A importância da família no processo de escolarização 3

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SUMÁRIO

INVESTIGAÇAO....................................................................................................... 03 RESUMO ................................................................................................................. 04 INTRODUÇAO .........................................................................................................05 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................06 OBJETIVO...............................................................................................................17 METODOLOGIA......................................................................................................18 JUSTIFICATIVA......................................................................................................19 REFERENCIAS.......................................................................................................20


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INVESTIGAÇÃO Pergunta Problema

Qual a participação da família na escolarização do educando?

Hipótese Quando a criança é assistida pela família no seu processo de aprendizagem, há uma evolução mais rápida e eficiente.


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RESUMO

Esse projeto relata a importância que a família exerce no processo de escolarização do educando nos anos iniciais. Aborda a influência que a família e escola têm no desenvolvimento de sua aprendizagem. O projeto foi desenvolvido por meio de muitas pesquisas utilizando instrumentos eletrônicos, livros e revistas científicas. Tem por objetivo apontar que uma criança que recebe uma atenção distribuída entre família e escola obtém mais chances de crescimento escolar. Essas duas instituições precisam entender como são importantes nesse processo em que a criança desenvolve e forma a sua própria aprendizagem. Por meio deste projeto esperamos que o leitor compreenda e utilize essa interação, criando uma comunicação entre escola e família. A família e a escola juntas podem alcançar resultados positivos na aprendizagem do educando formando cidadão critico e reflexivo. Palavras-chave: Alfabetização. Interação Família/Escola. Aprendizagem.


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INTRODUÇÃO

Este trabalho apresenta uma reflexão sobre a necessidade de os familiares participarem do processo de escolarização do educando. A escola deve promover incansavelmente a união com as famílias, tornando isso uma rotina. Uma perfeita interação entre escola e a família é fundamental, considerando que ambas buscam a evolução da criança por meio da aprendizagem. A família juntamente com a escola deve contribuir para desenvolver a sociabilidade e a afetividade, visando o bem-estar físico dos educando, relatando a importância da família no processo de alfabetização da criança, orientando os pais a se envolverem de forma mais presente na educação dos filhos e como interagir com a escola proporcionando ao aluno um bom desenvolvimento. Neste trabalho serão abordados cinco (5) tópicos: A transformação no contexto familiar; Educação como direito e dever: o papel da família e da instituição; A família e sua importância na alfabetização; O papel da escola na alfabetização; Convívio social na alfabetização. Perceber a importância da interação família/escola é necessário para que ambas conheçam suas realidades e busquem caminhos que permitam facilitar o entrosamento entre si, para o sucesso educacional do filho/aluno. Citamos vários autores: Carvalho, Freire, Vygotsky entre outros.


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DESENVOLVIMENTO

Transformação do contexto familiar A visão de família hoje é completamente diferente de alguns anos atrás, devido às transformações nas áreas econômicas, políticas e sociais. Os pais ensinavam os filhos a trabalharem para ter uma profissão ainda quando crianças. Muitos eram incentivados a pararem os estudos porque os pais acreditavam que o trabalho era mais importante que a escola. Assim pode-se observar que os pais de antigamente criavam seus filhos com autoritarismo e não respeitavam suas opiniões. Na sociedade contemporânea houve uma reforma considerável na família atual onde essas mudanças estão sendo adaptadas no contexto escolar para que a aprendizagem ocorra. Quando é falado em transformações da família pode-se citar a necessidade da mulher trabalhar fora para auxiliar na renda familiar por causa das dificuldades financeiras, isto resulta no afastamento da mãe com o seu filho na fase de alfabetização. Segundo Vasconcelos a responsabilidade dos pais tem-se transferida à escola: Percebemos muitas famílias desestruturadas, desorientadas, com hierarquia de valores invertida em relação à escola, transferindo responsabilidades suas para a escola [...], a família não está cumprindo sua tarefa de fazer a iniciação civilizatória: estabelecer limites, desenvolver hábitos básicos (VASCONCELLOS, 1995, p. 22).

O individuo começo a sua vida social dentro da família e depois na escola, estes ambientes são fundamentais, tendo como fatores principais a cultura e historia em que se encontram as pessoas que fazem parte do convívio da criança e seus comportamentos diários, tudo isso influencia no seu desenvolvimento. A pedagogia familiar não deve estar desarticulada da pedagogia escolar’’(p.85).As ações educativas sejam na escola,na família ou em outro ambiente não acontecem isoladamente,uma influencia e outra implica ou explica e se procedem de forma desarticulada pode levar ao fracasso do aluno,principalmente quando este pertence a uma classe economicamente baixa,tendo uma educação familiar diferente da educação escolar (LIBÂNIO,2000, p.85)


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A criança tem a sua vida iniciada no lar, é onde ela desenvolve o seu estado físico e emocional. Não existe mais um modelo padrão de família, nos dias atuais têm famílias sem pais, onde as crianças são criadas pelos avós, famílias com pai e mãe, famílias onde os irmãos mais velhos cuidam dos mais novos, famílias com dois pais e duas mães, entre outras. Hoje em dia não podemos mais falar da família brasileira de um modo geral,pois existem varias tipos de formação familiar coexistindo em nossa sociedade,tendo cada uma delas suas características e não mais seguindo padrões antigos,nos dias atuais existem família de pais separados,chefiadas por mulheres,chefiadas por homens sem a companheira,a extensa,a homossexual,ainda a nuclear que seria a formação familiar do inicio dos tempos formada de pai,mãe e filhos,mas não seguindo os padrões antiquados de antigamente.(Carvalho 2009,p.01)

Apesar de mudanças no contexto familiar, ainda é ensinado como prioridade o respeito pelo outro e os princípios éticos. Independente de como é formada a família, o que prevalece é a carga afetiva que ela possui, seus membros são unidos pelo amor e não mais por possuir casamento, pai, mãe e filhos, ou seja, o tradicionalismo. As famílias de hoje proporcionam aos seus filhos a liberdade de escolha e o planejamento de seu futuro. Portanto é na afetividade entre os seus membros que se encontra o desenvolvimento da criança como ser humano. Um lar onde a criança pode se sentir segura e amada colabora para seu aprendizado e seu desempenho na escola. Para Tiba (1996, p.178): É dentro de casa na socialização familiar, que um filho adquire, aprende e absorve a disciplina para um futuro próximo, ter saúde social [...] A educação familiar é um fator bastante importante na formação da personalidade da criança desenvolvendo sua criatividade ética e cidadania refletindo diretamente no processo escolar.

A família não contribui apenas com a alfabetização da criança, mas também, com o seu crescimento intelectual e emocional preparando-as para vida. Em outro momento Tiba afirma:


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O interesse e participação familiar são fundamentais. A escola necessita saber que é uma instituição que completa a família, e que ambos precisam ser um lugar agradável e afetivo para os alunos/filhos. Os pais e a escola devem ter princípios muitos próximos para o benefício do filho/aluno (Tiba, 1996 pág.140).

Observa-se que através do equilíbrio pode-se obter uma relação sadia entre escola e família, não se pode radicalizar colocando toda a responsabilidade sobre a escola e deixando as famílias sem a tarefa de educar ou vice-versa, ambas têm o dever de se envolverem e contribuírem para o processo de aprendizagem do educando. Também Rocha e Macedo (2002, p.47) apontam que a relação família-escola é de extrema importância na construção da identidade e autonomia do aluno, a partir do momento em que o acompanhamento desta, durante o processo educacional, não leve à aquisição de segurança por parte dos filhos, que se sentem duplamente amparados, ora pela escola, ora pela família, o que irá incorrer no favorecimento do processo de ensino–aprendizagem. Portanto observa-se a necessidade de se motivar a família à um entendimento de sua participação como referência nos processos que envolvem os valores e as condutas morais e éticas dos indivíduos,direcionando um olhar de entendimento sob suas dificuldades e fragilidades,tanto do ponto de vista emocional e sociocultural.O processo de se ensinar é igualmente de aprender,em todos os seus sentidos.

Educação como direito e dever: o papel da família e da instituição

Ao longo de toda trajetória política, foram criadas em nosso país inúmeras leis que amparam as crianças e adolescentes, com a intenção de garantir um crescimento e desenvolvimento sadio, buscando a promoção dos sujeitos. O próprio Estatuto da Criança e do Adolescente prevê em seu artigo quarto que: É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária (BRASIL, 1990,p11).

Da mesma forma a Constituição Federal, de 1988, diz em seu artigo 205: A educação,direito de todos e dever do Estado e da família,será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,visando ao pleno


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desenvolvimento da pessoa,seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho(BRASIL,1988,p.121).

A lei também garante que o ensino seja garantido, que os profissionais sejam valorizados por meio de salários compatíveis com os cargos ocupados e que possam ter oportunidades de promoções em suas carreiras, desse modo oferecerão uma aprendizagem com excelência. Os uniformes, o transporte escolar, o material didático, os intervalos com refeições são obrigações do Estado que deve proporcionar às crianças todos estes itens de maneira gratuita e obrigatória para educando de 4 a 17 anos de idade. Para que toda comunidade seja atendida, o Estado financia algumas escolas filantrópicas e coloca à disposição delas funcionários, possibilitando um acesso maior de pessoas. A prática de declarar direitos significa, em primeiro lugar, que não é um fato óbvio para todos os homens que eles são portadores de direitos e, por outro lado, significa que não é um fato óbvio que tais direitos devam ser reconhecidos por todos. A declaração de direitos inscreve os direitos no social e no político, afirma sua origem social e política e se apresenta como objeto que pede o reconhecimento de todos, exigindo o consentimento social e político. (Chauí, 1989, p.20)

Percebe-se então que as obrigações do Estado estão longe de serem consideradas fáceis, pois tem que disponibilizar um ensino de qualidade, mas também precisa da sociedade participando com objetivos precisos, sem essa integração os resultados não serão satisfatórios. Analisando a nossa sociedade contemporânea pode-se observar que o desafio de proporcionar uma boa aprendizagem é negligenciado por causa da corrupção e indiferença aos problemas relacionados à educação. O Estado torna-se inapto de cumprir totalmente com o seu dever e do outro lado uma comunidade formada por pessoas que não querem assumir as suas responsabilidades na educação, tornando-se omissas e com pensamentos claros de que o ensino é dever apenas do governo. Os direitos da criança e do adolescente não podem ser ignorados e a nossa Constituição declara que a Educação é direito de todos. Segundo a Lei De Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (BRASIL, 1996 p.7) art. 2º “A educação, dever da família e do estado, inspira nos princípios de


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liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade e pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Pode-se também considerar o quanto a família é importante no processo educacional, não podemos deixar somente para o Estado a responsabilidade pela educação. A sociedade crê que a escola pode resolver os desafios que os educando enfrentam na aprendizagem, mas isto não é possível sem a colaboração da família. Observa-se então, que muitas são as informações abordadas pelo indivíduo em seu processo de formação e que a institucionalização do direito e do dever de educar-se perpassa pelas instâncias educativas que, a princípio, fazem parte de seu processo formativo,seja

primeiramente

a

família,seguido

da

escola

(da

qual

tem

obrigatoriedade de frequentar) e de outras instâncias, que corroboram de alguma forma ou em alguma medida para o processo de socialização e aderência à ordem social, pensando-se um sujeito que pretende desenvolver-se integralmente. A escola e junto com a família, a instituição social que maiores repercussões têm para a criança. Tanto nos fins explícitos que persegue expressos no currículo acadêmico, como em outros não planejados, a escola será determinante para o desenvolvimento cognitivo e social da criança e,portanto,para o curso posterior da vida.(Cubero (1995,p.253 ).

É imprescindível que a família e a escola tracem as mesmas metas de forma simultânea propiciando ao aluno uma aprendizagem significativa de forma que venham criar cidadãos críticos para enfrentar a complexidade de situações que surgem na sociedade. 3. A família e sua importância na alfabetização

Na visão de Paulo Freire (1988), a leitura do mundo acontece muito antes da leitura escrita, ela é construída por várias situações socioculturais que vivemos e nas quais estamos inseridas. A família não fica excluída deste processo, a alfabetização começa quando ainda estamos no útero de nossas mães, assim dizem os especialistas desta área. É necessária nesta ação, a participação daqueles que convivem com a criança. Citamos Soares (2003, p. 24 apud SOARES, 2004, p 26):


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Um indivíduo pode não saber ler e escrever, isto é, ser analfabeto, mas ser de certa forma letrado. [...] Da mesma forma, a criança que ainda não se alfabetizou, mas já folheia livros, brinca de escrever, ouve histórias que lhe são lidas, está rodeada de material escrito e percebe seu uso e função, essa criança é ainda analfabeta, porque não aprendeu a ler e a escrever, mas já penetrou no mundo do letramento, já é de certa forma letrada.

A leitura e escrita esta presente no cotidiano familiar valorizando o conhecimento de mundo da criança para que a aprendizagem se de forma dinâmica, dialógica e prazerosa. O âmbito familiar circulam múltiplos saberes que são necessários para promovera criança em cada etapa da vida onde o respeito, convivência e a afetividade são necessárias para a mesma sinta-se segura em seu lar. Atualmente a relação entre família e escola é de parceria na construção da formação do individuo para alcançar o objetivo almejado. A escola deve comunicar à família a situação em que o aluno se encontra no que diz respeito à alfabetização e ao comportamento, com essas informações, os familiares podem ajudá-lo com o auxílio do professor. Analisar as dificuldades do aluno sem pré-julgamentos é um dever da escola, o fato deste educando ter um processo mais lento, não significa que é culpa dos pais ou responsáveis. A instituição família tem passado por várias transformações. A economia, a política e a cultura afetam a vida social dessas pessoas, ocasionando várias diferenças nos lares de hoje em comparação aos mais tradicionais e antigos. Essas transformações foram necessárias. Algumas mulheres são as provedoras do sustento

de

sua

família,

em

outros

casos

as

crianças

são

educa-

das pelo pai enquanto a mãe vai trabalhar, e há também as mães solteiras, viúvas ou separadas que estão à frente na educação dos filhos, sem a presença de um companheiro. É fundamental que a família e a escola trabalhem juntas para a formação da criança, ensinando normas e valores necessários, essa interação proporciona o avanço escolar do educando, e também um melhor desenvolvimento e progresso no aprendizado do aluno. A família deve fazer parte das reuniões para construção do projeto político pedagógico .


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Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva, pois, a muita coisa mais que a uma informação mutua: este intercâmbio acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola, chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades... (PIAGET, 1972 Apud JARDIM, 2006,p.50).

Valorizar e estimular o conhecimento prévio do educando para a formação do processo de aprendizagem que seja significativo proporcionando um aprendizado continuo e respeitando a individualidade do sujeito. Quando a criança está no processo de alfabetização são fundamentais as relações pessoais e o convívio da família, principalmente na fase em que elas estão formando hipóteses sobre a escrita e aprendendo a utilizar na sua vida e na comunidade em que vive. Na perspectiva de Vigotsky: "A educação recebida na escola e na sociedade de um modo geral, cumpre um papel primordial na constituição dos sujeitos, a atitude dos pais e suas práticas de criação e educação são aspectos que interferem no desenvolvimento individual e consequentemente o comportamento da criança na escola (1984 p.87).

Todo o momento de leitura que a criança vivencia em casa, ajuda-lhe na aprendizagem. Veja o que diz Frago a respeito de sua noção de letramento. Alfabetizar-se, não é aprender e dominar algumas determinadas habilidades técnicas de decodificação, produção e compreensão de certos signos gráficos, mas adquirir e integrar novos modos de compreensão da realidade, do mundo, de si mesmo e dos outros (1989, p. 107).

Nota-se que a família tem uma contribuição importante na alfabetização da criança, visto que é nesse ambiente de afetividade, que ela vai adquirir segurança, autoestima e criticidade para tornar-se um adulto saudável emocionalmente. A formação da criança ocorre em formas e situações diferentes, sendo estes fatores importantes para o desenvolvimento da alfabetização. É fundamental que a família participe da aprendizagem do aluno, pois é o seu primeiro convívio social, formando a sociabilidade da criança com as demais pessoas. “Costuma-se dizer que a família educa e a escola ensina, ou seja, à família cabe oferecer à criança e ao adolescente a pauta ética para a vida em


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sociedade e a escola instruí-lo, para que possam fazer frente às exigências competitivas do mundo na luta pela sobrevivência” (OSORIO, 1996, p.82).

Embora a escola seja responsável por uma pequena parte do dia de um educando, ela é muito importante na trajetória da formação do indivíduo. Quando uma criança chega à escola ela já tem conhecimentos prévios trazidos da convivência com seus familiares, ela já traz consigo opiniões formadas sobre crenças, valores e significados que ocorrem no convívio social, e tudo isso é transmitido por meio da família, é preciso que a escola esteja estruturada para lidar com essas diferenças. A aprendizagem do educando na escola possibilita a interação da família e comunidade, proporcionando um desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e social.

O papel da escola na alfabetização

Alfabetizar é criar um espaço próprio para o processo de alfabetização para que a aprendizagem aconteça de forma gradativa construindo os conhecimentos posteriores que envolvem a leitura e escrita que são necessários para a construção da cidadania. Várias crianças são periodicamente apontadas como alunos que têm dificuldades para corresponderem às expectativas da escola e dos pais, elas são encaminhadas para profissionais que pretendem corrigir os supostos distúrbios presentes. De acordo com Paulo Freire: É preciso que a educação esteja-em seu conteúdo,em seus programas e em seus métodos-adaptados ao fim que se persegue,permitir ao homem chegar a ser sujeito,construir-se como pessoa,transformar o mundo,estabelecer com os outros homens relações de reciprocidade,fazer a cultura e a historia [...] uma educação que liberte,que não adapte,domestique ou subjulgue(2006.p.45).

A metodologia tradicional não corresponde às necessidades das crianças atuais, esses métodos são desintegrados do meio social. Portanto a instituição


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contemporânea está em constante transformação buscando se aprimorar para desenvolver suas atividades no contexto escolar. É necessário que a criança não apenas copie o que lhe é ensinado, mas que a sua escrita seja a manifestação de seus pensamentos. O aprendizado acontece quando há um interesse de aprender e ensinar, isso engloba o aluno, a família e a escola, quando estão envolvidos para promover uma educação de qualidade onde a criança esta inserida. Segundo Soares (2000, p.18), O letramento é “o estado ou condição que adquire um grupo social ou um individuo como consequência de ter-se apropriado da escrita”.E define esta apropriação”como tornar a escrita como sua própria ou como sua propriedade (SOARES 2000,p.18),e acrescenta-se,usar a escrita com propriedade.

O processo de alfabetização deve ser estimulado dentro do seu meio natural, deve ser adaptado aos seus interesses, despertando atenção para as atividades propostas. A criança deve construir seu próprio conhecimento, é preciso que ela saiba o que está fazendo e porque o faz, usando sua autonomia e construindo sua aprendizagem. Família e escola são duas instituições fundamentais que proporcionam o processo de construção do indivíduo, desenvolvendo o crescimento mental, físico, intelectual do sujeito. As instituições devem estar preparadas para trabalhar com a diversidade de etnias, valores, costumes e crenças apresentada pelo educando e a comunidade. Construindo uma sociedade democrática, respeitando e valorizando a cultura dos indivíduos. E dever da escola assegurar que todos educando apropriam-se dos saberes linguísticos, que são fundamentais para o cidadão viver em sociedade. A leitura na escola é importante para desenvolver gêneros textuais de forma prazerosa quando feita com propósito de desenvolver um comportamento leitor no individuo, portanto não deve ser feito apenas como um objeto de ensino, e sim como um instrumento de aprendizagem.


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“Desse modo está lançado o desafio, a todos aqueles que se preocupam com a educação da criança pequena e consequentemente com a qualidade do trabalho pedagógico” (MORENO, 2007, p. 62). Quando a escola entende que seu papel é fundamental na alfabetização e que seus métodos fazem toda a diferença, a instituição está cumprindo seu papel na sociedade e formando cidadãos críticos.

Convívio social na alfabetização

A alfabetização é considerada como uma forma de integração na sociedade, evitando assim, uma possível exclusão. A cultura e particularidade do indivíduo contribuem para a sua inclusão no meio social. Existe, naturalmente, uma herança cultural que deve ser preservada, assim como maneiras de falar e escrever corretas e incorretas. Mas tal herança é parcial. Não contempla as culturas silenciadas – mulheres, classes populares, minorias, grupos perseguidos – nem aspectos peculiares e universais de outras culturas, cujo conhecimento é cada vez mais necessário. Ademais, tal herança é de fato relida, reinterpretada e incorporada por cada geração de um modo e a partir de um contexto diferente (FRAGO, 1993, p. 114).

O convívio em sociedade oferece experiências singulares e que permitem a formação do comportamento que se mantém ao longo da vida. Letramento não é uma união de habilidades que o indivíduo possui, mas sim, um conjunto de ações ligadas à leitura e escrita que a pessoa desenvolve no seu meio social. As práticas sociais podem chegar a agregar domínios de saber que não somente fazem aparecer novos objetos, novos conceitos, novas técnicas, mas também fazem nascer formas totalmente novas de sujeitos e de sujeitos de conhecimento (p. 8 Foucault). Trata-se assim, de um sujeito que a constrói no interior da história que está, inexoravelmente, conectado a ela. Trata-se também aqui, de uma concepção em que, segundo Veiga - Neto (1999), não apenas o sujeito enraíza-se, mas os próprios conceitos de sujeito é uma invenção historicamente determinada (KUENZER et al, 2001, p. 31).

A escola atende crianças com culturas diferentes, com variações de experiências, mas com um objetivo: o de alfabetização. De acordo com Ferreiro (2001, p. 111) “a escola pública obrigatória, que cumpriu a função de construir cidadãos, é uma escola que lutou contra a diversidade”.


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A participação dos pais na escola é importante para o filho. Pais e escola devem educar juntos (e não separados) para um bem maior. A criação de um verdadeiro cidadão, construtor de um futuro melhor para as próximas gerações, depende dessa aliança.


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OBJETIVOS Geral

Refletir sobre a importância da família no processo de escolarização do educando nos anos iniciais, promovendo uma parceria entre família e escola.

Específicos

- Auxiliar os pais e família a colaborarem com a escola e entenderem as dificuldades das crianças. - Verificar as ações da família no processo escolarização do educando e seu processo de aprendizagem - Identificar os resultados decorrentes da parceria entre família e escola


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METODOLOGIA

Esta pesquisa é quantitativa e qualitativa, contendo um questionário distribuído aos responsáveis pelas crianças da E.E.Poeta Menotti Del Picchia, matriculadas no 2º A e B do ensino fundamental, período da tarde. No total serão vinte e duas (22) crianças do 2º A e vinte e quatro (24) crianças do 2º B. Foi realizada uma pesquisa em uma escola estadual, onde selecionamos uma turma do segundo ano do ensino fundamental, com total de 46 alunos, sendo que 35 já estavam alfabetizados e 11 ainda estavam no processo de alfabetização.

Questionário aplicado aos pais e responsáveis: 1- Qual sua escolaridade? 2- Qual sua idade? 3- Você acompanha o aprendizado do seu filho na escola? ( ) SIM ( ) NÃO Por quê?_____________________________________________________ 4- Você ou alguém da sua casa lê para seu filho? ( ) SIM ( ) NÃO Com que frequência? ______________________________________________ 5- Você brinca com seu filho? ( ) SIM ( ) NÃO De quê? ________________________________________________________ 6- Você leva seu filho à locais culturais como cinema, parques, teatro, museus, galerias de artes? ( ) SIM ( ) NÃO Quais? _________________________________________________________ 7- Você auxilia nas atividades escolares do seu filho? ( ) SIM ( ) NÃO


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Por quê: 8- Você lê livros, revistas, jornais perto de seu filho? ( )SIM ( ) NÃO Qual a frequência? ( )Sempre ( )As vezes ( ) Raramente ( )Nunca 9- Seu filho tem interesse pelos estudos? ( ) Muito ( ) Na média ( ) Pouco ( ) Não 10- Seu filho está alfabetizado? ( )SIM ( )NÃO Comente?


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JUSTIFICATIVA Sabe-se que para educar precisamos adaptar técnicas contínuas que sejam desenvolvidas no ambiente familiar e na sociedade, realizamos este estudo enfatizando a importância da família no processo de aprendizagem. Este trabalho permite observar a posição dos pais e suas dificuldades em acompanhar o desenvolvimento dos filhos, assim como as suas ações com relação à escola, que servirá de fonte de estudos para os educadores que pretendem firmar uma união entre escola e família, já que as duas possuem o mesmo objetivo: a aprendizagem. Este trabalho foi desenvolvido proporcionando um estudo específico do assunto após uma análise feita em uma sala onde as crianças eram alfabetizadas e precisavam do auxílio de suas famílias, alguns alunos apresentaram dificuldades no processo de alfabetização. Percebe-se então o quanto é importante o auxílio da família na aprendizagem da criança, proporcionando um bom desenvolvimento familiar e social.


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das

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Andressa.

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