#12 COLIDE EDITION

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CARTA DO DIRETOR

MUDANÇA Não é que venha de uma família exageradamente religiosa, mas sempre tive presente aquela célebre frase, quem muda, Deus ajuda. Como em tudo na vida, é necessário e é preciso haver constantes mudanças, sejam elas sentimentais ou laborais. Não importa o porquê, apenas importa que devemos sempre mudar para melhor. Recentemente a direção da FAIRE Magazine mudou e com essa mudança a nossa revista também. Procuramos a partir do dia 1 de outubro defender todo o design nacional e nunca esquecermos a verdadeira razão pela que criamos esta revista. Olharemos sempre para o trabalho dos mais pequenos e estaremos lá de mão esticada para que possam subir a bordo da nosso barco e juntos remar contra o mundo da moda, que por vezes é tão feroz como as míticas serpentes marinhas. Nesta edição oferecemos aos nossos leitores, mais entrevistas, mais artigos, editoriais de grande qualidade. Trabalhamos com uma equipa excecional e assim pretendemos continuar a trabalhar. Com a mudança veio pessoas que saíram e outras que entraram, “fecha-se uma porta, abre-se uma janela”. Numa época de enorme competitividade, na qual apenas os audazes se atrevem a lutar, a nossa revista abraça grande parcerias, que com elas poderão crescer e fazer do design português algo único e invejável.

Recentemente, fizemos parceria com a MINTY SQUARE, juntamos-nos a uma família que tem como principal missão enaltecer o produto nacional e assim fez todo o sentido dar as mãos a este projeto. Não posso deixar de felicitar a minha equipa, que realizou mais uma edição, apesar dos contratempos, cumpriu datas, objetivos e fez um trabalho digno. Uma equipa de jovens, recentemente licenciados e com muita sede para criar e fazer mais. Desde a multimédia à escrita, temos construído uma equipa fantástica. Com vontade de comer o mundo e avançar para as próximas edições, a FAIRE é a revista de todos e que com todos poderá crescer. Num futuro próximo haverão mais novidades e mais mudanças e posso garantir que estamos prontos para elas e que com elas iremos aprender e crescer tanto profissionalmente como pessoalmente. Agradeço a todos que participaram nesta edição, desde as agências, os modelos, maquilhadores aos entrevistados, convosco esta edição fez sentido. O Diretor,


3 Carta Editorial 6 Ficha Técnica

ENTREVISTAS 12 Marco Cesário 50 Eliana Arrabaça 57 Catarina Rito 96 Margarida Guerreiro 100 Humanae 104 Hugo Castro 120 Victor Huarte

AGENDA 88 Cinema 92 Ruby Rose 94 Música & Concertos 98 Teatro & Espetáculos 102 Arte & Exposições


LIFESTYLE 146 Black Mith 108 O Muda 112 Turta Patagónica 114 Comércio Nosso 144 Fine&Candy

FASHION

EDITORIAIS

10 Calçado 42 for Men 46 for Women 118 Go out and Dance 124 New York Fashion Week S/S 19 140 Funny Fanny Packs 142 Maria Maleta

18 Serenity’s Collapse 65 Dollarbill Tears 130 In Your Hands 148 Grace Explosion

BELEZA 60 Maquilhagem 62 Make-up for Men 63 Pele Oleosa 80 Comporta Perfumes 82 Hairstyle

CAPA Inês Bentes veste uma Top Vintage com lantejoulas prateadas, um jumpsuit prateado da designer Ana Sofia e umas botas brancas. Fotografia: Alexandra Ribeiro Realização: Fábio Sernadas e Vera Gomes Styling: Vera Gomes Modelo: Inês Bentes @Karacter Agency Maquilhagem: André Fernandes


Fábio Sernadas DIRETOR

Vera Gomes DIRETORA DE MODA

COORDENADORA CRIATIVA Vera Gomes COORDENADORA EXECUTIVA DE CULTURA E LIFESTYLE Ana Maia MODA Margarida Sousa : Editora de Moda ARTE Patricia Silva REDAÇÃO Patricia Silva, Ivânia Cardoso, João Marcos Moreira, Beatriz Patachão FOTOGRAFIA Afonso Duarte VIDEO Patricia Meinedo Inês da Silva EDIÇÃO E PAGINÇÃO Luis Carlos Patricia Meinedo Daniela Faria INFORMÁTICA Cristiano Gomes

CONSELHO EDITORIAL Fábio Sernadas, Vera Gomes, Ana Maia e Luis Carlos

A FAIRE é uma revista mensal, direcionada para o público curioso, também com uma plataforma online. A FAIRE foca-se em moda, mas abrange temas como beleza, cultura e lifestyle. A FAIRE compromete-se a apoiar editorialmente a moda e projetos inovadores. A FAIRE nunca se deixará condicionar por interesses partidários ou por qualquer lógica de grupo, assumindo responsabilidade apenas perante os que pode desempenhar um papel importante ao nível da sensibilização social, promovendo uma sociedade mais informada e igualitária. A FAIRE dirige-se a um público de todos os meios sociais e de todas as profissões. A FAIRE estará sempre atenta à inovação, promovendo a interação com os seus leitores.



HOT NEWS O ABRAÇO QUE FICOU PARA A HISTÓRIA A nova semana da moda portuguesa acontece em outubro e junta, pela primeira vez, a ModaLisboa e o Portugal Fashion na organização, deixando de haver dois eventos de moda "dessincronizados". O protocolo entre as organizações foi assinado com a presença do primeiro-ministro, António Costa. A nova semana da moda portuguesa surge como uma versão beta, uma espécie de estágio ainda em desenvolvimento, com o primeiro fim de semana a ser da ModaLisboa e o fim de semana seguinte do Portugal Fashion, no Porto. O protocolo assinado entre o Portugal Fashion e a ModaLisboa, em Matosinhos, define a intenção das associações coordenarem designers, a organização dos eventos e outras atividades, com o objetivo de “criar escala”, “massa crítica” e “criar valor”, sendo que, neste momento, as medidas para realizar uma nova semana de moda portuguesa ainda não estão fechadas.

MAIS UM ANJO PORTUGUÊS Isilda Moreira partilhou através da sua conta no Instagram que foi escolhida para o desfile de 2018 da Victoria’s Secret. A jovem modelo de ascendência cabo-verdiana, de 19 anos, rumou aos Estados Unidos para tentar a sua sorte e, depois de vários castings, recebeu a grande notícia de que irá desfilar naquela que é uma das passereles mais desejadas no mundo da moda, ao lado de Sara Sampaio.


KITH + VERSACE

Um dos casamentos do ano. Donatella Versace e Ronnie Fieg deram as mãos a uma parceria que desde o início tem tudo para dar certo. Apesar de tanto KITH como VERSACE já terem um lugar bem vincado no mercado, cada um com o seu público-alvo bem distinto, esta parceria pode ainda ser vista como uma entreajuda das duas marcas, ou seja, a VERSACE sendo uma marca icónica, uma marca com história e longevidade, pode ajudar a KITH, que para lá caminha, com todo o trabalho e segurança no que apresenta a cada estação que passa, desde 2011.

MICHAEL KORS COMPRA VERSACE

Desde que no ano passado comprou a Jimmy Choo num negócio de cerca de 1,2 mil milhões de dólares, a Michael Kors (MK) estava a avisar que queria deixar o segmento médio e ganhar no luxo. A MK – que passará a chamar-se Capri Holdings Ltd, no final do ano, revelou no mesmo documento que quer a Versace a apostar mais em acessórios, onde tem uma margem muito grande para crescer, uma vez que é a área onde os consumidores estão a gastar mais dinheiro. Já Donatella Versace, que continuará a ser a diretora criativa da marca criada pelo irmão, disse-se feliz com o negócio e revelou que mal podia esperar pelo início da nova era da empresa.





M CAE RS ÁCR IOO


Ambicioso, seja em projetos do presente, como a longo prazo. Envolve-se muito no seu trabalho e guia-se normalmente sozinho. Dependente da sua opinião pessoal e, por vezes, um pouco egocêntrico. Distraído e muito impaciente, Marco Cesário é também um autentico romântico por clichés e um jovem designer a dar cartas na moda nacional. Uma arte e uma linguagem de expressão, ainda que bastante complexa, Marco baseia-se numa construção social e na hierarquização, assim como em acontecimentos históricos e exprime, principalmente, diversas personalidades.


“Reflete o nosso gosto que é formado por influências sociais e referências artísticas. Como nos vestimos é uma forma lúdica de nos expressarmos não verbalmente, com intuição de nos destacarmos ou simplesmente obedecer a protocolos” foi para o jovem criador a principal razão para escolher o mundo da moda. “Não tenho noção de quando esta decisão surgiu na minha vida, foi algo muito natural”, sempre gostou de trabalhar com plásticos, experimentar e criar. Nascido e criado no meio de agulhas e linhas, foi uma realidade que não lhe surpreendeu na hora de escolher. A vontade de criar a sua própria roupa, sempre com a insatisfação presente no que via e no que tocava… faltava-lhe um toque especial. “Um designer de moda, tem que se dedicar à beleza e à reflexão da arte e torna-la funcional. A beleza tem a ver com a sensibilidade, a imaginação e a compreensão das representações mentais e físicas do público.” Depois de trabalhar em Londres, com a Dilara Findikoglu, designer britânica, a experiência permitiu-lhe comparar a moda nacional com o trabalho britânico. “Para criadores portugueses, creio que a principal dificuldade é ter mercado nacional para a comercialização do produto.” Sendo os principais pilares de um criador, o reconhecimento, o público e o mercado, podendo ser redundante o jovem designer explica que “ o reconhecimento pode-se ter por qualquer tipo de pessoa mesmo que não compre a marca, o publico é quem segue e para quem a marca se vai dirigir, o mercado é quem a vai comprar.” Apaixonado pela moda, Marco Cesário conta-nos que não se vê a ser designer a sua vida toda. Quer criar o seu nome nas artes visuais, realização e na fotografia. Mas caso tivesse que deixar na totalidade este mundo das artes, apostaria em algo “ligado ao desenvolvimento tecnológico, visto que estamos no seu auge e haverá ainda um novo mundo a descobrir.” “Há sonhos inalcançáveis, mas há sonhos que com trabalho e devoção poderão ser reais.” Ambiciona a criação da sua marca Clem Angel e que esta se torne memorável autossustentável. Pretende conseguir chegar ao sucesso para poder mudar conceitos estipulados e quebrar barreiras, não só na indústria da moda, como também na sociedade. Um dos seus principais objetivos no seu

trabalho é criar uma espécie de provocação social e sexual, e ainda procura expressar pensamentos e sensações que de forma verbal não conseguiria. Para Marco a sua estética não deixa ninguém indiferente, mesmo que não se identifique. Garante que está a trabalhar para tornar o seu nome conhecido, como artista que domina várias áreas e não apenas como designer de moda. Atualmente, está mais focado no que faz com a sua marca, tornando-a sinónimo de desejo e deseja alcançar o reconhecimento internacional.




SEREN

COLL Fotografia: Fábio Sernadas Styling: Vera Gomes Modelo: Guilherme Ruano @Blast Models Maquilhagem: André Fernandes Edição: Afonso Duarte Roupas de Ana Sofia Brand, DUARTE e Estilita Mendonça


NITY’S

APSE


Ana Sofia Brand


Ana Sofia Brand


Ana Sofia Brand


Camisola de Estilita Mendonรงa Calรงas de DUARTE e Funny Pack de Ana Sofia Brand


Camisola de Estilita Mendonรงa Calรงas de DUARTE e Funny Pack de Ana Sofia Brand


Camisola de Estilita Mendonรงa Calรงas de DUARTE e Funny Pack de Ana Sofia Brand


Camisola de Estilita Mendonรงa Calรงas de DUARTE e Funny Pack de Ana Sofia Brand


Camisola de Estilita Mendonรงa Calรงas de DUARTE e Funny Pack de Ana Sofia Brand


Jumpsuit de Ana Sofia Brand


Jumpsuit de Ana Sofia Brand


Jumpsuit de Ana Sofia Brand



Jumpsuit de Ana Sofia Brand


DUARTE


DUARTE



DUARTE



DUARTE


DUARTE












ELIANA ARRABAÇA


Licenciada em Designer de Moda e Têxtil, no Instituto Politécnico de Castelo Branco, Eliana Arrabaça apaixonou-se pela moda, em tenra idade. Alegre, bem-disposta e positiva. Mas não se deixem enganar, é também realista e tem os pés bem assentes na terra. Além disso, é observadora, independente, exigente e gosta imenso de aprender coisas novas. De pequenino se torce o pepino. Perguntem a Eliana. A designer começou, desde tenra a idade, a interessar-se por Moda. “Desde pequena que a Moda gira à minha volta, sem eu ter dado conta disso”, revela a jovem. A sua Avó Albertina era costureira e criava peças a partir de meros trapos. Fascinada por estes talentos, Eliana aprendeu a bordar e a criar roupas para os seus bonecos com a sua avó. A par disso, passava inúmeras tardes na casa da D. Conceição, a costeira local da sua terra. “Deliciava-me a vê-la a trabalhar e a tentar ajudá-la, ou a «desajudar»”, conta a designer de moda. Foi a partir das convivências com a sua avó e a costureira D. Conceição que nasceu, assim, o bichinho da Moda: “E, assim nasceu o meu “bichinho” da Moda, pois além de ser algo que gosto de fazer, também me faz lembrar os bons momentos da minha infância e pessoas que são muito especiais para mim!” Mas a Moda tem muito mais que se lhe diga. O contexto criativo e a elaboração de soluções atraíram Eliana Arrabaça à aquela que é agora a sua profissão: “Devemos achar um “porquê” para criar aquela peça, a qual além de ser estética, tem que ter um objetivo funcional e prático consoante a necessidade proposta. Constituindo, assim, a ligação intrínseca entre o Design e a Moda” explica. No que toca à Moda, em Portugal, Eliana Arrabaça considera que esta tem evoluído bastante, nos últimos tempos, contudo crê que o percurso é longo. E à medida que evolui, “torna-se numa área mais exigente e complexa. Pois cada vez mais temos de

nos adaptar às novas necessidades e tecnologias que a sociedade pede, as quais criam uma barreira entre o psicológico e o criativo” esclarece a jovem designer. Eliana refere, ainda, que “quando perguntamos a alguém, que não é de Moda, o que ela pensa sobre a influência e o modo como somos expostos/vistos lá fora, ela automaticamente responde que a visão que o Mundo tem de Portugal, a nível deste tema, é que é um cenário negativo”. A designer defende que a imprensa estrangeira não tem o devido tratamento e, por isso, surgem testemunhos que não fazem jus à moda nacional. Eliana Arrabaça licenciou-se em Designer de Moda e Têxtil e também frequentou o curso de Design de Interiores e Equipamento, no Instituto Politécnico de Castelo Branco. Se não enveredasse na Moda, seria


a Fotografia a sua área de eleição, pois é uma grande paixão sua. No entanto, não descarta o Design de Equipamento, “devido ao carácter de trabalho criativo e manual, tendo que criar peças e poder vê-las crescer, a partir das minhas mãos, e tornarem-se realidade” conta a jovem. A inspiração? Está em todo o lado e pode advir de elementos ou até de uma simples frase. Eliana confessa que advém “dos locais que já visitei e aqueles me cativam, de pormenores que acho interessantes desses sítios, de texturas, obras de arte, etc.”. A designer gosta também de observar “a arquitetura de regiões diferentes, a natureza (as suas formas orgânicas e cores cativam-me imenso), e objetos antigos, pela sua essência e história que trazem consigo”, revela. No futuro, Eliana gostaria de chegar ao Ensino, pois gosta de ajudar o outro a evoluir e aprecia a partilha ideias. Todavia, tem um sonho em conjunto com uma das suas melhores amigas de infância: abrir um atelier que combine as mais valias de ambas, no âmbito do Design. Afinal de contas, o seu trabalho ambiciona enviar uma mensagem muito importantes: “Através do meu traba-


lho, pretendo transmitir que os nossos valores nunca se devem perder e, que acima de tudo, devemos sempre incutir nas nossas criações, uma parte de nós, marcando a nossa “pegada” nelas. E, por isso, a designer considera igualmente que as tradições não deveriam extinguir-se, mas integrarem-se na atualidade, a partir da inovação. Se tivesse que resumir a Moda, Eliana recorria à célebre citação da icónica Coco Chanel: “Fashion is not something that exists in dresses only. Fashion is in the sky, in the street, fashion has to do with ideas, the way we live, what is happening”. A jovem acredita que devemos “observar e de adaptarmo-nos ao que vai acontecendo à nossa volta! Pois, a Moda não é só roupa, mas sim a atitude que provém da criação dela, a maneira de como as pessoas vivem e se constituem perante o Mundo inteiro, transforma-se em movimentos que geram mudanças nos hábitos e no comportamento da sociedade, que, deste modo, crescem e evoluem com todos estes fatores”. Já à moda destinada ao sexo masculino e ao sexo feminino, Eliana considera que, até há uns anos, a moda focava-se mais para as mulheres. No entanto, as mudanças sociais resultaram num cenário que representa todos os públicos. “Consequentemente, cada criador tem uma visão muito própria e diferente. Há quem direcione o seu trabalho para um lado mais masculino, outros têm preferência pelo mais feminino, ou até ambos! Todas as suas vivências e aprendizagens ao longo do seu crescimento profissional influenciam o seu destino.” No que diz respeito à sua carreira, Eliana Arrabaça acredita que o seu percurso está prestes a nascer. E a jovem gostaria de explorar o o design infantil ou de malharia – áreas desafiantes. “Mas, como a Moda não é só a criação de coleções, iria adorar começar um caminho pelo mundo da Fotografia de Moda, captando a essência das peças, o movimento e a expressão!”




CATARINA RITO NUNCA SER BANAL Exigente, bem disposta e muito comunicativa, três características que fazem da Catarina Rito a mulher que é! Apaixonada por viajar com amigos, ler ajuda-a a satisfazer as suas curiosidades. A vulgaridade e a mediocridade são coisas que lhe tiram a paciência. Conhecida por todos nós pelo seu extenso trabalho no mundo da moda, Catarina foi educada no meio de artes e os seus pais foram cruciais para “não ter medo ou vergonha de procurar (...)” o que a fazia feliz. E assim o gosto por observar os efeitos das escolhas para


com o Designer Nicola Formichetti

com o Designer Jean-Paul Gaultier

criar uma determinada imagem, “procurar perceber este fenómeno chamado “MODA” foi aumentando. Comunicativa nata desde sempre, o jornalismo foi uma escolha quase inevitável desde a sua adolescência, “esta era uma área que fazia sentido.” comenta a jornalista. No entanto, conta-nos que se sentiria a vontade a trabalhar no mundo da produção, área em que trabalhou durante vários anos. Nasceu em Paris, estudou na Califórnia e viajou para São Tomé e Principe até regressar a Lisboa e depois de tantas viagens perguntamos onde se sentia em casa e a resposta foi clara, “onde me sinto feliz!” Foi sempre à procura do conhecimento e tentou sempre aperfeiçoar aquilo que não sabia e é isso que lhe dá satisfação, poder aprender e querer saber sempre mais. “(…) devemos saber questionar e nunca deixarmo-nos levar pelo que os outros querem. A inércia favorece o controlo por parte de outros.” Com um basto leque de ilustres entrevistados como Michael Kors, Tommy Hilfiger, Derek Lam, Oscar De La Renta, Patrick Vuitton, Agatha Ruiz de la Prada, Nicolas Vaudelet, Purificacion Garcia e Roberto Verino, não podendo dizer apenas uma, Catarina conta-nos que entrevistar a Carolina Herrera, a sua primeira grande entrevista, Jean-Paul Gaultier, Tom Ford e P. Diddy Combs foram aquelas que a marcaram.

Quais são os truques para conseguir tantas entrevistas de renome internacional? “Honestidade, humildade e segurança. Mostrar com convicção que gostamos do que fazemos, que se deseja saber mais, que não se tem medo de não saber tudo e muita atitude!” Quando lhe perguntamos o que falha na moda nacional, Catarina Rito respondeu com duas palavras: escala e estratégia. Sendo a moda o império que é, a jornalista deu-nos a sua opinião sobre o que era para si este mundo que move milhões, “a moda é uma forma de estar e de me mostrar ao mundo. Através dela expresso-me. Mas o importante é perceber que a moda é para além de um fenómeno social um negócio, como tal é feito e pensado para gerar dinheiro. Obviamente que no processo existem coisas positivas e negativas. A ambição humana não mede consequências, o lucro fala mais alto, destrói a natureza em nome do negócio e continua a favorecer a desigualdade social.” Atualmente falamos de moda sustentável e já são muitas as marcas nacionais e internacionais que tentam mudar o seu registo e começam a criar um futuro diferente e para isso acontecer, é necessário haver uma “união de diversões fatores convergentes e não divergentes”, diz Catarina Rito. Para a jornalista é importante reeducar as pessoas a consumirem menos. É necessário a criação nas escolas de hábitos de conservação da natureza e mostrar os processos industriais que poluem para encontrar alternativas eficazes. E como de um menu de degustação se tratasse, “a roupa deve ser ‘saboreada’ e não tratada como numa refeição de ‘fast-food’.”




MAQUILHAGEM


por Maria Serrano

A

lgumas caras passam pelas minhas mãos e em cada rosto conto uma história diferente. Como maquilhadora, posso esconder algumas imperfeições mas construir um desenho no rosto de cada pessoa é uma inspiração e uma verdadeira obra de arte. Conjugar a arte com tendência é no mínimo desafiante. Com o fim do verão deve mimar a sua pele ao máximo com o devido tratamento para hidratá-la e equilibrá-la e para que consiga utilizar a sua maquilhagem da melhor forma. Com um tom mais bronzeado, aplique uma base translúcida para dar à sua pele uma tonalidade fresca e luminosa e para quem tenha sardas consiga destacá-las. Aplique a base antes do corrector. A base uniformiza, o corrector corrige a pele nas áreas que deseja esconder (olheiras, espinhas ou correções pontuais). Nos olhos, a tendência é “Twiggy”, a modelo predilecta dos nossos dias, uma técnica vinda directamente dos anos 70 e que vai buscar o floating crease eyeliner e que vai desde o simples eyeliner preto ao esfumado mais preenchido. Para os menos aventurados, uma maquilhagem clean é sempre tendência, uma pele bem cuidada e iluminada, uma máscara de pestanas e um gloss. Não se esqueça, neste momento, opte sempre por um rosto muito luminoso, para além de ser tendência ter uma pele luminosa dá vida ao seu rosto.


MAKE-UP FOR HIM Ladies, step aside, o Homem também tem direito a maquilhar-se e já são as várias marcas a apostar na maquilhagem masculina, como é o caso da Clinique, DTR ou Tom Ford Beauty, um dos pioneiros na categoria de maquilhagem masculina com a linha Tom Ford Beauty For Men. Com a notícia no verão do lançamento de Boy, a Chanel é a mais recente marca a juntar-se à tendência crescente.

Pelo formato da embalagem, a nova Le Teint Foundation parece-se com a Les Beiges. A grande diferença entre ambas as bases prende-se na cor, estando a primeira envolta num frasco azul escuro. A fórmula da Le Teint Foundation também tem alguns pontos em comum com a Les Beiges, já que inclui SPF25; extratos da flor kalanchoe, com ação antioxidante; e componentes derivados do ácido hialurónico, que deixam o rosto mais hidratado. De cobertura ligeira e de longa-duração, esta base para homens oferece um acabamento luminoso e natural e estará disponível em oito tons, do número 20 (Light) ao número 120 (Deep Plus).

Para moldar as sobrancelhas existe o Le Stylo Sourcils, disponível em quatro tons e muito idêntico ao Style Sourcils Waterproof da linha de maquilhagem feminina da Chanel. Trata-se de um lápis à prova de água com duas extremidades: uma com cor, indicada para preencher as falhas das sobrancelhas, e outa com uma pequena escova, para definir.

Já o Le Baume Lévres é um bálsamo de acabamento mate que protege e nutre ao lábios, mantendo-os hidratados até oito horas. Apesar de branco, fica completamente incolor quando aplicado.


PELE OLEOSA Fomos em busca de receita infalível para manter a situação controlada. Durante os meses frios, até pode não ser uma questão, mas, quando as temperaturas começam a subir, não há pele que não dê sinal de brilhos a mais, independentemente de ser, ou não, oleosa. Uma coisa é transpiração, que, quando o calor aperta, é mais frequente, outra é a tendência que a pele masculina tem para produzir sebo através das glândulas sebáceas. O plano de ataque passa por mudar alguns produtos essenciais da sua rotina diária e acrescentar um ou dois passos para controlar de forma eficaz o comportamento da pele, ao longo do dia. Aplicando estes quatro passos na sua rotina ficará com uma pele livre da indesejada oleosidade.

LAVAR: Comece por limpar os poros. Com o excesso de produção de óleo, têm tendência a ficar entupidos com sujidades e impurezas, criando as condições perfeitas para aparecerem borbulhas e pontos negros. Escolher o produto de limpeza ideal requer algum cuidado porque é possível limpar demasiado a pele, o que se torna totalmente contraproducente. Se recorrer a um produto demasiado agressivo, ele vai acabar por retirar a barreira protetora da pele que vai transmitir ao sistema hormonal que está seca. Com isto as glândulas sebáceas acabarão por produzir mais sebo para proteger a pele.

EXTRAS: Colocar um pó solto translúcido na zona mais problemática do rosto (conhecida como a zona T, que inclui testa, cana do nariz e queixo) é um reforço que o vai deixar mais confortável e protegido durante mais tempo. Formulado especificamente para absorver o excesso de óleo, reduzir a aparência dos poros e deixar a pele suave e aveludada ao toque, um primer matificante (que deve aplicar depois do creme hidratante) reforça a função de todos os outros produtos. São pequenos gestos que provavelmente nunca lhe passariam pela cabeça, mas que prometem contribuir para uma pele verdadeiramente mate ao longo do dia.

ESFOLIAR: Pode parecer demasiado, mas nos meses mais quentes, é necessário esforços extra. Não precisa de o fazer diariamente, mas esfoliar pelo menos duas vezes por semana ajuda a manter os poros desobstruídos e a estimular a renovação celular. Para facilitar, experimente usar uma escova de limpeza facial. proteger a pele.

HIDRATAR: Para combater uma pele oleosa durante o verão e não só, é preciso um equilíbrio, o que significa que o passo da hidratação não pode ser ignorado. Para manter a pele saudável, deve procurar um hidratante oil-free, mas que também controle a produção sebácea ao longo do dia. Mais do que hidratar a pele, este tipo de hidratantes ajuda a regular a hidratação natural da pele. As texturas em gel são especialmente agradáveis de aplicar porque não só são frescas e leves, como penetram de forma instantânea para uma sensação imediata de pele suave ao toque.



DOLLARBILL TEARS

Fotografia: Vera Gomes Modelo: Inês Afonso Maquilhagem: Maria Serrano Edição: Patricia Meinedo

















COMPORTA PERFUMES

Uma fotografia ao final do dia, dois corpos que não estão nus. Revelam e escondem ao mesmo tempo. Mas mostram toda a cumplicidade de um homem e uma mulher, num flash sensual, ao final da tarde, na praia, a água do mar a envolve-los, enquanto o Sol vai desaparecendo. O fotógrafo Gonçalo Claro fixou este momento, num frame que tinha que ser registados nos 30-40 minutos, do ângulo perfeito do Sol da Comporta, antes de cair por detrás da Serra da Arrábida. COMPORTA Perfumes OCASO: o conceito do perfume

GOLD ON YOUR SKIN A marca COMPORTA Perfumes tem seis perfumes que recriam experiência e memórias olfativas da Comporta. Agora, soma-se mais um à coleção e que faz a homenagem ao Sol. O Sol da Comporta ao final da tarde tem um nome: OCASO. Olha-se para o frasco e percebe-se tudo: a cor do perfume é dourada (cor original dos óleos essenciais que o compõem) e, a pairar no líquido, há flocos de ouro. Ouro? Sim, ouro, porque o Ocaso é uma experiência única. Depois de sentirmos o frasco na mão, retiramos a tampa de madeira negra com o logótipo serigrafado a dourado e sai o primeiro spray para o peito. O ouro que estava na garrafa sai em pequenas partículas e fica na pele. Olhamos para aquele brilho especial e começamos a sentir o perfume. É também um perfume douradamente sensual, carnal e luminoso, construído em torno de duas grandes notas olfactivas: as flores brancas e as especiarias. A combinação das flores que libertam o seu cheiro ao A combinação das flores, que libertam o seu cheiro ao final da tarde e durante a noite, com as especiarias que sentimos, também quando Sol se põe, envia-nos para um perfume complexíssimo. Logo a abrir, sentimos um pop-up aberto e quase a parecer cítrico e depois chegam as grandes doses de jasmim grandiflorum do Egipto, Tuberosa da Índia, Flor de Tiaré do Taiti e de Ylang-Ylang de Madagáscar. As flores brancas são as notas florais mais carnais da perfumaria, leitosas e com um toque animal. Depois chega-nos a vertente mais oriental do perfume com a pimenta rosa do Perú e os grãos de coentros. As especiarias são as mais sensuais notas que podemos cheirar. Carnalidade e sensualidade podem ser um perigo e foi exactamente esse perigo que os COMPORTA Perfumes pensaram para a referência de comunicação do OCASO, este primeiro perfume da Linha Millésime (uma linha baseada na criação de perfumes com raríssimos óleos essenciais de colheitas e proveniência das flores, frutos e especiarias únicas).

O OCASO é o perfume do Sol de final da tarde na Comporta, douradamente sensual e carnal, deslumbrante e luminoso, a cair lentamente para os lados da Serra da Arrábida, até desafiar a Lua a aparecer. É o perfume do momento sublime do dia. COMPORTA Perfumes OCASO: a criação Partindo do referido conceito, o Scent Evangelist Pedro Simões Dias desafiou, muito timidamente e a medo, Stephanie Bakouche a criar o OCASO (Millésime). Foi um longo trabalho para criar um perfume único, cujas notas olfactivas deveriam representar os eixos essenciais do Sol ao final da tarde na Comporta: o lado dourado, sensual e carnal do Sol; o momento do pôr do sol. O perfume OCASO (Millésime) utiliza raríssimos óleos essenciais de algumas das mais exclusivas matérias-primas da perfumaria mundial: as colheitas e a proveniência das flores, frutos e especiarias de base para a produção dos referidos óleos são referências mundiais.


CALVIN KLEIN 205W39NYC

OSCAR DE LA RENTA

NEW YORK FASHION WEEK TRENDS

As tendências estão ditadas. Não há mulher que vá aguentar à variedade de looks que poderá escolher no seu dia a dia. Os cabelos (extra) longos continuam a ser o must! Com aspecto de quem leva a máxima ‘who cares?’ à risca, o low ponytail (ou então o típico ponytail centrado na nuca), os acessórios em excesso terão protagonismo até ao extremo do penteado: cabelo penteado em rôlo à altura do pescoço. Diversão, classe e o lema ‘viver a vida ao máximo’ foram as dicas dadas pelos hairstylists nesta semana de moda.


HAIRSTYLE

K

MARC JACOBS

TOM FORDA

u

LONG HAIR, DONʼT CARE!


(Extra) volumes e explosões de cor serão também um foco desta estação. Para a mulher que gosta de marcar (e mostrar) a diferença, de dizer ‘olá!’ ao mundo sem ter de pronunciar uma palavra, estas são as sugestões de marcas como a extravagante Gipsy Sport e a luxuosa Longchamp. Personalidade forte e classe, fá-la-á sentir-se a caminhar na runway enquanto segue para o trabalho, reuniões ou simplesmente para um passeio na cidade. ‘Living young, and wild and free!’

LONGCHAMP

GIPSY SPORT

REBELLIOUS!


HAIRSTYLE MAAN...!

São raros os designers que não usaram este corte nos seus desfiles. O estilo andrógeno continua a ser uma das linguagens mais vistas nas passereles mas... E se se apostar em cortes (quase) bem masculinos e colocar-se num styling bem feminino? Dois extremos que funcionam tão bem como as peças de um puzzle. A leveza e a pureza destes cortes dão uma atitude de força à mulher que arrojar e arrasar com este tipo de look.

MICHAEL KORS COLLECTION

THE ROW




AGENDA

CINEMA PEDRO E INÊS

ESTREIA DIA 18 DE OUTUBRO

Internado num hospital psiquiátrico por viajar de carro estrada afora com o cadáver da sua namorada Inês, Pedro recorda três vidas diferentes, simultaneamente e de forma indistinta. Deitado na cama de hospital, ou sentado no banco de jardim, onde espera que a dor passe, Pedro recorda a vida com a sua amada Inês que é brutalmente assassinad,a ao longo dos tempos, afastando-o do seu amor incomensurável, que o deixa à beira da loucura e transforma um homem reservado e pacato, noutro sedento de vingança e justiça.


A REVOLUÇÃO SILENCIOSA ESTREIA DIA 25 DE OUTUBRO

Em 1956, durante uma visita a um cinema em Berlim Ocidental, dois alunos de um liceu da Alemanha de Leste vêem as perturbadoras imagens da revolta contra os soviéticos em Budapeste. De regresso a Stalinstadt, uma das novas cidades-modelo do regime comunista, os alunos têm a ideia de fazer um minuto de silêncio durante as aulas, em memória dos húngaros que morreram a lutar pela liberdade.

INGMAR BERGMAN - A VIDA E OBRA DO GÉNIO ESTREIA DIA 4 DE OUTUBRO

Maryline vem da província até Paris para seguir o seu sonho de ser atriz. Mas a sua fragilidade não a deixa ter confiança suficiente em si mesma e no seu talento para vencer. Acaba confrontada com um emprego humilhante e com aquilo que realmente pretende.


O CADERNO NEGRO ESTREIA DIA 11 DE OUTUBRO A história das aventuras, passadas no crepúsculo do século XVIII, de um casal singular formado por um pequeno órfão de origens misteriosas e pela sua jovem ama italiana de origens também incertas. Eles arrastam-nos na sua esteira, de Roma a Paris, de Lisboa a Londres, de Parma a Veneza. Sempre seguidos nas sombras, por razões obscuras, por um calabrês sinistro e por um inquietante cardeal, o par lança-nos nas sombrias intrigas no Vaticano, nos espasmos de uma paixão fatal e num funesto duelo entre as tricas da corte de Versalhes e as convulsões da Revolução Francesa.

Johnny English Volta a Atacar ESTREIA DIA 4 DE OUTUBRO

Rowan Atkinson regressa ao papel do agente secreto numa aventura que tem início no momento em que um ataque cibernético revela a identidade de todos os agentes britânicos no ativo, deixando Johnny English como a última esperança dos serviços secretos. Chamado da sua reforma, Johnny English entra em ação para descobrir o hacker responsável pelo ataque. Habituado a métodos analógicos, Johnny English vê-se agora perante os desafios da tecnologia moderna.


A MULHER ESTREIA DIA 18 DE OUTUBRO

Uma mulher questiona as suas escolhas de vida enquanto viaja com o marido para Estocolmo onde ele irá receber o Prémio Nobel de Literatura.

O QUEBRA-NOZES E OS QUATRO REINOS ESTREIA DIA 31 DE OUTUBRO

Tudo o que Clara (Mackenzie Foy) quer é uma chave uma chave única que irá desbloquear uma caixa que tem um presente inestimável. Um fio de ouro, oferecido na festa anual pelo padrinho, Drosselmeyer (Morgan Freeman), leva-a à tão cobiçada chave, que rapidamente a faz desaparecer para um mundo paralelo e misterioso. É lá que Clara encontra um soldado chamado Phillip (Jayden Fowora-Knight), um grupo de ratos e os regentes que governam os três Reinos: a Terra dos Flocos de Neve, a Terra das Flores e a Terra dos Doces.


C

RUBY ROSE – A NOVA BATWOMAN

onhecida pelo seu papel em Orange is the New Black, Ruby Rose vestirá a pele de Kate Kane – a Batwoman. Mas afinal quem é Ruby Rose? Modelo, atriz, DJ, boxer…

Campanhas e vidas paralelas

Também poderemos afirmar que é uma mulher de sete ofícios. Além de DJ, modelo e atriz, Ruby Rose, em 2010, colaborou com a marca de moda australiana Milk and Honey para criar coleção cápsula – Milk and Honey. Posteriormente, também lançou uma coleção em colaboração com a marca de calçados Gallaz. Em 2014, colaborou com Phoebe Dahl, criando uma coleção streetwear ética para a Faircloth Lane. A atriz e modelo está envolvida com várias célebres marcas, tendo, em março de 2017, protagonizado a campanha da Nike, “Kiss My Airs”, e sido o rosto do lançamento da Coleção FW17 da Swarovski, em maio desse ano.

Desde apresentadora na MTV Austrália, rosto Maybelline New York Austrália, modelo da Urban Decay Cosmetics até coanfitriã do Next Top Model da Austrália, Ruby Rose será a voz e o rosto da Batwoman do século XXI. Nascida a 20 de março de 1986, Ruby Rose é conhecida pela sua carreira de modelo, DJ, boxer, apresenta- Do bullying a embaixadora e ativista da Saúde Mental dora e atriz. No entanto, a sua vida nem Rose nasceu em Melbourne e é sempre foi um mar de rofilha de Katia Langenheim, mãe O passado poderá delinear muisas e fama. Ruby Rose foi solteira aos 20 anos e artista. Saiu vítima de agressões vertos traços de uma pessoa. Todavia, do armário aos 12 anos, assuminbais e físicas devido à sua do-se como lésbica. E, atualmenRuby Rose não deixa as marcas do orientação sexual, quando te, é “gender fluid”, ou seja, idenseu passado interferir com o suera pré-adolescente, tendo tifica-se com ambos os géneros tentado suicidar-se. A atriz Frequentou a University High cesso do presente. Com tudo o que foi violada sexualmente School e a Footscray City Colpassou, Ruby Rose poderá ser mespor um parente quando era lege. É a afilhada do boxer auscriança. Diagnosticada com traliano Lionel Rose e bisneta de mo uma super-heroína em carne e o distúrbio bipolar e deAlec Campbell, o último sobreviosso. pressão clínica, Ruby Rose vente da Batalha Australiana de é embaixadora da aplicação Gallipoli. Mindfulness, da Headspace e da campanha australiana Ruby Rose e o grande e pequeno ecrã “Back Me Up” – sendo, assim, uma defensora e atiAlém da sua carreira como modelo e apresentadora, vista de causas relacionadas com a saúde mental. Ruby enveredou também no mundo da representação. Estreou-se no filme australiano Suite for Fleur, em 2008. E, ainda, teve um papel no drama Around the A Batwoman do século XXI Este ano, foi anunciado que Rose vestiria a pele de Block (2013). Foi com a série da Netflix, Orange Is the New Black, Kate Kane aka Batwoman. A célebre personagem que Ruby Rose alcançou a fama, com o protagonismo da DC Comics ganhará a sua própria série que tem estreia marcada para 2019. No entanto, o próximo na pele de Stella Carlin. Participou ainda nos célebres filmes Resident Evil: crossover Arrowverse – que envolve as séries Flash, O Capítulo Final (2016), xXx: O Retorno de Xander Arrow e Supergirl –apresentará a personagem, em Cage (2017), John Wick: Capítulo 2 (2017), Pitch Per- dezembro de 2018. A personagem Kate Kane é lésbica e, por isso, Ruby fect 3 (2017) e no recente filme The Meg (2018). Rose mostrou-se emotiva por representar a comunidade LGBT, na televisão, e sobretudo na pele de uma super-heroína, tendo utilizado o Instagram para a agradecer:


“The Bat is out of the bag and I am beyond thrilled and honored. I’m also an emotional wreck. because this is a childhood dream. This is something I would have died to have seen on TV when I was a young member of the LGBT community who never felt represented on tv and felt alone and different. Thank you everyone. Thank you god.”


ICA & CONCERTOS MUSICA & CON

Tribalistas

21 de Outubro no Altice Arena Em 2018, há quem assegure que já sabemos fazer uma série de coisas novas, inclusive namorar, mas a verdade é que ainda nos falta assistir a uma digressão dos Tribalistas. A boa notícia é que ela vem aí e Portugal está no mapa. Mais de quinze anos depois, os Tribalistas regressam com um novo álbum e, pela primeira vez em 16 anos, com uma tour ao vivo.

Ala dos Namorados

13 de Outubro no Coliseu de Lisboa

No ano em que se assinalam os 25 anos, deste o início da sua formação, a ALA DOS NAMORADOS anuncia dois grandes concertos nos Coliseus de Lisboa e Porto: 13 de Outubro, Coliseu de Lisboa; 9 de Novembro, Coliseu do Porto. “No ano em que se assinalam os 25 anos deste o início da sua formação, a ALA DOS NAMORADOS anuncia dois grandes concertos nos Coliseus de Lisboa e Porto: 13 de Outubro, Coliseu de Lisboa; 9 de Novembro, Coliseu do Porto.”


Kodaline

24 de Outubro no Coliseu dos Recreios O quarteto de Dublin apresenta, em Lisboa, o novo disco de estúdio, que foi apresentado ao público no dia 10 de agosto. Para este novo trabalho, os Kodaline trabalharam pela primeria vez com um leque variado de escritores e produtores, incluindo o guru pop Wayne Hector e Jonny Coffer.

Natiruts

31 de Outubro no Coliseu dos Recreios

Bem conhecidos e acarinhados pelo público português, os Natiruts estão de volta ao nosso país, depois de uma ausência prolongada.


MARGARIDA G U E R R E I R O TRABALHANDO NA WARNER MUSIC PORTUGAL, O QUE SIGNIFICA PARA TI A MÚSICA? A minha ligação com a música vai muito para além de trabalhar numa editora. Em minha casa ouvia-se muita música e, desde cedo, os meus pais mostraram-me todo um universo de artistas. Aos 5 anos, pedi para ir aprender música e puseram-me numa escola. Por isso, respondendo à tua questão, a música significa oxigénio. Não imagino a minha vida sem ela, de verdade, não imagino. QUEM É A MARGARIDA GUERREIRO? Não gosto de autodefinições, até porque o que eu sei de mim mais ninguém sabe e estaria a revelar os meus super poderes e não pode ser! O QUE FALHA EM PORTUGAL NO QUE DIZ RESPEITO À MÚSICA ? Algumas coisas... por exemplo, somos um país onde não existem programas de televisão onde um artista

possa expor a sua música. E sim, claro que os tempos mudam, e a era digital fez mudar muita coisa, mas bora lá! Sinto falta de um Jools Holland ou algo do género. Ainda semana passada falava do Parabéns do Herman...que saudades. E falta-nos um bocadinho mais de amor próprio. Estamos melhores é certo, mas... PARA TI COMO SE DEFINE A MÚSICA EM PORTUGAL ? A música em Portugal no sentido da música que se faz em Portugal? É óptima! Não ficamos atrás de ninguém, somos criativos, inovadores, temos músicos incríveis. E temos pessoal mesmo muito bom. AO LONGO DE TODA A TUA CARREIRA NA ÁREA DO MARKETING E PUBLICIDADE, FORAM MAIS AS PORTAS FECHADAS OU SEMPRE CONSEGUISTE O QUE “QUERIAS”? Felizmente, sempre fiz o que gosto. Comecei como


copywriter e com a explosão da área digital fui naturalmente mudando o meu rumo para a estratégia, criação de conteúdo e gestão dos mesmos. Tive a sorte de encontrar as pessoas e lugares certos. Passei por sítios que ainda hoje são referências, Euro RSCG (hoje Havas), a Fullsix, Mccann, agências que fizeram de mim melhor profissional e pessoa. Não se iludam, é uma área onde levas muita “porrada”, nem tudo foram rosas, mas sou muito grata. COMO É TRABALHAR COM GRANDES NOMES DA MÚSICA PORTUGUESA? É ótimo! Poder estar no processo que leva a música de determinado artista até às pessoas é incrivel. Chegar a um concerto e ver milhares a cantar um tema que uns meses antes era um embrião...olha dou sempre por mim a sorrir nos concertos. Essa é que é essa! E OS JOVENS MÚSICOS, CANTORES, ACHAS QUE PODEM VIR A SER GRANDES NO NOSSO PAÍS? Claro, porque não? Com trabalho e boa música tudo se consegue. O QUE TE FALTA FAZER? Muita coisa, dá para colocar trabalhar na NASA na lista? ONDE ADORAVAS CHEGAR PROFISSIONALMENTE? O céu é o limite? Se sim, adorava criar uma escola de música, onde qualquer miúdo sem possibilidade pudesse estudar. Sem imposições de estilos mas partindo da formação clássica dando-lhe as bases necessárias. Onde se ouvisse hip hop e fado, rock e funk, pop e metal. Colocando os pés no chão, não faço planos, saem sempre furados, por isso adorava chegar àquele ponto em que olhamos para trás e dizemos, aquilo que fizeste na tua vida foi mesmo fixe.


TRO & ESPETÁCULO TEA TRO & ESPETÁCULO TEA TRO & ESPETÁCULO TEA Manipula#Som

19 de Outubro no Centro Cultural de Belem Manipula#Som é um concerto visual de caráter circense. A linguagem artística do projeto nasce do diálogo entre a manipulação de objetos e a música interativa.

A Fera na Selva

4, 5 e 6 outubro no Centro Cultural de Belem A Fera na Selva (The Beast in the Jungle, Henry James, 1903) recria em conto a angústia de dois seres em vertigem sobre o grande espanto que é viver. A ansiedade, o medo, a cautela perante o que virá, vai assim modulando uma relação cúmplice, um tempo dilatado de convívio, um quase-ritual-quase-iniciático, aos meandros de uma escuridão que também é nossa, dos leitores.


François Chaignaud & Nino Laisné / Romances Inciertos 26 de Outubro no Palacio da Bolsa

“Romances Inciertos – Un Autre Orlando” é, ao mesmo tempo, um concerto e um recital, construído em três atos, numa reminiscência da chamada ópera-ballet. Neste espetáculo aparecem, sucessivamente, a Donzela Guerreira, que nos guia, num contexto medieval, atrás do rasto de uma jovem que se alista no exército sob a imagem de um homem; o São Miguel, de García Lorca, arcanjo voluptuoso e objeto de devoção, tão engalanado como dolente, levado em procissão durante a Semana Santa; e Tarara, cigana andaluza que, devido a um desgosto de amor, oscila entre o misticismo e a sedução, escondendo uma secreta androginia.

Aida

13 de Outubro na Fundacao Calouste Gulbenkian



HUMANAE PROJECT As cores usadas para descrever os tons de pele não são amplas, mas sim frustrantemente imprecisas. Identificar-se de "branco", "preto" ou "amarelo" para categorizar um arco-íris de identidades e experiências é constrangedor e antiquado - especialmente num mundo cada vez mais multicultural. Não só os negros não são negros, como as variedades de heranças e identidades raciais nascidas da diáspora africana são muito mais sutis do que esse termo abrangente que permite ser reconhecido e celebrado. Angélica Dass, uma fotógrafa radicada na Espanha, está a tentar ampliar a compreensão da raça pelo público com o projeto fotográfico Humanae. Filmado ao longo de dez anos, o ambicioso projeto é a missão da Dass de capturar todos os tons de pele existentes e descrevê-los com precisão, usando o Pantone Matching System (índice de cores padronizado, muito utilizado pelo mundo do design, composto por mais de 1,876 tons). "Nenhuma das cores [que tirei] são preto, branco, amarelo ou vermelho", diz Dass, ilustrando a necessidade de uma linguagem mais precisa e inclusiva para descrever as identidades raciais. Os retratos minimalistas fazem com que a cor da pele dos participantes seja o foco, realçando a beleza de cada tom único. Olhando para o rosto através da câmera, o tom de pele de cada sujeito corresponde ao pano de fundo. As fotos sugerem como a cor da nossa pele pode ser à primeira vista. Como, às vezes, isso pode colorir tudo que as pessoas veem sobre nós. Partilhando suas fotografias favoritas dos últimos dez anos, Dass fala sobre como o colorismo a afetou pessoalmente e porque a Humanae é um projeto sem fim.

COMO COMEÇOU ESTE PROJETO? A inspiração para este projeto vem das raízes de sua família: é neta de uma brasileira "negra" e "nativa" e filha de pai "negro" adotado por uma família "branca". Então, ela é uma mistura de diversos pigmentos. Humanae é uma busca para destacar a nossa verdadeira cor, ao contrário de as cores estabelecidas falsas de vermelho, amarelo, preto e branco. Para ela, é como um jogo para subverter os nossos códigos raciais. PORQUE ESCOLHEU O SISTEMA PANTONE COMO REFERÊNCIA? “O que eu quero é destruir os conceitos de cores associados à raça e também, destruir o conceito de raça em si e todos os códigos, preconceitos e clichés estabelecidos com ela. Portanto, não seria lógico usar uma escala de cores que trabalhe com percentagens dessas cores - é por isso que não uso CMYK ou RGB. Pela minha experiência, o sistema Pantone era uma escala neutra, em que nenhuma cor tem mais importância do que outra. É industrial - intimamente associada a algo prático, equitativo e repetitivo. Uma escala muito identificável no mundo do design, mas também facilmente compreendida por qualquer pessoa.


XPOSIÇÕES ARTE & EXPOSIÇÕE XPOSIÇÕES ARTE & EXPOSIÇÕE XPOSIÇÕES ARTE & EXPOSIÇÕE

COLLECTIVA MEETING até dia 31 de Outubro, CC Bombarda, Porto

Collectiva é uma plataforma independente e loja-galeria que apresenta o trabalho designers emergentes, tendo-se já tornado uma referência na cidade do Porto. Direcionada para promover a #joalharia #contemporânea, a Collectiva apresenta uma seleção cuidada de pequenas coleções, edições limitadas e peças exclusivas, bem como um programa de exposições e eventos regulares. Este #OPENCALL pretende juntar autores nacionais e internacionais numa exposição / venda que irá promover novos talentos bem como trabalhos inovadores no campo da joalharia contemporânea .


ALMA MEXICANA EM TERRAS LUSAS até dia 21 de Outubro. Porto, Centro Português de Fotografia A fotógrafa mexicana Flor Garduño apresenta uma série de fotografias tiradas em Portugal, aquando da sua estadia em 1995. Exposição inaugurada para comemorar o Dia Mundial da Fotografia.

IMPRIMERE — ARTE E PROCESSO NOS 250 ANOS DA IMPRENSA NACIONAL até 3 de novembro Casa do Design de Matosinhos Imprimere — Arte e Processo nos 250 Anos da Imprensa Nacional apresenta-se como uma extensa mostra documental, reunindo instrumentos, máquinas, tecnologias e artefactos que ilustram a história da produção gráfica em Portugal, desde a Impressão Régia à atualidade.

CONVERSAS NO ARQUIVO ÁLVARO SIZA - TOM EMERSON 25 de outubro de 2018 até 27 de janeiro de 2019, Serralves Esta é a primeira de uma série de exposições direcionadas a colocar o Arquivo do Arquiteto Siza Vieira em conversa com algumas das práticas arquitetónicas mais relevantes. Assim, é convidado um arquiteto para selecionar materiais específicos - um desenho, um projeto, um tema... - do Arquivo, e propor uma série específica de regras para apresentar o material selecionado em relação com o seu próprio trabalho. O primeiro convidado a conversar com o material do Arquivo será Tom Emerson, do ateliê londrino 6a architects.


EXISTE COM O INTUITO DE SE

MOSTRAR COMO POSSIBILIDADE Nasceu em 1989 e desde muito novo desmontava e voltava a montar e a criar, desde brinquedos a canetas. Foi se formando e criando a sua identidade. Licenciado em Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Hugo Castro é hoje um dos artistas que enfrenta um país antigo e envelhecido. O seu trabalho apresenta uma procura constante da possibilidades de formas que um objeto pode conter em si mesmo sem deixar de o ser, pelas variantes da sua posição no espaço. Recorrendo à sua sombra, a sua desconstrução, destruição e pelas infinitas intervenções a que pode estar sujeito, Hugo Castro procura todas as possibilidades e mesmo que crie 1000 peças haverá sempre aquelas que farão realmente sentido e funcionaram com o seu verdadeiro propósito.


Fotografias de André Silva

Recorrendo as formas geométricas simples e complexas, cria da mais simples à mais complexa peça de arte. Seja através de uma caixa de fósforos a uma lata de tinta derretida, as possibilidades são infinitas. Desde uma chapa de zinco, uma parede de gesso cartonado, um lápis ou uma borracha o principal foco é a descoberta em si mesmo de dar uma nova forma a estes objetos. Para o artista plástico não existe o tempo, no atelier, sem fazer nada, criando com amor e dedicação, não separa o trabalho do lazer. Sendo as possibilidades infinitas o seu grande propósito, Hugo procura sempre procurar o papel de cada peça antes de poder construir. Ao longo da conversa deu-nos o exemplo de uma peça que usou na exposição da BMCar que, antes de a montar, foi a procura para saber o que esta peça que é sempre escondido no interior dos carros poderia fazer de tão bom na sua funcionalidade. Tendo o propósito de fazer pensar, para Hugo é importante que o público reflita se alguma vez viu algo da forma como ele apresenta, dando-nos o exemplo de uma das peças que criou, uma caixa de fósforos, mas estes estavam queimados. Algo simples mas que não é convencional. Destruindo, desconstruindo ou deformando, desprovendo, ou não da sua função utilitária, o artista descobre todas as possibilidades e quando volta a criar, cria algo que não deixa de existir. Formou-se e foi-se criando e há dois anos percebeu que a arte que fazia não era mais nem menos daquilo que sempre fez inconscientemente. Tudo na sua vida está

ligado ao que cria, não cria objetividade, mas sim para se satisfazer e responder as suas inquietações. Sendo o perceber algo bastante ambíguo, não é algo que lhe preocupa. Porque o que cada um percebe é refletido através das suas vivências e nem sempre podem responder aos objetivos. Com uma mente em constante rotação e o poder criativo sempre a ferver como se de comida se falasse, cria peças que nem sempre as acaba. Durante toda a conversa, fomos falando de como se inspirava e como ia criando e, por vezes, está a criar uma peça e surge uma ideia nova, então deixa em repouso a peça trabalhada e começa a criar outra


peça. Nunca deixa nada para o fim, um artista pragmático que precisa de tempo para refletir e se habituar às suas criações. Este tempo, que nem sempre é favorável, permite a Hugo Castro perceber o que criou e fazer uma análise profunda sobre o seu trabalho. Mas nem tudo se baseou no seu trabalho, o jovem artista defende com “unhas e dentes” que a arte na sua generalidade não é para uma elite, não é para uma elite conceptual. Defende que a arte é para todos e que todos devem ter o mesmo direito de a usufruir. Pois não é por ser formado em artes, que uma pessoa não consiga perceber, apreciar e até gostar ou não de alguma obra. Em Portugal, as pessoas não vem a cultura como algo prioritário e esquecem-se que a cultura educa, que é a cultura que move também o mundo e o que falha, em Portugal, é uma educação artística que faça com que as novas gerações cresçam e percebam que não vivemos sem absorver arte. Cria com amor e como se de um filho se tratasse, quando chega a hora de sair dos seus braços, é algo que lhe dói. Não sabendo dar um valor monetário ao seu trabalho, por ser algo tão pessoal e tão seu, é algo que custa

ao jovem criador ter de olhar para a sua paixão como algo um mero negócio e de apenas cifrões se falasse. Tendo sempre o apoio dos pais e a liberdade para fazer as suas escolhas, Hugo fala da pessoa que para ele é das pessoas mais sábias que conhece, o seu pai. Com orgulho em dizer “o meu pai era capaz de ser melhor que eu”, o jovem criador agradece o que viveu e não mudaria nada na sua vida. Principalmente porque escolheu sempre o caminho que quis.




O Muda

surge em 2016, num antigo armazém de tecidos que foi totalmente reestruturado, numa tentativa de mudar o paradigma que existia nesta rua, que há três anos atrás era preenchida basicamente com bares noturnos. Sentiram a necessidade de haver um espaço acolhedor e relaxado, de um lugar com boa comida e boa música, que potenciasse a conversa com amigos e o convívio. É este o conceito do Muda: oferecer a quem os visita um espaço com requinte, elegância e charme, mas ao mesmo tempo descontraído e informal, com um ambiente intimista, confortável e discreto, que faz com que as pessoas se sintam em casa de amigos. O Muda acaba por ser uma experiência, uma vivência. Têm um público bastante diversificado, de diferentes origens e faixas etárias, que vão petiscar ao início da noite, por exemplo, ou vão jantar ou mesmo beber apenas um digestivo no final da refeição. Têm inclusive clientes que vêm apenas para a sobremesa e café e acabam por prolongar a noite no Muda.


O Muda tenta realmente ser uma vivência, um local onde as pessoas se sintam em casa, com óptima comida, óptima música e um serviço descontraído e simpático, embora de excelência. Passados quase 3 anos, podem afirmar que as pessoas os procuram exactamento por isso. “Penso que em relação às experiências, os pontos anteriores falam já disso, do espaço intimista e acolhedor, do ambiente discreto e relaxado, do se sentir em casa. Basicamente o que o Muda propõe é ser uma espécie de refúgio para quem gosta de fazer uma pausa da movida, sem sair dela.” - Patricia Silva


O Muda tem mais de 400 metros quadrados, divididos em três salas principais, sempre com um objetivo comum: proporcionar a quem lhes visita o ambiente e o serviço já mencionados, e uma cozinha moderna de inspiração portuguesa (mas não só) a qualquer hora do dia. Utilizam produtos da melhor qualidade, selecionados a partir dos melhores fornecedores, sempre com uma confeção cuidada e requintada. A sua carta é composta por alguns pratos de partilha, não simples petiscos, mas pratos pensados ao pormenor e com alguma complexidade, como o salmão curado em vodka e beterraba, migada de edamame, shitake grelhado ou a Barriga de porco, bimi, miso-shiro, cogumelos e gema de ovo, até aos pratos principais e sobremesas. Daqui tenho que destacar o risotto de cogumelos trufado, que é um sucesso descomunal, o Bacalhau fumado, aveludado de grão-de-bico, telha de tinta de choco, crocante de cebola e coentros e o Magret de pato curado e fumado em casa, molho de chalotas e vinho do Porto branco, duxelle, rosti de batata doce e pak-choi grelhado. Nas sobremesas, claro, o 100 (não mil!) folhas de frutos vermelhos e creme de rum com sorvete de framboesa e a Tarte de lima-limão merengada. Mas há bastante mais. Tentam sempre alterar a carta com as novas estações, embora vão mantendo alguns pratos (com as devidas reinterpretações) por serem já icónicos e por serem os preferidos dos clientes, que são os primeiros a lhes pedirem para não os retirar da carta. Isto tudo seria impossível sem uma equipa fabulosa por trás, que partilha exactamente os mesmos valores e a mesma visão do Muda, que sabem o que é o Muda e que recebem todos sempre com uma simpatia e atenção excepcionais, destacando, claro, o trabalho do chefe de cozinha, Cláudio Santos, e da chefe de sala, Raquel Rodrigues.


Ingredientes: 1 filete de Truta (Patagรณnia) 100 gr de abobora 1 cenoura 50 gr de milho baby 50gr de ervilha de quebrar 50gr de espargos 50gr de courgette baby 50gr de queijo Roquefort Duas colheres de nata Sal, pimenta, azeite q.b


TRUTA PATAGÓNICA,

P R E P A R A Ç Ã O

ABOBORA E ROQUEFORT.

Para o puré, cozer a abóbora e metade da cenoura. Triturar e adicionar sal, pimenta e as natas. Numa frigideira, adicionar um pouco de azeite e deixar aquecer. Temperar a truta com sal e pimenta. Grelhar. Cortar a outra metade da cenoura em tiras. Em água a ferver, adicionar o milho baby, as ervilhas de quebrar, as courgettes, os espargos e as tiras de cenoura. Ferver durante 1 minuto. Retirar e colocar em água e gelo para parar a cocção. Numa frigideira, colocar a azeite. Saltear os legumes. Temperar com sal e pimenta. Empratar a gosto.


Na multiplicidade cultural das sociedades modernas, as inúmeras opiniões colidem umas com as outras na eterna luta por uma determinada posição. É um processo que, por vezes, apenas pode ser descrito como desgastante. Porém a curiosidade é também o eterno alimento do pensamento evolutivo, a discórdia, a filha pródiga da mudança e da adaptação. Nas ruas, a diversidade de negócios que as preenchem parece querer ensinar-nos algo sobre coexistência. As novas tendências Hiper-chic apresentam-se ao lado de roupa casual ou vintage , uma bifana e cerveja ao lado de um prato de bom bacalhau e um vinho de prestígio, produtos regionais à mistura com telemóveis da loja do lado... Outra faceta importante, por vezes algo polémica, é o choque cultural que um estabelecimento causa, em virtude de uma oferta a que o público simplesmente não está habituado, e que mais tarde acaba por se infiltrar na derme social de maneira natural. O The Lingerie Restaurant, no Porto , por exemplo, não é estranho a esta realidade. O seu conceito arrojado, que conjuga sedução com restauração, foi alvo de alguma resistência inicial. Porém, a possibilidade que este inovador estabelecimento permite, a de reacender a chama em relações estagnadas pelo quotidiano repetitivo, rapidamente ganhou adeptos e hoje em dia conta já com uma clientela fiel. A 1300 Taberna, um restaurante localizado na LX Factory em Lisboa, apresenta um choque diferente, uma ‘luta’ interna entre a funcionalidade da estética industrial e um ambiente com notas de saudosismo. É uma convivência salutar de dois estilos, que convida à tertúlia em cada refeição, num espaço amplo que desperta a curiosidade com a sua dualidade. A ementa, em constante evolução é também um desafio à refeição sempre igual, a que a rotina do dia a dia por vezes nos habitua.


O percurso profissional de cada pessoa pode também pode ser o eco de um choque geracional. Os irmãos Alex e Ana são o perfeito exemplo dessa afirmação. Criaram em Aveiro, durante a viragem do século, o salão de cabeleireiro Hairtz, que ajudava a descobrir a individualidade de cada um, numa juventude portuguesa que começava a quebrar barreiras e tabus. Celebrava-se (e celebra-se ainda hoje) a possibilidade de cada um exprimir a sua ‘onda’. Também a nível tecnológico algumas empresas se destacam, ao contrariar a mentalidade vigente. Se o leitor está à espera de uma loja recente, surpreenda-se: em Braga é o antiquíssimo Mercado de São João, que carrega a tocha da inovação, ao ser a primeira mercearia fina, tipicamente portuguesa, a ter um site dedicado. Também foi testemunha do confronto entre países e ideais, ao atravessar a segunda guerra mundial e período da ditadura, sem nunca perder o foco da sua própria atuação na cidade. Por fim apresentamos a Ledistrónica, uma loja com uma grande gama de equipamentos de som, luz e telecomunicações.

A loja assumiu-se quase como um arquiteto que opera nos bastidores, ao trazer à cidade de São João da Madeira aquela magia tecnológica que embeleza as nossas cidades, quando passeamos à noite por entre neons e luzes reluzentes, ou entramos num estabelecimento com um som que nos preenche os sentidos. Se todos os negócios se apresentassem de maneira igual, perderíamos a diversidade que torna a vida interessante. Castrados pela resposta imperativa a um único tipo de público, imaginado por focus groups demasiado zelosos, os comerciantes por

esse Portugal fora teriam uma única solução, homogénea, sensaborona... Felizmente não é esse o caso. O nosso comércio brilha com uma miríade de ofertas que, ora se reimagina em vagas de tendências que vão e voltam, ora resiste como imovíveis rochas de tradição. E assim se vai formando parte da nossa identidade e memória coletiva.




GO OUT AND DANC

P.A.R.O.S.H.

HERON PRESTON

MARC ELLIS

JIMMYC HOO

PHILIPP PLEIN


STYLING

CE!

MANOLO BLAHNIK

ALEXANDREVAUTHIER

MM6 MAISON MARGIELA


VICTOR HUARTE “Acho que não me podia dedicar a outra coisa (…)” desde pequeno que desenha roupas que um dia gostaria de criar. Inquieto, curioso, trabalhador e apaixonado, Victor Huarte é hoje um jovem designer espanhol que pretende criar e nunca desistir dos seus sonhos. Nasceu em Espanha, viaja até ao Brasil e vem para Portugal… quando lhe perguntamos onde se sentia em casa, a resposta foi clara! Espanha será sempre a sua casa, onde sempre que volta se sente sempre seguro e onde encontra aquele calor tão familiar das suas memórias. É em Espanha que tem tudo que forma a sua adolescência e o seu crescimento. Sobre o Brasil, Victor diz que foi uma “experiência incrível” onde aprendeu muito, abriu os olhos para uma realidade completamente diferente. Mas Portugal, este país que tem tanto para oferecer, abriu os bra-

ços ao jovem espanhol de Logroño, como se tivesse nascido aqui. “Portugal foi talvez o país onde mais cómodo me senti, desde o primeiro dia, senti o carinho das pessoas, pessoas que sempre estiveram dispostas ajudar-me. Sem dúvida que posso dizer que é a minha segunda casa e quando estou em Espanha, sinto muito a sua falta, mais do que pensava que iria sentir.” A moda como sabemos engloba todo o mundo de criação e move o mundo, é esta área que preenche e completa Victor Huarte, é nesta área como se ainda fosse uma criança pode fazer o que gosta, lhe permite brincar, experimentar e acima de tudo desfrutar, mesmo que seja difícil, é onde pode ser feliz. “A capacidade de criar um imaginário estético e materializar-lo nas roupas é o que mais me atrai no mundo da moda.” Foi a possibilidade de se poder reinventar a


cada estação e criar novos códigos visuais, com que as pessoas se possam idenficar, poder brincar com os tecidos, com as texturas, as cores - foram estes os principais fatores para ser hoje um jovem designer emergente. Com apenas uma frase matizou a sua escolha, “posso ser um novo “eu” cada seis meses.” Clientes que não valorizam o produto português e não lhes importa investir nele, é para Victor Huarte, jovem designer espanhol, o grande problema da moda nacional portuguesa. Com tudo refuta que esta falha não acontece apenas em Portugal, dando o exemplo de Espanha, onde as “pessoas não se importam de pagar 1.500€ por uma carteira de uma marca francesa prestigiada, mas no entanto não são capazes de pagar 800€ por um bom casaco de um designer português ou espanhol”. Para

Victor, Portugal é um pais com grande potencial e que o mais importante é que apoia os jovens criadores e lhes possibilita a participar em concursos onde podem começar a sua carreira na moda e compara com o seu país natal, onde é muito difícil criar um nome e é necessário muito mais investimento inicial. Apaixonado pelo mundo da moda, conta-nos que se não fosse moda se dedicaria à arquitetura,uma área que, durante a sua adolescência, o marcou bastante. “Passava muito tempo a imaginar a casa dos meus sonhos e a desenhar planos, criar espaços e formas diferentes.” Para Victor esta área é também como a moda, que tem muitos vínculos com a arquitetura, no que diz respeito a criar algo nosso, seja um espaço ou uma peça de roupa, “começar a projetar sobre ele, construir um molde e ir adaptando-o, utilizando os materiais inovadores e onde o resultado final seja um produto com uma estética e harmonia.”


Quando falamos da inspiração do jovem Huarte, falamos de música, pintura, uma mulher que se cruza na rua, uma série de televisão, uma fotografia antiga num baú em casa dos seus avós. “A inspiração é muito subjetiva.” Inspira-se na estética, numa identidade e em tudo que se possa desenrolar a partir dai. Mas são aqueles nomes clássicos da arte onde realmente se encontra, seja ele Velazquez ou Goya, o movimento Rococó e tudo que seja relacionado com Luís XIV de França, o “Rei Sol” e toda a sua corte de Versalhes, como o folclore popular, seja de que cidade for. Cria com amor e tradição, protegendo sempre algo que para ele, não se deve perder. Inspirando-se em Eton College, uma escola elitista perto do palácio Windsor, na zona oeste da cidade de Londres, conhecida como uma das escolas mais conceituadas a nível internacional e onde estudou, durante décadas a família real Britânica, assim como muitos ministros que governaram o país. Surge assim, depois de alguma pesquisa, a sua próxima coleção inspirada nessa identidade britânica clássica. Liberdade, uma palavra tão forte na História de Portugal, é para o jovem designer a palavra de ordem na mudança do sistema educativo. Existir liberdade “para que cada pessoa se desenvolva, com as suas capacidades e possa potenciar as suas forças e pulir as suas fraquezas, para que possa eleger o seu futuro. Liberdade para ser quem queres ser…” Como se tivéssemos a recuar a 17 de abril de 1969, onde em Coimbra o estudantes se revoltavam com o sistema educativo. Para Victor Huarte ainda há muito para melhorar e devem-se mudar muitos pontos do sistema educativo e em muitos casos, começando pelos pais. Dando um grito de guerra, “nem todos podemos ser bons a matemática ou a história. Talvez um filho que se destaque na pintura e outro a química, porque é que tem de haver tanta competição por ser bom em tudo? Parece-me absurdo.” “A ideia de ser rico e famoso é muito da fase da adolescência, mas quando dás conta que isso não é o que importa, só queres ser feliz com o teu trabalho.” Em breve irá apresentar uma coleção de homem, algo que nunca tinha planeado. Não querendo ser obrigado a direcionar o seu trabalhar e marcar um futuro, deixa-se levar e que a vida o surpreenda, por caminhos que não conhecia e possa desfrutar de tudo. Para o jovem criador, ser designer é acima de tudo, um trabalho que deve ser sincero e honesto.



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MARIA MALETA Isto é uma história sobre duas melhores amigas com uma óbvia paixão pela idiotice, risos e malas de mão.Se uma delas adora doces, a outra prefere salgados, se uma gosta de filmes, a outra de música, se uma prefere a quietude a outra a festa, uma será sempre a sentimental e outra a racional, e a lista continua. Mas existe uma coisa que elas têm em comum, uma grande Amizade, de onde surgiu a Maria Maleta. Maria Maleta é uma marca Portuguesa de acessórios em pele, tem como fatores chave a qualidade, o design e toda a mala ser feita em pele verdadeira. A Maria Maleta vai ao encontro da melhor produção Portuguesa e da matéria prima onde a qualidade dos materiais sejam evidenciados. Acreditamos que todas as mulheres têm dois lados personificados, e dessa forma a maioria dos nosso produtos refletem essa versatilidade ao poderem ser usados de várias formas. Não existe esteriótipo nem regras, é a liberdade de ser, expressa num produto intemporal. Mais que uma marca, a Maria Maleta será uma identidade, um objeto must-have, onde o bom gosto e a subtil elegância serão uma característica permanente.


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BLACK MITH

O preto é intemporal e por isso mesmo carrega com ele histórias, mitos e sedução. Estas são as sugestões da Faire para os interiores mais conceptuais, diferenciadores e vestidos de preto.

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Por João Marcos Moreira

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01 | Cesto de papéis, Zara Home, 29.99€ 02 | Candelabro de metal preto, Zara Home, 19.99€ 03 | Capa de almofada em lona, H&M Home, 7.99€ 04 | Capa de almofada estampada, H&M Home, 4.99€

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GRACE EXPLOSION

Fotografia: Alexandra Ribeiro Realização: Fábio Sernadas e Vera Gomes Styling: Vera Gomes Modelo: Inês Bentes @Karacter Agency Maquilhagem: André Fernandes Roupas de Ana Sofia Brand e DUARTE


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Calรงas DUARTE Jรณias Diogo Dalloz


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