Revista Sindimetal 34

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RE VISTA SINDIMETAL • Novembro / D ezembro 2013

Editorial

participando da vida das empresas

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m sindicato empresarial não deve ser apenas uma entidade para sentar na mesa com o Sindicato dos Trabalhadores, negociar e assinar as convenções coletivas de trabalho. É lógico que é uma ação importante, mas não é só esta a sua função. Um sindicato empresarial deve participar da vida das empresas que representa e trabalhar para que elas fiquem cada vez mais fortes e competitivas. E para que isto ocorra é preciso estar sempre com um olhar crítico voltado para as necessidades do segmento. Este ano antecipamos as negociações da Convenção Coletiva de Trabalho para que possamos chegar ao fim do ano com tudo resolvido e as empresas possam se programar melhor para 2014. Mas, além disso, ingressamos com duas ações na Justiça. Uma delas refere-se à lei que instituiu o feriado do Dia da Consciência Negra em 20 de novembro, em que argumentamos a inconstitucionalidade da lei. É importante que fique claro que não somos contra a comemoração e o resgate da nossa história, mas sim a imposição do feriado. A indústria sofre com a concorrência de países que dão uma série de benefícios para suas empresas. Um dia a menos de trabalho, como é o que impunha o feriado, é um dia a menos de produção, situação que gera custos para a indústria, reduzindo sua competitividade. A outra ação pede que seja extinta a cobrança da multa de 10% sobre os depósitos do FGTS em demissões por justa causa. O motivo é óbvio, já que os valores pagos até hoje já cobriram com sobra o rombo causado pelos planos econômicos Sarney e Collor, objeto inicial da cobrança. Voltando ao início deste editorial, é para isto que lutamos, para nos tornar fortes e perenes. Comemoramos 28 anos de Sindimetal, com a satisfação de que somos um sindicato atuante e que luta pela competitividade da sua categoria. Esta é a função de um sindicato empresarial como o nosso.

Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecãnicas e de Material Elétrico de Londrina

Rua Santa Catarina, 50 | 25º andar Fone/Fax (43) 3337.6565 www.sindimetallondrina.com.br www.facebook.com/sindimetal.londrina

E XPE D I ENT E Diretoria / Efetivos Valter Luiz Orsi Ary Sudan André Bearzi Edson de Angeli Rogério Cruz Moreira Marco Antônio Bomtempo Alberto Rapcham Diretoria / Suplente Marcus Vinicius Gimenes Conselho Fiscal Efetivos Luiz Moacyr Spagnuolo Carmine D’Olivo Junior Hamilton Iranaga Conselho Fiscal / Suplentes Stephan Gardemann Natalino Camillo da Silva

Criação e Edição

Edição Cláudio Osti - MTB 2217 Textos Cláudio Osti e Marcos Sanches Alves Diagramação Fábio Osti Impressão Idealiza

Valter Orsi Presidente SINDIMETAL Londrina

Tiragem 2.000 unidades Fechamento da Edição 11/12/2013


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Convenção Coletiva / 2014

Sindimetal apresenta contraproposta aos trabalhadores A

s negociações da Convenção Coletiva de Trabalho 2014 entre o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Londrina (Sindimetal) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Londrina (Stimmmel) estão em andamento.

Empresas precisam participar das assembleias O Sindimetal Londrina solicitou a pauta reivindicatória

ao Stimmmel em agosto de 2013, no intuito de negociar o quanto antes a Convenção Coletiva de Trabalho 2013/2014, pois reconhece que a agilidade na negociação beneficia tanto empresários quanto os seus colaboradores. Segundo o presidente do Sindimetal Londrina, Valter Orsi, é importante que as empresas acompanhem as negociações. “Se sua empresa é associada, participe das assembleias. Caso ainda não seja, peça informação sobre os inúmeros benefícios oferecidos pela entidade e associe-se ao Sindimetal Londrina”, disse Orsi.

Reunidos na sede do Sindimetal, empresários discutem a pauta da Convenção Coletiva de Trabalho


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Aniversário

Sindimetal Londrina faz 28 anos Nestes anos o setor garantiu diversas conquistas, está cada vez mais fortalecido e já se consolida como referência estadual

Presidentes e diretores contribuíram para o desenvolvimento e crescimento do Sindimetal Londrina

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Sindimetal Londrina nasceu em um momento político e econômico muito delicado da história de nosso país: o ano de 1985 – período marcado pelo fim do Regime Militar e início da Democracia Política. Imaginar que em uma época em que o sindicalismo era visto como uma iniciativa de “comunistas”, a formação de um Sindicato Patronal seria melhor aceita, é enganarse. Sociedade e Governo não viram “com bons olhos” o nascimento do Sindimetal Londrina, como não aceitaram de bom grado os tantos outros sindicatos que começavam a se formar em todo o Estado. “Tudo era feito para dificultar, a começar pela burocracia exigida para formar legalmente um Sindicato”, conta José Cesar Batista de Souza, vice-presidente da primeira gestão do Sindimetal Londrina. “O processo era moroso” – diz, contando que primeiro era preciso constituir uma associação. Só depois de seis meses de atuação é que a associação podia se tornar sindicato e mesmo assim só com a anuência da maioria dos associados da base territorial. Foi preciso coragem e também muito trabalho para convencer os empresários da importância de se organizarem em um Sindicato. “Os empresários

da época acreditavam que sindicato era coisa de trabalhador”, relembra José Cesar de Souza. O Golpe Militar no Brasil de 1964 resultou, em parte, da atuação dos movimentos sindicais que, na época, foram acusados de envolvimento com partidos comunistas e de participarem do golpe. Durante a ditadura, ficaram expressamente proibidas as manifestações de protesto de todo o tipo. A repressão obrigou o movimento de trabalhadores a se organizar e fortalecer, mas freou a organização dos empresários e industriais que se acomodaram, o que levou o processo de organização patronal a um período de dormência. A situação só foi regulamentada com a abertura política, mas a mentalidade do empresariado demorou a mudar. “Não havia a cultura da negociação, da ação conjunta, da estratégia. Mudar esta postura talvez tenha sido o maior dos desafios do Sindimetal Londrina”, analisa Souza. No entanto, os desafios não se resumiam a conscientizar a classe e a vencer a burocracia. Criar uma entidade no interior, batia de frente com os interesses do sindicato da capital e o Sindimetal


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Londrina só poderia nascer se ele concordasse em abrir mão da base territorial da nossa região. Cumprindo essas primeiras exigências, foi feita uma solicitação diretamente ao Ministro do Trabalho em Brasília, para a transformação de associação em sindicato. Carmine Aparecido D’Olivo Júnior, presidente na segunda gestão do Sindimetal (de 1989 a 1992), relata que aquele sindicalismo era muito diferente do que se pratica hoje. Na época, o setor metalúrgico tinha um dos sindicatos de trabalhadores mais fortes do país, enquanto que o setor patronal não tinha estrutura. “Nossa tarefa foi justamente trabalhar com o empresariado a ideia de criar e manter uma organização representativa forte. Não fosse isso, seríamos facilmente ‘derrotados’ frente às exigências impraticáveis que eram feitas”, comenta Carmine D’Olivo.

Presidentes atuantes fortaleceram o Sindimetal Só após quase sete anos de trabalho árduo o Sindimetal começou a firmar sua identidade como entidade líder do setor. Em 1992, assumiu a presidência da entidade Ronaldo Piazzalunga, eleito como nome de consenso entre as empresas. “Assumi em uma época que o sindicato estava mais estruturado, já estávamos atuando mais forte nas Convenções Coletivas, trabalho que havia se consolidado na gestão do Carmine. Outros desafios vieram”, afirma. No início da gestão de Piazzalunga, o Sindimetal ainda não dispunha de um caixa para investimentos e ele se empenhou em organizar financeiramente a entidade. “Planejamento, foi isso que fizemos. E disto nasceu um fundo de capital que permitiu à entidade acumular crédito pensando em investimentos futuros”, explica. O empresário ficou na presidência durante 3 mandatos. “Foi até engraçado, pois ao final do meu segundo mandato, tive que sair de viagem e quando retornei fiquei sabendo que já estava escolhido para ser reeleito. Foi uma fase complicada porque estava envolvido com outros projetos, mas o apoio das empresas e associados foi importante para mim e mostrou o reconhecimento pelo meu trabalho”, relata. Ele explica que, naquela época, a estrutura administrativa era muito pequena e, portanto, de baixo

custo. “Contava com a ajuda do Cesar que respondia pela parte administrativa, permitindo que eu pudesse me dedicar aos demais desafios”, diz ressaltando a importância do colega. O grande salto, nas palavras de Piazzalunga, aconteceu quando Valter Orsi assumiu o cargo de presidente do Sindimetal Londrina em 2004. “Após este período de consolidação o Valter assumiu e conseguiu promover um desenvolvimento muito grande não só em termos de estrutura, mas na forma de atuação do sindicato. O sindicato estava pronto para aquela revolução e a gente sabia que o Valter era a pessoa que tinha a capacidade para isso”, frisa. Para Orsi, o sucesso do Sindimetal Londrina só foi possível porque foi construído em cima do trabalho competente de seus antecessores. “Assumi um sindicato que já veio bem construído, tivemos antes de mim três presidentes atuantes, pessoas que se dedicaram muito. Também tive a felicidade de formar uma boa equipe e contar com o apoio de uma boa diretoria que se envolveu no desenvolvimento de diversas ações e trabalhos atendendo às expectativas dos nossos associados”, explica. Atual presidente, Orsi analisa que uma das conquistas mais importantes foi o reconhecimento do setor. “Tenho a felicidade de dizer que o nosso sindicato é muito respeitado no Paraná pela sua atuação. Nossa entidade tem participado em todas as frentes. É um sindicato preocupado em defender as suas empresas em todas as esferas; empenhado em preparar o setor para os desafios do mercado e que, por isso, incentiva os investimentos em tecnologia e capacitação de mão de obra através de ações concretas e de resultado. Podemos afirmar com orgulho que conquistamos a confiança e a credibilidade da indústria, da comunidade e, principalmente, de nossos associados”, comenta Orsi. O futuro do Sindimetal Londrina se projeta para ser brilhante, mas com muitos desafios ainda a serem vencidos. “Precisamos investir cada vez mais em ações para buscar, seja na academia, com nossos mestres e doutores das universidades, uma aproximação com os nossos empresários. Somente através desta parceria e integração será possível criar ferramentas para melhorar a capacitação da mão de obra. E uma mão de obra altamente capacitada é o alicerce que vai garantir o crescimento que buscamos para os próximos 20 anos. Este é apenas um dos desafios que vai ocupar o Sindimetal”, finaliza Orsi.


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História

Galeria homenageia ex-presidentes

Valter Orsi, José Cesar Batista de Souza, e Carmine D’Olivo Júnior

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m outubro o Sindimetal Londrina completou 28 anos de trabalho em prol do desenvolvimento industrial de nossa região. Para marcar esta data, diretores se reuniram na sede do Sindicato para inauguração da galeria dos ex-presidentes, que estiveram à frente do Sindimetal nestes anos. Segundo o presidente do Sindimetal, Valter Orsi, a galeria é uma forma de homenagear estes empresários que de certa forma deixaram suas empresas para trabalhar pelo setor metalmecânico. “É um reconhecimento a essas pessoas que se dedicaram. Afinal, são 28 anos de história e várias pessoas já passaram por aqui. Temos que reconhecer o trabalho destes empresários que se dedicaram, se empenharam

A importância da galeria foi reforçada pelos presentes

e ajudaram a construir o sindicato que somos hoje”, disse Orsi. “Estar à frente de uma entidade é para as pessoas que estão imbuídas com o associativismo e com a dedicação, pois muitas vezes ficam longe de sua empresa, da sua família para trabalhar para o bem coletivo. Por isso que acredito ser necessário esse reconhecimento”, disse o presidente. Na galeria estão as fotos dos ex-presidentes João Luis Batista (1986 - 1989); José Cesar Batista de Souza (Pro-tempore 1987 - 1989); Carmine Aparecido D’Olivo Júnior (1989 - 1992); Ronaldo Piazzalunga (1992 2004); e Valter Orsi (2004 - Gestão Atual).

André Bearzi, Valter Orsi e Ary Sudan


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Diretores e parceiros atentos às homenagens

Jane, Valter e Nayara Orsi

André Bearzi, José Cesar Batista de Souza e João Araújo

Heverson Feliciano, Almir Gaspar Schenfeld, Lucilene Furlan, Valter Orsi e Ary Sudan

Milaine Bearzi, Naiane e Edson de Angeli


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José Cesar Batista de Souza, Valter Orsi e Carmine D’Olivo Júnior

Diretores e parceiros presentes à solenidade

Alberto Rapcham, Luiz Moacyr Spagnuollo e Stephan Gardemann

Jane e Nayara Orsi, Maria Helena Rapcham e Jussara de Miranda D’Olivo

Valter Orsi e parte da equipe do Sindimetal: Juliana Quini, Priscilla Filgueiras, Jéssica Martins e Daiane Torres

José Cesar Batista de Souza, Valter Orsi e Carmine D’Olivo Júnior

Diretores e parceiros do Sindimetal acompanham o descerramento da galeria


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Logística Reversa

Simpósio orienta empresários N

o próximo ano os sindicatos industriais do segmento metalmecânico deverão apresentar à Secretaria do Meio Ambiente do Paraná (Sema) um estudo com sugestões para a implantação da Logística Reversa no Estado. A decisão irá impactar em todas as indústrias e por isso a participação dos empresários nas reuniões e debates sobre o tema tem sido importante para esclarecer dúvidas e apresentar soluções. E foi com este pensamento que o Sindimetal Londrina, em parceria com o G-19 – grupo que integra os 19 sindicatos da indústria metalúrgica e mecânica do Paraná –, organizou o 1º Simpósio de Logística Reversa. O Simpósio foi realizado em Londrina, no dia 31 de outubro. Foram duas palestras. O biólogo Laerty Dudas, Coordenador de Resíduos Sólidos da Sema e Consultor da ONU – Organização das Nações Unidas na área de Resíduos Sólidos, falou sobre a Logística Reversa no Paraná. Já o tema da palestra da Promotora de Justiça, Dra. Solange Vicentin, foi o Descarte de Resíduos Sólidos e a Legislação Municipal. Além de empresários da indústria, participaram do evento presidentes de sindicatos industriais e o secretário do Meio Ambiente

do Paraná, Sr. Luiz Eduardo Cheida. Segundo a lei federal que instituiu a política nacional de resíduos sólidos (12.305, de agosto 2010), depois de não servirem mais ao consumidor, os produtos precisam retornar ao vendedor ou fabricante para reaproveitamento ou destinação correta. E esse é um dever que será compartilhado por todos os envolvidos na cadeia, desde o fabricante até o consumidor, incluindo o serviço público de limpeza.

Resíduos estão se tornando um bom negócio para empresas

“Os resíduos só deixarão de ser problema quando se tornarem mercado. O que é resíduo para um setor, pode ser aproveitado como oportunidade em outro ramo”, disse o biólogo Laerty Dudas. Para ele, cada segmento deve definir responsabilidades e se aliar às prefeituras para buscar como se conectar

Laerty Dudas, durante a palestra: “Oportunidade de negócios para as empresas”


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Toda a atenção para as novas regras para o descarte de resíduos sólidos

com o consumidor: “Se a intenção é voltar tudo para cadeia produtiva com geração de novos negócios, certamente caberá aos consumidores separar resíduos e encaminhar para onde for apontado no plano”, explica. O industrial Carlos Walter Martins, presidente do Sindimetal de Maringá, explica que a responsabilidade do empresário pelo que produz passará a ser muito maior após a implantação da política estadual de logística reversa. “Eu, por exemplo, fabrico bombas hidráulicas e válvulas e vendo para todo o País. Se amanhã ou depois aparece um produto meu em um terreno baldio no Pará, eu serei responsável”, afirma. Carlos Walter acredita que a maioria do que hoje é considerado descartável poderá retornar para a cadeia produtiva. Os ferros-velhos, por exemplo, são interessados diretos nas bombas e válvulas descartadas. “Precisamos definir qual a melhor destinação. É isso que estamos começando a fazer agora”, declara. O presidente do Sindimetal de Londrina, Valter Orsi, explica como poderá ser garantida a responsabilidade compartilhada no setor. “Quem compra o meu produto deverá assinar que é responsável por ele por 8 anos, por exemplo. Na nota fiscal, deve estar escrito que, após esse prazo, a minha indústria passa a ser responsável por recebê-lo de volta”, disse. “Na hora de fabricar, eu vou ter de pensar como e em quanto tempo esse material vai ter de retornar para mim. E também se não é possível utilizar uma matéria-

-prima alternativa que facilite esse processo”, concluiu Valter Orsi. Para o presidente do Sindimetal de Curitiba, Alcino de Andrade Tigrinho,“os produtos químicos usados na indústria na fabricação e nesses processos são a parte mais crítica. Uma empresa que faz pintura em chapas, por exemplo, precisa adotar uma série de procedimentos para que não se torne poluição. Mas para gerar interesse em dar destino a vários resíduos, precisamos gerar negócios com esses materiais”, diz Tigrinho. Para dar agilidade à elaboração do projeto, os sindicatos metalmecânicos que compõem o G19 decidiram contratar os serviços do Senai Paraná para que seja feito um estudo detalhado sobre Logística Reversa.

A promotora, Dra. Solange Vicentin, explica as leis municipais que falam sobre o meio ambiente


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Inovação

Evento propõe parcerias entre empresas e universidades

Ary Sudan, Carlos Walter e José Carlos Bittencourt

tempos: realizar parcerias entre as universidades e o meio empresarial. “Este Centro de Inovação vai ser a ponte entre as indústrias e a universidade. O Centro vai identificar a necessidade da empresa e buscar a solução prática no meio acadêmico. Desta forma estaremos resolvendo o problema da indústria que necessita de novas tecnologias e ampliando a participação das universidades, para que desenvolvam pesquisas com aplicabilidade no mercado. Isto vai fomentar o crescimento da indústria, das universidades e, em consequência, da nossa economia”, disse Orsi.

Sindimetal Londrina está inovando mais uma vez. A partir de 2014 a entidade terá à disposição dos seus associados um centro de desenvolvimento e inovação tecnológica. O anúncio foi feito pelo presidente do Sindimetal, Valter Orsi, durante um debate realizado no dia 3 de dezembro na Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UFTPR) em que participaram presidentes e representantes de entidades empresariais – ACIL, Sinduscon, Fórum Desenvolve, Sebrae, FIEP – e professores e estudantes da Universidade.

O Brasil é responsável por apenas uma em cada mil patentes depositadas no mundo. Apesar de, em 2012, o país ter sido um dos poucos entre os de renda média que registraram elevação no número de depósito de patentes pelo Tratado de Cooperação em Patentes (PCT, na sigla em inglês), ainda há um caminho longo a percorrer. Para se ter uma ideia da distância entre o Brasil e os países desenvolvidos, os que mais registraram patentes foram o Japão e Estados Unidos, que juntos somaram 48,8% dos 194.400 pedidos de patentes no ano passado.

Durante o evento, Valter Orsi explicou que a ideia é colocar em prática o que vem sendo discutido há

E isto ocorre principalmente porque estes países conseguem unir os esforços e uma parceria eficiente

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Rota Estratégica: Empresários e representantes das universidades estudam parcerias para pesquisa.


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entre as universidades e as empresas. O motivo é óbvio: as universidades detêm conhecimento técnico científico, por outro lado as empresas têm a capacidade de implementar novas ideias. As universidades desenvolvem novos processos, produtos e tecnologia e cabe às empresas colocar tudo em prática. Há muitos anos o Sindimetal de Londrina vem defendendo esta mudança de comportamento, mas a realidade é que o Brasil está engatinhando ainda neste caminho. “Nós precisamos avançar e bem rápido. É por isso que há um bom tempo estamos defendendo que sejam intensificadas as parcerias entre as universidades e as empresas. É preciso implementar as parcerias entre o capital intelectual e o capital empreendedor”, diz o presidente do Sindimetal de Londrina, Valter Orsi.

Trabalho em conjunto pode impulsionar desenvolvimento regional

No dia 24 de setembro foi dado mais um passo para buscar esta solução. Foi realizado em Londrina o 1º Encontro da Rota Estratégica do Setor Metalmecânico da região norte do Estado. Participaram cerca de 80 pessoas entre empresários e representantes de várias instituições de ensino superior – Faculdade Pitágoras, Universidade Norte do Paraná, Universidade Estadual de Londrina, Pontifícia Universidade Católica, Universidade Tecnológica Federal do Paraná campus Londrina e Cornélio Procópio. O objetivo principal foi promover a interação entre empresas e instituições. Depois das palestras sobre como funciona a Rota Estratégica do Setor Metalmecânico, os representantes das universidades puderam apresentar suas instituições e falar em quais áreas podem contribuir. Em seguida, empresários e o grupo da academia puderam conversar e trocar informações. Todos ganham com a interação. Para as universidades haverá melhoria do ensino e da pesquisa; trabalhar os desafios trazidos pela Sociedade; influência nas emendas das disciplinas e temas de pesquisa mais adequadas ao mercado, além de novas experiências e motivação para os alunos. Já as empresas também ganham com o acesso à tecnologia de ponta; identificação de talentos promissores que poderão integrar os quadros da indústria; além da ampliação da capacidade de inovação e, consequentemente, mais poder de competição no

mercado. Segundo o professor José Fernando Mangili Jr, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), há uma necessidade de o Norte do Paraná passar a pensar seriamente em desenvolvimento. “Temos mão de obra e temos a academia. Precisamos entender que temos que fazer tecnologia aplicada”, disse ele. Para o presidente do Sindimetal de Maringá, Carlos Walter, o papel da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) é fomentar esse desenvolvimento. “O empresário, com margens de lucro cada vez mais reduzidas, tem poucos recursos para pesquisa em suas empresas. Por isso essas parcerias são tão importantes. Temos que desenvolver novos produtos e modos de produzir. As universidades têm laboratórios e capital intelectual. E é isso que precisamos para fazer frente à concorrência externa”, disse Walter.

Empresários e pesquisadores tiveram a oportunidade de conversar e trocar experiências

Representantes das universidades tiveram a oportunidade de apresentar as instituições e os projetos em andamento


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Folha de Pagamento

Banco de Dados de Cargos e Salários está preparado para o eSocial

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ocê sabe quanto as indústrias do seu segmento estão pagando de salários para os funcionários? Sabe como isto pode impactar sua empresa? Estas são perguntas cujas respostas são essenciais para saber se sua empresa está dentro da média do mercado ou não. Mais do que isso, são informações importantes para programas de retenção e aquisição de talentos e para aumentar a competitividade no ambiente empresarial. É por isso que participar do programa Banco de Dados de Cargos e Salários (BDCS) do Sindimetal Londrina é crucial para sua empresa e para seu negócio. O BDCS nasceu em 2008 para atender à demanda por informações das empresas da região de Londrina. Já naquela época havia o entendimento de que os departamentos de gestão de pessoas das empresas necessitavam de indicadores para nortear o pagamento de salários de seus colaboradores e evitar a evasão de trabalhadores qualificados para outros polos industriais. A partir de então, o BDCS não parou de evoluir e recentemente passou por mais uma reformulação importante já visando à novidade que será implantada no próximo ano: a folha de pagamento digital, ou eSocial. O eSocial vai possibilitar em um único sistema o envio de todas as informações dos trabalhadores aos órgãos federais. Para se adaptar, as empresas terão de mudar a maneira como tratam esses dados, principalmente no que se refere ao descritivo das funções dos trabalhadores. A reformulação do BDCS vai ajudar as empresas com o novo sistema implantado pelo governo. Segundo a gerente de RH da AESA e coordenadora do programa BDCS, Márcia Barzon, a assessoria jurídica do Sindimetal fez uma revisão dos cargos e a descrição de cada uma das funções exercidas pelos trabalhadores do setor já está adequada à realidade das empresas associadas ao Sindimetal. “Antes, os descritivos das

funções eram longos e complexos. Agora estão mais simples e de fácil entendimento, já padronizados para o eSocial. Está inserido no BDCS o que é cada função e o que o colaborador pode e deve fazer dentro do escopo da função. Isto vai evitar, por exemplo, discussões sobre sobreposição de funções e dupla jornada”, explica Márcia. Para a coordenadora do programa, o BDCS é uma excelente ferramenta de gestão de cargos. “Não há nada similar no mercado”.

Banco de Dados de Cargos e Salários é um diferencial competitivo Para o empresário José Carlos Silva Damasceno, da Salários WEB, parceiro no programa, além dos salários, o que mais atrai atuais e novos colaboradores para as empresas são os benefícios. Através do BDCS, o empresário sabe a média que o mercado está oferecendo. “O pacote de benefícios é essencial hoje em dia na composição do ganho do trabalhador. E o Banco de Dados de Cargos e Salários consegue, com agilidade e atualidade, mostrar a situação do mercado. Nossa base de dados online é atualizada constantemente, vai além de uma pesquisa estanque. De que adianta uma pesquisa de salários realizada em janeiro, se em agosto tudo pode estar mudado? Por isso que é importante a atualização diária. O empresário precisa ter em mãos as informações corretas para a tomada de decisão”, diz Damasceno. Segundo ele, no novo BDSC há filtros com tabulação por atividade – elétrica, metal, entre outras, por porte e faturamento. “Às vezes ocorre de um funcionário de uma grande empresa, exercendo determinada função, ganhar menos do que em uma empresa menor, pelo mesmo trabalho. Por isto a pesquisa atualizada é tão importante”, explica Damasceno. Conheça mais sobre o Banco de Dados de Cargos e Salários no site do Sindimetal Londrina: www.sindimetallondrina.com.br


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Feriado

empresas lutam pelo direito de poder Trabalhar

A

s indústrias de Londrina foram autorizadas pelo Tribunal de Justiça do Paraná a trabalharem no dia 20 de Novembro, dia da Consciência Negra. Inicialmente, a medida foi garantida às empresas abrangidas pela categoria representada pelo Sindimetal Londrina, através de ação promovida pela entidade perante a 2ª Vara da Fazenda Pública. Questionou-se a legalidade e constitucionalidade da lei que criou o feriado municipal. O pedido do Sindimetal foi inicialmente negado pelo juiz local, mas através de recurso ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), o Sindimetal Londrina obteve decisão da desembargadora Lélia Samardã Giacomet, que autorizou as empresas abrirem no dia 20 de Novembro e proibiu que a prefeitura de Londrina promovesse qualquer sanção às indústrias que trabalharam neste dia. A liminar, publicada no diário oficial no final da tarde do dia 7 de Novembro, garantiu o dia de trabalho a 400 indústrias da cidade e a cerca de 1,5 mil funcionários.

Sindicato também discute na Justiça os 10% de multa do FGTS

Após esta ação do Sindimetal, a Fiep, através da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº. 1157221-5 também proposta perante o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, obteve liminarmente autorização para funcionamento normal de todas as empresas de Londrina no dia 20 de Novembro de 2013. A Justiça decidiu pela suspensão da lei que institui o feriado em Londrina no ano de 2013. Segundo o presidente do Sindimetal Londrina, Valter Orsi, o Sindimetal não é contra as comemorações ou homenagens promovidas durante a semana, porém considera que o impacto econômico nas indústrias é muito grande. “Nós temos três feriados em novembro e isto impacta nas indústrias. Este feriado faz com que o setor deixe de movimentar R$ 5 milhões na cidade. Nós, da indústria, somos um setor extremamente competitivo. E um dia parado no nosso ramo é um dia sem produção. E isso se reflete

em prejuízo”, explica Orsi. Segundo ele o dever do Sindimetal é fomentar e dar condições para que o segmento da indústria metalmecânica cresça, se desenvolva e seja competitivo, por isso a decisão de ingressar na Justiça contra o feriado. No dia 21 de Novembro de 2013, a mesma desembargadora do TJ/PR que havia concedido a medida ao Sindimetal Londrina, revogou a liminar e alterou seu posicionamento após avaliação de documentos apresentados pelo Stimmmel, que segundo ela, demonstram ausência de prejuízo econômico para as empresas. Além de a publicação ter ocorrido após o Dia da Consciência Negra, a liminar obtida pela Fiep também garantiu judicialmente a autorização para funcionamento normal das empresas no dia 20/11/2013. Apesar de não haver prejuízos para as empresas, o Sindimetal Londrina já apresentou recurso para restabelecimento da decisão, pois acredita nos fundamentos de inconstitucionalidade da lei que criou o feriado, bem como certamente defende a redução de prejuízos econômicos às empresas da categoria. A assessoria jurídica do Sindimetal também ingressou na Justiça com uma ação para que os associados da entidade sejam ressarcidos dos 10% pagos a mais sobre os depósitos do FGTS em demissões sem justa causa. A multa, que foi instituída em 2001 para cobrir o rombo causado pelas ações referentes aos planos Verão (governo Sarney) e Collor, perdeu o objeto no ano passado, quando o caixa do FGTS foi recomposto. “Não concordamos com a decisão da presidente Dilma Rousseff que vetou a lei que acabava com a multa. Ela penitencia as empresas que precisam de todo o recurso possível para se manterem competitivas. Com esse dinheiro as empresas poderiam estar fazendo novos investimentos. Restou-nos o caminho da Justiça”, disse Valter Orsi.


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Mercado em Movimento

Do tirador de pedidos ao vendedor de sucesso

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á bem pouco tempo, quando a informatização ainda não estava popularizada na vida das pessoas e o mercado não era tão agressivo, os vendedores tinham um trabalho bem mais tranquilo. Em alguns segmentos, a visita aos clientes não passava de uma mera formalidade para anotar o que determinado comerciante iria querer para recompor os produtos em falta nas prateleiras.

vendedores que são essenciais para o mercado atual. São eles: vendedor consultor, profissional de venda direta para o consumidor e o vendedor de televendas.

Hoje esse cenário é muito diferente, como explica o instrutor credenciado do Sebrae, Sidney Kayamori. “Com a abertura da economia, com a globalização e a chegada de concorrentes mundiais, o mercado brasileiro passou a receber produtos da Europa a países asiáticos, dos Estados Unidos aos países da América Latina, com qualidade e com taxas de importação que estão em constante mudança”, afirma.

Uma boa parte das indústrias utiliza o vendedor consultor, que é aquele profissional que tem que ter o conhecimento técnico do produto, da fabricação, das características e benefícios da mercadoria que ele está vendendo. O vendedor deve ter em mente que os benefícios para um cliente podem não ser os mesmos para o outro. “Na venda de um determinado produto para um consumidor específico, o vendedor foca a questão da economia, meio ambiente e praticidade no manuseio, já para outro cliente a preocupação pode se reter apenas na funcionalidade e na qualidade do produto. Ou seja, esse vendedor tem que ter essa habilidade de passar algumas informações para o primeiro cliente e estar preparado para outro enfoque na hora da venda para o segundo cliente”, explica o instrutor.

E por causa deste novo cenário na economia, o perfil do profissional de vendas também teve que evoluir. “Hoje com a internet, vendedor e clientes têm muitas possibilidades de buscar informações, coisa que antes praticamente não era possível. Por isso, o profissional de vendas passa a se informar cada vez mais sobre o produto que tem em mãos para conseguir sucesso no seu trabalho”, revela Kayamori. Dentro desta ótica, o instrutor apresenta alguns perfis de

Técnicas de vendas precisam acompanhar a evolução da economia

Outra característica importante para o vendedor é a paciência. “Muitas vezes nesse tipo de venda, chamada


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consultiva, a negociação não é concretizada em apenas uma visita. Existem vendas de fábricas para empresas que irão levar mais de um ano para serem concretizadas. Então esse profissional tem que ter um bom relacionamento, se utilizar de vários recursos para o convencimento. Tem que criar um vínculo forte com a empresa para depois fechar o negócio”, argumenta. Há também o método de vendas utilizado por algumas fábricas, conhecido como venda direta ao consumidor. Neste caso, ela depende de outro perfil de profissional, pois se emprega o convencimento para a venda de impacto, de impulso, de estoque. Esse vendedor tem que ter um poder de persuasão e de conhecimento do produto, mas também mostrando uma necessidade momentânea que o cliente pode ter. Outras fábricas têm um setor que realiza as vendas pelo sistema de telemarketing. Neste tipo de negociação, o

vendedor não vai até o cliente, ele basicamente entra em contato diretamente com o consumidor através do telefone. “Esse vendedor tem que ter uma habilidade de negociação muito grande, pois o comprador geralmente não está vendo o produto. Neste caso, a venda fica mais difícil”, completa. Segundo Kayamori, o vendedor de hoje, além de estar bem informado e conhecer profundamente o produto, deve estar atento ao perfil do cliente e estar preparado para todas as situações. “O profissional, além de todas estas dicas importantes, deve saber se programar, pois cada viagem perdida deve ser considerada como um prejuízo. Por isso, antes de pegar o carro e sair desenfreado para as vendas, programe-se, faça um roteiro especificando quais clientes e cidades irá visitar. É essencial conhecer os feriados regionais, custos de acomodações etc. Boa parte dos vendedores deixa de ganhar em função de viagens mal planejadas”, finaliza.

Reconhecimento

15 anos de Torcomp em Cornélio

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á 15 anos, quando a Torcomp, sediada na capital de São Paulo, pensou em expandir seus negócios, optou por Cornélio Procópio (PR) em função do apoio que recebeu da comunidade e da base educacional e tecnológica da região. Essa base foi reforçada pela transformação do CEFET de Cornélio Procópio na Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR. Os clientes das peças usinadas e componentes da Torcomp são as principais montadoras de motos, caminhões, tratores, máquinas de construção civil e sistemistas de autopeças. Praticamente todos os caminhões e a grande maioria das motos que rodam no país têm peças da Torcomp. São peças de motor, câmbio, suspensão e sistemas de direção que exigem processos de fabricação robustos e disciplina nos sistemas de gestão para garantir a sua qualidade e a segurança dos veículos onde são instaladas. Nesses 15 anos, a Torcomp cresceu. Hoje, são mais de 150 funcionários. As peças fabricadas em Cornélio seguem para São Paulo para serem tratadas termicamente e acabadas na fábrica da Torcomp na capital paulista. A Torcomp de Cornélio Procópio já nasceu com a certificação ISO 9002 e segue as mesmas normas da sede que incluem a ISO 14001

(meio ambiente), OHSAS 18001 (saúde e segurança do trabalho) e SA 8000 (responsabilidade social). Garantir um melhor ambiente de trabalho e adotar práticas responsáveis de produção e negócios são os valores fundamentais da Torcomp para se consolidar como parceira de longo prazo de seus clientes e da comunidade.

Elias Machado, proprietário da empresa


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Homenagem

Fast Gôndolas comemora crescimento

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undada em setembro de 1983, a Fast Gôndolas Equipamentos Ltda. foi homenageada pelos seus 30 anos de atuação no mercado industrial londrinense, na fabricação de gôndolas, check-outs e rack integrado.

na Rua Fortaleza e contava com apenas 15 funcionários. Hoje a Fast ocupa uma área de 120 mil m² de terreno e emprega mais de 600 funcionários que se revezam 24h por dia para atender toda a demanda.

O Diretor Comercial da empresa, Valdevir Guerra, conta que seu fundador, o empresário José Antonio Paulatti, ainda muito jovem, possuía uma empresa de móveis de madeira para supermercados, em São Paulo. “Seu Paulatti é aquele tipo de pessoa que tem visão para os negócios, então com a experiência que ele adquiriu no setor sabia que este era um meio promissor. Mas como ele é paranaense, resolveu fechar a empresa paulista e voltou para o Paraná onde deu início à Fast Gôndolas”, comenta.

Segundo Guerra, o sucesso da Fast Gôndolas deve-se à cultura do compromisso com o cliente e à valorização dos seus funcionários. “O bom atendimento ao cliente e a qualidade dos nossos produtos são nossos pontos fortes. Também cuidamos muito bem dos nossos funcionários, valorizando-os”, explica.

No início a empresa ocupava um barracão de 3mil m²,

Além disso, a inovação está presente em todos os setores da Fast Gôndolas, seja nos processos de criação e na modernização do maquinário. “Isso faz com que a gente consiga levar para o cliente o que tem de melhor no mercado”, ressalta Guerra.

Valdevir Guerra e diretores da empresa, com a placa de homenagem

Rondopar há 30 anos inovando

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Rondopar está completando 30 anos de fundação. Segundo o empresário e sócio fundador da empresa, Ary Sudan, a Rondopar surgiu da vontade de construir uma empresa de baterias, mas com uma ideologia completamente diferente da que era empregada na época. “Tanto o Luiz Carlos André, meu sócio, quanto eu trabalhávamos em uma indústria de baterias e lá adquirimos a experiência que necessitávamos para iniciar nosso próprio negócio. Mas a ideia ia além. Queríamos uma empresa moderna, que pensasse diferente; que se preocupasse com os funcionários, com os clientes e

com termos que só iriam ser utilizados anos depois”, explica. Ao iniciar sua produção, a fábrica contava apenas com sete funcionários. “Mesmo com uma estrutura pequena, a Rondopar nasceu já com uma filosofia que a gente fica surpreso ainda hoje. No ano de 1984, implementamos conceitos de responsabilidade fiscal, social e ambiental que não existiam na época”, comenta. Hoje a Rondopar é uma das grandes marcas do mercado nacional de baterias e a modernidade em sua


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Valter Orsi, Ary Sudan e Luiz Carlos André

gestão fez com que ela se tornasse a primeira indústria do setor no país a receber a certificação ISSO 9001 no ano de 1998. Com 250 funcionários e vendendo produtos para quase todo o território nacional e países da América do Sul, a Rondopar dará um novo passo importante. “Acabamos de fechar uma parceria com a Exide, a maior empresa de baterias do mundo. Isso agregará know-how à nossa marca e elevará a qualidade de nossa produção com a possibilidade de ingressar em mercados internacionais”, finaliza Sudan.

Novas Associadas

sete novas empresas aderem ao Sindimetal

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trabalho desenvolvido pelo Sindimetal Londrina é reconhecido em todo o Paraná. E é por isso que o número de associados cresce todos os meses. Nesta edição conheceremos os novos associados do sindicato. A Demeter Equipamentos atua no setor de instalação de máquinas e equipamentos industriais e com o comércio atacadista de bombas e compressores. A empresa está localizada no Parque das Indústrias Buena Vista em Londrina. Outra nova associada é a De Paula Parts Indústria e Comércio de Auto Peças. Ela fabrica e comercializa peças para a indústria automotiva com garantia de qualidade e segurança. A empresa está localizada na região central de Londrina. A também londrinense Blue Pool atua no mercado de piscinas e acessórios. Ela se consolidou no segmento e hoje é uma referência na região. A empresa trabalha com os melhores fornecedores e equipamentos do mercado, agregando qualidade e confiabilidade aos seus produtos. A Ativa Displays também se associou ao sindicato. Fundada em 2001, a empresa produz displays, biombos, telas, araras e expositores com qualidade, economia e rapidez. São produtos versáteis com

ótimo acabamento. A Alumipac é outra das nossas novas associadas. Ela é uma empresa metalúrgica que oferece uma linha completa para montagem de estandes no padrão modular, incluindo produtos em alumínio, iluminação e móveis. Há 13 anos no mercado, a empresa londrinense oferece produtos adaptados às necessidades dos consumidores, produzidos a partir de matéria-prima selecionada, o que garante a confiabilidade da sua produção. Fundada em 2000, a Delmar Indústria e Comércio de Fogões trabalha para atender o mercado nacional com máquinas para massas e frituras. A empresa é referência no segmento. Com foco no atendimento ao cliente, a empresa trabalha com o que há de mais moderno em tecnologia. Por fim, a empresa Romanelli, com mais de 50 anos de atividades e com sede em Cambé, trabalha no setor de pavimentação com a fabricação de veículos e equipamentos que são vendidos para todo o Brasil, Chile, Paraguai, Peru, Bolívia, Equador e Angola, na África. Com tecnologia de ponta agregada em seus equipamentos, as máquinas produzidas pela Romanelli se destacam pela eficiência e economia na pavimentação.


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Recursos Humanos

comunicação interna é fundamental nas empresas

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diálogo pressupõe que duas ou mais pessoas conversem, exponham suas opiniões e, democraticamente, se não houver exatamente a convergência de ideias para um mesmo ponto, que se respeitem as diferenças de opinião de cada um. O diálogo é importante para que as pessoas se conheçam melhor e se entendam. Nas empresas o conceito de comunicação interna se tornou essencial para as empresas que realmente querem ser competitivas, segundo os consultores da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Roberto Sotomayor Karan e Marino Rodilha, que estiveram no Sindimetal Londrina ministrando um curso que englobou, entre outros temas, as relações entre os gestores e colaboradores. Segundo Rodilha, é sempre importante o empresário ter em mente que a comunicação interna não é despesa e sim um investimento. “É estratégico para as empresas se comunicarem bem com seus colaboradores, saber o que eles pensam, o que desejam”, disse Rodilha. Muitas vezes a empresa se preocupa em falar com seus colaboradores, mas é preciso ouvir também. Entre as práticas de RH para conquistar a atenção dos empregados e incentivá-los a participarem mais efetivamente da vida das empresas estão: motivar os funcionários, mantendo-os sempre informados sobre as diretrizes e mudanças na estrutura organizacional da empresa; direcionar as ações, estimular o cumprimento, atingir metas; estimular o desenvolvimento pessoal e a interação com outras áreas; se preocupar com a forma como as mensagens são transmitidas. A comunicação deve ser clara, objetiva e, sobretudo, transparente, que não dê margens a conotações e dúbios sentidos; atuar sempre em parceria com a gestão da organização, bem como estimular os funcionários a entender seus gestores e mostrar como podem alavancar a empresa com seu trabalho; despertar o sentimento de vitória, reconhecer as qualidades dos funcionários; informar o cenário econômico e tecnológico em que a empresa está inserida; reafirmar que todos são capazes de superar as dificuldades e reverter a situação problemática.

Durante um trabalho desenvolvido entre os trabalhadores das obras do Estádio Maracanã, que vai ser palco da final da Copa do Mundo de 2014, os consultores da Fiep comprovaram que a abertura de um canal de comunicação entre gestores e trabalhadores, aliados a práticas responsáveis de RH, conseguiram mudar o que poderia se transformar num caos. Eles lembram que no início das obras houve uma paralisação dos funcionários que reivindicavam melhores condições de trabalho. “Desenvolvemos várias ações que culminaram em dez propostas que podem ser aplicadas por praticamente todas as empresas”, disse Rodilha. “Saber ouvir com paciência seus liderados; buscar e dar respostas certas, motivando os liderados; resolver pequenos problemas para que eles não cresçam; planejar as metas e garantir novos projetos de trabalho; conhecer e trabalhar em time, com visão, felicidade e respeito; saber do Brasil, mostrar oportunidades que eles poderiam ter depois de deixar a obra do Maracanã; trabalhar com respeito ao meio ambiente; transmitir confiança, influenciar e ser influenciado; ser humilde e dar bons exemplos; zelar pela saúde e segurança dos colaboradores”, são os principais pontos que devem ser observados nas empresas para manter boas relações com seus funcionários, comenta Karan.

Empresas precisam ouvir mais seus colaboradores, dizem os consultores da Fiep


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Artigo

Nova lei garante a estabilidade provisória para colaboradoras que engravidarem no período de aviso prévio, mesmo que indenizado

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direito à estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.

Isto porque o entendimento que prevalecia era de que o contrato de trabalho vigente por prazo indeterminado tinha sua natureza alterada no período de aviso prévio, tornando-se contrato de trabalho por prazo determinado, o que não ensejava o direito à estabilidade provisória.

Ressalte-se que se a gravidez ocorrer em período de aviso prévio indenizado, ainda assim haverá o direito à estabilidade provisória, uma vez que a projeção do aviso prévio indenizado também integra o contrato de trabalho para todos os fins. Isto é, indenizar o aviso, para os efeitos da lei, não altera a data de saída que deve ser de pelo menos mais 30 dias após a comunicação da dispensa.

té maio deste ano, quando uma colaboradora descobria-se grávida no decorrer do período de aviso prévio, a existência ou não de estabilidade ficava a cargo de decisão judicial.

Porém, com o advento da Lei n° 12.812, de 16 de maio de 2013, a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT ganhou o artigo 391-A, que dispõe que a confirmação de gravidez ocorrida no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o período de aviso prévio, seja ele trabalhado ou indenizado, garante à colaboradora o

Assim, recomenda-se que as empresas incluam o teste de gravidez entre os exames demissionais, de modo a garantir os direitos das colaboradoras e resguardar-se de eventuais reclamatórias futuras. Advocacia Grassano & Associados


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