 alunos ao mês. Em média, a conta chegou a 500 por ano. Depois começaram a surgir outros despachantes, que antes faziam só documentação e passaram a oferecer também aulas. A partir de 2012, com a implantação da lei atual, a Marinha homologou oficialmente as escolas náuticas, que existiam, até então, de fato, e não de direito. Essa nova legislação, que passou a vigorar a partir de 1º de julho de 2012, estimulou a abertura de mais escolas. Hoje, só de empresas homologadas na Capitania dos Portos, existem cerca de 10 ou mais.
Quais os serviços que a Haroldo oferece ao cliente?
Temos, basicamente, dois serviços. O primeiro é o de despacho marítimo, que é a intermediação do requerente junto à Marinha. Emitimos e também coletamos os documentos, semelhante ao que o despachante de carro faz no Detran. O segundo produto da Haroldo são os nossos cursos, que preparam os alunos para a prova da Marinha. É sempre bom frisar que nós não aplicamos provas, mas sim preparamos os alunos para o exame do Órgão. É como na auto-escola, que ensina quais são as regras, as placas de trânsito e prepara o aluno.
Como funciona o curso preparatório oferecido pela Haroldo?
Os cursos têm carga horária prevista na legislação, então trabalhamos em cima dessa obrigatoriedade. São quatro horas de aulas teóricas e outras seis de prática. Às vezes, o aluno não consegue concluir todo o curso em apenas um dia, então volta no dia seguinte. Quando o tempo está bom, ou seja, não chove e não venta,
Haroldo José de Medeiros, o fundador.
dá para lecionar de manhã e à tarde, em apenas um dia. Costumo designar as aulas para os finais de semana, justamente pensando na possibilidade de o aluno não conseguir concluí-las apenas no sábado. [Onde são feitos os cursos?] As aulas teóricas são ministradas no hotel ItajaíTur, e as práticas na marina Sol Náutica, com a qual temos convênio, em Balneário Piçarras.
Qual o diferencial da escola em relação às demais do setor?
Certamente, nós temos uma experiência maior. Automaticamente, você acaba oferecendo muitas coisas a mais. O nosso índice de aprovação é muito bom, superior aos 90%. Oferecemos, além da aula convencional, material de revisão, algo que poucos fazem. Nenhuma escola oferece almoço, e aqui nós servimos. Eu vejo muitas escolas arrumarem uma salinha qualquer e colocar o aluno ali. Nós levamos o aluno ao Hotel Itajaí Tur, e oferecemos café da manhã colonial. O ambiente em que ele fica é climatizado e com data show. Após o meio-dia, vamos até a marina de Balneário Piçarras, um lugar bonito, onde servimos um belo churrasco. Depois da refeição, iniciamos as aulas práticas. Eles têm à disposição lanchas novas, de motores quatro tempos, motos aquáticas novas, de três lugares, super confortáveis. Quando os alunos voltam da aula prática, oferecemos mais um café na marina. Além de tudo isso, o profissional que dá aula na Haroldo é um profissional extremamente qualificado, eu diria que um velho lobo do mar. A equipe inteira é muito experiente, pois está há 30 anos na estrada.
A que o navegador que tira a Arrais amador tem direito? Quais são as restrições impostas a ele?
Ele pode pilotar qualquer embarcação, à vela ou a motor, desde que seja classificada para esporte e recreio. Portanto, não pode trabalhar num barco pesqueiro, numa balsa ou num rebocador. Tem de usar a carteira para conduzir barcos registrados como esporte e recreio. [Existe uma determinação quanto aos limites em que o portador da arrais amador pode navegar?] A lei diz que ele pode navegar até duas milhas náuticas (o equivalente a três quilômetros) da costa. Se for pego navegando fora dos limites será notificado, e isso vai gerar uma multa que pode variar entre R$ 40 e R$ 1.600, conforme a gravidade do fato. O comandante da Capitania, no dia do julgamento, é quem vai avaliar a infração e definir esses valores.
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Aulas práticas são ministradas com segurança e dedicação
Até 2012, os alunos não eram obrigados a fazer aula prática nas escolas para obter a carteira da Arrais amador. Bastava estudar por conta própria e passar na prova aplicada pela Capitania. Até que ponto essa mudança foi benéfica para as escolas?
A lei atual, que vigora, precisamente, desde 1º de julho de 2012 prescreve que, a pessoa detentora da carteira anterior a esta data, ao renovar deverá apresentar atestado de conclusão de aula prática de jet-ski, agora chamado moto aquática. A respeito da mudança, penso que foi benéfica sob todas as formas. Nada em nosso convívio social funciona bem sem regras, e era justamente o que estava acontecendo. Qualquer pessoa, sentada em uma mesa de bar, poderia preparar o aluno para conduzir uma embarcação. Hoje, não. Somente as escolas capacitadas e devidamente credenciadas podem prestar o serviço.
A Haroldo oferece somente a aula prática, se o aluno desejar?
Sim, e temos muitos casos. Mas eu aconselho esse método apenas para quem está renovando a carteira. Para quem vai tirar uma nova, a melhor opção é fazer o pacote completo, porque um leigo vai ter muita dificuldade de entender o que é boreste e bombordo, por exemplo, sem um ensino didático. É muita informação, e ele acaba desistindo. Vou citar um exemplo. Em nossos cursos, o professor explica que bombordo é o lado bom, do coração, que bomba o sangue encarnado, por isso a lâmpada de bombordo é de cor encarnada. Isso torna o aprendizado mais fácil e divertido.
Qual é o valor do investimento em uma “autoescola” de navegação? Existe a carteira completa e aquela só para um veículo. Comparando com a habilitação para carro, lá você tira para veículo e moto. Aqui, ela serve para conduzir lanchas e motos aquáticas. A carteira completa, para os dois tipos de embarcações, está em R$ 1300 aqui na escola. Quando há um grupo de pessoas maior, por exemplo, há negociações. Um pai, certa vez, veio do Mato Grosso no verão e habilitou oito pessoas de uma mesma família. Nesse caso, eu fui obrigado a fazer
um desconto considerável para eles. [Quais são os valores individuais para lancha e moto aquática?] A carteira para o jet-ski (agora moto náutica) sai por R$ 800, mas eu recomendo fazer o pacote completo. Isso porque, hoje, a pessoa quer pilotar apenas motos aquáticas, mas amanhã, possivelmente, vai comprar uma lancha, então precisará fazer todo o curso de novo. Nesse caso, sai mais caro. O curso só para lancha custa R$ 1.000.
Qual é o melhor período para se fazer as aulas práticas? Por quê?
Depende muito da necessidade da pessoa. Um exemplo. Você trabalha o ano inteiro, poupa seu dinheiro, reforma a casa, põe os filhos na faculdade, casa a filha mais velha, faz uma grande festa e, chega no fim do ano, se dá um presente: uma lancha. Não importa se tem só 10 dias de férias, você vai estudar e fazer a carteira naquele período. Em dias de verão, a procura é muito grande. Quando a Marinha tem 50 cadeiras para o dia da prova, aparecem 100 candidatos. Eu sempre recomendo, por esse motivo, que as pessoas façam no inverno, no extremo frio. E tem outra. Se eu tenho uma embarcação, devo deixá-la “em dia” no inverno, e não no verão. Esses documentos de revalidações duram por um ano, então é muito interessante você renovar os papéis no inverno e chegar na alta temporada tranqüilo. Aquele que deixou para dezembro vai encontrar o despachante e o sistema de seguros online sobrecarregados.
A atividade náutica está em franca ascensão na região, especialmente em Itajaí, que em 2012 recebeu a primeira edição da regata Volvo Ocean Race, a maior competição de vela do mundo, e esse ano volta a sediar a última passagem da competição. De que forma esse evento refletiu no crescimento da Haroldo?
São sempre ciclos, como acontece no verão. Em véspera de temporada, todo mundo quer renovar seu documento, se habilitar e trocar de embarcação. Esses eventos sazonais que acontecem, acabam acordando o cidadão que já é marinheiro, aquele que tem embarcação e está pronto pra entrar na atividade
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náutica, fazem com que ele se prepare, veja se está com os coletes em dia, se a embarcação tem o nome marcado. Nesse momento, ele percebe que a carteira está vencida, ou por vencer, então procura os nossos serviços. De uma forma geral, um evento de grande porte dá uma sacudida na comunidade náutica e não reflete só na Haroldo. Todos se beneficiam: quem mexe com âncora, cabo, peça de inox, equipamento de pesca. Eu posso dizer que, dos últimos 10 anos para cá, a situação da comunidade náutica melhorou 400%, em parte por causa desses grandes eventos.
Apesar de Itajaí ser o segundo maior polo náutico do Brasil e estar a caminho de se tornar o primeiro, o universo dos grandes iates e barcos ainda está um pouco distante da realidade da maioria da população. Quanto custa uma lancha para a recreação em família?
Eu comparo sempre ao sistema de carros e motos, que está mais próximo do nosso dia a dia. Uma lancha de pequeno e médio porte tem o preço de um carro seminovo, ou zero quilômetro. Quanto mais luxuosa, mais cara. Uma embarcação simples está na faixa de R$ 5 mil a R$10 mil. Aquelas mais confortáveis você vai encontrar por mais de R$ 20 mil. Lanchas são basicamente como veículos: à medida que a tecnologia evolui, o usuário quer investir nela.
Regularizar uma embarcação é uma das atividades desempenhadas pela Haroldo, que há 29 anos presta esse serviço com qualidade. A exemplo de outros segmentos, porém, existem falsos despachantes marítimos espalhados no mercado, que acabam prejudicando os donos de embarcações. Como é possível identificar um profissional idôneo de um charlatão? Quais são os cui-
dados que a pessoa deve ter na hora de escolher o despachante marítimo?
Os bons já estão há mais tempo na praça. Aliás, tem muita gente boa trabalhando como despachante marítimo na região. Se você põe os papéis na mão de um profissioal, dentro de um dia ou dois, eles já devem ter um protocolo na Capitania. O prazo para emissão é de 30 dias, ou seja, se passar algo além disso é porque tem coisa errada. É aconselhável consultar se o despachante já está no mercado há um bom tempo. Nós, que caminhamos por Itajaí, temos visto vários escritórios de despacho marítimo instalados há muitos anos no mesmo local. Trata-se de pessoas que estão ali há mais tempo e, portanto, são confiáveis.
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22 saúde & bem-estar dormir. Denis não aprova a atitude e explica que “remédios só são considerados em último caso. Além disso, podem ter efeitos diferentes de pessoa para pessoa e, ao invés de ajudar a dormir, despertá-la ainda mais”. 7. NÃO PREPARAR O AMBIENTE
Um quarto barulhento, iluminado e mal climatizado não ajuda o sono de ninguém. Martinez dá a fórmula para o ambiente ideal: silencioso, escuro (com janelas e cortinas fechadas) e temperatura entre 17°C e 27°C. 8. LEVAR PREOCUPAÇÕES PARA A CAMA
Quer dormir bem? Da barriga vazia ao excesso de comida ou de preocupações, veja uma dúzia de atitudes que podem estar tirando seu sono Por : : Raquel Paulino – Jornalista
A PERFIL vai te ajudar a diagnosticar o que pode estar causando aquela insônia terrível ou a sensação, ao acordar, de que o corpo não descansou nada. Alguns desses problemas podem ser consequência de hábitos ruins na hora de se preparar para dormir. Confira abaixo algumas dessas manias que podem estar te tirando o sono:
3. TOMAR BEBIDAS COM CAFEÍNA À NOITE
1. DORMIR COM A TV LIGADA OU LEVAR LAPTOP, TABLET E SMARTPHONE PARA A CAMA
Assim como a cafeína, a nicotina é estimulante. Se fumar for inevitável (mesmo sabendo de todos os malefícios que o cigarro causa à saúde), as últimas tragadas devem ser dadas no máximo uma hora antes de se recolher ao quarto.
O maior problema da televisão, do laptop, do tablet e do smartphone não é a distração que proporcionam, mas o tipo de iluminação que irradiam. “A luz branca artificial desses aparelhos inibe a produção de melatonina, hormônio responsável pela estimulação ao sono”, esclarece Denis Martinez, médico do sono e pesquisador de produtividade do CNPq. Dessa forma, o corpo se mantém desperto por mais tempo do que deveria e, quando se entrega ao cansaço, experimenta uma noite mal dormida, com interrupções. 2. NÃO DESACELERAR ANTES DE IR PARA A CAMA
“É preciso ter uma rotina de recolhimento. Ir para a cama logo depois de uma atividade física ou mental intensa só trará frustrações, porque a pessoa não conseguirá dormir logo”, afirma Denis. Para evitar rolar na cama por horas, ele recomenda que sejam adotadas tarefas monótonas nas horas que antecedem o sono, como arrumar alguma coisa na casa (algo mínimo, não é para trocar os móveis de lugar) ou fazer palavras cruzadas e sudoku.
Refrigerante, café, chá e chimarrão contêm cafeína, um estimulante que atrasa a chegada do sono. “Além disso, a cafeína prejudica a qualidade das horas dormidas. O ideal é deixar essas bebidas de lado pelo menos uma hora antes de ir para a cama”, sugere Martinez. 4. FUMAR POUCO TEMPO ANTES DE TENTAR DORMIR
5. CONSUMIR BEBIDAS ALCOÓLICAS À NOITE
De acordo com Denis, um dos maiores e mais antigos enganos é achar que um drinquezinho ajudará a ter uma noite de descanso profundo. “Embora relaxe a maioria das pessoas, o álcool proporciona um sono fragmentado, que não passa por todos os estágios. O resultado será muito cansaço no dia seguinte”, diz 6. INGERIR CALMANTES OU RELAXANTES SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA
Qualquer medicamento só deve ser utilizado com a orientação de um médico, mas mesmo assim há quem se arrisque a tomar um calmante ou relaxante muscular receitado a um amigo para tentar
“Cabeça cheia de problemas não deixa uma pessoa responsável dormir. Ela inevitavelmente ficará com os assuntos rodando no pensamento”, afirma Denis. Por isso, todos os e-mails devem ser enviados e todas as pendências do dia resolvidas antes de ir para a cama. É melhor ficar mais tempo acordado para garantir a mente tranquila na hora de deitá-la no travesseiro. 9. NÃO ENCONTRAR SUA POSIÇÃO IDEAL PARA DORMIR
Como cada corpo tem suas peculiaridades, Denis defende que não há uma regra quanto à posição para dormir. Mas encontrar a sua posição ideal, seja ela de bruços, em decúbito dorsal (com a barriga para cima) ou de lado, é essencial para uma boa noite de sono. 10. IR PARA A CAMA COM FOME OU SEDE
“Em algum momento, a vontade de comer ou de beber um copo d’água será mais forte que o cansaço, e a pessoa levantará para fazer isso”, aposta Denis. Conclusão: sono interrompido e qualidade do descanso comprometida. 11. IR PARA A CAMA LOGO DEPOIS DE UMA FARTA REFEIÇÃO
O sono é prejudicado por indisposição, tosse, ânsia e refluxo que podem surgir nessa situação porque, como esclarece Martinez, “a digestão é interrompida no momento em que a pessoa deita e a comida fica parada no estômago”. O ideal é fazer a última refeição do dia pelo menos uma hora antes de ir para a cama. Não se preocupe com a chance de ter pesadelos, porém. “Isso é mito”, garante Denis. 12. NÃO DAR A DEVIDA IMPORTÂNCIA AOS SEUS PROBLEMAS DE SONO
Em alguns casos, noites mal dormidas não são causadas apenas pela má “higiene” do sono. “Muita gente acha que dormir mal é uma bobagem que se resolverá com o tempo. Não é e pode acarretar em enfermidades mais perigosas, como problemas cardíacos”, alerta Martinez. Se a qualidade do descanso não melhorar mesmo com todos os cuidados cotidianos tomados, é indispensável procurar um médico especializado em distúrbios do sono para que o problema seja diagnosticado e tratado.
24 beleza & estética
renova a pele e retarda o envelhecimento Por : : Marina Oliveira e Rita Trevisan – Jornalistas
A má qualidade do sono ou a falta dele afeta o rendimento nas tarefas cotidianas, o humor e até a memória, já que é durante a noite que o cérebro consolida as informações adquiridas durante o dia. Mas não é só isso. Os efeitos de noites mal dormidas podem ser sentidos logo na primeira parada em frente ao espelho, pela manhã: o rosto parece cansado, a pele fica opaca, aparecem olheiras e até manchas. E se dormir mal ou pouco virar rotina, mais difícil vai ficar para apagar essas marcas com corretivo e pó facial.Durante o sono o organismo trabalha para desintoxicar e recuperar os tecidos. “Enquanto dormimos, as células da pele produzem colágeno e se renovam”, afirma Aparecida Machado de Moraes, chefe do departamento de dermatologia da Universidade Estadual de Campinas. De acordo com o neurologista Shigueo Yonekura, especializado em sono pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, é também à noite que ocorre o pico de produção do hormônio do crescimento, o GH. “Ele é importante para a renovação celular e um aliado e tanto no combate ao envelhecimento da pele”, explica o especialista. Como se não bastasse, na falta de um sono de qualidade, o cortisol, hormônio ativado pelo estresse, continua funcionando a toda, sem dar trégua ao organismo. A consequência direta desse desequilíbrio é a formação de radicais livres e o aparecimento de rugas precoces. “Manter sob controle os níveis de cortisol também é importante para garantir a hidratação da pele”, diz Luciana Palombini, pneumologista especialista em medicina do sono, do Instituto do Sono.
Um estudo desenvolvido por pesquisadores do Instituto Karolinska, em Estocolmo, valida a famosa expressão “sono da beleza” e reforça todas as afirmações feitas até aqui pelos especialistas. No experimento, 23 homens e mulheres, com idades entre 18 e 31 anos, foram fotografados em duas situações: após oito horas de sono e, novamente, depois de passarem 31 horas acordados.Os retratos tirados com a mesma iluminação, a mesma distância da câmera e a mesma expressão facial foram exibidos a 66 pessoas que, sem saber da pes-
quisa, tiveram de escolher quem achavam mais atraente. Ganharam as fotos dos voluntários registradas após uma noite bem dormida. “A privação aguda de sono funciona como um processo inflamatório, que pode comprometer o equilíbrio da pele e acelerar a degradação do colágeno. Mas o que este estudo concluiu foi que estas alterações também afetam a opinião dos outros em relação à sua aparência e expressão facial”, sintetiza Luciana.
Para passar bem longe de todos os malefícios da privação de sono, o correto é dormir o suficiente para acordar sem nenhum traço de cansaço, totalmente revigorada. O que nem sempre implica repousar as tais oito horas por noite, como se convencionou recomendar. Na realidade, a quantidade de sono diária depende de características individuais. “Cada pessoa tem seu tempo ideal de sono. Para o repouso ser saudável, ele precisa permitir que a pessoa chegue a determinados estágios de relaxamento e isso não depende necessariamente do número de horas”, explica o neurologista Shigueo Yonekura.Assim, há pessoas que se satisfazem com seis horas diárias de sono, enquanto outras não conseguem funcionar direito com menos de dez horas. Para descobrir em qual grupo você se encaixa faça o seguinte teste: no período de férias, época em que não há compromissos e preocupações, desligue o despertador e fuja dos locais barulhentos. Então, durma até acordar naturalmente e faça as contas de quanto tempo passou sob os lençóis. Este provavelmente é o seu ideal.Mas além da quantidade, é preciso estar atenta à qualidade do sono, que virá a partir do estabelecimento de uma rotina. É importante determinar uma hora para despertar e também uma para ir para a cama. Após o jantar, deve-se poupar energia e exercer apenas atividades relaxantes, como ler ou assistir a um filme. “Exercícios físicos nunca devem ser praticados em horários próximos aos de dormir, e os problemas, sempre que possível, devem ser deixados bem longe da cama”, finaliza Yonekura.
26 corpo & fitness
CrossFit:
Corpo sem limites O CrossFit mistura ginástica, levantamento de peso e atletismo. Quer ganhar condicionamento para a pauleira do dia a dia de forma diferente? Aqui está seu guia! Por: : Luca Contro e Arthur Jones - Personal Trainers O que é? O CrossFit é criação do treinador americano Greg Glassman, que montou o primeiro ginásio (nome do lugar em que se pratica o método) em 1995. No mesmo ano, o CrossFit chamou atenção do Departamento de Polícia de Santa Cruz, na Califórnia (EUA), que chamou Glassman para treinar os oficiais. Hoje, há mais de 5 500 locais para fazer o programa no mundo (30 no Brasil). O segredo do sucesso é o conceito do método, basicamente uma mistura de exercícios da ginástica, do levantamento de peso e do atletismo. O objetivo do “cruzamento” é condicionar você da forma mais ampla possível. “A ideia é buscar um equilíbrio entre todas as capacidades físicas e não focar em objetivos particulares, como a estética”, afirma Joel Fridman, coordenador técnico do centro de treinamento CrossFit Brasil, em São Paulo. Quais as capacidades físicas? “Resistência cardiovascular, respiratória e muscular, força, potência, precisão, agilidade, coordenação, flexibilidade e equilíbrio”, diz Luiz Mello, coordenador técnico da CrossFit BH, em Minas Gerais. Ou seja, o objetivo principal do método é turbinar a aptidão física por todos os ângulos. Perder peso e ganhar massa são consequências. Como é o treino? Está acostumado com a musculação? Aqui não há fichas com séries. Ao chegar num ginásio, você não sabe quais exercícios vai executar, eles mudam constantemente. Esse é um trunfo para estimulá-lo. “Grande parte do público é formado por pessoas desmotivadas para treinar. Muitos não gostam da rotina de exercícios predeterminados, outros reclamam que professores de academias convencionais não dão atenção”, diz Vivian Carvalho, diretora da CrossFit Jundiaí, em São Paulo. A estrutura da aula busca evitar esses problemas. Apesar de variar, normalmente ela tem quatro partes dadas por professores. No início, há um aquecimento. Depois, um trecho conhecido como técnica. “Nele, busca-se aperfeiçoar a execução dos moviementos para que sempre sejam realizados com eficiência e segurança”, diz Mello. Aí começa o “verdadeiro” treino, conhecido como workout of the day (WOD) – o treino do dia, em português. Nessa parte, você faz séries de exercícios sem intervalo e em alta intensidade num tempo curto (normalmente de 10 a 20 minutos). “Há três tipos básicos de WOD: no primeiro, você executa uma série no menor tempo possível; no segundo, faz os movimentos o maior número de vezes que conseguir num intervalo determinado; no último (apenas para praticantes avançados), faz as séries aumentando o peso até a carga máxima que suporta”, explica Vivian. Por último, rola um alongamento. Tudo isso demora entre 45 minutos e uma hora. Como são os exercícios? Eles trabalham o corpo todo. Alguns exemplos são agachamentos, burpees e saltos. O objetivo? Simular atividades do dia a dia e de esportes para reeducar o aluno a se mover. “A maioria das pessoas esquece a maneira certa de se movimentar. É comum
uma criança se agachar, por exemplo, ao brincar, mas com o tempo ela deixa de fazer isso”, afirma Vivian Carvalho. A meta é corrigir esse processo e fazer você usar sempre o corpo corretamente ao levantar peso, correr, se pendurar… Como? “Os movimentos `globais¿ do CrossFit têm alta demanda neural – exigem mais do cérebro. Ao executá-los em alta velocidade, a técnica correta é transferida para os movimentos que você faz no cotidiano”, explica Fridman. E os objetos usados para isso vão além da barra e das anilhas, talvez os mais convencionais do método. Entre eles, há pneus, barris, argolas, caixas e cordas. Vale lembrar: o ginásio também é diferente das academias. “Normalmente não há espelhos e o espaço é aberto. Muitas vezes se parece com um galpão”, afirma Fábio Barros, coordenador da CrossFit Campinas, em São Paulo. E os iniciantes? Eles costumam começar em aulas testes. Depois, fazem sessões de adaptação. Elas têm intensidade reduzida, normalmente com menor número de exercícios ou carga. Na maioria das vezes, há um professor que acompanha só você, como um personal trainer. “Assim o aluno absorve a dinâmica e a postura dos movimentos básicos, para depois entrar nos treinos em grupo”, diz Fridman. Não curte malhar com mais gente? Apesar de ser um ponto positivo do método (veja no item seguinte), é possível fazer aulas com personal sempre. Qual a filosofia? Treinar forte é o lema do CrossFit, mas o praticante dosa a intensidade. “Ensinar o aluno a não comprometer a integridade física é parte do trabalho dos professores”, afirma Fridman. Não dá para negar que há um espírito de competição no método. Os instrutores garantem que ele é saudável e que os treinos em grupo são estímulos. “Num ginásio os alunos se conhecem pelo nome e é criado um vínculo, em que um se importa com o outro”, afirma Luiz Martins, coordenador técnico da Hangar 193 CrossFit, em São Paulo. A real disputa deve ser consigo mesmo. O resultado de cada um nos treinos é marcado numa lousa ou numa pasta. Tornar isso um empurrão e não uma neurose é missão do praticante, em conjunto com os professores. “A maioria dos alunos não quer competir, mas quando vê avanços se empolga em melhorar”, diz Vivian. Fazer check-ups médicos regulares e ter suas deficiências em mente é bom para não abusar, em especial se tiver problemas de saúde. O que foi? Achava que o método era só para quem tem vigor de atleta? Os professores asseguram que não. “Todo movimento do CrossFit é adaptável. Há alunos de 16 a 80 anos e outros com problemas nos joelhos, ombros e coluna, que fazem os mesmos exercícios”, explica Vivian. Seja qual for sua condição, o principal é atentar aos exercícios. “É preciso ter certeza de que a técnica está boa antes de aumentar a intensidade”, diz Jobst Olschewski, treinador de CrossFit e dono da Cape CrossFit, na África do Sul.
28 moda & estilo
Por : : Iara Maria
Hoje vamos falar de uma estampa que conquistou as mulheres da cabeça aos pés (literalmente) ... Animal Print... Todos nós sabemos que não é ecologicamente correto usar pele de animais, foi então que surgiu na década de 60 nos EUA as estampas que se assemelham, sejam nas cores ou pelos. Segundo a opinião feminina, sapatos, bolsas e roupas em animal print conferem uma sensualidade extra às mulheres, porém muito cuidado ao compor o seu look, nada de misturar estampas, opte por uma só e, em apenas um item. Se for usar uma calça com animal print de leopardo, combine apenas uma camisa branca que o look que era básico se tornará chique. Mais uma dica: você ainda não possui uma peça em Animal Print? Então corra já atrás da sua porque é super tendência para o inverno 2014.
moda & estilo
Quando falamos em camisa social, logo vem à cabeça a imagem dela associada ao terno. Nestes tempos em que o estilo está acima das regras você pode sim combinar peças mais formais com as mais casuais. Quem não tem medo de arriscar, pode criar looks marcantes e fashion. Sejam elas lisas, listradas, xadrez ou florais, são peças indispensáveis no guarda-roupa masculino.
Use e abuse das camisas, elas deixam o look mais “arrumadinho” e despojado ao mesmo tempo.
30 comportamento & atitude
WHAT’S APP? Responder mensagens durante o sono pode ser nova ‘doença’ Por : : Mariana Coutinho – Jornalista
Você é do tipo que não larga o celular nem na hora de dormir e acorda a qualquer som de notificação? Uma pesquisa da Villanova University, nos Estados Unidos, revelou que é cada vez mais comum jovens responderem mensagens enquanto dormem. O texto pode não fazer sentido ou a pessoa sequer lembra-se de tê-lo enviado, mas o “Sleep Texting” já é um fenômeno entre a nova geração de universitários. A coordenadora do estudo, Elizabeth Dowdell, ficou intrigada com o relato de uma aluna que disse ter o hábito de acordar para responder mensagens de madrugada. A professora selecionou 300 estudantes e os entrevistou para ver se esse comportamento era um padrão. Cerca de 35% dos alunos disseram já ter mandado mensagens dormindo e 60% confessaram que o smartphone já atrapalhou o sono deles. Para o especialista no EOS Sleep Centers, Josh Werber, o mais preocupante são os jovens que acordam para responder notificações: “Quando não estamos totalmente entregues ao sono, não descansamos o suficiente e isso pode afetar nossas habilidades cognitivas”, explica.
Outra pesquisa, do Pew Internet & American Life Project, indica que os adolescentes nos Estados Unidos passam cerca de uma hora e meia por dia trocando mensagens pelo celular. Um em cada três jovens manda mais de 100 mensagens diárias. Pelo menos 4 em cada 5 estudantes dormem com o celular ao lado da cama. Para aqueles que já perderam o sono por causa do smartphone, Dowdell recomenda deixá-lo longe da cama, tirar o som ou mesmo desligar. “Pelo menos no fim do dia, você deve se permitir ter uma boa noite de sono. As mensagens não precisam ser respondidas imediatamente. Não precisamos ficar conectados 24 horas por dia”, argumenta a professora.
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32 social & eventos
Durante o mês de abril, em comemoração aos seus 6 anos, a Santee Locação de Trajes realizará um bazar com modelos exclusivos para venda. Serão mais de 60 modelos disponíveis, de vestidos curtos e longos, sociais ou casuais.
Estes são alguns Looks que estarão a venda. Gostou? Confira estes e muitos outros vestidos em nosso Facebook.
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34 arte & cultura
O curioso caso de Benjamin Button PERFIL indica: Um filme de drama estadunidense lançado em 2008, baseado em um conto homônimo escrito em 1921 pelo escritor F. Scott Fitzgerald. Conta a história de um homem, Benjamin, que em 1918 nasce com a aparência envelhecida e por isso, pensando que ele é um monstro, seu pai o abandona. Benjamin é criado num lar assistencial de idosos e, enquanto pequeno, todos pensavam que ele iria acabar por morrer rapidamente. Durante a sua infância conhece Daisy, o grande amor da sua vida. Apesar de ninguém acreditar na sua sobrevivência, ele vai ficando mais novo ao longo dos anos, vendo os outros ao seu redor envelhecerem. O filme foi dirigido por David Fincher, tendo como atores principais Brad Pitt e Cate Blanchett, recebendo 13 nomeações ao Óscar, incluindo “Melhor Filme”, “Melhor Diretor” (David Fincher) e “Melhor Ator” (Brad Pitt).
Diretor: David Fincher Elenco: Brad Pitt, Cate Blanchett, Julia Ormond Nome Original: The Curious Case of Benjamin Button Ano: 2008 Duração: 2h35min País: EUA Classificação: 12 anos Gênero: Drama , Fantasia , Romance
PERFIL indica:
“Extraordinário”, de R.J. Palacio, deveria ser leitura obrigatória nas escolas. Sem exageros. E você que já saiu da escola faz tempos deveria se render aos encantos de Auggie Pullman. Auggie é um menino de 10 anos que poderia ser como qualquer outro, mas nasceu com uma severa deformidade facial e vai ter que enfrentar os corredores e as salas de aula pela primeira vez. A questão é que Auggie tem muito mais a ensinar do que a aprender. Só que o problema todo é que ninguém sabe disso. E parecem não querer saber. O rosto de Auggie é tão incomum que ninguém se importa com o que ele tem a dizer. Só querem manter o garoto o mais longe possível. O ambiente escolar é muito hostil e as crianças podem ser muito maldosas, o famoso bullying. Com muita sabedoria, vemos Auggie enfrentar situações que amedrontariam qualquer um de nós, jovens ou adultos. “Toda pessoa deveria ser aplaudida de pé pelo menos uma vez na vida, porque todos nós vencemos o mundo” – Auggie
Autor: Palacio, R. J. Editora: Intrinseca Categoria: Literatura Estrangeira / Romance
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