Cartilha pintos caipira

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PRODUÇÃO DE

PINTOS CAIPIRA Francisco Eden Rocha Dantas Omar Jesus Pereira



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PRODUÇÃO DE

PINTOS CAIPIRA Francisco Eden Rocha Dantas Omar Jesus Pereira

Fortaleza, 2007


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Francisco Éden Rocha Dantas, M.Sc. Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal do Ceará, Especialista em Avicultura pela Universidade Estadual do Ceará, Mestre em Ciências Avícolas pela Universidade Estadual do Ceará, Consultor Técnico do Sebrae – Ce, Pequeno Produtor de Galinha Caipira. Endereço para Contato: Av. Sen. Fernandes Távora, 725 CEP: 60.510-290 Fone: (85) 9953 0929 E-mail: edenrocha @ msn.com Omar J. Pereira, M.Sc. Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal do Ceará, Mestre em Engenharia Agrícola e Manejo e Conservação do Solo pela Universidade do Arizona, USA. Professor Titular Aposentado do Departamento de Engenharia Agrícola da UFC. Atuação profissional nas áreas de Manejo de Bacias Hidrográficas, Fontes Alternativas de Energia na Agricultura. Endereço para contato: Departamento de Engenharia Agrícola, Centro de Ciências Agrárias,Universidade Federal do Ceará. Bloco 804, Campus do Pici Caixa Postal: 12168 CEP: 60.450-970 e-mail: eandrade@ufc.br Fone: 0xx 85 3366.9754 Fax: 0xx 85 3366.9762


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Apresentação A criação de frango tipo caipira hoje é uma atividade absolutamente rentável, desde que administrada sob rigoroso controle dos conceitos: Sustentabilidade, Integração e Sanidade. Existe pouca informação disponível sobre a criação de frango tipo caipira para orientar adequadamente os pequenos e médios produtores. Nesta cartilha procuramos preencher esse espaço fornecendo informações técnicas sobre a produção e criação de pintos caipira. Com a introdução de galos de raças melhoradas e a seleção de algumas aves do plantel podemos dar inicio a produção de pintos com uma qualidade superior as aves existentes. As aves criadas no sistema semi-intensivo produzem carne com textura diferenciada e ovos com maior pigmentação. Representam uma alternativa para produção de carnes e de ovos, direcionadas a um mercado consumidor exigente e disposto a pagar mais pelo produto caipira. Como cerca de 75% dos custos de produção de aves e ovos estão relacionados à alimentação, a procura por este sistema de criação alternativa é a saída de baixo custo encontrada para pequenas criações tipo caipira. Entretanto, a criação de galinhas caipiras é uma atividade cujo mercado é muito promissor, uma vez que, comumente, a oferta desse produto é menor do que a demanda. Além disso, a sua comercialização pode ser efetuada de modo direto (produtorconsumidor), ou com a existência de, no máximo, um intermediário, tornando compensadores e bastante atrativos os preços dos produtos para o produtor. Os autores


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Sumário

7 Introdução 8 Manejo produtivo 9 Raças mais indicadas para cruzamentos 12 Seleção de frangas 13 Horário de coleta dos ovos 14 Escolha dos ovos para deitar 15 Tempo de incubação 18 Aquecimento 19 Alimentação 21 Esquema de vacinas 23 Quadro resumo


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PRODUÇÃO DE PINTOS CAIPIRA

INTRODUÇÃO No Brasil, a criação de galinha “pé-duro” ou “galinha caipira” é praticada há bastante tempo, em pequenas criações de fundo de quintal, nos sítios e nas granjas. As aves ficam totalmente livres ou presas somente durante a noite. Elas ficam passeando e comendo direto no pasto, por algumas horas ou durante todo o dia. É uma criação tradicional e familiar, com produção de carne e ovos para o consumo de casa, e a venda do que sobra. A produção do frango e da galinha, tipo caipira, e mesmo daquelas melhoradas, pela introdução de raças puras na criação, nunca poderá ser comparada com as aves criadas nas granjas. Porém, a galinha caipira é mais resistente às doenças e a carne mais consistente, bem mais saborosa e os ovos mais pigmentados, PRODUÇÃO DE PINTOS CAIPIRAS

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o que facilita a comercialização a preços melhores do que os produzidos nas granjas. MANEJO PRODUTIVO A seleção dos pais reprodutores pode ser feita com base nas galinhas já existentes, das quais são aproveitadas as fêmeas em fase de pré-postura, filhas de pais de conhecido desempenho produtivo. Recomenda-se que sejam adquiridos galos de raças puras com boa capacidade reprodutiva, adaptabilidade ao ambiente e ao sistema de manejo empregado, além do porte compatível com o tamanho das galinhas, possibilitando um plantel capaz de melhorar a produtividade da criação existente. As aves caipiras comuns (pé duro) são abatidas em média aos 6 meses, com pouco mais de 1,4 kg de peso vivo, e produzem entre 50 a 80 ovos por ano. Com a introdução de aves melhoradas podemos ter aves com 2,5kg aos 120 dias e uma produção de 150 a 160 ovos por ano. Se um dos objetivos da criação for a produção de ovos para a incubação, deve-se manter uma relação de um macho para cada 10 fêmeas. Além da função reprodutiva, a presença do macho junto com as fêmeas causa tranqüilidade às fêmeas, melhorando a produtividade. Entre as aves presentes na criação, nem todas devem ser utilizadas para a incubação dos ovos. Algumas aves não apresentam boa habilidade materna e, conseqüentemente, os 8

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ovos incubados por elas apresentarão reduzida taxa de eclosão, diminuindo a eficiência produtiva do plantel. Se as aves que estão sendo utilizadas são para produção de carne, as fêmeas e os machos são criados juntos até a idade de abate que ocorre a partir de 90 dias, quando o produtor inicia o processo de venda do lote. RAÇAS MAIS INDICADAS PARA CRUZAMENTOS A nossa galinha conhecida como “pé duro ou caipira” dos terreiros, com potencial produtivo de apenas 50 a 80 ovos por ano, existe em mais de 80% das propriedades rurais e tem contribuido para melhorar a alimentação das famílias e muitas vezes auxiliando como parte da renda na economia familiar. Outra alternativa para aumentarmos a produção é adquirirmos galos de raças melhoradas e iniciar o cruzamento com as melhores galinhas da criação. As raças puras mais indicadas para cruzamentos de galinhas caipira, são as que mais facilmente podem ser encontradas no comercio local – New Hampshire, Plymouth Rock Barrada e a Rhode Island Red, Orpington, Gigante Negra de Jersey, Cornish e Shamo. O criador pode reproduzir todas as raças puras, plenamente, por várias gerações obtendo as mesmas características hereditárias, e através da seleção dos melhores exemplares, conseguir cada vez mais a apuração das raças dentro dos padrões de perfeição. A escolha por determinada raça vai depender de três fatores fundamentais: o objetivo da criação, isto é, se o produtor deseja direcionar sua criação para a produção de ovos caipira, se deseja voltá-la para a produção de carne diferenciada, ou se deseja os dois produtos (ovos e carne).

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As principais raças puras que encontramos com mais facilidade nos fornecedores em nossa região são: Shamo Raça Tailandesa, porte grande, muito musculosa, totalmente adaptada ao clima Nordestino, carne muito saborosa. Macho 5Kg em média e as fêmeas 3,5Kg.

Plymouth Raça Americana, as galinhas produzem em media 180 ovos no primeiro ano de postura. Têm tendência para engordar no final da produção.

New Hampshire Raça Americana, muito utilizada na formação de híbridos de corte, tem alta produção de ovos em média 220 ovos no primeiro ano de postura.

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Gigante Negro Raça Americana, muito utilizada no melhoramento genético são aves de grande porte. Peso médio do macho 6Kg e as fêmeas 4,5Kg. Produção média de 180 ovos no primeiro ano de produção.

Rhode Island Red Raça Americana, muito utilizada no melhoramento genético. Atualmente utilizada com a Plymouth em cruzamentos de postura. Produção média de 180 ovos no primeiro ano de postura.

Cornish Raça Inglesa de corte, pele amarela, corpo amplo com peito musculoso. Utilizado em cruzamentos por sua grande capacidade de transmitir carnes nobres (peito e coxa) aos descendentes.

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Seleção de Frangas A seleção das frangas para produção de ovos galados tem como objetivo principal a escolha de aves que tenham a possibilidade de apresentar a melhor produção de ovos. Na seleção das futuras galinhas, deve ser levado em consideração o desenvolvimento da crista e barbela, a abertura dos ossos pélvicos, aves saudáveis, sem defeitos físicos e que sejam dóceis, além de apresentarem boa conformação corporal, devem ser observados ainda a freqüência de postura e os ovos com tamanho e formatos regulares. Aves com reduzida tendência ao choco também são importantes. O descarte das galinhas é feito quando a produção de ovos é menor que 50%, que são menos de 5 ovos durante 10 dias, para cada ave da criação. Essa taxa de produção, na maioria das vezes, ocorre após 72 semanas de idade. CARACTERÍSTICAS DE GALINHAS EM PRODUÇÃO AVE EM POSTURA

Crista e Barbela

Grande, vermelho vivo, macia e lustrosa

Escura, ressequida, enrugada e escamosa

Cloaca

Forma oval, aumentada de tamanho, úmida

Enrugada e seca

Bico e Canela

Esbranquiçada e canela achatada

Amarelos e canela roliça

Plumagem Ossos Pélvicos

Gasta, penas quebradas Bonita, completa e sem e sujas pontas quebradas. Finos, flexíveis e bem separados, cabendo dois ou mais dedos.

Idas ao Ninho Frequentemente

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AVE FORA DE POSTURA

OBSERVAR

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Duros, rígidos e muito próximos Poucas vezes


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Galinha em produção. Crista e Barbela Grande, vermelho vivo, macia e lustrosa.

Distancia entre os ossos pélvicos.

HORÁRIO DE COLETA DOS OVOS

POSTURA (%) HORÁRIO DO DIA

Como se sabe, a postura da maioria HORÁRIO OVOS/DIA dos ovos ocorre pela manhã, mas há 08 horas Pouco postura durante todo o dia, o que faz 10 horas 40 com que sejam necessárias várias coletas. 12 horas 30 Os ovos que permanecem mais tempo 14 horas 20 no ninho, há um maior contato com 16 horas Pouco excrementos e a contaminação se dá de forma mais acentuada. Confira na tabela acima a porcentagem de postura de acordo com o horário. Quanto mais tempo os ovos ficarem no ninho maior será o número de bactérias na casca do ovo. Os ovos, independente de seu uso para consumo ou para incubação, devem ser coletados, no mínimo, três vezes ao dia e armazenados em local adequado, com o cuidado de separamos os ovos trincados dos ovos “normais”. É aconselhável lavar as mãos antes de iniciar a coleta dos ovos.

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INCUBAÇÃO ESCOLHA DOS OVOS PARA DEITAR

A produção dos pintos começa com a escolha dos ovos para incubar (deitar). Na escolha dos ovos de boa qualidade devemos colher aqueles de galinhas grandes e boas poedeiras que cruzaram com galos grandes e bons reprodutores. Os ovos devem ter boas condições de casca e de armazenamento. 14

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TEMPO DE INCUBAÇÃO

DURAÇÃO DE INCUBAÇÃO

As diversas espécies de aves apresentam diferentes tempos de incubação, As galinhas apresentam incubação com duração de mais ou menos 21 dias. (Tabela ao lado)

ESPECIE

DIAS

Codorna

16

Galinha

21

Ganso

32

Capote

28

Marreco

30

Pato

30

Pavão

28

Peru

28

O sucesso na produção de pintos se baseia fundamentalmente em dois fatores: alta taxa de fertilidade e de eclosão. EXISTEM DOIS TIPOS DE INCUBAÇÃO: NATURAL POSTURA - 15 DIAS

INCUBAÇÃO - 21 DIAS

REPOUSO FISIOLOGICO - 11 DIAS

INCUBAÇÃO NATURAL – 47 DIAS

A incubação natural é feita pela galinha. Sendo assim, é preciso ter a galinha choca para deitar os ovos. O choco das galinhas é uma necessidade da vida delas e não podemos controlar essa necessidade. Assim sendo, não vamos ter galinhas chocas quando desejarmos e, muito menos, por todo o ano. As galinhas chocam apenas para criar pintos para renovação do número de aves. PRODUÇÃO DE PINTOS CAIPIRAS

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Durante a reprodução, na maioria das vezes, as poedeiras fazem a postura, o choco e a eclosão da ninhada em ninhos construídos por elas próprias, no meio da mata no caso de criações soltas. Mas o criador, para conseguir um melhor desempenho das aves, tem como opção a construção de ninhos de madeira. O que deve ser feito em áreas cobertas ou lugares estratégicos, como os locais de maior silêncio e com pouca luminosidade. A incubação natural é o melhor sistema a ser adotado quando for uma criação em que o manejo das aves é feito pelas pessoas da família e a quantidade de pintos por mês não for mais de 30 ovos incubados. A galinha, quando se trata de uma boa criadeira, zela pelo seu ninho, cuida muito bem dos ovos e faz a viragem, sai para se alimentar e defecar, fora do ninho e sabe o tempo que deve retornar, No caso da incubação artificial, é preciso ficar atento os 21 dias de incubação para não perder a ninhada, não sendo indicado para uma quantidade pequena de ovos. No processo de incubação no sistema dos animais soltos, chamado de extensivo, no qual há pouco ou nenhum controle sobre a reprodução, às vezes observa-se várias aves botando ovos e incubando ao mesmo tempo. Mas o número de ovos que algumas destas aves irá chocar é pequeno, geralmente menos de 10 ovos. Para não perder muito na produtividade, e como uma das características da boa poedeira é a sua capacidade de “deitar” 12 ovos, pode-se juntar os ovos de várias aves até atingir de 12 – 15 ovos por ave.

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ARTIFICIAL POSTURA - 15 DIAS

REPOUSO FISIOLOGICO - 11 DIAS

INCUBAÇÃO ARTIFICIAL – 26 DIAS

A incubação artificial é geralmente feita pela incubadora elétrica. A vantagem da incubadora artificial é a de poder ser utilizada durante o ano todo. A incubação artificial é apropriada para ser usada quando sua produção chega acima de 50 ovos por mês, seja para criação doméstica ou mesmo para produção destinada ao consumo e venda do excedente. No caso de utilização de galinhas chocas poucas são as preocupações a adotar, uma vez que sempre as galinhas chocas em sua grande maioria cuidam muito bem dos pintinhos, especialmente quando existe uma área ou piquete para sua proteção onde eles podem permanecer em liberdade. Já na utilização de chocadeiras elétricas devemos dar os cuidados aos pintos que eram feitos pela galinha choca.

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AQUECIMENTO Todos os pintos caipiras já nascem geneticamente preparados para serem criados a campo. Mesmo assim, no primeiro mês de vida, eles necessitam de certos cuidados como calor, água limpa, um galpão livre de mofos, pois é durante a fase inicial que a ave vai definir a sua potencialidade de produção. O frio ou a falta de aquecimento adequado mata os pintos nos primeiros dias de vida. Fique atento para a temperatura, a altura dos comedouros e as vacinas, pois os 15 dias iniciais são decisivos para o sucesso ou fracasso do lote. Caso a incubação seja Natural, a galinha cuida e faz o aquecimento dos pintos de forma muito competente. No caso da incubação Artificial, uma fonte de calor artificial é indispensável nas duas primeiras semanas de vida do pintinho, pois ele necessita de uma maior quantidade de calor no início e vai diminuindo à medida que as aves crescem.

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ALIMENTAÇÃO Por tratar-se de uma ave mais rústica, é possível alimentála com diversos tipos de alimentos. O programa alimentar recomendado é realizado com vários tipos de ração que podem ser fabricadas perfeitamente pelo produtor. Até os 28 dias, enquanto a ave está formando a sua estrutura, é interessante a utilização de ração balanceada. O sistema semi-intensivo de produção é dividido por fases: INICIAL

CRESCIMENTO

FINAL

01 – 28 DIAS

29 – 56 DIAS

57 – AO ABATE

Composição da Ração – Pintos Ração Comercial Inicial - Kg

Milho Moído - Kg

TOTAL - Kg

80

20

100

Fonte: EMBRAPA SUINOS E AVES (Adaptado)

Ração Alternativa ( % ) Idades Ingredientes

Farinha de Soja

Milho

Folha de Mandioca

Raiz/Casca

Núcleo

Total

Verde

Inicial ( 1 - 30 dias )

30

66

0

0

4

100

não

Crescimento ( 31 - 60 dias )

7

30

40

20

3

100

controlado

Final ( 61 - 120 dias )

0

22

53

22

3

100

á vontade

Reprodução ( 6 - 24 meses )

10

25

36

25

4

100

á vontade

Fonte: EMBRAPA Meio Norte - Adaptado

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O ponto mais forte de uma criação de frango caipira é justamente a fonte de alimentação alternativa. Sem dispensar a ração, os piquetes e os complementos utilizados na alimentação como: verduras, frutas, legumes e capim picado, têm um papel muito importante no desenvolvimento desta ave. Os vegetais consumidos pelas aves têm fibra e a pigmentação que será passada para o sabor da carne e a cor aos ovos. A partir da quarta semana, recomenda-se que as aves sejam liberadas para um passeio no final da tarde depois devem ser recolhidas ao abrigo, visando o desenvolvimento da musculatura, pode-se permitir o acesso a alimentação alternativa (plantas bem tenras). Foto abaixo.

Cerca de 75% dos custos de produção estão relacionados à alimentação. A alimentação que a ave busca no piquete pode suprir em torno de 25% das exigências nutricionais das aves. O produtor não deve deixar restos de alimentação alternativa de um dia para o outro. Mesmo com toda a rusticidade o frango caipira pode sofre com fungos e bactérias, que se desenvolvem em rações com umidade. 20

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ESQUEMA DE VACINAS O objetivo das vacinações é evitar os efeitos das doenças sobre o bem-estar das aves. Muitas das doenças das aves podem ser prevenidas com um bom manejo e um bom estado de higiene. A única vacina obrigatória é contra Marek, aplicada ainda no incubatório, portanto pintos de boa procedência já vêm protegidos contra Marek, mas é bom ter certeza. Nas criações de pequeno porte as principais enfermidades são: BOUBA AVIARIA A doença se manifesta de duas formas: a primeira por uma espécie de “caroço” ou “verruga” na crista, em volta dos olhos, nas barbelas ou em outros partes do corpo; a segunda são “placas” ou nódulos esbranquiçados no bico, que depois podem ficar amarelos. As aves param de comer e de beber. Existe no comércio uma vacina contra a doença e dever ser aplicada no pinto com 21 dias e repetida aos 50 dias. NEWCASTLE Trata-se de uma doença contagiosa, ataca as aves domésticas e silvestres e não tem tratamento. As aves ficam abatidas, com sonolência, olhos lacrimejantes e diarréia esverdeada. O método preventivo é feito através das vacinas. A primeira dose deve ser feita quando as aves tiverem 10 dias, repetida com idade de 30 dias de idade. É recomendável o reforço a cada 90 dias. PRODUÇÃO DE PINTOS CAIPIRAS

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CORIZA INFECCIOSA As aves apresentam corrimento nasal, que dificulta a respiração e provoca inchaço abaixo dos olhos. O problema pode ser minimizado com a aplicação de antibióticos. As vacinas devem ser aplicadas, a primeira dose quando as aves tiverem 35 dias e repetir a dose com 80 dias. VERMINOSES Freqüentemente, são encontrados vermes no intestino das aves. Para o tratamento, são utilizados anti-helmínticos (o mais comum é a piperazina) ou vermífugos (mebendazole) de amplo espectro. Estes são utilizados na ração ou na água, de acordo com a recomendação do fabricante. Podemos fazer uso dos vermífugos à primeira dose com idade de 90 dias e repetir o tratamento a cada 3 meses. ESQUEMA DE VACINAÇÃO PARA GALINHAS IDADE DIAS

DOENÇA

VIA DE APLICAÇÃO

01

MAREK

SUBCUTÂNEA

08 - 10

NEWCASTLE E GUMBORO

OCULAR OU NA ÁGUA

21

BOUBA AVIÁRIA

MEMBRANA DA ASA

28 - 30

NEWCASTLE E BRONQUITE

OCULAR

35

CORIZA

INTRAMUSCULAR

50

BOUBA AVIÁRIA

MEMBRANA DA ASA

80

CORIZA

INTRAMUSCULAR

90

NEWCASTLE

OCULAR

Fonte: Adaptado - MANUAL DAS AVES CAIPIRA. Consulte um Técnico para elaborar o seu programa de vacinação e sanidade.

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QUADRO RESUMO PRINCIPAIS DOENÇAS DE AVES SINTOMAS E TRATAMENTOS DOENÇA

SINTOMAS

TRATAMENTO

Bouba Avícola

Formação de Verrugas na crista, Preventivo - Vacinar as cabeça, barbela, pernas e pés. Aves.

Bronquite Infecciosa

Tosse, roncado, escorrimento nasal, respiração ofegante, olhos lacrimejantes e cara inchada.

Preventivo – Vacinar. Não colocar num mesmo lote idades diferentes, higienização. Tratamento a base de antibióticos.

Coriza Infecciosa

Corrimento do muco nasal, respiração pelo bico e inchaço dos olhos.

Preventivo – Não colocar num mesmo lote idades diferentes, higienização e boa alimentação. Tratamento a base de sulfas ou antibióticos.

Coccidiose

Fezes com sangue, asas caídas, penas arrepiadas, crista pálida, perda de apetite e alta taxa de mortalidade.

Tratamento a base de sulfas ou antibióticos. Higienização e boa alimentação.

NewCastle

Espiros, tosse, dificuldade de respirar, paralisia parcial, pescoço torcido, caminhamento em círculos.

Preventivo - Vacinar as Aves. Fazer plano de Vacinas

Tifo

Sede, perda de apetite, diarréia com fezes verde-amareladas. As aves se isolam, asas caídas, cabeça escondida sob as asas. Febre alta

Preventivo – Não colocar num mesmo lote idades diferentes, higienização e boa alimentação. Tratamento a base de sulfas ou antibióticos.

Verminose

Alteração no aspecto geral das aves. Modificação na crista e na plumagem.

Preventivo – Aplicação de vermífugo Fazer plano de aplicação.

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Fonte: Centec / Barreira-Ce Galinheiro móvel projetado para criação de fundo de quintal

Plantel de galos Plymouth com galinhas Rhode Island Red, para produção de pintos caipira de dupla aptidão

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