#7 - YELLOW EDITION - 2 COVER

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Nยบ7

ABR 2018








Fábio Sernadas DIRETOR

Emanuel Ramos Diretor de Moda

Coordenador Executiva Ana Maia Moda Joana Pires Santos : Editora de Moda António Gabriel : Stylist Arte Patricia Silva Redação Ivânia Cardoso, Miguel Prata, Bárbara Dixe Ramos, Sónia Loureiro Fotografia Patricia Meinedo : Diretora de Fotografia Luis Carlos : Editor de Fotografia Afonso Duarte : Edição e Montagem Marketing e Redes Sociais Inês Carvalho Edição Gráfica Bárbara Alpuim Carolina da Fonseca Informática Cristiano Gomes

Administração Fábio Sernadas; Emanuel Ramos Conselho Editorial Fábio Sernadas; Emanuel Ramos; Patricia Meinedo; Ana Maia; Inês Carvalho

A FAIRE é uma revista mensal, direcionada para o público curioso, também com uma plataforma online. A FAIRE foca-se em moda, mas abrange temas como beleza, cultura e lifestyle. A FAIRE compromete-se a apoiar editorialmente a moda e projetos inovadores. A FAIRE nunca se deixará condicionar por interesses partidários e económicos ou por qualquer lógica de grupo, assumindo responsabilidade apenas perante os que pode desempenhar um papel importante ao nível da sensibilização social, promovendo uma sociedade mais informada e igualitária. A FAIRE dirige-se a um público de todos os meios sociais e de todas as profissões. A FAIRE estará sempre atenta à inovação, promovendo a interação com os seus leitores.




YELLOW 14 CARTA DE EQUIPA 18 FÁBIO SERNADAS 24 A EQUIPA 52 OPIAR 58 OLD FADE BASTARD 62 SHOPPING 90 SÉRGIO SOUSA 104 JOÃO AGUIAR 110 RICARDO DE SÁ 116 DECORAÇÃO 148 YOUTUBE : O PODER DA EXPRESSÃO PESSOAL 150 CULINÁRIA 174 RITA SÁ 180 DUARTE 186 GENERATION

Editorial de Fábio Sernadas

AGENDA

EDITORIAIS

96 CINEMA INTERNACIONAL

38

98 A VIDA DE MARILYN

68 HIPPIE LIVING

MONROE

120

DREAM GARDEN

106 TEATRO E EXPOSIÇÕES

136

INDEPENDENT WOMEN

108 MÚSICA

154 SOUR DROPS OF LEMONADE 186

INTO THE DARK

GENERATION


SPRING/SUMMER’18


www.sahoco.com


1 ANO

CARTA DO DIRETOR

20 de abril de 2017, nascia a FAIRE Magazine. Tentei sempre colocar de lado a minha parte sentimental nas cartas anteriores, mas nesta não o irei fazer. Falarei com o coração cheio e com todo o sentimento que existe por esta revista. Foram 365 dias excelentes, de muita aprendizagem, de muitas emoções a flor da pele, muitos nervos por não querer falhar e não falhamos! De uma forma ou de outra conseguimos sempre publicar as edições que queriamos, de uma forma ou de outra conseguimos sempre publicar na nossa página online tudo o que queriamos. Há muitos obrigados para dizer, há muitos abraços de gratidão que ficaram por dar, mas eles estão todos aqui, guardados para no momento certo dar um a um. Os obrigados que posso dar agora é essencialmente a todos aqueles que nos apoiam, a todos aqueles que acreditam em nós e a cima de tudo a minha equipa, que com algumas entradas e saidas ao longo deste ano se mantiveram ao meu lado. A FAIRE Magazine está de parabéns e em nome de toda a equipa, esperamos que este seja o primeiro de muitos anos. Obrigado por estar connosco e aguarde, pois muitas surpresas estão para vir.




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Spring/Summer’18


ENTREVISTA


FÁBIO SERNADAS

por Patricia Silva

PORTO, 20 DE ABRIL DE 2017: ESTAMOS DE PARABÉNS!

edição celebra a alma e a Dois sonhos, em Madrid, esboça- Esta essência do verbo fazer na sua

ram a rota que iria ser traçada na cidade do Porto. Mergulhar no projeto FAIRE foi algo que insperadamente se tornou complexo. As primeiras reuniões propostas pelos atuais diretores e fundadores do recente projeto foram uma dicotomia canónica que aplaudiu de pé ao propósito da criação da revista: ser a âncora da mudança no tenro mundo jornalístico e cultural. Depois de 12 meses de construção, a revista FAIRE Magazine celebra um ano de existência.

forma mais crua. O Fábio, um jovem de 22 anos, um dos diretores da revista, presenteou-nos com as suas palavras e decidiu retirar-se do seu local de conforto, falar sobre a revista sem que as emoções e os sentimentos se revelassem à flor da pele.

UMA BOA NOITE EM MADRID

O “era uma vez” do projeto FAIRE Magazine começou por se desenvolver em Madrid, prestes a “entrar no quarto da Calle Colegiata, n16”. É exatamente com a palavra “sonho” que o jovem diretor inicia o seu discurso: “nasceu de um sonho meu, enquanto estive a viver em Madrid.” Numa fase inicial realizou diversos trabalhos de fotografia e consequentemente de moda, que, involuntariamente, despertaram o que viria o seu projeto, “lembro-me como se fosse ontem deste sonho. (…) estava a entrar no quarto onde tudo nasceu e ao telefone dizia ‘não te preocupes que já estou a levar as chaves’. Quando olhei para as chaves, dizia numa chapinha de plástico redação”, revela o diretor de um projeto que foi ponderado, durante meses, até chegar à construção do website online e, posteriormente, à edição da revista mensal.

A FAIRE rapidamente, aprontou a sua bagagem e uniu as dicotomias mais extintas, sem “bons” nem “maus”, mas sim “únicos” e “plurais”. A necessidade de criar um projeto, inserido no mundo jornalístico, pressionou a criação da FAIRE, dado que “acima de tudo queremos apoiar aqueles que não tem poder suficiente seja económico ou social para serem vistos”, contou o jovem diretor. Levantar voo rumo ao resultado final foi “uma verdadeira loucura”, segundo Fábio. Sem considerar a possibilidade de Emanuel Ramos, o atual diretor de Moda, ingressar nesta viagem, o “vamos nessa! Vamos criar uma revista” foi o mote que os levou à loucura e ao improvável que celebra o primeiro ano de existência, este mês!


F-A-I-R-E:

Na pele de quem quer fazer a diferença A retrospetiva dos últimos 365 dias afirma-se como o reflexo de uma mudança que passa por uma base arquitetónica, cujos esquissos se revelam um pouco abstratos. Desta forma, a FAIRE é a essência que há muito o pequeno grupo de aspirantes e jovens estudantes da comunicação procuravam. A unicidade é algo que distingue a FAIRE de uma forma caraterística e meticulosa. Segundo Fábio, “O principal objetivo foi criar uma equipa, criar uma base, um esforço por todos para que, juntos, nos fosse possível criar algo único.” Assim, o diretor-sonhador descreve a sua equipa com uma palavra que gosta muito: “Impecável.” Ainda que pequena, é caso para reforça a expressão “poucos, mas bons”. A jovem equipa é o reflexo de uma força intolerante ao conformismo é à banalização. Os momentos partilhados gerados em prol da revista foram bons e maus, contudo, “ela (equipa) sempre esteve lá”. A palavra “insubstituíveis” assumiu-se, desde logo, no discurso de Fábio que com toda a segurança afirma que o seu sonho não seria nada sem a sua equipa. Com uma visão em comum, o princípio inicial da FAIRE foi cumprido: “o objetivo tem vindo a ser cumprido, temos crescido a olhos vistos.

O feedback das pessoas, sejam elas reconhecidas ou não e que efetivamente conhecem a FAIRE, é sempre tão positivo que me deixa de coração cheio.”, admite. É visível a persistência em manter uma relação igualitária, informal e desmistificada de preconceitos e estatutos no que compete ao conteúdo da revista e, como tal, o resultado da luta foi muito evoluindo, ao longo dos tempo, nomeadamente, pela parte do leitor. O mote deste projeto foi eleita com um intuito: prezar por um conceito diferente. Tal como Fábio afirma, ““Achei que devíamos lutar cada dia por algo melhor na cidade onde me viu crescer e acima de tudo mostrar que uma revista consegue nascer sem estar em Lisboa. Quiçá como uma critica social” defende Fábio.

DOS “SINS” GLORIOSOS AO QUE FICOU POR FAZER (DIZER) … Com uma evolução, na sua maioria, extremamente positiva, recordar os “sins” que mais gostaram de ouvir e, contrariamente, os “nãos” que agiram exatamente da mesma forma, foi uma tarefa complicada para o jovem diretor: “Fazendo uma retrospetiva do que já vivemos até hoje, talvez todos aqueles “sins” de aceitação quando pedimos para fotografar ou entrevistar uma certa marca. Acho que não há só um SIM que possa dizer que foi o mais importante.

Mas sim todos aqueles que nos permitem realizar as capas das edições, das entrevistas, das divulgações, tudo. Quanto ao NÃO, a FAIRE nunca fugiu muito do seu caminho e nunca lidou com um não que fizesse mudar as coisas, mas sim, já tivemos entrevistados que nos recusaram porque somos zero no contexto social. A FAIRE de todos os nãos que teve, sempre os levou como um agradecimento, porque podemos perceber muita coisa”, revela.


. Não recordar todo o trabalho desde o site online às edições mensais seria impossível e, como tal, voltamos no tempo para que fosse possível reviver os momentos mais memoráveis. O jovem diretor admite que poder acompanhar as semanas de moda nacionais, como outro eventos e trabalhar com marcas internacionais com tão pouco tempo, foi sem dúvida o que mais o agradou, “poder cobrir os eventos como Imprensa foi realmente gratificante. E depois claro, acompanhar certas marcas, como a Marita Moreno que colocou a FAIRE tanto em Berlim como em Nova Iorque. São pequenos gestos que fico eternamente grato.” Com um ano cujo Fábio Sernadas descreve com a palavra orgulho, o mesmo considera que existem coisas por fazer e, até mesmo por dizer, “ainda há muito que queremos fazer e ainda há muito para surpreender. Para dizer, acho que agradeço poucas vezes a ajuda do meu sócio, também ele um dos Diretores e Diretor de Moda da FAIRE. Digo-lhe muitas vezes que eu fui o arquiteto, que projetei, e ele foi o trolha que moveu tudo e todos em prol da FAIRE e acho que nunca haverá um Obrigado suficiente para agradecer ao Emanuel”.

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Numa ótica mais individual, o jovem diretor afirma que a possibilidade de terem existido alguns temas que possam ter passado por hesitações, tendo em conta o facto de ser uma pessoa entendida na área do Jornalismo, ainda assim, sempre foi possível resolver em equipa todos os temas. Sendo também um dos mentores e redatores da FAIRE, abordar a complexidade de decisões foi igualmente algo evidenciado, “Para começar foi realmente aceitar e dizer para mim que iria abraçar este projeto de alma e coração! Todos os meses há decisões a tomar, todos os dias há algum e-mail que tens de ponderar e pensar se será o rumo certo a tomar. Claro que houve problemas no inicio que tiveram de ser enfrentados, mas provavelmente ter de separar amizade do profissionalismo perante a minha equipa e fazer com que entendessem que havia decisões, que por mais que fossem meus amigos, não poderia aceitar… Como redator, sempre coloquei as questões que achava pertinente. Nunca, felizmente, tive um entrevistado que ficasse incomodado com as minhas perguntas, pelo contrário”, afirma.


PRÓXIMA DIREÇÃO: (ser) A Bússola da Mudança

Com um caminho longo para percorrer, muito trabalho a fazer e obstáculos por ultrapassar, a luta para construir uma grande muralha com todas as “pequenas pedrinhas”, revela-se de forma “bastante saudável” e, desta forma, a equipa encontra-se a trabalhar em edições especiais assim como na realização de parcerias. Para o jovem diretor, não há maior orgulho que poder deliciar-se com todas as edições que foram feitas desde setembro do ano passado e poder com a sua equipa coordenar todas as edições.

A direção, será a mesma, com todas as coordenadas que levam esta jovem equipa a apoiar “todos aqueles jovens que gostavam de ver o trabalho deles a ser divulgado, apoiar todos aqueles que fazem excelentes trabalhos, mas não tem poder suficiente para tal”, considera Fábio.Quanto ao próximo passo, (nós) gostamos de surpreender os leitores e, por isso, continue nesta viagem!



EQUIPA “SOMOS FEITOS DE SONHOS E OS SONHOS SÃO FEITOS DE NÓS” JEN-LUC GODARD Com pouca ou nenhuma experiência decidimos embarcar neste projeto. Somos novos, somos pequenos, mas esta é a equipa FAIRE que desde o dia 20 de abril de 2017 trabalha para dar aos nossos leitores as melhores experiências.

Amigos e colegas de trabalho, Fábio Sernadas e Emanuel Ramos são os diretores da FAIRE Magazine. Um ex-modelo internacional e um jornalista e fotógrafo, iniciaram a aventura na ONNO (âgencia de modelos de Emanuel Ramos) e decidiram criar a FAIRE para quebrar um ciclo vicioso no âmbito da comunicação social, onde os pequenos raramente tinham oportunidade e voz para mostrarem os seus talentos. Assim, após meses de trabalho, criou-se o ADN de uma revista, que nasceu para dar a voz a todos aqueles que serão o futuro de portugal nas mais diversas áreas.


ANA MAIA

Nascida a 23 de março de 1994, Ana Maia nasceu e reside, atualmente, em Vila Nova de Gaia. O bichinho pela escrita acompanhou-a desde tenra idade.No entanto, nem sempre soube o que queria ser e, ainda hoje, não sabe. Em 2013, ingressou na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, onde se licenciou em Ciências da Comunicação. Em agosto de 2015, realizou um estágio curricular de três meses, no Jornal de Notícias e na Revista Evasões. Foi durante este período de aprendizagem que tomou a Cultura e o Lifestyle como áreas de preferência. Em 2016, candidatou-se ao Mestrado em Comunicação, Redes e Tecnologias, na Universidade Lusófona do Porto – onde conheceu o presente Diretor da FAIRE, Fábio Sernandas. Em abril de 2017, começou, então, a colaborar com a FAIRE, sendo atualmente coordenadora executiva.

Poder ser jornalista é uma ambição que pretende alcançar, após terminar a licenciatura. Com 20 anos, mais de 50 artigos desenvolvidos e idealizados para a FAIRE e participação quase constante nas 7 edições lançadas, sente-se grata por sentir o arrepio que se prende inocentemente à sensação de orgulho, o que torna tudo isto em algo interessante. Natural de Amarante, a investigação, a política e a cultura são os próximos rumos, alguns deles bem presentes mas que ainda tanto têm para lhe dar e, dessa forma, apresentar-se perante os leitores como uma “jovem sonhadora que quer mudar o mundo” é quase como cristalizar a ideia de que isso certamente não acontecerá. Patricia Silva é a Chefe da Editoria de Arte e Espetáculos da FAIRE Magazine

PATRICIA SILVA


BEATRIZ PATACHÃO

Trabalhar com a imagem faz com que diariamente se ponha em frente ao espelho e se pergunte: “E tu o que és? O que transmites?” A conclusão é sempre a mesma: “sou tudo aquilo que sempre quis ser”. Multifacetada e sem medo do futuro. Como resposta a “O que fazes?, hoje, posso orgulhosamente dizer, Faço aquilo que gosto”. Escolheu a comunicação como profissão e comunica através das palavras, dos gestos, das imagens, das roupas, ou não fosse ela uma stylist em ascensão. A miúda que se sentava todos os fins-de-semana a ver o 86-60-86 e via a mãe costurar os seus sonhos, hoje está orgulhosa por ter alcançado o que sempre quis: trabalhar com Moda. A grande vantagem do styling é que, directa ou indirectamente, o aplica em todas as áreas profissionais. Esperando que o seu futuro continue a colocar no seu caminho todas estas suas vertentes à prova, porque todas se interligam e têm a ganhar juntas.

Joana Pires Santos, nasceu em Leiria e atualmente tem 22 anos. O gosto pela moda, arte e o design marcaram desde muito cedo o seu percurso académico. Iniciou a sua formação na área de Design de Interiores & Exteriores em 2011. Em 2014, mudou-se para a Covilhã e ingressou no curso de Design de Moda na UBI, tendo terminado a licenciatura em junho de 2017. No mesmo ano deslocou-se para Lisboa com o propósito de alcançar novas metas e aprofundar o conhecimento e experiencia na área, assim realizou um curso de Fashion Industry com diversos conteúdos ligados ao mundo da moda.

JOANA PIRES SANTOS


Ivânia Cardoso e tenho 20 anos. Sou de Penafiel, onde morei toda a minha vida, mas estudo Ciências da Comunicação: Comunicação & Jornalismo na cidade do Porto, na Universidade Lusófona do Porto. Sou uma apaixonada pelo Jornalismo de Desporto e pelo Fotojornalismo e é exatamente por uma dessas áreas que gostava de traçar o meu futuro. Escolhi o jornalismo com poucas certezas, tendo-as ganho ao longo do percurso. Hoje sei o que procuro – lutar por dar a voz a quem não a tem.

Ivânia Cardoso

Afonso Duarte Gonçalves Pereira. Nasci em 1996, na cidade de Guimarães, e vivi toda a minha vida em Cabeceiras de Basto. Em 2015, quando terminei o secundário, ingressei na licenciatura de Comunicação Audiovisual e Multimédia na Universidade Lusófona do Porto, onde sou finalista. Grande parte dos meus conhecimentos foram adquiridos durante estes anos e isso levou-me a embarcar neste projeto que me ensinará muito mais.

AFONSO DUARTE


Produção: ONNO Fotografia: João Duque Modelos: Rita Aguiar e Beatriz Dinis MUA: Dream Make-up

























ENTREVISTA

OPIAR


a próxima DIREÇÃO A exploração mais temática e conceptual e o caráter usável no dia a dia foram os sintomas que eclodiram a marca OPIAR. A área da moda foi eleita para revelar este grande projeto que é definido por palavras como “arrojado”, “inspirador” e “distinto”. Designados como “descomprometidos”, “focados” e “divertidos”, os criadores da OPIAR são apaixonados pela descoberta e exploração das capacidades criativas. Depois de passarem pelo BLOOM, no Portugal Fashion, e pela Moda Lisboa mais recentemente, no Sangue Novo, os criadores descrevem toda a experiência como algo gratificante, “é muito satisfatório, nesta fase tão inicial, termos a oportunidade de poder ter visibilidade e credibilidade em plataformas como estas, visto que é daqui que começa a surgir a divulgação do nome e trabalho da marca”, revelam.

por Patricia Silva

Admitindo não modificar nada nos eventos em que participaram, OPIAR reconhece as oportunidades dadas bastante boas e com espaço, evidentemente, para melhorar cada vez mais,

“Não nos cabe a nós jovens

criadores ter esse poder. Nós sabemos o valor e dedicação de cada coleção e se fossemos a aplicar todos esses elementos não chegaríamos a lado nenhum porque acabaria por ser uma disputa de valores e prioridades sem fim. As oportunidades que nos são dadas nestes eventos já são bastante boas, mas como é óbvio há sempre espaço para melhorar ”


Com o objetivo de transmitir e atribuir uma vertente conceptual e temática num produto, “mesmo sabendo que teremos sempre as peças statement que só o cliente mais arrojado terá a audácia de usar”, reconhecem os criadores. A marca tem como objetivo evidenciar aquilo que definem como uma expressão criativa aliada à funcionalidade cujo sinónimo é MODA. Com olhos voltados para situações do dia a dia, as insprações da marca refletem-se em filmes, música, jogos que resumem em “basicamente tudo que nos

remete para um universo, que nos dá elementos que nos permitem criar uma narrativa”. Com uma bagagem indefenida de objetivos por cumprir, de momento, persiste a consciencialização de seguir uma direção que tenha sido tomada em Portugal, ainda assim, “preferimos estar concentrados em ser fiéis ao nosso potencial do momento e responder às oportunidades que nos vão aparecendo de forma a chegar a esse desejado patamar. Isto para dizer que gostaríamos de um dia ter uma marca de vestuário completamente sustentável”, revelam.

Quanto à Moda Nacional, salientam o facto de recair sobre os extremos, “ ou demasiado conceptual ou demasiado simples, falhando normalmente o elemento de ligação entre os dois mundos, porque na verdade, a moda além de uma plataforma de expressão creativa é um negócio”, afirmam.





ENTREVISTA

Fotografias por Bรกrbara Isidro


De clássicos e rufias, todos temos um pouco. por Beatriz Patachão

De há uns anos para cá é reconhecido que os homens têm cada vez mais preocupações com a sua imagem e procuram cuidar de si o melhor possível. Em paralelo com esta preocupação, voltam a surgiu as barbearias. Tradicionalmente, uma barbearia é um espaço onde todos os serviços são em exclusivo para o sexo masculino, mas atualmente vai para além da sua atividade: promove o convívio e o bem-estar de quem a frequenta.

A MARCA E O CONCEITO A Old Fade Bastard (OFB) é, também, uma barbearia. Old Fade Bastard é uma marca que surge em 2015 a par e passo com a evolução pessoal e maturação profissional do seu criador. ​Daniel Esteves, ou Barbeiro Esteves como é conhecido, é a mente e o talento por detrás da marca e conceito OFB. Se à primeira vista e impressão, o nome não nos remete para a barbearia tradicional, talvez seja por não ser apenas mais uma e com um conceito simples. A desconstrução do mesmo leva-nos à sua essência e missão na área.


OLD – Há hábitos a serem mantidos, tra-

dições a serem guardadas e é isso que o homem atual continua a procurar: os bons velhos costumes.

FADE – A procura pela excelência no corte. O barbeiro é alguém instruído que aplica a técnica certa em cada cliente.

BASTARD – Todos os homens têm a sua

própria identidade e estilo de vida. Mas é inegável que em todos existe um lado bad boy.

CONTACTOS: Facebook: Old Fade Bastard Barber Shop @oldfadebastard_barbershop Rua Joaquim Sabino Faria, nº23, 4 2615 Alverca Tlm: 966 849 720


Tal como as antigas barbearias, a Old Fade Bastard segue as técnicas clássicas, tendo uma base old school, mas reinventa as mesmas com as novas tendências de corte e hairstyling, criando um conceito de vanguarda moderno e arrojado. “Pretende-se misturar o melhor de antigamente com as novas tendências.”- afirma Daniel – “É isto que o cliente procura, sendo um homem moderno e experiente.”

A CASA

A OFB é um espaço que reúne os gostos de Daniel e um pouco de todos os mundos. Um amante de motas é quase obrigado a ter uma no seu local de trabalho. Não à porta, mas dentro do mesmo. Essa é a grande inspiração para a decoração do espaço, distanciando-se de todas as demais que procuram ter um look mais clássico, retro e/ou vintage. Inspirado por um programa de televisão, em que cinco amigos se reúnem diariamente numa oficina a montar/reconstruir motas, Daniel quis ter o seu próprio barracão, a sua oficina motard com um estilo home made, onde reaproveita vários materiais para tornar o espaço em algo único. “A ideia é a mesma, mas eu não faço motas, faço cortes de cabelo”, explica Daniel.

Os sofás, a música meticulosamente escolhida, os frigoríficos abastecidos com cerveja fresca, são os elementos perfeitos para a confraternização, não só de clientes, mas de amigos, promovendo as principais premissas da OFB: partilha, irmandade e lealdade. Este é o espaço que Daniel escolheu para receber os seus e de onde não quer sair: “É aqui que quero continuar a receber os meus amigos, que venham só para me dizer olá, que se sentem a beber uma cerveja e a conversar, que se sintam em casa.”

O FUTURO

A Old Fade Bastard não quer sair de onde está, nem abrir outras lojas. Fica em Alverca, terra natal de Daniel e é onde quer se estabelecer. O local foi escolhido com os olhos postos no futuro. Se hoje conta com duas cadeiras, amanhã espera-se que conte com mais outras tantas, mantendo a qualidade até agora oferecida. O mais importante é continuar a crescer com os clientes habituais, receber de igual forma os novos, mas sobretudo continuar a trabalhar com as futuras gerações dos mesmos. Fazer deste um negócio familiar e de família. Para além disto, a marca vai crescer para fora das cadeiras da barbearia. A OFB vai também ter os seus próprios produtos de estética e também irá investir numa linha de roupa.


WANNA BE BOLD? Yellow it up!

O amarelo torna-se uma das cores tendência das proximas estações de primavera/verão. Forte, irreverente e distinto, é a cor certa para ser o centro das atenções e aconselhamos que o público masculino não se intimide de usar a cor mais viva deste verão. Facilmente conjugado com cores neutras e básicas, o amarelo é o "turning-point" certo para os amantes do Street Style.

por Daniel Pinheiro


GUCCI

NIKE

PAUL SMITH

Arrisque, inove e divirta-se ao incluir as chamadas "cores vivas" no seu guarda-roupa.





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Fotografia e Pós-Produção – Bárbara Isidro Styling e Makeup– Bárbara Isidro Modelo – Beatriz Fernandes – ONNO Models Obrigado especial a loja My Closet























SÉRGIO SOUSA ENTREVISTA


por Fábio Sernadas

UM OLHAR SOBRE O DETALHE O gosto pela moda foi-

-se mostrando através dos estudos e do tempo, assim como o interesse pela área do design que, para Sérgio Sousa, foi a ponte criada para o mundo da Moda.

O gosto pela procura de soluções, do desenvolvimento do produto e a fase de repensar e dimensionar o detalhe do mesmo foram os fatores que levaram o jovem a dedicar-se à área de design de moda, ainda que tivesse interesse noutros ramos dedicados à mesma.

Tendo oportunidade de trabalhar com o designer Hugo Costa, foi-lhe possível colocar em prática grande parte da formação que teve anteriormente, “aprendi a ter outra visão sobre o mercado de trabalho, aprendi o que fazer e não fazer em algumas situações, a ser mais objetivo”, revela o jovem designer.

O criador de 25 anos assume não querer “inventar” ou “reinventar” a moda, “mas sim trabalhar com as peças mais usadas no dia a dia e acrescentar o que mais valorizo, que são os detalhes” Considerando a moda como uma forma de “apresentar, talvez um status, um estado de espírito ou um prazer, mas essencialmente uma forma de estar”, o seu trabalho reflete a sua visão do mundo que, como o mesmo indica, “muitas vezes em tom de sátira, crítica ou uma forma de estar.”

Admite, igualmente, ter sido um grande contributo para o seu entendimento numa ótica mais internacional. “Graças à experiência que tive com o Hugo aprendi também como funciona o mundo da moda fora de Portugal” conta Sérgio. No que compete às suas criações, produziu peças para a marca AREA8, que são baseadas no sportswear, mas que se distinguem pela valorização dos tecidos e detalhes, “Não quero criar peças de museu, quero um dia andar na rua e ver pessoas a usarem AREA8”, assegura.


Além da moda, Sérgio é também apaixonado por design de Calçado, fotografia e música e procura a sua inspiração em diversas coisas que vão além do espectável. As Tribos urbanas, as diversas culturas do mundo, a música, a rua, arquitetura, o cinema e muitas vezes os tecidos são o seu ponto de partida.

MODA NACIONAL COM FALHAS? Segundo Sérgio, existem falhas que ainda persistem em Portugal no que diz respeito à moda nacional, “principalmente clientes que valorizem o design português e as marcas portuguesas; eventos ou plataformas onde mostrem o trabalho dos criadores, sem que sejam concursos ou grandes plataformas já conhecidas. Falo em concursos porque há sempre uma grande necessidade de querer surpreender e ser diferente o que, muitas vezes, obriga os jovens criadores a desenvolverem projectos para diferenciar, e não para mostrar o que realmente pretendem”. Quanto ao que falta para que o trabalho dos jovens designers seja valorizado, compete à necessidade de alienar a

ideia de concursos para que os jovens consigam mostrar e fazer o que realmente lhes satisfaz, “(…) mostrem o trabalho dos jovens designers sem ser em concurso, onde há quase uma obrigação ou necessidade de criar algo para o show, algo para surpreender um júri ou completamente fora da caixa.”, revela. Sendo que a Moda é feita para as pessoas, o trabalho de Sérgio pretende direcionar estas de forma a identificarem-se com a marca, com o streetwear e, certamente, já esteve mais longe, “fiquem atentos porque a primeira coleção oficial foi apresentada recentemente e muito em breve o website estará a funcionar assim como a loja online!”



Photo: Rossana Mendes


www.maritamoreno.com


AGENDA

CINEMA

INTERNACIONAL MANIFESTO Os históricos manifestos de arte podem ser aplicados à sociedade contemporânea? É isso o que Cate Blanchett tenta responder ao explorar os componentes performáticos e o significado político de declarações artísticas e inovadoras do século XX, que vão dos futuristas e dadaístas ao Pop Art, passando por Fluxus, Lars von Trier e Jim Jarmusch. 5 de abril de 2018


NÃO ME AMES Um casal acaba de escolher a mulher que vai utilizar como barriga de aluger: uma jovem imigrante. Levada para morar junto com eles na sua luxosa casa, a jovem desenvolve uma boa relação com a esposa e juntas se tornam amigas. Mas, no interior, a mulher está cada vez mais deprimida e não conta isso ao seu marido, sempre distante com assuntos do trabalho. Depois de uma discussão com a barriga de aluguer, ela decide dar uma volta de carro que será a sua última. 12 de abril de 2018

TULLY Marlo (Charlize Theron), mãe de três filhos, sendo um deles um recém-nascido, vive uma vida muito atarefada, e, um dia, o seu irmão oferece-lhe uma ama para cuidar das crianças durante a noite. Ainda que com medo por deixar os seus filhos com outra pessoa, Marlo acaba por se surpreender com Tully (Mackenzie Davis). 19 de abril de 2018

VERDADE OU CONSEQUÊNCIA A história de um grupo de amigos que passa a ser perseguido por algo ou alguém depois de jogarem ‘Verdade ou Desafio‘ durante uma viagem de férias. Com o passar dos dias, o jogo torna-se mortal e começa a punir os jogadores que se recusam a contar as verdades e a participar dos desafios. 19 de abril de 2018



por Ana Maia

DE UMA INFÂNCIA CONTURBADA À FAMA

A vida de

MARILYN MONROE Nascida a 1 de junho de 1926, Norma Jean Mortenson teve uma infância conturbada. A sua mãe Gladys Pearl Mortenson deu-a para adoção e não há certezas da identidade do seu pai. Durante a sua infância, Marilyn cresceu em orfanatos e lares adotivos, longe da mãe, que esteve a maior parte do tempo internada em centros psiquiátricos, devido à sua condição mental.

Aos 16 anos, a sex symbol deixou os estudos e casou com o irlandês Jim Dougherty, que anos mais tarde seria enviado para a Segunda Guerra Mundial. Então, em 1944, com o seu marido ausente, Norma começou a trabalhar numa fábrica de paraquedas. E foi durante o trabalho, nessa mesma fábrica,

que a futura atriz chamou a atenção de um fotógrafo, conseguindo assim o seu primeiro trabalho como modelo. Norma abandonou, assim, o seu posto na fábrica e lançou-se na carreira de modelo. O seu corpo deslumbrava os fotógrafos, tanto que um deles levou-a à agência de modelos Blue Book – onde lhe pintaram o cabelo de loiro platinado – que deu a Norma a

formação necessária para a carreira de modelo. A sua primeira capa de revista foi para a “Douglas Airview”, em janeiro de 1946. E, num espaço de um ano, foi capa de mais 33 de revistas nacionais, tal como a revista Playboy.


A sua carreira no grande ecrã começou com pequenos papéis em Scudda Hoo! Scudda Hay! (1948) e The Shocking Miss Pilgrim. No entanto, foram os filmes Niagara e Gentlemen Prefer Blondes que a lançaram. Todavia, depois do filme The Seven Year Itch, ela queria um papel sério para ofuscar sua imagem de sex symbol e de “loira burra”, então, ingressou para o New York’s Actors Studio para trabalhar com o diretor Lee Strasberg.

Norma conseguiu captar a atenção de Hollywood e foi contratada pela 20th Century Fox. Alguns biógrafos relatam que o caça talentos Ben Lyon conseguiu-lhe uma audição para a RKO – estúdio rival –, no entanto a 20th Century Fox contratou-a primeiro, em agosto de 1946. É nesta etapa da sua vida que Norma muda o seu nome para Marilyn Monroe. Uns defendem que o nome escolhido é inspirado pela atriz de teatro Marilyn Miller e o nome de solteira de sua mãe. Enquanto outros narram que o caça talentos Lyon escolheu o primeiro nome Marilyn e a modelo escolheu o apelido Monroe, em memória de sua avó materna, que nunca conheceu.

Em 1955, a atriz formou a sua própria produtora, Marilyn Monroe Productions, com Milton H. Greene.

. FILMOGRAFIA E PRÉMIOS Durante a sua vida, Marilyn participou em 30 filmes. Em 1960, a atriz ganhou um Globo de Ouro de melhor atriz de comédia/musical, com o filme Some Like It Hot. No entanto, não foi a única vitória e nomeação da atriz que entre 10 nomeações, venceu 8 galardões.


VIDA AMOROSA A vida íntima da atriz também foi alvo de polémicas. Marilyn Monroe casou três vezes, a primeira vez com 16 anos, como já referido. Em 1954, casou com Joe DiMaggio – jogador de beisebol norte-americano. Em 1955, divorcia-se e volta a dar o nó, um ano mais tarde, com Arthur Miller, que conheceu durante as suas aulas de representação, em Nova Iorque – casamento que viria a terminar em 1961. Todavia, a atriz é conhecida pelos casos que teve. Yves Montand , Robert Mitchum e Frank Sinatra são alguns dos amantes da lista. Robert Kennedy e o seu irmão, o presidente John F. Kenned, são os nomes mais polémicos da sua lista.

A LITERATURA Devido à sua imagem de “loira burra” nunca se associava o gosto da leitura à atriz, no entanto, ela possuía mais de 400 livros sobre arte, história, psicologia, filosofia, literatura, religião, poesia e jardinagem. Algumas obras dos reconhecidos escritores James Joyce, Gustave Flaubert e Ernest Hemingway pertenciam à coleção de livros da atriz.

O LADO NEGRO DE MARILYN É conhecido que Marilyn foi acompanhada por psiquiatras ao longo da sua vida – devido à depressão, à ansiedade e ao consumo de drogas. Marilyn foi seguida, nos últimos anos da sua vida, pelo Doutor Greenson que a diagnosticou como “bipolar, paranoica e viciada” e, ainda, pela Doutora Kris que a retratou como “uma mulher em crise total, em perigo de autodestruição devido ao excesso de drogas e medicamentos”. A sua infância e os seus precedentes familiares foram causadores dos seus problemas psicológicos.

A MORTE Marilyn Monroe faleceu dia 5 de agosto de 1962. Há várias teorias sobre a morte da atriz, no entanto, a informação oficial divulgada relata que se suicidou – com uma overdose de comprimidos para dormir. Todavia, correm rumores que o governo dos Estados Unidos está envolvido na morte de Marilyn, devido ao envolvimento da atriz com a família Kennedy – pensa-se que esta sabia de mais. Atualmente, a maioria dos americanos acredita que Marilyn foi assassinada e que há provas que apoiam esta teoria.


A SUA INFLUÊNCIA Além de ter despertado novos cânones de beleza, dando enfase às curvas de uma mulher, Marilyn teve uma grande influência sobre os estilos de vida sociais. Poderá ser considerada um símbolo do início da liberdade feminina. Chegou a afirmar: “Uma rapariga sábia beija, mas não ama. Ouve, mas não acredita e abandona antes de ser abandonada” – o que contrariava várias convenções sociais incutidas na época. Foi a segunda mulher a criar a sua própria produtora. E sempre falou a sua verdade, tendo revelado corajosamente que foi vítima de abusos sexuais, quer durante a sua infância quer em adulta. Foi ainda também, de certo modo, defensora dos direitos homossexuais – “Não há sexo errado, se há amor envolvido”. Defendeu ainda a igualdade de direitos, tendo defendido Ella Fitzgerald, quando a atriz e cantora afro-americana não conseguiu marcar concertos num clube de Hollywood. Marilyn contactou o dono e disse que se sentaria numa mesa da frente da sala, todas as noites que Fitzgerald atuasse. Porém Marilyn foi vitima da sua época, e de uma indústria maioritariamente masculina, tendo até afirmado que a sua popularidade parecia completamente um fenómeno masculino. Em declarações ao seu psiquiatra Marilyn chegou a desabafar que “os homens não me veem apenas me olham”. Marilyn morreu um ano antes da jornalista Betty Friedan publicar obra impulsionadora da segunda onda feminista no Ocidente, "The Feminine Mystique" que aborda abordando o papel da mulher na indústria e como “dona de casa”. Poderia o feminismo ter salvo Marilyn?



por Patrícia Silva

ENTREVISTA | LITERATURA

JA GOUÃI A OR O PRIMEIRO PASSO DE MILHARES DE QUILÓMETROS

A procura e a descoberta são o prévio sentimento que leva ao alcance da glória ou da incompressibilidade da realidade em mutação constante. “Os Meus Descobrimentos” de João Aguiar são o reflexo de uma experiência – a volta ao mundo em 19 meses – que resultou de Couchsurfing.

C om 25 anos de idade, o jovem engenheiro de design de microchips, com

uma vida consideravelmente confortável, sonhos intermináveis e amores perdidos, decidiu partir numa viagem que se distribuiu por 25 países dos 5 continentes.

“#Princípio”: Os Descobrimentos de João A vontade de mergulhar nesta aventura remonta até à sua infância devido à sua vontade e a curiosidade. “Desde novo que viajo e que tenho uma curiosidade natural pelo mundo e outras culturas” conta o jovem engenheiro.

. Várias línguas estrangeiras, como o francês, o alemão e o inglês, despertaram o interesse de João por outras culturas. O gosto pela música estrangeira e as experiências nos campos de férias internacionais com pessoas de diversos países são os principais fatores impulsionadores e que auxiliam na sua aprendizagem. “O alemão comecei por aprender sozinho, tal como o francês e o inglês. Tentava sempre aprender para além da escola, ouvia muitas músicas. (…) Também sempre tive um gosto pela música cabo Verdiana. Isto porquê?! Porque conheci pessoas cabo-verdianas e angolanas em Lisboa.”, revela.


Quanto à vontade, foi igualmente um dos principais fatores que motivou o lisboeta a partir rumo à descoberta: querer ver os países tal como eles são que, juntamente com o facto de não possuir “compromissos sérios” que se difundissem na partida para uma nova etapa da sua vida. “Quando fiz essa viagem não tinham compromissos sérios, como por exemplo, um empréstimo para uma casa, ou uma família que estivesse a constituir, um casamento, ou uma carreira bem estruturada, como por exemplo os médicos. (…) Além disso, eu tinha conseguido amealhar algum dinheiro. Estive a trabalhar como engenheiro e isso permitiu-me fazer a viagem só dependendo de mim mesmo”, revela João.

Essa imagem é uma coisa completamente diferente, é uma visão que temos a toda a hora e que vai ser sempre completamente diferente. Eu aconselho a fazê-lo para perceber o ser-humano de outras formas (…) é uma reflexão de humanismo, mas eu consegui estar nos 5 continente. Podemos perceber que não somos assim muito diferentes. Numa visão humanista acho que é uma excelente aprendizagem. Aprendemos a dar mais valor ao que temos, uma simples torneira com água pura, ou simplesmente a torneira, ou um autoclismo … para uma vida. É uma lição de solidariedade e relatividade, porque na verdade vemos que afinal as coisas que temos aqui no nosso país, que não eram assim tão grandes, colocadas em outra perspetiva são algo bem maior.”

Projetos: A arte de escrever e documentar

“Porquê viajar hoje em dia”? O autor de “Os Meus Descobrimentos” considera que devemos de ver a realidade como ela é e por esse motivo viajar e estar em contacto com outras culturas e línguas é sem duvida o que permite “entranhar” sem qualquer tipo de intermediação. “Eu acho que em geral é bom para nós vermos a realidade como ela é! Hoje em dia inevitavelmente, crescemos, nascemos e vivemos, num lugar e, nesse lugar, construímos uma imagem do resto do mundo.

Após recolher diversas fotografias, vídeos, podcast, áudios de conversas, referências a músicas e textos que ia escrevendo, João decidiu juntar tudo isso, não só no livro como também num documentário que terá sido lançado no final do mês de março. “A ideia foi durante esta viagem registar tudo o que ia fazendo. Além disso também ia fazendo escritos, alguns deles estão no livro. A ideia foi juntar tudo isso. O meu intuito é dar uma imagem, através do documentário, daquilo que eu vivi, não que tenha sido perfeito, mas é algo que tenho gosto em fazer e que me deixa tranquilo” explica o autor. O mundo fica mais pequeno quando deixa de estar num pedestal e fica mais ao menos ao nosso nível.


TEATRO & exposições

“Incisão”– Miguel Palma

De 24 a 18 de abril, Maus Hábitos – Espaço de Intervenção Cultural, Porto

Iniciado o programa de Vivarium Festival, os Maus Hábitos – Espaço de Intervenção Cultural do Porto, apresenta Miupi Gallery a inaugurar uma exposição individual de Miguel Palma, que está igualmente inserida no mesmo. Com entrada gratuita, a exposição irá prolongar-se até dia 18 de Abril do presente ano.

Raul, Um Espetáculo de Homenagem a Soldado 05 de abril, Auditório dos Oceanos, Lisboa

“Raul”, um espetáculo com humor e muita saudade, é o que Telmo Ramalho evoca há memória do seu mestre, Raul Solnado. A vontade, a força e a inspiração para ser ator foram algumas motivações que o mestre do jovem Telmo Ramalho deteve desde logo para que “acreditar” fosse o reflexo da possibilidade. Entre sorrisos e muitas gargalhadas, o tão memorável “Façam o favor de ser felizes”, ecoa uma memória inesquecível que alimenta corações e ouvidos. A homenagem a Raul Solnado, que revisita os seus monólogos mais hilariantes pela voz de Telmo Ramalho, apresentará textos como “É do Inimigo?” e “A Guerra de 1908” ou músicas como o “Malmequer” ou o “Timpanas”, sendo os mesmos reinterpretados por este seu antigo aluno, num tributo ao seu professor e amigo.


Al Berto: Exposição na Biblioteca 2 de abril, Aveiro

A Biblioteca Municipal de Aveiro irá expor uma mostra temática sobre Al Berto, um dos maiores escritores e língua portuguesa do século XX. Ao assinalar 70 anos de nascimento, a comemoração é realizada com Al Berto. A sua exposição estende-se pelo hall de entrada e pela sala de leitura do edifício. Al berto, Alberto Raposo Pidwell Tavares, nasceu em Coimbra, em 1948 e veio a falecer no dia de Santo António, 13 de junho de 1997. O seu rumo tivera sido construído entre um mar de poesia e prova. A sua última prova de tal foi o seu último livro que se intitulava de “Horto de Incêndio”.

As You Like it – Como vos aprouver

27 de março a 28 de abril, Teatro Experimental de Cascais, Cascais “COMO VOS APROUVER”, uma comédia hilariante de William Shakespeare que não ditasse ela a natureza do amor- explora uma reflexão mais complexa, através de uma massificação de camadas composta por diferentes níveis de comédia que, posteriormente, se propulsiona num registo irónico omnipresente.

A Terra dos Sonhos

1 de abril, Casa da Música, Porto A peça “A terra dos Sonhos”, apresenta a história da pequena Marta, com cerca de 10 anos, e do Daniel, com cerca de 15 anos, que acreditam na existência da Terra dos sonhos. É na sala de espera de um hospital que elevar o desejo se torna bem mais complicado do que parece, contudo, “vale apena sonhar e vão viver essa aventura”. O lugar onde a palavra “impossível” desaparece do dicionário e onde nascem os sonhos e o infinito, promete abrir a sua história de conto de fadas ao mundo. No que tudo é possível.


MÚSICA A NÃO PERDER...

ARCADE FIRE APRESENTAM “EVERYTHING NOW” Dia 23 de abril, Lisboa vai testemunhar um dos mais incríveis concertos do ano. Arcade Fire, uma das maiores bandas do momento e responsável por um dos mais marcantes concertos do NOS Alive’16, vai apresentar em primeira mão num espetáculo 360.º o quinto disco de originais “Everything Now”. Os bilhetes já se encontram esgotados, e a banda irá doar 1€ por cada bilhete vendido à associação Partners In Health (www.pih.org), através de uma parceria realizada com a PLUS1.

Ben Harper e Charlie Musselwhite em Portugal Aula Magna

Ben Harper e Charlie Musselwhite estão de volta a estúdio e acabam de anunciar o lançamento de um novo disco conjunto, “No Mercy in This Land”, que será apresentado ao público num concerto ao vivo em Lisboa, dia 30 de abril. Os bilhetes variam entre os 30€ e os 50€.


Adriana Calcanhotto estreia o seu novo espetáculo Adriana Calcanhotto estreia o seu novo espetáculo “A Mulher do Pau-Brasil”, em Portugal, marcando o seu regresso aos palcos nacionais. Nestes concertos, Adriana Calcanhotto será acompanhada por Gabriel Muzak (guitarra, mpc e voz), e Ricardo Dias Gomes (piano, baixo e voz). Os bilhetes custam entre 17,50€ a 45€.

2ª Edição do Lisbon Internacional Music Network

Campo Pequeno

O MIL regressa a Lisboa para uma 2ª edição no Cais do Sodré. A programação conta com mais de 70 concertos e duas dezenas de debates, conferências e masterclasses. O preço dos bilhetes varia entre os 25€ e os 65€.

possível adquirir os packs VIP.

Cais do Sodré

Thirty Seconds to Mars

A banda multi-platina, Thirty Seconds to Mars anunciou uma gigante digressão europeia que arrancou em março, e com passagem confirmada por Lisboa, dia 10 de abril, no Campo Pequeno. Os bilhetes já se encontram esgotados, mas ainda é


ENTREVISTA | MÚSICA

RICARDO DE SÁ por Patrícia Silva


EP “Manifesto”: a arte de Ricardo de Sá A luta por aquilo que nos faz sonhar e despertar para a realidade é o reflexo de que a vida não se traça de coincidências e acasos, alimenta-se assim de batalhas inacabadas e alcances incalculáveis. A sensação de “mais um objetivo concluído” é a felicidade, quase, no seu grau máximo e, passados dez anos, a história de Ricardo desmistifica a impossibilidade dicotómica de que um artista não se entrega, na íntegra. “Manifesto” é a banalidade da necessidade do “fio condutor”, ou da carreira encaminhada. “Manifesto” é a voz e as harmonias que transportam em si algo mais que notas e batidas. “Manifesto” é o Ricardo, na sua condição mais própria e transparente.

A representação e a música podem andar de mãos dadas! O despertar registou-se há cerca de 10 anos e, ao que parece, a ideia de que as pessoas levam a sério um artista, após o mesmo possuir uma década de carreira, é algo pelo qual Ricardo de Sá, recordado por muitos ainda hoje como” Leo”, o baterista da banda que participava na série juvenil “Morangos Com Açúcar”, em 2008, se destaca positivamente. O sonho do miúdo que estava a estudar no Ensino Secundário e que, posteriormente, não conseguiu apaixonar-se pelas matemáticas, rapidamente se viu na necessidade de se encontrar.

O facto de ser operado, devido à prática de desporto que exercia, nomeadamente futebol, levou a que a sua imaginação se decidisse abrir ao mundo. “Fui operado ao joelho e tive uma certa epifania. Enquanto estava a recuperar via muitos filmes e tive a ousadia de pensar que aquilo era muito fácil e que, possivelmente, tinha jeito para aquilo”, conta o ator. Tendo já realizado teatro amador quando era mais jovem, o “bichinho” apenas se fez mover numa fase mais avançada. “Continuei na escola de gestão. Passados 6 meses mudei de curso. Deixei a faculdade e fui para a Escola Superior de Teatro e Cinema e comecei a fazer castings”, revela. Ricardo realizou ainda um curso profissional, que frequentava à noite, pois necessitava de trabalhar durante o dia, tudo isto devido ao sonho que insistia concretizar – ser ator profissional. Rapidamente se propagou essa vontade e talento, uma vez que o intérprete nem chegou a terminar o seu curso no conservatório, começando de imediato a exercer. Cerca de um ano depois, com a entrada na série juvenil “Morangos com Açúcar”, a vida de Ricardo deu uma volta de 180 graus. O jovem que em tempos vivia em Alvalade, juntamente com os seus amigos, aparecia diariamente no pequeno ecrã, em casa de todos os portugueses. É desta forma que o primeiro personagem de Ricardo de Sá marca algumas gerações. “O feedback por parte do público foi muito bom. Acho que consegui marcar algumas gerações. Algumas pessoas ainda se lembram do Leo”, assegura.


Seguiram-se peças de teatro, novelas, filmes, curta-metragens e musicais que preencheram nitidamente a vida do artista. No entanto, a sua carreira não ficaria por aqui. Quase capaz de associar a série juvenil a séries musicais como “Glee”, “High School Musical”, ou até mesmo “FAME”, o artista afirma a fusão do seu primeiro personagem como um contributo para o despertar da paixão pela música, “já juntava um bocadinho de cada arte. Mas aí, eu só sonhava ser ator. Nem sequer pensava compor as minhas próprias músicas”. “Eu senti que queria fazer as minhas próprias músicas – escrever, compor e criar - em paralelo com a minha carreira de ator, isto quando estivemos em 8 coliseus e os esgotamos, com os “Morangos com Açúcar”, recorda. Após cantar versões de artistas de referência da música internacional e sentir que as pessoas gostavam de o ouvir, o culminar de todas as vontades ocultas que guardava dentro de si soltaram-se – “se sinto que tenho coisas para dizer e criar, porque não?!”. Estabelecendo primeiramente a vida de ator, em paralelo, ia compondo e fazendo músicas sem que o seu público desse por isso. Durante a sua participação no concurso musical de talentos “A tua Cara não me é estranha!”, o público recebeu Ricardo de forma bastante positiva. Curiosamente, o artista já possuía metade do seu primeiro álbum realizado, contudo, o grande lançamento ainda estaria por vir.

“Optei por não o lançar nessa data, primeiro para não ser associado a um produto e porque achei que não era a altura certa” confessa Ricardo. A naturalidade com “pés e medidas” como o mesmo afirma, juntamente com a estratégia a adotar para que o seu público não se debruçasse perante uma hipotética confusão, uma vez que, tanto os lobbies do mundo da representação, assim como os do mundo da música e da rádio revelam uma dimensão, na sua maioria, pequena. Por mais volátil que o artista fosse, não poderia aguardar uma receção fascinante de imediato. Ser ator, letrista, compositor, um músico é essencialmente a luta de Ricardo – ser considerado um artista, ainda que tudo se construa a seu tempo. O foco é o trabalho em simultâneo, que, claramente, tem vindo a conseguir realizar, e obter o devido reconhecimento em ambas as áreas. “Podia até ser multifacetado ou versátil e as pessoas podiam não gostar [risos]. Felizmente isso acontece e as pessoas podem contar comigo como ator para fazer várias personagens, assim como podem gostar de me ouvir cantar. Isso é muito bom”.

Os “nãos” gloriosos e os “sins” descartáveis Após participar em alguns trabalhos com diversos artistas de sucesso e que possuem uma parte do Ricardo, “o que as pessoas não sabem, é que sou autor de algumas delas”, admite. A existência do preconceito dentro da classe artística portuguesa é algo que persiste. Tal como o autor reconhece, tudo está relacionado com a mentalidade e a educação.


“Eu faço parte de uma geração nova e não pretendo vir ensinar ninguém mais velho que eu, ou que saiba mais, até porque eu tenho de aprender com essas pessoas”, explica. Ouvir a palavra “não” é algo que não assusta Ricardo de Sá. “Eu costumo dizer em tom de brincadeira, junto da minha família e até com os meus amigos mais próximos, que todos esses “nãos” que ouvi até agora fizeram-me ganhar prémios e fizeram-me chegar longe. Deram-me força.” A teimosia é algo que o define e, ainda que não possua nenhuma das suas músicas a passar nas maiores rádios do país, “as ditas rádios nacionais”, não desiste em demonstrar a sua capacidade e a sua versatilidade. O músico admite não compreender a razão pela qual o seu EP não ter passado nas mesmas, uma vez que já escreveu e compôs outras músicas que passaram. Lamenta ainda o facto de hoje em dia a arte estar a conectar-se com a palavra “descartável”. “Hoje, as músicas, a maior parte delas, são todas plagiadas, são todas cópias umas das outras. A Música está pobre de identidade. Parece que as pessoas se esqueceram de ser quem verdadeiramente são, sem ter medo de querer agradar a gregos e a troianos”, reflete. Quanto aos “Sins”? Recorda entre risos que o “Sim” que mais gostou de ouvir foi o da sua mãe. Num ponto de vista mais profissional, ainda não se sente totalmente contente com as respostas positivas que lhe deram até ao dia de hoje.

“Quando digo ser uma pessoa volátil é também a nível artístico. Um dia acordo a pensar numa série, no outro dia acordo a pensa numa peça de teatro e no outro dia acordo e escrevo uma música. Eu sou assim, sinto que tenho sempre algo mais para dar. Se ficar só limitado a uma área eu sinto que iria estagnar”. Ainda assim, o músico admite que são os “nãos” que lhe dão força, “eu nunca me esqueço de um “não”. Os “sins” esqueço. Não tem nada de mal esquecer e seguir em frente. Os nãos eu fico com eles aqui guardados e depois dá-me prazer ouvir essas pessoas “ok, não tenho nada a dizer”. Ouvir não é ultrapassar os desafios, porque nada se consegue sem trabalho, nada se consegue sem ouvir uma crítica construtiva”. O músico reflete ainda sobre o facto de ter conseguido a oportunidade de se estrear a solo numa grande sala, no Centro Cultural Olga Cadaval. “Quando eu digo que há preconceito, eu pergunto “o que faz falta provar?”. Quando eu falei há pouco que o facto de eu ser ator não me ajudou no mundo da música, que tive de dar mais provas, também me esqueci de um facto importante: o meu primeiro concerto foi numa grande sala, no Centro Cultural Olga Cadaval. Não comecei a tocar em bares, como a maior parte dos músicos, mas também não o comecei a fazer porque eu próprio já tinha outra estrutura. E esse mesmo concerto, no Olga Cadaval, por exemplo, podia tê-lo feito com backing track, com música por detrás de mim e ter dois\três músicos em palco, mas não, eu tinha quase uma orquestra”. Toda a conversa será publicada no nosso website


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por Ana Maia

YOUTUBE

O poder da expressão pessoal O Youtube tem ganhado cada vez mais protagonismo, graças aos criadores de conteúdo – mais conhecidos como youtubers. Se antes se ambicionava passar do Youtube para a televisão, agora acontece cada vez mais o contrário – como é o caso da atriz Sofia Arruda, a apresentadora Olivia Ortiz e também da apresentadora do Fama Show, Carolina Loureiro. Mas afinal como surgiu esta plataforma?


De repositório a plataforma de expressão pessoal O Youtube foi fundado por Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim, ex-funcionários do PayPal, em junho de 2005, com o objetivo de facilitar a partilha de vídeos. O YouTube não estabeleceu limites para o número de vídeos e disponibilizou funções básicas de comunidade, permitindo os utilizadores conectar-se entre si e partilhar links assim como gerar códigos HTML que assim facilmente poderiam incorporar outros websites. Posteriormente, três anos depois, a Google comprou a plataforma por 1,64 biliões de dólares. Em outubro de 2008, o website continha já aproximadamente 85 milhões de vídeos. Primeiramente, o Youtube utilizava o slogan “Your Digital Video Repository”, porém, modificou-o para “Broadcast Yourself” – ação que alterou o foco da plataforma de armazenagem pessoal de conteúdos em vídeo para uma plataforma de expressão pessoal. Esta rede social digital tem mais de mil milhões de utilizadores, o que corresponde a quase um terço do total de utilizadores da Internet. É a terceira rede social digital mais conhecida, internacionalmente, com base no número de utilizadores ativos. A plataforma está disponível em 76 idiomas, o que alcança 95% do universo de utilizadores da Internet, e contém mais de 50 milhões de ficheiros de referência ativos na base de dados do Content ID, sendo esta a base de dados mais completa do mundo, tendo vencido um PrimeTime Emmy.

Os criadores de conteúdo Mas são os criadores de conteúdo, presentemente, que dão protagonismo à plataforma, tanto que o próprio Youtube começou a investir nos mesmos. Há uma equipa que se ocupa dos Espaços YouTube, criados para ajudar os criadores a produzirem conteúdo. Organizam programas e workshops, em Los Angeles, Nova Iorque, Londres, São Paulo e Berlim. Existe ainda uma Academia para criadores, onde estes podem aprender como crescer o seu canal, número de subscritores, visualizações, entre outros.

Mas como se pode ganhar dinheiro? Em janeiro deste ano, a monetização de vídeos no Youtube sofreu alterações. Os vídeos serão rentabilizados apenas quando um canal alcança 1000 subscritores e 4000 horas de visualização, nos últimos 12 meses, nos seus vídeos publicados. Só assim é revisto para aderir ao Programa de parceiros do YouTube. Há muitas marcas que investem em publicidade no Youtube, devido a alcançar largas audiências. E existem ainda marcas que criam parceiras com os criadores de conteúdos, a partir do Marketing de Afiliados ou Indireto.


CULINÁRIA

por Miguel Prata

CREME DE COGUMELOS

INGREDIENTES (8 DOSES) • Cogumelos Paris 1000 g • Batatas 600 g • Cenouras 450 g • Cebola 200 g • Margarina 2 colheres • Pimenta q.b. • Noz-moscada q.b • Cebolinho q.b

Modo de preparação: 1. Numa panel, adicionar margarina e cebola cortada em quartos e deixar reforçar por cinco minutos; 2. Depois dos cinco minutos, adicionar batata, cenoura e água e deixar cozinhar em lume brando ente 5-10 minutos; 3. Adicionar os cogumelos, previamente lavados e cortados em quartos e deixa-se cozinhar até as batatas estarem cozinhadas; 4. Reduzir o preparado a puré com a varinha mágica e rectificar com água; 5. Para ficar com o sabor mais apurado, acrescentar pimenta, noz-moscada e sal; 6. Servir com um pouco de cebolinho picado.





Produção: WORKbyLOBO Modelo: Daniela Mendes | Onno Models Styling e Fotografia: Manuel Lobo Guerr MUA & Hair: Lurdes Monteiro


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RITA SÁ ENTREVISTA


por Patricia Silva

A emoção é o segredo que cria as peças de Rita

As emoções e os sentimentos são

a dupla que move Rita Sá. Do oito ao oitenta, do bem ao mal. Os extremos que a acompanham dão lugar ao resultado final: a sua inspiração. A arte e a moda estiveram presentes na sua vida desde sempre, “sempre foi a moda, não me lembro de querer outra coisa. A minha família tem uma grande aptidão para as artes, o que desde sempre influenciou os meus interesses”, revela a jovem designer. Sendo a forma de se expressar, desde o “primeiro processo criativo ao último retoque”, até segundos antes de os modelos entrarem, os seus detalhes não terminam. O seu empenho é nítido assim como o seu envolvimento, seja ele pessoal ou emocional, “Cada conceito, cada esboço e cada detalhe, por mais insignificante que seja, são uma descoberta muito pessoal. A moda ajuda-me a descortinar a mim mesma”, reconhece.

Após passar pelo Moda Lisboa, chegar ao final da noite e ser galardoada com o prémio “FashionClash”, juntamente com uma menção honrosa foi algo que distinguiu, a todos os níveis, a jovem designer, “confesso que depois de tantos meses de trabalho e um dia tão acelerado como aquele, é difícil ter noção do que está a acontecer quando nos entregam dois prémios assim.” “Só no “rescaldo” do desfile é que vamos ganhando consciência da importância daquilo que nos aconteceu. Mas é sem dúvida muito gratificante e acho que a maior vitória é, sem sombra de dúvida, uns dias após o desfile olharmos com calma para o nosso trabalho e sentirmos orgulho do que fizemos”, confessa a jovem designer..


Com confiança e ânimo para seguir a sua viagem no mundo da moda, pretende criar uma marca própria, continuando com o seu registo, distinção no vestuário masculino e no vestuário feminino e, obviamente, aproveitar todas as experiências e oportunidades que forem surgindo.

Saber que o meu conceito cativa e cria uma certa curiosidade nas pessoas para entenderem o que eu quis transmitir, que são as emoções, os sentimentos e os pensamentos que me movem.”

DAS INSPIRAÇÕES AO REFLEXO PORTUGUÊS As suas inspirações são uma bagagem extremamente emocional, “gosto de me inspirar em experiências muito pessoais, experiências que tenha vivido ou que vivo emocionalmente. E a verdade é que só me apercebi disto muito recentemente. Normalmente gosto de

retratar outros indivíduos, exteriores a mim. Experiências que tenham vivido, críticas à personalidade dos mesmos. Mas chego ao fim de todo o processo e apercebo-me que afinal estava a retratar coisas que são bem representativas de mim mesma”, afirma.


No que compete a visão do panorama português, a questão que se encontra em deteriormento é o facto da indústria ainda não olhar para os jovens designers de Não sabendo de todo o que faria se não uma forma tão profissional. tivesse enveredado pela área da moda, reflete que independentemente do que Contando a sua experiência, “quando tefosse, teria de ser associado às artes. nho de desenvolver uma coleção não teSendo a Moda, o melhor veículo para nho como objetivo desenvolver peças em transmitir emoções, pensamentos e sen- série. E é com isso que a indústria está timentos. Segundo a jovem designer, a preocupada. Com os números e com a moda é cada vez mais criada para “iden- velocidade com que atingem esses números. Não têm tempo para parar e ajutidades e não sexos”. dar designers que, tal como eu, ainda não Não querendo criar expetativas em rela- estão em situação de produzir ou adquição ao futuro, admite preferir viver “cada rir muitas quantidades”, e é desta forma experiência e cada oportunidade ao má- que Rita assegura afirmar o seu trabalho, com muito amor , ou não. ximo e tirar o melhor partido disso.”




DUARTE

ENTREVISTA

por Patricia Silva

uma marca cheia de criatividade!

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Moda bateu à porta de Duarte (marca) quando, em pequena, a criadora apreciava o que as pessoas à sua volta vestiam. As suas memórias focam o seu elo de ligação numa visão: a roupa. Cada momento se entrelaçava com as cores e os tecidos de tais dias. É, desta forma, que a marca se apresenta como uma entidade trabalhadora, prática e otimista. A criatividade e a necessidade de compreender como cada pessoa se relacionava com o que vestia, levou a jovem a enveredar pelo Design de Moda. “Nada é mais gratificante do que ver um cliente a usar peças nossas e a sentir-se lindo/a e confortável nessa imagem”, conta a jovem.

Sendo a moda uma “linguagem universal”, a marca pretende transmitir o seu ponto de vista, como tal toda a sua inspiração advém do que a rodeia. “As coleções que fizemos vão desde temas relacionados com desporto, a épocas e animais”. “No fundo escolho um tema e ao desenhar transmito, mesmo que inconscientemente, o meu ponto de vista e interpretação”, confessa a jovem designer. Depois de ter trabalhado com ENENE, Valentino e passar pelo Moda Lisboa, os próximos objetivos são elevar a marca para um patamar mais alto, tornar o reconhecimento da mesma nacional e internacional e estabelecer uma rede de lojas e clientes. Recordando os últimos momentos acima evidenciados, a sensação de reconhecimento e confiança foi algo que se destacou não só no Moda Lisboa, como também na exposição na ENENE, em Paris, “fico muito feliz por ter sido contactada pele ENENE e poder, juntamente com outros designers, ter a oportunidade de mostrar a qualidade do trabalho que se faz em Portugal”, conta.


Fotografia do ModaLisboa


A participação no desfile da Valentino foi igualmente um ponto referência para a marca que contou também com a participação de Sara Sampaio. “É um reconhecimento e uma honra ter pessoas que vestem grandes marcas a colocar a nossa no mesmo patamar de qualidade. Sinto que estamos no caminho certo” revela. Quanto à questão da Moda Nacional, o aproveitamento português, no que compete ao reconhecimento dos jovens designers, ainda tem muito por caminhar,

“penso que em termos de consumo ainda não há uma grande adesão a peças de Designers nacionais. Está tudo relacionado com a nossa cultura e hábitos, mas acho que com o tempo e passo a passo cada vez mais vai haver uma maior adesão” Com um largo caminho a percorrer, Duarte ilustra o panorama da moda portuguesa de uma forma que vai além do imaginário.



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