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DINÂMICAS DE CONVERSÃO
O Papa Francisco dizia que “o perdão é pedido a outra pessoa, e na Confissão pedimos o perdão a Jesus. O perdão não é fruto dos nossos esforços, mas uma dádiva, um dom do Espírito Santo, que nos enche do lavacro de misericórdia e de graça que brota incessantemente do Coração aberto de Cristo Crucificado e Ressuscitado.” No Seminário, contemplamos a conversão como uma realidade fundante, como uma dinâmica de passagem da escuridão à luz, do desânimo à alegria, da morte à vida nova no Ressuscitado. Em segundo lugar, recorda-nos novamente o Papa, “só se nos deixarmos reconciliar no Senhor Jesus com o Pai e com os irmãos, conseguiremos verdadeiramente alcançar a paz. E todos nós sentimos isto no coração, quando nos confessamos com um peso na alma, com um pou- co de tristeza; e quando recebemos o perdão de Jesus, alcançamos a paz, aquela paz da alma tão boa que somente Jesus nos pode dar, só Ele.” Para que esta conversão se vá tornando possível, somos permanentemente convidados a refletir sobre estas dinâmicas que fazem parte do nosso caminho. E foi esta a mensagem que, num serão de domingo, o extraordinário filme “Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo” nos quis transmitir.
Ao longo da semana que se seguiu, também a Liturgia nos foi questionando e pedindo um olhar mais profundo e atendo sobre nós mesmos, tal como aos discípulos no monte Tabor, que “descobrem que a oração de Jesus é transfigurante”. Assim, na terça-feira, na Via-Sacra promovida pela Pastoral Universitária, e que teve lugar nos escadórios do
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Santuário do Bom Jesus, pudemos fazer caminho interior, mas nunca sozinhos; antes, acompanhados por uma grande comunidade de jovens necessitados de perdão e de luz.
A quinta-feira foi um dia agraciado e pleno, como uma chuva de água batismal, que nos mostrou ser possível recomeçar o caminho de cabeça erguida, mas, sobretudo, com um nobre propósito: sermos novos e melhores seres humanos, sempre voltados para o Sol Nascente. Na celebração presidida pelo Pe. Bruno Nobre, este dava-nos conta de que a mensagem evangélica de Jesus está direcionada para a procura dos pecadores e dos pobres, pois é nisso que reside o próprio Evangelho e, como dizia Ruy Belo, “Feliz aquele que administra sabiamente / a tristeza e aprende a reparti-la pelos dias / Podem passar os meses e os anos nunca lhe faltará / Oh! como é triste envelhecer à porta / entretecer nas mãos um coração tardio / Oh como é triste arriscar em humanos regressos / o equilíbrio azul das extremas manhãs do verão / ao longo do mar transbordante de nós / no demorado adeus da nossa condição / É triste no jardim a solidão do sol / vê-lo desde o rumor e as casas da cidade / até uma vaga promessa de rio / e a pequenina vida que se concede às unhas / Mais triste é termos de nascer e morrer /e haver árvores ao fim da rua.”