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RETIRO DO ANO PROPEDÊUTICO
Terminada a época de exames, foi tempo de retiro que, nas palavras do Frei Luís de Oliveira (OFM), «é um tempo propício para a compreensão da história pessoal e, ao mesmo tempo, iluminador, desencantador e crítico na relação com Deus e com os outros.»
Com este espírito, os seminaristas do Ano Propedêutico realizaram o seu retiro anual no Mosteiro Beneditino de Santa Escolástica, em Roriz, entre os dias 23 e 28 de janeiro. Ao longo desta semana, discorreram sobre o seu percurso e a importância da confiança, da autenticidade e da alegria na vivência deste caminho de mistério a percorrer por quem escolhe seguir Cristo, e que está intrinsecamente ligado ao próximo. Ao longo dos seis dias, o grupo tomou consciência de que cada um de nós é mestre de si mesmo. Mais, que cada um deve desvelar um processo interior de trabalho intenso e autêntico que conduz a «uma mente lúcida e um coração compassivo».
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Chegados ao local, foi hora de preparar a anima para o retiro que nos permitiu afastar das nossas tarefas quotidianas e das nossas preocupações. «Não há um retiro, mas sim cinco retiros», como afirmou o Frei Luís, recordando-nos que este é um caminho individual e, em cada um, dependendo do percurso pessoal, as diversas reflexões suscitam distintas reflexões e despertam deter- minadas emoções.
Em virtude do ambiente proporcionado, onde a calma e a paz abundavam, acolhemos toda a experiência como um momento exímio para apreciar alegremente o silêncio e a tranquilidade e para nos deixarmos habitar pelo calor humano da partilha, das experiências, das emoções e da história de cada um.
Por este meio, a vivência de um ensinamento, de um discernimento e uma opção vital pela fé, aventura-se a descobrir o bem e o belo da vida em Cristo. Algo que não deve ser vivido com um olhar melancólico voltado para o passado, antes pelo contrário, deve ser vivenciada por inteiro, um lema que nos tem acompanhado ao longo deste ano. Isto significa que devemos focar-nos no presente, com todas as suas emoções e sentimentos, desde os melhores aos menos bons, projetando levemente o futuro, mantendo o olhar no hoje.
Deste retiro, permanece, em suma, a ideia de que «da fé, mesmo que façamos todos os esforços para a sustentar com os nossos recursos intelectuais, somos cada vez mais sensíveis à sua misteriosa gratuitidade. É uma luz que encontramos acesa, que podemos apagar se queremos e cuja chama podemos aumentar acrescentando mais pavio ou mais cera à vela acesa. Mas não teríamos sido nunca capazes de a acender pela primeira vez, e uma vez apagada não temos poder próprio para devolver-lhe a chama.», LDO.
Transcreve-se o texto que foi mote e ponto de partida para a reflexão destes tempos de espiritual crescimento.
«O melhor mestre está dentro de nós mesmos. Temos de trabalhar em nós pacientemente para purificar o entendimento e desenvolver uma mente lúcida e um coração compassivo.
Os ensinamentos de Jesus são o suporte e o mapa espiritual, mas devem ser agregados a nós e por nós ser assimilados, com firmeza, sem tibieza de espírito nem de sensibilidade.»