>> Editorial Revista do Sescap-LDR é uma publicação trimestral do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas de Londrina. Rua Piauí, 72 | 2o Andar Londrina | Paraná CEP. 86010-420 Tel.Fax.: |43| 3329-3473 sescapldr@sescapldr.com.br
Marcelo Odetto Esquiante Diretor Presidente
Quando assumi a presidência do Sescap Londrina, nossa diretoria tinha alguns objetivos a cumprir. Queríamos inovar e fazer com que a nossa
PRESIDENTE Marcelo Odetto Esquiante 1º VICEPRESIDENTE Edivaldo Silva Vieira 2º VICEPRESIDENTE Jaime Junior Silva Cardozo DIRETOR FINANCEIRO Euclides Nandes Correia 1º VICE DIR. FINANCEIRO Nivaldo Lopes 2º VICE DIR. FINANCEIRO Junior Mafra DIRETORA ADMINISTRATIVA SECR. Jacqueline Vanessa dos Santos 1ª VICE DIR. ADMINISTRATIVA Rosemira Guerreiro Pinto 2º VICE DIR. ADMINISTRATIVO Laércio Jocundo Jovial DIRETOR INSTITUCIONAL Wilian Aparecido Gimenez DIRETOR REGIONAL Antônio Ribeiro DIRETOR DE PATRIMÔNIO Osmar Tavares de Jesus DIRETORA DE EVENTOS Marisa Ribeiro Furlan
Projeto Gráfico
entidade crescesse com responsabilidade e qualidade, não apenas para atender ao nosso associado, mas também para passar a discutir e influir nas decisões políticas que impactam na vida das empresas que representamos. Mas, para isso, era preciso também um pouco de ousadia. Ousadia na medida certa. Sabíamos que a tarefa não seria fácil. As gestões anteriores do Sescap, cada uma à sua maneira, haviam conseguido deixar uma marca positiva. Hoje nosso Sindicato é o que é, respeitado, conhecido, forte, pela soma dos esforços de todos os presidentes e seus diretores que comandaram o Sescap desde a sua fundação. Sem falsa modéstia, avaliamos que esta gestão foi bem produtiva. Avançamos em muitos aspectos importantes da vida do Sindicato. Ousamos e conseguimos comprar a nossa sede que era um desejo dos associados há muito tempo. Queríamos ter a nossa casa. E esta casa foi estruturada, ampliada e equipada para receber os associados com conforto, tranquilidade e segurança para participar de cursos e eventos. Outro avanço importante foi a consolidação política da nossa entidade. Temos também cadeira na Fenacon. Hoje os empresários da contabilidade são convidados a participar de conselhos da prefeitura de Londrina e de outras cidades da região. Sempre somos ouvidos sobre temas que impactam nas atividades empresariais que representamos. No mês de novembro foi realizada a eleição para a nova diretoria. O Sescap começará uma nova fase. Estamos passando o bastão para o
EDIÇÃO Cláudio Osti - MTB 2217 TEXTOS Marcos Sanches Paulo Ferreira CRIAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Fabio Baroni de Osti FOTOS Mais (arquivo), Sescap-Ldr. IMPRESSÃO Idealiza TIRAGEM 3.000 exemplares
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empresário Jaime Junior Silva Cardozo e sua diretoria. Os desafios não param nunca. Mas sabemos que o Sescap estará em boas mãos. Sangue novo, energia nova. Desejamos sorte à nova diretoria.
>> Prestando Contas
Marcelo Esquiante faz balanço de sua gestão no Sescap-Ldr
Marcelo Esquiante reforça o trabalho desenvolvido pelo Sescap
Paulo Ferreira
P
or quatro anos, o empresário contábil Marcelo Odetto Esquiante esteve à frente da gestão do Sescap-Ldr como seu diretor presidente. Assumiu a administração em 30 de abril de 2009 do seu antecessor José Ribeiro e recebeu uma entidade de classe em pleno crescimento, se tornando referência para as várias categorias e atividades empresariais que representa. Hoje o Sescap é um dos sindicatos com papel importante nas discussões econômicas, fiscais e tributárias da cidade de Londrina, do Paraná e do Brasil e participa ativamente de campanhas, reuniões e eventos da área com os setores públicos e privados. O contador afirma que se sente satisfeito e ressalta uma
visão fundamental de seu mandato. “Sinto-me com a missão cumprida, mas sei que poderíamos ter feito mais. O diferencial foi que trouxemos gente nova para a diretoria e cada diretor realmente assumiu seu cargo na íntegra”, diz. Para ele, esta forma de administrar auxiliou no desenvolvimento do Sescap-Ldr. “Cobramos dos diretores a responsabilidade de cada um por sua pasta e, para isto, demos poderes aos mesmos para que pudessem tomar decisões e trocarem ideias com toda a diretoria”, explica. Para Esquiante, vários objetivos foram alcançados neste período, mas alguns são especialmente lembrados. “O principal foi a compra da nova sede que conseguimos com a ajuda de todos os associados e dos diretores. Tivemos também a implantação do GDEC – Grupo de Desenvolvimento Empresarial
Contábil que está sendo um sucesso, pois já temos duas turmas”, afirma. Falando sobre o GDEC, o contador acredita que esta será a maior lembrança de sua presidência. “O que vai ficar marcado é o GDEC que partiu de uma ideia de presidentes anteriores e tentamos aperfeiçoar juntamente com as propostas de novos diretores. O Grupo nos vem rendendo vários elogios”, destaca. Implantada no Brasil desde 2006, a Certificação Digital é outro ponto importante da gestão Esquiante. O Sescap-Ldr se tornou um posto credenciado no ano seguinte e se consolidou ao passar dos anos com a qualidade do serviço de validação documental para Pessoa Física ou Jurídica. “A Certificação Digital para nós é um orgulho, pois, em quase todas as reuniões da Fenacon, somos citados pelos nossos trabalhos e graças também à nossa equipe composta pela Ofélia e pelo Lucas que foram premiados este ano como os melhores da região sul e do país”, afirma. Segundo Esquiante, a Certificação Digital ajuda, e muito, na relação com os associados e no desenvolvimento do sindicato. “Primeiro, por podermos dar uma atenção especial para nossos associados que, por sua vez, atendem os seus clientes
numa obrigação crescente cada vez mais. Segundo, porque também temos o retorno financeiro que nos ajuda bastante”, diz. Quando o assunto são os associados, Esquiante afirma que o Sescap-Ldr procura realizar ações para atender as suas necessidades. “Acho muito boa a participação dos associados e digo que até poderia ser melhor. Com relação ao benefícios, ao meu ver, fizemos o que achávamos ser o melhor possível, principalmente levando informações e cursos. Na medida de nossa condições, sempre fomos atrás de tentar resolver solicitações que chegavam. Sabemos que algumas ficaram para trás, mas, infelizmente, o que ficou não dependia diretamente de nós”, esclarece. De acordo com o empresário contábil, os cursos e eventos ofertados pela entidade para os associados, empresas, profissionais, estudantes e demais interessados de Londrina e região, são imprescindíveis para uma formação continuada nas áreas correlacionadas. “A importância é devida à atualização. Todos sabemos que estamos passando por muitas mudanças e, portanto, cursos e eventos são fundamentais para nos atualizarmos com novas leis e demais questões profissionais”, pontua.
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O empresário ressalta que importantes parcerias foram realizadas. “Entre elas, destacamos a com o Sicoob, pois temos no quadro do conselho fiscal três diretores, sendo dois efetivos e um suplente. Já na esfera municipal, também há vários diretores em cargos de conselho fiscal em companhias como Companhia Municipal de Trânsito e Urbanismo (CMTU), Companhia de Habitação de Londrina (Cohab) e telefônica Sercomtel, além de participação no conselho administrativo da CMTU e outros”, aponta. “Hoje, participamos do Sistema de Excelência em Gestão Sindical (SEGS) elaborado e implantado pela Fenacon”, completa. Em relação ao poder público e demais entidades locais, Marcelo Esquiante avalia que o trabalho foi feito com muito diálogo e compreensão entre as partes. “Nossa relação, como nas gestões anteriores, sempre foi muito boa. O Sescap vem sendo cada vez mais reconhecido, respeitado e procurado pelos órgãos públicos e, vale lembrar também, que sempre os procuramos com o maior respeito que merecem”, diz. As parcerias também são pontos-chave para atividades de responsabilidade social e uma visão comunitária com a região. “Acredito que todos nós deveríamos fazer nossa parte e o Sescap--Ldr, dentro das nossas possibilidades, vem fazendo. Muitas atividades já eram desenvolvidas por gestões anteriores e nós apenas tentamos melhorar por meio de parcerias com Domínio Software através
de campanhas como, por exemplo, o Natal Solidário, assim como a Escola Oficina por meio da Exactus Software”, explica. Da mesma forma, o contador ressalta as relações com a Fenacon – Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas. “Nossa relação é a melhor possível, principalmente por podermos contar com o nosso ex-presidente Paulo Bento na pasta da diretoria financeira até o final da atual gestão. Além disso, muitas das reivindicações e reclamações, principalmente na esfera da Receita Federal de nossos associados foram levadas diretamente para a diretoria da Fenacon”, afirma. Aliás, de 2014 a 2018, Marcelo Esquiante tem um novo desafio à sua frente. O empresário assume o cargo de diretor administrativo na nova diretoria da Fenacon que assume a gestão em janeiro. Por isso e por sua história na presidência do SescapLdr, faz questão de mandar uma mensagem aos novos diretores, aos associados e toda a equipe da entidade. “Quero desejar para a nova diretoria muito sucesso, pois tenho certeza que vão fazer um trabalho de muitas realizações, agradecer a toda minha diretoria, parceiros e ao nossos colaboradores pelo belo trabalho por todos realizados. Quero me colocar à disposição para o que precisarem e, agora nesta nova empreitada minha junto à Fenacon, deixar as portas abertas como sempre tive”, finaliza.
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Euclides Nandes, durante evento na ACIL
Sescap realizou inúmeros cursos e palestras para os associados
Integração entre empresas, sindicato e universidades
Escola Oficina 14 Turma
Ariovaldo Esgoti - Retenções tributárias em maio
Da esquerda para direita Sentados: vice-prefeito Guto Belucci, Novo presidente da Fenacon, Mário Berti, secretário da Fazenda de Londrina, Paulo Bento presidente do CRC-PR, Lucélia Lecheta e Ezequiel Santiago. Em pé: ex-presidente do Sescap-Ldr, Marcelo Esquiante; Terezinha Esquiante e Osnilda Santiago.
Antonio e Valdineia da Silva
Encontro Tributário de Londrina - White Consult e Camargo, Ferreira e Rocha Advogados
Da esquerda para direita: Marcelo Esquiante, Osmar Tavares de Jesus, José Joaquim Ribeiro, Valdir Pietrobon, Paulo Bento e Moinzes Ribeiro.
Alunos de Ciências Contábeis da PUCLondrina trabalham na prestação de contas de candidatos das últimas eleições
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Marcelo Esquiante ladeado com Paulo Bento e Mário Elmir Berti
Doação de Brinquedos para CEI GUIOMAR MOREIRA
Inauguração da Sede Própria do Sescap-LDR
Marcelo Esquiante, Marisa Furlan, Viviane Batista e Terezinha Esquiante.
Sescap-Ldr participa de debate na Acil
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>> Nova Gestão
Nova diretoria quer ampliar participação regional Criação do Instituto Sescap e foco na educação são objetivos da nova gestão que irão beneficiar as empresas associadas
O
empresário da contabilidade Jaime Júnior Silva Cardozo assumiu a presidência do Sescap de Londrina no início de 2014. Ele e a nova diretoria foram eleitos no dia 30 de outubro. O mandato será de quatro anos por sugestão da Confederação Nacional do Comércio e Fenacon, para que os mandatos dos presidentes das referidas entidades tenham o mesmo padão.. Jaime sucede o contador Marcelo Odetto Esquiante, que assumirá uma diretoria da Fenacon. E a futura administração já está traçando o plano de trabalho que focará em quatro pontos principais, conforme informa o novo presidente. Segundo Jaime Cardozo, a intenção é que a educação seja um dos pilares desta administração. "Vamos ampliar os treinamentos e cursos para os associados e seus funcionários. Isso ajudará a aumentar a receita e o reinvestimento em novos cursos", disse Jaime. Também será desenvolvido um trabalho de integração junto aos 55 municipios. "Queremos ampliar nossa ação nestes municípios. Para que isso ocorra, definimos como diretor regional o empresário Rodrigo Damas, de Jacarezinho
O presidente Jaime Cardozo, no centro, acompanhado dos diretores da nova gestão.
que junto com o outro diretor, Antonio Ribeiro (Toninho), de Cornélio Procópio, nos dará esse suporte regional", disse Jaime. Conforme ele, uma das metas é levar cursos, via videoconferências, para todas as principais cidades onde o Sescap tem filiados. "Temos algumas antenas de transmissão em Cornélio, Rolândia e Londrina. Estou conversando com a Fenacon para disponibilizarmos antenas em outras cidades polo como Jacarezinho e Bandeirantes, assim conseguiremos atender muitas cidades menores que gravitam em torno das cidades polo. Conseguiremos levar informação, curso e formação para muito mais contadores e
seus funcionários ". Outro ponto importante da nova gestão será a valorização das outras atividades empresariais que são representadas pelo Sescap. Para tanto foi escalado o novo diretor Nelson Aparecido Barizon, sócio da empresa Admita Consultoria de Recursos Humanos, que terá entre suas funções trabalhar também as demais atividades empresariais que compõem o Sescap. A meta da diretoria é também criar o Instituto Sescap. O objetivo é fazer com que o Instituto seja o guardachuva dos projetos sociais da entidade, tanto na área de educação, treinamento e
recolocação profissional. "Hoje para montarmos uma sala de treinamento aqui na sede ou nas regionais é sempre mais difícil, pois os recursos são escassos. Com o Instituto podemos, por exemplo, solicitar computadores da Receita Federal que são apreendidos. Enquanto entidade sindical não podemos ter acesso a isso. Como Instituto podemos elaborar projetos e receber recursos do Ministério do Trabalho para recolocação e treinamento de mão de obra. São muitas as possibilidades. Sabemos que teremos um trabalho pesado pela frente. Mas a equipe está afinada e com muito desejo de acertar", disse Jaime Cardozo.
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>> Conselho de Contabilidade
Lucélia Lecheta é reeleita presidente do CRC-PR
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empresária da contabilidade Lucélia Lecheta, líder da única chapa inscrita nas eleições do novo Conselho Diretor do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRCPR), foi reeleita por unanimidade, no dia 6 de janeiro, na primeira reunião plenária do ano, para o cargo de presidente da autarquia. Ela assume o mandato para o biênio 2014-2015. “Sabemos que nossos principais desafios neste momento, como
representantes desta casa, estão em defender melhores condições de trabalho para os profissionais da contabilidade e aproximar a entidade do empresariado do nosso Estado”, afirmou a presidente reeleita. A votação, secreta, ocorreu logo após a posse dos 18 conselheiros eleitos no último mês de novembro para renovação de dois terços do Plenário do CRCPR, composto, no total, por 27 membros efetivos. O mandato do grupo empossado se estende até o final de 2017.
Presidente – Lucélia Lecheta Vice-presidente de Administração e Finanças – Marcos Sebastião Rigoni de Mello Vice-presidente de Controle Interno – Fernando Antônio Borazo Ribeiro Vice-presidente de Registro – Sandro Di Carlo Teixeira Vice-presidente de Fiscalização, Ética e Disciplina – João Gelásio Weber Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional – Elizangela de Paula Kuhn Vice-presidente de Desenvolvimento Regional – Mirandi José Bonissoni Vice-presidente de Relações Sociais – Narciso Doro Junior Vice-presidente da Câmara Técnica – Moises Antônio Bortolotto
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Lucélia Lecheta: defesa dos profissionais da contabilidade.
CRCPR fiscalizou mais de 6 mil profissionais “Estamos encerrando mais uma etapa de muito trabalho, nas câmaras de Ética e Disciplina e de Fiscalização. Embora estejamos com um grupo reduzido de pessoal para as dimensões do Paraná e o número de profissionais, isso não nos impediu de atingirmos os projetos e metas”, afirma a vice-presidente da Câmara de Ética-Disciplina, Elizângela de Paula Kuhn. Em 2012 e 2013, a fiscalização do CRCPR esteve presente em 42 delegacias que compreendem 332 municípios de um total de 399 em todo o estado. No final de novembro de 2013, os números indicavam 6.036 profissionais fiscalizados. Uma novidade, no período, foi a introdução da fiscalização eletrônica (fisc-e), através da internet, que trouxe agilidade e economia ao processo. Iniciada em 2012, no Paraná, a fisc-e foi expandida em 2013 atingindo nove delegacias. A expectativa é que a sistemática seja utilizada na maior parte das fiscalizações do CRCPR já a partir de 2014.
>> Nova Tecnologia
COMO PREPARAR SEU CLIENTE PARA O E-SOCIAL
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ão é de hoje que o governo busca aumentar a arrecadação, tempos atrás a estratégia era criar novos tributos, hoje nos deparamos com mais de 50. Diante da necessidade de dinheiro para sustentar a máquina pública, e da impossibilidade de criar novos tributos, o jeito é apertar a fiscalização dos impostos existentes. A ferramenta mais utilizada pela receita nos últimos anos foi a informática, tanto é que hoje existe a “super-receita”, computadores fazem o cruzamento das informações de vários bancos de dados, possibilitando uma fiscalização automática. Na parte trabalhista e previdenciária, tivemos um grande avanço em 1999, com a criação da GFIP/SEFIP, uma ferramenta eletrônica que presta informação para o INSS e Caixa ao mesmo tempo, mas com o passar dos anos esta ferramenta deixou de atender as exigências
da legislação atual, como o FAP (Fator Acidentário de Prevenção), desoneração da folha de pagamento, Lei 12.546/2011, e as empresas da Lei Complementar 123/2006, enquadradas no anexo IV. O E-Social não é um tributo, é apenas uma ferramenta completa de informação e fiscalização de toda folha de pagamento. Além das informações que atualmente prestamos na GFIP/SEFIP, serão incluídas outras, como a de Administração de Pessoal, Recrutamento e Seleção, Cargos e Salários, Terceirização, Saúde, Segurança e Medicina do Trabalho, Benefícios, Tecnologia da Informação, Fiscal, Contábil, Logística e Financeira. Vejam quantas informações estão envolvidas nesta nova ferramenta. Com a implantação desse sistema chamo a atenção para os seguintes cuidados: uma rotina de admissão, onde o cliente contrata, depois encaminha os documentos ao escritório, só depois será feito de fato o registro e
devolvida a documentação ao trabalhador. Com o E-Social o registro do empregado tem prazo de 30 dias antes do início da prestação do serviço para ser transmitido, ou seja, um empregado para trabalhar no dia 10/02/14 deverá ter seu registro transmitido até o dia 09/02/14, sob pena de multa por atraso no registro do empregado. Outro ponto será no caso das demissões, que também deverão ser informadas de forma imediata, coibindo assim os chamados
acertos, onde o empregado pede demissão, mas o empregador faz a rescisão sem justa causa para liberar o seguro desemprego e o FGTS. O E-Social entra em vigor a partir de junho de 2014, para tanto é prudente ir se antecipando, informando os clientes sobre as mudanças, inclusive nas rotinas que há tempos utiliza. Mario Sergio Curti Consultor e Empresário Contábil
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>> Ação Social
Ao invés do Fisco, por que não destinar 6 % do IR para uma instituição?
Patricia Grassano
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o começo de todos os anos a atenção do brasileiro está voltada para para a infinidade de contas a pagar – IPVA, IPTU, material escolar, etc. Mas neste período é possível também pensar em solidariedade. Porque não, por exemplo, destinar parte do seu Imposto de Renda devido para uma instituição social. Você não vai gastar nenhum centavo a mais e ainda proporcionará melhorias em entidades sociais. Segundo Jaime Júnior Silva Cardoso, vice-presidente do sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e de Serviços Contábeis de Londrina – Sescap, poucas pessoas sabem, mas todo cidadão pode destinar parte de seu Imposto de Renda para projetos sociais ligados à criança e ao adolescente ou ao idoso. Essa destinação é de 6% para pessoas físicas se realizadas dentro do ano calendário, com possibilidade de definir diretamente a entidade que será beneficiada. Para quem não destinou os valores dentro do próprio ano calendário, ainda
existe a possibilidade de destinar até 3% até o mês de abril, neste caso a contribuinte deverá fazer a opção no momento da elaboração da declaração do Imposto de Renda. Para as pessoas jurídicas, a destinação é de 1% do imposto devido, mas somente para as empresas tributadas com base no sistema do Lucro Real. “Esse dinheiro, ao invés de ir para o Fisco, é destinado às instituições devidamente cadastradas e que seguem um rigoroso controle de prestação de contas”, comenta. A Secretária Municipal do Idoso, Maria Inêz Mazzer Barroso, revela que no ano de 2013, a destinação desta arrecadação surpreendentemente foi de R$ 1.080.000,00. “Para nós foi uma surpresa muito grande. Para falar a verdade não estávamos esperando este repasse que foi rateado entre três instituições no município”, disse. Fernanda Serenário, secretária do CMDI, diz que há esperança de que o repasse aumenteno próximo ano. “Não podemos fazer previsão de quanto será doado, mas esperamos que as empresas adiram e que a arrecadação aumente. Isso ajuda muito as instituições. Este ano as empresas puderam realizar obras de adequação de seus espaços, adquirir veículos para o transporte dos idosos entre outras atividades apresentadas em seus projetos. Motivadas, outras instituições nos procuraram e há uma possibilidade de mais duas
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ou três entidades serem beneficiadas no próximo ano, se o CMDI aprova-las”, explica. A advogada Patrícia Grassano, assessora Especial para Políticas de Atenção a Criança e Adolescentes de Londrina explica que hoje existem na cidade 123 entidades cadastradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e que estão aptas a receber estes recursos. “Neste ano de 2013, foram destinados ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, por meio deste repasse, pouco mais de R$ 700 mil. Mas, segundo informações da Receita Federal, Londrina tem condições de arrecadar muito mais, chegando aos R$ 4 milhões. Deixamos de arrecadar esse montante que vai para o Fisco Federal e ele decide que ações vai realizar, sendo que temos um Conselho discutindo e deliberando sobre as necessidades”, revela. A assessora explica que o “doador” pode escolher duas formas de destinação deste recurso. “Na primeira delas a pessoa pode escolher diretamente para que instituição quer doar o recurso, nesta modalidade 90% vão para a entidade e os outros 10% são destinados para o FMDCA. Agora, se a pessoa não tiver preferência por nenhuma instituição em particular, a destinação pode ser inteiramente para o Fundo que rateia o dinheiro conforme os projetos apresentados por
entidade”, explica. Patricia Grassano ressalva que mesmo as instituições que recebem diretamente os recursos, tem que prestar contas do que foi feito com o dinheiro ao CMDCA e ao Tribunal de Contas do Estado. São duas formas para se fazer a destinação do IR para as entidades: Para as instituições ligadas ao CMDA, a pessoa pode acessar o site do município: www. londrina.pr.gov.br e clicar no banner “Participe da campanha Futuro Criança”. Lá o contribuinte encontrará a relação de todas as entidades do município aptas a receberem sua doação, bem como as informações passo a passo de como realizar o procedimento. No caso da doação para o CMDI, o contribuinte também deverá acessar o site do município, clicar na opção: “Conselhos Municipais” e depois em “Direitos do Idoso”. Aparecerá uma tela contento o link e as informações da campanha “O Futuro é Agora”. Para as pessoas de fora de Londrina, Cardoso explica que a destinação para outras entidades também é bem simples. “Para destinar é fácil e o contribuinte deverá:1- Declarar no modelo completo da Declaração de Ajuste Anual de IR; 2- Escolher o ente federativo de sua preferência: “Município, Estado, Distrito Federal ou União”; 3- Ao final emitir o boleto que após pago, deverá ficar arquivado com os demais documentos de sua Declaração de IR”, finaliza.
>> Sistema Tributário
Auditores Fiscais tiram dúvidas sobre o alerta do simples nacional Secretário Executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional, Silas Santiago, conversou com auditores da prefeitura de Londrina
O
s servidores municipais que trabalham com a fiscalização de tributos do município de Londrina, receberam no dia 24 de outubro a visita do Secretário Executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional, Silas Santigo, que esteve na cidade para o evento Simples Nacional – vantagens tributárias – tratamento diferenciado (como pagar menos impostos) promovido pelo Sescap de Londrina. A visita foi um pedido do Secretário municipal de Fazenda, Paulo Bento, que aproveitou a presença de Santiago para apresentar sua equipe e para que eles pudessem tirar dúvidas sobre o Simples Nacional. “É muito gratificante recebermos a visita
do Silas, essa é a nossa equipe, com servidores muito bem qualificados e que está em constante contato com Brasília, seja através de cursos ou por telefone para esclarecer dúvidas que surgem no dia a dia. Silas é uma referência para nós no que diz respeito ao Simples Nacional, então aproveitamos este encontro para que todos se conheçam e troquem ideias”, disse Bento. Além do bate-papo, Santiago aproveitou a conversa para falar sobre o Alerta do Simples Nacional, uma ferramenta que teve início no mês de setembro com o objetivo de notificar as empresas que apresentaram divergências na declaração de Imposto de Renda com os dados de transações com cartões de crédito no ano de 2010. Em todo o país foram
mais de 27 mil notificações e na região de Londrina, o alerta atingiu 127 empresas ligadas ao Simples. “Neste momento o Alerta trabalhou apenas com o cruzamento de dados entre as DR com as transações de compra e venda com cartões de crédito, mas esta fiscalização não é uma exclusividade da Receita Federal, como a fiscalização do Simples é compartilhada, os três órgãos podem atuar ao mesmo tempo de acordo com a capacidade operacional de cada um”, explicou Santiago. Dessa forma, a ferramenta poderá ser utilizada também por estados e municípios para encontrar divergências nas declarações de seus impostos. “O Alerta vai poder ser utilizado também pelos estados e municípios pelo
sistema de malha fiscal, pelo faturamento de dados, daquilo que a empresa declarou mês a mês com cartão de crédito, cartão de débito, vendas da empresa para os governos federal, estaduais e municipais e vai passar a fazer também o faturamento com nota fiscal eletrônica, tanto da NF-e que a empresa emitiu, ou seja, de venda, quanto do que as outras empresas venderam para ela, para ver o nível de compra, tudo vai depender da capacidade operacional de cada órgão”, reforça. Estavam acompanhando o representante do Simples Nacional o diretor da Fenacon, Mário Berti, o presidente do Sescap, Marcelo Esquiante, bem como o seu vice, Jaime Junior Silva Cardozo, que também participaram do encontro.
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>>Atração de Empresas
Codel traça planos para retomar o desenvolvimento ^ economico de Londrina Além de prospectar novos empreendimentos para a cidade, Codel se empenha para manter e apoiar o desenvolvimento das empresas locais
R
ecentemente a cidade de Londrina foi novamente motivo de notícias da mídia. Estagnada no que diz respeito ao desenvolvimento econômico. A "Pequena
Londres" ficou para trás no quesito para a vizinha Maringá. Analistas de várias áreas atribuem esse freio na economia por causa da instabilidade política que se instalou em Londrina nos
Bruno Veronesi: presidente da Codel
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últimos 20 anos. Para tentar virar este jogo, o presidente da Companhia de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Veronesi, revelou que a administração do prefeito Alexandre Kireeff adotou uma série de projetos que tendem retomar a pujança econômica da cidade para os próximos anos, como melhorias estruturais para o município, desenvolvimento dos setores industriais e fortalecimento empresarial da cidade. Segundo Veronesi, o município está fazendo sua lição de casa. "Estamos em contato com grandes empresas que já manifestaram o interesse de se instalar em Londrina. Os representantes delas já estiveram na cidade e gostaram da nossa estrutura, estamos trabalhando para trazê-las para cá, mas ainda é muito cedo para adiantar os resultados", comentou. Mas o presidente da Codel afirmou que, além de trazer empresas para a cidade, a companhia está trabalhando
na melhoria da infraestrutura para receber indústrias principalmente no setor da tecnologia. "Na parte da ciência e tecnologia, daremos continuidade à construção do Parque Tecnológico. Entramos com pedido de recursos junto ao Finep, para a conclusão das obras do Tecnocentro. Se for liberado, conseguiremos terminar totalmente o local. Já temos verba para a conclusão do laboratório do Parque Tecnológico e temos uma emenda de R$ 1 milhão para conseguirmos concluir mais uma parte da obra. O Tecnocentro será muito importante para a cidade", revelou Veronesi, afirmando que três empresas já atuam no local. Quanto aos demais projetos de planejamento, a Codel também tem em vista a instalação de dois novos parques industriais na cidade. "Vamos dar continuidade ao Parque Industrial da Zona Norte, que ficará em uma área de 1,5 mi/m2 próximo à avenida Saul Elkind. Estamos
negociando com a Cohab, para que possamos criar o espaço e ofertar para todas as empresas que estão aguardando uma instrução normativa do município", disse Veronesi. Ele afirmou haver hoje 73 empresas à espera dessa instrução para se instalarem na cidade. "Outra exigência do prefeito é focar também na criação de outro Parque Industrial na Zona Sul da cidade, na saída para Curitiba. Nesta área temos três terrenos que estamos negociando, mas ainda não temos nada concreto", completou. Outro ponto lembrado por Veronesi foi o fortalecimento do setor turístico da cidade, principalmente no turismo de evento. "Vamos dar continuidade ao projeto do Centro de Convenções de Londrina, que hoje é uma reivindicação do setor, que conta com um dos melhores parques hoteleiros do Brasil. Por isso temos que estimular a vinda de eventos para Londrina, já temos um local, mas não atende, por exemplo, congressos com 2 mil, 3 mil pessoas, por isso deixamos de alimentar a economia com a atração deste público", frisou o presidente da companhia que disse já haver um processo em tramitação de uma empresa destinada a doar uma área para o município para a construção do Centro de Convenções. Ainda falando de eventos, outra atividade que irá atrair um público bastante volumoso, é o esporte. Recentemente o município retomou os contatos com o Comitê Olímpico Brasileiro e Londrina já conseguiu firmar o acordo para sediar em 2014, os Jogos Escolares do Brasil. "É um evento muito importante e estamos pleiteando também
os jogos de 2015. Mas o mais importante é que Londrina reconstruiu o diálogo com o COB", comentou. Outro desenvolvimento estrutural é a instalação do ILS - Instrument Landing System, no aeroporto Governador José Richa. "Vamos dar sequência à desapropriação da área ao entorno do aeroporto para a instalação do ILS. Mas o mais urgente deste caso específico é conseguir a liberação para que a Infraero construa o muro perimetral do aeroporto, com isso será possível a permissão de decolagens de voos sem teto requerido, isso trará solução para 50% dos problemas de voos de aeronaves existentes hoje em Londrina", sustenta Veronesi. A valorização das micro e pequenas empresas também está na pauta de desenvolvimento da Codel. Veronesi diz que a Sala do Empreendedor, que funciona no prédio da prefeitura, tem apresentado um excelente trabalho com o segmento. "Vamos tentar desenvolver ao máximo a Sala do Empreendedor que é uma parceria do município junto
do Sebrae e Sescap. Muitas pessoas que hoje estão na informalidade, procuram a sala para se formalizar, com isso fizemos um acordo com a Caixa Econômica Federal que oferece uma opção de microcrédito para as micro e pequenas empresas com uma taxa de juros subsidiada. Ou seja, a pessoa chega na prefeitura um trabalhador informal, é atendido e já sai de lá com um CNPJ. Já na formalidade com sua empresa regulamentada, passa no guichê ao lado da CEF. que disponibiliza uma verba para ele investir na empresa com juros e condições favoráveis e que somente neste ano já foram disponibilizados R$ 570 mil". A ideia para o próximo ano é expandir a sala para outras regiões e Londrina e dar mais acesso ao microempresário londrinense. Veronesi afirma que, assim que alguns passos destes projetos forem concluídos, o município terá condições para trabalhar sua imagem junto ao empresariado e atrair novos empreendimentos para a cidade. "Somente
neste ano 25 empresas já passaram pela comissão de acompanhamento e planejamento industrial para doação de área. Estas empresas, por falta de alternativas, estavam saindo de Londrina e indo para outras cidades e, com nossa interferência, conseguimos mantê-las aqui. Isso foi uma ação emergencial no sentido de atender aquelas empresas que estavam aguardando uma solução por parte da prefeitura e que estavam arriscando sair da cidade. Após isso vamos trabalhar para consolidar a imagem de Londrina para outras empresas", comentou. Entre os contatos já realizados com empresas que planejam se instalar na cidade, destaque para as de tecnologia da informação, farmacêutica, mecânica. "Essas são grandes empresas que demonstraram interesse em se instalar, por isso estamos em negociação. Passada essa fase de negociação, iremos partir para uma nova fase proativa, ou seja, começar a ir a feiras e encontros para promover a cidade de Londrina", finaliza Veronesi.
de ria lho o Me cess are Pro Softw o do sileir Bra
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>> Federação
Novo presidente da Fenacon participa de evento em Londrina
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evento “Simples Nacional – vantagens tributárias – tratamento diferenciado (como pagar menos impostos)”, ocorrido no dia 25 de outubro, no auditório da Pontifícia Universidade Católica de Londrina e promovido pelo Sescap de Londrina, contou com a participação de Mário Eumir Berti, diretor financeiro do Instituto Fenacon e diretor adjunto de políticas estratégicas da entidade. Com a presença de muitos profissionais contabilistas, auditores do município e de estudantes universitários do segmento, Berti trouxe aos participantes uma explanação a respeito da atuação da Fenacon e frisou o respeito que a entidade conquistou nos meios social e político. “Hoje temos voz, temos cadeiras em órgãos federais e estaduais para discutir e opinar sobre assuntos que interferem na economia e nas empresas que representamos. Por exemplo: em um projeto de lei que diga respeito à carga tributária, somos ouvidos antecipadamente para opinar. Obviamente que nem sempre conseguimos fazer com que nossa vontade seja colocada em linhas reais,
mas pelo menos somos ouvidos. Então o que a gente pretende com isso? Evitar que depois tenhamos que engolir algumas coisas que não são viáveis e felizmente essa porta hoje está aberta”, explica. A palestra do representante da Fenacon abordou também as metas que a instituição tem, como por exemplo, a desburocratização e a redução da carga tributária. “Mais fortemente na questão das micro e pequenas empresas no que diz respeito a vários fatores que hoje entendemos estar defasados. Um exemplo
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é a inclusão de mais empresas no Simples Nacional, enfim, uma série de situações da micro e pequena empresa”, reforça o palestrante. Berti foi recentemente eleito presidente da Fenacon na eleição que aconteceu no dia 21 de novembro, em Brasília, e que contou com a participação dos presidentes dos 37 sindicatos que integram a instituição. O novo presidente disse que pretende dar continuidade aos projetos de fortalecimento dos sindicatos e político da Fenacon. “O maior foco da
Fenacon é a sua atuação política, isso é, ela não visa atender o empresário diretamente, quem faz isso são os sindicatos, a Fenacon tem a missão de fortalecer os sindicatos filiados para que ela também fique forte. A ideia é fortalecer os sindicatos nas suas bases, fazer esse trabalho político muito forte e talvez até passar por uma reestruturação interna administrativa que a gente entende que seja necessário”, finalizou o presidente eleito, que assume o cargo no dia 1º de janeiro.
Mário Berti assumiu a presidênia da Fenacon
>> PEC das Domésticas
Nova lei ainda não foi regulamentada e provoca dúvidas Lei está nas comissões da Câmara Federal para análise e receber emendas. Enquanto isso mercado tenta se adaptar ao novo sistema
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eis meses depois da aprovação da PEC das Domésticas, e que deve entrar em vigor em janeiro de 2014, ainda há muita desinformação sobre o assunto. A lei não é autorregulamentável e muito do que foi dito até agora pode mudar na Câmara dos Deputados onde o tema está sendo discutido. Segundo o advogado Caio Di Biasi, assessor jurídico do Sescap, os trabalhadores domésticos passaram a ter vários direitos que antes não tinham, como o FGTS, 13° salário, horas extras, jornada de trabalho de 44 horas e férias. “Ainda faltam ser regulamentados vários dos novos direitos. Enquanto isso não acontece, deve sim haver muitas discussões sobre o assunto. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
das Domésticas, foi um avanço muito grande e há muito era esperada por esses profissionais. Acredito que haverá uma maior profissionalização destes trabalhadores. A lei trará também mais segurança para estes profissionais e também para os patrões”, disse Caio Di Biasi. A lei também já está provocando um novo comportamento entre patrões e empregados em relação à empregabilidade. Pessoas que, antes, optavam em deixar os filhos com empregadas, agora colocaram as crianças em horário integral nas escolas. Patroas que tinham mensalistas preferiram contratar diaristas. E domésticas que se viram sem o emprego migraram para outro setor, como serviços de limpeza em empresas. Pesquisa do IBGE mostra o
reflexo da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) no mercado de trabalhador doméstico. Na comparação entre os meses de setembro de 2012 e deste ano, o número de domésticas caiu 10,6% em seis regiões metropolitanas do país: Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio, São Paulo e Porto Alegre. Em números absolutos, o setor teve queda de 52 mil vagas apenas em setembro deste ano. Isso aconteceu apesar de o salário ter subido abaixo da inflação. Enquanto a inflação acumulada em 12 meses é de 5,86%, segundo o IPCA, o rendimento médio do trabalhador doméstico apresentou aumento de 5,1%, na comparação anual (passando de R$ 761,52 em setembro de 2012 para R$ 800,50 no mesmo mês de 2013).
E as más notícias para os empregados domésticos não param por aí. “Uma das nossas pesquisas apontou que apesar de 85% dos empregadores concordarem com a PEC, 31% irão demitir os funcionários caso não haja redução dos custos de contratação”, afirmou o presidente da ONG Doméstica Legal, Mário Avelino. Segundo o advogado Caio Di Biasi, é uma fase de adaptação para uma nova realidade. “É preciso que a lei seja regulamentada o quanto antes para que ambas as partes, profissionais e empregadores, conheçam definitivamente as regras. Se isso não ocorrer, poderá haver muitas demandas judiciais para discutir os pontos que ainda não foram regulamentos, o que não é bom para ninguém”, diz o advogado.
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>>Profissionais do Futuro
SESCAP-LDR tenta estreitar relação com universidades
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SESCAP-LDR encomendou no mês de setembro, junto à empresa Chiusoli Pesquisas, um estudo sobre o perfil dos estudantes de Ciências Contábeis nas sete instituições de ensino superior de Londrina e região (FACCAR, INESUL, PUC, UEL, UENP, UNIFIL e UNOPAR). Durante a pesquisa foram entrevistados 1.504 alunos que foram questionados sobre o conhecimento do curso fora da sala de aula. O diretor institucional do SESCAP-LDR, Wilian Aparecido Gimenez, explica que a pesquisa foi encomendada em virtude da dificuldade que as empresas de contabilidade vêm enfrentando para conseguir mão de obra de qualidade, uma vez que existem em nossa região sete instituições que oferecem o curso. “As empresas de contabilidade prestam serviços para várias empresas, então o que nós empresários contábeis precisamos? De mão de obra! Mas sentimos uma dificuldade muito grande de consegui-la, assim como ocorre com outras atividades profissionais. Então, além da dificuldade normal do mercado, nós sentimos falta dos alunos das universidades para preencher essas vagas”, explica. A partir do levantamento desta demanda, o SESCAPLDR deu início a um trabalho com os coordenadores dos
cursos de Ciências Contábeis das entidades de ensino superior da região. “Fizemos reuniões para mostrar aos coordenadores que o estágio coordenado nas empresas de serviços contábeis para o aluno será muito importante para o desenvolvimento e qualificação profissional. Em função disso elaboramos essa pesquisa para tentar tirar dos alunos o que eles sabiam ou o que eles conheciam das empresas de contabilidade ou do SESCAP-LDR, ou seja, do meio contábil fora o banco acadêmico”, explica Gimenez. Com a participação de toda a diretoria do SESCAP-LDR, os diretores foram às salas de aula explicar aos acadêmicos o objetivo da pesquisa, o que criou uma brecha para que os mesmos pudessem apresentar aos alunos tanto o SESCAP-LDR quanto um pouco das atividades das empresas contábeis. A tabulação dos dados desta pesquisa foi concluída e apresentada ao SESCAP-LDR no mês de dezembro. Segundo o professor Dr. Cláudio Luiz Chiusoli, a maioria dos alunos tem confiança de que a contabilidade é uma profissão segura a se investir. “A maioria dos alunos optou pelo curso de contábeis como primeira opção ao prestar o vestibular, o que revela ser um curso do momento, que oferece uma condição de trabalho para o futuro. Isso reforça que é uma
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Reunião da diretoria do Sescap com os coordenadores dos cursos
área promissora”, comenta. Outro dado que chamou a atenção do pesquisador foi que 7 em cada 10 estudantes dizem que não mudariam de área no futuro. Entretanto, a proporção de alunos que cursam Ciências Contábeis, mas não trabalham em áreas ligadas à Contabilidade é muito grande, desta forma explicase o resultado da pesquisa que apontou que a maioria dos alunos não conhece a rotina de uma empresa de contabilidade ou de um departamento contábil de uma empresa. Apesar destes números, 70% das empresas de contabilidade de Londrina, ouvidas em outra pesquisa paralela, dizem ter em seus quadros estagiários destas entidades.
“Ao cruzarmos estes dados, vimos que as áreas de maior carência das empresas contábeis é o Departamento Contábil. Já o interesse dos alunos é o Departamento Pessoal com 72%”, revela Chiusoli. De posse dessa pesquisa, o SESCAP-LDR irá elaborar uma estratégia para que haja um maior aproveitamento dos alunos dos cursos de Ciências Contábeis nas empresas de contabilidade. “Agora que temos estes dados, podemos traçar linhas de atuação voltadas ao público acadêmico, aproximando o SESCAP-LDR das Instituições de Ensino Superior de Ciência Contábeis, para que o alunos compreendam melhor as oportunidades que a profissão nos dá”, finaliza Gimenez.
>>Fisco
Palestra sobre o PAF-ECF reúne alunos e empresários no anfiteatro da Unifil
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ma palestra com o tema: “Nova exigência fiscal do Estado do Paraná” reuniu no dia 10 de outubro, no anfiteatro do Instituto Filadélfia, mais de 250 alunos dos cursos de Ciências Contábeis, da Computação e Sistemas de Informação, bem como contadores e profissionais de empresas de softwares, interessados nas novas exigências que a Receita Estadual passará a cobrar a partir do primeiro dia do próximo ano, no que diz respeito ao Programa de Aplicativo Fiscal para Emissão de Cupom Fiscal ou PAF-ECF. O evento organizado pela Unifil em parceria com o Sescap de Londrina e com a própria Receita Estadual, trouxe o corpo de técnicos da universidade que apresentou os resultados de um trabalho que culminou no credenciamento, em tempo recorde, da entidade junto ao Conselho Nacional de Política Fazendária – Confaz. Este trabalho, coordenado pelo professor Sandro Teixeira Pinto, fez com que a Unifil se credenciasse ao restrito grupo de entidades em nível nacional, aptas a conceder a homologação do PAF-ECF. Além da parte técnica, proposta pelo encontro, os auditores fiscais da RE, Eglius Alexandre Colognesi, Rosangela Maria Augusta de Souza Licks e Valdecir Martins de Souza, abordaram a questão
da responsabilidade de problemas fiscais que poderá ser atribuída ao fabricante/ importador, à credenciada, ao interventor e ao fornecedor. Segundo o que determina o Art. 54 da Lei 11.580/96 e subitem 12.3.1 da NPF (Norma de Procedimento Fiscal) 064/2012, a penalização se aplica a todos que de qualquer forma concorram para a prática da infração ou dela se beneficiem. Os auditores também explicaram que com a adesão do estado do Paraná, somente Mato Grosso não aderiu ao Convênio. Segundo os auditores, apesar de a legislação existir desde 2008, ela foi implementada em 2012 no estado do Paraná e ficou estabelecido o dia 31 de dezembro próximo como prazo final da regularização dos usuários ao sistema que
interage com o ECF. “Para o empresário a operacionalidade não muda nada, se ele estava trabalhando com um sistema autorizado pela RE para emissão do modelo 33 e o seu fornecedor do software já fez a alteração do cadastro do sistema para o PAF-ECF, o contribuinte não precisa se preocupar, pois automaticamente seu cadastro será corrigido como usuário”, comenta de Sá. O vice-presidente do Sescap de Londrina, Jaime Junior Silva Cardozo, falou logo em seguida e agradeceu a Unifil pela iniciativa do encontro, uma vez que o empresariado é o maior interessado nessa questão. “Isso é interessante porque quando acontece algum problema que envolva a parte fiscal, eles acabam caindo justamente nas empresas
de contabilidade, onde o cliente liga questionando: – Por que aconteceu isso? Por que fui notificado? Por isso, é muito importante uma iniciativa como esta da Unifil em divulgar e esclarecer um assunto como este para os empresários, e mostrar que esta responsabilidade cabe a eles”, comentou. Se a partir do dia 1 de janeiro de 2014 o empresário for pego pela RE, utilizando sistema que não seja o PAF-ECF, será autuado com penalizações rígidas expressas descritas na lei 11.580/96. O empresário também receberá multa de 24 UPF/PR por utilizar sistema não autorizado e mais 20 UPF/ PR pelo período que omitir ou prestar informações incorretas ao sistema magnético. A UPF/ PR em 2013 foi fixada em R$ 71,72.
Centenas de pessoas participaram da palestra
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>>Gestão Municipal
Prefeito de Londrina diz que as contas começam a ficar equilibradas
Alexandre Kireeff: aperto financeiro para reduzir o déficit
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ondrina está passando por uma mudança importante. 2013 foi o primeiro ano de mandato do empresário Alexandre Lopes Kireeff à frente da prefeitura de Londrina. É a primeira vez que ele exerce um cargo público. Eleito em 2012 para assumir uma cadeira que foi ocupada por quatro mandatários em quatro anos, ele pegou a prefeitura com uma projeção de déficit de R$ 70 milhões para o ano,
além da descrença política da população. É o primeiro prefeito empresário desde Wilson Rodrigues Moreira – que comandou Londrina de 1983/1988. Terminando os primeiros 12 meses de trabalho ele faz um balanço da administração. Diz que o ano foi positivo e que a cidade está voltando a entrar no eixo. Abaixo a entrevista concedida por Kireeff à revista do Sescap.
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Sescap – O que avançou e o que não avançou neste ano de administração? Alexandre Kireeff – O objetivo inicial era enfrentar as emergências e elas foram enfrentadas no início do governo. Tínhamos uma previsão de déficit de R$ 70 milhões até o fim do ano. Precisávamos reequilibrar as contas públicas. Colocamos em funcionamento o Plano de Eficiência Administrativa. Foram determinados os cortes de 30% nas despesas das secretarias e 80% nas horas extras. Além disso passamos a cobrar melhor os impostos. Isto gerou uma economia que possibilitou chegarmos ao fim do ano com as contas mais equilibradas. Sescap – Como estava o Caixa do Governo? Kireeff – Pegamos o caixa com R$ 32 milhões, mas é importante dizer que R$ 10 milhões estavam reservados para precátorios, R$ 14 milhões para contas a pagar, e tínhamos uma folha de pagamento de R$ 30 milhões. Tínhamos apenas R$ 8 milhões para enfrentar uma folha de 30 milhões. Com o agravante de que ainda não tinha sido licitada a empresa para fazer a emissão do IPTU que é a principal receita no início do ano. Ao final do primeiro quadrimestre a previsão de déficit havia decrescido para R$ 22 milhões, no final do segundo, decrescido para R$ 1,250 milhão.
Sescap – Vai ser uma política de governo não ter o Profis? Kireeff – No ano passado foi necessário fazer um Profis para pagar o salário de dezembro e o 13°, e isso foi possivel por causa de uma grande empresa – Unopar – que fez uma importante quitação. Este ano não faremos o Profis pra valorizar os bons pagadores, será uma politica de governo. E conseguimos pagar o 13°, então conseguimos grandes avanços no equilíbrio das contas públicas. Sescap – Londrina sofre com a arrecadação que é bem abaixo de cidades do mesmo porte, como Joinville e Ribeirão Preto. Como mudar isso? Kireeff – Pra se ter uma ideia a totalidade da arrecadação de Joinville chega a R$ 2.600,00 reais por habitante/ano. Londrina está trabalhando em torno de R$ 2 mil. Uberlândia R$ 2.400, Curitiba R$ 3 mil. É uma meta a alcançar no modelo de Joinville que não é baseado no IPTU, mas sim na atividade industrial e comercial. Sescap – Como atrair empresas para melhorar a arrecadação? Kireeff – Temos diversas universidades que fornecem mão de obra qualificada; um custo competitivo; temos infraestrutura de comunicação muito eficiente, acima da média e, paulatinamente, as empresas vinculadas ao setor de Tecnologia da Informação estão se aproximando de Londrina. Já temos aí a Atos instalada, com 600 empregos,
com caminho para dois mil empregos; temos a X5 que tem parceria com a Intel, vinculada à TI, uma outra com possibilidade de vir pra cá com 2 mil empregos. Por outro lado, empresas de tecnologia vinculadas à saúde também estão sendo procuradas e vindo para cá, devido a longa história de Londrina na área de saúde – medicina, odontologia etc. – além da propria expansão da atividade industrial regional. Sescap – Que trabalho foi feito para atrair novas empresas? Kireeff – A Codel tem trabalhado, feito prospecções de empresas, temos visitado empresas, multinacionais, no primeiro ano a Codel autorizou doação de terrenos para 25 expansões industriais. Independente disso a cidade recebeu várias outras empresas que se instalaram sem incentivo. Uma delas é a Compagas
que está fornecendo gás pra várias empresas da cidade e da região e, por conta dela, outras estão chegando. Sescap – Que perfil de empresa a prefeitura busca? Kireeff – Empresas com baixo potencial poluente, com alto valor agregado e que absorva os recursos
humanos regionais, e aquela empresa natural de Londrina que estava pensando em ir embora e queremos que ela fique. Hoje somos competitivos. Sescap – Há previsão de instalação de Parques industriais? Kireeff – Temos uma área
na zona norte que será um parque industrial, no plano diretor temos previsão de algumas áreas industriais previamente destinadas – tamanho dos imóveis, nivel de impacto ambiental. Vamos construir parques em várias áreas para distribuir a empregabilidade.
O prefeito Kireeff se diz otimista com 2014
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>> Baile do Balanço
Uma noite inesquecível
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Baile do Balanço mais uma vez foi surpreendente.
Realizado em outubro, o evento reuniu empresários, políticos, autoridades e encerrou o cliclo de palestras: Simples Nacional Vantagens Tributárias, Como Pagar Menos Impostos, apoiado pelo Sescap e realizado na Pontifícia Universidade Católica de Londrina.
O evento trouxe à cidade o novo presidente da Fenacon, Mário Berti e Silas Santiago, do Comitê Gestor do Simples Nacional. E a alegria tomou conta do Baile do Balanço. Os presentes foram surpreendidos com a apresentação de Elvis Presley cover. Um espetáculo que emocinou os amantes do rei do rock. Veja alguns momentos do evento.
Marcelo, Terezinha- Orlando Chiqueto e Silvana
Dorival Silvestre (Ministério do Trabalho) e Marcelo Esquiante)
Samir Maulf e Magda Ibrahim
Euclides Correia, Nivaldo Lopes, Marcelo Esquiante, Jaime Cardozo e Marcos Ferreira
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Marcelo e Terezinha Esquiante com Jaime e Luciana Cardozo
Euclides e Simone Correia com Marisa Ribeiro e Furlan
Altair Dutr(Exactus) e Marcelo
Nivaldo, Isabela e Adriane Lopes
Carina Andrade (DomĂnio Sistemas) e Marcelo Esquiante
Wilian e Luiza Gimenez
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Mudanças Legislativas e aviltamento de honorários: questões da contabilidade ^ contemporanea Jaime Cardozo
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contabilidade é uma ciência que se tornou, ao longo do tempo, um grande elo entre as empresas, que são efetivos contribuintes e mantenedores do sistema tributário, e o Governo em suas esferas, um verdadeiro leão faminto por arrecadar cada vez mais e mais a qualquer custo. Nesta seara, as administrações públicas criam, a todo instante, linhas de fiscalizações eletrônicas que, juntas às já existentes, compõem uma verdadeira malha fiscal, visando dificultar gradativamente a possibilidade de sonegação. É comum e necessário que nós, os empresários contábeis, implantemos rotinas em nossas empresas a fim de impedir
qualquer possibilidade de erro, seja no cálculo de tributos ou nas informações geradas nas diversas obrigações acessórias. Mas, ao pensar que estamos inteiramente atualizados ao estabelecer essas rotinas, uma nova Instrução Normativa é publicada e essa mudança repentina no modus operandis da Receita Federal do Brasil (RFB), dos estados e das prefeituras, coloca abaixo tudo o que foi preparado, incluindo todo o treinamento das equipes, o tempo disponibilizado para cursos de atualizações, entre outros custos, como no caso da tecnologia antes utilizada. Neste contexto emergem as empresas de contabilidade, constituídas por operadores da ciência contábil que labutam diariamente em prol de uma
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prestação de serviços de forma célere e eficaz. Exercem também uma plena função social na constante busca em garantir a seus clientes fruição total de seus direitos como contribuintes, sem colocálos em dificuldades com os Governos federal, estadual e municipal. É evidente que os governos necessitam atualizar as legislações tributárias e normas instrutivas, desde que isto seja feito com prazo suficiente para que os empresários da contabilidade possam se adequar a tempo, pois a realização de um planejamento de trabalho pode minimizar prejuízos que aconteçam em decorrência de qualquer mudança. Portanto, é preciso estar atento ao que se é noticiado e participar
efetivamente nas discussões sobre os temas de interesse de nossa área. Aviltamento Não bastasse a situação exposta acima, ainda nos sujeitamos a encarar e enfrentar, diariamente, nossos companheiros de profissão, que se sujeitam a aviltar os honorários contábeis, sem ao menos avaliar os custos e os riscos efetivos consequentes da prestação dos serviços contábeis. Isso acontece, principalmente, sem mesmo dialogar com o contabilista que outrora prestava serviços àquela empresa. De acordo com o Dicionário Aurélio, entre vários sinônimos, aviltar significa o ato de degradar, baixar ou simplesmente desvalorizar. Sobre o tema, o art. 8º do Código de Ética do
CFC veda aos profissionais da contabilidade a disputa de serviços mediante aviltamento de honorários ou em concorrência desleal. Pasmem, mas como seria possível cotar honorários contábeis sem ao menos uma visita técnica à empresa? Como fornecer um orçamento via telefone, e-mail ou fax, se não conhece a realidade vivida diariamente por aquela entidade? São várias questões a serem pensadas, como se os impostos estão em dia, se os colaboradores têm recebido as remunerações corretamente, se possui alguma demanda judicial, se há necessidade constante de certidões negativas, se há participação em licitações, a forma de tributação da mesma, se paga os honorários contábeis em dia e a frequência que solicita informações e orientações à empresa de contabilidade. Pois é justamente isto que, infelizmente, vem acontecendo com uma frequência que não gostaríamos que acontecesse. Um tremendo desrespeito à empresa que prestava serviços anteriormente, ao setor como um todo e também ao cliente. Este imagina ter feito o grande negócio de sua vida ao economizar míseros reais mensais e não imagina a enrascada que pode estar se metendo e nem que pode transformar a simples economia em enormes prejuízos por meio do despreparo do aviltante – que sequer sabe calcular seus custos, quem dirá então de seu novo cliente. O que as empresas contábeis que se prestam a agir desta forma precisam entender é
que: tudo o que foi narrado no parágrafo anterior se converterá em custo durante a vigência do seu amargurado contrato que acaba de ser fechado. Custo este que provavelmente se reverterá em prejuízo e, cá entre nós, todos trabalhamos na busca
de lucros e não prejuízos. Pois como disse outrora um sábio ministro da Fazenda do Brasil, “as receitas são uma incógnita, no entanto as despesas são certas”. Pensando nesta questão, o Sescap-Ldr deve promover cursos sobre formação de
custos e precificação de honorários contábeis para que os empresários do setor possam ser atualizados e treinados, possuindo assim as informações relevantes que poderão ajudá-lo a propor valores justos para a prestação de seus serviços.
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>> Ingressando no Simples
Projetos de Lei podem trazer avanços ao Simples Nacional
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partir deste ano, profissionais da área médica, esportiva, jurídica, construção civil, representação comercial, comunicação e administração, no total de 16 profissões, poderão fazer parte do seleto grupo de empresas do Simples Nacional. Dois Projetos de Lei que solicitam alterações no Estatuto da Micro e Pequena Empresa foram aprovados pela mesa diretora da Câmara dos Deputados. Os PL’s 221 e 237, ambos de 2012, preveem mudanças na Lei Complementar nº 123, de 2006, como a inclusão de novos segmentos, a alteração da tabela do Simples e a substituição tributária. Para Jaime Júnior Silva Cardozo, presidente do sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e de Serviços Contábeis de Londrina – Sescap, os PL’s trazem modificações importantes e que já vinham sendo aguardadas com
expectativa por vários setores. “Entre as alterações podemos citar a correção da tabela do Simples Nacional e a inclusão de novas atividades no programa, as duas alterações são aguardadas com muita expectativa por diversos micro e pequenos empresários”, comenta. O PL 221 sugere a correção da tabela do Simples Nacional que não sofre alterações desde novembro de 2011. “Podemos dizer que a inflação acumulada neste período ficou acima de 15% e a tabela por não ter sido corrigida, com o aumento inflacionário, aumentou ainda mais a carga tributária que todos sabemos já ser muito elevada”, explica Cardozo. Para entender o que significa essa diferença entre a inflação acumulada no período e a desatualização da tabela do Simples, um levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), divulgado este mês, estima que, em 2013, somente no estado de São
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Paulo, 1,4 mil empresas de pequeno porte superariam o limite do faturamento anual de R$ 3,6 milhões e 20 mil microempresas ultrapassariam o teto de R$ 360 mil por ano, passando a ser uma empresa de pequeno porte. Para as empresas que ultrapassam o teto do Simples Nacional, a estimativa é de que elas cheguem a pagar cerca de 40% a mais de impostos, o que inviabiliza o desenvolvimento para grande parte delas. Já o PL 237 traz outras alterações ao estatuto, como as substituições tributárias para as empresas do Simples. Mas o item mais apreciado pelos empresários é a inclusão de mais 16 ramos de atividades à tabela do Simples. “Este PL se faz necessário, porque hoje existe no país uma grande quantidade de micro e pequenos empresários que estão impossibilitados de aderir ao regime Simples Nacional, simplesmente pelo fato de exercerem atividades
que são impedidas pela Lei Complementar 123/2006, entre elas podemos citar as empresas de representantes comerciais, corretores de imóveis, fisioterapia, marketing e publicidade, entre outros”, explica opresidente do Sescap. Ainda segundo Cardozo, a ampliação do número de atividades dentro do Simples Nacional trará bons reflexos ao consumidor final. “Apesar de alguns dizerem que a empresa é apenas um intermediador dos recolhimentos dos impostos, e quem paga o imposto é o consumidor final, na verdade e na prática não é bem assim, pois existe um regulador de preço final ao consumidor chamado mercado e este mercado não aceita facilmente pagar mais por uma mercadoria, bem ou serviço”, finaliza. Ambos os projetos receberam parecer favorável da mesa diretora da Câmara e por se tratar do mesmo assunto, foram apensados e seguem para votação do Plenário, em regime de urgência.
>> Cultura
Teatro do Colégio mãe de deus deve ficar pronto em 2014, mas precisa de ajuda Campanha pela Lei Rouanet movimenta a comunidade para a finalização do Teatro Mãe de Deus. Empresas podem contribuir com destinação de parte do Imposto de Renda
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oucos empresários sabem, mas o imposto de renda devido à Receita Federal e que engorda o cofre do governo, pode ser usado para vários fins culturais, esportivos e até para financiar projetos que atendam crianças, adolescentes e idosos. E a campanha para a construção do Centro Cultural José Kentenich, que engloba o Teatro Mãe de Deus, vem sendo divulgada pela direção do Centro e membros do Comitê de Desenvolvimento do Projeto e pela entidade mantenedora Instituto Social Educativo Novo Signo. O objetivo é terminar o Teatro em setembro de 2014, como “um presente” para Londrina, nos seus 80 anos. Já o Centro Cultural José Kentenich, empreendimento total, tem previsão de término em 2016. O Projeto do Teatro Mãe de Deus é o maior projeto cultural aprovado pelo Ministério da Cultura em Londrina. O Ministério aprovou o projeto no final de
2012, pela Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, autorizando a captação de recursos através do artigo 18 da Lei Rouanet, que permite 100% de abatimento do valor investido, no imposto devido, tanto para pessoas físicas como para jurídicas. Utilizando a Lei Rouanet ou também através de contribuição direta, a comunidade pode participar da construção do Teatro Mãe de Deus. A Lei Rouanet permite que a pessoa jurídica destine até 4% do lucro real do imposto de renda da empresa, com 100% de abatimento (da doação) no imposto de renda do ano em exercício. E que a pessoa física destine até 6% do seu imposto de renda, com 100% de abatimento no imposto do ano em exercício. Dessa maneira, o dinheiro dos impostos pagos em Londrina fica em Londrina. “Necessitamos da parceria de outras empresas e de mais pessoas físicas. O apoio da comunidade para a conclusão desta obra filantrópica é
muito importante para o movimento cultural de Londrina”, diz a Irmã. O valor total do Teatro é de seis milhões (já com o aditivo da Lei). Já foram captados um milhão e 200 mil reais. Faltam 4 milhões e 800 mil reais. O Teatro Mãe de Deus Localizado na esquina da Avenida Rio de Janeiro com a Rua Pará, o Teatro Mãe de Deus terá um moderno sistema cênico, projeção, sonorização, ar, sala de tradução, camarins, sala de imprensa, acessibilidade, entre outros, e disponibilidade para 535 assentos.
Como contribuir Interessados em contribuir através da Lei Rouanet, como pessoa física ou jurídica, devem entrar em contato com o departamento de marketing do Colégio Mãe de Deus pelo telefone (43) 3031-6814. Doações através de cotas, independente da Lei também fazem parte da captação de recursos para os dois empreendimentos. A conta aberta para o Projeto do teatro, através da Lei Rouanet é: Banco do Brasil, Agência: 32873-1, Conta Corrente: 2755-3. https:// centroculturaljosekentenich. wordpress.com/
Teatro será um dos mais modernos do Paraná
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>> Saúde
Vida corrida não é desculpa para se descuidar da alimentação
O
sedentarismo é um mau hábito presente na vida de muitos profissionais que trabalham “confinados” em escritórios e têm rotinas estressantes, como é o caso dos profissionais da contabilidade. Além da desculpa de não encontrar tempo para praticar exercícios, os sedentários de plantão também costumam ter uma alimentação totalmente desregulada. Segundo a nutricionista do Sescap, Ana Cláudia Carlotto Curti, nestes casos em que a pessoa não segue uma rotina alimentar, os maiores erros são descontar a fome em uma refeição. “O correto é dividir a alimentação em vários momentos ao longo do dia, pois quando você centraliza suas refeições come-se em dobro”, comenta. Os resultados desta alimentação não controlada são: o ganho de peso, aumento do colesterol ruim e uma série de outros males que podem vir a se tornar doenças que associadas ao sedentarismo levam à obesidade. A nutricionista do Sescap montou um pequeno quadro de orientações para que o leitor se alimente com mais qualidade ao longo do dia, bem como um pequeno cardápio que os profissionais poderão adotar em sua rotina.
ORIENTAÇÕES GERAIS • Realize de 5 a 6 refeições ao dia (café da manhã, Lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia – com intervalos de 3/3 horas). • Mastigue lentamente os alimentos. • Realize as refeições em ambiente tranquilo (a hora da refeição deve ser prazerosa). • Evite o consumo de alimentos gordurosos, frituras e preparações concentradas de açúcar simples (doces em geral, balas, chocolates, refrigerantes, pastelarias). • Prefira alimentos em preparações simples, assados, cozidos, ensopados, grelhados. • Evite carnes gordas, retirando sempre a gordura das carnes antes do preparo. • Aumente a ingestão de vegetais e frutas, de preferência crus e como entrada. • Restrinja o uso de óleo e azeite em saladas. Prefira o uso de vinagre, limão, mínimo de sal, cheiro verde, salsa, ervas. • O uso de açúcar deve ser restrito para adoçar líquidos. • No grupo dos cereais, dê preferência aos integrais. • Beba no mínimo 2 litros de água (8 copos) ao dia. • Evite alimentos que contenham muito sal ou açúcar. • Evite alimentos com alta concentração de sal: bacon, gordura animal, margarina com sal, embutidos (presunto, mortadela, salsicha, salame...), chá mate, café, temperos prontos (sazon, ajinomoto, caldo de carne...), molho de soja (shoyo), refrigerante à base de cola, enlatados (milho, ervilha, azeitonas...), biscoito água e sal, conservas, molhos prontos. • No domingo você pode comer o que quiser e gostar! Só não exagere! Portanto, procure manter a dieta rigorosamente nos demais dias!!! PLANO ALIMENTAR Refeição 1 – Café da manhã (7:00) 2 fatias de pão integral com requeijão 1 xícara de leite desnatado com 1 colher de chá de achocolatado (ou café) 1 fatia de mamão Refeição 2 – Lanche da manhã (9:30) Opção1: Biscoito simples integral Opção 2: 1 fruta Opção 3: 1 barra de cereal Refeição 3 – Almoço (12:30) Arroz branco Feijão Filé de frango ou carne magra grelhada ou peixe assado Salada (à vontade) temperada com limão, 1 colher de sobremesa de azeite de oliva e o mínimo de sal Legume refogado (varie nas cores dos vegetais, pois cada coloração possui vitaminas e sais minerais diferentes). Os vegetais ajudam a saciar a fome. Sirva-se à vontade, dê preferência para começar seu almoço pela salada, assim sua saciedade já estará diminuída quando for se servir dos outros pratos. Refeição 4 – Lanche da tarde (16:30) Opção1: Frutas secas (ameixa, damasco, uva passas, castanha-do-pará) Opção 2: 1 fruta Opção 3: 1 barra de cereal Refeição 5 – Jantar (19:30) (Opção 1) Arroz branco 1 filé médio de frango grelhado ou peixe ou carne vermelha magra Salada de folhas verdes à vontade (temperar a salada com pouco óleo, limão ou vinagre e o mínimo de sal possível) Refeição 6 – Ceia (23:00) 1 pote de iogurte
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>> Esporte
Gosto pelo esporte faz contadora se dividir entre a profissão e a areia
D
esde muito jovem a contadora Terezinha Esquiante sempre gostou de praticar esportes. Principalmente o vôlei, que ainda hoje é uma das principais modalidades esportivas disseminadas nas aulas de educação física nas escolas de todo o país. Mas muito tempo se passou e o esporte acabou se tornando um hobby na vida desta contadora. Praticado de vez em quando como uma forma de brincadeira,
Terezinha despertou o interesse de algumas pessoas adeptas de uma modalidade um pouco diferente do que ela estava acostumada, o vôlei de areia. “Sempre gostei do vôlei de quadra e sempre praticava como forma de diversão. Um dia o pessoal do Sincolon me procurou e perguntou se eu não gostaria de praticar vôlei de areia, pois eles estavam procurando pessoas para compor equipes e então aceitei”, comenta a jogadora. Há dois anos praticando esta
modalidade ela ainda se diz amadora por não se dedicar exclusivamente ao jogo. “Encaro o jogo como uma forma de relaxar, eliminar o stress da semana. É uma atividade muito intensa que eu gosto muito, mas o que mais pesa é a falta de tempo e as demais atividades não me deixam treinar melhor”, reforça. Neste ano a contadora fez parte da equipe que disputou os Jogos dos Contabilistas do Paraná – JocoPar, que foi realizado no
mês de outubro no litoral paranaense e, em meio a sete equipes, conquistou o 2° lugar na modalidade trio. Para mostrar que tem o esporte correndo em suas veias, Terezinha há pouco mais de cinco meses arrumou um espaço na sua agenda para se tornar aspirante de maratonista. “Comecei a participar de uma equipe de corridas e já participei de uma prova onde fiz seis quilômetros em 40 minutos. Parece pouco, mas para mim foi uma vitória”, completou.
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