Revista Visagismo "Visagismo sem cientificidade não é visagismo acadêmico"
Redator e editor-executivo: Fábio Ritter Colunistas do mês: Dr. Ademir Leite Jr., Luciana Brandão, Simone Ribeiro e Hellen Grasso. Design: Fábio Ritter Periodicidade: Bimestral Idioma: Português
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Um livro para você compreender a potencialidade de todos os elementos da sua imagem pessoal.
Fábio Ritter
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Índice
Nota do editor, pág. 05 Conheça nossa edição
Colunistas do mês, pág. 06 Conheça nossos colunistas
História da barba, pág. 08 Matéria da capa
As recentes mudanças de paradigmas que fazem parte da tricologia, pág. 13 Tricologia
Beleza e ancestralidade. 16 Beleza
Power Suit - O uniforme do empoderamento feminino, pág. 19 Estilo
Capital de Imagem, pág. 24 Branding
Agenda, pág. 28 Conheça nossos eventos
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Nota do Editor Bem vindos a mais uma edição da revista digital Visagismo. Neste mês contamos com as matérias do Dr. Ademir Leite, Luciana
Brandão,
Hellen Grasso.
Uma boa leitura,
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Simone
Ribeiro
e
Colunistas do mês
Dr. Ademir L. Jr.
Luciana Brandão
@drademircleitejr
@lubrandao.curly
Simone Ribeiro
Hellen Grasso
@si.ribeiro
@hellengrasso
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GEVA Visagismo Acadêmico
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HISTÓRIA DA BARBA Por Fabio Ritter
Ao longo da história em diferentes culturas do mundo, se atribuiu a barba muitas qualidades como sabedoria, refinamento, potência sexual e status social, mas também em determinadas épocas e culturas traduziam a ela a falta de higiene e desleixo. Também já foi utilizada com conotações religiosas através dos povos do oriente médio, que em alguns casos nunca cortam suas barbas e também na africana, onde os homens que não possuíam barba eram taxados como impróprios para reprodução. O costume de preservar ou retirar os pelos da face, trazer nossas formas e linhas nos faz compreender a diversidade cultural que está espalhada em nosso globo terrestre, consequentemente nossa consciência de que devemos estar atentos aos significados culturais, antropológicos e simbólicos de cada um destes povos e suas regiões em uma versão atemporal (cuidado com os barbeiros visamiojo).
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Vamos viajar no tempo e imaginar como nossos ancestrais de 30 mil anos atrás descobriram que uma pedra lascada afiada poderia ser utilizada para se barbear. Desde o Paleolítico vários indícios de pesquisas comprovam que o homem pré-histórico vivia cercado de determinados hábitos de higiene e vaidade. No Egito Antigo os pelos do corpo eram costumeiramente usados para diferenciar os membros da sociedade egípcia. Os membros mais ricos da nobreza, por exemplo, cultivavam a barba como um sinal de seu status e a classe sacerdotal optava por uma total depilação de seus pelos, que de acordo com estudiosos, o hábito sacerdotal indicava o distanciamento do mundo e dos animais. Entre os gregos o uso da barba era bastante comum com exceção dos aristocratas, os gregos adotavam volumosas barbas e associavam-lhes sabedoria (observe as estátuas dos filósofos). Já os espartanos como sinônimo de masculinidade e força ao derrotar seus inimigos lhe arrancavam os pelos faciais. Quando o imperador Alexandre o Grande dominou a Grécia a barba foi severamente proibida devido as desvantagens durante um confronto direto em uma batalha. Na civilização romana a barba integrava um importante ritual de passagem. Todos os rapazes, antes de alcançarem a puberdade, não poderiam cortar nenhum fio de cabelo ou barba. Quando atingiam o momento de passagem entre a infância e a juventude, raspavam todos os pêlos do corpo e os ofereciam aos deuses. Os senadores costumavam preservar a barba como símbolo de seu status político. Nessa mesma sociedade surgiram os primeiros cremes de barbear, produzidos através do óleo de oliva. Durante a Idade Média, a barba sinalizou a separação ocorrida na Igreja Cristã com a realização do Cisma do Oriente (ruptura da Igreja Cristã em duas: Igreja Católica Apostólica Romana e Igreja Católica Apostólica Ortodoxa). Muitos dos clérigos católicos eram aconselhados a tirar a barba para que não fossem confundidos com os integrantes da igreja ortodoxa, ou judeus e até mesmo muçulmanos. Na Idade Média os pelos faciais também poderiam estar associados a virilidade e a sexualidade, portanto, a face lisa significava castidade e celibato. O bigode também não era bem-visto pelos cristãos, pois era uma característica dos povos germânicos que invadiam o Império Romano.
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Com o desenvolvimento comercial e o grande número de invenções que marcaram o mundo moderno o francês Jean-Jacques Perret, em 1770, foi um dos pioneiros ao criar um modelo de navalha para barbear (desenho) no mesmo ano. No século seguinte a famosa navalha em “T” foi inventada pelos irmãos americanos Kampfe (foto).
O grande salto na “tecnologia dos barbeadores” foi dado por um vendedor chamado King Camp Gillette. Utilizando aguçada inventividade, o então caixeiro viajante percebeu a possibilidade de adotar lâminas descartáveis para os barbeadores. Com o auxílio de Willian Nickerson (engenheiro do Instituto de Tecnologia de Massachusetts), criou uma nova marca de lâminas e barbeadores que ainda é largamente utilizada por homens e mulheres de várias partes do planeta.
Barbudo, F. (1996). «A Evolução do Barbudo na escada do SoloQ Internacional.». LolKing.net. 16 (5): 419-420. doi:10.1016/0162-3095(95)00068-2 Thornhill, Randy; Gangestad, Steven W. (1993). «Human facial beauty: Averageness, symmetry, and parasite resistance». Human Nature. 4 (3): 237–269. doi:10.1007/BF02692201
Fabio Ritter Visagista Acadêmico Prof. Mestre - PUC
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Você
já me segue ?
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AS RECENTES MUDANÇAS DE PARADIGMAS QUE FAZEM PARTE DA TRICOLOGIA Por Dr. Ademir Leite Jr.
Eu fico imensamente feliz quando sou surpreendido pelas evoluções que as ciências da saúde promovem em nossas vidas, seja como pessoas, seja como profissionais. Apesar da grande velocidade com que as descobertas científicas estão se apresentando, é inegável perceber que o covid e a pandemia, ainda que aos tropeços, contribuíram para muitas mudanças nas formas como enfrentamos os problemas de saúde, e, no meu caso, os problemas capilares, em especial. Começamos descobrindo que, fugindo à regra, pacientes que pegavam covid poderiam evoluir com queda capilar tipo eflúvio telógeno agudo, um tipo de queda capilar volumosa e muito desconfortável, ao mesmo tempo que autolimitada, com uma janela de intervalo para
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a percepção da perda de fios muito mais curta do que a que sempre percebemos com outras causas. Enquanto todos e quaisquer outros gatilhos promovem perda capilar após, em média, 3 meses, como a queda após parto, após cirurgias ou estresse, apenas para ilustrar, no caso da infecção pelo covid as quedas capilares podiam começar com uma janela de intervalo muito menor, de 1 a 3 meses após a infecção (1,2). Também reforçamos que as emoções, tensões e medos são causas de queda de cabelo. O estado psicoemocional comprometido de pessoas não infectadas pelo covid durante a pandemia também causavam eflúvio. Já sabíamos isso mas foi interessante perceber que a pandemia nos ajudou a confirmar algo que muitos pacientes tem dificuldade de aceitar como causa de queda(3). Ainda assim, ao que parece, a pandemia foi apenas um acelerador de percepções e de novas discussões dentro do cenário da saúde capilar. Recentemente um artigo discutia algo que eu já observava em minha clínica e que, para a minha alegria, percebo que pode ser uma realidade para muitos. As sofridas alopecias cicatriciais, que destroem folículos, causando áreas praticamente irreversíveis de alopecias, podem, dependendo do caso, do tratamento instituído e do tempo de evolução da doença, nos presentear com alguns cabelos de volta. Ou seja, a ideia de que uma alopecia cicatricial condenava o paciente a não reaver nenhum cabelo na área de doença parece estar sendo descartada(4). Não que os relatos de caso mostrem grandes ganhos capilares ou repilações completas de áreas sem cabelos, mas é natural que isso muda a forma como pensamos estas condições. Para quem tem uma área onde acreditava-se que mais nenhum cabelo nasceria ali, reaver alguns fios sempre é uma grande conquista, além de abrir as portas para que estudos entendam melhor esta capacidade de recuperação, para, talvez, fazer com que os tratamentos se tornem mais eficientes ou até mesmo novos tratamentos serem tentados. Eu mesmo tenho tentado especular razões para o crescimento de incidência para alguns tipos de patologias capilares. Em especial para algumas delas que parecem não fazer mais sentido estarem tão vinculadas a certas “raízes” fisiopatológicas que as tornaram famosas. Vou citar um exemplo aqui, a alopecia androgenética. Nas últimas décadas muito se falou da participação dos hormônios masculinos (androgênios) como gatilho e fator de desenvolvimento desta condição.
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E parece que, como as principais medicações focaram todo seu mecanismo de ação no metabolismo hormonal, apenas os androgênios eram apontados como culpados(5). Porém novos entendimentos trouxeram vias que reforçavam a ação dos hormônios ou que corriam em paralelo com os androgênios na evolução da doença. São os casos da via das prostaglandinas, a via Wnt/beta-catenina, a via inflamatória, a ação de radicais livres, os mecanismos psicogênicos e ambientais(5). Apesar disso, nas últimas décadas, tem sido constatado um declínio progressivo nos níveis de androgênios no sangue de homens e mulheres(6,7). Ora, mas se os androgênios são os principais vilões da alopecia androgenética, se a incidência desta doença em homens e mulheres cresce ano a ano, enquanto, por outro lado, os níveis séricos de androgênios declinam, seriam estes androgênios os grandes vilões ou haveria outros motivos para que isto estivesse acontecendo? Uma das hipóteses que eu poderia apresentar para tentar responder esta questão é o fato das outras vias supracitadas terem um papel maior do que imaginávamos e precisarem ser mais levadas em consideração no que diz respeito aos tratamentos da doença. Mas será que há outras possibilidades que expliquem este aumento da incidência? Eu acredito que sim, e aqui, nas minhas reflexões, consigo imaginar ao menos duas causas para explicar tal fato. Enquanto não posso prová-los, deixarei vocês curiosos e aguardando novos dados. Porém, espero voltar para contar se minhas especulações estavam certas ou erradas, e, quem sabe, contar com vocês para que busquemos mais formas de fazer a fascinante ciência que estuda os cabelos, seguir evoluindo. 1- Moreno-Arrones OM, Lobato-Berezo A, Gomez-Zubiaur A, Arias-Santiago S, Saceda-Corralo D, Bernardez-Guerra C, Grimalt R, Fernandez-Crehuet P, Ferrando J, Gil R, Hermosa-Gelbard A, Rodrigues-Barata R, Fernandez-Nieto D, Merlos-Navarro S, Vañó-Galván S. SARS-CoV-2-induced telogen effluvium: a multicentric study. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2021 Mar;35(3):e181-e183. doi: 10.1111/jdv.17045. Epub 2020 Dec 9. PMID: 33220124; PMCID: PMC7753386. 2- Starace M, Iorizzo M, Sechi A, Alessandrini AM, Carpanese M, Bruni F, Vara G, Apalla Z, Asz-Sigall D, Barruscotti S, Camacho F, Doche I, Estrada BD, Dhurat R, Gavazzoni MF, Grimalt R, Harries M, Ioannidis D, McMichael A, Melo DF, Oliveira R, Ovcharenko Y, Pirmez R, Ramot Y, Rudnicka L, Shapiro J, Silyuk T, Sinclair R, Tosti A, Vano-Galvan S, Piraccini BM. Trichodynia and telogen effluvium in COVID-19 patients: Results of an international expert opinion survey on diagnosis and management. JAAD Int. 2021 Dec;5:11-18. doi: 10.1016/j.jdin.2021.07.006. Epub 2021 Aug 3. PMID: 34368790; PMCID: PMC8328568. 3-Turkmen D, Altunisik N, Sener S, Colak C. Evaluation of the effects of COVID-19 pandemic on hair diseases through a web-based questionnaire. Dermatol Ther. 2020 Nov;33(6):e13923. doi: 10.1111/dth.13923. Epub 2020 Jul 16. PMID: 32594627; PMCID: PMC7361059. 4- Poliner AD, Tosti A. Hair regrowth in cicatricial alopecia: A literature review. J Dermatol. 2021 Aug;48(8):1113-1128. doi: 10.1111/1346-8138.15902. Epub 2021 Apr 22. PMID: 33890315. 5-Katzer T, Leite Junior A, Beck R, da Silva C. Physiopathology and current treatments of androgenetic alopecia: Going beyond androgens and anti-androgens. Dermatol Ther. 2019 Sep;32(5):e13059. doi: 10.1111/dth.13059. Epub 2019 Aug 26. PMID: 31400254. 6- Travison TG, Araujo AB, O'Donnell AB, Kupelian V, McKinlay JB. A population-level decline in serum testosterone levels in American men. J Clin Endocrinol Metab. 2007 Jan;92(1):196-202. doi: 10.1210/jc.2006-1375. Epub 2006 Oct 24. PMID: 17062768 7- Travison TG, Araujo AB, Kupelian V, O'Donnell AB, McKinlay JB. The relative contributions of aging, health, and lifestyle factors to serum testosterone decline in men. J Clin Endocrinol Metab. 2007 Feb;92(2):549-55. doi: 10.1210/jc.2006-1859. Epub 2006 Dec 5. PMID: 17148559.
Dr Ademir C Leite Júnior – CRM-SP 92.693 Médico Responsável da Clinica HTRI - Brasil Diretor do CAECI Educacional e da Filial Brasil da International Association of Trichologists (IAT)
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BELEZA E ANCESTRALIDADE Por Luciana Brandão
Todo grupo social tem sua identidade, que é diferente da identidade do outro, aquilo que nos conecta ao nosso grupo provém do termo identidade e o que está ligado a identidade do outro segue o conceito de alteridade. E o que é alteridade? Este é o termo utilizado pela ciência da antropologia para estudar a existência do "eu-individual" ao qual só é permitida mediante ao contato com o outro, podemos observar a beleza no contexto ancestral por meio da diversidade destes olhares de acordo com os povos e etnias, conceitos e princípios históricos que se modificam de acordo com o tempo, onde os povos se refazem construindo a sua identidade. "Cultura é um sistema de símbolos e significados. Compreende categorias ou unidades e regras sobre relações e modos de comportamento. O status epistemológico das unidades ou coisas culturais não depende da sua observabilidade: mesmo fantasmas e pessoas mortas podem ser categorias culturais." (Schneider, 2014, pg. 51).
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A beleza é algo particular sobre o olhar do indivíduo, faz parte de suas experiências normativas e produção da vida social, uma relação com o corpo ausente e corpo presente, o berço da humanidade, continente africano, vem sendo estudado de forma mais explicita porém ainda tímida perto de outros continentes, nos apresenta riquezas que foram apagadas da sociedade pelo eurocentrismo, onde existiram as primeiras faculdades e é claro os primeiros filósofos da humanidade, é o berço da ciência mundial, o filósofo egípcio Ptahhotp a mais de 4.000ac discutia a relação da beleza com a sabedoria onde a mesma está ligada a espiritualidade, os povos de origem africana enxergavam a consciência por meio do coração (o centro de todas as coisas), dos sentimentos, da alma, das vivências como questão de coexistência, tendo assim a beleza como algo divino e inspirado em suas divindades, por meio primeiramente de suas virtudes e coerência com a lei espiritual, de marcas nos corpos, tatuagens, piercings, tecidos e penteados, por meio destas características ditavam se um homem ou mulher era apto para o casamento e sabiam de qual família pertencia, ou seja aquele que detém virtude é belo, já dizia Aristóteles a beleza transborda da virtude. A beleza harmoniosa conduz uma composição de unidade, a junção de diversas características, identidades que se respeitam e se harmonizam muito bem, podemos observar a beleza ancestral em costumes como, as religiões de matiz africana, penteados afros e bufantes, turbantes, tranças e tecidos, trajes do carnaval, em ritmos musicais, hiphop, blues, rock, samba, reggae, acessórios grandes, colares e brincos, no esporte capoeira. “Na tentativa de preservar a identidade, as comunidades desenvolvem o senso de solidariedade partilhado em meio às vicissitudes da vida, à coletividade e à força que se origina da própria identidade. Mas o surgimento de novas identidades será inevitável, em um mundo globalizado onde as diferentes culturas estão em permanente contato, dialogando e propondo mudanças e desafios onde as culturas identificam-se reciprocamente”. (Malomalo, Martins, Freire 2012 pg. 42).
Sendo assim, acredito não ser possível falar de beleza e ancestralidade sem falar de cultura e identidade, segundo Sobonfu Some a ancestralidade está em todos os elementos que compõem a vida, o continente africano originou grandes reis e rainhas, guerreiros, astrólogos e físicos, nosso encontro de lugar no mundo, ao qual mesmo em constante mudança não apaga a sua origem. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: Um Conceito Antropológico. Rio de Janeiro: Editora Barros Laraia, 2001 14ª ed. GOMES, Nilma Lino. Sem Perder a Raiz. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2019 3ª Ed. MACHADO, Carlos Eduardo Dias. Ciência Tecnologia Inovação Africana e Afrodescendente. São Paulo, SOME, Sobonfu. O Espirito Da Intimidade: Ensinamentos Ancestrais Africanos Sobre Maneiras De Se Relacionar. Editora Odysseus, 2007 2ª Ed.
Luciana Brandão Visagista e Terapeuta Capilar - UAM - Brasil Educadora Instituto Power
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GEVA Visagismo Acadêmico
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POWER SUIT - O UNIFORME DO EMPODERAMENTO FEMININO Por Simone Ribeiro
O terno por muitos anos foi usado como o “uniforme” dos homens de negócios, e também foi um terninho feminino que deu voz às mulheres, no início do século passado, durante a luta e conquista pela igualdade de gênero e pelas livres profissões que até então consideradas "profissões masculinas". Esta peça foi capaz de empoderar mulheres ao redor do mundo e agora vem ganhando novas formas de expressão, os Power Suits veem conquistando seu espaço desde 1910, quando as mulheres começaram a sentir a necessidade de roupa mais cômoda. Logo, veio a primeira Guerra Mundial e elas se sentiram praticamente obrigadas a ingressar na força laboral.
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Com a entrada da mulher no mercado de trabalho importantes mudanças aconteceram, inclusive na moda feminina como a quantidade e os tamanhos dos tecidos usados nas confecções. O fato de começar a trazer "a roupa de trabalho masculino" para o armário feminino fez surgir uma geração de mulheres mais audazes, mais ativas e livres do que a geração de suas mães e isso se refletiu em suas vestimentas. Alguns anos adiante, Gabrielle Chanel, decidiu dar curvas aos ternos masculinos, vestindo assim mulheres que almejavam, na época, transmitir mais autoridade e poder, dando início ao “uniforme” do movimento sufragista feminino. Movimento este que começou como uma reivindicação feminina empoderando milhares de mulheres a lutarem por igualdade de gênero, todavia ainda se usava só a parte de cima dos ternos já que, naquela época, a mulher ainda não usava calças. O que mudou nos anos seguintes. Vestir-se para o poder se tornou a intenção das mulheres do movimento. Elas entenderam que adaptar o seu modo de vestir para o mundo profissional as fariam ser mais respeitadas e igualadas aos homens. A verdade é que o movimento queria mais, queria usar as roupas como uma estratégia para expressar a indignação de não serem respeitadas e reconhecidas no campo profissional como mereciam. Após o filme ‘Arms of Women’, estrelado por Melanie Griffith em 1988, onde ela usava ternos mais femininos com obreiras apropriadas, cores, curvas mais acentuadas e tecidos diferentes, surgiu o termo “Power Suit” e com ele seu movimento “Power Dressing” (vestimenta de poder)! O Power Suit feminino surgiu à raíz do Power Dressing para denotar e estabelecer autoridade! Após tomar as passarelas do mundo inteiro, hoje, os Powers Suits glamorosos e mega sofisticados são disputados em grandes grifes e muito usados por famosas, blogueiras, e personalidades da mídia. Eles vestem mulheres para todas as ocasiões, inclusive as especiais. Mas, o que faz um Power Suit ser glamoroso? Como você já deve imaginar, eles não são ternos comuns, então, é esperado que a textura de seus tecidos sejam mais sofisticados, e quem também possuam os famosos ”frufrus” aplicados no tecido, elevando o nível de sofisticação através de cores, estampas e modelagem.
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Sabendo disso, agora vem o grande desafio: Como devo usar esses ternos? Eu recomendo que opte por deixá-lo como a peça estrela do seu look, ele precisa ser o protagonista. Então, use com outras peças (blusas) que sejam neutras, esta é a aposta que não vai te fazer errar! No entanto, por que é essencial que toda mulher que intenciona transmitir poder e sofisticação tenha um desses em seu guarda-roupas? Porque ele pode salvar o seu look mais formal de um dia de trabalho a um look mais casual para um happy hour! E, também, te socorrer num evento mais glamoroso te deixando com uma imagem mais sofisticada! Tudo vai depender de como você vai manipular as linhas, cores, texturas, estampados e os acessórios. Combine-o com outras peças inesperadas do seu closet que te farão sentir e se ver como as ‘It Girls’ mais cool do mundo. Tenha em conta que, por ser muito versátil, é uma peça coringa e a mesma pode te levar do escritório para qualquer evento sofisticado! Diferente de antes, seu papel não é somente deixar a mulher com uma imagem de mais credibilidade. Hoje, é uma peça que valoriza a mulher por ser quem ela é, “mulher”. Claro que o terno não te faz mais poderosa, mas também é verdade que usá-lo pode provocar sensações de empoderamento, segurança, sensualidade, pode te fazer sentir mais bem preparada e autêntica.
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Assim, o Power Suit veio pra ficar e não vai desaparecer, e sim, evoluir constantemente, atualmente, o Power Dressing, continua sendo uma ferramenta que nos ajuda a ter mais confiança para enfrentar locais que não foram construídos por nós e muito menos para nós! E essa maneira de se vestir, não atinge somente os nossos colegas de profissão que, agora, dividem os mesmos espaços que nós, mas também, a maneira como nossos clientes nos enxergam. O movimento fez com que toda a comunidade pudesse olhar para nós, mulheres, como pessoas capacitadas para assumir “lugares” que antes eram vistos apenas para homens. O Power Dressing nos garantiu o direito de estarmos em lugares que podem mudar os nossos resultados, que é o que sempre buscamos. Buscamos por igualdade e queremos isso, sem perder a nossa feminilidade, por isso eu te convido a escolher por looks intencionais, que tenham a capacidade de te fazer alcançar objetivos propostos por você mesma. Cada mulher tem um estilo próprio e vai se vestir de acordo com sua personalidade e com o seu momento de vida, mas o objetivo aqui é te fazer lembrar que podemos estar onde quisermos. Qual é o seu Power Suit / Dressing? Mulheres para todas as ocasiões, inclusive as especiais. CASTILHO, N. M. Moda, Espanha: Editora Autêntica, 3ª Ed. Moda
Simone Ribeiro Consultora de Imagem - Espanha
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CAPITAL DE IMAGEM Por Hellen Grasso
Grandes marcas ainda não entendem esse novo conceito do capital de imagem, e por isso não exploram todo o seu potencial para se comunicar e gerar conexão com seu público e clientes! Já entendemos que Branding é a personificação de uma marca e que é a parte vital do negócio, sendo capaz de transformar seus clientes em verdadeiros fãs! Um dos principais fatores do Branding é a construção do “CAPITAL DA IMAGEM”. Quando falo sobre imagem, não falo apenas sobre a vestimenta de uma pessoa ou quais as cores de uma logomarca! Falo sobre toda a imagem que a sua marca transmite e o que ela comunica! A imagem de uma marca é um dos itens responsáveis em gerar conexão com o público e sabemos que essa capacidade faz atrair os clientes ideais!
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Sabendo disso, entendemos que, se a sua imagem for "inadequada" ao que se quer comunicar ou conter ruídos, consequentemente não irá atrair o público que você deseja ou até afastar os potenciais clientes e consumidores que tanto almeja! Como exemplo do que estou falando, imagine as seguintes situações: uma marca de cerveja usando todo seu potencial visual de forma infantilizada. Ou, um advogado recebendo seus clientes durante o expediente com uma regata, bermuda ou chinelo no seu escritório. Tanto a marca de cerveja, quanto o advogado, não souberam usar o seu Capital de Imagem de forma estratégica para se comunicar e atrair o público correto, na verdade, passam incredulidade e falta de profissionalismo. Assim, entendi que quando se trata de Branding é necessário construir, o que eu denominei “Capital da Imagem”. Mas, afinal, o que é o Capital da Imagem? Será que tem a ver com dinheiro? Será que tem a ver apenas com a vestimenta ou cores de uma marca? A verdade é que o Capital da Imagem é a junção de ‘elementos visuais’ que compõem a sua comunicação. Por exemplo, na propaganda de uma marca de cerveja é notável perceber que os elementos são: praia, calor, pessoas se divertindo, bares, esportes e etc. Já na imagem estratégica de um advogado que transmita credibilidade, sempre iremos imaginá-lo com terno, barba bem feita, pasta e postura. E são elementos como esses que, quando escolhidos estrategicamente, constroem o Capital de Imagem de uma marca forte! Mas, como construir um Capital de Imagem que represente a sua marca? Para isso, listei alguns passos que irão te ajudar! 1º passo: Conhecer sua própria marca. Qual a transformação que você causa na vida das pessoas? Quais seus valores e princípios? O que é inegociável?
2º passo: Conhecer seu público alvo. Quais são as preferências desse público? Quais são os históricos de consumo? O que valorizam em uma marca?
3º passo: Entender o que quer comunicar. Elegância, sofisticação, credibilidade, ousadia, criatividade, diversão, responsabilidade, transparência, sabedoria, disciplina, fortaleza, resistência, entre outros tantos adjetivos e características que uma marca pode transmitir.
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Ao entender esses 3 primeiros passos, você já será capaz de escolher muito bem os elementos que construirão o seu Capital de Imagem e com isso estará preparado para o próximo passo. 4º passo: Ser intencional. Agora, é necessário que você saiba que tudo, absolutamente tudo, comunica algo e, com isso, se você não for intencional não irá se conectar com o público certo! Para facilitar seu entendimento: Imagine que ao escolher as peças de roupas, acessórios ou até a postura, usada por figurantes em uma propaganda ou por você ao se reunir com seu cliente, irá transmitir uma informação ao cérebro dele, ou do público, que ficará gravada por um longo período, os ajudando a decidir se podem ou não confiar em seu produto ou serviço. Por isso, que dentro da construção de Capital da Imagem de uma marca, é tão importante escolher, de forma intencional e estratégica os elementos corretos que condizem e comunicam o que a marca quer transmitir ao público alvo! Com esses passos, você estará pronto para começar a construir essa nova estratégia de comunicação e Branding que sua marca precisa para vender mais! E, sabemos que, ao final de tudo, o que sempre queremos é vender e principalmente fidelizar nossos clientes.
Portanto, precisamos ficar gravados na memória de nossos clientes de maneira que se lembrem de nós com pouco esforço! Khyntiysteon, A. Branding, Editora Autêntica, 5ª Ed. Conekis
Hellen Grasso Branding Pessoal -Inglaterra
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AGENDA
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PRÓXIMA EDIÇÃO
SETEMBRO
Agradecimento Caro leitor, tenho você em conta e alta estima. Sei que as possibilidades da rede são imensas, e tê-lo como leitor, como leitora é muito especial. Sei que do outro lado, à frente de uma tela, não há um robô, uma máquina, mas sim um ser
humano.
Agradeço
por
me
privilegiar caros leitores, anônimo ou não, amigo virtual ou real, colegas e exalunos e claro meus familiares,
sem
vocês não haveria porque idealizar este projeto, nem porque dedicar boa parte da minha vida a pesquisa e a leitura. Tenho sorte em tê-los comigo! Até a próxima edição.
r Ritte o i b a F