MAG 02
• Enquanto houver gelo, há esperança. (detalhe) • Acrílica sobre tela • 240x120cm • Fabrício Branco •
• HOW TO UNDERTAND WOMEN (Detalhe) • Fabricio Branco • Acrílica sobre tela • 150x150cm • MAG 02 ÍNDICE INSIGHT 1 • Importa o que as outras pessoas pensam da minha arte? • Stephen St. Claire 07 INSIGHT 2 • O que é a Arte contemporânea • Jamyle Rkain 11 ARTE DE RUA • Semente do Mar • Marina Melo 15 PIINTURA • Arte e Poesia Demasiadamente Humanas • Almaques Gonçalves 25 PHOTO • Fotografia de Alma • Ricardo Sena 35 GERAÇÃO 70 • Africor • Guache Marques 47 MULTIMIDIA • Faustino • Miguel Cordeiro 59 DESIGN • Narureza Veloz • Mr. White Art & Design 69 ARQUITETURA • Bioconstruções • Irina Biletska 79 ACHADOS • Coisas legais que vimos por aí 91 LIVROS • Sugestões de leitura 93
Mulher, encanto que desfila em cada passo, Sua formosura transcende todo espaço. Nos seus olhos, brilha o brilho das estrelas, E em seu sorriso, a alegria mais bela.
Você é força, coragem, determinação, Um ser que carrega a vida em suas mãos. Mãe, esposa, amiga, um ser multifacetado, Em seu abraço, encontramos abrigo abençoado.
Com delicadeza, conquista o mundo com arte, Bailarina que dança ao ritmo do coração, parte a parte. Seus gestos são poesia em movimento, Encantando todos com seu talento.
Sensualidade é sua marca, seu dom natural, Mas também é muito mais, um ser espiritual. Seu amor se espalha como raios de sol, Aquecendo corações, trazendo o arrebol.
Mulher, é você quem guia a humanidade, Com sabedoria e graça, conduz a felicidade. Em cada desafio, você se reinventa, Superando obstáculos, mostrando sua essência.
Nas vozes que ecoam com doçura e poder, Contam histórias que o mundo precisa conhecer. Sua voz ecoa como um canto celestial, Inspirando e encantando em cada verso musical.
Valorosas mulheres, pedras preciosas da vida, Com seu amor e compaixão, o mundo se ilumina. Reverenciamos sua grandeza e dedicação, Mulheres, fonte de inspiração e admiração.
Mulheres, guardiãs da família e da nação, Com sua resiliência, enfrentam qualquer condição. Com amor maternal, guiam gerações, Ensinando valores e grandes lições.
SHE
• fast and foward • ACRÍLICA SOBRE TELA • 150X150 cm • Mr. White •
nankin sobre papel • Mr. White • 35x20cm
Importa o que as outras pessoas pensam da minha arte?
Importa o que as outras pessoas pensam da minha arte?
A pergunta “Será que realmente importa o que as outras pessoas pensam da minha obra de arte?” foi perguntado mais vezes que eu posso contar. E ouvi de onde vem essa pergunta e acho que definitivamente merece algum tempo para pensar bem. Como um artista em tempo integral, uma grande parte de mim diz que não deve importar o que OUTRAS pessoas pensam da minha arte; a única coisa que importa é se eu, como artista, acho que é bom ou não. Isso parece certo ... não é ??
Importar-se com o que as outras pessoas pensam parece que destruiria completamente qualquer fonte de criatividade, certo? Eu definitivamente não quero minha criatividade restringida.
Acompanhe comigo aqui ... importa se as pessoas gostam do que eu canto no chuveiro? Faz diferença se as pessoas gostaram do que fiz para o jantar ontem à noite? Faz diferença se alguém gosta do que escrevi em meu diário na semana passada? Se alguma dessas coisas importa, provavelmente preciso de
aconselhamento para narcisismo. Por que alguém se importaria?
Mas…
Mas me importar com o que as pessoas pensam sobre o que eu canto, cozinho ou escrevo é ridículo porque as pessoas não estão me pagando para cantar (pense em Deus), cozinhar ou escrever. Mas, uma vez que estou criando uma arte para VENDER PARA AS PESSOAS, absolutamente TENHO que me preocupar com o que as outras pessoas pensam sobre a minha arte. E nunca achei que isso estivesse restringindo minha criatividade. Muito pelo contrário, ao longo dos anos, ao ouvir as pessoas e levar a sério os comentários, ao selecionar novas ideias para trabalhar ou velhas ideias para não tentar novamente ... a vontade de ouvir e deixar que outras pessoas orientem (não determinar completamente, mas guie) meu trabalho tem sido tão, tão útil.
Eu posso ouvir algum artista rir ironicamente “Venda!”. Pode ser. Eu não me sinto como um esgotado embora. Eu me venderia se sentisse em minha alma que
queria expressar isso ou aquilo com minha obra de arte e não o fizesse, porque isso tornaria a mim ou meu trabalho impopular. Eu me sentiria como um esgotado então. Mas não tenho muito o que expressar além de alegria. Isso pode soar muito sentimental. Eu sou sentimental. Eu absolutamente amo pintar. Não me lembro de nada que me pediram para pintar e que não tive uma explosão no processo de criação. Se essa alegria não transparecer em uma obra de arte que eu crio, ISSO significará que estou esgotado. Vou deixar os assuntos artísticos sérios, os comentários sociais e as críticas sociais para outros artistas. Eles são válidos e eu gosto do trabalho deles, mas não sou assim. E já que eu quero que os visitantes do estúdio COMPREM meu trabalho e não apenas olhem para ele, eu acho que é bastante importante engolir meu orgulho e ouvir críticas.
Então, importa o que as outras pessoas pensam da minha arte?
Não. De forma alguma (se eu não espero vender nenhuma dessas obras de arte).
• Stephen St. Claire • • INSIGHTS • • SEXY • Fabricio Branco • Acrílica sobre tela • 40x40cm •
• Ai Weiwei • • COKE KILLS (Detalhe) • Fabricio Branco • Acrílica sobre tela • 80x120cm •
“Criatividade é o poder de rejeitar o passado, de mudar o status quo e de buscar um novo potencial ... Criatividade é o poder de agir.”
O que é a Arte contemporânea:
Arte contemporânea é uma tendência artística que se construiu a partir do pósmodernismo, apresentando expressões e técnicas artísticas inovadoras, que incentivam a reflexão subjetiva sobre a obra.
Também conhecida como Arte Pós-Moderna, a arte contemporânea rompeu com alguns aspectos da Arte Moderna, ajudando a configurar uma nova mentalidade no mundo artístico. No entanto, muitos dos valores defendidos pela Arte Moderna foram mantidos na Contemporânea, como o desejo pelas invenções e experimentações artísticas, por exemplo.
Não há um consenso sobre quando a arte contemporânea teria se originado, mas provavelmente foi em meados da segunda parte do século XX, após a Segunda Guerra Mundial.
No pós-guerra o sentimento que predominava era o de reconstrução da sociedade. Os artistas, a partir deste princípio e apoiados no avanço da globalização, das novas tecnologias e mídias, passaram a enxergar novos meios de se expressar artisticamente.
A arte contemporânea valoriza mais o conceito, a atitude e a ideia da obra do que necessariamente o objeto final. A intenção é refletir de modo subjetivo sobre a peça artística,
não apenas contempla-la pela sua natureza estética.
Um extenso leque de estilos, perspectivas e técnicas compõem a arte contemporânea, que pode ser manifestada seja através da pintura, como da dança, música, teatro, escultura, literatura, moda, instalações, etc.
Alguns das principais características da arte contemporânea são:
• Abandono dos suportes tradicionais;
• Fusão entre arte e vida;
• Uso das novas tecnologias e mídias;
• Mistura de estilos artísticos;
• Obras interativas;
• Obras questionam a definição de arte;
• Aproximação com a cultura popular;
• Uso de diferentes materiais para a produção das obras;
• Liberdade e efemeridade artística;
• Baseado no conceito de sociedade da informação.
No Brasil, a arte contemporânea começou a se desenvolver a partir da década de 1950, com o movimento vanguardista conhecido por Neoconcretismo.
Entre alguns dos principais artistas brasileiros que fomentaram a arte contemporânea no país, destaque para: Hélio Oiticica (1937 - 1980);
Romero Britto (1963 - ); Ferreira Gullar (1930 - 2016); Amilcar de
Castro (1920 - 2002); Lygia Clark (1920 - 1988); Lygia Pape (19272004); entre outros.
Entre alguns dos principais artistas que se destacam mundialmente através de seus trabalhos na arte contemporânea, os mais conhecidos são:
Andy Warhol
Bansky
Damien Hirst
Jean-Michel Basquiat
Anselm Kiefer
Richard Serra
Bill Viola
Jeff Koons
Marina Abramović
Gerhard Richter
Takashi Murakami
Lucian Freud
Keith Haring.
Alguns dos principais movimentos e escolas vanguardistas que surgiram com base na arte contemporânea estão relacionadas com a ideia da comunicação, e não do consumo, como acontecia com a Arte
Moderna:
Pop Art
Arte Conceitual
Arte Digital
Fotografia
Instalação
Arte Urbana / Street Art
Body Art
Arte povera (poor art)
Arte de Novas Mídias
Hiper-realismo
Fotorrealismo
Op art
Arte cinética.
GAROUPA OU SARDINHA? • INSIGHTS •
• TÁ FISH • Fabricio Branco • Escultura de Parede •
• Praia do Buracão • Rio Verrmelho • Salvador • Bahia • Brasil •
Marina Melo é uma talentosa artista visual que busca retratar a natureza mística das pessoas, equilibrando elementos contrastantes e explorando a harmonia entre eles. Sua obra é um convite para mergulhar no universo das dualidades, onde o sol e a lua, a noite e o dia, o esotérico e a conexão com a Patchamama se entrelaçam.
Em cada pincelada, Marina Melo busca transmitir uma energia única, incorporando elementos complementares como terra, água, fogo e ar. Esses elementos simbolizam forças vitais e representam os pilares da existência. Sua arte reflete o poder e a beleza que surgem quando esses elementos
se unem em perfeita harmonia. A natureza mística presente na obra de Marina Melo convida o observador a explorar dimensões mais profundas da própria existência. Ela cria um ambiente onde a energia positiva prevalece e permite uma conexão com o mundo espiritual. Seu trabalho é um convite para apreciar a beleza da natureza e reconectar-se com o equilíbrio interior.
Através de cores vibrantes e técnicas expressivas, Marina Melo dá vida a um universo repleto de simbolismos e significados. Seu domínio da técnica artística aliado à sua sensibilidade permite que ela transmita emoções
e sensações de forma única. Cada obra de arte de Marina Melo é um portal para um mundo encantado, onde o sagrado e o profano se encontram e se complementam.
A positividade é uma constante em seu trabalho. Marina Melo acredita no poder da arte como agente transformador e busca transmitir essa mensagem em cada traço. Sua arte é um convite para celebrar a vida, abraçar a natureza e reconhecer a importância do equilíbrio e da harmonia em nossas jornadas pessoais.
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Marina Melo • @sementedomar
“A arte
é um ponto de vista e uma maneira genial de ver as coisas.”
• Blondie • ACRÍLICA SOBRE TELA (detalhe) • Fabricio Branco •
• Henry James •
Almaques é um artista de essência, um observador lúdico que tem a habilidade única de recriar as cidades que habita através de sua forma singular de pintar e observar o mundo urbano. Como um artista plástico baiano, ele traz consigo uma visão eclética e se imerge em um habitat popular, onde está atento aos comportamentos dos transeuntes, à geometria do espaço e aos elementos que passam despercebidos para a maioria das pessoas.
Em suas obras, Almaques integra imagens de obras de outros artistas de diferentes épocas e origens, criando um universo perfeitamente integrado aos cenários caóticos das cidades em que vive. Seus estudos resgatam detalhes dos clássicos da arte local e universal, enfatizando sua qualidade como um observador perspicaz. Além disso, ele mesmo se torna parte dessa leitura, adicionando mais um elemento à
composição.
Outro elemento contemporâneo presente nas obras de Almaques são as intervenções urbanas, que ocupam uma posição efêmera no ambiente. Street artists, grafiteiros, lambe-lambes e reclames publicitários também são retratados em seus quadros com maestria. Almaques capta a efemeridade dessas expressões artísticas que embelezam o espaço público, mas que muitas vezes são passageiras e podem desaparecer rapidamente.
Além de sua abordagem estética, Almaques também atua como um observador social e registra os momentos históricos em suas obras. Como um verdadeiro jornalista visual, ele coloca suas imagens e conta a história da época e dos eventos que a marcaram. Suas pinturas são uma forma de documentação visual, capturando a atmosfera, os acontecimentos e as emoções
de determinado momento, permitindo que as gerações futuras possam reviver e compreender a história através de sua arte.
Em resumo, Almaques é um artista de essência que utiliza sua visão eclética para recriar as cidades em que vive. Sua pintura é uma combinação perfeita entre o observador lúdico e o jornalista visual, capturando os detalhes, as pessoas e os elementos do cotidiano urbano. Ele integra imagens de outros artistas, tanto clássicos quanto contemporâneos, e registra os momentos históricos, incluindo as intervenções urbanas efêmeras. Almaques Arte é um verdadeiro contador de histórias através de sua arte.
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Almaques Gonçalves • @almaques.art
“Tudo que você pode imaginar é real.”
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• Pablo Picasso •
• Chame pelo nome 3x que ele aparece • Adesivo e desenbho na parede • Fabricio Branco
Ricardo Sena é um fotógrafo, natural de Salvador-BA, que tem se dedicado à arte da fotografia desde 1997. Ele vê a fotografia como um meio para conhecer mais o mundo que o rodeia e explorar a interação entre o homem e o seu ambiente. Embora atualmente utilize equipamento digital, ele tem um especial apreço pela fotografia em película, reservando-a para alguns de seus trabalhos autorais. Além disso, ele está experimentando com a fotografia “Pinhole”, uma técnica adaptada com lata de leite e caixa de fósforo, pois acredita que o equipamento utilizado é o que menos importa. Para ele, o que realmente importa é a capacidade das imagens de gerar reflexão e emoção, tanto nele mesmo quanto nos outros.
• @ricardosena_alma •
• Ricardo Sena
Durante muitos anos, Ricardo não mostrou seu trabalho ao público, mas ele superou isso e já realizou algumas exposições. Geralmente, ele fotografa de forma solitária, colecionando imagens de pequenos vilarejos, comunidades sertanejas, garimpos de diamante, famílias ribeirinhas e lugares onde a presença humana e a relação
com a natureza são evidentes. Ele descobriu que a câmera fotográfica tem o poder de repelir ou aproximar as pessoas, dependendo de como o fotógrafo atua. Para ele, é um ato de conquista e de observação cuidadosa.
Para Ricardo Sena, o ciclo da fotografia se completa quando ele retorna ao local onde fez as fotos e as
entrega às pessoas que foram retratadas. Isso nem sempre é fácil, pois muitos desses lugares têm acessos difíceis e falta de infraestrutura adequada. Ele já precisou pegar ônibus, barco e caminhar muito, além de ter dormido em rede, bancos de praça e casas de nativos. No entanto, ele afirma que todas essas experiências
trazem uma grande recompensa. Essa abordagem acaba construindo uma relação de confiança com as comunidades, e ele revela que muitas pessoas confessaram que a foto que ele entregou é a única imagem de suas vidas. Ele fez alguns amigos e reconhece que tem aprendido muito com pessoas de vidas bastante simples.
Sena acredita que, para criar uma boa fotografia, é preciso estar disposto a beber de diversas fontes artísticas, como música, cinema, pintura, escultura, literatura, teatro e dança. Todas essas formas de arte o influenciam em seu trabalho, contribuindo para uma abordagem consistente. Ele utiliza um componente antro-
pológico em seus registros, com uma inclinação maior para a Fotografia Humanista, na qual encontra uma maior satisfação. Essa abordagem coloca-o em um contato mais íntimo com as pessoas que ele fotografa, resultando em um trabalho mais honesto e digno possível das pessoas retratadas.
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«E agora, de facto, esta substância com a sua preciosa humildade torna-se, pela sua indestrutibilidade, a mais fiel portadora da mensagem do homem».
• Killer Babe • ACRÍLICA SOBRE TELA (detalhe) • 1x1m • Fabricio Branco •
Bernard Leach
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O verdadeiro tema das pinturas “afro” de Guache Marques não é, como se tem dito, a africanidade ou afrodescendência; o tema dessas pinturas é a cor. Os motivos afro-brasileiros podem aqui ser o assunto, um dado circunstancial, contingente, privilegiado até e tornado valioso. Contudo, um outro assunto, bem diverso do atual, desde que se prestasse aos desen-
volvimentos solicitados pelo artista, poderia ter sido eleito sem que se alterasse o núcleo temático. É interessante, a propósito, notar quão facilmente alguns títulos aparentados entre si – e que certamente poderiam ser substituídos sem grande prejuízo – podem induzir a equívocos de interpretação, sobretudo quando, na Bahia, evocam-se as “raízes”, atraindo para si a atenção do interlocutor que neles procura, em vão, o sentido das obras.
É claro que não se pode ignorar a presença dos signos pintados – estão aí simplesmente e, ademais, traçados com um vigor e uma clareza que preservam prontamente reconhecível a sua procedência. Restam, entretanto, formalmente depurados, não mais atrelados ao contexto original do qual foram arrancados. Do símbolo emotivo só vestígios subsistem: a abstração os esteriliza; dir-se-ia que
• Guache Marques • @guachemarques •
tal símbolo é o objeto a ser consumido, e então a operação pictórica consiste em fazê-lo recuar. Agora são esqueletos sobre e em torno dos quais a cor se encorpa, expande-se e se contrai alternadamente, e arrasta consigo a luz; são esqueletos a delimitar e dar sustentação a zonas de cromatismo vibrante, quando não submergem, diluídos, à potência destas. Não é novidade, para quem o tenha seguido em sua carreira, reconhecer em Guache um virtuoso da cor, que a intensifica, fá-la persuasiva [e também, nesse sentido, barroca],
não raro estridente, criando, por vezes, intumescências à superfície do quadro sem quaisquer possibilidades de neutralizar-se e apagar-se, saturando-a antes com fulgores, que são também registros “termométricos” desse ambiente inventado. Os signos assumem valor tectônico: já quase uma arquitetura sem massa e sem peso (pois toda a densidade se restringe à própria realidade material da pintura, sua fisicidade), estão aí para aclarar relações – logo não poderiam admitir outro talhe senão o geométrico.
A associação cor-forma geométrica é histórica: dos mosaicos romanos a Mondrian, das marchetarias renascentistas à publicidade contemporânea, que técnico das artes visuais pôde ignorá-la? Esse binômio é a língua dos brasões, dos emblemas áulicos d’outrora, mas é, não menos, o das logomarcas e ícones hodiernos. Entretanto a cor de Guache não é plana nem homogênea, embora firmemente encapsulada na grade geométrica e remetida continuamente ao plano; é, ao contrário, um campo de força cuja grande intensidade
vibratória se arremessa à retina do observador, num efeito devido em parte à interferência de grafismos e pinceladas distribuídos irregularmente para pôr em relação áreas contíguas que de outro modo estariam isoladas, talvez inertes. Além disso, uma cor límpida, pura, pouco se prestaria a uma abordagem fundamentalmente dinâmica (ainda que não óbvia) da pintura; e o dinamismo aí alcançado é auto-evidente. Mas há algo em Guache que, não sendo – creio – intencionalmente temático, nos informa dessa africanidade que
se quer encontrar nessas obras. Esse algo subjaz à sua técnica colorística: um certo predomínio do quente e do morno dado pelo amplo uso de tons terrosos, óxidos de ferro naturais ou sintéticos. São arranjos cromáticos sugestivos de sua própria origem material, da sua categoria no reino natural. E é desse ponto de vista que se poderia falar, legitimamente, em “raízes”, na medida em que tais relações reverberam subjetivamente, como memória afetiva duma cultura na qual uma Natureza mítica, em contraste com as atuais tecnocracias, é ecoada sem cessar.
“Tudo que você pode imaginar é real.”
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• Pablo Picasso •
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Raped by the Werewolf • ACRÍLICA SOBRE TELA
1x1m
Fabricio Branco
Miguel Cordeiro despontou como artista na cena cultural em 1979 por meio dos grafites urbanos de Faustino, um personagem icônico que foi retratado nos muros de Salvador e outras cidades brasileiras. Faustino ironizava aspectos do comportamento humano no cotidiano.
Os trabalhos de Miguel Cordeiro abrangem diversas técnicas e dimensões, incluindo pintura, desenho, colagem e construção de objetos. Suas obras convidam ao deleite estético e à reflexão sobre as certezas e incertezas da evolução humana e do nosso constante desnorteio. Cores quentes, puras e vivas são usadas para celebrar a “Primavera Burlesque”, uma metáfora do contínuo renascer artístico e da ironia do olhar.
O texto destaca que a arte de Miguel Cordeiro impressiona pela expressão estética e rebeldia temática, inserindo-se no contexto contemporâneo de inquietação, especialmente no que diz respeito às questões de igualdade social.
O processo poético de criação do artista começa
com um primeiro traço na folha de papel, que se materializa e ganha vida durante o desenvolvimento do discurso e na composição da obra de arte.
Miguel Cordeiro nasceu em Salvador, em 1956, e é um artista autodidata. Ele começou sua trajetória na primeira metade dos anos 1970, trabalhando com desenho, colagem e pintura. Suas principais influências incluem a Arte Pop, o Rock, as histórias em quadrinhos e os escritores ligados ao movimento da Contracultura.
Ele é reconhecido como um dos pioneiros do graffiti e da street art no Brasil, sendo o criador do personagem Faustino em 1979, que retratava aspectos do comportamento humano em um mundo em constante transformação.
Miguel Cordeiro participou de várias exposições e mostras no circuito alternativo, ilustrou capas de discos e livros, e sua arte também ganhou destaque nas mídias eletrônicas com a popularização da internet, sendo compartilhada e analisada em diversos sites nacionais e internacionais.
• Miguel Cordeiro • @miguelcordeiroart •
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“Um verdadeiro artista não é aquele que é inspirado, mas aquele que inspira os outros.”
• Twin Sisters • DIGITAL POSTER 60x40cm • 1x1m • Fabricio Branco •
Salvador Dalí •
FAST NATURE
Fabricio Branco é um artista multimídia que se destaca por sua carreira profissional no design gráfico. Sua plataforma consolidada é caracterizada por uma identidade forte, diferenciação marcante e versatilidade impressionante. Ao longo de sua trajetória, Branco desenvolveu um trabalho autoral que se adapta às mudanças e à dinâmica do mercado, que oferece um leque diversificado de possibilidades.
A obra de Fabricio Branco reflete a noção de que a vida passa rapidamente e que nós, seres humanos, atravessamos o mundo numa velocidade muito além do que podemos imaginar. Através de sua arte, ele aborda a efemeridade do tempo e a transitoriedade da existência. Suas criações exploram a ideia de que cada momento é fugaz e irrepetível, convidando o espectador a refletir sobre a brevidade da vida e a apreciar plenamente cada instante. A constante inovação e experimentação são elementos
essenciais no trabalho de Branco. Ele está sempre buscando novas formas de expressão, incorporando diferentes mídias, técnicas e abordagens em suas obras. Sua abertura para a mudança e sua disposição para experimentar resultam em uma evolução constante de sua arte, levando-o a explorar territórios desconhecidos e a expandir os limites do seu próprio estilo.
A obra de Fabricio Branco transcende as fronteiras convencionais das artes visuais, adentrando em instalações, performances, intervenções urbanas e outros formatos interativos.
Sua abordagem multidisciplinar e sua capacidade de adaptação às demandas do mercado permitemlhe explorar um amplo espectro de expressão artística, dialogando com diferentes públicos e contextos.
Por meio de suas criações, Branco convida o espectador a vivenciar o presente de forma mais consciente e plena. Ele busca despertar a
sensibilidade do público para a fugacidade da vida e incentivar uma apreciação mais profunda dos momentos que compõem nossa existência. Seu trabalho artístico se torna um lembrete poderoso de que cada instante é único e valioso, e que devemos aproveitar ao máximo as oportunidades que a vida nos oferece.
Em resumo, o trabalho de Fabricio Branco é caracterizado por sua identidade marcante, diferenciação notável e versatilidade impressionante. Sua arte aborda a efemeridade do tempo e convida o espectador a refletir sobre a brevidade da vida. Com uma abordagem inovadora e experimental, Branco desafia as fronteiras da expressão artística e nos lembra da importância de aproveitar plenamente cada instante que nos é concedido.
• Mr. White • @mrwhite_artdesign •
Irina Biletska, natural da Ucrânia, é uma profissional especializada no desenvolvimento de projetos de arquitetura orgânica e construção natural. Com uma equipe dedicada de 15 anos de experiência internacional, estamos comprometidos com nosso propósito e paixão neste campo.
Nossa atenção aos detalhes começa desde a concepção do projeto e continua até a entrega das chaves. Independente de onde você esteja no mundo, nós cuidamos de todo o trabalho para você, pois estamos acostumados a receber clientes de várias localidades. Somos fluentes em inglês, espanhol, português, russo e ucraniano. Como uma família unida, também colaboramos com parceiros de diferentes áreas. Enquanto construímos em Serra Grande, um paraíso
intocado na Bahia, Brasil, nossos projetos podem ser adaptados para qualquer local do mundo.
Temos orgulho de operar uma escola de bioconstrução e arquitetura orgânica, onde compartilhamos nosso conhecimento com jovens arquitetos, engenheiros e construtores. Juntos, nós nos esforçamos para criar um mundo melhor.
Sobre Arquitetura Orgânica e Construção Natura
Irina Biletska adquiriu amplo conhecimento e compartilhou sua experiência em arquitetura orgânica, permacultura, construção natural e cocriação de projetos por meio de suas extensas viagens e pesquisas em todo o mundo.
Desde que chegou ao Brasil em 2011, reside na Vila Piracanga, localizada no sul da Bahia, onde já realizou com sucesso diversos projetos, integrando
várias técnicas como construção com terra, bambu, telhados verdes e sistemas de engenharia sustentáveis. Irina pratica arquitetura orgânica e técnicas de construção natural desde 2005, tendo trabalhado em projetos no Brasil, Ucrânia, Turquia, México e Argentina. Ela recebeu treinamento em métodos de arquitetura orgânica no Goetheanum (Basel, Suíça), Fórum Internacional do Homem e Arquitetura (IFMA, Alemanha), Fórum Internacional de Intuição Aplicada (Berlim, Alemanha), design participativo em Damanhur (Itália) e bioarquitetura com Johan van Legen em Tibá (Brasil).
A arquitetura orgânica adota uma abordagem intuitiva de design, baseada em processos funcionais, sonhos e necessidades do cliente
• Irina Biletska • @irinabiletskaarchitects •
e nas características do ambiente. Nossos projetos visam estimular e apoiar o desenvolvimento humano e o bem-estar dos habitantes.
Na arquitetura orgânica, os edifícios são vistos como organismos vivos, estruturados de acordo com suas funções e crescendo naturalmente dentro de seu próprio contexto (localização, ambiente social e ambiente cultural). Cada parte deve refletir e expressar sua função específica e desenvolver-se naturalmente do todo para os elementos vizinhos, criando um senso de comunidade entre as partes. O objetivo da arquitetura orgânica é criar edifícios que transmitam um sentido de vida e reflitam a individualidade de cada ser. Nesse sentido, o design orgânico leva em consideração não apenas as necessidades físicas dos usuários, mas principalmente suas necessidades psicológicas e espirituais, contribuindo
para seu desenvolvimento interior e bem-estar. Desenvolvemos e co-criamos projetos por meio do design participativo, conversas dinâmicas, maquetes de argila, dança, meditação ativa e sentindo profundamente o local onde o edifício será inserido. Estamos conscientes das necessidades e perspectivas de desenvolvimento humano no atual panorama societário.
Com sua vasta experiência internacional, Irina Biletska e sua equipe se dedicam a fornecer projetos excepcionais, desde o conceito até a entrega. Através de seu compromisso com o design sustentável e consciente, eles se esforçam para criar espaços que promovam o desenvolvimento humano, o bem-estar e a harmonia com o meio ambiente.
“Só existe uma dieta saudável para a criação artística: revolução permanente.”
• Stickers - Urban Arts • FOTOGRAFIA • Palermo - Buenos Aires • Fabricio Branco •
—Jean Dubuffet