Relatório e Contas 2002
Relatório e Contas 2002
Hoje em dia, as vantagens que advêm da utilização das energias renováveis são largamente conhecidas, não só por estas serem inesgotáveis, como por constituírem factores de preservação do meio ambiente. Todos nós conhecemos as consequências nefastas que opções inadequadas neste domínio têm trazido ao nosso planeta, razão pela qual é importante projectar o futuro de forma a minimizar os danos irreversíveis e, sobretudo, procurar optimizar os recursos que permitam prolongar a vida da Terra. Nós que operamos nos Açores, onde uma natureza privilegiada se nos oferece em todo o seu esplendor, queremos sublinhar neste relatório o esforço que temos vindo a desenvolver no sentido de rentabilizar as fontes energéticas disponíveis neste arquipélago. A EDA antecipa o futuro.
ÍNDICE
Valores Caracteristicos I Mensagem do Presidente, Órgãos Sociais da EDA e Organigrama (Grupo) Mensagem do Presidente Órgãos Sociais da EDA e Organigrama (Grupo)
5
Demonstração dos Resultados por Funções para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001
46
6
Demonstração dos Fluxos de Caixa para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001
47
8
Anexo ao Balanço e Demonstração dos Resultados
48
10
2.4 Apreciação e Certificação de Contas Individuais
76
Certificação Legal das Contas
76
14
Relatório do Fiscal Único
78
1 Envolvente Macroeconómica
14
Parecer do Fiscal Único
79
A Economia Mundial
14
Relatório dos Auditores Indepedentes
80
A Economia Nacional
15
A Economia Regional
16
3.1 Universo da Consolidação
84
2 Comercial
17
3.2 Relatório de Gestão
85
3 Sistemas Electroprodutores
22
3.3 Contas Consolidadas
94
4 Investimento
26
Balanços Analíticos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001
94
5 Recursos Humanos
28
Demonstração dos Resultados para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001
96
6 Sistemas de Informação e Comunicações
32
Demonstração dos Resultados por Funções para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001
98
7 Comunicação
32
Demonstração dos Fluxos de Caixa para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001
99
8 Qualidade
32
Anexo ao Balanço e Demonstração dos Resultados
9 Ambiente
33
II Relatório, Proposta de Aplicação dos Resultados e Contas Individuais 2.1 Relatório de Gestão
8
III Relatório e Contas Consolidadas
3.4 Apreciação e Certificação de Contas Consolidadas
82
100 124
33
Certificação Legal das Contas
124
2.2 Proposta de Aplicação dos Resultados
41
Relatório do Fiscal Único
126
2.3 Contas Individuais
42
Parecer do Fiscal Único
127
Balanços Analíticos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001
42
Relatório dos Auditores Indepedentes
128
Demonstração dos Resultados para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001
44
Extracto da Acta da Assembleia Geral
130
10 Evolução Económica e Financeira
IV Informações Complementares
2 EDA
132
Relatório e Contas 2002
3
VALORES CARACTERÍSTICOS
COMERCIAL Nº de Clientes Vendas (GWh): Doméstico Comércio e Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública
1998
1999
2000
2001
2002
96 623 387 152 105 37 73 19
98 593 418 160 117 40 82 20
100 449 451 170 127 44 88 22
102 290 485 184 140 47 92 22
104 324 526 195 155 50 102 24
454 379
487 382
520 419
559 422
601 473
4 7 1 2 12 3 144 1 253 1 344 277
4 7 1 2 12 3 144 1 271 1 386 285
4 7 1 2 12 3 153 1 287 1 429 299
4 7 1 2 12 3 153 1 377 1 471 313
3 7 2 2 12 5 172 1 408 1 507 322
880 255 266 93 239 27
862 256 267 93 218 28
833 241 261 87 215 29
810 278 288 99 110 35
777 263 282 80 108 44
PRODUÇÃO Produção Total Electricidade (GWh) Produção Térmica (GWh) EQUIPAMENTO Centrais Térmicas a Fuel (nº) Centrais Térm. Gasóleo (nº) Centrais Térm. Fuel e Gas. (nº) Centrais Geotérmicas (nº) Centrais Hídricas (nº) Parques Eólicos (nº) Potência Instalada em Centrais (MW) Redes Transporte e Distribuição MT (km) Postos de Transformação (nº) Potência Instalada em PT (MVA) RECURSOS HUMANOS Efectivo ao Serviço (nº) : Produção Transporte e Distribuição Comercial Áreas de Suporte Prestação de Serviços ECONÓMICO-FINANCEIROS Volume de Negócios (mil euros) Valor Acrescentado (mil euros) Activo Líquido (mil euros) Investimento Total (mil euros) Cash-Flow Líquido (mil euros)
4 EDA
75 49 305 20 19
498 595 953 341 134
78 46 317 20 23
935 019 061 306 708
83 43 336 29 21
289 984 000 334 857
81 44 354 33 13
362 992 023 317 263
86 46 381 28 17
430 502 442 862 488
Relatório e Contas 2002
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o vento é Energia Energia Eólica
I Mensagem do Presidente, Órgãos Sociais da EDA e Organigrama
MENSAGEM DO PRESIDENTE A convergência do tarifário eléctrico à escala nacional foi durante os últimos anos um dos grandes objectivos estratégicos prosseguidos pelo actual Conselho de Administração. Finalmente, com a publicação do Decreto Lei n.º 69/2002 de 25 de Março, através do qual as competências da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos foram estendidas aos territórios insulares, passaram as empresas de electricidade dos Açores e da Madeira a ser sujeitas ao mesmo tipo de controlo e regulação das empresas do Continente e o sobrecusto da insularidade a ser suportado no quadro do tarifário nacional, à semelhança do que sucede em países nossos parceiros na União Europeia com especificidades geográficas e administrativas semelhantes. Desta extensão resultou a aplicação, com as necessárias adaptações, aos Açores, dos Regulamentos Nacionais relativos ao Tarifário, às Relações Comerciais e ao Acesso às Redes e às Interligações, cuja adaptação foi concluída e aprovada em Setembro de 2002, e do regulamento da Qualidade de Serviço, cujo processo de adaptação se encontra em curso. Com esta reforma estrutural, foram finalmente dadas condições à EDA para encarar o futuro de uma outra forma, sem perder de vista o reforço permanente de competitividade da empresa e a melhoria constante dos níveis de produtividade, mas com outras garantias para fazer face aos exigentes níveis de investimento a que estamos sujeitos para responder às solicitações da procura e para podermos com normalidade remunerar os capitais próprios da empresa.
8 EDA
Neste contexto, a estratégia do grupo EDA foi ajustada à nova lógica de enquadramento do sector eléctrico: terminámos a estratégia de verticalização ao nível da EDA, concentrámos de forma especializada em empresas do grupo as actividades de produção com base em energias renováveis, reforçamos a estrutura financeira da EEG e da Geoterceira através de significativos aumentos de capital e, ao nível dos outros negócios, procedemos à reorientação estratégica da SEGMA. No que respeita à área do negócio da electricidade, em 2002, a procura referida ao consumo ascendeu a 525,8 GWh, resultando num crescimento global de 8,4% relativamente ao ano anterior, verificando-se uma variação de 10,4% ao nível da Média Tensão e 7,2% ao nível da Baixa Tensão. À semelhança de 2001, os preços de energia não sofreram alterações, ou seja, em termos reais ocorreu uma aproximação aos preços do Continente, os quais foram actualizados. Assim, a diferença de preços com o Continente para os consumidores com a tarifa de doméstico foi reduzida de 6,4% para 3,9% e, com a tarifa de industrial, de 24,8% para 23,7% (consumidores tipo Eureléctric B2 e B1). Em termos de oferta, a produção anual de electricidade atingiu os 600,9 GWh, correspondendo a um aumento de 7,5% relativamente ao ano anterior. A participação da produção renovável representou um contributo de 21,2%, com destaque para a energia geotérmica, com 15,9%, seguido da energia hídrica com 4,6% e da energia eólica com 0,7%.
O crescimento do consumo, acompanhado pelo crescimento das pontas máximas de cada sistema electroprodutor, conjugado com o objectivo de melhoria da qualidade de serviço levou a que, em 2002, a EDA tivesse investido cerca de 29 milhões de euros. Destes, 41% foram destinados aos centros produtores e 33,4 % à rede de transporte e distribuição. Relativamente aos indicadores de Qualidade de Serviço, com excepção do Faial, o ano ficou marcado por alguma degradação, em resultado de condições climatéricas adversas e do investimento em remodelações e manutenção de linhas. Esta degradação foi mais evidenciada na ilha Terceira. Todavia, na sequência do diagnóstico efectuado e das acções correctivas, cuja implementação se iniciou logo no segundo semestre, são já visíveis melhorias que nos permitem considerar que a qualidade de serviço será reposta, já em 2003, em níveis adequados às exigências dos nossos clientes. Na linha do objectivo da melhoria da qualidade, foram consolidados o Sistema da Qualidade da Prestação de Serviços de Manutenção Mecânica de Equipamentos de Produção Energia (SGQM), certificado segundo a Norma ISO NP EN 9002, e o Sistema de Gestão da Qualidade da Manutenção de Infraestruturas de Telecomunicações Móveis (QUALIMIT) da Globaleda, certificado segundo a Norma NP EN ISO 9002, e iniciadas as suas adaptações à Norma NP EN ISO 9001-2000. Iniciou-se o projecto relativo do Sistema de Gestão por Processos (SGP), o qual é estra-
tégico para a empresa na medida em que, de forma sistemática, irá clarificar as relações entre as diversas áreas, estabelecer métricas que permitirão melhorar o desempenho e uniformizar processos, possibilitando níveis superiores de eficácia e introdução de mudanças de forma mais rápida e sustentada. Ao nível da política de recursos humanos prosseguimos com o programa de ajustamento de efectivos, cujo total de 798, representou uma redução de 3,8% face a 2001 e, ao fim de um longo período negocial com as estruturas representativas dos trabalhadores, foi celebrado um novo acordo de empresa. Além do incremento que estas medidas têm e irão proporcionar ao nível da produtividade dos trabalhadores, é de salientar que ao nível do conjunto das empresas do grupo tem havido acréscimo de efectivos, ou seja o GRUPO EDA continua a afirmar-se como importante agente neste mercado. No respeitante à perfomance económica e financeira da empresa, apesar do não recebimento das importâncias devidas pelo Governo da República, decorrentes do processo de convergência tarifária do ano de 2002, e parte de anteriores, conseguimos encerrar o exercício com um endividamento de 203,2 milhões de euros. Porém, em termos de gestão financeira, reduzimos a taxa média de juro de 5,03% para 4,08% o que permitiu uma diminuição de encargos financeiros e impostos de 8,6 para 8 milhões de euros. A EDA encerrou o exercício, novamente, com um resultado positivo de cerca de 3,2 milhões de euros.
Ao nível das nossas associadas o exercício de 2002 foi encerrado com excelentes resultados, sendo de destacar a SOGEO que, pelo segundo ano consecutivo, apresentou um resultado positivo, mas agora com um valor de maior expressão, que ascendeu a 1,5 milhões de euros, o que nos permite perspectivar para breve a recuperação dos seus capitais próprios para níveis adequados.
– Os projectos geotérmicos para as ilhas Terceira – com a construção de uma central de 12 MW, e São Miguel, com a ampliação das centrais do Pico Vermelho em 8 MW e da Ribeira Grande com um novo furo; – A construção de novos parques eólicos nas ilhas do Pico e Terceira; – Aproveitamentos hídricos nas ilhas das Flores, São Jorge, São Miguel e Pico.
Também a EEG – Empresa de Electricidade a Gaz, Lda., após a concentração da gestão de todo o processo produtivo relacionado com as energias hídrica e eólica, e da transferência de activos efectuada, viu traduzida essa alteração em resultados positivos, de cerca de 690 mil euros.
Tendo por base estes investimentos, é expectável que em 2007 a produção com base em recursos endógenos represente 40% na estrutura de produção de energia eléctrica da Região.
Na área de negócio das Telecomunicações e Sistemas de Informação, em 2002, a GLOBALEDA incrementou substancialmente a sua actividade o que se reflectiu num crescimento de 39,4% nos seus proveitos totais que passaram de 2,8 para 4 milhões de euros, tendo a ONIAÇORES, registado um incremento de 237%, passando os seus proveitos de 110 para 370 mil euros. Com a convergência tarifária traduzida numa nova descida de preços já em Janeiro de 2003 e garantidas que estão as compensações à EDA, quer as relativas a anos anteriores quer as futuras, o novo ano perspectiva-se muito positivo para todas as empresas do grupo, reunindo-se agora melhores condições para mais um passo na privatização.
Deste modo, podemos considerar o ano 2002 como muito positivo no que respeita aos desempenhos da própria EDA e das nossas associadas, os quais tiveram relevante contribuição para a confirmação da consistência da estratégia que temos vindo a adoptar, cumprindo-me aqui expressar o nosso sincero reconhecimento aos accionistas, parceiros de negócio, fornecedores, clientes, bem como aos nossos trabalhadores que têm partilhado neste propósito de melhoria.
José Manuel Monteiro da Silva
Continuaremos a apostar nas energias renováveis, aqui sobressaindo:
Relatório e Contas 2002
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ÓRGÃOS SOCIAIS DA EDA
ORGANIGRAMA (GRUPO) Electricidade dos Açores, S.A.
Conselho de Administração
Outras Empresas do Grupo
Prof. Doutor Monteiro da Silva Conselho Eng.º Francisco Botelho de Dr. António Luís Gusmão Teixeira Administração Eng.º Lucena Ferreira Eng.º João Aguiar
Secretariado da Administração Áreas Auditoria de Staff Planeamento Estratégico Gestão da Qualidade e Ambiente
Presidente: Professor Dr. Monteiro da Silva
Administrador:
Administrador:
Eng.º Francisco Botelho
Dr. António Luís Gusmão Teixeira
Aprovisionamentos Finanças e Seguros Áreas de Gestão Administrativa e Contabilidade Suporte Gestão de Recursos Humanos Sistemas de Informação
GEOTERCEIRA – 51,04% SOGEO – 97,01%
Produção Produção
EEG – 99%
Administrador:
Administrador:
Eng.º Luís Filipe Lucena Ferreira
Eng.º João José Gomes de Aguiar
Mesa da Assembleia Presidente: Dr. José Luís Pimentel Amaral Vice-Presidente: Dr. António Pedro Alfaia de Carvalho Secretário: Dr. José Emanuel Lopes Fernandes
Fiscal Único A. Paredes, A. Oliveira e M. Branco, SROC Doutor Duarte Felix Tavares Giesta, ROC (suplente)
Distribuição Planeamento de Redes Distribuição e Análise de Investimentos Projecto Construção de Infraestruturas de Redes Comercial
ONI AÇORES – 39,99%
Manutenção Eléctrica e Mecânica
Comparticipadas
10 EDA
GLOBALEDA – 100%
Telecomunicações e Sistemas de Informação
SEGMA – 99%
DTS – 2,50%
CONTROLAUTO – 30%
NORMA AÇORES – 45%
Cabo TV – 6,18%
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11
II Relatório, Proposta de Aplicação de resultados e Contas Individuais
2.1 RELATÓRIO DE GESTÃO 1. ENVOLVENTE MACROECONÓMICA A Economia Mundial E.U.A. A economia americana registou, no ano de 2002, um crescimento de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, mais 2,1 p.p do que no ano de 2001. Este resultado foi alcançado, em grande parte, devido à performance assinalável da procura interna, nomeadamente do crescimento de 3,1% do consumo privado e de 4% do consumo público. Em contrapartida, as performances do investimento (evidenciando-se a fraqueza do investimento não residencial) e das exportações líquidas contribuíram negativamente para o crescimento do produto em 3,2% e 0,6%, respectivamente. Apesar do valor positivo alcançado, o comportamento dos indicadores económicos ao longo do ano foi muito irregular, não permitindo definir qualquer tipo de tendência e, deste modo, concluir se o ano de 2002 será efectivamente o ano da retoma do crescimento económico nos E.U.A.. Ao nível da política monetária levada a cabo pelo FED, no decorrer de 2002, esta mostrou-se muito adequada e cooperante face a uma inflação controlada e a uma estagnação do mercado do trabalho. Será no entanto de prever que após a confirmação da retoma económica, as taxas de juro sejam ajustadas, de modo a promover um crescimento sustentado e duradouro.
14 EDA
Em relação ao desemprego, devido às incertezas que pairam sobre o arranque determinado da economia americana, registou-se um crescimento ligeiro de 0,2 p.p., o que corresponde a uma taxa de desemprego anual de 6%.
são de 1992/1993. Esta evolução reflectiu um abrandamento quer do consumo privado quer do investimento. A contribuição da procura externa líquida situou-se em 0,6%, reflectindo um crescimento de 1,2% nas exportações e um decréscimo de 0,3% nas importações.
apreciação da taxa de câmbio do euro em relação ao dólar.
Japão A economia japonesa registou, em 2002, mais um ano de recessão económica, apresentando um crescimento negativo de 0,7% do Produto, devido principalmente ao comportamento tímido da procura interna, em face de um rendimento disponível que se manteve constante, e ao enfraquecimento, ao longo do segundo semestre, das exportações, de acordo com a tendência da procura internacional e apreciação do iene.
Em termos de preços e de acordo com os valores relativos ao IHPC (Índice Harmonizado de Preços ao Consumidor), registouse um crescimento de 2,2%, em 2002. Os principais responsáveis pelo decréscimo relativo a 2001 foram as evoluções dos preços dos bens alimentares não transformados e dos bens energéticos (de 7% para 3,1% e 2,3 para -0,6%, respectivamente).
Destaque final para o comportamento do euro que registou, em 2002, uma apreciação generalizada em relação às principais moedas dos principais parceiros comerciais. No final do ano, o euro cotava-se a cerca de 1,05 USD, o que representa uma apreciação média anual de 5,6%, relativamente a 2001.
Um facto que também contribuiu de forma menos positiva para o resultado económico de 2002 foi a definição mais lata, por parte das autoridades monetárias, de crédito vencido. De facto, esta alteração provocou o acentuar das fragilidades do sector financeiro, o que obrigou o banco central do Japão a intervir no mercado, através da compra de acções, com o objectivo de evitar a queda ainda maior do valor dos bancos.
Relativamente ao Pacto de Estabilidade e Crescimento preconizado pela UE, e tendo em conta dois dos seus pilares principais, ou seja, défice orçamental inferior a 3% e rácio da dívida pública em relação ao produto abaixo dos 60%, verificou-se que de um modo geral estes valores foram respeitados pelos países membros, tendo apenas a Alemanha e a França apresentado valores do défice acima dos 3% e a Bélgica, a Grécia e a Itália apresentado valores da dívida pública em relação ao PIB, acima dos 100%.
O ano de 2002 caracterizou-se ao nível macroeconómico pela manutenção de uma taxa de crescimento da actividade económica muito baixa. De facto, a tendência verificada, no ano de 2001, acentuou-se e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) atingiu apenas os 0,5%, valor inferior em 0,3 p.p. à taxa de crescimento da área Euro, acompanhando claramente a tendência geral das economias europeias.
Relativamente à taxa de desemprego esta continua a progredir negativamente atingindo, em 2002, o valor histórico de 5,5%. Área Euro A área do euro registou, em 2002, uma taxa de crescimento do PIB de 0,8%. Este valor representa a taxa de crescimento mais baixa do produto verificada desde a reces-
A taxa mínima de refinanciamento do Banco Central Europeu manteve uma tendência decrescente no decorrer do ano de 2002, passando de 3,25% para os 2,75%.Tal decisão só foi possível devido às perspectivas de estabilidade de preços no médio prazo que se devem em particular ao fraco crescimento da actividade económica e à
O mercado do trabalho tem dado sinais de deterioração com a taxa de desemprego a aumentar, em 2002, até aos 8,5%, mais 0,4 p.p. do que em 2001.
A Economia Nacional
O desempenho menos favorável da economia nacional foi ainda mais acentuado pelas boas performances das economias dos países com os quais Portugal partilha o grupo dos países menos desenvolvidos da Europa, nomeadamente a Grécia e a Irlanda, que registaram um crescimento considerável de 3,6%, e a Espanha com 1,8%.
Os principais agregados económicos responsáveis por esta performance menos positiva da economia nacional foram a procura interna, nomeadamente um forte recuo do consumo privado – cresceu apenas 0,3% (principalmente na aquisição de bens duradouros) – e o investimento que diminuiu 2,5%, em 2002, reflexo de uma diminuição ligeira da construção residencial e de uma contracção mais vincada do investimento em equipamento. Uma das razões que poderá ter contribuído para o comportamento moderado do consumo privado terá sido a necessidade, por parte das famílias, de reduzir o rácio da dívida em relação ao rendimento disponível. Por seu lado, o investimento manteve a performance negativa do ano transacto devido ao ajustamento das despesas de capital para níveis mais sustentáveis. Em relação ao comércio externo, dada a contracção da procura internacional e do consumo interno, verificou-se uma diminuição de 4,0% no volume total das importações e um aumento de 1,4% no volume das exportações. O aumento, apesar de ligeiro, do volume das exportações significou um ganho de quota de mercado internacional, uma vez que este crescimento superou o da procura internacional. Este comportamento permitiu também, pelo segundo ano consecutivo, uma diminuição do défice da balança corrente em 2 p.p. para 7,6% do PIB, ou 9.899 milhões de euros. Dois indicadores que também se ressentiram do abrandamento da actividade eco-
nómica foram o rácio entre a dívida pública e o PIB e o défice público. Em relação ao primeiro, Portugal apresentou um rácio de 58%, inferior ao limite estabelecido de 60% do valor do PIB, apesar de ter registado um crescimento de 2,4 p.p.. Em relação ao défice público (outro dos pilares do Pacto de Estabilidade), Portugal, após muita pressão da Comissão Europeia no sentido do governo português tomar medidas enérgicas para o seu controlo, registou um valor de 2,7%, contra os 3,5% previstos. A análise do comportamento dos preços, medido pelo IHPC (Índice Harmonizado de Preços ao Consumidor), revela-nos um crescimento de 3,7%, em 2002. Este valor representa uma diminuição de 0,6 p.p., relativamente a 2001, e uma diferença de 1,5 p.p. em relação ao mesmo valor para a Área Euro. Uma das razões que pode, em parte, explicar esta diferença terá sido o aumento de 2 p.p. da taxa de IVA, isto apesar dos produtores não terem feito repercutir completamente este aumento nos consumidores de modo a evitar uma contracção ainda maior da procura interna. A contenção salarial progressiva permitiu também que se realizasse uma desaceleração dos salários em 2002 aliviando, ainda mais, a possibilidade de pressões inflacionistas. O mercado do trabalho português continua a registar uma das mais interessantes taxas de desemprego da Área Euro. Com efeito, registou-se em 2002 uma taxa de desemprego de 5,1% comparativamente aos 8,5% registados na área Euro. A subida de 1 p.p. no desemprego em Portugal,
Relatório e Contas 2002
15
relativamente a 2001, pode ser explicada pelo abrandamento da actividade económica. Os mercados financeiros acompanharam a tendência dos principais indicadores económicos nacionais e a tendência demonstrada pelos mercados financeiros internacionais. Efectivamente, o índice de referência PSI-20 registou uma quebra de 2006 pontos, em 2002, fixando-se nos 5825 pontos, ou seja um decréscimo de 25%. Tomando finalmente em consideração alguns indicadores de actividade verifica-se que as vendas de cimento registaram uma retracção de 6,7%, em parte explicado pelo já referido abrandamento da construção de habitação, as vendas de automóveis ligeiros e comerciais ligeiros diminuíram 11,4% e 19%, respectivamente, e o volume total de dormidas, no sector do turismo, também decresceu 0,2%, após uma quebra de 0,7%, em 2001.
A Economia Regional De acordo com os indicadores económicos disponíveis, a economia regional continuou a registar, em 2002, sinais de grande vitalidade, apesar da conjuntura económica internacional e nacional pouco favorável. Este comportamento não estará dissociado da forte aposta no desenvolvimento do sector do turismo, de modo a torná-lo um dos principais motores do desenvolvimento económico sustentado da Região. Com efeito, desde 2001, que se assiste à concretização deste objectivo. A aposta no
16 EDA
sector do turismo, por parte dos empresários privados, tem sido muito forte, principalmente na construção de novas unidades hoteleiras. Este elevado volume de investimentos, em conjunto com o forte valor do multiplicador económico que este sector possui, implica em primeiro lugar um forte estímulo ao desenvolvimento das actividades complementares ao turismo e em último ao conjunto da actividade económica. Em concreto, ao aumento de 17,9% da oferta hoteleira, em 2002, correspondeu um aumento muito significativo de dormidas (+8,2%) e um aumento importante do número de turistas que visitaram os Açores (+5,4%). O sector agropecuário e respectiva indústria transformadora também demonstraram, no ano transacto, um comportamento positivo, como o demonstra o aumento de 30,0% no peso total do gado vivo exportado e o aumento de 4,5% na produção leiteira entregue na indústria. O sector das pescas, que em 2001 enfrentou uma das suas piores campanhas, registou, em 2002, um resultado muito mais favorável, quer em termos de capturas (+10,0%), quer em termos do valor do peixe descarregado nas lotas (+10,2%). Fortemente influenciado pelo investimento privado no turismo e na construção de habitação, o sector da construção civil e obras públicas continua a apresentar valores de crescimento positivo, isto apesar da diminuição clara do volume de obras públicas.
Deste modo, tendo como base de referência o comportamento da variável procura de cimento na região, verifica-se que este sector registou um crescimento de 5,5%. Acompanhando o ritmo de crescimento da procura de cimento, a produção e consumo de energia eléctrica também registaram elevadas taxas de crescimento. Em 2002, a produção de energia eléctrica alcançou pela primeira vez o patamar dos 600 GWh (+7,5%), enquanto que o consumo atingia os 525 GWh, equivalente a um crescimento de 8,4%. Estes valores reflectem um aumento de 9,8% no consumo per capita de energia e um aumento de 2% no total de clientes EDA. Relativamente à compra de veículos automóveis novos registou-se, pelo segundo ano consecutivo, uma forte quebra (-8,5%) nas vendas. Este comportamento é explicado em 89% pela diminuição da compra de veículos automóveis ligeiros. De facto, este comportamento pode indiciar uma gestão de expectativas menos favoráveis pelos consumidores privados, agravadas pelo constante aumento do Imposto Automóvel. As trocas comerciais com o exterior, em 2002, reflectiram inevitavelmente a realidade menos favorável da economia nacional e internacional. O volume de saídas diminuiu 17,9% enquanto que as entradas, em face do melhor momento da economia regional, diminuíram apenas 8,2%. De acordo com estes dados, o rácio de cobertura das importações pelas exportações passou de 28,7% para os 25,65%, enquanto que o saldo negativo comercial diminuiu 4,2%.
Ao nível dos preços, o ano de 2002 foi caracterizado pela manutenção da tendência de crescimento do IPC iniciada em 2001. Com efeito, a taxa de inflação média anual situou-se nos 3,9%, aumentando 0,3 p.p. relativamente a 2001. De salientar também que a taxa de inflação homóloga para o mês de Dezembro se situou nos 3,0%. Para concluir, referimos o comportamento da taxa de desemprego que se manteve estável,em 2002, em torno dos 2,5%, ou seja, 0,1 p.p. acima do valor registado em 2001. A evolução deste indicador, que não ultrapassa os 3% desde o terceiro trimestre de 2000, revela-se ainda mais expressiva quando ao nível nacional se atingem valores acima dos 5%.
2. COMERCIAL No ano de 2002, a procura de electricidade referida ao consumo ascendeu a 525,8 GWh, resultando num crescimento global de 8,4% relativamente ao ano anterior, verificando-se uma variação de 10,4% ao nível da Média Tensão e 7,2% ao nível da Baixa Tensão. Durante o corrente ano, a rede de distribuição abasteceu 104 324 instalações de clientes, correspondendo a um crescimento global de 2,0%, sendo de 4,5% na Média Tensão e de 2,0% na Baixa Tensão.
2001
2002
Var.% 2002/01
100 449
102 290
104 324
2,0
97 981 612
99 820 629
101 638 652
103 643 681
2,0 4,5
386,9
418,0
450,7
485,2
525,8
8,4
152,2 105,2 37,2 73,3 18,9
159,8 116,9 39,6 81,5 20,1
170,2 127,0 43,9 88,1 21,5
183,9 139,7 47,2 92,3 22,1
194,8 155,6 49,5 102,1 23,7
5,9 11,4 5,0 10,6 7,4
1998
1999
Nº de Instalações
96 623
98 593
Baixa Tensão Média Tensão
96 047 576
Vendas (GWh) Doméstico Comérc. e Serviços Serviços Públicos Industriais Ilumin. Pública
2000
Relatório e Contas 2002
17
3 000 2 500 kWh/hab
2 000 1 500 1 000 500 0 SMA
TER
SMG
GRA
SJG
PIC
FAI
FLO
COR
1999
2000
2001
Em termos de consumo anual “per capita”, registaram-se em algumas ilhas valores superiores aos 2000 kWh/habitante, nomeadamente nas ilhas de Santa Maria, São Miguel, Terceira e Faial, com 2 575, 2 251, 2 062 e 2.405 kWh, respectivamente. À ilha da Graciosa corresponde o valor mais baixo, com apenas 1 668 kWh/habitante.
2002
60
350
50
300 250
40 200 30 150 20
100
10
50
0
0 SMA
SMG
TER
GRA
nº de Instalações (mil)
SJG Ilha
PIC
FAI
FLO
Vendas (GWh)
SMA
Vendas
nº de Instalações
Vendas e nº de Instalações
Apesar do consumo ter registado ao longo dos últimos cinco anos taxas de crescimento elevadas, cerca de 8% ao ano, a procura de electricidade nos Açores caracteriza-se por um consumo médio anual relativamente baixo, 2175 kWh/habitante. Este indicador, quando comparado com o consumo médio Nacional e Europeu, representou, respectivamente, cerca de 50% e 33% da capitação média verificada naqueles países em 2001. A implementação de um sistema de gestão segmentada dos clientes tem vindo a revelar-se de extrema relevância para a obtenção de uma melhoria significativa dos padrões de
número de contratos de fornecimento de energia eléctrica. Relativamente ao ano anterior, a facturação cresceu cerca de 9,0%, em resultado do aumento ocorrido na procura de electricidade, que ascendeu a 8,4%. Evolução do preço médio de venda 1998/02 16,00 15,00
Facturação de energia eléctrica
Ilha 1998
qualidade de serviço, bem como para a uniformização das normas e procedimentos comerciais. O ano de 2002 marcou o início do processo de outsourcing na execução dos trabalhos de operações com clientes para o segmento de clientes Residenciais e Pequenas Empresas. Esta acção tem vindo a revelar-se de extrema importância para a redução significativa dos prazos médios de resposta às solicitações dos clientes, bem como na redução de custos com esta actividade.
A facturação de energia eléctrica atingiu, em 2002, o montante de 62 288 mil euros, correspondendo 42 083 mil euros a fornecimentos de energia em Baixa Tensão e 20 205 mil euros a fornecimentos em Média Tensão, sendo de realçar que estes últimos representam 32,4% do valor total, embora concentrados em apenas 0,65% do
Cent (€)
O mercado açoriano caracteriza-se pela sua reduzida dimensão e dispersão, mantendo-se a predominância do consumo doméstico, com 37,1% da estrutura de consumos, seguido do comércio/serviços e dos industriais, com 29,6% e 19,4%, respectivamente. É ainda de salientar que as ilhas de S. Miguel e Terceira foram responsáveis por 78,3% do fornecimento de energia eléctrica e 72,4% dos contratos com clientes, dos quais 61,9% com clientes domésticos e 8,2% com clientes do sector Comércio e Serviços.
Capitação do Consumo
14,00 13,00 12,00 11,00 10,00 9,00 1999
1998
2000 Anos
P.M.V. Total
2001
Média Tensão
2002 Baixa Tensão
1998
1999
2000
2001
2002
Var.% 2002/01
56 007
55 839
54 430
57 121
62 288
9,0
18 262 37 745
18 323 37 516
17 561 36 869
18 324 38 798
20 205 42 083
10,3 8,5
Energia Facturada (GWh) Média Tensão Baixa Tensão
386,9
418,0
450,7
485,2
525,8
8,4
137,6 249,2
153,0 265,0
166,3 284,4
177,4 307,8
195,8 330,0
10,4 7,2
Preço Médio Venda (c€/kWh) Média Tensão Baixa Tensão
14,48
13,36
12,08
11,77
11,85
0,6
13,27 15,14
11,97 14,16
10,56 12,96
10,33 12,60
10,32 12,75
-0,1 1,2
Facturação* (mil €) Média Tensão Baixa Tensão
* Não inclui energia em contadores a 31 de Dezembro
18 EDA
Relatório e Contas 2002
19
Importa agora referir a evolução histórica do processo de convergência dos preços da energia eléctrica para os praticados no Continente: – Este processo iniciou-se em Janeiro de 1998, com uma primeira redução de 4%. – Em Julho de 1998 e de acordo com o definido no Protocolo assinado a 27 daquele mês, entre os Governos da República e Regional, foi concretizada uma nova redução dos preços de 6%, à qual se seguiu, em Abril de 1999, uma terceira redução de 5%. – Em Março de 2000 ocorreu um novo abaixamento dos preços em cerca de 10%, o que significa que os mesmos desceram cerca de 25% em dois anos, ocorrendo as reduções mais significativas ao nível das actividades económicas, cujos preços apresentam um maior diferencial em relação aos praticados no continente. – Nos anos de 2001 e de 2002, o tarifário não sofreu qualquer modificação.
Preço médio de venda (€/kWh) Tipo Consumidor Doméstico* EURELECTRIC B2 Industrial EURELECTRIC B1 *Inclui IVA às taxas em vigor (5% na EDP e 4% na EDA)
20 EDA
Empresa EDA EDP EDA/EDP (%) EDA EDP EDA/EDP (%)
1999
2000
2001
2002
0,1489 0,1305 14,1 0,1014 0,0724 40,1
0,1398 0,1297 7,8 0,0911 0,0720 26,6
0,1398 0,1314 6,4 0,0911 0,0730 24,8
0,1399 0,1346 3,9 0,0911 0,0737 23,7
Indisponibilidades O nível de continuidade de serviço é avaliado pelo TIEPI (Tempo de Interrupção Equivalente da Potência Instalada), indicador global de qualidade de serviço evidenciado no gráfico seguinte. Apesar de se ter verificado uma tendência de melhoria nos últimos anos, em 2002 houve uma inversão deste indicador na generalidade das ilhas, com excepção da ilha do Faial, devido a um agravamento das indisponibilidades imprevistas e programadas, estas últimas relacionadas com as remodelações e manutenção de linhas de distribuição MT e as primeiras por acções climatéricas adversas.
Indisponibilidade nos Postos de Transformação Sta. Maria
S. Miguel
Terceira
Graciosa Ilha
O início de 2002 foi marcado pela publicação do Decreto-Lei nº. 69/2002, de 25 de Março, no qual ficou consagrada a extensão das competências da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos aos Açores e à Madeira, passando os sobrecustos decorrentes da insularidade a serem suportados no quadro do tarifário nacional, à semelhança do que sucede noutros países da União Europeia, com especificidades geográficas semelhantes. Em resultado deste processo, foram aplicados ao sector eléctrico da Região os Regulamentos Tarifário, das Relações Comerciais e do Acesso às Redes e às Interligações, publicados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, que foram objecto das necessárias adaptações, atendendo ao alargamento do seu universo de abrangência.
S. Jorge
Pico
Diversificação O core business da EDA - Electricidade dos Açores, S.A. é a produção, distribuição e comercialização de energia eléctrica. De acordo com a reestruturação interna levada a cabo, foi decidido aplicar o princípio da especialização da actividade para a empresa e suas associadas, com o objectivo não só de potenciar os activos do grupo EDA, como também de explorar as oportunidades que o desenvolvimento económico permite. Deste modo, a responsabilidade da produção de energia térmica manteve-se na EDA, S.A. tal como as actividades de distribuição e comercialização de toda a energia eléctrica produzida nos Açores. As empresas SOGEO e GEOTERCEIRA, S.A., detêm a responsabilidade da produção da energia geotérmica (Sogeo, S.A., na ilha de São Miguel, e Geoterceira, S.A., na ilha Terceira) e a EEG – Empresa
Faial
Flores
0
24
48
96
72
120
144
(horas) TIEPI 1998
1999
de Electricidade e Gaz a produção de energia hídrica e eólica.
Telecomunicações A GLOBALEDA - Telecomunicações e Sistemas de Informação, S.A. é uma empresa do grupo EDA, constituída em Setembro de 1997, que tem como objectivo aproveitar os recursos existentes e o “know-how” da EDA, S.A. nas áreas de telecomunicações e sistemas de informação.
2000
2001
2002
No ano de 2002, a actividade desta empresa centrou-se no negócio da manutenção e operações de redes de telecomunicações (móveis e fixas), na prestação de serviços de informática e sistemas de informação e na venda de produtos e serviços de consumo, tais como a comercialização de telefones móveis celulares e acessórios. O ano transacto ficou marcado pela consolidação da relação existente entre a Globaleda e as empresas operadoras de
Relatório e Contas 2002
21
telecomunicações móveis Vodadone e Optimus. Relativamente ao terceiro operador móvel, a Globaleda manteve o acordo de manutenção do Comutador/Controlador de Estações de Base GSM, em regime exclusivo, tal como a operação de toda a infraestrutura de estações de base em serviço. A relação com a Vodafone, por seu lado, além da vertente de manutenção, operação e extensão da rede, contemplou ainda uma política comercial Vodafone/Globaleda agressiva e visível através da criação das lojas 100% Vodafone, na maioria das ilhas, com o objectivo de cimentar a posição dos produtos e serviços Vodafone, no mercado regional de telecomunicações móveis. A empresa Oniaçores, S.A. é uma empresa especializada no desenvolvimento de negócios na área das telecomunicações, participada pela Oni Telecom, S.A. e pela EDA,
S.A.. Esta parceria tem como objectivo conjugar os recursos e “know-how” da EDA com a introdução dos serviços prestados pelo operador nacional Oni, no mercado regional. A Oniaçores, S.A. mantém assim o propósito de desenvolver o mercado regional das telecomunicações fixas, em parceria com o operador Oni, e oferecer soluções completas de hardware e Sistemas de Informação “chave na mão”.
Gestão e manutenção de instalações industriais
3. SISTEMAS ELECTROPRODUTORES No final de 2002 o Sistema Electroprodutor da Empresa era constituído por onze Centrais Termoelétricas com uma potência total instalada de 142,7 MW. Explorados pela EEG, empresa participada pela EDA, existiam cinco Parques Eólicos nas ilhas de Santa Maria, Graciosa, São Jorge, Faial e Flores, com uma potência total instalada de 5,55 MW, doze Centrais Hídricas, com uma potência total de 8,2 MW, e ainda duas Centrais Geotérmicas, estas pertença da SOGEO, com uma potência instalada de 15,9 MW.
Evolução da Produção (GWh) As ilhas de São Miguel e Terceira contribuíram com 55,0% e 23,1%, respectivamente, para o total da produção. Realça-se o facto das centrais do Caldeirão, em São Miguel, e do Belo Jardim, na Terceira, terem uma produção correspondente a 56,7% do total da energia produzida e adquirida pela Empresa, o que é elucidativo da dificuldade na obtenção dos benefícios das economias de escala, face à descontinuidade geográfica da Região em que a EDA opera.
700 600 500 400 300 200 100 0 1999
1998 Fuel
Gasóleo
2001
2000 Hídrica
Geotérmica
2002 Eólica e Outras
Produção de Electricidade por Ilha (GWh) Na vertente da diversificação da actividade, iniciada em 1997, a Segma, Lda. continua a desenvolver a sua actividade na área da prestação de serviços especializados em segmentos de negócios não concorrenciais ao sector privado.
A produção anual de electricidade atingiu os 600,9 GWh, correspondendo a um aumento de 7,5% relativamente ao ano anterior. Dessa produção, o parque Termoeléctrico contribuiu com 78,7%, com preponderância da produção a Fuel, com 69,6%. No âmbito das energias renováveis, destaca-se a aquisição de energia Geotérmica, que correspondeu com 15,9% do total da produção de energia e 29,0% do total da ilha de São Miguel.
1998 Santa Maria São Miguel Terceira Graciosa São Jorge Pico Faial Flores Corvo Total
12,7 243,5 109,3 7,0 16,2 25,2 32,1 6,9 0,7 453,5
1999
2000
2001
14,4 261,0 117,7 7,7 16,7 26,5 35,6 7,5 0,7 487,8
14,8 281,0 123,2 8,0 18,0 28,3 37,9 8,0 0,8 520,1
15,0 304,6 131,1 8,6 19,6 30,9 40,4 8,3 0,8 559,2
Var.% 2002/01
2002 15,5 330,6 138,5 9,0 20,9 33,4 43,3 8,7 0,9 600,9
3,2 8,5 5,7 4,8 7,0 8,2 7,3 5,9 11,3 7,5
Estrutura da Produção (GWh)
Produção (GWh) Térmica Fuel Gasóleo Hídrica Geotérmica Eólica e Outras
22 EDA
1998
1999
2000
2001
453,5 379,1 334,6 44,5 20,0 52,1 2,3
487,8 382,5 336,5 46,0 22,7 80,0 2,7
520,1 419,2 366,4 52,8 19,0 79,6 2,2
559,2 421,7 372,1 49,7 29,7 105,3 2,4
2002 600,9 472,9 418,6 54,3 27,9 95,7 4,4
Var.% 2002/01 7,5 12,1 12,5 9,4 -6,2 -9,1 79,3
As pontas máximas em cada uma das ilhas, nos últimos cinco anos, ocorreram sempre no 2º semestre de cada ano, com excepção da ilha do Corvo em que nos anos de 1998 e 2001 se verificaram no 1º semestre. No que respeita à evolução da ponta relativamente a 2001, a maior foi registada na ilha do Pico, com 8,8%, logo seguida pela das ilhas de S. Jorge e Faial, com, respectivamente, 7,7% e 7,6%, tendo a ilha do Corvo apresentado uma evolução negativa de 5,3%.
Ponta máxima anual (kW) 2001 2002 Santa Maria São Miguel Terceira Graciosa São Jorge Pico Faial Flores Corvo
2 54 24 1 3 5 6 1
670 450 200 660 596 430 950 558 190
2 56 25 1 3 5 7 1
740 870 570 760 874 910 480 632 180
Data de ocorrência em 2002 14 19 19 19 12 12 29 19 20
de Agosto de Dezembro de Dezembro de Dezembro de Dezembro de Dezembro de Julho de Dezembro de Novembro
Relatório e Contas 2002
23
EVOLUÇÃO DA PONTA POR ILHA (1998-2002) São Miguel
Faial
2002
2002
2001
2001
2001
2000
Ano
2002
Ano
Ano
Santa Maria
2000
1999
1999
1999
1998
1998
1998
2 200
2 300
2 400
2 600
2 500
2 700
10 000
2 800
20 000
Terceira
40 000
50 000 60 000
1 000 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000 7 000 8 000 kW
Flores
Graciosa
2002
2002
2001
2001
2001
2000
Ano
2002
Ano
Ano
30 000 kW
kW
2000
2000
1999
1999
1999
1998
1998
1998
5 000
10 000
15 000
20 000
25 000 30 000
Pico
2001
2001
2001 Ano
2002
Ano
2002
2000
2000
1999
1999
1999
1998
1998
1998
2 000
3 000
4 000
5 000
1 000
2 000
3 000 4 000 5 000 kW
24 EDA
2 000
Corvo
2002
2000
1 500
kW
kW
Sao Jorge
1 000
1 000
500
1 350 1 400 1 450 1 500 1 550 1 600 1 650 1 700 1 750 1 800
kW
Ano
2000
6 000
7 000
50
100
150 kW
200
250
Relativamente às taxas de indisponibilidade dos sistemas electroprodutores de cada uma das ilhas, verificou-se que se mantiveram idênticas às de 2001 em cinco sistemas e com valores relativamente baixos, melhorando substancialmente em três ( Santa Maria, Pico e Flores) e piorando no Corvo, motivado pelas altas taxas de indisponibilidade dos Grupos I e IV, instalados na respectiva central, que é composta por quatro Grupos térmicos.
Relatório e Contas 2002
25
4. INVESTIMENTO
Investimento (103 euros) Custos Técnicos
Actividade Centros Produtores* Rede Transporte e Grande Distribuição Rede Pequena Distribuição Outros Total
10 3 5 7 27
893 811 295 274 273
Encargos Financeiros
Total
932 257 297 103 1 589
11 4 5 7 28
825 068 592 377 862
* Não estão incluidos investimentos efectuados ao nível do Aproveitamento de Recursos Endógenos que foram transferidos para a EEG.
Investimento Total (preços correntes) 35 000
103 euros
30 000 25 000 20 000
O investimento a custos totais atingiu, em 2002, cerca de 29 milhões de euros. Deste valor, cerca de 41,0% foram utilizados no reforço do sistema electroprodutor tendo em vista satisfazer as elevadas taxas de crescimento da procura verificadas em algumas ilhas e substituição de equipamento obsoleto, e cerca de 33,4% corresponderam ao investimento na rede de transporte e distribuição numa óptica de garantia da continuidade e qualidade do fornecimento de energia eléctrica. Os restantes 25,6% resultaram do investimento em outras áreas, nomeadamente com os sistemas de informação, edifícios administrativos e aquisição de vários equipamentos integrados directamente em imobilizado.
15 000 10 000 5 000 0 1998
1999
2000
Custos Técnicos
2001
2002
Os gráficos (ao lado) indicam a evolução, nos últimos exercícios, dos montantes investidos na actividade de produção e transporte de energia eléctrica, a preços correntes.
Investimento a Custos Técnicos (preços correntes)
Relativamente aos projectos de investimento realizados em 2002, destacam-se como mais significativos os seguintes:
35 000 30 000
Produção
103 euros
25 000 20 000
Entrada em exploração de dois grupos diesel a fuel de 16,5 MW de potência unitária, na Central Termoeléctrica do Caldeirão, em S. Miguel; ■ Adjudicação de um novo grupo diesel a fuel de 6 MW de potência unitária para a Central do Belo Jardim, na Terceira; ■
15 000 10 000 5 000 0 1998
26 EDA
1999
2000
Transp. Grande Distr.
2001 Pequena Distribuição
2002 Outros
Construção do troço subterrâneo a 30 kV, a concluir em 2003, que ligará a Subestação de Angra do Heroísmo à da Vinha Brava, na Terceira; ■ Conclusão da 1ª fase da remodelação da linha MT a 15 kV dos Nortes, em S. Jorge; ■ Fecho do anel subterrâneo a 15 kV de S. Roque do Pico; ■ Continuação da ampliação da Subestação da Vila da Madalena para uma potência de transformação de 1x5 MVA e tensões de 30/15 kV, no Pico; ■ Conclusão da remodelação da linha MT a 15 kV Lajes – Mosteiros, nas Flores, o que facultará que uma parte da rede MT funcione em anel, garantindo desta forma uma melhor qualidade de serviço aos clientes por ela abrangidos. ■
Pequena Distribuição Transporte e Grande Distribuição Início da 2ª fase da remodelação da linha MT a 10 kV de S. Pedro, em Santa Maria; ■ Conclusão da construção da Subestação 30 kV/10 kV com uma potência de transformação de 12,5 MVA de S. Roque, em S. Miguel; ■ Remodelação da linha MT 10/30kV desde a Subestação de Vila Franca até à Ribeira Chã, em S. Miguel, cuja conclusão ocorrerá em 2003; ■ Construção da Subestação 30/15kV de Angra do Heroísmo com uma potência de transformação de 10 MVA, a concluir em 2003, na Terceira; ■
Encargos Financeiros
Principais Empreendimentos
Produção
Início da construção da Nova Central Termoeléctrica da Graciosa, onde serão instalados dois grupos diesel a gasóleo de 0,8 MW de potência unitária e transferidos três grupos térmicos da actual central; ■ Entrada em exploração de um novo grupo diesel a gasóleo de 1 MW de potência unitária, na Central do Caminho Novo, em S. Jorge; ■ Início da ampliação das centrais termoeléctricas do Pico e Santa Bárbara, esta no Faial, para a instalação, respectivamente, de dois grupos diesel a fuel de 2,6 MW e 3,7 MW de potência unitária; ■ Remodelação da Central Além Fazenda, nas Flores, ao nível do respectivo equipamento eléctrico; ■ Estudo e projecto para a construção da Nova Central Termoeléctrica do Corvo. ■
Durante o ano de 2001 foram concluídas diversas remodelações de redes de Baixa Tensão e respectivos postos de transformação em diversas Ilhas, com excepção da Ilha do Corvo, onde existe em exploração apenas uma rede de Baixa Tensão de construção recente. A este nível, destaca-se, pelo seu volume de investimento, a continuação dos trabalhos de remodelação da rede de Baixa Tensão da cidade de Ponta Delgada e a electrificação por rede de Baixa Tensão de serviço público dos lugares do Cachorro e Formozinha, ambos no Pico, que embora com pouca população residente são muito procurados para a prática de veraneio.
Relatório e Contas 2002
27
Entre os factos significativos verificados durante o ano 2002, realça-se a entrada em vigor do novo Acordo de Empresa, que resultou num regulamento mais flexível e simplificado, ajustado às novas necessidades da empresa e aos novos valores e expectativas dos trabalhadores.
%
775 35 14 824
733 44 16 793
-5,4 25,7 14,3 -3,8
O decréscimo verificado foi, principalmente, ocasionado pela passagem à situação de reforma por invalidez de 13 trabalhadores e pela rescisão do contrato de trabalho por mútuo acordo de 10 trabalhadores.
Trabalhadores por Ilha e por nº Clientes nº Trab. Santa Maria São Miguel Terceira Graciosa São Jorge Pico Faial Flores Corvo Açores
31 356 143 27 40 55 53 22 6 733
nº Clientes/Trab 109 145 168 107 130 144 132 100 37 142
O quadro ao lado reproduz o número de trabalhadores por ilha e um índice, comummente apresentado, que traduz a relação entre o número de clientes MT/BT por trabalhador.
(*) Não inclui trabalhadores requisitados e cedidos
Relativamente à estrutura etária dos trabalhadores, o nível médio era de 41,7 anos (41,0 no ano anterior), existindo uma maior concentração do grupo de 35 a 39 anos no caso dos homens e, no caso das mulheres a maior concentração situou-se no grupo de 40 a 44 anos. O nível de antiguidade médio situava-se em 17,9 anos, tendo 65,5% do total dos trabalhadores mais de 15 anos de antiguidade. A política de redução de efectivos prosseguida desde há alguns anos tem permitido uma ligeira melhoria no nível de qualificação escolar do Quadro de Pessoal. Mesmo assim, cerca de 71% possui, quanto muito, o ensino básico (9º ano de escolaridade).
Número de Efectivos por Cargo / Categoria Profissional Cargo / Categoria Profissional Conselho Administração Directores/Chefias Superiores Quadros Superiores Quadros Médios Profissionais Altamente Qualificados Profissionais Qualificados Profissionais Semi-Qualificados Profissionais Não Qualificados Total
2000
2001
2002
Var.% 2002/01
241 261 87 215 804
278 288 99 110 775
263 282 80 108 733
-5,40% -2,08% -19,19% -1,82% -3,61%
nº
%
3 13 67 31 119 344 141 15 733
0,4% 1,8% 9,1% 4,2% 16,2% 46,9% 19,2% 2,0% 100%
200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 18 - 24
25 - 29
30 - 34
35 - 39
40 - 44
45 - 49
50 - 54
55 - 59
Idade Homens
superior a 59
Mulheres Fonte: Balanço Social
Níveis de Qualificação Escolar Homens
Inferior ao 1º ciclo
Por área de actividade, os trabalhadores estavam distribuídos da seguinte maneira:
Trabalhadores por Área de Actividade
Produção Transporte e Distribuição Comercial Áreas de Apoio / Suporte Total (*)
Reflectindo a modernização técnica e administrativa que se tem vindo a operar, as categorias mais qualificadas – Dirigentes, Quadros, Chefias, Profissionais Altamente Qualificados e Prof. Qualificados – representavam já 78,7% do número total do efectivo.
Mulheres
1º ciclo ensino básico Habilitação literária
EDA Req./Cedidos Grupo EDA Requisitados Ent. Oficiais Total
2002
Evolução dos efectivos O número total de trabalhadores com vínculo à empresa, no final de 2002, era de 793, representando assim uma redução de 3,8% relativamente ao ano anterior. Destes, 5 são trabalhadores com contrato a termo certo.
Trabalhadores com vínculo EDA 2001
De destacar, neste novo AE/EDA, o reforço da polivalência de funções com o incremento de formação, a extinção de funções indiferenciadas e a inclusão de novos anexos, nomeadamente os Regulamentos de Regimes Especiais de Trabalho e de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.
nº Trabalhadores
5. RECURSOS HUMANOS
2º ciclo ensino básico 3º ciclo ensino básico Ensino secundário Ensino superior índole profissional Ensino politécnico Ensino superior universitário 0
50
100 150 nº de Trabalhadores
200
250
Fonte: Balanço Social
28 EDA
Relatório e Contas 2002
29
Formação Profissional
Investimento em Formação / Actividade 250 000
Tendo como referência o Plano de Formação então aprovado, pode-se considerar que os objectivos delineados foram atingidos, nomeadamente: ■ Actualização de competências técnicas dos operacionais (redes, produção), integrando a componente segurança; ■ Desenvolvimento da capacidade de utilização de ferramentas informáticas; ■ Desenvolvimento das competências de liderança e planeamento de chefias e quadros superiores; ■ Desenvolvimento de competências de relacionamento com clientes e fornecedores (internos e externos); ■ Aprofundamento da formação e-learning; ■ Incremento da utilização da tecnologia TET/BT.
212 342
euros
200 000 150 000 123 657 100 000 47 385
50 000
16 785 0
Distribuição Produção
Gestão
16 346
15 428
13 187
Qualidade Administrativa Informática Segurança Actividade
Participações em formação / Áreas Segurança; 10 4% Distribuição; 73 26%
Informática; 26 10% Administrativa; 22 8% Qualidade; 43 16%
O investimento em formação no ano 2002 ascendeu a 445 129 euros, repartido pelas seguintes áreas. (ver gráfico em cima).
Produção; 56 21%
Gestão; 42 15%
Durante o ano 2002 foram realizadas 32 acções de formação que tiveram a participação de 272 trabalhadores. Por área de actividade, os participantes foram distribuídos da seguinte forma (gráfico do meio).
Horas de Formação / Área Segurança
446
Informática
443 495
Qualidade
459
Área
Administrativa
Gestão Produção
Relativamente às horas de formação, foram repartidas como o gráfico ao lado demonstra e totalizaram 10.991 horas:
O quadro das taxas de formação reflecte de forma objectiva a preocupação cada vez maior da Empresa na valorização e qualificação profissional dos seus colaboradores.
Taxas de Formação Participação (a) Acção Formativa (b) Ocupação (c) Cobertura (d)
Prevenção e Segurança
36,07 5,77 0,93 31,42
(a) nº Participantes / Efectivo Médio Anual x 100 (b) nº Dias Ocupados em Formação / / nº Participantes (c) nº Dias Formação / Efectivo Médio / / nº Dias Trabalho Ano x 100 (b) nº Trabalhadores Formados / / Efectivo Médio anual x100
O ano 2002 foi de consolidação do projecto de sensibilização e informação lançado no ano anterior. Numa breve análise à sinistralidade ocorrida em 2002, constata-se que: ■ Não se registou qualquer acidente mortal; ■ Não houve, igualmente, acidentes in itinere; ■ Ocorreram 26 acidentes, 5 dos quais sem baixa. No ano anterior ocorreram 21 acidentes de trabalho (destes há a registar 4 sem baixa). As taxas de sinistralidade revelam uma tendência de diminuição da acidentologia, como se pode constatar, pese embora um ligeiro agravamento durante este ano, comparativamente com o ano 2001: Índices de sinistralidade
IF – I. Frequência IG – I. Gravidade II – I. Incidência
2000
2001
2002
26,41 1,06 39,26
15,16 0,44 22,55
19,09 0,45 27,85
IF = (N * 106) / T • IG = (Dp * 103) / T • II = (N * 103) / NT N = nºacidentes com baixa, incluindo mortais Dp = nº dias perdidos por acidente de trabalho NT = nº médio de trabalhadores T = nº total de horas de trabalho efectuadas
945 2 654 5 550
Distribuição Horas
30 EDA
Relatório e Contas 2002
31
6. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES O ano de 2002 caracterizou-se pela consolidação do Sistema Administrativo-Financeiro, SAP R/3, e o desenvolvimento de processos complementares, como sejam a Gestão de Contas Correntes e as Projecções Financeiras/Serviço da dívida. Iniciaram-se também os trabalhos de implementação do Orçamento de Tesouraria e de revisão de formulários no âmbito das candidaturas ao Fundo Social Europeu. Também neste período foram iniciados os trabalhos de evolução da plataforma tecnológica, nomeadamente a substituição do Windows NT pelo Windows 2000, ao nível dos servidores, e Windows XP, nos postos de trabalho. Para tal, foram efectuados trabalhos conjuntos com a Microsoft Portugal para a concepção da arquitectura tecnológica a implementar. No final do ano foi concluído o processo negocial com a Globaleda, sendo celebrado um contrato de prestação de serviços no âmbito dos Sistemas de Informação, com a duração de 5 anos. Verificou-se também a envolvência noutros projectos, de que se destacam: ■ definição da arquitectura do Sistema de Informação Geográfica; ■ aquisição de UPS para alimentação e protecção de todos os servidores instalados nas diferentes instalações da EDA; ■ e remodelação e instalação de cablagem na Central Térmica do Aeroporto, Loja Comercial das Velas e Armazém do Pico.
32 EDA
7. COMUNICAÇÃO 2002 foi um ano de avultados investimentos ao nível da produção designadamente os respeitantes às ampliações das Centrais Termoeléctricas do Caldeirão – São Miguel, de São Roque - Pico, de Santa Bárbara - Faial, e às ampliações dos parques eólicos de Santa Maria, Graciosa e São Jorge, e à instalação de novos parques eólicos no Faial e nas Flores. Ao nível da comunicação externa, foi dada especial atenção à divulgação junto dos órgãos de comunicação social da informação atinente às citadas realizações e políticas da empresa permitindo, deste modo, evidenciá-las e esclarecê-las junto da opinião pública. Com o mesmo objectivo, foram organizadas conferências de imprensa, como foi o caso da realizada na ilha Terceira, relativa ao projecto geotérmico da Geoterceira, e da realizada na ilha de São Miguel, para apresentação dos resultados de exploração e dos projectos futuros da SOGEO, e também a organização da cerimónia pública que assinalou a adjudicação da empreitada para a construção da Nova Central Termoeléctrica da Graciosa. Também em 2002, no âmbito das relações da empresa com a sociedade açoriana, prosseguiu-se, à semelhança dos anos anteriores, uma política de “mecenato” que visou, sobretudo, apoiar as realizações culturais nos Açores e os artistas regionais. Neste âmbito, a empresa associou-se à realização do Festival Musicatlântico, apoiou a
edição do livro “O Homem e Mar – Embarcações dos Açores", de João António Gomes Vieira e a edição do Livro “Da Humanidade”, da autoria do pintor Urbano, tendo-se constituído esta obra como a oferta de Natal 2002 aos maiores clientes da empresa . Com o objectivo de marcar a ampliação da Central Termoeléctrica do Caldeirão, a EDA encomendou o painel cerâmico, da autoria do pintor Carlos Carreiro. Foram igualmente apoiadas outras iniciativas de especial significado ao nível regional, como é o caso das Festas do Senhor Santo Cristo, das Festas das São Joaninas e a Feira de Ciência e Tecnologia. No plano da comunicação interna, assinala-se a organização da cerimónia de entrega do “Prémio de Reconhecimento”, o 2.º Encontro de Quadros da EDA sob o lema “Olhar o futuro do Grupo EDA: a riqueza e força da nossa pluralidade”, bem como a condução do projecto "As Melhores Empresas Para Trabalhar". Destaca-se igualmente a edição mensal do Jornal Interno – EDA-INFORMA, o qual constitui-se como um importante veículo de divulgação, por todos os colaboradores e reformados, dos principais acontecimentos ao nível da EDA e suas associadas.
8. QUALIDADE Em 2002, foi consolidado o processo de melhoria do Sistema da Qualidade da Prestação de Serviços de Manutenção Mecânica de Equipamentos de Produção Energia (SGQM), certificado segundo a Norma ISO NP EN 9002. Este processo, que foi construído com o objectivo de potenciar a
reorganização interna dos serviços de manutenção da Direcção de Produção, a sistematização de processos, a satisfação dos clientes internos (centrais da EDA) e o incremento da prestação de serviços a clientes externos, tem-se revelado como uma preciosa ferramenta de gestão. As metodologias de melhoria contínua implementadas permitiram optimizar o aproveitamento dos recursos humanos e materiais na área da manutenção mecânica. Em 2002 foi também iniciado o processo de adaptação do SGQM à Norma NP EN ISO 9001-2000. Através do Gabinete de Gestão da Qualidade e Ambiente, foi apoiada a consolidação do Sistema de Gestão da Qualidade da Manutenção de Infraestruturas de Telecomunicações Móveis (QUALIMIT) da Globaleda, certificado segundo a Norma NP EN ISO 9002, bem como a sua adaptação à Norma NP EN ISO 9001-2000. O QUALIMIT revelou-se um potente instrumento de sistematização das boas práticas, evidenciando junto dos actuais e potenciais clientes a Qualidade da sua prestação de serviços, garantindo naturalmente um posicionamento estratégico, importante num mercado em constante e acelerada evolução tecnológica. Foram ainda desenvolvidos: ■ o processo de acreditação do Laboratório de Contadores da EDA, como Organismo de Verificação Metrológica (OVM);
■
o Sistema de Gestão por Processos (SGP), que inclui o mapeamento, documentação e implementação dos processos relevantes da EDA.
9. AMBIENTE Durante 2002, foi dada continuidade ao Projecto de Rastreio e Identificação de PCB (Poli Cloro Bifenil) nos transformadores da EDA, assim como ao projecto de recolha de “tonner” e tinteiros das fotocopiadoras e impressoras da EDA, sendo posteriormente encaminhados para uma instituição de solidariedade social, a qual se responsabiliza pela respectiva reciclagem. Com o objectivo de equacionar a futura certificação ambiental das centrais da EDA, foi iniciado o processo de consultas a empresas da especialidade, para a realização de diagnósticos ambientais, os quais constituirão instrumentos de planeamento ao nível material e humano.
10. EVOLUÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA Custos e Proveitos Operacionais Em 2002 verificou-se um crescimento da energia vendida, em GWh, de 8,4%, relativamente ao ano anterior. A margem bruta apresenta um decréscimo quando comparada com o valor do exercício anterior, situando-se nos 57%, como consequência, sobretudo, do aumento em cerca de 44%
Relatório e Contas 2002
33
Indicadores Operacionais
Crescimento da Energia Vendida (%) Margem Bruta (%) Margem Operacional (%) Dias de Stock Prazo Médio de Recebimento (dias) (1) Prazo Médio de Pagamento (dias) Nº Trabalhadores (2) Produção (GWh/Trabalhadores) VAB/Trabalhador (m.€)
1998
1999
2000
2001
2002
9 79 26 158 48 116 880 0,515 56,36
8 77 20 145 36 135 862 0,566 53,39
8 72 6 103 35 144 833 0,624 52,80
8 64 11 85 44 134 810 0,690 55,55
8 57 8 85 36 192 777 0,773 59,85
(1) Não considerando as Vendas de Iluminação Pública. O valor do prazo médio de recebimentos referente a 2001 encontra-se influenciado pela facturação ocorrida nos últimos dias de Dezembro no GESCOM, cuja cobrança ocorreu no Sistema SAP-ISU. (2) Não inclui os trabalhadores requisitados por organismos oficiais.
verificado no custo da aquisição de energia, assim como do aumento, em cerca de 13%, do custo dos combustíveis. A margem operacional, devido ao acréscimo do custos operacionais em 8,5% e ao crescimento dos proveitos operacionais em 6,2%, passou de 11% em 2001, para 8% em 2002. O prazo médio de pagamentos passou de 134 dias em 2001, para 192 dias em 2002, o prazo médio de recebimentos apresenta um valor bastante mais baixo, situando-se nos 36 dias. O indicador de dias de materiais em stock corresponde a 85 dias, semelhante ao ocorrido no ano anterior. De referir que, nos últimos cinco anos, assistiu-se a uma constante redução deste indicador, em resultado do esforço de racionalização das compras. Os indicadores de produtividade mantêm a evolução favorável que tem ocorrido nos últimos anos. A relação entre a produção, medida em GWh, e o número de trabalhadores cresceu cerca de 12%, como resul-
34 EDA
tado do aumento da produção e do decréscimo em 4,1% do efectivo (Não inclui trabalhadores requisitados/cedidos ao Grupo EDA.). O indicador VAB/trabalhador cresceu cerca de 7,7% relativamente a 2001, explicado pelo acréscimo do Valor Acrescentado Bruto em 3,4% e à referida redução dos efectivos. Os custos cresceram 5,7%, motivados, por um lado, pelo aumento verificado ao nível dos Custos das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas em 20,8%, dos Custos com o Pessoal em 6%, das Amortizações em 7%, e, por outro, pela redução dos Fornecimentos e Serviços Externos em 15,6% e dos Juros e Custos Similares em 18,5%. O acréscimo dos Custos das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas, deve-se essencialmente aos aumentos de 44% na aquisição de energia, de 12% no custo dos combustíveis e lubrificantes e de 95% nos Materiais Diversos.
Os Custos com Pessoal atingiram cerca de 26,5 milhões de euros, apresentando um acréscimo de 6% relativamente ao ano anterior, salientando-se que ao nível da rúbrica de remunerações ocorreu uma redução de 0,64%. O acréscimo dos custos com pessoal resulta da variação ocorrida no âmbito das pensões de reforma, que traduzem um conjunto de reajustamentos realizados no âmbito da política dos recursos humanos, levada a efeito neste exercício e que se espera venham a proporcionar a longo prazo uma racionalização dos custos com pessoal. As Amortizações do Exercício cresceram 7,2%, como reflexo do aumento do imobilizado líquido em exploração. Salienta-se que os novos grupos da Central Térmica do Caldeirão (V e VI), na ilha de São Miguel, entraram em regime de exploração em 2002. Os Fornecimentos e Serviços Externos apresentam um decréscimo de 15,6%, em consequência da política de contenção de custos implementada na empresa.
Os Juros e custos similares decresceram cerca de 18,5%, relativamente ao ano anterior, em consequência da descida da taxa média de juro, que se situou nos 4,08%, enquanto que em 2001 a mesma ascendeu a 5,03%.
euros, o que representa uma diminuição de 12,6%, em relação ao ano anterior.
No âmbito dos Proveitos salienta-se o aumento das Vendas e Prestações de Serviços em 8,1%, dos Subsídios à Exploração em 9,8%, enquanto que os Trabalhos para a Própria Empresa sofreram uma redução de 12,5%. De realçar também o contributo da rúbrica Ganhos em empresas do grupo e associadas.
O Valor Acrescentado Bruto atingiu os 46,5 milhões de euros, aumentando 3,4% relativamente a 2001, correspondendo o Produto Gerado a 86,4 milhões de euros e os Custos de Produção a 39,9 milhões de euros. Em 2002 foi gerado um Cash-Flow de 17,5 milhões de euros, o que se traduz num acréscimo de 31,9% relativamente ao ano anterior,
Valor Acrescentado e Cash-Flow
As Vendas atingiram os 62,3 milhões de euros, correspondendo a um aumento de 9% relativamente ao ano anterior, não considerando o efeito da energia em contadores. A facturação resultante da prestação de diversos serviços a outras Empresas do Grupo e particulares aumentou cerca de 38,8%.
Activo
Situação Patrimonial
Passivo + Cap. Próprios
O Balanço da Empresa, no final de 2002, regista um crescimento do Activo em cerca de 27,4 milhões de euros e do Passivo em 20,4 milhões de euros, correspondentes a uma taxa de crescimento de 7,7% e 6,6%, respectivamente. A estrutura dos Balanços de 2000-2002, apresenta a seguinte configuração:
86,1%
86,2%
6,8% 7,1%
7,2% 6,6%
59,1%
O decréscimo verificado nos Trabalhos para a Própria Empresa está indexado à variação ocorrida ao nível do investimento, que foi inferior ao realizado no ano anterior. Os Trabalhos para a Própria Empresa, resultantes de investimento directo, atingiram 6,5 milhões de
explicado fundamentalmente pelo significativo acréscimo ocorrido ao nível do Resultado Liquído do Exercício.
80,0%
11,3% 8,7%
61,0%
59,5%
28,2%
26,9%
27,4%
12,7%
12,1%
2000
2001
Capitais Próprios Capitais Alheios Acréscimos e Diferimentos Activos
13,1%
2002 Acréscimos e Diferimentos Passivos Activo Circulante Activo Permanente
Estrutura do Balanço (103 euros) 2000 Activo Permanente Acrés. e Difer. Activos Activo Circulante Capitais Alheios Acrés. e Difer. Passivos Capitais Próprios
289 22 23 198 94 42
209 795 996 431 739 829
2001 305 25 23 215 95 43
219 335 469 816 201 006
2002 305 43 33 226 104 49
113 277 053 850 610 983
2000 (%) 86,1 6,8 7,1 59,1 28,2 12,7
2001 (%) 86,2 7,2 6,6 61,0 26,9 12,1
2002 (%) 80,0 11,3 8,7 59,5 27,4 13,1
2002/01 Var.% 0,0 70,8 40,8 5,1 9,9 16,2
Relatório e Contas 2002
35
O Activo Permanente manteve sensivelmente o mesmo valor do ano anterior, enquanto o Activo Circulante apresenta uma variação de 40,8%, devido ao aumento das Dívidas de terceiros de curto prazo.
Subsídios à Exploração por receber, bem como das vendas estimadas no final do ano, cresceram 70,8%. Os Acréscimos e Diferimentos passivos aumentaram 9,9%, em relação ao ano anterior, e resultam da contabilização dos Subsídios recebidos para financiar o investimento, assim como das responsabilidades da EDA com pensões de reforma.
Os Capitais Alheios apresentam um crescimento de 5,1% face ao ano anterior, como consequência do crescimento do passivo bancário, em virtude do não recebimento dos subsídios de compensação resultantes da convergência do tarifário.
Os capitais próprios tiveram um crescimento de 16,2%, relativamente a 2001, em virtude dos aumentos dos Resultados Transitados e do Resultado Líquido do Exercício, quando comparados com os valores do exercício anterior.
Os Acréscimos e diferimentos activos, que resultam essencialmente da contabilização dos Resultados 2002 Valor (10 €) 3
Vendas Cash-Flow operacional (EBITDA) Resultado operacional (EBIT) Resultado financeiro Resultado extraordinário Resultado líquido
61 19 5 -4 2 3
453 597 064 128 397 169
% 100,0 31,9 8,2 -6,7 3,9 5,2
2001 Valor (10 €) 3
57 19 6 -8 2
461 744 369 375 539 178
% 100,0 34,4 11,1 -14,6 4,4 0,3
Var. 2002/01 Valor (103€) % 3 993 -147 -1 305 4 247 -142 2 992
6,9 -0,7 -20,5 50,7 -5,6 1 685
O resultado líquido atingiu, em 2002, um valor de 3 169 mil euros, verificando-se um significativo acréscimo relativamente ao ano anterior, em consequência da contabilização de Ganhos em empresas do grupo e associadas, assim como da actividade operacional. O EBITDA e o EBIT apresentam, relativamente às vendas, decréscimos de 0,7% e 20,5%, respectivamente, em virtude da redução ocorrida ao nível dos resultados operacionais.
36 EDA
Indicadores Económicos e Financeiros Da análise dos indicadores económicos e financeiros, a seguir apresentados, constata-se o impacto negativo que teve o reconhecimento pela Empresa das responsabilidades com pensões de reforma e de sobrevivência, em conformidade com a Directriz Contabilística nº 19 da Comissão Nacional Contabilística, com implicação directa nos Capitais próprios. Os indicadores de autonomia financeira (Capital Próprio/Activo Total) e de estrutura financeira (Passivo MLP/Capital Próprio), inverteram a tendência de evolução negativa ocorrida em 2000 e 2001, em consequência dos efeitos contabilísticos decorrentes da
aplicação da Directriz Contabilística nº 19 e do crescimento do valor da dívida, com destaque para a recuperação verificada ao nível do segundo. O mesmo se verifica relativamente aos indicadores de solvabilidade (Capital Próprio/Capital Alheio) e de solvabilidade total (Activo/Passivo). O indicador de rotação do activo, que mede a relação entre as vendas e o activo, apresentou o mesmo valor pelo terceiro ano consecutivo, devido ao aumento das vendas e do activo líquido em proporções semelhantes. Esse aumento das vendas associado à redução gradual do número de efectivos, conduziu ao aumento de rácio Vendas/Trabalhador, em cerca de 12,7%, situando-se no final do ano em 82,83 mil euros.
1998 Liquidez Geral Capital circulante/Exigível c. prazo Estrutura Financeira Passivo de MLP/Capital Próprio Autonomia Financeira Capital Próprio/Activo líquido Solvabilidade Capital Próprio/Capital Alheio Solvabilidade Total Activo/Passivo Cobertura do Imobilizado Capitais Permanentes/Activo Fixo Rotação do Activo Vendas/Activo Vendas/Trabalhador mil euros
1999
2000
2001
2002
39
52
56
59
42
158
134
155
174
131
32
36
30
29
30
48
59
51
47
50
148
161
169
164
168
92
96
89
91
86
19
19
17
17
17
65,29
68,53
67,28
73,52
82,83
A rubrica Subsídios para Imobilizações, contemplada ao nível dos Proveitos Antecipados, foi considerada para efeitos de análise financeira como Capital Próprio.
Relatório e Contas 2002
37
A gestão financeira foi condicionada pela ausência de recebimento dos subsídios à exploração decorrentes do processo de harmonização do tarifário iniciado em 1998. A empresa prosseguiu contudo com uma política de gestão centralizada dos recursos financeiros de todas as empresas do Grupo, factor que contribuiu para a racionalização dos custos de financiamento da actividade dessas empresas. Para comparticipar o financiamento do seu investimento, a EDA recebeu no ano um total de 2,7 milhões de euros provenientes dos fundos comunitários, dos quais 2,1 milhões de euros tiveram origem no PRODESA e 0,595 milhões de euros do PEDRAA II . Apesar de em 2002 as taxas de juro se terem situado em níveis mais baixos que os verificados no ano anterior, há a registar um agravamento das condições de obtenção do financiamento bancário em termos globais.
Para contornar esta situação, recorreu-se ao financiamento do BEI, tendo-se utilizado 14 milhões de euros de um empréstimo já contratado para cobertura do programa plurianual de investimentos e para completar as necessidades de financiamento, e procedeu-se à prorrogação de alguns empréstimos a m.l.p. cujo vencimento ocorria em 2002, num total de 27,5 milhões de euros.
Curto Prazo Mercado Interno Médio e Longo Prazo Mercado Interno Financiamento banc. directo Cristal Papel comercial Obrigações Mercado Externo
No final de 2002, a dívida bancária total apresentou, relativamente ao ano anterior, um acréscimo de 3,6 milhões de euros, ascendendo a 203,3 milhões de euros. Deste montante 15,1 milhões de euros correspondem a dívida de curto prazo e 188,1 milhões de euros de médio e longo prazo, dos quais 63,5 são provenientes do mercado externo, designadamente do BEI e do KfW.
O custo de financiamento em 2002, avaliado através da taxa de juro média ponderada da dívida de médio longo prazo, situou-se em 4,08 %, reflectindo a descida das taxas de juro ocorrida nos mercados.
38 EDA
10 10 179 143 35 190
669 669 502 808 694 172
4 4 177 144 32 181
479 479 133 826 307 612
2000 15 15 167 139 28 183
919 919 912 333 579 831
2001 13 13 185 130 54 199
852 852 759 829 930 611
2002 15 15 188 124 63 203
147 147 116 637 479 263
Var.% 2002/01 9,36 9,36 1,27 (4,73) 15,56 1,83
1998
1999
2000
5,61 5,61 94,39 75,62 27,99 6,24 30,29 7,49 18,77
2,47 2,47 97,53 79,74 26,26 6,24 22,49 17,53 17,79
8,66 8,66 91,34 75,79 29,75 0,00 22,49 17,53 15,55
2001
2002
6,94 6,94 93,06 65,54 25,49 0,00 22,50 17,53 27,52
7,45 7,45 92,55 61,32 22,04 0,00 22,12 17,16 31,23
Evolução dos Empréstimos e Custo Médio do Financiamento 205 000
11
200 000
10
195 000
9
190 000
8
185 000
7
180 000
6
175 000
5
170 000
%
Curto Prazo Mercado Interno Médio e Longo Prazo Mercado Interno Mercado Externo Total
1999
Estrutura da dívida (%)
Procurou-se ainda aproveitar alguns momentos propícios para o estabelecimento da cobertura do risco da taxa de juro de uma parcela da dívida a m.l.p., por forma a diminuir a exposição da empresa a esse tipo de risco, passando a taxa fixa a representar 14% do total da dívida a m.l.p..
Empréstimos (103 euros) 1998
Na sua estrutura os empréstimos a curto prazo representam cerca de 7,45% e os de médio e longo prazo 92,55%, sendo 31,23% com origem no mercado externo, embora sem risco cambial associado, já que na sua grande maioria se encontram convertidos em euros.
103 euros
Gestão Financeira
4 1995 1996 1997 1998 Evolução dos empréstimos
1999 2000 2001 2002 Custo Médio do Financiamento
Relatório e Contas 2002
39
2.2 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS Movimento de Financiamentos (103 euros)
Mercado Interno Curto Prazo Médio e Longo Prazo Mercado Externo Médio e Longo Prazo Total
Saldos 2001/12/31
Movimento em 2002 Utilizações Amortizações Act. Cambial
Saldos 2002/12/31
144 681,0 13 851,7 130 829,3 54 929,9 54 929,9 199 610,8
111 897,7 84 397,7 27 500,0 14 000,0 14 000,0 125 897,7
139 784,3 15 147,5 124 636,8 63 478,7 63 478,7 203 263,0
116 794,3 83 101,8 33 692,5 5 403,2 5 403,2 122 197,5
(48,0) (48,0) (48,0)
O Conselho de Administração, nos termos do artigo 17º dos Estatutos, propõe que o Resultado Líquido do exercício de 2002, no valor de 3 169 320,42 Euros (três milhões, cento e sessenta e nove mil, trezentos e vinte euros e quarenta e dois cêntimos), tenha a seguinte aplicação: Para:
Fundo de Pensões Nos termos do plano de cobertura das responsabilidades com serviços passados dos trabalhadores no activo, autorizado pelo ISP aquando da constituição do Fundo de Pensões e dos cálculos apresentados pela Sociedade Gestora, foi efectuada uma dotação em 2002 no montante de 1,4 milhões de euros, passando o Fundo para um total de 8 milhões de euros, o que representa uma cobertura de cerca de 69% das responsabilidades com serviços passados dos activos, estimadas neste exercício. Para os pensionistas as responsabilidades foram estimadas em 30,2 milhões de euros e perspectiva-se que a sua cobertura passe a ser contemplada após o recebimento da parcela ainda em falta, respeitante à dotação atribuída para o efeito à EDA pelo Governo Regional dos Açores.
De entre as medidas tomadas em 2002 com vista a melhorar a gestão dessas responsabilidades, destaca-se a alteração do Regulamento de Acção Social, que vai permitir conter o crescimento das responsabilidades futuras, e o pedido ao ISP para transformação da forma de constituição do Fundo de Pensões.
Gestão dos Seguros A política de seguros levada a efeito conduziu ao alargamento dos riscos segurados, designadamente ao nível do património. Apesar de 2002 se ter revelado um ano difícil para o mercado segurador, com reflexos ao nível dos custos das apólices, foi possível, através de uma associação com a accionista EDP, obter melhores condições de contratação das apólices, em termos de preço e de âmbito de cobertura e ainda alargar a abrangência a um leque bastante vasto do património da empresa.
Reserva Legal Resultados Transitados
185 000,00 euros 2 984 320,42 euros
Ponta Delgada, 31 de Março de 2003 O Conselho de Administração José Manuel Monteiro da Silva Francisco Manuel Sousa Botelho António Luís Gusmão Teixeira Luís Filipe Lucena Ferreira João José Gomes de Aguiar
A EDA mantém também junto da Companhia de Seguros Açoreana um conjunto de apólices, particularmente associadas ao ramo vida e automóvel.
40 EDA
Relatório e Contas 2002
41
2.2 CONTAS INDIVIDUAIS BALANÇOS ANALÍTICOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001 unid: euros
EXERCÍCIO CORRENTE Notas
Activo bruto
Amortizações e provisões acumuladas
EXERCÍCIO ANTERIOR Activo líquido
unid: euros
Activo líquido
Notas
ACTIVO
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Imobilizado Imobilizações incorpóreas Despesas de instalação Despesas de investigação e de desenvolvimento Trespasses
Capital próprio Capital Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas Reservas de reavaliação Reservas Reservas legais Reservas estatutárias Outras reservas
10
763.335 6.178.408 1.199.828 8.141.571
10
2.255.988 32.785.734 274.216.454 3.601.448 2.661.614 11.982.843 50.583.723 13.688.822 391.776.626
10
21.394.695 9.147.233 745.521 333.681 31.621.130
39.500 39.500
21.394.695 9.147.233 745.521 294.181 31.581.630
41
5.277.966 5.277.966
268.593 268.593
5.009.373 5.009.373
4.446.038 4.446.038
11.209.252 49.032 2.538.000 10.644.611 2.992.787 27.433.682
11.122.887 24.020 3.457.585 1.327.595 2.992.787 18.924.875
603.841 6.014 609.855
603.841 6.014 609.855
11.135 86.756 97.890
34.989.460 473.935 7.813.450 43.276.845
34.989.460 473.935 7.813.450 43.276.845
24.856.008 478.694 0 25.334.702
381.442.378
354.022.768
Imobilizações corpóreas Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobilizações corpóreas Imobilizações em curso Investimentos financeiros Partes de capital em empresas do grupo Empréstimos a empresas do grupo Partes de capital em empresas associadas Títulos e outras aplicações financeiras Circulante Existências Matérias-primas, subsidiárias e de consumo Dívidas de terceiros – Curto prazo Clientes, c/c Clientes de cobrança duvidosa Estado e outros entes públicos Outros devedores Subscritores de capital
16 23 49 50 35
Depósitos bancários e caixa Depósitos bancários Caixa 54 Acréscimos e diferimentos Acréscimos de proveitos Custos diferidos Activos por impostos diferidos Total de amortizações Total de provisões Total do activo
11.209.252 330.759 2.538.000 10.644.611 2.992.787 27.715.409
763.335 6.178.408 1.067.509 8.009.252
0 0 132.319 132.319
54.728 0 0 54.728
118.377.952
2.255.988 24.967.953 193.578.979 631.675 678.356 3.044.966 34.551.935 13.688.822 273.398.674
2.108.726 24.230.389 175.122.840 766.579 739.419 2.861.680 36.149.397 35.345.006 277.324.036 16.104.053 11.071.219 373.351 291.876 27.840.499
7.817.781 80.637.475 2.969.773 1.983.258 8.937.877 16.031.788
281.727
281.727
508.419.402
126.387.204 589.820 126.977.024
70.000.000 306.112 838.604
70.000.000 129.687 1.687.030
15.000 120.146 226.650
5.986 120.146 77.483
-24.692.626
-29.191.499
46.813.886 3.169.320
42.828.833 177.534
40
49.983.206
43.006.368
51
34.880.000 114.098.511 148.978.511
35.000.000 141.096.113 176.096.113
54.284.403 12.324.381 290.098 8.604.055 853.868 1.514.329 77.871.134
23.514.580 7.802.988 51.504 5.279.284 1.417.069 1.654.043 39.719.469
39.553.067 64.122.984 933.476 104.609.527
37.184.115 58.016.702
331.459.172
311.016.400
381.442.378
354.022.768
36
Subtotal Resultado líquido do exercício Total do capital próprio Passivo Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo Empréstimos por obrigações Não convertíveis Dívidas a instituições de crédito
Dívidas a terceiros - Curto prazo Dívidas a instituições de crédito Fornecedores, c/c Fornecedores - Facturas em recepção e conferência Fornecedores de imobilizado, c/c Estado e outros entes públicos Outros credores
49 50
Acréscimos e diferimentos Acréscimos de custos Proveitos diferidos Passivos por impostos diferidos
52 52 6
Total do capital próprio e do passivo O Técnico Oficial de Contas Maria Manuela Cabido Pontes Furtado
42 EDA
EXERCÍCIO ANTERIOR
Resultados transitados
Total do passivo 52 52 6
EXERCÍCIO CORRENTE
51
95.200.817
O Conselho de Administração José Manuel Monteiro da Silva Francisco Manuel Sousa Botelho António Luís Gusmão Teixeira Luís Filipe Lucena Ferreira João José Gomes de Aguiar
Relatório e Contas 2002
43
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001 unid: euros
Notas
EXERCÍCIO CORRENTE
unid: euros
EXERCÍCIO ANTERIOR
CUSTOS E PERDAS
Notas
EXERCÍCIO CORRENTE
PROVEITOS E GANHOS
Custo das matérias consumidas Fornecimentos e serviços externos
41
Custos com o pessoal Remunerações Encargos sociais Pensões Outros
30.466.908 9.214.611
25.221.694 10.913.553
16.776.328
16.883.651
4.347.350 5.341.662
26.465.340
2.873.195 5.219.951
14.224.786 308.174
14.532.960
13.265.000 110.226
13.375.226
439.380 246.265
685.645
270.841 235.092
505.933
Vendas Prestações de serviços
44 44
Trabalhos para a própria empresa Proveitos suplementares Subsídios à exploração Outros proveitos e ganhos operacionais
53 44
61.453.256 2.906.703
34
Impostos Outros custos e perdas operacionais (A) Perdas em empresas do grupo e associadas Juros e custos similares Relativos a empresas do grupo Outros
81.365.464 45 45 10
(C) Custos e perdas extraordinárias
46 (E)
Imposto sobre o rendimento do exercício
6 (G)
Ganhos em empresas do grupo e associadas Rendimentos de participações de capital Outros juros e proveitos similares Relativos a empresas do grupo Outros
12.569.288
45 45
2.416.928 30.600
45
569.212 662.058
81.361.874 0 82.912
3.678.798
527.835 589.508
1.200.255
74.993.202
9.575.149
90.108.400
82.562.129
3.450.150
3.335.471
93.558.550
85.897.600
5.064.138 -4.127.892 936.246 3.333.486 3.169.320
6.368.672 -8.374.895 -2.006.223 532.534 177.534
9.575.149
89.172.154
84.568.352
1.052.910
796.714
90.225.064
85.365.065
164.166
355.000
90.389.230
85.720.065
3.169.320
177.534
93.558.550
85.897.600
Proveitos e ganhos extraordinários
46 (F)
Resumo: Resultados operacionais (B)-(A) Resultados financeiros (D-B)-(C-A) Resultados correntes (D)-(C) Resultados antes de impostos (F)-(E) Resultado líquido do exercício (F)-(G)
O Técnico Oficial de Contas Maria Manuela Cabido Pontes Furtado
44 EDA
13.990.228
59.554.948 9.237.639
251.462 12.234.649 83.176
86.429.602
(D)
7.806.690
57.460.780 2.094.168
24.976.797
49.926 44.106 7.712.658
64.359.959 8.079.415
438.759 13.439.378 112.091
(B) Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo Provisões
Resultado líquido do exercício
EXERCÍCIO ANTERIOR
O Conselho de Administração José Manuel Monteiro da Silva Francisco Manuel Sousa Botelho António Luís Gusmão Teixeira Luís Filipe Lucena Ferreira João José Gomes de Aguiar
Relatório e Contas 2002
45
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001 unid: euros
Vendas e prestações de serviços Subsídios à exploração Custos das vendas e das prestações de serviços
Notas
EXERCÍCIO CORRENTE
EXERCÍCIO ANTERIOR
42
64.359.959 13.439.378 58.067.742
59.554.948 12.234.649 49.895.707
19.731.595 550.850 4.111.913 9.819.641 246.265
21.893.890 334.639 3.951.627 9.134.380 235.092
6.104.626 5.188.068 2.386.328 30.600
8.907.429 8.457.807 67.039 15.873
Resultados brutos Outros proveitos e ganhos operacionais Custos de distribuição Custos administrativos Outros custos e perdas operacionais Resultados operacionais Custo líquido de financiamento Ganhos (perdas) em filiais e associadas Ganhos (perdas) em outros investimentos Resultados correntes Impostos sobre os resultados correntes Resultados correntes após impostos Resultados extraordinários Impostos sobre os resultados extraordinários
45 45
49
3.333.486 164.166
532.534 355.000
3.169.320
177.534
unid: euros
Método Directo
Notas
ACTIVIDADE OPERACIONAL: Recebimentos de clientes Recebimentos de subsídio à exploração Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao pessoal Fluxo gerado pelas operações
EXERCÍCIO CORRENTE
67.376.737 -36.922.356 -25.241.568 5.212.813
56.837.301 10.426.473 -27.397.756 -25.030.413 14.835.606
-971.745 -512.701
-7.075 -469.437
52
Recebimento/pagamento do imposto sobre o rendimento Outros recebimentos/pagamentos da actividade operacional Fluxos das actividades operacionais ACTIVIDADE DE INVESTIMENTO: Recebimentos provenientes de: Imobilizações corpóreas Comparticipações financeiras ao investimento Dividendos
3.728.367
14.770.201 94.692
Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros Imobilizações corporeas Accionistas
Resultados por acção O Técnico Oficial de Contas Maria Manuela Cabido Pontes Furtado
3.169.320
177.534
0.226
0.013
O Conselho de Administração José Manuel Monteiro da Silva Francisco Manuel Sousa Botelho António Luís Gusmão Teixeira Luís Filipe Lucena Ferreira João José Gomes de Aguiar
ACTIVIDADE DE FINANCIAMENTO: Recebimentos provenientes de: Empréstimos bancários obtidos Empréstimos concedidos às participadas Juros e custos similares Aumentos de capital
O Técnico Oficial de Contas Maria Manuela Cabido Pontes Furtado
114.677 5.013.971 82.912
-18.215.362 -3.350.469
165.152.783 165.152.783
54 54
14.359.094
-156.945.384 -8.073.332
5.211.560
-1.429.447 -31.397.537
162.661.004 1.923.986 567.793
Pagamentos respeitantes a: Empréstimos bancários obtidos Empréstimos concedidos às participadas Juros e custos similares Fluxos das actividades de financiamento Variação de caixa e seus equivalentes Caixa e seus equivalentes no início do período Caixa e seus equivalentes no fim do período
46 EDA
14.864.893
-562.484 -17.652.878 Fluxos das actividades de investimento
Resultados líquidos
EXERCÍCIO ANTERIOR
-165.018.716 134.067
-32.826.984 -27.615.424
223.457.275 758.173 534.304 4.805.089
-207.630.476 -1.051.893 -7.629.473
511.965 97.890 609.855
229.554.840 229.554.840
-216.311.842 13.242.999 -13.331 111.222 97.890
O Conselho de Administração José Manuel Monteiro da Silva Francisco Manuel Sousa Botelho António Luís Gusmão Teixeira Luís Filipe Lucena Ferreira João José Gomes de Aguiar
Relatório e Contas 2002
47
ANEXO AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS Exercício de 2002
responsabilidade de exercer a actividade que é objecto da concessão pelo prazo de 50 anos, contados a partir de 12 de Outubro de 2000, data da aprovação da Resolução nº 181/2000, publicada no Jornal Oficial, I Série, nº 41/2000.
00 INTRODUÇÃO
A EDA rege-se pelo seu Estatuto, pelas normas reguladoras das sociedades anónimas e por disposições do Governo Regional relacionadas com o sector da electricidade e com a própria empresa. Nos termos daquele decreto, as acções representativas do capital subscritas pela Região Autónoma dos Açores, só poderão ser transmitidas para outros entes públicos por deliberação daquele órgão.
A energia eléctrica produzida, transportada e distribuída é vendida a preços fixados por contrato celebrado com a Região Autónoma dos Açores, ao abrigo da Portaria nº 71/91, de 19 de Dezembro, com as alterações introduzidas pela Portaria nº 35/92, de 30 de Julho. As competências da Entidade Reguladora do Sector Eléctrico (ERSE) foram estendidas às Regiões Autónomas através do Decreto-Lei nº 69/2002, de 25 de Março, pelo que caberá a esta entidade proceder à fixação das tarifas para todo o território nacional a partir de 1 de Janeiro de 2003. Esta extensão das competências da regulação das actividades de produção, transporte e distribuição de energia eléctrica assenta no princípio da partilha dos benefícios da convergência dos sistemas eléctricos nacionais. Neste sentido, o Conselho de Administração da ERSE aprovou em 4 de Dezembro de 2002 que os custos anuais com a convergência tarifária de 2003 ascenderiam a 38 647 000 euros.
O objecto principal da EDA é a produção, a aquisição, o transporte, a distribuição e a venda de energia eléctrica, bem como o exercício de outras actividades relacionadas com aquelas. Nos termos do contrato de concessão do transporte e distribuição de energia eléctrica celebrado com a Região Autónoma dos Açores, a EDA tem a
Em 20 de Março de 2003, a Secretaria Regional de Economia enviou uma proposta de contrato relativo à convergência tarifária de energia eléctrica a celebrar com o Governo da República, com o qual se pretende estabelecer as regras relativas ao pagamento dos custos acrescidos de produção e distribuição de energia eléctrica
A Electricidade dos Açores, S.A. (abreviadamente designada por EDA) foi transformada em sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, pelo Decreto-Lei nº 79/97, de 8 de Abril. Em 30 de Dezembro de 1999, a Região Autónoma dos Açores transmitiu um lote de 1 148 163 acções correspondente a 10% do capital social da EDA. Actualmente, estas acções são detidas pela EDP Participações, SGPS, S.A., conforme indicado na Nota 37.
48 EDA
dos anos de 1998 a 2002 que foram estimados em 30 786 590 euros, dos quais 13 439 378 euros (Nota 44 e 52) correspondem aos custos anuais com a convergência tarifária de 2002. De acordo com a proposta, este montante seria pago durante um período de onze anos, sem juros. A EDA, nas suas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2002, reflecte já o valor referido, estando-se, contudo, a discutir o prazo de pagamentos proposto dado se entender que aqueles montantes se encontram já vencidos. As notas às contas deste Anexo respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade, sendo de referir que as não incluídas não são aplicáveis ou significativas para compreensão das demonstrações financeiras. Todos os valores são expressos, salvo indicação em contrário, em euros.
01 PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS As demonstrações financeiras foram preparadas segundo a convenção dos custos históricos, modificada pela reavaliação das imobilizações corpóreas, e na base da continuidade das operações, em conformidade com os princípios contabilísticos fundamentais da prudência, consistência, excepto para as alterações indicadas na Nota 02 abaixo, substância sobre a forma, materialidade e especialização dos exercícios.
02 COMPARABILIDADE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Em 2002, ocorreram as seguintes alterações de critérios valorimétricos, princípios contabilísticos e transacções relevantes: (a) Conforme mencionado na Nota 3 e 6, a EDA passou a adoptar a política de reconhecer nas suas demonstrações financeiras, a partir de 1 de Janeiro de 2002, o efeito fiscal resultante das diferenças temporárias entre os resultados contabilísticos e os fiscais. Em consequência desta alteração de política contabilística, foram registados no decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, impostos diferidos activos e passivos nos montantes de 7 813 450 euros e 933 476 euros, respectivamente, dos quais 6 474 140 euros foram contabilizados directamente em capitais próprios (Nota 40) por se referirem a exercícios anteriores, enquanto que os impostos diferidos respeitantes ao exercício, no montante de 405 834 euros, foram registados na rubrica de imposto sobre o rendimento. (b) Os investimentos financeiros passaram a ser valorizados pelo método da equivalência patrimonial preconizado pela Directriz Contabilística nº 9. Assim, com base nos capitais próprios das empresas participadas em 1 de Janeiro de 2002, o valor desses investimentos foi reduzido de 2 992 214 euros por contrapartida da diminuição dos capitais próprios em
2 815 789 euros e do acréscimo da rubrica de imobilizações incorpóreas em 176 425 euros. O efeito desta alteração de política contabilística no resultado líquido do exercício consistiu no seu aumento no montante de 2 298 320 euros. (c) A EDA transferiu a quase totalidade do património afecto à produção de energia hídrica e eólica para a afiliada EEG Empresa de Electricidade e Gaz, Lda pretendendo com esta medida concentrar na referida participada àquela actividade. Este processo de reestruturação organizacional do Grupo EDA, originou o destaque patrimonial das imobilizações corpóreas afectas aquela actividade pelo seu valor líquido em 1 de Janeiro de 2002 (11 931 059 euros – Nota 10), bem como a transferência de elementos passivos correlacionados expressos nas demonstrações financeiras nessa data, conforme a seguir se indica: Valor líquido dos subsídios ao investimento 3 845 533 Valor da dívida dos empréstimos bancários 2 289 000
03 CRITÉRIOS CONTABILÍSTICOS E VALORIMÉTRICOS a) Imobilizações incorpóreas As Imobilizações incorpóreas são mostradas ao custo de aquisição ou produção, líquidas de
amortizações acumuladas. Estes imobilizados são amortizados durante um período de três anos, excepto o valor de trespasses que é amortizado num período de cinco anos. b) Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas transferidas para a EDA na data de integração pelo seu valor líquido contabilístico são mostradas na sua quase totalidade pelos valores resultantes da reavaliação efectuada em referência a 31 de Dezembro de 1983, deduzidas das amortizações acumuladas. As imobilizações corpóreas não resultantes de processos de integração são mostradas pelos valores resultantes da reavaliação efectuada em referência a 31 de Dezembro de 1990, deduzidas das amortizações acumuladas. As imobilizações adquiridas após 31 de Dezembro de 1990 são mostradas ao custo de aquisição, deduzidas das amortizações acumuladas. Como explicado na alínea f), os encargos financeiros são imputados a Imobilizações em curso, até à conclusão do investimento. Quando os imobilizados entram em exploração, estes encargos são incluídos nas diferentes classes de imobilizados que afectaram. As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, a taxas estudadas de forma a amortizarem o valor contabilístico dos activos durante a sua vida útil esperada.
Relatório e Contas 2002
49
As taxas de amortizações correspondem às seguintes vidas úteis estimadas: Anos Edifícios e outras construções Equipamento básico Produção hidroeléctrica Produção termoeléctrica Produção eólica Subestações Linhas AT/MT Postos de transformação Linhas BT Instalações de chegada Contadores Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobilizações corpóreas
10 – 60 18 – 40 3 – 40 24 6 – 40 8 – 40 10 – 40 8 – 28 17 – 28 16 – 20 4– 6 4 – 20 3 – 16 8 – 20
Os terrenos, incluindo os directamente afectos às instalações de produção, transporte e distribuição de energia eléctrica, não são amortizados.
dadas em 1997 ou das aquisições posteriores. As diferenças respeitantes à aplicação do método de equivalência patrimonial foram registadas em capitais próprios e as respeitantes às aquisições após a data de preparação das primeiras demonstrações financeiras consolidadas (1997) foram contabilizadas, quando positivas, em Imobilizações incorpóreas e amortizadas durante um período de cinco anos. Em conformidade com o método de equivalência patrimonial, os investimentos financeiros são ajustados pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas do grupo e associadas por contrapartida de ganhos e perdas financeiros (Nota 45). Consequentemente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos financeiros. Os restantes investimentos financeiros estão mostrados ao custo de aquisição.
valor estimado de realização ou de mercado, quando mais baixo, encontra-se registado na rubrica de Provisões para depreciação de existências.
Para efeito deste cálculo, o valor dos investimentos em curso sobre os quais é aplicada a referida taxa de juro inclui os encargos financeiros anteriormente imputados.
e) Transacções em moeda estrangeira As transacções em moeda estrangeira relacionam-se quase inteiramente com empréstimos bancários externos contraídos para financiar o investimento e são traduzidas em euros aos câmbios em vigor na data da contabilização das respectivas responsabilidades.
g) Pensões de reforma e de sobrevivência Na base do existente Acordo da Empresa, a EDA tem a responsabilidade de complementarizar até ao limite máximo de 80% as pensões de reforma atribuídas pelas instituições de segurança social aos seus empregados reformados com pelo menos 30 anos de serviço, descendo esse limite em conformidade com um menor tempo de serviço prestado. Além desta responsabilidade com complementos de pensões de reforma, é igualmente da responsabilidade da EDA assegurar o pagamento das próprias pensões aos empregados oriundos do sector público e das autarquias locais abrangidos pelo regime da Caixa Geral de Aposentações e reformados até 30 de Novembro de 1999, na parte correspondente ao período em que estiveram ao serviço da EDA.
No final do ano os saldos a pagar e a receber em moeda estrangeira são actualizados aos câmbios em vigor à data do balanço. As diferenças de câmbio, favoráveis ou desfavoráveis, são contabilizadas em resultados do exercício.
As despesas de reparação e manutenção normais do imobilizado em exploração são consideradas como custos no ano em que ocorrem.
Os empréstimos de financiamento a médio e longo prazo concedidos às empresas afiliadas são mostrados ao valor nominal.
c) Investimentos financeiros A EDA, a partir de 1 de Janeiro de 2002, passou a registar os investimentos financeiros em partes de capital em empresas do grupo e associadas pelo método de equivalência patrimonial. Os investimentos financeiros, inicialmente contabilizados pelo custo de aquisição, foram acrescidos ou reduzidos pela diferença para o valor proporcional à participação nos capitais próprios dessas empresas reportado à data da aplicação deste método nas contas consoli-
As perdas estimadas na realização e/ou recuperação de investimentos financeiros encontram-se registadas na rubrica Provisões para investimentos financeiros.
f) Encargos financeiros Os encargos financeiros são repartidos entre os que são considerados como resultantes de empréstimos contraídos para financiar os imobilizados em curso e os considerados como resultantes de outros empréstimos. Os primeiros são imputados a Imobilizações em curso (Nota 3b)), sendo os outros contabilizados em resultados do exercício.
d) Existências As existências estão valorizadas ao custo de aquisição, deduzidas de uma provisão para depreciação de existências, sendo as saídas de armazém (consumos) valorizadas ao custo médio. A diferença entre o custo de aquisição e o
A base do cálculo dos encargos financeiros assim imputados a Imobilizações em curso consiste na aplicação de uma taxa de juro média dos empréstimos sobre o valor médio dos investimentos em curso não financiados por comparticipações ou subsídios.
50 EDA
Nos termos do Decreto-Lei nº 427/99, de 21 de Outubro, esses trabalhadores da EDA passaram a estar integrados no regime geral de segurança social, assumindo a Caixa Geral de Aposentações a responsabilidade pelos encargos correspondentes às pensões devidas, pelo tempo em que o trabalhador foi subscritor daquela instituição. As diferenças de tratamento originadas pela aplicação deste regime relativamente àquele que resultaria da Caixa Geral de Aposentações são asseguradas pela EDA. A EDA constituiu em 1996 um fundo de pensões que actualmente está integrado no Fundo de Pensões Aberto AÇOR SEGURO –
EMPRESAS para financiar a totalidade das responsabilidades passadas com os trabalhadores no activo, pelo que só parte do valor actual das responsabilidades com trabalhadores reformados está coberta a partir dessa data pelo Fundo de Pensões (em 31 de Dezembro de 2002, a responsabilidade assim coberta era de 7 824 467 euros – Nota 31). As pensões pagas em 2002 totalizaram 1 963 588 euros, dos quais 1 509 848 euros não se encontravam cobertas pelo fundo.
As tarifas de energia eléctrica a clientes do SEPA (Sistema Eléctrico de Serviço Público dos Açores) são fixadas pela ERSE a partir de 1 de Janeiro de 2003. Compete-lhe também fixar os custos anuais com a convergência do tarifário a partir dessa data. Para o ano de 2002 e com base num contrato a celebrar com o Governo da República Portuguesa (Nota introdutória) prevê-se que os custos anuais a suportar ascendam a 13 439 378 euros, os quais foram registados em Subsídios à exploração.
h) Comparticipações financeiras As comparticipações comunitárias atribuídas, a fundo perdido, a projectos apresentados pela EDA são contabilizadas na rubrica de Proveitos diferidos com base na sua execução financeira, independentemente do seu recebimento e reconhecidas na demonstração de resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas financiadas.
j) Especialização de custos e proveitos A EDA regista as suas despesas e receitas de acordo com o princípio da especialização do exercício.As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de Acréscimos e diferimentos (Nota 52).
As comparticipações financeiras do Governo Regional e de terceiros no custo de empreendimentos são contabilizadas quando facturadas, sendo transferidas para resultados durante 20 anos, o qual corresponde ao período de vida útil das imobilizações financiadas. i) Vendas de electricidade A facturação de electricidade é efectuada numa base mensal ao longo de cada mês. As facturas mensais de electricidade são baseadas em contagens reais de consumos ou em consumos estimados através dos dados históricos de cada consumidor. Os consumos ocorridos e não lidos até à data do balanço, são estimados e registados em Acréscimos e diferimentos (Nota 52).
l) Impostos diferidos A EDA, a partir de 1 de Janeiro de 2002, passou a reconhecer o efeito fiscal decorrente das diferenças temporárias entre os resultados contabilísticos e os fiscais para efeitos de tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). m) Instrumentos financeiros Os instrumentos financeiros dizem respeito a um contrato “swap” de taxa de juro, cujo vencimento está estipulado para 2005 e que tem exclusivamente o objectivo de reduzir o risco a que se encontra exposto um contrato de financiamento. Os encargos financeiros são calculados e contabilizados na demonstração de resultados com base nas taxas de juro contratadas.
Relatório e Contas 2002
51
04 CÂMBIOS UTILIZADOS As cotações cambiais utilizadas para conversão dos saldos originariamente expresConversão
Moeda USD JPY
sos em moeda estrangeira existentes na data do Balanço foram as do Banco de Portugal – cotações oficiais de divisas (indicati-
vas) em 31 de Dezembro de 2002, por aplicação das regras de conversão conforme se indica de seguida:
Contra – valor
Moeda
Contra - valor
Moeda
1,0487 124,390
CHF GBP
1,4524 0,6505
DKK
06 IMPOSTOS SOBRE LUCROS A PAGAR Em conformidade com a legislação em vigor na Região Autónoma dos Açores a taxa a aplicar para determinação do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) é reduzida em 30% da taxa geral de IRC de 30% correspondente actualmente a uma taxa efectiva de 21%.
Impostos diferidos activos Relativos a provisão para pensões de reforma não aceite fiscalmente: em anos anteriores (Nota 40) no ano
7 486 817 326 633 7 813 450
Impostos diferidos passivos Acréscimo de reintegrações de imobilizados reavaliados não aceites como custo fiscal: em 2002 e anos subsequentes (Nota 40) 910 643 em 2002 (62 216)
Contra - valor 7,4288
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte da administração fiscal durante um período de 4 anos ou 5 anos no que respeita à segurança social. Deste modo, as declarações fiscais de 1999 a 2002 poderão vir ainda a ser revistas. A Administração entende que as correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2002. O efeito fiscal emergente das diferenças temporárias entre os resultados contabilísticos e os fiscais foram objecto de registo contabilístico em impostos diferidos activos e passivos, como explicado na Nota 2 e a seguir se demonstra (quadro ao lado):
848 427 Mais-valias fiscais reinvestidas: em 2002 e anos subsequentes (Nota 40) em 2002
102 034 (16 985) 85 049 933 476
52 EDA
07 PESSOAL AO SERVIÇO DA EMPRESA O número médio de pessoas ao serviço da EDA nos exercícios de 2002 e 2001 são de 715 e 749 trabalhadores, respectivamente.
Inclui encargos com aumentos de capital social e despesas de investigação e desenvolvimento ocorridos nos últimos anos, bem como o valor de trespasses proveniente da aplicação do método de equivalência patrimonial.
09 TRESPASSES Como indicado a Nota 03 c), o valor de trespasses proveniente da aplicação do método de equivalência patrimonial é amortizado durante um período de 5 anos.
10 ACTIVO IMOBILIZADO O movimento ocorrido no ano resume-se como segue:
Imobilizações incorpóreas Saldo em 01.01.2002 Custo Despesas de instalação Despesas de investigação e desenvolvimento Trespasses Amortizações Despesas de instalação Despesas de investigação e desenvolvimento Trespasses
Valor líquido Em consequência da aplicação desta prática contabilística, a EDA contabilizou impostos diferidos, em resultados, no montante de 405 834 euros e, por contrapartida directa de capitais próprios, 6 474 140 euros.
08 DESPESAS DE INSTALAÇÃO, DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO E TRESPASSES
763 335 6 236 146 6 999 481 708 608 6 236 146 6 944 753
Equivalência Patrimonial
Aumentos
1 199 828 1 199 828
Transferências
(57 738) (57 738)
763 335 6 178 408 1 199 828 8 141 571
(57 738) (57 738)
763 335 6 178 408 1 067 509 8 009 252
54 728 1 023 403 1 023 403
44 106 98 834
54 728
Saldo em 31.12.2002
132 319
A amortização de trespasses, relativos às diferenças de compra de investimentos financeiros, foram registados em Custos e perdas financeiras (Nota 45).
Relatório e Contas 2002
53
Imobilizações corpóreas Saldo em 01.01.2002 Custo ou reavaliado Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobilizações corpóreas Amortizações acumuladas Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobilizações corpóreas
Valor líquido
Aumentos
Transferência do imob. em curso
Transferências e abates
Saldo em 31.12.2002
2 32 253 3 2 10 50 355
108 492 717 525 617 278 666 406
726 304 643 339 577 542 825 955
254 14 185 269 148 383 39 1 294
225 963 465 361 538 088 052 692
4 776 800 37 268 861 15 568 1 397 921 43 459 149
(106 (4 498 (16 955 (193 (120 (76 (122 (22 072
963) 333) 515) 252) 069) 708) 154) 994)
2 32 274 3 2 11 50 378
255 785 216 601 661 982 583 087
988 734 454 448 614 843 723 804
8 78 2 1 7 14 113
261 594 758 878 416 517 427
915 804 760 158 862 428 925
830 497 431 207 577 626 170
263 141 762 107 220 566 058
-
(1 274 (7 454 (220 (102 (56 (112 (9 220
397) 470) 749) 007) 204) 206) 033)
7 80 2 1 8 16 118
817 637 969 983 937 031 377
781 475 773 258 877 788 952
9
1 1 14
241 979 030
259 709 850
2002
Menos: Transferência de activos Transferência para resultados Transferência para imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas Valor de custo ou reavaliado Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamento básico Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobilizações corpóreas
963 611 092 894 063 418
Amort. acumuladas 01.01.2002 1 127 3 473 13 2
847 049 202 675 209
4 616 982
Valor líquido 106 3 189 8 627 3 3
963 764 043 692 388 209
11 931 059
Investimentos financeiros
35 28 1 65
345 136 588 070
006 066 976 048
7 922 077 43 459 149 51 381 226
2001 25 28 1 56
969 509 807 286
359 386 357 102
3 587 445 17 353 651 20 941 096
Saldo em 1 de Janeiro Aumento de capital Diminuição dos empréstimos concedidos Efeito da aplicação do método da equivalência patrimonial: Resultado do ano (Nota 45) Capitais próprios (Nota 40) Imobilizações incorpóreas
13 688 822
27 879 999 6 359 010 (1 923 986)
Na sequência da operação de concentração da actividade de produção de energia hídrica e eólica na associada EEG-Empresa de Electricidade e Gaz, Lda., os imobilizados em
Em 2002, a EDA participou no aumento do capital social das seguintes empresas do grupo e outras aplicações financeiras:
EEG – Empresa de Electricidade e Gaz, Lda. GEOTERCEIRA – Sociedade Geoeléctrica da Terceira, S.A. INOVA – Instituto de Inovação Tecnológica dos Açores
5 881 326 475 380 6 356 706 2 304 6 359 010
O aumento do capital social de 5 806 526 euros da afiliada EEG foi realizado em 22 de Dezembro de 2002 através do destaque de parte do património que se encontrava afecto à energia hídrica e eólica como já mencionado na Nota 02, líquido dos subsídios ao investimento e das dívidas contraídas (5 796 526 euros) e por entrada em numerário de 10 000 euros. Nesta mesma data, foram também adquiridas as quotas próprias desta afiliada pelo valor global de 74 800 euros. A rubrica de Investimentos financeiros inclui os empréstimos concedidos às empresas associadas (Nota 16), conforme se discrimina:
2 367 002 (2 815 789) (176 425) (625 212) (68 682)
35 345 006 Saldo final
54 EDA
106 4 317 12 100 16 6
16 548 041
Dividendos recebidos (Nota 16) Saldo em 31 de Dezembro
Como mencionado na Nota 02, o valor líquido dos imobilizados corpóreos transferidos em referência a 1 de Janeiro de 2002 no âmbito deste processo é assim constituído:
O movimento ocorrido no ano nesta rubrica resume-se como se segue:
Imobilizações em curso
Saldo em 1 de Janeiro Investimento directo Encargos financeiros (Nota 53)
curso de construção correlacionados com esta actividade foram transferidos em 31 de Dezembro de 2002 pelo seu valor de custo (7 922 077 euros).
31 621 130
SOGEO – Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A. EEG – Empresa de Electricidade e Gaz, Lda
7 525 231 1 622 002 9 147 233
Estes empréstimos não têm prazo de reembolso definido e vencem juros a taxas de mercado (Nota 16).
Relatório e Contas 2002
55
11 CAPITALIZAÇÃO DOS CUSTOS FINANCEIROS
16 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
De acordo com o critério contabilístico definido na Nota 3 f),o montante de encargos financeiros capitalizados no exercício em imobilizações em curso foi de 1 588 976 euros (Nota 10).
Os investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas (que têm a sede na Região Autónoma dos Açores) e outras aplicações, são os seguintes:
12 REAVALIAÇÃO DAS IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
Custos Históricos Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobilizações corpóreas
Reavaliações
Valores Reavaliados
1 967 730 22 598 478 187 058 350 631 674 677 823 3 044 780 34 548 909
288 258 2 369 475 6 520 629 0 533 185 3 026
2 255 988 24 967 953 193 578 979 631 674 678 356 3 044 965 34 551 935
250 527 744
9 182 106
259 709 850
As imobilizações corpóreas foram reavaliadas ao abrigo dos seguintes diplomas legais: Decreto-Lei nº 399-G/84, de 28 Dezembro Decreto-Lei nº 118-B/86, de 27 Maio Decreto-Lei nº 49/91, de 25 Janeiro
13 CUSTO HISTÓRICO DAS IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS O valor líquido do custo e das reavaliações das imobilizações corpóreas é o seguinte (ver quadro ao lado):
14 OUTRAS INFORMAÇÕES RELATIVAS ÀS IMOBILIZAÇÕES 2002 Hidroeléctrica Termoeléctrica Eólica Transporte de electricidade Distribuição de electricidade Outras
330 92 106 5 57 510 66 725 43 031
064 836 986 379 085 500
259 709 850
56 EDA
2001 10 65 1 55 63 44
858 317 830 377 995 598
841 811 646 582 952 198
241 979 030
A afectação dos imobilizados corpóreos (valores líquidos) resume-se como se segue (ver quadro ao lado): Em conformidade com o contrato de concessão do transporte e distribuição de energia eléctrica referido na nota introdutória, a concessão envolve a construção e exploração de bens afectos ao transporte e distribuição de energia eléctrica, os quais revertem para a Região, com a extinção da concessão, pelo valor líquido contabilístico.
Capital detido % EMPRESAS DO GRUPO EEG – Empresa de Electricidade e Gaz, Lda. SOGEO – Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A. GLOBALEDA – Telecomunicações e Sistemas de Informação, S.A. SEGMA – Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, Lda. GEOTERCEIRA – Sociedade Geoeléctrica da Terceira, S.A. EMPRESAS ASSOCIADAS NORMA-AÇORES – Sociedade de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento Regional, S.A. CONTROLAUTO-AÇORES – Controlo Técnico de Automóveis, Lda. ONIAÇORES – Infocomunicações, S.A OUTROS INVESTIMENTOS BANIF AÇORPENSÕES – Sociedade Gestora de Fundo de Pensões, S.A. CABO TV AÇOREANA, S.A. I.A.T.H. – Indústria Açoreana Turístico-Hoteleira, S.A. DTS – Sociedade Açoreana de Desenvolvimento Tecnologias e Serviços, S.A. Caixa Crédito Agrícola Mútuo dos Açores, C.R.L. Fundação Eng. José Cordeiro INOVA – Instituto de Inovação Tecnológica dos Açores ENTA – Escola de Novas Tecnológias dos Açores
Capitais próprios
Resultado do exercício Ano Valor
Valor de balanço
99,00 97,01
6 780 565 13 727 450
2002 2002
689 717 1 531 540
6 783 802 13 316 999
100,00
775 426
2002
108 524
775 426
90,00 50,04
82 245 888 184
2002 2002
7 389 (99 772)
74 021 444 447 21 394 695
45,00
1 163 167
2002
152 024
554 111
30,00 40,00
377 298 195 551
2002 2002
110 702 30 879
113 190 78 220 745 521
2,70 6,18 0,12
2 450 070 9 999 599 (*)
2002 2002 2002
21 021 1 764 801 (*)
49 880 228 649 39 500
2,50 0,0014 33,68 0,77 2,00
282 301 22 341 378 (*) (59 860) (25 450)
2001(**) 11 346 2002 1 080 272 2002 (*) 2002 (136 706) 2002 (29 326)
4 989 125 3 242 5 296 2 000 333 681
(*) dados não disponíveis (**) valores do exercício findo em 31/03/2002
Relatório e Contas 2002
57
As principais transacções com as empresas do grupo resumem-se como segue:
Estes saldos são assim repartidos: 2002
2001
2 251 525 9 853 911 9 147 233
1 325 043 33 11 071 219
21 252 669
12 396 295
2002
2001
561 865
523 137
1 359 257 1 813 289
253 632 19 207
75 968 44 044
41 358 -
3 854 423
837 334
Compras de energia
SOGEO – Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A. EEG – Empresa de Electricidade e Gaz, Lda
2002
2001
6 684 086 2 252 093
5 903 818 292 440
8 936 179
6 196 258
Clientes Outros devedores (Nota 50) Investimentos financeiros
Saldos credores Mão-de-obra e outros serviços cedidos 2002 SOGEO – Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A. GLOBALEDA – Telecomunicações e Sistemas de Informação, S.A. EEG – Empresa de Electricidade e Gaz, Lda SEGMA – Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, Lda GEOTERCEIRA – Sociedade Geoeléctrica da Terceira, S.A. ONIAÇORES – Infocomunicações, S.A
2001
312 643
420 148
931 242 212 221
726 458 18 001
66 465
53 808
19 600 16 080
-
1 558 251
1 218 415
Os saldos existentes no final do ano com estas empresas do grupo e associadas são:
SOGEO – Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A. GLOBALEDA – Telecomunicações e Sistemas de Informação, S.A. EEG – Empresa de Electricidade e Gaz, Lda SEGMA – Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, Lda ONIAÇORES – Infocomunicações, S.A
Estes saldos são assim repartidos: 2002 Fornecedores Outros credores (Nota 50)
Saldos devedores
SOGEO – Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A. GLOBALEDA – Telecomunicações e Sistemas de Informação, S.A. EEG – Empresa de Electricidade e Gaz, Lda SEGMA – Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, Lda GEOTERCEIRA – Sociedade Geoeléctrica da Terceira, S.A. ONIAÇORES – Infocomunicações, S.A
58 EDA
2002
2001
7 974 437
9 091 593
1 632 450 11 479 203
475 123 2 540 317
121 437
52 185
26 150 18 992
237 077 -
21 252 669
12 396 295
2001
3 705 551 148 872
837 200 134
3 854 423
837 334
Parte dos saldos devidos pela SOGEO – Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A. (7 525 231 euros) e pela Empresa de Electricidade e Gaz, Lda (1 622 002 euros) é evidenciado em Investimentos financeiros - Empréstimos a empresas do grupo (Nota 10). Para cálculo dos juros devidos pelas empresas afiliadas foi utilizado a taxa correspondente à Euribor a 12 meses na data de cada acontecimento (569 212 euros Nota 45).
Relatório e Contas 2002
59
Em 2002, os dividendos recebidos das empresas associadas foram directamente contabilizados na rubrica de Investimentos financeiros em consequência da aplicação do método de equivalência patrimonial. Os valores recebidos em 2002 resumem-se como segue:
EMPRESAS ASSOCIADAS NORMA-AÇORES – Sociedade de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento Regional, S.A. CONTROLAUTO-AÇORES – Controlo Técnico de Automóveis, Lda. OUTROS INVESTIMENTOS CABO TV AÇOREANA, S.A.
2002
2001
61 200
52 074
7 482 68 682
14 964 67 038
30 600
15 874
99 282
82 912
Em 31 de Dezembro de 2002, o saldo da provisão para créditos de cobrança duvidosa, constituído com base em critérios económicos e no critério fiscal, era de 281 727 euros (Nota 34).
Dívidas a instituições de crédito
2 a 5 anos
a mais de 5 anos
Total
103 866 125
45 112 386
148 978 511
Como explicado na Nota 50, existe também uma dívida em Outros credores, cuja exigibilidade é (por anos):
Em 31 de Dezembro de 2002, o valor das existências em trânsito era de 149 997 euros.
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
23 DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA
2002 Antiguidade de 6 a 12 meses de 12 a 18 meses de 18 a 24 meses superior 24 meses Processos judiciais
28 45 18 42 195
869 487 547 384 472
330 759
60 EDA
2001
10 16 20 228 54
752 860 002 204 538
330 356
Os valores a receber e a pagar ao pessoal totalizam, no final do exercício de 2002, os montantes de 567 560 euros e 8.430 euros, respectivamente.
29 DÍVIDAS A TERCEIROS – MÉDIO E LONGO PRAZO
22 VALOR DAS EXISTÊNCIAS QUE SE ENCONTRAM FORA DA EMPRESA
As dívidas que foram reconhecidas com algum risco de cobrabilidade têm a seguinte antiguidade:
25 DÍVIDAS RELACIONADAS COM O PESSOAL DA EMPRESA
31 COMPROMISSOS FINANCEIROS Fundo de pensões Em conformidade com o estudo actuarial reportado a 31 de Dezembro de 2002, as responsabilidades da EDA com pensões e complementos de pensões de reforma eram, com base nos pressupostos actuariais abaixo indicados, nessa data, as seguintes:
51 51 51 51 51 51 4
110 110 110 110 110 110 267
310 927
Valor actual das responsabilidades com trabalhadores reformados Valor actual das responsabilidades com trabalhadores no activo, por serviços passados
2002
2001
30 216 718
28 794 596
11 599 044
10 491 939
41 815 762
39 286 535
Relatório e Contas 2002
61
Relativamente às responsabilidades com trabalhadores no activo por serviços futuros o valor actual, em 31 de Dezembro de 2002, era de
7 516 213 euros (em 2001 – 7 530 023 euros). O estudo actuarial acima mencionado quantifica o valor actual das responsabilidades por serviços passados nessa data como segue:
Tábua de mortalidade Tábua de invalidez Taxa técnica de rendimento Taxa técnica de actualização Taxa de crescimento dos salários Taxa de crescimento das pensões Taxa de crescimento das remunerações (S. Social) Método Se fossem utilizados os pressupostos actuariais mencionados na norma regulamentar nº 21/96 - R do ISP as responsabilidades da EDA com pensões e complementos de pensões seriam de 34 256 271 euros em 31 de Dezembro de 2002.
Saldo em 1 de Janeiro de 2002 Custos com pensões Menos: Contribuições para o Fundo de Pensões Pensões em pagamento suportadas pela EDA
TV 73/77 EVK 80 5,0% 5,0% 2,5% 2,0% 1,5% Unidade de crédito projectada
O total das responsabilidades determinadas com base nos pressupostos definidos pela EDA e pela Sociedade Gestora do Fundo e ainda não financiados pelo Fundo de Pensões é evidenciado na conta de Acréscimos e diferimentos (Nota 52) conforme se indica:
32 410 464 4 347 350 (1 423 508) (1 509 848)
(2 933 356) 33 824 458
Em referência a 31 de Dezembro de 2002, o custo com pensões contabilizado na rubrica de custos com pessoal foi apurado como segue:
Custo dos serviços correntes Custo dos juros Retorno real dos activos (ganhos) Perdas actuariais do ano
62 EDA
468 920 1 929 601 (145 465) 2 094 294
Durante o exercício de 2002, a quota-parte da EDA no património do Fundo de Pensões Aberto AÇOR SEGURO – EMPRESAS (correspondente a 5 857 948,003 unidades de participação) teve a seguinte evolução:
Saldo no início do ano Contribuições do ano Rendimento do ano (ganho) Pensões pagas no ano (Nota 52)
6 876 071 1 423 508 145 465 (453 740) 7 991 303
Em 31 de Dezembro de 2002, o património do Fundo de Pensões Aberto AÇOR SEGURO – EMPRESAS apresentava a seguinte composição:
Disponibilidades e outros Fundos de investimento mobiliário: Acções Obrigações Fundos de investimento mobiliário Dívida Pública: Nacionais Estrangeiras Acções: Nacionais Obrigações: Nacionais Estrangeiras
7 663 235 1 250 074 739 646 3 792 507 4 079 506 1 067 687 79 000 3 111 159 8 199 765 29 982 578
Conforme referido na Nota 3 g), o fundo de pensões está integrado no Fundo de Pensões Aberto AÇOR SEGURO – EMPRESAS, cujo valor de unidade de participação era de 5,1183 euros em 31 de Dezembro de 2002 (2001 – 5,00 euros).
4 347 350
Relatório e Contas 2002
63
Outros Em 31 de Dezembro de 2002, existiam os seguintes compromissos financeiros:
Mercadorias encomendadas a fornecedores Encargos assumidos com equipamento encomendado e empreitadas adjudicadas
657 715 16 987 114
32 GARANTIAS PRESTADAS No âmbito da reestruturação referida na Nota 2, a EDA mantem a posição de mutuário nos contratos de financiamento transferidos para a EEG – Empresa de Electricidade e Gaz, Lda. Também, constituiu-se fiadora do empréstimo bancário contraído pela GLOBALEDA que, em 31 de Dezembro de 2002, era de 174 000 euros e garante das condições do contrato “swap” de taxa de juro celebrado pela SOGEO, no montante total de 10 350 056 euros.
35 SUBSCRIÇÃO E REALIZAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL Em 31 de Dezembro de 2002, o accionista Região Autónoma dos Açores não tinha ainda realizado a totalidade do capital social subscrito em 29 de Dezembro de 2000. Assim, o montante de 2 992 787 euros, de acordo com a Resolução nº 216/2002 aprovada pelo Governo Regional dos Açores em 26 de Dezembro, será depositado nos cofres da EDA logo que se concretizar a última fase de reprivatização do Banco Comercial dos Açores que está prevista para 2003.
O capital social da EDA é representado por 14 000 000 acções nominativas com valor nominal de 5 euros, cada uma.
306 336 149 872 39 500
39 854 268 320 -
(64 463) (149 599) -
281 727 268 593 39 500
Capital social Ajustamentos de partes de capital Reservas de reavaliação Reservas legais Reserva para investimentos Reserva para fins sociais Reservas especiais Resultados transitados
Para dívidas de clientes Para depreciação de existências Para investimentos financeiros (Nota 10)
495 708
308 174
(214 062)
589 820
Resultado líquido do exercício
64 EDA
Redução
40 MOVIMENTOS DOS CAPITAIS PRÓPRIOS O resumo do movimento do ano:
Saldo Inicial
Resumo do movimento do ano: Aumentos
As acções representativas do capital social subscrito são detidas pela Região Autónoma dos Açores (12 600 000 acções) e pela EDP Participações, SGPS, S.A. (1 400 000 acções).
36 CAPITAL SOCIAL
34 MOVIMENTOS DAS PROVISÕES
Saldo Inicial
37 DETENTORES DO CAPITAL SOCIAL
Saldo Final
Aproporiação dos lucros de 2001
Variações
Saldo Final
70 000 000 129 687 1 687 030 5 986 100 911 19 235 77 483 (29 191 499) 42 828 833 177 534
9 014 168 520 177 534 (177 534)
176 425 (848 426) 149 167 4 330 353 3 807 518 3 169 320
70 000 000 306 112 838 604 15 000 100 911 19 235 226 650 (24 692 626) 46 813 886 3 169 320
43 006 368
-
6 976 838
49 983 206
Relatório e Contas 2002
65
42 DEMONSTRAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES)
As alterações de contabilização mencionadas na Nota 02 tiveram o seguinte efeito nos capitais próprios:
Impostos diferidos ( Nota 6) Equivalência patrimonial ( Nota 10)
6 474 140 (2 815 789)
O movimento do custo das vendas e das prestações de serviços resume-se como segue:
3 658 351
O aumento no montante de 149 167 euros na rubrica de reservas especiais referem-se a doações. A legislação comercial estabelece que,pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da EDA, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. 2002
2001
Existências iniciais Compras Existências finais
4 595 909 31 148 965 (5 277 966)
4 937 642 24 879 961 (4 595 909)
Custo do exercício
30 466 908
25 221 694
Energia eléctrica (Nota 16) Combustíveis Outros
66 EDA
2002
2001
8 950 314 14 865 595 6 650 999
6 205 225 13 106 085 5 910 384
30 466 908
25 221 694
A reserva de reavaliação do imobilizado corpóreo resulta das reavaliações efectuadas nos termos da legislação aplicável (Nota 12). De acordo com a legislação vigente e as práticas contabilísticas seguidas em Portugal, estas reservas não são distribuíveis aos accionistas podendo apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos do capital da EDA ou em outras situações especificadas na legislação.
41 DEMONSTRAÇÃO DO CUSTO DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS O movimento das existências resume-se como segue (ver quadro ao lado):
Os consumos do ano são assim repartidos (ver quadro ao lado):
43 REMUNERAÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS Em 2002, as remunerações atribuídas ao Conselho de Administração totalizaram 212 161 euros (2001 – 208 095 euros).
2002
2001
Existências iniciais Entradas na produção e outras Saídas para o imobilizado (Nota 53) Existências finais
64 194 035 (6 126 293) -
55 682 569 (5 696 862) -
Custo das vendas e das prestações de serviços
58 067 742
49 985 707
44 VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS As rubricas de Vendas e de Prestações de serviços podem ser assim resumidas: 2002
Vendas de electricidade Em Média tensão Em Baixa tensão Energia em contadores
2001
19 772 626 39 711 246 1 969 384
18 323 540 36 333 263 2 803 977 61 453 256
Prestações de serviços De electricidade De outros
1 069 198 1 837 505
57 460 780 481 618 1 612 550
2 906 703
2 094 168
64 359 959
59 554 948
Os custos anuais com a convergência tarifária de 2002 foram registados em Subsídios à exploração no montante estimado de 13 439 378 euros, conforme mencionado na nota introdutória deste anexo (2001 – 12 234 649 euros).
Relatório e Contas 2002
67
45 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS
2002 Custos e Perdas Encargos financeiros suportados Perdas em empresas do grupo e associadas (Nota 16) Amortização de trespasses ( Nota 10 ) Diferenças de câmbio desfavoráveis Outros custos e perdas Proveitos e ganhos Juros obtidos: debitados a clientes e outros de empresas do grupo (Nota 16) Ganhos em empresas do grupo e associadas (Nota 16) Rendimentos de participações de capital (Nota 16) Diferenças de câmbio favoráveis Outros
Resultados financeiros
Na rubrica de Outros custos e perdas está registado o montante de 44 106 euros referente a amortização de trespasses (Nota 10).
7 445 49 44 5 262 7 806
285 926 106 358 015 690
9 206 195 49 981 318 973 9 575 149
579 569 2 416 30 76 5 3 678
935 212 928 600 220 904 798
427 762 527 835 82 912 159 898 1 848 1 200 255
4 127 892
8 374 895
As perdas e ganhos em empresas de grupo e associadas em 31 de Dezembro de 2002 têm a seguinte composição: Ganhos
EMPRESAS DO GRUPO EEG – Empresa de Electricidade e Gaz, Lda. SOGEO – Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A. GLOBALEDA – Telecomunicações e Sistemas de Informação, S.A. SEGMA – Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, Lda. GEOTERCEIRA – Sociedade Geoeléctrica da Terceira, S.A. EMPRESAS ASSOCIADAS NORMA-AÇORES – Sociedade de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento Regional, S.A. CONTROLAUTO-AÇORES – Controlo Técnico de Automóveis, Lda. ONIAÇORES – Infocomunicações, S.A
68 EDA
2001
46 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS Os resultados extraordinários resumem-se como se segue:
Custos e Perdas Donativos Dívidas incobráveis Perdas em existências Perdas em imobilizações Multas e penalidades Correcções relativas a exercícios anteriores Insuficiência de estimativa de impostos Outros custos e perdas extraordinárias Proveitos e Ganhos Recuperação de dívidas Ganhos em existências Ganhos em imobilizações Reduções de amortizações e de provisões Correcções relativas a exercícios anteriores Outros proveitos e ganhos extraordinários (Nota 52)
Perdas Resultados extraordinários
690 456 1 485 747
2002
2001
30 717 411 278 927 863 6 048 83 480 3 839 274 1 052 910
77 64 2 12 97 534 6 796
516 696 571 131 464 889 663 784 714
564 768 410 032 377 150
2 127 24 2 3 177 3 335
851 251 479 111 962 817 471
89 2 20 3 337 3 450
(2 397 240)
(2 538 757)
Na rubrica de Perdas em imobilizações estão registados as menos-valias provenientes dos seguintes abates:
108 524 6 650 49 926
79 988 33 211 12 352
-
2 416 928
49 926
Parque eólico de Santa Maria Central térmica de Ponta Delgada Central emergência do Topo Central térmica das Lages do Pico Centrais comunitárias do Pico Central térmica da Horta Outros
417 395 268 274 4 240 159 834 6 979 53 865 17 276 927 863
A rubrica Outros proveitos e ganhos extraordinários contempla a quota parte das comparticipações financeiras (3 252 750 euros - Nota 52), bem como os subsídios recebidos em acções de formação profissional cofinanciadas pelo Fundo Social Europeu (81 770 euros).
Relatório e Contas 2002
69
48 CLIENTES
50 OUTROS DEVEDORES E CREDORES
Nesta rubrica está registada 442 727 euros da dívida de iluminação pública relativa à energia fornecida até 30 de Junho de 1996 que, de acordo protocolo celebrado em 1996 com o Governo Regional e as Câmaras Municipais, deveria ter sido liquidada até 31 de Dezembro de 2002.
49 ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
A rúbrica de outros devedores inclui 9 853 911 euros a receber de empresas do grupo e associadas (Nota 16) e o montante de 803 575 euros devido pela Secretaria Regional da Economia, referente ao processo de normalização da estrutura económica – financeira da EDA do ano de 1991. Na rubrica de Outros credores inclui-se, entre outros, os seguintes montantes:
Os saldos devedores e credores resumem-se como se segue:
Saldos devedores Imposto sobre valor acrescentado (IVA): Reembolsos pedidos A recuperar
Saldos credores IRC a pagar IRS – retenções na fonte Taxa social única Outros
2002
2001
2 348 798 189 202
2 899 038 558 547
2 538 000
3 457 585
257 216 356 23
466 203 809 390
853 868
821 217 359 19
088 613 212 156
1 417 069
RDP – Taxas de radiodifusão ANA, E.P. Cauções recebidas de clientes Credores diversos
570 000 (405 834) 164 166
70 EDA
2001
76 310 859 267
138 399 975 140
499 927 025 878
1 514 329 O saldo devido à Aeroportos e Navegação Aérea, – ANA, E.P. resulta da cedência da Central Termoeléctrica do Aeroporto de Santa Maria, pelo valor global de 548 678 euros, que será liquidado em prestações mensais de 4 259,14 euros, vencendo-se a última em 1 de Janeiro de 2009, sem qualquer encargo adicional.
O montante de 164 166 euros registado em resultados, na rubrica de imposto sobre o rendimento compreende:
Imposto corrente Imposto diferido (Nota 6)
2002
Facilidades bancárias Empréstimos por obrigações Créditos financeiros
377 608 350 708
1 654 043
51 EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS Compreendem:
Curto Prazo (Até 1 ano)
Médio e longo Prazo (Mais de 1 ano)
15 147 414 39 136 989
34 880 000 114 098 511
54 284 403
148 978 511
Relatório e Contas 2002
71
Facilidades bancárias Estes empréstimos têm vencimento fixado para 2002, variando as taxas de juro entre 3,4296% e 4,029%. Empréstimos por obrigações Consiste numa emissão de 7 000 000 obrigações escriturais ao portador (das quais 24 000 foram cedidas à EEG –Nota 02), no valor nominal unitário de 5 Euros que vence juros à taxa Euribor a 6 meses acrescida de 0,25% (2,875%) e integralmente reembolsável em 2006.
Mercado interno Empréstimos bancários directos e programas de emissões de papel comercial por oferta privada de subscrição contraídos no mercado interno, vencendo juros a taxas anuais compreendidas entre 2,8125% e 3,875% e reembolsáveis até 2007, inclusivé. Mercado externo Empréstimos contraídos no mercado externo, vencendo juros a taxas anuais compreendidas entre 2,894% e 7,8%, ocorrendo o seu reembolso até 2017.
Sobre as operações de financiamento avalizadas pelo Governo da República incide uma taxa de aval de 0,2%.
52 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
Créditos financeiros Curto Prazo (Até 1 ano)
Em relação a certos empréstimos a EDA obrigou-se a prestar a favor das instituições de crédito o aval e/ou carta conforto do Governo Regional dos Açores e/ou do Governo da República como garantia dos valores mutuados. Os montantes a liquidar em 31 de Dezembro de 2002 dos empréstimos nesta situação eram respectivamente de 80 204 424 euros e 21 204 424 euros.
Médio e longo Prazo (Mais de 1 ano)
Decomposição dos saldos evidenciados no Balanço em 31 de Dezembro de 2002: Acréscimos de proveitos
35 913 449
53 843 341
3 223 540
60 255 170
39 136 989
114 098 511
Energia a facturar (Nota 44) Subsídio ao tarifário Pagamento de pensões por conta do fundo (Nota 31) Subsídios para o investimento
2002
2001
1 969 384 30 786 590 453 740 1 779 746
2 803 977 17 347 212 362 330 4 342 489
34 989 460
24 856 008
O prazo dos programas de emissões de papel comercial que, no final do ano, totalizavam 44 963 937 euros, é de um ano, renovável automaticamente por iguais períodos (até ao máximo de 5 anos).
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Como explicado na nota introdutória deste anexo,os custos anuais com a convergência tarifária dos anos de 1998 a 2002 foram estimados em 31 449 431 euros (dos quais, 13 439 378 euros são respeitantes ao ano de 2002 – Nota 3j)) conforme minuta de contrato a celebrar com o Governo da República. Este valor, líquido dos pagamentos já realizados em 2001 e anos anteriores, será, de acordo com a minuta referida, reembolsável em 10 prestações anuais de 3 139 333 euros contadas a partir de 2004 (a prestação de 2003 será de 56 101 euros) pagáveis, em partes iguais, trimestralmente e sem juros. Conforme mencionado na nota introdutória, a EDA registou nas suas demonstrações financeiras o efeito constante na proposta apresentada por este organismo encontrando-se, todavia, em discussão o prazo do seu pagamento já que, do ponto de vista da empresa, esta dívida já se encontra vencida. Custos Diferidos
Encargos com empréstimos bancários e outros Outros custos diferidos
2002
2001
447 165 26 770
402 543 76 151
473 935
478 694
2002
2001
33 824 458 2 748 437 300 000 1 533 544
32 410 462 2 838 985 300 000 1 487 330
901 235 245 392
147 338
39 553 067
37 184 115
Acréscimos de custos
Fundo de pensões (Nota 31) Encargos com férias e subsídio de férias Gratificações ao pessoal Juros de empréstimos a liquidar Estimativa de custos a facturar de obras encerradas em 2002 Outros acréscimos de custos
74 EDA
Proveitos diferidos Inclui exclusivamente a rubrica de subsídios para o investimento, cujo movimento em 2002 foi o seguinte: Comparticipação diferida Transferência Até 2001 Tranferência para (líquida) 2002 para EEG resultados Comparticipações recebidas do Governo Regional e de terceiros no custo de empreendimentos Comparticipações comunitárias Kredietanstalt für Wiederanfbau
Saldo líquido
8 456 343 49 554 363 5 996
1 142 289 12 068 272 -
(3 845 533) -
(613 392) (2 639 358) (5 996)
8 985 240 55 137 744 -
58 016 702
13 210 561
(3 845 533)
(3 258 746)
64 122 984
( Nota 02)
Do total das comparticipações comunitárias diferidas em 2002 e anos anteriores, ainda se encontram por liquidar o montante de 1 779 746 euros que é evidenciado em Acréscimos de proveitos.
Aquisições directas ( Nota 42 ) Encargos financeiros (Nota 10)
53 TRABALHOS PARA A PRÓPRIA EMPRESA Incluem-se nesta rubrica os seguintes montantes: 2002
2001
6 490 439 1 588 976
7 430 282 1 807 357
8 079 415
9 237 639
54 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES Em 31 de Dezembro de 2002, tinha a seguinte composição:
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS Maria Manuela Cabido Pontes Furtado
2002 Numerário Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis
2001
6 014 603 841
86 756 11 135
609 855
97 890
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO José Manuel Monteiro da Silva Francisco Manuel Sousa Botelho António Luís Gusmão Teixeira Luís Filipe Lucena Ferreira João José Gomes de Aguiar
Relatório e Contas 2002
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2.4 APRECIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE CONTAS INDIVIDUAIS CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS INTRODUÇÃO 1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas da Electricidade dos Açores, S.A., as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2002, ( que evidencia um total de balanço de 381 442 378 euros e um total de capital próprio de 49.983.206 euros, incluíndo um resultado líquido de 3 169 320 euros ), a Demonstração dos resultados por naturezas e por funções, a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo. RESPONSABILIDADES 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa e o resultado das suas operações, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. 3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. ÂMBITO 4. Excepto quanto à limitação descrita no parágrafo 6 abaixo, o exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e Directrizes de Revisão da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: – a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; – a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; – a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e – a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras.
5. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. RESERVA 6. Como mencionado na Nota Introdutória do Anexo ao Balanço e a Demonstração dos Resultados, existe uma proposta de contrato relativo aos custos anuais com a convergência tarifária a celebrar com o Governo da República para o período de 1998 a 2002. Está previsto na minuta deste contrato que o montante de 30 786 590 euros contabilizado a este respeito em Acréscimos e proveitos (do qual, 13 439 378 euros foi reconhecido em proveitos do exercício de 2002 - Nota 52) será liquidado a prazo. Encontrando-se, nesta data, em discussão o plano de pagamento proposto, não nos é possível concluir sobre o impacto contabilístico emergente do registo nas demonstrações financeiras do valor actual deste montante a receber. OPINIÃO 7. Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam revelar-se necessários caso não existisse a limitação referida no parágrafo 6, as demonstrações financeiras referidas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Electricidade dos Açores, S.A., em 31 de Dezembro de 2002, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo nesta data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites, os quais, excepto como indicado na Nota 3 do Anexo ao Balanço e a demonstração dos resultados, foram aplicados de forma consistente com os do exercício anterior. ÊNFASE 8. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos a atenção para o facto de que na rubrica de Outros devedores está registado o saldo de 803.575 euros devido pela Secretaria Regional da Economia referente ao processo de normalização da estrutura financeira do ano de 1991. Ponta Delgada, 31 de Março de 2003 A. PAREDES, A. OLIVEIRA E M. BRANCO Sociedade de Revisores Oficiais de Contas representada por: Manuel Luís Fernandes Branco
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RELATÓRIO DO FISCAL ÚNICO
PARECER DO FISCAL ÚNICO
Senhores Accionistas,
Senhores Accionistas,
Em cumprimento dos preceitos legais e estatutários, e tendo examinado oportunamente o Relatório do Conselho de Administração, o Balanço, a Demonstração dos Resultados por naturezas e por funções, a Demonstração dos fluxos de caixa e o respectivo Anexo da Electricidade dos Açores, S.A. respeitantes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, vem o Fiscal Único submeter a vossa apreciação o seu relatório.
Procedemos à acção fiscalizadora da Electricidade dos Açores, S.A., nos termos do artigo 420º, por remissão do nº 5 do artigo 413º, do Código das Sociedades Comerciais, em resultado da qual somos de parecer que:
1. No desempenho das funções que lhe são cometidas, o Fiscal Único procedeu com resultados satisfatórios e com a frequência e a extensão que entendeu necessárias, a uma revisão geral dos procedimentos contabilísticos e a outros elementos comprovativos. 2. O Fiscal Único acompanhou, também, com a devida regularidade a gestão da actividade da Empresa, tendo obtido do Conselho de Administração todos os elementos, esclarecimentos e informações necessárias ao cumprimento das funções que lhe competem.
(a) Aproveis o Relatório, o Balanço, a Demonstração dos Resultados por naturezas e por funções, a Demonstração dos fluxos de caixa e o correspondente Anexo preparados pelo Conselho de Administração com referência ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002; e (b) Aproveis a proposta do Conselho de Administração sobre a aplicação de resultados do exercício.
Ponta Delgada, 31 de Março de 2003 3. O Fiscal Único, considera que o Relatório de gestão foi elaborado em conformidade com os parâmetros referidos no artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais, indicando de forma clara a actividade desenvolvida e a evolução previsível da Electricidade dos Açores, S.A. 4. Consideramos que as demonstrações financeiras preparadas pelo Conselho de Administração satisfazem os preceitos legais e estatutários, reflectem a posição dos registos contabilísticos no fecho do exercício.
O Fiscal Único A. PAREDES, A. OLIVEIRA E M. BRANCO Sociedade de Revisores Oficiais de Contas representada por: Manuel Luís Fernandes Branco
5. Os critérios valorimétricos adoptados na preparação das contas são os constantes do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados por naturezas e correspondem à correcta avaliação do património social e estão em conformidade com os requisitos legais. 6. Nos termos do nº 2 do artigo 453º do Código das Sociedades Comerciais, emitimos, nesta data, o Relatório anual sobre a actividade fiscalizadora, bem como a Certificação Legal das Contas. 7. Em face do que antecede, o Fiscal Único deliberou formular o parecer que se anexa, o qual deve ser publicado para cumprimento da lei. Ponta Delgada, 31 de Março de 2003 O Fiscal Único A. PAREDES, A. OLIVEIRA E M. BRANCO Sociedade de Revisores Oficiais de Contas representada por: Manuel Luís Fernandes Branco
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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Accionistas da EDA – Electricidade dos Açores, S.A. 1. Auditámos as demonstrações financeiras anexas da EDA – Electricidade dos Açores, S.A. (“Empresa”), as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2002, as Demonstrações dos resultados por naturezas e por funções, a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo. Estas demonstrações financeiras são da responsabilidade do Conselho de Administração. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada na nossa auditoria daquelas demonstrações financeiras. 2. Excepto quanto à limitação descrita no parágrafo 3, a nossa auditoria foi efectuada de acordo com as normas de auditoria geralmente aceites em Portugal, as quais exigem que a mesma seja planeada e executada com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Esta auditoria incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Esta auditoria incluiu igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. Entendemos que a auditoria efectuada proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. 3. Em 31 de Dezembro de 2002, a Empresa tinha registado na rubrica de “Acréscimos de Proveitos” o montante de 30 786 590 euros correspondente à comparticipação do Estado para a convergência tarifária dos exercícios de 1998 a 2002, do qual o montante de 13 439 378 euros foi reconhecido em proveitos do exercício de
80 EDA
2002. Já em 2003, a Empresa recebeu uma proposta de contrato relativo à convergência tarifária a celebrar com o Governo da República para o período de 1998 a 2002 que se encontra enquadrada com a conta a receber acima mencionada registada pela Empresa, mas no qual se prevê que a comparticipação acima referida seria paga a prazo. Em virtude de, a esta data, a Empresa se encontrar a discutir o plano de pagamentos propostos, não nos é possível concluir quanto ao eventual impacto financeiro e contabilístico desta forma de pagamento, nomeadamente pelo efeito do apuramento do valor actual desta conta a receber. 4. Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam revelar-se necessários, caso não existissem as limitações descritas no parágrafo 3 as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1, apresentam de forma apropriada, para os fins indicados no parágrafo 5.3, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da EDA – Electricidade dos Açores, S.A., em 31 de Dezembro de 2002, bem como o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, os quais, excepto para as alterações indicadas nos parágrafos 5.2 e 5.3 com as quais concordamos foram aplicados de forma consistente com os do exercício anterior. 5. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos à atenção para: 5.1. Conforme referido na Nota 50 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados, encontra-se registado na rubrica de outros devedores o montante de 803 575 euros (828 575 euros em 2001) devido pela Secretaria Regional da Economia referente ao processo de normalização da estrutura financeira respeitante ao ano de 1991.
5.2. Conforme mencionado na Nota 6 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados e no seguimento da Directriz Contabilística nº 28 relativa ao “Imposto sobre o rendimento”, a Empresa iniciou o procedimento de registo de impostos diferidos com efeitos em 1 de Janeiro de 2002. Os efeitos acumulados, à data de 1 de Janeiro de 2002, relacionados com esta alteração de política corresponderam ao registo de um imposto diferido activo e um imposto diferido passivo nos montantes de 7 486 817 euros e 1 012 677 euros, respectivamente. Tal como previsto nas disposições transitórias da referida Directriz Contabilística, o registo daqueles montantes foi efectuado nas rubricas afectadas pelas causas que os originaram e correspondem a uma redução das rubricas de reservas de reavaliação e resultados transitados negativos nos capitais próprios nos montantes de 910 643 euros e 7 384 783 euros, respectivamente (Nota 6 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados). O efeito desta alteração de política contabilística no resultado líquido do exercício consistiu no seu aumento no montante de 405 834 euros. 5.3. As demonstrações financeiras mencionadas no parágrafo 1, referem-se à actividade da Empresa a nível individual e foram preparadas para aprovação e publicação nos termos da legislação em vigor. Conforme mencionado na Nota 2 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados, a Empresa, a partir do exercício iniciado em 1 de Janeiro de 2002, passou a registar os seus investimentos financeiros através do método de equivalência patrimonial. O efeito desta alteração em 1 de Janeiro de 2002 consistiu na redução do valor desses investimentos financeiros e dos capitais próprios e no aumento das imobilizações incorpóreas nos montantes de 2 992 214 euros, 2 815 789 euros e 176 425 euros, respectivamente. O efeito desta alteração de política contabilística no resultado líquido do exercício consistiu no seu aumento no montante de
2 298 320 euros. Assim, embora os investimentos financeiros tenham sido registados pelo método da equivalência patrimonial, através do qual são considerados nos resultados líquidos e no capital próprio os efeitos da consolidação das empresas participadas, as demonstrações financeiras anexas não incluem o efeito da consolidação integral a nível de activos, passivos, custos e proveitos totais, o que será efectuado em demonstrações financeiras consolidadas a aprovar e a publicar em separado. 5.4. As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2001, apresentadas para efeitos comparativos, foram por nós auditadas, cujo relatório de auditoria datado de 12 de Abril de 2002 inclui duas reservas, das quais uma referesese ao assunto mencionado no parágrafo 5.3 e outra por limitação de âmbito não é aplicável ao exercicio findo em 31 de Dezembro de 2002. O referido relatório de auditoria inclui ainda três ênfases, das quais duas se referem aos assuntos mencionados nos parágrafos 3 e 5.1 e ainda uma outra que não é aplicável ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002. DELOITTE & TOUCHE Lisboa, 14 de Abril de 2003
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o calor da terra é Energia Energia Geotérmica
III Relatório e Contas Consolidadas
3.1 UNIVERSO DA CONSOLIDAÇÃO
3.2 RELATÓRIO DE GESTÃO
(Proporção directa do capital detido)
O objecto principal da Electricidade dos Açores, S.A. e das suas subsidiárias, incluídas na consolidação de contas, é a produção, a aquisição, o transporte, a distribuição e a venda de energia eléctrica, bem como o exercício de outras actividades relacionadas com aquelas, e também com prestação de serviços de telecomunicações e sistemas de informação e concepção e elaboração de projectos de consultadoria de engenharia, gestão e manutenção de instalações industriais.
O capital das Empresas subsidiárias é maioritariamente detido pela Electricidade dos Açores, S.A., com participações directas de 97,01%, 99,0%, 100%, 90% e 50,04%, na SOGEO, EEG, GLOBALEDA, SEGMA, e GEOTERCEIRA, respectivamente. As empresas subsidiárias foram incluídas na consolidação pelo método da integração global, enquanto para as empresas associadas, NORMA-AÇORES, CONTROLAUTO e ONIAÇORES, foi utilizado o método da equivalência patrimonial.
100%
90%
97,01%
99%
50,04%
40%
Empresas incluídas na consolidação
Pelo método de integração global: SOGEO – Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A. EEG – Empresa de Electricidade e Gaz, Lda. GLOBALEDA – Telecomunicações e Sistemas de Informação, S.A. SEGMA – Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, Lda. GEOTERCEIRA – Sociedade Geoeléctrica da Terceira, S.A. Pelo método da equivalência patrimonial: NORMA-AÇORES – Sociedade de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento Regional, S.A. CONTROLAUTO-AÇORES – Controlo Técnico de Automóveis, Lda. ONIAÇORES – Infocomunicações, S.A.
Capital Social (euros)
% Directa do Capital Detido
Resultado líquido do exercício 2002 (mil €)
17 799 970 6 000 000 100 000 50 000 1 000 000
97,01 99,00 100,00 90,00 50,04
1 531,5 689,7 108,5 7,4 -99,8
400 000 150 000 250 000
45,00 30,00 40,00
152,0 110,7 30,9
45%
30%
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A empresa Sogeo, S.A. é a empresa do grupo EDA responsável pela produção de energia eléctrica através de infraestruturas de captação e transformação de calor geotérmico. Esta fonte de energia endógena e renovável desempenha um papel muito importante na estratégia de autonomização energética dos Açores. A actividade da Sogeo, no ano de 2002, caracterizou-se pelo sucesso na exploração de recursos geotérmicos nas centrais do campo geotérmico da Ribeira Grande e também pelo investimento realizado no desenvolvimento de estudos preparatórios para a implementação de novos projectos. O nível de produção total (95 GWh) ficou abaixo das expectativas, fundamentalmente devido à avaria de um rotor do grupo gerador da central do Pico Vermelho. Apesar disso, este resultado representou um peso relativo de 29% no total de energia produzida pelo sistema electroprodutor de São Miguel
e cerca de 16% do total de energia produzida nos Açores. O volume de vendas, no entanto, acabou por registar o seu valor mais elevado, devido principalmente à alteração do tarifário de venda de energia eléctrica de origem geotérmica à distribuidora regional EDA, S.A. que registou um incremento no âmbito do contrato em vigor. Relativamente aos resultados obtidos no ano de 2002, destaca-se o aumento de 12% das Vendas e das Prestações de Serviço, influenciadas pelo aumento, na produção, do preço do kWh produzido, uma diminuição considerável das despesas em Materiais, Fornecimentos e Serviços Externos (-29%) e pelo aumento das despesas com pessoal, devido principalmente ao pagamento das indemnizações aos funcionários que se encontravam requisitados e que regressaram à sua entidade patronal e pela contratação de um quadro superior para apoio à exploração das centrais.
Como resultado do comportamento dos indicadores atrás descritos, a Sogeo registou em 2002 um resultado líquido do exercício de 1.531 mil euros, ou seja, um crescimento de 126% relativamente a 2001. Para o ano de 2003, perspectiva-se a consolidação dos indicadores económico-financeiros da empresa, em resultado do nível de produção geotérmica (95 GWh) e da melhor remuneração do kWh produzido. O triénio 2003-2005 ficará também marcado pelo avultado investimento na remodelação da Central Geotérmica do Pico Vermelho, que permitirá substituir a antiga central piloto por uma central com capacidade de produção de 8 MW, aumentando-se assim a capacidade de produção instalada, na ilha de São Miguel, dos 14 MW para os 21 MW. Os indicadores económico-financeiros apresentaram a seguinte evolução:
No mercado das telecomunicações a Globaleda manteve, em 2002, a responsabilidade da manutenção e operação da Rede de Emergência do SRPCBA-Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores e da Rede SDH de transporte de dados, em fibra óptica, da EDA, S.A.. Na área da prestação de serviços de informática e sistemas de informação, apesar das empresas do grupo EDA continuarem a ser o cliente mais importante em termos de volume, assistiu-se à efectivação de contratos com outras empresas de pequena e média dimensão e alguns departamentos governamentais, nomeadamente na área de formação e consultoria informática. Para o ano de 2003 prevê-se um incremento da actividade no que concerne aos negócios da área técnica, nomeadamente operação, manutenção e extensão das redes móveis devido às necessidades de aumento de cobertura da rede móvel e instalação das infraestruturas da terceira geração-UMTS.
Indicadores Económicos e Financeiros
Admite-se a manutenção em alta do mercado de venda de telemóveis alimentada pelo aumento da cobertura da rede móvel e instalação de novas estruturas comerciais 100% Vodafone. Prevê-se também na área de serviços de informática e sistemas de informação uma aposta nas tarefas de consultoria, projecto e fornecimento de pacotes integrados de soluções de infocomunicações abrangentes e com forte inovação tecnológica, retirando o máximo proveito das parcerias estabelecidas com os principais líderes mundiais nas áreas de sistemas de informação – Microsoft e Cisco.Também será contemplada a aposta na produção de conteúdos para homepages e portais de Internet, B2C e B2B, dinamizando-se deste modo o Gabinete de Multimédia. O exercício de 2002 caracterizou-se por uma melhoria global e acentuada dos principais indicadores da empresa, em consequência do aumento dos Proveitos Operacionais que se cifrou em cerca de 39,5% face a 2001, tendo as vendas obtido um crescimento de cerca de 32% e as prestações de serviços um crescimento na ordem dos 37%. Este comportamento pode ser explicado pelo aumento do número de clientes Vodafone, pelo aumento das comissões de activação e pelo
aumento das estações de base GSM, da mesma empresa. Em relação aos custos operacionais, que representam 98% dos custos totais da empresa, verificou-se um aumento de 49% relativamente ao ano de 2001. Este crescimento expressivo reflecte, por um lado, o peso da componente Fornecimentos e Serviços Externos, aproximadamente 49%, por outro contempla o peso do agregado Custo das Matérias Vendidas e Consumidas, 31,5%. O elevado peso da componente Fornecimentos e Serviços Externos, que cresceu em 2002 cerca de 62%, resulta do facto da Globaleda possuir uma quadro próprio diminuto, recorrendo à cedência de pessoal da EDA, S.A. pelo que estão reflectidas, nesta componente, as remunerações deste pessoal como prestadores de serviço à Globaleda. Deste modo, a Globaleda apresenta, no exercício de 2002, resultados operacionais no valor de 214 494 euros, sendo o resultado corrente de 176 428 euros e o resultado líquido de 108 524 euros. Os indicadores económico-financeiros apresentam a seguinte evolução, relativamente ao período de 1998 a 2002:
Indicadores Económicos e Financeiros 1998
Cobertura de imobilizado (%) Autonomia financeira (%) Solvabilidade (%) * Enc.financ./vendas e prest. serv. (%)
A Globaleda, vocacionada para a prestação de serviços de telecomunicações e sistemas de informação, é a única empresa detida a 100% pela EDA.
73,0 17,0 108,8 57,8
1999 72,7 18,2 112,5 32,4
2000 58,1 18,5 117,5 27,8
2001 55,2 20,5 128,1 20,8
2002 60,5 27,1 168,5 15,8
Cobertura de imobilizado (%) Autonomia financeira (%) Solvabilidade (%) Enc.financ./vendas e prest. serv. (%)
1998
1999
2000
2001
28,3 5,3 5,6 4,1
61,3 11,6 13,1 1,3
227,1 32,1 47,2 1,0
156,1 40,3 58,9 0,8
2002 103,1 29,4 36,9 1,2
* A rubrica Subsídios para Imobilizações, contemplada ao nível dos Proveitos Diferidos, foi considerada para efeitos de cálculo deste indicador como Capital Próprio.
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Relatório e Contas 2002
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A Segma, Lda. é a empresa do Grupo EDA vocacionada para a prestação de serviços nas áreas de projectos e consultadoria de engenharia e gestão e manutenção de instalações industriais.
A SEGMA registou, no exercício de 2002, um resultado líquido de 7,3 mil euros. Este valor representa uma melhoria relativamente ao exercício de 2001, mas ainda inferior ao resultado alcançado no ano 2000.
A actividade da empresa, no ano transacto, caracterizou-se fundamentalmente pela prestação de serviços de manutenção de instalações electromecânicas, empreitadas e beneficiações de instalações eléctricas, fornecimento, montagem e manutenção de grupos electrogéneos e serviços de mão de obra especializada.
O exercício de 2002 foi caracterizado por um aumento considerável das rubricas Fornecimentos e Serviços Externos e Custos com o Pessoal, nomeadamente 84% e 148%, acompanhadas pelo bom desempenho das Prestações de Serviços que cresceram 106%. Os indicadores económico-financeiros apresentaram a seguinte evolução, relativamente ao período de 1998 a 2002:
A Empresa de Electricidade e Gaz, Lda. é a empresa do grupo EDA responsável pelo aproveitamento dos recursos hídricos e eólicos para a produção de energia eléctrica. Como resultado de uma profunda reestruturação estratégica do grupo EDA, a empresa passou a contar no seu património com todas as centrais hídricas e parques eólicos da Região. Deste modo, pretende-se concentrar na EEG, Lda., além de todos os activos, o conhecimento e experiência adquirida no sector, especializando assim a actividade da empresa. Neste momento, a EEG, Lda. é responsável pela exploração e manutenção de 12 centrais hídricas (5 em São Miguel, 3 na Terceira, 1 no Faial e 1 nas Flores) e de 5 parques eólicos distribuídos pelas ilhas de Santa Maria, Graciosa, São Jorge, Faial e Flores. Estas unidades
Indicadores Económicos e Financeiros
cobertura de imobilizado (%) autonomia financeira (%) solvabilidade (%) enc.financ./vendas e prest. serv. (%)
de produção são responsáveis por 5,4% da energia produzida no arquipélago, ou seja, o equivalente a 32,3 GWh. As principais componentes que registaram alterações consideráveis, devido à transferência de património, foram no Activo, o Imobilizado e as Dívidas de Terceiros que passaram de valores de 3,5 e 0,75 milhões de euros para 22 e 3,3 milhões de euros, respectivamente. Por seu lado, no Passivo as componentes que mais se alteraram com esta transferência foram as Dívidas a Terceiros e os Proveitos Diferidos que variaram de 0,027 e 1,8 milhões de euros para 10,5 e 5,4 milhões de euros, respectivamente. Aproveitando a reestruturação foi realizado o aumento de capital da EEG, Lda., através de subscrição e realização, no valor de 5,95 milhões de euros que dotou a empresa de um Capital Próprio de 6 milhões de euros.
Assim, no ano de 2002, os proveitos da EEG, Lda. estavam concentrados em 80% na componente Vendas, que atingiu os 2,25 milhões de euros. Outra componente com um peso relativo importante, 15%, no valor de 0,41 milhões de euros, era representada pelos Proveitos e Ganhos Extraordinários. Na rubrica de custos, por seu lado há a registar o peso da componente de Fornecimentos e Serviços Externos, 19%, e a relativa expressão da componente de juros suportados, que contribui em 10% para os custos totais. As amortizações de imobilizado corpóreo, no exercício de 2002, registaram um volume total de 1,35 milhões de euros, o equivalente a 63% da rubrica de Custos e Perdas. O Resultado Líquido do exercício totalizou 689.717 euros. Neste contexto, os indicadores económico-financeiros apresentaram a seguinte evolução:
Indicadores Económicos e Financeiros 1999
2000
2001
383,9 23,6 30,8 0,1
862,0 36,4 57,2 0,1
885,0 37,1 59,1 0,1
2002 118,62 20,03 25,04 0,03
Cobertura de imobilizado (%) Autonomia financeira (%) Solvabilidade (%) * Enc.financ./vendas e prest. serv. (%)
1998
1999
2000
2001
2002
26,0 14,0 52,8 14,3
80,5 7,9 51,1 11,9
87,2 3,8 20,7 54,4
76,8 4,9 77,5 39,7
44,5 26,4 88,8 9,8
* A rubrica Subsídios para Imobilizações, contemplada ao nível dos Proveitos Diferidos, foi considerada para efeitos de cálculo deste indicador como Capital Próprio.
88 EDA
Relatório e Contas 2002
89
A GEOTERCEIRA é uma sociedade anónima constituída em Setembro de 2000, responsável pelo projecto geotérmico da ilha Terceira. O ano de 2002, constituiu um marco extremamente importante para a empresa devido à obtenção da autorização do projecto, em resultado do processo de Avaliação do Impacte Ambiental e da concessão da prospecção e pesquisa dos recursos geotérmicos da zona central da ilha Terceira. Em consonância com as necessidades de fundos para o desenvolvimento do investimento, a empresa promoveu o aumento do capital social, por subscrição, para 1 milhão de euros. Em relação ao activo da Geoterceira, a sua constituição assenta principalmente em imobilizado em curso que corresponde, em grande parte, a estudos de geofísica e de geoeléctrica, estudo de impacte ambiental e serviços de monitorização ambiental e sismovulcânica.
Como seria de esperar a empresa não possui ainda meios de gerar proveitos, uma vez que se encontra na fase inicial de desenvolvimento do projecto. Deste modo, os proveitos correspondem aos ganhos obtidos na aplicação financeira dos fundos provenientes do capital social. Relativamente aos custos verificou-se um crescimento das componentes Fornecimentos e Serviços Externos e Custos com o Pessoal que correspondem neste momento a 37% e a 21% do valor total de custos gerados pela empresa. De acordo com os resultados das rubricas de proveitos e custos apurou-se um Resultado do Exercício de (99,8) mil euros. Para o ano de 2003, prevê-se proceder à execução de furos termométricos e à medição do gradiente geotérmico. Noutra vertente será desenvolvido todo o processo de elaboração dos cadernos de encargos para o lançamento dos concursos públicos para a contratação de serviços.
A Norma-Açores, S.A. é uma empresa participada em 45% do seu capital pela EDA, S.A., que desenvolve a sua actividade nas áreas de Engenharia - Projecto e Fiscalização – e Consultoria – Gestão, Estratégia, Planeamento e Controlo, Recursos Humanos, Formação, Marketing e Comercial. No decorrer do ano, a empresa também iniciou projectos de implementação de Sistemas de Certificação da Qualidade. Neste momento a área de Engenharia, através da Gestão de Projectos, domina o volume de negócios gerados, com mais de 90% do peso total das prestações de serviços realizadas. Relativamente aos resultados do exercício verifica-se que as contas Fornecimentos e Serviços Externos e os Custos com o Pessoal representam na sua globalidade cerca de 97% dos custos operacionais totais.Tal comportamento está associado à necessidade de subcontratação de empresas e consultores, quer por falta de know-how, em áreas específicas, quer por falta de recursos internos.
Por seu lado, a rúbrica Prestação de Serviços, que obteve um crescimento de 21%, representou, em 2002, 96% dos Proveitos Operacionais totais. Deste modo, a Norma-Açores, S.A. atingiu em 2002 um resultado líquido do exercício de 152 mil euros. No futuro a Norma-Açores, S.A. prevê um aumento da competitividade nos mercados em que actua elegendo, por isso, a Qualidade nos serviços prestados aos seus clientes como principal factor de diferenciação.Também não deixará de ser um grande desafio para a empresa a adequação da sua estrutura técnica e administrativa ao volume de actividade prevista para os anos pós CRP, ou seja, a partir da conclusão do contrato de gestão dos projectos relacionados com as obras de reconstrução em virtude do Sismo de 9 de Julho de 1998. Em termos económico-financeiros os rácios apresentam a seguinte evolução:
Desta forma, os indicadores económico-financeiros apresentaram a seguinte evolução:
Indicadores Económicos e Financeiros
Cobertura de imobilizado (%) Autonomia financeira (%) Solvabilidade (%)
90 EDA
Indicadores Económicos e Financeiros 2000
2001
10,2 8,9 9,7
6,0 5,3 5,6
2002 73,3 61,2 157,8
Cobertura de imobilizado (%) Autonomia financeira (%) Solvabilidade (%) Enc.financ./vendas e prest. serv. (%)
1998
1999
2000
2001
402,4 53,2 113,5 0,25
434,0 56,4 138,4 0,28
687,7 56,5 135,4 0,25
541,3 53,0 112,6 0,24
2002 562,3 53,9 116,8 0,39
Relatório e Contas 2002
91
A ONIAÇORES é uma sociedade anónima constituída no início de 2000, que tem como objectivo o estabelecimento, gestão e a exploração de infraestruturas e sistemas de informação.
tráfego dos clientes ONITELECOM angariados pela ONIAÇORES, que registou um crescimento de 144%, contribuindo assim para o crescimento de 251% do valor dos Proveitos Operacionais.
Para o ano de 2003, a Oniaçores prevê um crescimento do mercado das telecomunicações, em parte sustentado pela liberalização do mercado específico das chamadas de curta distância.
A actividade da empresa, no ano de 2002, foi caracterizada pela angariação de clientes empresariais e particulares nas áreas da oferta de voz indirecta, do acesso à internet e das soluções globais de telecomunicações. Em resposta ao bom desempenho da empresa, verificou-se uma forte resposta comercial do principal operador nacional no sentido de recuperar quota de mercado.
Em relação à estrutura de custos da empresa, verifica-se a introdução da componente Custo das Mercadorias Vendidas e Consumidas, resultante das vendas directas efectuadas, que representa 33% dos custos totais.
Ao nível da prestação de serviços especializados de consultoria e assessoria técnica, a empresa prevê um incremento da actividade aliada às parcerias efectuadas, bem como ao acréscimo de visibilidade das soluções implementadas no mercado. Para tal, contará com o apoio de uma força de vendas própria, que ficará sediada na primeira loja personalizada Oniaçores a inaugurar no decorrer do ano, em Ponta Delgada.
O ano de 2002 marca também o início da representação comercial, pela ONIAÇORES, da reputada marca de equipamentos informáticos DELL. Esta nova actividade, veio consolidar a rubrica de Proveitos através da componente de Vendas que atingiram, no ano transacto, o valor de 111 839 euros. De realçar também o comportamento da componente Prestações de Serviços, maioritariamente composta pela receita gerada pelo
A componente Fornecimentos e Serviços Externos, que contribuiu em 47% para os custos operacionais, registou um crescimento de 35% do seu valor, devido ao aumento do volume de serviços prestados pelos técnicos da empresa Globaleda, S.A. de forma a corresponder ao aumento da actividade da empresa Oniaçores, sem que esta necessitasse de aumentar o seu quadro de pessoal. Em face das performances registadas pelas rubricas de Custos e Proveitos a Oniaçores alcançou, em 2002, um resultado líquido do exercício de 30 878,7 euros.
Por fim, a empresa continuará a focar a sua actividade no segmento empresarial estendendo a sua acção de forma intensiva às restantes ilhas. Particular atenção será dedicada aos clientes institucionais, em particular ao Governo Regional e seus serviços. Assim, os indicadores económico-financeiros apresentam a seguinte evolução:
Indicadores Económicos e Financeiros
Cobertura de imobilizado (%) Autonomia financeira (%) Solvabilidade (%) Enc.financ./vendas e prest. serv. (%)
92 EDA
A empresa Controlauto, Lda. dedica-se à actividade de inspecção de veículos automóveis, no âmbito da legislação relativa às Inspecções Periódicas Obrigatórias. O capital social desta empresa é detido em 30% pela EDA, S.A.. A Controlauto desenvolve a sua actividade no centro de inspecções fixo, localizado na Praia da Vitória, e no centro móvel instalado alternativamente nas ilhas do Faial, Pico e São Jorge. Em 2002, a empresa realizou um total de 28.910 inspecções e reinspecções, representando este valor um crescimento de 14% em relação a 2001. O volume de vendas, em 2002, atingiu os 599 mil euros influenciado positivamente pelo comportamento do nível de actividade e pela actualização, em 4%, da tabela legal de preços. Esta performance, traduziu-se num crescimento de 17%, face ao exercício de 2001. Relativamente aos custos do exercício, a empresa logrou alcançar uma redução de 2,5% na rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos. O comportamento da rubrica Cus-
tos com Pessoal não acompanhou esta tendência registando um aumento de 8%, em resultado da necessidade de realizar horas extraordinárias, no sentido de recuperar a agenda de marcações, atrasada por dificuldades de instalação do centro de inspecções móvel, nalgumas ilhas. Sendo assim, a empresa apresentou, em 2002, um resultado líquido do exercício de 110 mil euros, registando um crescimento de 45% face ao exercício transacto. Para o exercício de 2003, a Controlauto prevê um acréscimo de receitas de 6% e um aumento do seu nível de despesas em 31%, em face dos investimentos a realizar no centro fixo da ilha Terceira e nas instalações definitivas que servirão de apoio ao centro móvel nas ilhas do Pico e Faial. A empresa também irá reforçar o seu quadro de pessoal técnico e continuar a desenvolver, em colaboração com a Centrovia, o software de suporte à sua actividade. Neste contexto, os indicadores económico-financeiros apresentaram a seguinte evolução:
Indicadores Económicos e Financeiros 2000
2001
1 025,4 66,5 21 788,4 0,25
340,8 79,3 124,0 0,24
2002 468,9 46,5 87,0 0,02
Cobertura de imobilizado (%) Autonomia financeira (%) Solvabilidade (%) Enc.financ./ prest. serv. (%)
1998
1999
2000
2001
60,2 48,9 95,7 2,6
74,1 66,2 195,9 0,2
105,6 72,6 264,7 0,2
126,7 62,3 164,9 0,2
2002 123,6 66,3 196,8 0,08
Relatório e Contas 2002
93
3.3 CONTAS CONSOLIDADAS BALANÇOS ANALÍTICOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001 unid: euros
EXERCÍCIO CORRENTE Notas
Activo bruto
Amortizações e provisões acumuladas
EXERCÍCIO ANTERIOR Activo líquido
unid: euros
Activo líquido
Notas
EXERCÍCIO CORRENTE
EXERCÍCIO ANTERIOR
70.000.000 -2.169.676 838.603
70.000.000 -2.169.676 1.687.030
15.000 120.146 226.649
5.986 120.146 77.483
-22.216.836
-31.611.447
46.813.886 3.169.320
38.109.522 913.560
58 55
49.983.206 853.655
39.023.082 352.929
33
35.000.000 124.213.040 159.213.040
35.000.000 150.448.574 185.448.574
56.542.644 9.157.105 290.098 9.204.668 1.038.563 1.449.729 77.682.807
28.494.529 7.364.726 51.504 6.012.463 1.593.890 1.654.434 45.171.547
39.985.715 87.512.581 939.624 128.437.920
37.629.949 79.328.273 0 116.958.222
Total do passivo
365.333.767
347.578.343
Total do capital próprio. interesses minoritários e passivo
416.170.628
386.954.354
ACTIVO
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Imobilizado Imobilizações incorpóreas Despesas de instalação Despesas de investigação e de desenvolvimento Trespasses Diferenças de consolidação 27 Imobilizações corpóreas Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobilizações corpóreas Imobilizações em curso Adiant. por conta de imobilizações em curso 27 Investimentos financeiros Partes de capital em empresas associadas Títulos e outras aplicações financeiras 27 Circulante Existências Matérias-primas, subsidiárias e de consumo Mercadorias
Capital próprio Capital Diferenças de consolidação Reservas de reavaliação Reservas Reservas legais Reservas estatutárias Outras reservas
Dívidas de terceiros - Curto prazo Clientes, c/c 50 Clientes de cobrança duvidosa 46 Adiantamento a fornecedores de imobilizado Estado e outros entes públicos 51 Outros devedores 52 Subscritores de capital 57 Depósitos bancários e caixa Depósitos bancários Caixa Acréscimos e diferimentos Acréscimos de proveitos Custos diferidos Impostos diferidos activos
Total de amortizações Total de provisões Total do activo
94 EDA
53 53 51
992.862 6.178.408 19.619 1.200.161 8.391.050 2.550.791 43.787.816 363.967.657 3.922.138 3.041.689 12.413.298 50.618.596 18.273.377 53.974 498.629.336 745.521 341.163 1.086.684
976.275 6.178.408 0 1.067.842 8.222.525
16.587 0 19.619 132.319 168.525
55.549 0 176.425 231.974
151.772.098
2.550.791 33.733.339 252.832.590 750.035 846.885 3.238.719 34.577.528 18.273.377 53.974 346.857.238
38.653.693 334.588.787
39.500 39.500
745.521 301.663 1.047.184
708.902 299.358 1.008.260
10.054.477 111.135.067 3.172.103 2.194.804 9.174.579 16.041.068 0
5.461.140 578.855 6.039.995
268.593 27.937 296.530
9.295.108 352.114
300.514
2.243.457 28.981.382 223.825.238 860.789 879.751 2.993.803 36.150.674
4.635.752 393.628 5.029.381
9.295.108 51.600 0 3.727.482 1.354.715 2.992.787 17.421.692
10.595.498 26.990 1.327.595 3.933.435 1.162.282 2.992.787 20.038.588
822.346 7.961 830.307
822.346 7.961 830.307
257.494 93.639 351.132
35.078.552 655.312 8.368.353 44.102.217
35.078.552 655.312 8.368.353 44.102.217
24.954.252 751.981 0 25.706.233
46 576.801.795
300.514
159.994.623 636.544 160.631.167
416.170.628
Subtotal Resultado líquido do exercício Total do capital próprio Interesses minoritários
5.192.547 550.918 5.743.465
3.727.482 1.354.715 2.992.787 17.722.206
Resultados transitados
386.954.354
Passivo Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo Empréstimos por obrigações Não convertíveis Dívidas a instituições de crédito
Dívidas a terceiros - Curto prazo Dívidas a instituições de crédito Fornecedores, c/c Fornecedores - Facturas em recepção e conferência Fornecedores de imobilizado. c/c Estado e outros entes públicos Outros credores
51 52
Acréscimos e diferimentos Acréscimos de custos Proveitos diferidos Impostos diferidos passivos
53 53 51
O Técnico Oficial de Contas Maria Manuela Cabido Pontes Furtado
33
O Conselho de Administração José Manuel Monteiro da Silva Francisco Manuel Sousa Botelho António Luís Gusmão Teixeira Luís Filipe Lucena Ferreira João José Gomes de Aguiar
Relatório e Contas 2002
95
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001 unid: euros
Notas
EXERCÍCIO CORRENTE
EXERCÍCIO ANTERIOR
CUSTOS E PERDAS
Notas
Fornecimentos e serviços externos Custos com o pessoal
22.959.082
19.992.002
9.870.144
12.107.796
27.688.969
Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo Provisões
27 46
Impostos Outros custos e perdas operacionais
19.381.707 339.113 473.238 257.244
(A) Perdas relativas a empresas associadas Juros e custos similares Relativos a empresas do grupo Outros
25.838.893
19.720.820
17.490.829 115.033
730.482
323.420 245.075
80.969.497
EXERCÍCIO ANTERIOR
44
Custos e perdas extraordinárias
45 (E)
Imposto sobre o rendimento do exercício
51 (G) 55
44.106 8.478.367
Vendas Prestações de serviços
62.762.390 3.430.566
Trabalhos para a própria empresa Proveitos suplementares Subsídios à exploração Outros proveitos e ganhos operacionais
54 53
568.495 76.113.049
10.441.967
58.372.826 2.778.948
8.133.704 626.863 13.439.378 88.196
(B)
14.154.437
61.151.775 9.367.995
283.227 12.234.649 45.986
88.481.097
Ganhos de participações de capital Relativos a empresas associadas Relativas a outras empresas
125.551 30.600
Outros juros e proveitos similares Outros
44 (D)
8.522.473
66.192.956
12.563.862 83.083.632
17.605.862
21.062
(C)
675.234
87.813 15.874
831.385
595.402
699.088
89.312.482
83.782.720
5.142.505
4.963.611
94.454.987
88.746.331
7.511.600 -7.691.088 -179.488 3.872.003 3.165.327
6.970.583 -9.763.941 -2.793.358 1.362.353 928.004
10.463.029
89.491.970
86.576.078
1.091.014
807.899
90.582.984
87.383.978
706.676
434.350
91.289.660
87.818.328
-3.993 3.169.320
14.444 913.560
94.454.987
88.746.331
Proveitos e ganhos extraordinários
45 (F)
Resumo: Resultados operacionais (B)-(A) Resultados financeiros (D-B)-(C-A) Resultados correntes (D)-(C) Resultados antes de impostos (F)-(E) Resultado consolidado com os interesses minoritários do exercício (F)-(G)
O Técnico Oficial de Contas Maria Manuela Cabido Pontes Furtado
96 EDA
EXERCÍCIO CORRENTE
PROVEITOS E GANHOS
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
Interesses minoritários Resultado líquido do exercício
unid: euros
O Conselho de Administração José Manuel Monteiro da Silva Francisco Manuel Sousa Botelho António Luís Gusmão Teixeira Luís Filipe Lucena Ferreira João José Gomes de Aguiar
Relatório e Contas 2002
97
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001 unid: euros
Notas
EXERCÍCIO CORRENTE
EXERCÍCIO ANTERIOR
Vendas e prestações de serviços Subsídios à exploração Custos das vendas e das prestações de serviços
66.303.048 13.439.378 -55.127.652
61.151.775 12.234.649 -49.929.238
Resultados brutos Outros proveitos e ganhos operacionais Custos de distribuição Custos administrativos Outros custos e perdas operacionais
24.614.774 833.331 -4.295.050 -10.700.457 -246.265
23.457.186 328.634 -4.033.161 -8.514.991 -235.093
10.206.333 -6.509.808 144.877 30.600
11.002.575 -9.722.846 66.751 15.874
Resultados correntes Impostos sobre os resultados correntes
3.872.002 -706.675
1.362.354 -434.350
Resultados correntes após impostos Resultados extraordinários Impostos sobre os resultados extraordinários
3.165.327
928.004
Resultados operacionais Custo líquido de financiamento Ganhos (perdas) em filiais e associadas Ganhos (perdas) em outros investimentos
unid: euros
Método Directo
Notas
ACTIVIDADE OPERACIONAL: Recebimentos de clientes Subsídios à exploração Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao pessoal
EXERCÍCIO CORRENTE
71.516.667
Fluxo gerado pelas operações Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento Outros recebimentos/pagamentos actividade operacional Fluxos das actividades operacionais ACTIVIDADE DE INVESTIMENTO: Recebimentos provenientes de: Imobilizações corpóreas Comparticipações financeiras ao investimento Dividendos Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros Imobilizações corporeas
-32.933.440 -26.395.280 12.187.947
57.988.179 10.426.473 -24.080.313 -24.346.466 19.987.873
-1.029.689 -533.209
-214.851 -471.555 10.625.049
2.114 15.254.868 94.692
3.165.327
928.004
Interesses minoritários Resultados líquidos
3.993 3.169.320
-14.444 913.560
0.23
0.07
Resultados por acção
O Técnico Oficial de Contas Maria Manuela Cabido Pontes Furtado
O Conselho de Administração José Manuel Monteiro da Silva Francisco Manuel Sousa Botelho António Luís Gusmão Teixeira Luís Filipe Lucena Ferreira João José Gomes de Aguiar
ACTIVIDADE DE FINANCIAMENTO: Recebimentos provenientes de: Aumentos de capital Empréstimos bancários obtidos Juros e proveitos similares Pagamentos respeitantes a: Empréstimos bancários obtidos Juros e custos similares Fluxos das actividades de financiamento Variação de caixa e seus equivalentes Caixa e seus equivalentes no início do período Caixa e seus equivalentes no fim do período
19.301.467
114.900 6.075.790 82.912
474.620 162.835.004 568.385
6.273.602
-1.429.447 -33.018.999 -19.156.381 -3.804.707
-161.248.007 -8.971.153
O Técnico Oficial de Contas Maria Manuela Cabido Pontes Furtado
98 EDA
15.351.674
-2.304 -19.154.077 Fluxos das actividades de investimento
Resultados líquidos antes dos interesses minoritários
EXERCÍCIO ANTERIOR
163.878.009
-170.219.160 -6.341.151
-34.448.446 -28.174.844
4.805.089 223.457.247 1.435
-210.739.927 -8.484.994
479.191 351.116 830.307
228.263.771
-219.224.921 9.038.850 165.473 185.643 351.116
O Conselho de Administração José Manuel Monteiro da Silva Francisco Manuel Sousa Botelho António Luís Gusmão Teixeira Luís Filipe Lucena Ferreira João José Gomes de Aguiar
Relatório e Contas 2002
99
ANEXO AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS 00 INTRODUÇÃO A Electricidade dos Açores, S.A. (abreviadamente designada por EDA) foi transformada em sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, pelo Decreto-Lei nº 79/97, de 8 de Abril. Em 30 de Dezembro de 1999, a Região Autónoma dos Açores transmitiu um lote de 1 148 163 acções correspondente a 10% do capital social da EDA.Actualmente, estas acções são detidas pela EDP Participações, SGPS, S.A., conforme indicado na Nota 57. A EDA rege-se pelo seu Estatuto, pelas normas reguladoras das sociedades anónimas e por disposições do Governo Regional relacionadas com o sector da electricidade e com a própria empresa. Nos termos daquele decreto, as acções representativas do capital subscritas pela Região Autónoma dos Açores, só poderão ser transmitidas para outros entes públicos por deliberação daquele orgão. O objecto principal da Electricidade dos Açores, S.A. (empresa-mãe) e das suas subsidiárias mencionadas na Nota 1 é a produção, a aquisição, o transporte, a distribuição e a venda de energia eléctrica, bem como o exercício de outras actividades relacionadas com aquelas, e também com prestação de serviços de telecomunicações e sistemas de
100 EDA
informação e concepção e elaboração de projectos de consultadoria de engenharia, gestão e manutenção de instalações industriais. Nos termos do contrato de concessão do transporte e distribuição de energia eléctrica celebrado com a Região Autónoma dos Açores, a EDA tem a responsabilidade de exercer a actividade que é objecto da concessão pelo prazo de 50 anos, contados a partir de 12 de Outubro de 2000, data da aprovação da Resolução nº 181/2000, publicada no Jornal Oficial, I Série, nº 41/2000. A subsidiária SOGEO celebrou em 14 de Julho de 1995 com a Região Autónoma dos Açores um contrato de concessão de exploração de recursos geotérmicos na zona demarcada do concelho da Ribeira Grande por um período de 25 anos prorrogáveis por prazos sucessivos não superiores a cinco anos. A energia eléctrica produzida, transportada e distribuída é vendida a preços fixados por contrato celebrado com a Região Autónoma dos Açores, ao abrigo da Portaria nº 71/91, de 19 de Dezembro, com as alterações introduzidas pela Portaria nº 35/92, de 30 de Julho. As competências da Entidade Reguladora do Sector Eléctrico (ERSE) foram estendidas às Regiões Autónomas através do Decreto-Lei nº 069/2002, de 25 de Março, pelo que caberá a esta entidade proceder à fixação das tarifas para todo o território nacional a partir de 1 de Janeiro de 2003. Esta extensão das competências da regulação das actividades de produção, transporte e distribuição de energia eléctrica assenta no princípio da partilha dos benefícios da convergência dos sistemas eléctricos nacionais. Neste sentido, o Conselho de Administração da ERSE
aprovou em 4 de Dezembro de 2002 que os custos anuais com a convergência tarifária de 2003 ascenderiam a 38 647 000 euros. Em 20 de Março de 2003, a Secretaria Regional de Economia enviou uma proposta de contrato relativo à convergência tarifária de energia eléctrica a celebrar com o Governo da República, com o qual se pretende estabelecer as regras relativas ao pagamento dos custos acrescidos de produção e distribuição de energia eléctrica dos anos de 1998 a 2002 que foram estimados em 30 786 590 euros, dos quais 13 439 378 euros correspondem aos custos anuais com a convergência tarifária de 2002. De acordo com a proposta, este montante seria pago durante um período de onze anos, sem juros. A empresa-mãe, nas suas demonstrações financeiras individuais em 31 de Dezembro de 2002, reflecte já o valor referido, estando-se, contudo, a discutir o prazo de pagamentos proposto dado se entender que aqueles montantes se encontram já vencidos. As demonstrações das empresas subsidárias e associadas incluídas na consolidação são idênticas às que foram aprovadas nas respectivas assembleias gerais. As notas às contas deste Anexo respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade, sendo de referir que as não incluídas não são aplicáveis ou significativas para compreensão das demonstrações financeiras consolidadas. Todos os valores são expressos, salvo indicação em contrário, em euros.
01 EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO As empresas incluídas na consolidação em 31 de Dezembro de 2002 são:
Empresas SOGEO – Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A. EEG – Empresa de Electricidade e Gaz, Lda. GLOBALEDA – Telecomunicações e Sistemas de Informação, S.A. SEGMA – Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, Lda. GEOTERCEIRA – Sociedade Geoelétrica da Terceira, S.A.
Sede
Proporção do capital directo Directa Indirecta Total
Data da constituição
Ponta Delgada Ponta Delgada
97,01% 99%
1%
97,01% 100%
1990 1946
Ponta Delgada Ponta Delgada Angra do Heroísmo
100% 90% 50,04%
10% 0,06%
100% 100% 50,1%
1997 1998 (a) 2000
A parte remanescente do capital não detido pela empresa-mãe e empresas subsidiárias, é detido pela EDP Participações, SGPS, S.A..
As empresas subsidiárias foram incluídas na consolidação, pelo método de integração global, com base no definido na alínea a) do nº 1 do Decreto-Lei Nº 238/91, de 2 de Julho (maioria dos direitos de voto).
3 EMPRESAS ASSOCIADAS
Empresas NORMA-AÇORES – Sociedade de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento Regional, S.A. CONTROLAUTO-AÇORES, – Controlo Técnico de Automóveis, Lda. ONIAÇORES – Infocomunicações, S.A.
Sede
Proporção do capital directo Directa Indirecta Total
Ponta Delgada
45%
-
45%
Praia da Vitória Ponta Delgada
30% 40%
13,5% -
43,5% 40%
Em conformidade com o nº 13.6 das normas de consolidação de contas, as participações nestas associadas foram incluídas na consolidação pelo método da equivalência patrimonial.
Relatório e Contas 2002
101
7 RECURSOS HUMANOS O número médio de pessoal em empresas cujas demonstrações financeiras são consolidadas pelo método integral nos exercícios de 2002 e 2001 são de 786 e 796 trabalhadores respectivamente.
Participações SOGEO, S.A. EEG, Lda. NORMA-AÇORES, S.A. CONTROLAUTO-AÇORES, Lda.
10 DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO O saldo de 2 169 676 euros, que é mostrado em capitais próprios, contempla a diferença de 2 854 335 euros proveniente da primeira consolidação das demonstrações finan-
Custo de aquisição 5 526 850 399 038 9 976 44 892 5 980 756
ceiras (Nota 23), a qual resultou da compensação efectuada entre os valores contabilísticos das partes de capital próprias detidas nas empresas subsidiárias e associadas e a proporção dos capitais próprios que elas respresentavam reportadas a 1 de Janeiro de 1997, como se indica:
Proporção dos capitais próprios detidos % Montante 56,49% 100% 35,00% 40,50%
2 638 551 123 802 327 985 36 083
Diferenças da consolidação (2 888 299) (275 236) 318 009 (8 809) 2 854 335
O saldo da rubrica de Diferenças de consolidação incluído no Imobilizado incorpóreo, cujo movimento no ano é resumido na Nota 27 deste anexo, provém do aumento de capital social da SOGEO - Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A. ocorrido em 1997, bem como de aquisições de partes de capital desta subsidiária durante o ano de 2001 (408 825 acções). Estas diferenças de consolidação são amortizadas durante um período de cinco anos, o qual corresponde ao período estimado de recuperação do investimento.
18 CONTABILIZAÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES EM ASSOCIADAS Os investimentos financeiros em partes de capital em empresas associadas são contabilizados pelo valor resultante da aplicação do método da equivalência patrimonial.
102 EDA
Em conformidade com o método de equivalência patrimonial, os investimentos financeiros são ajustados pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas associadas por contrapartida de ganhos e perdas financeiros (Nota 44). Consequentemente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos financeiros. Os restantes investimentos financeiros estão mostrados ao custo de aquisição. As perdas estimadas na realização e/ou recuperação de investimentos financeiros encontram-se registadas na rubrica Provisões para investimentos financeiros (Nota 46). Os investimentos financeiros em partes de capital em empresas do grupo e associadas, nas contas individuais da empresa-mãe, passaram, a partir de 1 de Janeiro de 2002, a ser valorizados pelo método da equivalência patrimonial preconizado pela Directriz Contabilística nº 9.
21 COMPROMISSOS FINANCEIROS Fundo de pensões Conforme referido na Nota 23 g), a empresamãe transferiu em 1996 para o fundo de pensões as responsabilidades com pensões de reforma e de sobrevivência dos trabalhadores no activo nessa data.As pensões em pagamento dos pensionistas da subsidiária EEG são contabilizadas como custos do ano, não estando as responsabilidades existentes à data de 31 de Dezembro de 2002 cobertas por quaisquer provisões, nem por um fundo de pensões.
Em conformidade com o estudo actuarial reportado a 31 de Dezembro de 2002, as responsabilidades da empresa-mãe com pensões e complementos de pensões de reforma eram, com base nos pressupostos actuariais abaixo indicados, nessa data, as seguintes:
Valor actual das responsabilidades com trabalhadores reformados Valor actual das responsabilidades com trabalhadores no activo, por serviços passados
2002
2001
30 216 718
28 794 596
11 599 044 41 815 762
10 491 939 39 286 535
Relativamente às responsabilidades com trabalhadores no activo por serviços futuros o valor actual, em 31 de Dezembro de 2002, era de 7 516 213 euros (em 2001 – 7 530 023 euros). O estudo actuarial acima mencionado utiliza pressupostos actuariais para quantificar o valor das responsabilidades por serviços passados nessa data como segue:
Tábua de mortalidade Tábua de invalidez Taxa técnica de rendimento Taxa técnica de actualização Taxa de crescimento dos salários Taxa de crescimento das pensões Taxa de crescimento das remunerações (S.Social) Método
TV 73/77 EVK 80 5,0% 5,0% 2,5% 2,0% 1,5% Unidade de crédito projectada
Se fossem utilizados os pressupostos actuariais mencionados na norma regulamentar nº 21/96 – R do ISP as responsabilidades da empresa-mãe com pensões e complementos de pensões seriam de 34 256 271 euros em 31 de Dezembro de 2002.
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O total das responsabilidades determinadas com base nos pressupostos definidos pela empresa-mãe e pela Sociedade Gestora do Fundo e ainda não financiados pelo Fundo de Pensões é evidenciado na conta de Acréscimos e diferimentos (Nota 53) conforme se indica:
Saldo em 1 de Janeiro de 2002 Custos com pensões Menos: Contribuições para o Fundo de Pensões Pensões em pagamento suportadas pela EDA
32 410 464 4 347 350 (1 423 508) (1 509 848) (2 933 356) 33 824 458
Em referência a 31 de Dezembro de 2002, o custo com pensões contabilizado na rubrica de custos com pessoal foi apurado como segue:
Custo dos serviços correntes Custo dos juros Retorno real dos activos (ganhos) Perdas actuariais do ano
468 920 1 929 601 (145 465) 2 094 294 4 347 350 Durante o exercício de 2002, a quota-parte da empresa-mãe no património do Fundo de Pensões Aberto AÇOR SEGURO – EMPRESAS (correspondente a 5 857 948,003 unidades de participação) teve a seguinte evolução:
Saldo no início do ano Contribuições do ano Rendimento do ano (ganho) Pensões pagas no ano (Nota 53)
104 EDA
6 876 071 1 423 508 145 465 (453 740) 7 991 303
Em 31 de Dezembro de 2002, o património do Fundo de Pensões Aberto AÇOR SEGURO- EMPRESAS apresentava a seguinte composição:
Disponibilidades e outros Fundos investimento mobiliário: Acções Obrigações Fundos investimento mobiliário Dívida Pública: Nacionais Estrangeiras Acções: Nacionais Obrigações: Nacionais Estrangeiras
7 663 235 1 250 074 739 646 3 792 507 4 079 506 1 067 687 79 000 3 111 159 8 199 765 29 982 578
Conforme referido na Nota 23 g), o fundo de pensões está integrado no Fundo de Pensões Aberto AÇOR SEGURO – EMPRESAS, cujo valor de unidade de participação era de 5,1183 euros em 31 de Dezembro de 2002 (2001 – 5,00 euros). Outros compromissos contratuais Em 31 de Dezembro de 2002, os compromissos contratuais são:
Mercadorias encomendadas a fornecedores Encargos assumidos com equipamento encomendado e empreitadas adjudicadas
657 715 18 279 696
Relatório e Contas 2002
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23 BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS UTILIZADOS:
Na aplicação do método de equivalência patrimonial, as partes de capital das empresas associadas foram corrigidas para o valor que proporcionalmente lhe corresponde nos capitais próprios dessas empresas.
Bases de apresentação As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas do grupo (Nota 1). Assim, as demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas segundo a convenção dos custos históricos, modificada pela reavaliação das imobilizações corpóreas, e na base da continuidade das operações em conformidade com os princípios contabilísticos fundamentais da prudência, da consistência (excepto como indicado na Nota 43), substância sobre a forma, materialidade e, especialização dos exercícios, e de acordo com as normas da consolidação definidas no Plano Oficial de Contabilidade.
Princípios de consolidação A consolidação das empresas subsidiárias (Nota 1) efectuou-se pelo método de consolidação integral. As empresas associadas (Nota 3) foram incluídas na consolidação pelo método da equivalência patrimonial. Os saldos e transacções significativas entre as empresas incluídas na consolidação integral foram eliminados. O valor correspondente à participação de terceiros nas empresas subsidiárias é apresentado na rubrica de Interesses minoritários.
106 EDA
Principais critérios valorimétricos Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas foram os seguintes: a) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas são mostradas ao custo de aquisição ou produção e amortizadas durante o período de 3 a 5 anos. A diferença de consolidação proveniente do aumento de capital e de aquisições de partes de capital da SOGEO – Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A. é amortizado pelo método das quotas constantes durante um período de 5 anos (Nota 10). b) Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas transferidas para a empresa-mãe na data de integração pelo seu valor líquido contabilístico são mostradas na sua quase totalidade pelos valores resultantes da reavaliação efectuada em referência a 31 de Dezembro de 1983, deduzidas das amortizações acumuladas. As imobilizações corpóreas da empresa-mãe não resultantes de processos de integração são mostradas pelos valores resultantes da reavaliação efectuada em referência a 31 de Dezembro de 1990, deduzidos das amortizações acumuladas.
As imobilizações corpóreas da subsidiária SOGEO – Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A. são mostradas pelos valores resultantes da reavaliação efectuada em referência 31 de Dezembro de 1991, líquidos das amortizações acumuladas. As imobilizações adquiridas após 31 de Dezembro de 1991 são mostradas ao custo de aquisição, deduzidos das amortizações acumuladas. Como explicado na alínea f) desta Nota, os encargos financeiros são imputados a Imobilizações em curso, até ao momento em que os imobilizados entram em exploração. Quando os imobilizados passam para a exploração, os encargos financeiros são incluídos nas diferentes classes de imobilizados que afectaram. As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, a taxas estudadas de forma a amortizarem o valor contabilístico dos activos durante a sua vida útil esperada. As taxas de amortizações correspondem às seguintes vidas úteis estimadas: Anos Edifícios e outras construções Equipamento básico Produção hidroeléctrica Produção termoeléctrica Produção eólica Produção geotérmica Subestações Linhas AT/MT Postos de transformação Linhas BT Instalações de chegada Contadores Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobilizações corpóreas
10 - 60 18 - 40 4 - 50 24 10 - 20 15 - 40 8 - 40 18 - 40 8 - 28 17 - 28 16 - 20 4-6 4 - 20 3 - 16 8 - 20
Os terrenos, incluindo os directamente afectos às instalações de produção, transporte e distribuição de energia eléctrica, não são amortizados. As despesas de reparação e manutenção normais do imobilizado em exploração são consideradas como custos no ano em que ocorrem. c) Investimentos financeiros Os investimentos financeiros representativos de partes de capital noutras empresas (participações inferiores a 20%) e outras aplicações financeiras encontram-se registados ao custo da aquisição. As perdas estimadas na realização e/ou recuperação destes investimentos financeiros encontram-se registadas na rubrica Provisão para investimentos financeiros (Nota 46). Como acima explicado na Nota 18, os investimentos financeiros de partes de capital em empresas associadas são incluídos na consolidação pelo método da equivalência patrimonial. d) Existências As existências estão valorizadas ao custo de aquisição, deduzidas de uma provisão para depreciação de existências. A diferença entre o custo de aquisição e o valor estimado de realização ou de mercado, quando mais baixo, encontra-se registado na rubrica de Provisões para depreciação de existências.
e) Transacções em moeda estrangeira As transacções em moeda estrangeira relacionam-se quase inteiramente com empréstimos bancários externos contraídos para financiar o investimento e são traduzidas em euros aos câmbios em vigor na data da contabilização das respectivas responsabilidades. No final do ano os saldos a pagar e a receber em moeda estrangeira são actualizados aos câmbios em vigor à data do balanço. As diferenças de câmbio, favoráveis ou desfavoráveis, são contabilizadas em resultados do exercício. f) Encargos financeiros Os encargos financeiros são repartidos entre os que são considerados como resultantes de empréstimos contraídos para financiar os imobilizados em curso e os considerados como resultantes de outros empréstimos. Os primeiros são imputados a Imobilizações em curso, sendo os outros contabilizados em resultados do exercício. A base do cálculo dos encargos financeiros assim imputados a Imobilizações em curso consiste na aplicação de uma taxa de juro média dos empréstimos sobre o valor médio dos investimentos em curso não financiados por comparticipações ou subsídios. Para efeito deste cálculo, o valor dos investimentos em curso sobre os quais é aplicada a referida taxa de juro inclui os encargos financeiros anteriormente imputados. g) Pensões de reforma e de sobrevivência Na base do Acordo da Empresa existente, a
empresa-mãe tem a responsabilidade de complementarizar até ao limite máximo de 80% as pensões de reforma atribuídas pelas instituições de segurança social aos seus empregados reformados com pelo menos 30 anos de serviço, descendo esse limite em conformidade com um menor tempo de serviço prestado. Além desta responsabilidade com complementos de pensões de reforma, é igualmente da responsabilidade da empresa-mãe assegurar o pagamento das próprias pensões aos empregados oriundos do sector público e das autarquias locais abrangidos pelo regime da Caixa Geral de Aposentações e reformados até 30 de Novembro de 1999, na parte correspondente ao período em que estiveram ao seu serviço. Nos termos do Decreto-Lei nº 427/99, de 21 de Outubro, esses trabalhadores da empresa-mãe passaram a estar integrados no regime geral de segurança social, assumindo a Caixa Geral de Aposentações a responsabilidade pelos encargos correspondentes às pensões devidas, pelo tempo em que o trabalhador foi subscritor daquela instituição. As diferenças de tratamento originadas pela aplicação deste regime relativamente aquele que resultaria da Caixa Geral de Aposentações são assegurados pela empresa-mãe. A empresa-mãe constituiu em 1996 um fundo de pensões que actualmente está integrado no Fundo de Pensões Aberto AÇOR SEGURO – EMPRESAS para financiar a totalidade das responsabilidades passadas com os trabalhadores no activo, pelo que só parte do valor actual das responsabilidades com trabalhadores reformados está coberta a partir
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107
dessa data pelo Fundo de Pensões (em 31 de Dezembro de 2002, a responsabilidade assim coberta era de 7 824 467 euros – Nota 21). As pensões pagas em 2002 totalizaram 1 963 588 euros , dos quais 1 509 848 euros não se encontravam cobertas pelo fundo. Relativamente aos pensionistas da subsidiária EEG as pensões contabilizadas como custos do ano totalizaram o montante de 15 877 euros. h) Comparticipações financeiras As comparticipações comunitárias atribuídas, a fundo perdido, a projectos apresentados pelo grupo são contabilizadas na rubrica de Proveitos diferidos com base na sua execução financeira, independentemente do seu recebimento e reconhecidas na demonstração de resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas financiadas.
As comparticipações financeiras do Governo Regional e outros organismos públicos e de terceiros no custo de empreendimentos são contabilizadas quando facturadas, sendo transferidas para resultados durante 20 anos, o qual corresponde ao período de vida útil das imobilizações financiadas. i) Vendas de electricidade A facturação de electricidade é efectuada numa base mensal ao longo de cada mês. As facturas mensais de electricidade são baseadas em contagens reais de consumos ou em consumos estimados através dos dados históricos de cada consumidor. Os consumos ocorridos e não lidos até à data do balanço, são estimados e registados em Acréscimos e diferimentos (Nota 53). As tarifas de energia eléctrica a clientes do SEPA (Sistema Eléctrico de Serviço Público dos Açores) são fixadas pela ERSE a partir de 1 de Janeiro de 2003. Compete-lhe também fixar os custos anuais com a convergência do tarifário a partir dessa data. Para o ano de 2002 e com base num contrato a celebrar com o Governo da República Portuguesa (Nota introdutória) prevê-se que os custos anuais a suportar ascendam a 13 439 378 euros, os quais foram registados em Subsídios à exploração. j) Especialização de custos e proveitos As despesas e receitas são registadas de acordo com o princípio da especialização do exer-
Conversão
Moeda USD JPY
108 EDA
cício. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de Acréscimos e diferimentos (Nota 53). l) Impostos diferidos A empresa-mãe e a filiada SOGEO, a partir de 1 de Janeiro de 2002, passaram a reconhecer o efeito fiscal decorrente das diferenças temporárias entre os resultados contabilísticos e os fiscais para efeitos de tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). m) Instrumentos financeiros Os instrumentos financeiros dizem respeito a contratos “swap” de taxa de juro cujo vencimento está estipulado para 2005 , e que tem exclusivamente o objectivo de reduzir o risco a que se encontra exposto os contratos de financiamento. Os encargos financeiros são calculados e contabilizados na demonstração de resultados com base nas taxas de juro contratada.
24 CÂMBIOS UTILIZADOS As cotações cambiais utilizadas para conversão dos saldos originariamente expressos em moeda estrangeira existentes na data do Balanço foram as do Banco de Portugal - cotações oficiais de divisas (indicativas) em 31 de Dezembro de 2002, por aplicação das regras de conversão conforme se indica de seguida:
Contra – valor
Moeda
Contra - valor
Moeda
1,0487 124,390
CHF GBP
1,4524 0,6505
DKK
25 DESPESAS DE INSTALAÇÃO, DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO E TRESPASSES Inclui encargos incorridos com a constituição, aumentos do capital social e despesas de investigação e desenvolvimento ocorridos nos últimos anos, bem como o valor de trespasse de ocupação de uma instalação.
27 MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO O movimento ocorrido no ano resume-se como segue: Imobilizações incorpóreas
Custo Despesas de instalação Despesas de investigação e desenvolvimento Trespasses Diferenças de consolidação (Nota 10) Amortizações Despesas de instalação Despesas de investigação e desenvolvimento Trespasses Diferenças de consolidação
Valor líquido
Saldo em 01.01.2002
Aumentos
967 979 6 236 146 1 199 828 8 403 953
24 883 19 952 44 835
(57 738) (57 738)
992 6 178 19 1 199 8 391
912 430 6 236 146 1 023 403 8 171 979
63 845 333 44 106 108 284
(57 738) (57 738)
976 275 6 178 408 333 1 067 509 8 222 525
231 974
Transferências
Saldo em 31.12.2002 862 408 952 828 050
168 525
Contra - valor 7,4288
A amortização das diferenças de consolidação foi reconhecida na rubrica de custos e perdas financeiras (Nota 44).
Relatório e Contas 2002
109
Imobilizações corpóreas Saldo em 01.01.2002 Custo ou reavaliado Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobilizações Corpóreas Amortizações Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobilizações corpóreas
Valor líquido
2 37 324 3 2 10 50 432
243 904 846 784 918 590 670 957
457 717 527 141 119 388 231 580
8 101 2 2 7 14 137
923 021 923 038 596 519 022
339 288 351 363 586 559 486
Aumentos 307 174 198 351 211 496 70 1 809
Transferência de imob. em curso
Transferências e abates
Saldo em 31.12.2002
334 292 915 957 177 188 101 964
5 889 529 43 497 347 15 568 1 398 428 50 801 379
(180 (4 575 (213 (103 (71 (121 (5 266
722) 639) 960) 175) 706) 736) 938)
2 43 363 3 3 12 50 480
550 787 967 922 041 413 618 301
791 816 657 138 689 298 596 985
1 277 688 14 039 242 490 209 245 246 1 631 638 1 633 506 19 317 529
-
(146 (3 925 (241 (88 (53 (111 (4 567
550) 463) 457) 805) 645) 997) 917)
10 111 3 2 9 16 151
054 135 172 194 174 041 772
477 067 103 804 579 068 098
295 935 094
328 529 887
Investimentos financeiros As partes de capital em empresas associadas em 31 de Dezembro de 2002 tinham a seguinte composição:
Firma Empresas associadas NORMA-AÇORES – Sociedade de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento Regional, S.A. CONTROLAUTO-AÇORES – Controlo Técnico de Automóveis, Lda. ONIAÇORES – Infocomunicações, S.A
Saldo em 1 de Janeiro Investimento directo Encargos financeiros (Nota 54) Menos: Transferência para imobilizações corpóreas Transferência para resultados
Saldo em 31 de Dezembro
38 28 1 69
653 886 588 128
693 061 976 730
35 29 1 67
2001
Firma
634 578 931 144
BANIF AÇORPENSÕES – Sociedade Gestora de Fundo de Pensões, S.A. CABO TV AÇOREANA, S.A. I.A.T.H. – Indústria Açoreana Turístico-Hoteleira, S.A. DTS – Sociedade Açoreana de Desenvolvimento Tecnologias e Serviços, S.A. Caixa Crédito Agrícola Mútuo dos Açores, C.R.L. Fundação Eng. José Cordeiro INOVA – Instituto de Inovação Tecnológica dos Açores ENTA – Escola de Novas Tecnológias dos Açores
479 954 078 511
50 801 379 50 801 379
24 322 727 4 168 092 28 490 819
18 327 351
38 653 693
Capitais próprios
Resultado do exercício
45,00
1 163 167
2002
152 024
554 111
516 215
30,00 40,00
377 298 195 551
2002 2002
110 702 30 879
113 190 78 220 745 521
126 818 65 869 708 902
2002
2001
Os títulos e outras aplicações financeiras em 31 de Dezembro de 2002 tinham a seguinte composição:
Imobilizações em curso 2002
Capital detido %
Menos: Provisão para investimentos financeiros
Capital detido %
Capitais próprios
2,70 6,18 0,12
2 450 070 9 999 599 (*)
5,00 0,0014 60,00 0,77 2,00
282 301 22 341 378 (*) (59 860) (25 450)
Resultado do exercício
2002 2002 2002
2002
21 021 1 764 801 (*)
49 880 228 649 39 500
2001(**) 11 346 2002 1 080 272 2002 (*) 2002 (136 706) 2002 (29 326)
9 978 125 5 735 5 296 2 000 341 163 (39 500) 301 663
(*) dados não disponíveis (**) valores do exercício findo em 31/03/2002
110 EDA
Relatório e Contas 2002
111
28 CAPITALIZAÇÃO DOS CUSTOS FINANCEIROS De acordo com o critério contabilístico definido na Nota 23 f), o montante de encargos financeiros capitalizados no exercício em imobilizações em curso foi de 1 588 976 euros (Nota 27).
33 DÍVIDAS A TERCEIROS – MÉDIO E LONGO PRAZO
Dívidas a instituições de crédito
2 a 5 anos
a mais de 5 anos
Total
113 963 454
45 249 586
159 213 040
Empréstimos bancários Compreendem:
Facilidades bancárias Empréstimos por obrigações Créditos financeiros
Curto Prazo (Até 1 ano)
Médio e longo Prazo (Mais de 1 ano)
15 147 414 41 395 230
35 000 000 124 213 040
56 542 644
159 213 040
Facilidades bancárias Estes empréstimos têm vencimento fixado para 2002, variando as taxas de juro entre 3,4296% e 4,029%. Empréstimos por obrigações Consiste numa emissão de 7 000 000 obrigações escriturais ao portador, no valor nominal unitário de 5 euros que vence juros à taxa Euribor a 6 meses acrescida de 0,25% (2,875%) e integralmente reembolsável em 2006. Sobre este empréstimo foi
112 EDA
celebrado um contrato de swap de taxa de juro, no montante de 17 500 000 euros, com vencimento em 20 de Agosto de 2005. A taxa de juro em vigor em 31 de Dezembro de 2002, era de 3,82%. Créditos financeiros Curto Prazo (Até 1 ano)
Médio e longo Prazo (Mais de 1 ano)
Mercado interno Empréstimos bancários directos e programas de emissões de papel comercial por oferta privada de subscrição contraídos no mercado interno, vencendo juros a taxas anuais compreendidas entre 2,8125% e 3,875% e reembolsáveis até 2007, inclusivé.
37 659 242
62 744 605
Mercado externo Empréstimos contraídos no mercado externo, vencendo juros a taxas anuais compreendidas entre 2,894% e 7,8%, ocorrendo o seu reembolso até 2017.
3 735 898
61 468 435
41 395 230
124 213 040
Em relação a certos empréstimos a empresa-mãe obrigou-se a prestar a favor das instituições de crédito o aval e/ou carta conforto do Governo Regional dos Açores e/ou do Governo da República como garantia dos valores mutuados. Os montantes a liquidar em 31 de Dezembro de 2002 dos empréstimos nesta situação eram respectivamente de 80 204 424 euros e 21 204 424 euros.
Em 31 de Dezembro de 2002, existia um contrato de swap de taxa de juro (a qual foi fixada em 4,18%) sobre um empréstimo do mercado interno, de 10 350 057 euros.
Sobre as operações de financiamento avalizadas pelo Governo da República incide uma taxa de aval de 0,2%.
Relatório e Contas 2002
113
36 VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS As rubricas de Vendas e Prestação de serviços podem ser resumidas: 2002 Vendas de electricidade Em Média tensão Em Baixa tensão Energia em contadores
Vendas de telemóveis e acessórios Prestações de serviços
19 772 122 39 711 246 1 969 384
O valor líquido do custo e das reavaliações das imobilizações corpóreas é o seguinte:
2001
Custos Históricos Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobilizações corpóreas
18 243 540 36 333 263 2 803 977 61 452 752
57 380 780
1 309 638 62 762 390 3 430 566
992 046 58 372 826 2 778 949
66 192 956
61 151 775
39 REMUNERAÇÕES DOS ORGÃOS SOCIAIS As remunerações atribuídas aos orgãos sociais em 2002 totalizaram 364 515 euros (2001 – 276 204 euros).
41 REAVALIAÇÃO DAS IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS As imobilizações corpóreas foram reavaliadas ao abrigo dos seguintes diplomas legais: Decreto-Lei nº 399-G/84, de 28 Dezembro Decreto-Lei nº 118-B/86, de 27 Maio Decreto-Lei nº 49/91, de 25 Janeiro Decreto-Lei nº 264/92, de 24 de Novembro
114 EDA
42 CUSTO HISTÓRICO DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
43 COMPARABILIDADE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Conforme mencionado nas Notas 23 l) e 51, em 1 de Janeiro de 2002, as empresas do grupo passaram a adoptar a política de reconhecer nas suas demonstrações financeiras, a partir de 1 de Janeiro de 2002, o efeito fiscal resultante das diferenças temporárias entre os resultados contabilísticos e os fiscais. Em consequência desta alteração de política contabilística, foram registados no decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, impostos diferidos activos e passivos nos montantes de 8 368 353 euros e 939 624 euros, respectivamente, dos quais 7 483 504 euros foram contabilizados directamente em capitais próprios (Nota 58) por se referirem a exercícios anteriores, enquanto que os impostos diferidos respeitantes ao exercício, no montante de 54 776 euros, foram registados na rubrica de imposto sobre o rendimento.
Reavaliações
Valores Reavaliados
2 262 533 31 363 864 246 069 382 750 035 846 352 3 238 534 34 574 502
288 258 2 369 475 6 763 208 533 185 3 026
2 550 791 33 733 339 252 832 590 750 035 846 885 3 238 719 34 577 528
319 105 202
9 424 685
328 529 887
44 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS FINANCEIROS
Custos e perdas Encargos financeiros suportados Perdas relativas a empresas associadas Amortização das diferenças de consolidação (Nota 27) Diferenças de câmbio desfavoráveis Outros custos e perdas Proveitos e ganhos Juros obtidos Ganhos de participações de capital: Em empresas do grupo e associadas Em outras empresas Diferenças de câmbio favoráveis Outros
Resultados financeiros
2002
2001
8 062 895 44 106 6 057 409 415 8 522 473
10 062 925 21 062 53 291 325 751 10 463 029
580 769
427 960
125 30 80 14 831
87 15 163 3 699
551 600 052 413 385
(7 691 088)
813 873 712 730 088
(9 763 941)
Relatório e Contas 2002
115
As perdas e ganhos em empresas associadas tem a seguinte composição (Nota 3): 2002 Ganhos Norma-Açores Controlauto-Açores Oniaçores
79 33 12 125
2001
988 211 352 551
54 681 33 132 87 813
-
21 062
Perdas Oniaçores
A rubrica Outros proveitos e ganhos extraordinários contempla a quota parte das comparticipações financeiras (4 858 240 euros – Nota 53), bem como os subsídios recebidos em acções de formação profissional cofinanciadas pelo Fundo Social Europeu (81 770 euros).
46 MOVIMENTOS DAS PROVISÕES Resumo do movimento do ano:
45 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
Saldo Inicial Para dívidas de clientes Para depreciação de existências Para investimentos financeiros (Nota 27)
Os resultados extraordinários resumem-se como segue: 2002 Custos e perdas Donativos Dívidas incobráveis Perdas em existências Perdas em imobilizações Multas e penalidades Correcções relativas a exercícios anteriores Insuficiência de estimativa de impostos Outros custos e perdas extraordinárias
Proveitos e ganhos Recuperação de dívidas Ganhos em existências Ganhos em imobilizações Reduções de amortizações e de provisões Excesso de estimativa de impostos Correcções relativas a exercícios anteriores Outros proveitos e ganhos extraordinários Resultados extraordinários
44 003 411 278 928 386 6 591 107 034 3 959 352 1 091 014
166 2 31 4 940 5 142 4 051
723 260 410 151 978 982 504 490
2001
77 64 2 12 106 534 8 807
2 127 24 1 25 4 781 4 963 4 155
765 696 571 131 823 087 986 840 899
851 251 703 111 224 961 510 611 712
Aumentos
51 ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Os saldos devedores e credores resumem-se como se segue:
Saldo Final
324 035 177 570 39 500
42 857 296 256 -
(66 378) (177 296) -
300 514 296 530 39 500
541 105
339 113
(243 674)
636 544
50 CLIENTES Nesta rubrica está registada 442 727 euros da dívida de iluminação pública relativa à energia fornecida até 30 de Junho de 1996 que, de acordo protocolo celebrado em 1996 com o Governo Regional e as Câmaras Municipais, deveria ter sido liquidada até 31 de Dezembro de 2002.
Redução
Saldos devedores Pagamento por conta IRC IRC a recuperar Retenção na fonte IRC retido por teceiros Imposto sobre valor acrescentado (IVA): Reembolsos pedidos A recuperar
Saldos credores IRC a pagar IRS – retenções na fonte Taxa social única IVA a pagar Outros
2002
2001
25 242 2 407 3 098 798 601 035
93 800 3 000 20260 2 899 038 937 317
3 727 482
3 933 435
294 304 379 36 23
881 622 351 305 405
897 088 302 296 375 320
1 038 563
1 593 890
19 186
116 EDA Relatório e Contas 2002
117
O montante de 706 676 euros registado em resultados na rubrica de imposto sobre o rendimento compreende:
Imposto corrente Imposto diferido (Nota 43)
651 900 54 776 706 676
Casa-mãe EEG GLOBALEDA SEGMA
570 34 43 4
000 000 400 500
651 900
EDA Impostos diferidos activos Relativos a provisão para pensões de reforma não aceite fiscalmente: Em anos anteriores (Nota 58) 7 486 817 no ano 326 633 7 813 450 Relativos a prejuízos fiscais: Em anos anteriores (Nota 58 ) no ano -
Outras
Total
-
7 486 817 326 633 7 813 450
1 018 927 (464 024) 554 903
1 018 927 (464 024) 554 903
As empresas incluídas na consolidação são tributadas com base nos rendimentos apurados das contas individuais, nas quais foram constituídas as seguintes provisões para IRC a pagar: Em conformidade com a legislação em vigor na Região Autónoma dos Açores a taxa a aplicar para determinação do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) é reduzida em 30% da taxa geral de IRC de 30% correspondente actualmente a uma taxa efectiva de 21%. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte da administração fiscal durante um período de 4 anos ou 5 anos no que respeita à segurança social. Deste modo, as declarações fiscais de 1999 a 2002 poderão vir ainda a ser revistas.
8.368.353 Impostos diferidos passivos Acréscimo de reintegrações de imobilizados reavaliados não aceites como custo fiscal: Em 2002 e anos subsequentes ( Nota 58 ) 910 643 Em 2002 (62 216) 848 427 Mais-valias fiscais reinvestidas: Em 2002 e anos 102 034 subsequentes ( Nota 40 ) Em 2002 (16 985) 85 049
9 563 (3 415) 6 148
920 206 (65 631) 854 575
-
102 034
-
(16 985) 85 049 939 624
118 EDA
A Administração entende que as correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2002. O efeito fiscal emergente das diferenças temporárias entre os resultados contabilísticos e os fiscais foram objecto de registo contabilístico em impostos diferidos activos e passivos, como explicado na Nota 43 e a seguir se demonstra:
Em consequência da aplicação desta prática contabilística, o grupo contabilizou impostos diferidos, em custos do exercício, no montante de 54 776 euros e, por contrapartida directa de capitais próprios, 7 483 504 euros.
52 OUTROS DEVEDORES E CREDORES – CURTO PRAZO A rubrica Outros devedores inclui o saldo de 803 575 euros devido pela Secretaria Regional da Economia referente ao processo de normalização da estrutura económica-financeira da empresa-mãe respeitante ao ano de 1991. A rubrica de Outros credores inclui os seguintes saldos: O saldo devido à Aeroportos e Navegação Aérea, - ANA, E.P. resulta da cedência da Central Termoeléctrica do Aeroporto de Santa Maria, pelo valor global de 548 678 euros, que será liquidado em prestações mensais de 4 259,14 euros, vencendo-se a última em 1 de Janeiro de 2009, sem qualquer encargo adicional.
RDP – Taxas de radiodifusão ANA, E.P. Cauções recebidas de clientes Credores diversos
2002
2001
76 310 859 203
138 399 975 141
499 927 025 278
377 608 350 099
1 449 729
1 654 434
2002
2001
1 969 384 30 786 590 453 740 1 779 746 89 092
2 803 977 17 347 212 362 330 4 342 489 98 244
35 078 552
24 954 252
53 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de proveitos Decomposição dos saldos evidenciados no Balanço em 31 de Dezembro de 2002: Energia a facturar (Nota 36) Subsídio ao tarifário Pagamentos de pensões por conta do Fundo (Nota 21) Subsídio para o investimento Outros acréscimos de proveitos
Relatório e Contas 2002
119
Como explicado na nota introdutória deste anexo, os custos anuais com a convergência tarifária dos anos de 1998 a 2002 foram estimados em 31 449 431 euros (dos quais, 13 439 378 euros são respeitantes ao ano de 2002 – Nota 23j)) conforme minuta de contrato a celebrar com o Governo da Repúbli-
ca. Este valor, líquido dos pagamentos já realizados em 2001 e anos anteriores, será, de acordo com a minuta referida, reembolsável em 10 prestações anuais de 3 139 333 euros contadas a partir de 2004 (a prestação de 2003 será de 56 101 euros) pagáveis, em partes iguais, trimestralmente e sem juros. Con-
forme mencionado na nota introdutória, a empresa-mãe registou nas suas demonstrações financeiras o efeito constante na proposta apresentada por este organismo encontrando-se, todavia, em discussão o prazo do seu pagamento já que, do ponto de vista da empresa, esta dívida já se encontra vencida.
Custos diferidos
Despesas relacionadas com grandes reparações e beneficiações Encargos com empréstimos bancários e outros Outros custos diferidos
2002
2001
181 377 447 165 26 770
266 490 402 543 82 948
655 312
751 981
Do total das comparticipações comunitárias diferidas em 2002 e anos anteriores, pela empresa-mãe, ainda se encontram por liquidar o montante de 1 779 746 euros que é evidenciado em Acréscimos de proveitos.
54 TRABALHOS PARA A PRÓPRIA EMPRESA Incluem-se nesta rubrica os seguintes montantes: 2002 Aquisições directas Encargos financeiros (Nota 27)
2001
6 544 728 1 588 976
7 436 917 1 931 078
8 133 704
9 367 995
Acréscimos de Custos 2002 Fundo de pensões (Nota 21) 33 824 458 Remunerações a liquidar 2 936 000 Juros a liquidar 1 769 108 Gratificações ao pessoal 300 000 Estimativa de custos a facturar de obras encerradas em 2002 901 235 Outros acréscimos de custos 254 913
32 410 464 2 940 862 1 819 350 300 000 159 273
39 985 715
37 629 949
Proveitos diferidos Inclui exclusivamente a rubrica de subsídios para o investimento, atribuídos ao Grupo, cujo movimento em 2002 foi o seguinte:
Comparticipação diferida Até 2001 (líquida) Comparticipações recebidas do Governo Regional e de terceiros no custo de empreendimentos Comparticipações comunitárias Kredietanstalt für Wiederanfbau
120 EDA
2001
2002
Transferência para resultados
Saldo líquido
8 456 343 70 865 934 5 996
1 142 289 11 906 255 -
(613 392) (4 244 848) (5 996)
8 985 240 78 527 341 -
79 328 273
13 048 544
(4 864 236)
87 512 581
55 INTERESSES MINORITÁRIOS O movimento ocorrido no ano resume-se como se segue:
Saldo inicial Lucro / (prejuízo) do ano: SOGEO GEOTERCEIRA Variação de capitais próprios na Sogeo e outros Aumento do capital social – EEG Saldo final O saldo da rubrica dos interesses minoritários classificado no passivo em 31 de Dezembro de 2002 diz respeito à participada SOGEO (410 451 euros) e GEOTERCEIRA (443 204 euros).
352 929 45 793 (49 786)
(3 993) 30 669 474 050 853 655
56 CAPITAL SOCIAL O capital social da EDA é representado por 14 000 000 acções nominativas com valor nominal de cinco euros cada uma.
Relatório e Contas 2002
121
57 CAPITAL – DETENTORES As acções representativas do capital subscrito são detidas pela Região Autónoma dos Açores (12 600 000 acções), e pela EDP Participações, SGPS, S.A. (1 400 000 acções).
A parte do capital subscrito pelo accionista Região Autónoma dos Açores ainda não foi realizado (2 992 787 euros).
lizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.
58 MOVIMENTOS DOS CAPITAIS PRÓPRIOS
A reserva de reavaliação do imobilizado corpóreo resulta das reavalições efectuadas nos termos da legislação aplicável (Nota 41). De acordo com a legislação vigente e as práticas contabilísticas seguidas em Portugal, estas reservas não são distribuíveis aos accionistas podendo apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos do capital ou em outras situações especificadas na legislação.
Resumo do movimento do ano: Saldo Inicial Capital social Diferenças de consolidação (Nota 10) Reservas de reavaliação Reservas legais Reserva para investimentos Reserva para fins sociais Reservas especiais Resultados transitados Resultado consolidado líquido do exercício
Apropriação dos lucros de 2001
Variações
Saldo final
70 000 000 (2 169 676) 1 687 030 5 986 100 911 19 235 77 483 (31 611 447) 38 109 522 913 560
9 014 168 520 177 534 2 255 760
(848 426) 149 167 9 226 089 8 526 830 -
70 000 000 (2 169 676) 838 604 15 000 100 911 19 235 226 650 (22 216 838) 46 813 886 3 169 320
39 023 082
2 433 294
8 526 830
49 983 206
A alteração de contabilização mencionada na Nota 43 relativa ao registo dos impostos diferidos afectaram os capitais próprios em 7 483 504 euros. O aumento no montante de 149 167 euros na rubrica de reservas especiais referem-se a doações. A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da EDA, mas pode ser uti-
122 EDA
59 DETALHE DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES Em 31 de Dezembro de 2002, o detalhe de caixa e seus equivalentes, era o seguinte:
Caixa Depósitos à ordem Depósitos a prazo Descobertos bancários
2002
2001
7 712 110 830
91 215 43 351
960 347 000 307 -
830 307
565 577 990 132 (16)
351 116
O depósito a prazo, efectuado pelo período de vinte dias no montante de 110 000 euros tem vencimento estipulado para 9 de Janeiro de 2003 e vence juros à taxa anual de 3%.
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS Maria Manuela Cabido Pontes Furtado
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO José Manuel Monteiro da Silva Francisco Manuel Sousa Botelho António Luís Gusmão Teixeira Luís Filipe Lucena Ferreira João José Gomes de Aguiar
Relatório e Contas 2002
123
3.4 APRECIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE CONTAS CONSOLIDADAS CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS INTRODUÇÃO 1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas anexas da Electricidade dos Açores, S.A., as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2002, (que evidencia um total de balanço de 416.170.628 euros e um total de capital próprio de 49.983.206 euros, incluindo um resultado líquido de 3.169.320 euros), a Demonstração consolidada dos resultados por naturezas e por funções e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa e o correspondente Anexo. RESPONSABILIDADES 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas englobadas na consolidação e o resultado consolidado das suas operações, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados. 3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. ÂMBITO 4. Excepto quanto à limitação descrita no parágrafo 6 abaixo, o exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e Directrizes de Revisão da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: – a verificação das demonstrações financeiras das empresas englobadas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; – a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da equivalência patrimonial; – a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; – a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e
– a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. 5. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. RESERVA 6. Como mencionado na Nota Introdutória do Anexo ao Balanço e a Demonstração dos Resultados, existe uma proposta de contrato relativo aos custos anuais com a convergência tarifária a celebrar com o Governo da República para o período de 1998 a 2002. Esta previsto na minuta deste contrato que o montante de 30 786 590 euros contabilizado a este respeito em Acréscimos e proveitos (do qual, 13 439 378 euros foi reconhecido em proveitos do exercício de 2002 - Nota 52) será liquidado a prazo. Encontrando-se, nesta data, em discussão o plano de pagamento proposto, não nos é possível concluir sobre o impacto contabilístico emergente do registo nas demonstrações financeiras do valor actual deste montante a receber. OPINIÃO 7. Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam revelar-se necessários caso não existisse a limitação referida no parágrafo 6 acima, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Electricidade dos Açores, S.A. em 31 de Dezembro de 2002, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites os quais, excepto como indicado na Nota 43 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos resultados, foram aplicados de forma consistente com os do exercício anterior. ÊNFASE 8. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos a atenção para o facto de que na rubrica de Outros devedores encontra-se registado o saldo de 803 575 euros devido pela Secretaria Regional da Economia referente ao processo de normalização da estrutura financeira respeitante ao ano de 1991. Ponta Delgada, 31 de Março de 2003 A.PAREDES, A. OLIVEIRA E M. BRANCO Sociedade de Revisores Oficiais de Contas representada por: Manuel Luís Fernandes Branco
124 EDA
Relatório e Contas 2002
125
RELATÓRIO DO FISCAL ÚNICO
PARECER DO FISCAL ÚNICO
Senhores Accionistas,
Senhores Accionistas,
Em conformidade com as disposições legais aplicáveis, vimos emitir o nosso relatório sobre a fiscalização das contas consolidadas da Electricidade dos Açores, S.A. em referência ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, as quais, em conjunto com o Relatório consolidado de gestão, nos foram submetidas para exame pelo Conselho de Administração nos termos do disposto no nº 1 e 3 do artigo 508º - D do Código das Sociedades Comerciais.
Nos termos do nº 1 e 3 do artigo 508º - D do Código das Sociedades Comerciais procedemos ao exame das contas consolidadas da Electricidade dos Açores, S.A. em referência a 31 de Dezembro de 2002 e à apreciação da concordância, com essas contas, do Relatório consolidado de gestão, em resultado dos quais somos de parecer que aproveis o conjunto destes documentos.
Verificámos que o perímetro de consolidação foi definido pela Electricidade dos Açores, S.A., como empresa consolidante, de harmonia com o estabelecido no Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho, e que nos seus aspectos essenciais foram apropriadamente aplicadas as normas de consolidação de contas definidas no Plano Oficial de Contabilidade.
Ponta Delgada, 31 de Março de 2003
Relativamente às empresas integradas no perímetro de consolidação, apreciámos o respectivo Relatório do Conselho de Administração e, quando aplicável, Parecer e Certificação Legal das Contas emitidos pelo seu órgão de fiscalização em conformidade com as disposições legais e estatuárias.
O Fiscal Único A. PAREDES, A. OLIVEIRA E M. BRANCO Sociedade de Revisores Oficiais de Contas representada por: Manuel Luís Fernandes Branco
Nos termos do nº 1 do artigo 452º do Código da Sociedades Comerciais, por remissão do nº 1 do seu artigo 508º - D, emitimos, também, o Relatório anual sobre a fiscalização das contas consolidadas, o qual, como exigido por lei, fica a fazer parte integrante do presente relatório, bem como a Certificação Legal das Contas consolidadas emitida nesta data. O Relatório consolidado de gestão satisfaz de um modo geral os requisitos exigidos pelo artigo 508º – C do Código das Sociedades Comerciais e verificámos que existe concordância do seu conteúdo com as contas consolidadas. Em face do exposto, e dado não se nos ter deparado qualquer aspecto que afecte materialmente a imagem verdadeira e apropriada da situação financeira e dos resultados do conjunto das empresas compreendidas na consolidação, o Fiscal Único deliberou formular sobre o relatório consolidado de gestão e sobre as contas consolidadas o parecer que segue em separado, o qual deverá ser presente aos accionistas e publicado, como a lei impõe. Ponta Delgada, 31 de Março de 2003 O Fiscal Único PAREDES, A. OLIVEIRA E M. BRANCO Sociedade de Revisores Oficiais de Contas representada por: Manuel Luís Fernandes Branco
126 EDA
Relatório e Contas 2002
127
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Accionistas da EDA – Electricidade dos Açores, S.A. 1. Auditámos as demonstrações financeiras consolidadas anexas da EDA – Electricidade dos Açores, S.A. (“Empresa ou EDA”) e subsidiárias (“Grupo”), as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2002, as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções, e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo. Estas demonstrações financeiras consolidadas são da responsabilidade do Conselho de Administração. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada na nossa auditoria daquelas demonstrações financeiras consolidadas. 2. Excepto quanto à limitação descrita no parágrafo 3 abaixo, a nossa auditoria foi efectuada de acordo com as normas de auditoria geralmente aceites em Portugal, as quais exigem que a mesma seja planeada e executada com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Esta auditoria incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras consolidadadas e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Esta auditoria incluiu igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. Entendemos que a auditoria efectuada proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. 3. Em 31 de Dezembro de 2002, a EDA tinha registado na rúbrica de “Acréscimos de Proveitos” o montante de 30 786 590 euros
128 EDA
correspondente à comparticipação do Estado para a convergência tarifária dos exercícios de 1998 a 2002, do qual o montante de 13 439 378 euros foi reconhecido em proveitos do exercício de 2002. Já em 2003, a Empresa-mãe recebeu uma proposta de contrato relativo à convergência tarifária a celebrar com o Governo da República para o período de 1998 a 2002 que se encontra enquadrada com a conta a receber acima mencionada registada pela Empresa, mas no qual se prevê que a comparticipação acima referida seria paga a prazo. Em virtude de, a esta data, a Empresa se encontrar a discutir o plano de pagamentos propostos, não nos é possível concluir quanto ao eventual impacto financeiro e contabilístico desta forma de pagamento, nomeadamente pelo efeito do apuramento do valor actual desta conta a receber. 4. Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam revelar-se necessários, caso não existissem as limitações descritas no parágrafo 3 acima, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 acima, apresentam de forma apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da EDA – Electricidade dos Açores, S.A., em 31 de Dezembro de 2002, bem como o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, os quais, excepto para as alterações indicadas no parágrafo 5.2 abaixo com as quais concordamos, foram aplicados de forma consistente com os do exercício anterior. 5. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos à atenção para: 5.1 Conforme referido na Nota 52 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados consolidados, encontra-se registado na rubrica de outros devedores um montante de 803 575 euros (828 575 euros em 2001) devido pela Secretaria Regional da Economia referente ao processo de normalização da estrutura financeira respeitante ao ano de 1991.
5.2. Conforme mencionado na Nota 18 do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados consolidados, no seguimento da Directriz Contabilística nº 28 relativa ao “Imposto sobre o rendimento”, o Grupo iniciou o procedimento de registo de impostos diferidos com efeitos em 1 de Janeiro de 2002. Os efeitos acumulados, à data de 1 de Janeiro de 2002, relacionados com esta alteração de política corresponderam ao registo de um imposto diferido activo e um imposto diferido passivo nos montantes de 8 505 744 euros e 1 022 240 euros, respectivamente. Tal como previsto nas disposições transitórias da referida Directriz Contabilística, o registo daqueles montantes foi efectuado nas rubricas afectadas pelas causas que os originaram e correspondem a uma redução das rubricas de reservas de reavaliação e resultados transitados negativos nos capitais próprios nos montantes de 920 206 euros e 8 403 710 euros, respectivamente (Nota 58). O efeito desta alteração de política contabilística no resultado líquido do exercício consistiu na sua diminuição no montante de 54 775 euros. 5.3. As demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2001, apresentadas para efeitos comparativos, foram por nós auditadas, cujo relatório de auditoria datado de 12 de Abril de 2002 inclui uma reserva por limitação de âmbito que não é aplicavél ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002. O referido relatório de auditoria inclui ainda três ênfases, das quais duas se referem aos assuntos mencionados nos parágrafos 3 e 5.1 acima e ainda uma outra que não é aplicável ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002. DELOITTE & TOUCHE Lisboa, 14 de Abril de 2003
Relatório e Contas 2002
129
EXTRATO DA ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL Acta da Assembleia Geral número 1/2003 (Extracto) “Aos vinte e dois dias do mês de Maio de dois mil e três, pelas nove horas, na sede social da Electricidade dos Açores, S. A., adiante designada por EDA, pessoa colectiva número 512012032, com o capital social de setenta milhões de euros, inscrita na Conservatória do Registo Comercial de Ponta Delgada sob o número mil, novecentos e cinquenta e oito (1958), sita à Rua Engenheiro José Cordeiro, número seis, na freguesia de São Pedro, da cidade e concelho de Ponta Delgada, reuniram em Assembleia Geral Ordinária, realizada nos termos do disposto no artigo 54.º do Código das Sociedades Comerciais, para deliberar, ao abrigo do disposto no artigo décimo do Estatuto da Electricidade dos Açores, S. A., aprovado pelo Decreto-Lei número setenta e nove barra noventa e sete, de oito de Abril, os accionistas: – Região Autónoma dos Açores, titular de doze milhões e seiscentas mil acções representativas de noventa por cento do capital social no montante de sessenta e três milhões de euros; e, – EDP – Participações, S.G.P.S., titular de um milhão e quatrocentas mil acções representativas de dez por cento do capital social no montante de sete milhões de euros.
Nos termos do disposto no artigo 54.º do Código das Sociedades Comerciais e no Estatuto da Electricidade dos Açores, S. A., foi deliberado: 1. Aprovar o Relatório de Gestão, o Balanço, o Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados e os Fluxos de Caixa Individuais, relativos ao exercício de 2002, apresentados pelo Conselho de Administração; 2. Aprovar que, nos termos do artigo 17.º do Estatuto da sociedade, e de acordo com a proposta apresentada pelo Conselho de Administração, o Resultado Líquido positivo, do exercício de 2002, no montante de três milhões, cento e sessenta e nove mil, trezentos e vinte euro e quarenta e dois cêntimos (€ 3.169.320,42), tenha a seguinte aplicação: Reserva Legal: € 185.000,00 Resultados Transitados: € 2.984.320,42 3. Aprovar o Relatório Consolidado de Gestão, o Balanço Consolidado, o Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados e os Fluxos de Caixa Consolidados, relativos ao exercício de 2002, apresentados pelo Conselho de Administração; ……
…….. E, nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente acta que vai ser assinada pelos Senhores Presidente e Secretário da Mesa da Assembleia Geral, Doutores José Luís Pimentel Amaral e José Emanuel Lopes Fernandes, e pelo(s) representante(s) dos accionistas presente(s)”.
130 EDA
Relatório e Contas 2002
131
a água é Energia Energia Hídrica
IV Informações Complementares
Santa Maria
São Miguel 1998
Superfície População Residente Nº de Instalações Média Tensão Baixa Tensão
(km2)
97,1
(habitantes)
5 922
5 578
População Residente
(nº)
3 130 19 3 111
3 388 19 3 369
Nº de Instalações Média Tensão Baixa Tensão
(MWh)
11 4 4 1
Produção Térmica a Gasóleo Eólica
(MWh)
(kW)
Volume de Vendas (*) Trabalhadores
(euros) (nº)
055 000 259 319 486 991
Superfície
(km2)
2002
746,8
746,8
(habitantes)
125 915
131 609
(nº)
47 565 316 47 249
51 538 369 51 169
14 5 5 1
361 054 921 520 587 1 279
Vendas Domésticos Comércio/Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública
(MWh)
213 76 60 17 49 8
12 705 12 308 396
15 491 14908 583
(MWh)
2 420
2 740
Produção Térmica a Fuel Térmica a Gasóleo Hídrica Geotérmica
243 475 176 746 663 13 961 52 105
330 572 213 849 227 20 777 95 719
1 625 032
1 670 616
(kW)
42 850
56 870
34
31
30 498 472
34 484 917
450
400
Potência Instalada em Centrais
(kW)
3 872
5 550
Redes de Transporte e Distribuição (MT)
(km)
64,2
66,8
Potência em Postos de Transformação
(kVA)
9 753
10 673
(*) Não inclui estimativa de energia em contadores.
1998
97,1
Vendas Domésticos Comércio/Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública
Ponta
2002
Ponta Volume de Vendas (***) Trabalhadores (*)
(euros) (nº)
346 992 959 839 400 157
296 98 93 26 65 11
298 882 784 735 727 171
Potência Instalada em Centrais (**)
(kW)
57 062
88 588
Redes de Transporte e Distribuição (MT)
(km)
552,3
579,5
Potência em Postos de Transformação
(kVA)
154 128
182 372
(*) Inclui o efectivo das Áreas de Apoio e Suporte a desempenhar funções em São Miguel, EEG, SEGMA, GLOBALEDA, SOGEO. (**) Inclui a potência instalada nas Centrais Hídricas da Empresa de Electricidade e Gaz e Centrais Geotérmicas da Sogeo. (***) Não inclui estimativa de energia em contadores.
134 EDA
Relatório e Contas 2002
135
Terceira
Graciosa 1998
Superfície População Residente Nº de Instalações Média Tensão Baixa Tensão
(km2)
2002
1998
399,8
399,8
(habitantes)
55 706
55 833
População Residente
(nº)
22 463 117 22 346
23 966 153 23 813
Nº de Instalações Média Tensão Baixa Tensão
Superfície
(km2)
2002
60,9
60,9
(habitantes)
5 189
4 780
(nº)
2 737 21 2 716
2 887 23 2 864
Vendas Domésticos Comércio/Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública
(MWh)
88 38 22 10 13 3
145 876 135 431 119 584
115 49 30 11 19 4
122 362 014 975 681 090
Vendas Domésticos Comércio/Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública
(MWh)
6 302 2 751 1 303 505 729 1 014
7 972 3 368 1 654 654 1 271 1 025
Produção Térmica a Fuel Térmica a Gasóleo Hídrica
(MWh)
109 105 1 2
313 663 429 221
138 133 1 3
536 496 966 075
Produção Térmica a Gasóleo Eólica
(MWh)
7 002 6 451 552
8 986 8 524 462
(kW)
1 508
1 760
884 936
971 690
27
27
Ponta Ponta
(kW)
19 350
25 570
12 845 002
13 868 388
161
143
Volume de Vendas (*) Volume de Vendas (*)
(euros)
Trabalhadores Trabalhadores
(nº)
Potência Instalada em Centrais
(kW)
35 466
41 200
Redes de Transporte e Distribuição (MT)
(km)
180,7
290,3
Potência em Postos de Transformação
(kVA)
58 150
65 380
(euros) (nº)
Potência Instalada em Centrais
(kW)
2 510
37 110
Redes de Transporte e Distribuição (MT)
(km)
48,1
49,8
Potência em Postos de Transformação
(kVA)
4 935
5 360
(*) Não inclui estimativa de energia em contadores.
(*) Não inclui estimativa de energia em contadores.
136 EDA
Relatório e Contas 2002
137
São Jorge
Pico 1998
Superfície
1998
2002
245,6
245,6
Superfície
(habitantes)
10 219
9 674
População Residente
(nº)
4 872 20 4 852
5 219 21 5 198
Nº de Instalações Média Tensão Baixa Tensão
Vendas Domésticos Comércio/Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública
(MWh)
13 611 6 335 3 016 643 2 467 1 150
18 146 8 361 4 130 794 3 414 1 447
Vendas Domésticos Comércio/Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública
(MWh)
21 9 4 1 3 1
Produção Térmica a Gasóleo Eólica
(MWh)
16 175 14 809 1366
20 937 19 110 1 827
Produção Térmica a Fuel Produção Térmica a Fuel Produção Térmica a Gasóleo
(MWh) (MWh) (MWh)
25 184 25 184
33 381 33 317 64
(kW)
2 630
3 874
(kW)
4 500
5 910
1 954 071
2 139 450
3 141 292
3 515 826
46
40
70
55
População Residente Nº de Instalações Média Tensão Baixa Tensão
Ponta Volume de Vendas (*) Trabalhadores
(km2)
2002
(euros) (nº)
Ponta Volume de Vendas (*) Trabalhadores
(km2)
450,7
450,7
(habitantes)
15 202
14 806
(nº)
7 279 35 7 244
7 910 41 7 869
(euros) (nº)
785 610 757 915 705 798
28 12 6 2 5 2
914 332 491 212 788 091
Potência Instalada em Centrais
(kW)
3 812
7 350
Potência Instalada em Centrais
(kW)
7 232
7 232
Redes de Transporte e Distribuição (MT)
(km)
122
119,5
Redes de Transporte e Distribuição (MT)
(km)
142,7
147,0
Potência em Postos de Transformação
(kVA)
8 901
10 771
Potência em Postos de Transformação
(kVA)
18 134
22 821
(*) Não inclui estimativa de energia em contadores.
138 EDA
(*) Não inclui estimativa de energia em contadores.
Relatório e Contas 2002
139
Faial
Flores 1998
Superfície População Residente Nº de Instalações Média Tensão Baixa Tensão
(km2)
2002
169,9
169,9
(habitantes)
14 920
15 063
(nº)
6 269 39 6 230
7 001 42 6 959
Vendas Domésticos Comércio/Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública
(MWh)
26 10 6 4 3 1
Produção Térmica a Fuel Térmica a Gasóleo Hídrica Eólica
(MWh)
(kW)
017 325 843 123 110 616
36 13 10 4 5 1
1998 Superfície População Residente Nº de Instalações Média Tensão Baixa Tensão
(euros) (nº)
141,7
(habitantes)
4 329
3 995
(nº)
2 108 9 2 099
2 194 13 2 181
(MWh)
5 998 2 912 1 756 448 284 597
7 914 3 599 2 630 665 245 775
32 071 27 043 4 795 233
43 341 37 912 3 747 469 1 213
Produção Térmica a Gasóleo Hídrica Eólica
(MWh)
6 881 3 326 3 555
8 746 4 902 3 571 273
(kW)
1 260
1 632
5 660
7 480 922 282
986 514
4 044 085
4 549 041 24
22
62
53
Trabalhadores Trabalhadores
141,7
Vendas Domésticos Comércio/Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública
Volume de Vendas (*) Volume de Vendas (*)
(km2)
228 419 803 840 341 825
Ponta Ponta
2002
Potência Instalada em Centrais
(kW)
12 640
14 120
Redes de Transporte e Distribuição (MT)
(km)
93,9
100,5
Potência em Postos de Transformação
(kVA)
18 134
19 495
(euros) (nº)
Potência Instalada em Centrais
(kW)
3 586
4 166
Redes de Transporte e Distribuição (MT)
(km)
48,7
56,4
Potência em Postos de Transformação
(kVA)
4 328
5 208
(*) Não inclui estimativa de energia em contadores. (*) Não inclui estimativa de energia em contadores.
140 EDA
Relatório e Contas 2002
141
Corvo 1998 Superfície
2002
(km2)
17,1
17,1
(habitantes)
393
425
(nº)
200
221
Vendas Domésticos Comércio/Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública
(MWh)
614 355 189 38 31
815 431 191 113 48 31
Produção Térmica a Gasóleo
(MWh)
704
900
(kW)
150
180
92 237
101 407
6
6
254
386
População Residente Nº de Instalações (Baixa Tensão)
Ponta Volume de Vendas (*) Trabalhadores Potência Instalada em Centrais
(euros) (nº) (kW)
(*) Não inclui estimativa de energia em contadores.
142 EDA
Relatório e Contas 2002
143
Criação, Execução Gráfica e Produção