eu Analiso! Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras sĂŁo para mim corpos tocĂĄveis, sereias visĂveis, sensualidades incorporadas. Talvez porque a sensualidade real nĂŁo tem para mim interesse de nenhuma espĂŠcie — nem sequer mental ou de sonho —, [‌]. Estremeço se dizem bem. Tal pĂĄgina de Fialho, tal pĂĄgina de Chateaubriand, fazem formigar toda a minha vida em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de um prazer inatingĂvel que estou tendo. Tal pĂĄgina, atĂŠ, de Vieira, na sua fria perfeição de engenharia sintĂĄctica, me faz tremer como um ramo ao vento, num delĂrio passivo de coisa movida. [‌] odeio, com Ăłdio verdadeiro, com o Ăşnico Ăłdio que sinto, nĂŁo quem escreve mal portuguĂŞs, nĂŁo quem nĂŁo sabe sintaxe, nĂŁo quem escreve em ortografia simplificada, mas a pĂĄgina mal escrita, como pessoa prĂłpria, a sintaxe errada, como gente em que se bata, a ortografia sem Ăpsilon, como o escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse. — Bernardo Soares
O defeito dos homens não Ê serem doentes: É chamarem saúde à sua doença, E por isso não buscarem a cura Nem realmente saberem o que Ê saúde e doença. — Alberto Caeiro
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glifo â™? (espiga de trigo segurada pela Virgem; genitais femininos) Polaridade Negativo Elemento Terra Modalidade MutĂĄvel DomicĂlio ExĂlio Exaltação Queda
MercĂşrio JĂşpiter / Neptuno MercĂşrio VĂŠnus
AnĂĄlogo Ă
Casa VI
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Sidney Hall (1824)