Biópsia percutânea estereotáxica

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FACULDADE MÉTODO DE SÃO PAULO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

FRANCIELE SIMÕES VIEIRA TATIANA SIMONETTI CORTEZE MERELO

A BIÓPSIA PERCUTÂNEA ESTEREOTÁXICA (BPE) NO DIAGNÓSTICO DAS LESÕES NÃO-PALPÁVEIS DE MAMA

SÃO PAULO 2015


FACULDADE MÉTODO DE SÃO PAULO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

FRANCIELE SIMÕES VIEIRA TATIANA SIMONETTI CORTEZE MERELO

A BIÓPSIA PERCUTÂNEA ESTEREOTÁXICA (BPE) NO DIAGNÓSTICO DAS LESÕES NÃO-PALPÁVEIS DE MAMA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Método de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Tecnólogo em Radiologia. Professora-orientadora Especialista: Débora Venturoso

SÃO PAULO 2015


Vieira, Franciele Simões V715b

Biópsia percutânea estereotáxica (BPE) no diagnóstico das lesões não – palpáveis de mama, A . [manuscrito] / Franciele Simões Vieira; Tatiana Simonetti Corteze Merelo 39f.,enc. Orientador: Débora Venturoso Monografia: Faculdade Método de São Paulo Bibliografia: f. 39 1. Biópsia percutânea estereotáxica 2. Radiologia 3. Câncer de mama 4. Lesões não- palpáveis I. Título II. Merelo, Tatiana Simonetti Corteze CDU: (043.2)


FRANCIELE SIMÕES VIEIRA TATIANA SIMONETTI CORTEZE MERELO

A BIÓPSIA PERCUTÂNEA ESTEREOTÁXICA (BPE) NO DIAGNÓSTICO DAS LESÕES NÃO-PALPÁVEIS DE MAMA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Método de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Tecnólogo em Radiologia. Professora-orientadora Especialista: Débora Venturoso

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________________ PROFESSOR ORIENTADOR

__________________________________________________________ PROFESSOR AVALIADOR

_________________________________________________________ PROFESSOR AVAIADOR

Aprovado em _____de______________________de__________


DEDICATÓRIA A Deus primeiramente pelo afável amor, minha mãe Zilda Antunes Simões, sеυ cuidado е dedicação deram-me, еm alguns momentos, а esperança pаrа seguir, a sua coragem , sua garra me fez espelhar em você, mãe querida. E ao meu grande amor, filho amado Italo Simões Gomes, por seus sorrisos e alegria que contagia, aos meus irmãos que mesmo distantes sei que sempre torceram e torcem por mim e a toda a família Simões, em especial a Maria Antunes Simões (Vovó). FRANCIELE SIMÕES VIEIRA


DEDICATÓRIA Dedico este trabalho primeiramente а Deus, pela força е coragem durante toda esta longa caminhada. Ao Curso dе Tecnologia em Radiologia dа Famesp, е às pessoas cоm quem convivi ао longo desses anos. А experiência dе υmа produção compartilhada nа comunhão cоm amigos foram а melhor experiência dа minha formação acadêmica. A todos aqueles qυе dе alguma forma estiveram е estão próximos a mim, fazendo esta vida valer cada vеz mais а pena. Dedico esta, bеm como todas аs minhas demais conquistas, a minha amada família.

TATIANA SIMONETTI CORTEZE MERELO.


AGRADECIMENTOS

A Deus por te me dado saúde e força para superar as dificuldades, as quais foram muitas. A esta Universidade, seu corpo docente, direção e Administração . A minha mãe Zilda Antunes Simões, pelas palavras de incentivo e amor, por sua coragem, e é nela que me espelho, mulher de verdade, de fibra, autêntica, uma rainha. A minha vovó querida Maria Antunes Simões, que eu amo demais, que sempre fez e faz parte da minha vida, e claro que me trouxe a Mãe maravilhosa que eu tenho. Ao meu filho amado Italo Simões Gomes, que muitas vezes me chama a atenção “Mamãe, você só estuda!”, pelo carinho, os beijinhos, abraços da manhã e da noite, por ser meu amigo , meu companheiro e meu motivo por diversas batalhas . Aos meus irmãos David Eduardo Simões do Carmo e Tamara Simões do Carmo, pelo carinho e pela torcida. Aos meus familiares que de certa forma estiveram comigo me ajudando a seguir em frente, em momentos que pensei em desistir, a minha tia Maria Diene Simões e Joaquina Simões, o meu carinho. A minha orientadora Debora Venturoso, pelo suporte pelo o pouco tempo que lhe coube, pelas correções e incentivo. O meu muito obrigado ao casal Ione da Silva e Cesar Augusto que esteve presente em minha vida no momento em que mais precisei, eles que em pouco tempo cuidou de mim e do meu filho, para que pudesse chegar até aqui...o final , o meu agradecimento de coração e alma aos amigos. Ao grande amigo que tive oportunidade e privilégio de conhecer, Silas Carvalho, pelo apoio e suporte. A Física Médica que tive o privilégio de conhecer Fernanda Rojas Pellegrini, e que, em um espaço de pouco tempo, me ensina com paciência e carinho o meu muito obrigado.


Ao Físico Médico Renato Dimenstein pela oportunidade de fazer parte da sua empresa, como estagiária, e pelo aprendizado. A querida Nancy Oliveira pelo carinho e o suporte dado, as explicações para conclusão deste trabalho. Aos meus colegas e amigos que diretamente ou indiretamente fizeram parte deste caminho, e que deixou saudades.

FRANCIELE SIMÕES VIEIRA


AGRADECIMENTOS

Aos meus avós, pais e irmão, pelo amor, incentivo е apoio incondicional. Agradeço а meu marido, Marcel Simões Colombo, qυе mе dеυ apoio e incentivo nаs horas difíceis, de desânimo е cansaço. A minha filha, Julia Corteze Merelo de Almeida, qυе mе fortaleceu е pаrа mіm foi muito importante. Obrigada a toda minha família, que nоs momentos dе minha ausência dedicados ао estudo superior, sеmprе fizeram entender qυе о futuro é feito а partir dа constante dedicação nо presente! Meus agradecimentos а amiga Franciele Simões Vieira, companheira dе trabalho е amiga qυе fez parte dа minha formação е qυе vai continuar presente еm minha vida cоm certeza. A todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte dа minha formação, о mеυ muito obrigado.

TATIANA SIMONETTI CORTEZE MERELO.


LISTA DE SIGLAS

BI-RADS – Breast Imaging Reporting and Data System BPE – Biópsia Percutânea Estereotáxica CBR – Colégio Brasileiro de Radiologia INCA – Instituto Nacional do Câncer LILACS - Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde OMS – Organização Mundial de Saúde SBM – Sociedade Brasileira de Mastologia SCIELO – Scientific Eletronic Library Online SUS – Sistema Único de Saúde


LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Anatomia da mama ........................................................................... 19 Figura 02: Câncer de mama in situ (A) e câncer de mama invasivo (B) ............ 20 Figura 03: Autoexame das mamas..................................................................... 26 Figura 04: BI-RADS categoria 1 ......................................................................... 28 Figura 05: BI-RADS categoria 2 ......................................................................... 28 Figura 06: BI-RADS categoria 3 ......................................................................... 29 Figura 07: BI-RADS categoria 4 ......................................................................... 29 Figura 08: BI-RADS categoria 5 ......................................................................... 29 Figura 09: Dispositivo de estereotaxia acoplável ............................................... 32 Figura 10: Paciente durante procedimento ........................................................ 32 Figura 11: Mesa estereotáxica digital ................................................................. 33 Figura 12: Detalhamento da mama durante estereotaxia .................................. 33


LISTA DE TABELAS e QUADROS

Tabela 01: Estimativas de novos casos de câncer INCA (2014) ........................ 22 Tabela 02: Classificação do sistema BI-RADS................................................... 28 Quadro 01: Relação dos artigos selecionados ................................................... 17


RESUMO

Em recentes estimativas publicadas pelo Instituto Nacional do Câncer – INCA, o câncer de mama aparece como o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, independente do padrão socioeconômico dessa população. Estima-se, também, que cerca de 30% dos casos dessa doença podem ser evitados por medidas preventivas, como adoção de uma alimentação saudável, prática de atividades físicas regulares, manutenção do peso ideal e realização periódica do exame de mamografia (INCA 2014). Nesse contexto, o diagnóstico precoce de lesões mamárias não-palpáveis, mediante a adoção da biópsia percutânea estereotáxica (BPE), mostra-se uma estratégica eficaz, que permite obter amostras de tecido de áreas da mama com alterações que foram detectadas na mamografia, localizando exatamente onde está a alteração por meio de radiografias em ângulos diferentes. Partindo dessas considerações, o presente estudo consiste numa revisão bibliográfica qualitativa, que visa aprofundar os conhecimentos acadêmico-científicos acerca do uso da BPE no diagnóstico das lesões mamárias não-palpáveis.

Palavras Chave: Biópsia Percutânea Estereotáxica. Radiologia. Câncer de Mama. Lesões não-palpáveis.


ABSTRACT

In recent estimates published by the National Cancer Institute - INCA, breast cancer appears to be the type that affects more women around the world, regardless of socioeconomic pattern of this population. It is estimated also that about 30% of cases of this disease can be avoided by preventive measures such as adopting a healthy diet, regular physical activity, maintaining ideal weight and periodic holding of the mammogram (INCA 2014) . In this context, early diagnosis of non-palpable breast lesions, through the adoption of percutaneous stereotactic biopsy (BPE), shows up effective policy which gives breast areas of tissue samples with changes that were detected by mammography, locating exactly where the change by means of X-rays at different angles. Based on these considerations, this study is a qualitative literature review, which aims to deepen the academic and scientific knowledge about the use of BPE in the diagnosis of non-palpable breast lesions.

Keywords: Percutaneous Biopsy Stereotactic. Radiology. Breast Cancer. Nonpalpable lesions .


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 14 2 OBJETIVO....................................................................................................... 16 3 METODOLOGIA.............................................................................................. 17 4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................ 19 4.1 Câncer de mama: etiologia e aspectos epidemiológicos .............................. 19 4.2 Recomendações para rastreamento do câncer de mama ............................ 23 5 A BIÓPSIA PERCUTÂNEA ESTEREOTÁXICA .............................................. 27 5.1 Aplicação do Sistema BI-RADS no diagnóstico das lesões não-palpáveis .. 27 5.1.1 Classificação do BI-RADS ......................................................................... 28 5.2 A Biópsia Percutânea Estereotáxica: aspectos técnicos .............................. 30 5.3 Indicações da Biópsia Estereotáxica de Mama ............................................ 34 5.4 Limitações da Biópsia Estereotáxica de Mama ............................................ 35 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 37 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 39


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1 INTRODUÇÃO

De acordo com o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer – INCA, o problema do câncer no Brasil ganha relevância em virtude do perfil epidemiológico que essa doença vem apresentando nos últimos anos, conquistando espaço nas agendas políticas em todas as esferas de governo. O conhecimento acerca dessa doença permite estabelecer prioridades nas formas de diagnóstico e tratamento, aumentando as chances de cura dessa patologia (INCA, 2014). Estima-se que, em 2030, a carga global será de 21,4 milhões de novos de câncer e 13,2 milhões de mortes, decorrentes do crescimento e do envelhecimento populacional, bem como da redução da mortalidade infantil e nas mortes por doenças infecciosas em países em desenvolvimento (INCA, 2014). No que se refere ao câncer de mama, objeto deste estudo, a literatura aponta que se trata do tipo de câncer que mais acomete mulheres em todo o mundo, seja em países desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do mundo, com as maiores taxas em 2012 na Europa Ocidental (96/100 mil) e as menores taxas na África Central e na Ásia Oriental (27/100 mil) (INCA, 2014). Ainda de acordo com o INCA (2014), entre os fatores de risco desse tipo de câncer destacam-se: envelhecimento, fatores relacionados à vida produtiva da mulher, histórico familiar da doença, alcoolismo, obesidade, sedentarismo, exposição à radiação ionizante e alta densidade do tecido mamário (razão entre o tecido glandular e o tecido adiposo da mama). A prevenção primária do câncer de mama é um dos fatores primordiais no combate a essa doença. Estima-se que cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados por medidas preventivas, como adoção de uma alimentação saudável, prática de atividades físicas regulares, manutenção do peso ideal e realização do exame de mamografia (INCA, 2104). No Brasil, a mamografia bienal para mulheres na faixa etária entre 50 e 69 anos, associada ao exame clínico das mamas anualmente, a partir dos 40 anos, é a estratégia recomendada para detectar precocemente o câncer de mama em mulheres com risco padrão. Para aqueles que apresentam os fatores de risco


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elencados acima, recomenda-se o exame clínico da mama e a mamografia, anualmente, a partir dos 35 anos (INCA, 2014). Outros exames complementares são indicados, quando se deseja aumentar a eficácia no diagnóstico precoce de lesões mamárias não-palpáveis. Nesses casos, a biópsia percutânea estereotáxica (BPE), também conhecida como estereotaxia é um dos procedimentos mais indicados. Serve para obter amostras de tecido de áreas da mama com alterações que foram detectadas na mamografia, possibilitando localizar exatamente onde está a alteração, por intermédio da obtenção de radiografias em ângulos diferentes (CLÍMACO, 1999). A BPE consiste num procedimento que transcorre com a paciente sentada ou deitada, com a mama instalada e comprimida no aparelho de mamografia, para que fique sempre na mesma posição. O médico localiza a alteração com as radiografias obtidas na hora e ajusta o equipamento para saber o local exato onde irá realizar a biópsia. Após esse procedimento, é feita a assepsia, a anestesia local e é realizada a retirada de fragmentos (PINA et al., 2004). A biópsia por estereotaxia representa um avanço nos métodos diagnósticos dos tumores mamários, aumentando as possibilidades de detectação de microcalcificações e nódulos não-palpáveis. De acordo com Clímaco et al (1999) a BPE permite ao radiologista, auxiliado pelo patologista, fornecer os elementos necessários para o planejamento terapêutico, reduzindo significativamente o número de biópsias cirúrgicas desnecessárias, principalmente nas lesões benignas. Quanto à justificativa desta pesquisa, estudos apontam que a biópsia percutânea estereotáxica (BPE) consiste num método de grande importância no diagnóstico de lesões mamárias detectadas pela mamografia, podendo ser utilizada nos programas de rastreio do câncer de mama como exame de 2ª linha. Além disso, a BPE é considerada uma alternativa à biópsia cirúrgica, já que inúmeros trabalhos têm relatado alta precisão do método (CLÍMACO, 1999). Assim, do ponto de vista acadêmico, torna-se oportuno pesquisar as vantagens e as limitações da biópsia percutânea estereotáxica (BPE) no contexto do diagnóstico e prevenção do câncer de mama. No que se refere à relevância social desse tema, destaca-se a importância da boa formação profissional dos profissionais atuantes nos serviços de diagnóstico e prevenção do câncer de mama, dentre eles os radiologistas, com o intuito de tornar-los mais capacitados para operar com eficiência os instrumentos tecnológicos disponíveis (CLÍMACO, 1999).


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2 OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo geral discutir acerca da aplicabilidade da estereotaxia no diagnóstico das lesões mamárias não-palpáveis, apresentando suas vantagens e limitações. Pretende-se, secundariamente, apresentar aspectos epidemiológicos do câncer de mama no Brasil, apontando fatores de risco, com foco na prevenção desse tipo de neoplasia, ressaltando a importância do diagnóstico precoce para promoção da saúde e aumento da sobrevida dos pacientes.


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3 METODOLOGIA

Em termos metodológicos, esta pesquisa consiste numa revisão bibliográfica, realizada mediante busca em bases de dados, como a Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), além de obras específicas das áreas de Radiologia e Mastologia. De acordo com GIL (2010), a pesquisa bibliográfica é elaborada com base em material já publicado com o objetivo de analisar posições diversas em relação a determinado assunto. Para fundamentar teoricamente esta pesquisa, recorreu-se às fontes bibliográficas. A partir da utilização dos descritores “biópsia” "estereotaxia" "câncer de mama" e "lesões não-palpáveis", selecionaram-se artigos, considerando critérios de inclusão, como acesso ao texto na íntegra, recorte temporal (1998 a 2015) e relação com a área de radiologia e com o tema proposto nesta investigação. Após a seleção e análise dos artigos, foi elaborado este texto monográfico, o qual poderá gerar novos trabalhos, como um artigo científico, nos moldes da revisão integrativa. No Quadro 01, a seguir, apresenta-se a descrição dos artigos selecionados neste estudo, mencionando autor, ano de publicação, objetivo e tipo de estudo:

Quadro 01: Relação dos artigos selecionados (Continua)

Autor

Ano

Objetivo do estudo

Tipo de estudo

Cavalcanti et al.

2012 Analisar a eficácia da suspensão de carvão inerte na marcação de lesões impalpáveis mamárias e as alterações morfológicas associadas ao seu uso, além de determinar se há ou não prejuízo na interpretação destas lesões pelo patologista.

Pesquisa descritiva e exploratória de abordagem qualitativa

Freitas Jr. et al.

2012 Descrever as tendências temporais nas taxas de mortalidade por câncer de mama feminino no Brasil em suas macrorregiões e estados entre 1980 e 2009 .

Pesquisa descritiva e exploratória


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Quadro 01: Relação dos artigos selecionados (Conclusão)

Messias et al.

2011 Propor a elaboração de um objeto simulador de teste (phantom) utilizando materiais de baixo custo e que ofereça uma durabilidade considerável, auxiliando no treinamento e facilitando a calibração dos equipamentos utilizados nos exames de estereotaxia da mama. 2010 Demonstrar o conhecimento mamográfico dos médicos interpretadores que trabalham na rede de saúde pública do Estado do Rio de Janeiro e avaliar o conhecimento adquirido após um curso elaborado com o objetivo de capacitar profissionais médicos no diagnóstico precoce do câncer de mama. 2009 Analisar a realização do autoexame das mamas por profissionais de enfermagem e os fatores que dificultam a adesão dessa prática

Pesquisa descritiva e exploratória de abordagem qualitativa

Roveda Jr. et al.

2007 Avaliar os valores preditivos positivo e negativo das categorias 3, 4 e 5 do sistema BIRADS™ em lesões mamárias nodulares nãopalpáveis avaliadas por mamografia, ultrasonografia e ressonância magnética.

Estudo descritivo com abordagem qualitativa

Valejo et al.

2007 Analisar os achados histológicos de lesões não palpáveis da mama localizadas por agulhamento.

Estudo descritivo com abordagem qualitativa

Gonzáles; Taub; Lopéz

2006 Conhecer as indicações, método de realização, rendimento e limitações das biópsias mamárias minimamente invasivas 2004 Revisar o papel de cada técnica de biópsia, assim como os sistemas de diagnóstico existentes atualmente 2002 Oferecer uma avaliação atual do conhecimento dos fatores preditivos do câncer de mama, buscando destacar sua importância na prática clínica diária.

Artigo de Revisão

Clímaco et al.

1999 Avaliar a eficácia da biópsia percutânea estereotáxica (BPE) no diagnóstico das lesões mamárias subclínicas, comparando seus resultados com a biópsia cirúrgica precedida de localização estereotáxica com fio guia.

Estudo transversal com abordagem qualitativa

Gusmão; Silveira; Arantes

1998 Apresentar os princípios e evolução da estereotaxia, bem como as indicações e a técnica do procedimento estereotáxico

Artigo de Revisão

Koch; Castro

Silva et al.

Pina et al.

Abreu; koifman

Fonte: Franciele Simões Vieira (2015).

Pesquisa descritiva e exploratória de abordagem qualitativa

Estudo descritivo com abordagem qualitativa

Artigo de Revisão Artigo de revisão


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4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

4.1 Câncer de mama: etiologia e aspectos epidemiológicos De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM)1, o câncer de mama decorre da proliferação anormal, de forma rápida e desordenada, das células do tecido mamário. Essa doença se desenvolve em decorrência de alterações genéticas, entretanto, cumpre ressaltar que nem todos os tumores da mama são hereditários. Estes correspondem a cerca de 5% a 10% dos casos, ou seja, quando existem parentes de primeiro grau com a doença. Dessa forma, cerca de 90% dos casos de câncer de mama não têm origem hereditária, reforçando, assim, a necessidade de estender as campanhas preventivas a toda população feminina e não apenas àquelas mulheres que possuem histórico familiar dessa doença (SBM, 2011). Etiologicamente, o câncer de mama consiste em um tumor maligno que se desenvolve a partir de células da mama, cuja anatomia é apresentada na figura 01:

Figura 01: Anatomia da mama (CLINIMATER,2003).

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A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) é uma entidade filiada à Associação Médica Brasileira e à Senologic International Society e congrega aproximadamente 1800 sócios, dos quais 1038 são médicos Especialistas em Mastologia. Mastologia é a especialidade médica que se dedica ao estudo das glândulas mamárias. O mastologista é o especialista que previne, diagnostica e trata as doenças da mama. Disponível em:<http://www.sbmastologia.com.br/index/index.php/agenda-e-eventos/o-quee-sbm>. Acesso em 20 de março de 2015.


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A glândula mamária localiza-se sobre o músculo peitoral maior na parede torácica superior, entre as 2ª e 6ª ou 7ª costelas, medialmente à margem lateral do esterno e lateralmente à margem média axilar, compondo-se de epitélio especializado e estroma (GOING, 2006). Geralmente, o câncer começa nas células do epitélio que reveste a camada mais interna do ducto mamário. Mais raramente, o câncer de mama pode começar em outros tecidos, tais como o adiposo e o fibroso da mama. Ele pode ser "in situ", ou seja, aquele em que ainda não há risco de invasão e metástase, com chances de cura de aproximadamente 100%. Já os tumores invasivos são aqueles que invadem a membrana basal da célula. Estes também podem ser curados, desde que o diagnóstico for estabelecido em fase precoce. Em termos de tipo histológico, o carcinoma ductal infiltrante e o carcinoma lobular infiltrante, em sua apresentação isolada ou combinada com outros tipos, são as formas mais comuns de carcinoma de mama. Na hipótese de se identificarem dois ou mais tipologias diferentes de células, o tumor normalmente é classificado levando-se em consideração aquele tipo que se apresenta mais numeroso (ABREU; KOIFMAN, 2002). Na Figura 02, podem ser observados o câncer de mama in situ (A) e câncer de mama invasivo (B).

Figura 02: Câncer de mama in situ (A) e câncer de mama invasivo (B) Fonte:<HTTP://vencerocancer.com.br>. Acesso em 12 de maio de 2015.


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Nota-se que na figura A as células cancerosas localizam-se no interior da membrana, ao passo que na figura B essas mesmas células ultrapassam tal membrana, configurando, assim, o câncer de mama invasivo. O carcinoma ductal infiltrante (CDI), para efeito de confirmação diagnóstica, foi dividido em dois tipos: palpável e impalpável (INCA, 2001). O tumor impalpável, objeto de análise deste estudo, pode se apresentar na forma de microcalcificações agrupadas, distorção do parênquima mamário, neo-densidade

localizada e pela

presença de tumores de tamanhos variados que, em virtude do volume da mama, tornam-se impalpáveis. Cumpre salientar que nas três primeiras formas de apresentação citadas, pode-se fazer a marcação percutânea orientada por estereotaxia radiológica e, posteriormente, sob anestesia local, realiza-se a remoção da área doente ou alterada (ABREU; KOIFMAN, 2002) De acordo com Cavalcanti et al (2012), nas últimas décadas tem aumentado a detecção das lesões impalpáveis de mama. Esse crescente índice de diagnóstico justifica-se pela implementação de programas de prevenção e melhoria acentuada das técnicas de imagem, as quais possibilitam detectar precocemente as os tumores não palpáveis, cujo tamanho geralmente é de, em média, 10mm. Quanto aos aspectos epidemiológicos, conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2014), a idade continua sendo um dos mais importantes fatores de risco. As taxas de incidência aumentam rapidamente até os 50 anos. Após essa idade, o aumento ocorre de forma mais lenta, o que reforça a participação dos hormônios femininos na etiologia da doença. Cerca de quatro em cada cinco casos ocorre após os 50 anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2012), o câncer de mama é o mais incidente em mulheres, excetuando-se os casos de pele não melanoma, representando 25% do total de casos de câncer no mundo em 2012, com aproximadamente 1,7 milhão de casos novos naquele ano. É a quinta causa de morte por câncer em geral (522.000 óbitos) e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres. No contexto brasileiro, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM, 2011), o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano, sendo também o segundo tipo de câncer mais comum no mundo. No ano de 2010, ocorreram 49.240 novos casos de câncer de mama no Brasil, sendo superado apenas pelo câncer de pele.


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Quanto à incidência, registram-se diferentes taxas dessa doença entre as regiões do Brasil. A maior incidência ocorre na região sudeste. A medida utilizada para quantificar esta incidência chama-se taxa bruta , que corresponde ao número de casos para cada 100mil mulheres (INCA, 2014) Na região sudeste esta taxa é de 64.54 casos/100mil mulheres, região sul 64.3/100mil mulheres, região centro-oeste 37,68/100mil mulheres, região nordeste 30,11/100mil mulheres e região norte com a menor incidência 16,62/100mil mulheres (INCA, 2014). A maior incidência do câncer de mama no sudeste pode estar associada ao maior desenvolvimento dessa região. Fatores relacionados ao aumento do consumo de alimentos industrializados, sedentarismo, estresse, excesso de peso, típicos de centros urbanos mais desenvolvimentos, representam fatores de risco para a ocorrência do câncer (INCA, 2014). A Tabela 01, a seguir, apresenta os diferentes tipos de neoplasias malignas e as estimativas para novos casos referentes ao ano de 2014, conforme estudos realizados pelo INCA. Tabela 01. Estimativas de novos casos de câncer INCA (2014).

Fonte: Instituto Nacional do Câncer – INCA (2014).


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Conforme se observa na Tabela 01, o câncer de mama é a neoplasia que mais acomete as mulheres no Brasil, apresentando uma estimativa dos novos casos de 96,76% nas capitais. Esse percentual aponta para a necessidade de investimentos contínuos em políticas de saúde pública, com foco na prevenção e no diagnóstico precoce dessa doença, aumentando, assim, as chances de cura. Nos países desenvolvidos, registrou-se nos últimos anos uma significativa redução da mortalidade decorrente do câncer de mama, ao passo que nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, verificou-se uma estabilidade ou mesmo contínuo aumento dos casos (URBAN et al., 2012). Essa divergência pode estar associada às diferenças nas políticas públicas voltadas para a detecção precoce, à dificuldade de acesso ao tratamento adequado, conforme se verifica atualmente em muitas cidades brasileiras, sobretudo aquelas com menor índice de desenvolvimento socioeconômico (URBAN et al., 2012). No tópico a seguir, apresentam-se as recomendações para o rastreamento do câncer de mama, com base nos postulados do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

4.2 Recomendações para o rastreamento do câncer de mama

O rastreamento do câncer de mama consiste na realização de exames cujo objetivo principal é diagnosticar pequenos tumores assintomáticos, com o intuito de reduzir a mortalidade por esta doença. Secundariamente, tal rastreamento visa aumentar a sobrevida e reduzir a extensão do tratamento cirúrgico, favorecendo a realização de intervenções menos mutiladoras e a necessidade de quimioterapia (FREITAS-JUNIOR et al., 2012). A seguir, são apresentados os exames e procedimentos recomendados pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia para o rastreamento do câncer de mama. Para mulheres na faixa etária inferior aos 40 anos, recomendam-se os seguintes procedimentos:


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 Mamografia: geralmente, para mulheres com menos de 40 anos, não se recomenda a realização desse exame. Contudo, para aquelas mulheres com histórico familiar de câncer de mama, mulheres com história de radiação no tórax entre os 10 e 30 anos de idade, recomenda-se a realização individualizada da mamografia a partir dos 30 anos, mas não antes dos 25 anos. O rastreamento em mulheres mais jovens justifica-se pela ocorrência de Alterações em alguns genes, por exemplo BRCA1 e BRCA2, que aumentam o risco de desenvolver câncer de mama, embora essas mutações sejam raras e contribuam para uma parcela mínima de casos de câncer de mama. Cerca de nove em cada 10 casos ocorrem em mulheres sem história familiar (INCA, 2014).  Ultrassonografia e ressonância magnética: nessa faixa etária não se recomenda o rastreamento por meio desses procedimentos, exceto nos casos de mulheres com alto nível de risco para o câncer de mama. Mulheres na faixa etária entre 40 e 69 anos:  Mamografia: nessa faixa etária, recomenda-se a realização anual desse exame, para todas as mulheres;  Ultrassonografia e ressonância magnética: geralmente, não se recomenda a realização desse exames nas mulheres nessa faixa etária, exceto nos casos de notável risco de desenvolvimento do câncer de mama. Mulheres acima de 70 anos: recomenda-se, nessa faixa etária, a realização do rastreamento com a mamografia, de forma individualizada, anualmente. A literatura é praticamente unânime no que se refere ao valor atribuído à mamografia na detecção precoce do câncer de mama, haja vista que este exame continua sendo o mais indicado na grande maioria dos casos, com alta sensibilidade e moderada especificidade, com o valor preditivo positivo (VPP) variando entre 15% a 38) (MOUTINHO et al., 2007). Sobre a aplicação da mamografia no diagnóstico do câncer de mama, são oportunas as seguintes considerações: A mamografia é método de grande eficácia na detecção de lesões mamárias malignas clinicamente ocultas. Permite o diagnóstico do câncer de mama em estádio precoce, levando a tratamentos cirúrgicos mais


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conservadores e à redução da taxa de mortalidade. Com os recentes avanços no campo da mamografia, a técnica é reconhecida como o método de mais alta sensibilidade no rastreio de carcinomas não palpáveis, porém a sua relativa falta de especificidade é ainda um problema (CLIMACO, 1999, p. 70).

Conforme se observa, embora a mamografia seja um método de grande eficácia, existe um fator limitante, relacionado à relativa falta de especificidade, tornando necessária a realização de exames complementares, como a biópsia percutânea ou biópsia cirúrgica após localização estereotáxica, para diagnóstico histopatológico (MOUTINHO et al., 2007; CLIMACO, 1999 ). No Brasil, a Lei 11.664/2008 dispõe sobre a efetivação de ações de saúde que assegurem a prevenção, a detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS. Essas ações incluem, principalmente, o acesso das mulheres à mamografia, considerada o método de rastreamento capaz de promover a redução efetiva da mortalidade pelo câncer de mama (URBAN et al., 2012). O INCA apresenta as seguintes considerações acerca do rastreamento do câncer de mama no Brasil:

No Brasil, a mamografia bienal para mulheres entre 50 a 69 anos e o exame clínico das mamas anualmente a partir dos 40 anos é a estratégia recomendada para a detecção precoce do câncer de mama em mulheres com risco padrão. Para as mulheres de grupos populacionais considerados de risco elevado para câncer de mama (com história familiar de câncer de mama em parentes de primeiro grau), recomenda-se o exame clínico da mama e a mamografia, anualmente, a partir de 35 anos (INCA, 2014, p. 35).

O INCA (2014) também ressalta a importância do auto-exame das mamas como uma forma simples, porém muito eficaz de cuidar da própria saúde feminina e de auxiliar no diagnóstico de alterações da mama. A Figura 03, a seguir, demonstra como deve ser realizado o autoexame das mamas.


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Figura 03: Autoexame das mamas. Fonte: http://www.dstunifal.com/2015/02/cancer-de-mama-e-o-auto-ame.html.

Feitas essas considerações sobre o câncer de mama, será apresentado no próximo capítulo o percurso metodológico para realização desta pesquisa e, posteriormente, serão abordados aspectos relacionados à biópsia percutânea estereotáxica, apontando as vantagens e limitações desse procedimento.


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5 A BIÓPSIA PERCUTÂNEA ESTEREOTÁXICA (BPE) NO DIAGNÓSTICO DAS LESÕES NÃO-PALPÁVEIS DE MAMA

Este capítulo é dedicado à discussão sobre a biópsia percutânea estereotáxica (BPE), método empregado no diagnóstico precoce das lesões mamárias não palpáveis. Inicialmente, serão expostas algumas considerações sobre o diagnóstico do câncer de mama, com enfoque na classificação das lesões mamárias, conforme o sistema Breast Imaging Reporting and Data System (BIRADS). Em seguida, aborda-se a BPE, com enfoque para suas aplicabilidades, vantagens e limitações.

5.1 Aplicação do sistema BI-RADS no diagnóstico das lesões não-palpáveis

O diagnóstico de lesões não-palpáveis de mama é realizado em mulheres assintomáticas, mediante rastreamento por imagem por ultrassonografia ou ressonância magnética. Após a detecção, a lesão é classificada de acordo com o sistema Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS), desenvolvido em 1992 pelo American College of Radiology e recomendado pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). O BI-RADS classifica os achados em categorias possíveis de decisões, objetivando facilitar a conduta dos médicos solicitantes frente aos achados anormais. Assim, o BI-RADS compreende uma classificação de resultados associada a um conjunto de ações que permitem maior eficiência dos programas de detecção precoce do câncer de mama. Esse sistema abrange uma introdução, um léxico de imaginologia mamária e um sistema de padronização de laudos e codificação das doenças, além de uma metodologia fidedigna para a monitoração dos resultados obtidos (ROVEDA JUNIOR et al., 2007)


28

5.1.1 Classificação do BI-RADS

O sistema BI-RADS é dividido em categorias expostas na Tabela 02 a seguir: Tabela 02: Classificação do sistema BI-RADS Categoria

Alteração radiológica

Recomendação de conduta

0

Existe uma alteração radiológica que necessita de outro método de imagem complementar para concluir o estudo

Necessária a realização de outro método de imagem para concluir o estudo

1

Não há alterações radiológicas. O exame é normal

Reavaliação radiológica em um ano.

2

Alterações radiológicas benignas

Reavaliação radiológica em um ano

3

Alterações radiológicas provavelmente benignas (têm menos de 2% de chances de serem malignas). Neste caso específico se enquadram as microcalcificações puntiformes, isodensas, agrupadas, o nódulo de contorno regular e limites definidos; e a assimetria focal não palpável e que sugere confluência de tecido fibrograndular.

Reavaliação meses.

4

Alterações radiológicas suspeitas para malignidade e que apresentam risco de 2% a 95% de serem lesões malignas.

Necessário o prosseguimento investigação diagnóstica

da

5

Alterações radiológicas altamente suspeitas, com risco maior de 95% de serem malignas.

Necessário o prosseguimento investigação diagnóstica

da

6 Lesão comprovadamente maligna Fonte: Koch e Castro (2007).

radiológica

em

seis

__

As figuras a seguir ilustram achados radiológicos em diferentes categorias do BI-RADS.

Figura 04: BI-RADS categoria 1 Fonte: http://pt.slideshare.net/dapab/bi-rads-mamografia

Figura 05: BI-RADS categoria 2 Fonte: http://pt.slideshare.net/dapab/bi-rads-mamografia


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Figura 06: BI-RADS categoria 3

Figura 07: BI-RADS categoria 4

Fonte: http://pt.slideshare.net/dapab/bi-rads-mamografia

Fonte: http://pt.slideshare.net/dapab/bi-rads-mamografia

Figura 08: BI-RADS categoria 4 Fonte: http://pt.slideshare.net/dapab/bi-rads-mamografia.

Verifica-se que o sistema de classificação BI-RADS oferece parâmetros para tornar mais preciso o diagnóstico das lesões de mama, oferecendo subsídios para melhorar os métodos de prevenção dos casos de câncer de mama, haja vista que torna mais específica a avaliação e classificação dos achados mamográficos A biópsia percutânea estereotáxica de mama é especialmente indicada quando a mamografia aponta imagens catalogadas como BI-RADS 4 e 5. Nesse caso, a estereotaxia mostra-se um valioso instrumento para realização diagnóstico diferencial de microcalcificações, nódulos, distorções e assimetrias (GONZÁLEZ; TAUB; LÓPEZ, 2006). As aplicações, vantagens e limitações da estereotaxia de mama são expostas mais detalhadamente a seguir.


30

5.2 A biópsia percutânea estereotáxica (BPE): aspectos técnicos

Etimologicamente, o termo estereotaxia é formada pelos radicais gregos stereos (sólido, de três dimensões) e taxis (disposição, posicionamento). Assim, significa literalmente “localização tridimensional orientada” (GUSMÃO; SILVEIRA; ARANTES, 1998). Conforme Clímaco et al. (1999), a biópsia estereotáxica é um procedimento que, primeiramente, foi realizado por Parker et al. em 1990 e, desde então, tem sido objeto de estudo por profissionais das áreas de radiologia e mastologia. Complementando essa informação, Moutinho et al. (2007, p. 609) esclarecem que: Parker et al. adaptaram o dispositivo de Lindgrën para um biópsia estereotáxica com a paciente sentada. Paralelamente, estereotaxia que permitia realizar esse procedimento com deitada, desenvolvido na Suécia, foi adaptada para acomodar modificado por Parker.

sistema de a mesa de a paciente o propulsor

A biópsia percutânea estereotáxica (BPE) foi inicialmente aplicada no campo da neurocirurgia. Já contexto da patologia mamária, sua aplicação tornou-se mais recorrente com a introdução da mamografia digital, que permitiu incorporar um sistema computadorizado para realizar cálculos da localização de uma lesão em dimensões distintas (GONZALEZ; TAUB; LOPEZ, 2006). Quanto ao procedimento, orienta-se que a paciente deve receber anestesia local e a superfície da mama deve ser desinfetada. Em seguida, após a mama ser devidamente fixada e posicionada no aparelho, introduz-se uma cânula, seguindo as coordenadas previamente calculadas pela equipe, retirando-se amostras do tecido para análise (GONZALEZ; TAUB; LOPEZ, 2006). De acordo com Farjado (2000) a distinção entre as lesões malignas e benignas da mama pode tornar-se difícil caso seja utilizada apenas a mamografia. Assim, torna-se necessária a investigação histológica, mediante o emprego de instrumentos de sofisticada tecnologia, como os equipamentos de estereotaxia. De acordo com Maranhão (1994, p. 149), os aparelhos de estereotaxia “baseiam-se no princípio de triangulação, pelo qual o cálculo da quantidade de desvio de uma lesão em duas projeções permite sua localização precisa em três dimensões.”


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Sobre esse princípio de triangulação, Farjado (2000) argumenta que os aparelhos de estereotaxia levam vantagem, uma vez que os cálculos são feitos sob simples equações trigonométricas. Esse mesmo autor, ao discorrer sobre localização estereotáxica faz as seguintes considerações: Os cálculos da quantidade de desvio de uma lesão sob duas incidências obtidas 30 graus à parte permitem uma precisa localização da lesão da mama em três dimensões. As incidências estereotáxicas são adquiridas com um feixe de raios dirigidos a +15 e -15 graus relativos à linha perpendicular do receptor da imagem. A localização horizontal X da lesão quando abordada de zero grau ou raio perpendicular (linha aproximada de abordagem da biópsia por agulha) é o índice das localizações X da lesão nas duas incidências estereotáxicas. A localização Y (vertical) é a mesma em ambas incidências. A localização z (ou profundidade) da lesão é determinada pela quantidade de deslizamentos paralelos entre uma e outra incidência (FARJADO, 2000, p. 49)

Ainda no tocante aos aparelhos destinados à estereotaxia de mama, Farjado (2000) destaca dois tipos básicos: o “add on” ou vertical e a unidade prona. Esses dois tipos localização precisamente a posição das agulhas, no interior da mama, tanto para aspiração com agulha fina (PAAF) como para agulha grossa (core biópsia). Sobre os sistemas receptores de imagem da biópsia estereotáxica, Dershaw (2000) menciona o sistema de imagem de tela de filme e o sistema de imagem digital, ambos disponíveis atualmente no mercado. O primeiro é frequentemente utilizado pelos aparelhos estereotáxicos verticais (add on). Contudo, é importante ressaltar que, nesse sistema, a manipulação imediata dos dados após aquisição das imagens não é possível, tornando o método de diagnóstico um pouco mais demorado. Em contrapartida, no sistema estereotáxico digital, as imagens podem ser analisadas dentro de 03 a 05 segundos após a exposição, tornando-o um procedimento de notável eficiência. Alem disso, o formato digital possibilita ampla latitude da imagem, aumento da baixa resolução do contraste e a identificação mais rápida do alvo da lesão, com o uso do software do computador (DERSHAW). A biópsia estereotáxica de mama pode ser realizada por intermédio de equipamento acoplado ao mamógrafo (Figura 00) ou por meio de mesa dedicada especificamente para esse procedimento (Figura 00). A vantagem dos equipamentos acopláveis é o menor custo; em contrapartida, apresentam alguns inconvenientes, como menor conforto ao paciente durante a realização da biópsia e alterações


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decorrentes do mau posicionamento da mama na máquina. As mesas, por sua vez, apresentam custo elevado, sendo mais adequadas aos serviços de grande demanda, uma vez que permitem maior rapidez, mais conforto e menos estresse aos pacientes, além de maior precisão ao procedimento.

Figura 09: Dispositivo de estereotaxia acoplável Fonte: Oliveira; Luna; Chagas (2010).

Figura 10: Paciente durante procedimento


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Fonte: Oliveira; Luna; Chagas (2010).

Figura 11: Mesa estereotáxica digital Fonte: Oliveira; Luna; Chagas (2010).

Figura 12: Detalhamento da mama durante estereotaxia. Fonte: Oliveira; Luna; Chagas (2010).

A mesa de estereotaxia é um equipamento sofisticado, que permite alto grau de precisão no diagnóstico. Ela possui uma abertura por onde a mama é introduzida. Na parte inferior da mesa se encontra um sistema de estereotaxia propriamente dito e um mamógrafo digital (PINA et al. 2004). A biópsia percutânea estereotáxica realizada na mesa, com a paciente em posição horizontal, conforme demonstra as figuras 11 e 12, apresenta comodidades


34

para a paciente e para o radiologista, além de adequada visualização da mama. Os inconvenientes associam-se ao alto custo do sistema, demanda de maior espaço para sua instalação e o uso específico para diagnóstico mamário (PINA et al., 2004).

5.3 Indicações da biópsia percutânea estereotáxica de mama

A BPE é um dos métodos utilizados para o diagnóstico de pequenas lesões mamárias suspeitas de malignidade. Por intermédio desse procedimento, são retirados fragmentos de tecido da lesão impalpável, para posterior realização de exame histopatológico (CLÍMACO, 1999). A estereotaxia de mama é um dos métodos de marcação pré-cirúrgica, cujos objetivos principais são: indicar ao cirurgião onde se localiza a lesão suspeita, haja vista que ela não é palpável nem visível para o profissional; permitir a mínima manipulação cirúrgica e o máximo de economia de tecido não comprometido, evitando resultados estéticos ruins; e possibilitar ao patologista a identificação da lesão com o mínimo de cortes (OLIVEIRA, LUNA; CHAGAS, 2010). De acordo com Messias et al. (2011), por intermédio da estereotaxia de mama, torna-se possível a retirada de fragmentos de lesões suspeitas de malignidade, como as microcalficações. Porém, esses autores ressaltam que há necessidade de capacitação dos profissionais que realizam tal procedimento, com o intuito de obter os melhores resultados em diagnóstico que esse recurso tecnológico pode oferecer. A BPE está indicada especialmente no diagnóstico diferenciado de microcalcificações, podendo também ser utilizada em nódulos, distorções e assimetrias classificadas como BI-RADS 4 e 5. Deve-se ressaltar que sua utilização deve ser realizada com cautela, sobretudo quando se trata de assimetrias de grande tamanho e distorções de arquitetura, casos nos quais a biópsia cirúrgica pode ser uma alternativa mais indicada (GONZALEZ; TAUB; LOPEZ, 2006). Em virtude da maior adesão das mulheres à mamografia, o número de diagnóstico de lesões não-palpáveis tem aumentado consideravelmente, tornando necessária a realização de biópsias que possam oferecer características mais específicas dos achados mamográficos. Em virtude disso, aumentou, também, o número de biópsias por excisão, nas quais muitas vezes apenas parte do tecido extirpado apresenta malignidade. Com as biópsias percutâneas, é possível


35

identificar lesões suspeitas, microcalcificações, permitindo uma pré-marcação cirúrgica. Assim, por meio da estereotaxia, torna-se possível identificar a localização exata da região que deverá ser retirada no momento da biópsia cirúrgica (MESSIAS et al., 2011). Ainda no que se refere aos benefícios da biópsia percutânea estereotáxica, considera-se a redução significativa de cirurgias realizadas com fins diagnósticos, sendo estas reservadas, sobretudo, para realizar o tratamento do câncer mamário e das lesões de alto risco. Além disso, ressalta-se também a diminuição dos custos com o diagnóstico em patologia mamária (GONZALEZ; TAUB; LOPEZ, 2006). Apesar das vantagens da biópsia percutânea estereotáxica, é pertinente ressaltar que esse procedimento também apresenta algumas limitações, as quais são apresentadas no tópico seguinte.

5.4 Limitações da biópsia percutânea estereotáxica de mama

No que se refere às limitações da biópsia percutânea estereotáxica, Valejo et al. (2007) expõem que, como os equipamentos mamográficos equipados com estereotaxia são muito caros, o custo da biópsia também se torna elevado. Além disso, normalmente esses equipamentos tecnológicos mais avançados tendem a ficar centralizados em grandes centros de diagnóstico, não sendo, assim, um recurso de acesso democratizado. Além disso, é importante salientar que essa técnica apresenta limitações relacionadas à posição da lesão em relação à pele, ao complexo áureo-mamilar e à parede toráxica. Lesões profundas e massas axilares, por exemplo, algumas vezes não são alcançáveis pelo sistema de estereotaxia, devido à distância entre a lesão e o aparelho de biópsia (VALEJO et al., 2007; FARJADO, 2000). Maranhão (1994) aponta que a movimentação da paciente, mamas volumosas, lesões profundas próximas à parede peitoral e lesões muito periféricas, eventualmente, dificultam o procedimento. Por ser tratar de um procedimento que dura habitualmente uma hora, os possíveis incômodos sentidos pela paciente associam-se à aplicação da anestesia e à posição que precisam permanecer no decorrer da realização da estereotaxia. As complicações descritas na literatura não são graves, consistindo normalmente em hematomas, lipotimia e síncope. Não se descrevem contraindicações absolutas,


36

devendo apenas ter cautela em pacientes com alterações de coagulação (GONZÁLEZ; TAUB; LÓPEZ, 2006). Messias et al (2011) destacam que a estereotaxia é um procedimento que oferece a vantagem de precisão no diagnóstico das lesões não-palpaveis, porém, há necessidade de profissionais treinados e especializados para a prática e equipamentos bem calibrados. Nesse sentido, Dershaw (2000) ressalta que é importante que o radiologista busque familiarizar-se com os procedimentos necessários

para

o

uso

do

equipamento

estereotáxico,

dominando

suas

funcionalidades e identificando as diferenças existentes nos modelos fabricados atualmente.


37

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa teve como objetivo geral discutir a aplicabilidade da estereotaxia no diagnóstico das lesões mamárias não-palpáveis, com enfoque específico

para

vantagens

e

limitações

desse

procedimento.

Buscou-se,

secundariamente, apresentar aspectos epidemiológicos do câncer de mama no Brasil, mencionando etiologia, incidência, estimativas de novos casos, métodos de rastreamento e prevenção. A literatura aponta que, excetuando-se os casos de pele não melanoma, o câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, representando o tipo de neoplasia responsável pela maior taxa de mortalidade em mulheres. Trata-se, portanto, de um importante problema de saúde pública, para o qual têm sido desenvolvidas políticas de controle e, sobretudo, prevenção de novos casos. No âmbito das ações voltadas para o diagnóstico precoce do câncer de mama, ressaltam-se o autoexame e a realização periódica da mamografia, exame que continua sendo o mais indicado na grande maioria dos casos, devido à sua capacidade de diagnosticar precocemente pequenos tumores assintomáticos, reduzindo, assim, a mortalidade, a extensão do tratamento cirúrgico, favorecendo a realização de intervenções menos mutiladoras e a necessidade de quimioterapia. No caso das lesões não palpáveis, suspeitas de malignidade, indicam-se outros métodos complementares, tais como a Biópsia Percutânea Estereotáxica (BPE) de Mama, procedimento, no qual são retirados fragmentos de tecido da lesão impalpável, para posterior realização de exame histopatológico. Conforme foi apresentado no decorrer deste estudo, a BPE apresenta vantagens associadas à precisão na identificação das lesões não palpáveis, rapidez na realização do procedimento, o qual é realizado com anestesia local, sem muitos inconvenientes para a paciente. Além disso, permite a mínima manipulação cirúrgica e o máximo de economia de tecido não comprometido. No que se refere às limitações da BPE, verificou-se que, em alguns casos, dependendo da posição da lesão em relação à pele (mamas volumosas, lesões profundas próximas à parede peitoral e lesões muito periféricas) podem dificultar a realização do procedimento. Além disso, o alto custo dos equipamentos de


38

estereotaxia digital torna a biopsia um exame mais caro, não sendo, portanto, acessível

a

toda

população

do

país,

tendo

em

vista

as

disparidades

socioeconômicas existentes no Brasil. Por fim, considera-se muito importante, também, que os profissionais que operam os equipamentos de estereotaxia sejam devidamente formados e capacitados, de forma que possam utilizá-los com o máximo de eficiência, extraindo, assim, todos os benefícios que esses instrumentos de diagnóstico podem oferecer.


39

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