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Nº 24  2/2020

MAIS CORTES NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO EM 2021: COMO FICA A PÓS-GRADUAÇÃO?

Espaço Opinião A Graduação da FCA Unicamp durante a suspensão das atividades presenciais.

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Egressos da FCA Unicamp Associação de Ex-Alunos já conta com participação de quase 200 membros

Universidade Pública Faz Pesquisa Iniciação científica em Ciências do Esporte gera patente de tecnologia assistiva para atletas deficientes visuais

MAIS CORTES NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO EM 2021: COMO FICA A PÓS-GRADUAÇÃO?

Éde conhecimento amplo que a pós-graduação é o motor da pesquisa científica no Brasil, engrenagem vital do desenvolvimento do país não só no contexto da pandemia. Entretanto, justamente quando o país está enfrentando uma crise de saúde pública de proporções mundiais e sofrendo sérias consequências políticas, sociais e econômicas, o governo federal anuncia possibilidades de cortes adicionais no orçamento do Ministério da Educação para 2021.

Na Faculdade, são atualmente 267 mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos em atividade, sendo que somente 38 deles foram contemplados com bolsas. Leonardo Tomazeli Duarte, Professor das Engenharias e atual Coordenador da PósGraduação, afirma que o possível corte em 2021 prejudicará muito as universidades federais, mas poderá afetar também as estaduais, se houver cortes nas verbas da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que proporciona bolsas de pesquisa para muitos alunos da FCA.

“2021 será um ano complicado, com perspectivas ruins em termos de financiamento da universidade e da pesquisa científica brasileira – ou seja, com implicações diretas na pós-graduação.“

“Além disso, estamos enfrentando uma crise econômica no país, agravada pela pandemia, que causa a redução do ICMS, imposto que custeia “ Nenhum país em crise financeira corta recursos em educação e ciência, ao contrário, são essas áreas que permitem a recuperação e o desenvolvimento econômico “

as universidades estaduais de São Paulo e a FAPESP. Temos ainda o Projeto de Lei 627/2020 que prevê a redução orçamentária de verbas para a Fundação. 2021 será um ano complicado, com perspectivas ruins em termos de financiamento da universidade e da pesquisa científica brasileira – ou seja, com implicações diretas na pós-graduação. É uma incoerência, pois num momento em que a ciência se mostra fundamental para lidar com desafios complexos da sociedade, como aqueles impostos pela pandemia, há cortes substanciais de recursos”.

Há aproximadamente um ano, a Unicamp aprovou moção contra cortes no financiamento de pesquisas e enviou o documento à presidência da República, a todos os Ministérios, ao Congresso Nacional e ao Governo de São Paulo – veja o documento completo neste link. Já naquela oportunidade, o atual reitor da Universidade, Prof. Marcelo Knobel, afirmou que “nenhum país em crise financeira corta recursos em educação e ciência, ao contrário, são essas áreas que permitem a recuperação e o desenvolvimento econômico”. Infelizmente, a situação atual é ainda pior e no momento não há horizontes que indiquem alguma melhora. Sendo assim, nunca é demais relembrar: pesquisa também é trabalho e ciência não é gasto, é investimento.

Clique na imagem e reveja a abertura do IV Encontro Integrado de PósGraduação e Pesquisa & III Feira do Livro, realizado em 14 de outubro/2020:

ENGENHEIRO EMPREENDEDOR: ALUNO EGRESSO DESENVOLVE SISTEMA DE TELEFONIA NA NUVEM

O aluno egresso Saulo Assis, em 2015, quando venceu o Desafio Unicamp

Saulo Assis se formou em Gestão de Empresas (atual Administração) em 2014. Durante seu último ano de graduação, participou do Desafio Unicamp e, juntamente com sua equipe, levou o primeiro prêmio por ter desenvolvido uma plataforma que permite que o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras), segunda língua oficial brasileira, possa ser realizado à distância. Nesta oportunidade, pôde elaborar um plano de negócios a partir de um produto real e vivenciar de perto muitos dos desafios enfrentados por quem decide empreender. Em 2019, também como resultado de sua trajetória acadêmica, ele montou a plataforma Targg, que oferece soluções de telefonia em nuvem.

https://targg.com/ Utilizando inteligência artificial, o sistema permite que empresas criem robôs de voz para callcenters, os quais são capazes de interagir com clientes de forma mais natural, aprimorando assim os serviços de venda e pós-venda e deixando somente os casos mais complicados, que exijam interação humana, para a equipe de funcionários. As ferramentas oferecidas pela Targg também facilitam o monitoramento das ligações realizadas por equipe de funcionários que esteja em trabalho remoto e permitem que todos alimentem e compartilhem um script de vendas, tendo acesso às argumentações que mais funcionam, os termos que geram mais engajamento, as dúvidas mais recorrentes dos clientes, etc. “Todos da equipe conseguem compartilhar essas informações mesmo estando à distância. Usando inteligência artificial, o sistema permite que os funcionários utilizem as linhas de

telefone da empresa mesmo a partir de suas casas e gera alertas automáticos sobre as chamadas para a gerência. Com a nossa ferramenta, conseguimos abrir a caixa preta da telefonia e conseguimos tirar muitos dados das chamadas, os denominados ‘people analytics’. Mesmo após o término da ligação, o atendente passa por uma avaliação do cliente e se ele não estiver satisfeito, a ligação será passada para outro atendente, para que o cliente não desligue sem a solução do problema. Há também uma funcionalidade que permite agendar uma hora para que o cliente receba o retorno da ligação e não precise ficar na fila de atendimento”, explica Saulo. O aluno egresso também cursou o Programa de Mestrado em Engenharia de Produção e Manufatura, sob orientação do Prof. Anibal Azevedo. Em 2015, a dupla ganhou pela segunda vez o prêmio nacional Simula Brasil, com projeto que simulou a linha de produção de uma fábrica de equipamentos industriais para identificar oportunidades de redução de custos, melhoria de processos, solução de gargalos e layout de fábrica.

“Um dos valores que FCA me ensinou foi a importância da interdisciplinaridade para resolver os problemas atuais, que são complexos e multifatoriais. É muito importante que qualquer equipe Rafael Martarello, Professor do IFSP São Carlos Erik Poloni, doutorando na ETHZ (Suíça) tenha competências que podem se complementar, pessoas com formações diferentes e que, portanto, podem analisar o problema de diferentes pontos de vista e ampliar as possibilidades de solução. Na Faculdade, aprendi também que não basta estudar apenas as ferramentas da administração, é fundamental entender o contexto que vivemos, a sociedade, os problemas atuais e desenvolver o senso crítico”.

Na Faculdade, aprendi “ também que não basta estudar apenas as ferramentas da administração, é fundamental entender o contexto que vivemos, a sociedade, os problemas atuais e desenvolver o senso crítico “

Saulo Assis, engenheiro,

Reveja ou conheça outros alunos egressos da Faculdade:

aluno egresso da FCA

Clarissa Doimo, Nutricionista

Alessandra Torres, empreendedora

ASSOCIAÇÃO DE EX-ALUNOS JÁ CONTA COM PARTICIPAÇÃO DE QUASE 200 MEMBROS

Encontro de Alunos Egressos em fevereiro de 2019 o Desafio Unicamp

Plantio de 135 mudas de árvores no campus, em parceria com a Prefeitura de Limeira Cento e oitenta alunos egressos da Faculdade já manifestaram interesse em participar da Associação de Ex-Alunos, organização que fará parte do Conselho das Organizações Estudantis, o qual compõe a própria Diretoria da instituição. Para o Prof. Álvaro D’Antona, atual Diretor da FCA, as organizações de alunos e egressos possuem papel fundamental não só na formação dos graduandos como na aproximação entre academia e sociedade.

O propósito da Associação é promover o estreitamento do relacionamento entre a Faculdade, os formados e os graduandos e pós-graduandos e fomentar uma cultura de aproximação perene entre todos. Com a formação e fortalecimento do grupo, tanto instituição quanto alunos (egressos e atuais) têm a ganhar: estabelecem-se redes de apoio, negócios e trocas de informações e conhecimentos, além de possibilitar à FCA conhecer os resultados dos esforços empenhados na formação de pessoas.

A busca por proximidade com egressos é um movimento da Unicamp, como fica evidente com o lançamento do Site Alumni. “Como docente e

ex-aluno da Unicamp, fico muito feliz por essa iniciativa da nossa universidade. Reconhecidamente, a aproximação dos ex-alunos é muito importante para vários aspectos da vida universitária, sobretudo pela comunicação entre os distintos atores e a instituição. Dessa comunicação, se fortalecem os laços e surgem as oportunidades. A organização que se estrutura com egressos da FCA amplia e aprofunda as possibilidades de interação de forma institucional. Recebo a criação da organização com grande alegria e antevejo que a sua atuação será muito importante para a FCA nos anos que virão”.

https://alumni.unicamp.br/

No início de 2019, durante as celebrações dos 10 anos da Faculdade, egressos e Diretoria realizaram um encontro e a reunião incluiu o plantio de aproximadamente 100 mudas de árvores em várias partes do campus. Quando for efetivada a volta das atividades presenciais, após o término da pandemia, outras reuniões serão programadas.

Interessados em fazer parte podem enviar um email para egressos@fca.unicamp.br informando nome completo, endereço e número de celular.

Secretário do Meio Ambiente em 2019, Paulo Trigo acompanha plantio em comemoração aos 10 anos da Faculdade (Crédito da foto: Gazeta de Limeira)

A associação de ex-alunos da FCA é um sonho acalentado por considerável parcela de alunos egressos dessa singular faculdade da Unicamp. É um sonho que estamos prestes a concretizar, pois, com os passos já dados, obtivemos a confirmação de interesse de centenas de ex-alunos, restando-nos agora o trabalho mais burocrático para a oficialização, que se dará mediante registro em cartório. E avançaremos nesse sentido.

Reveste-se de capital importância essa associação, na medida em que propiciará aos egressos trazer ao seio acadêmico seus conhecimentos e experiências obtidos no exercício profissional, interagindo não só com os acadêmicos, mas também com a própria direção da FCA, e isso será um contributo significativo para que a FCA se aperfeiçoe ainda mais na formação de seus alunos

A associação de ex-alunos da FCA é um sonho acalentado por muitos de nós”

Valmir Caetano, aluno egresso da Faculdade e atualmente Secretário de Negócios Jurídicos na Câmara Municipal de Limeira

CURSINHO POPULAR COLMEIA: 10 ANOS EM LIMEIRA AJUDANDO JOVENS A CONSTRUIR SEUS PROJETOS DE FUTURO

OCursinho Popular Colmeia – Jovens Construindo Seus Projetos de Futuro completou dez anos em Limeira em 2020. Durante uma década de existência, já colaborou para que centenas de jovens da cidade conquistassem a oportunidade de frequentar o ensino superior, muitas vezes nas melhores universidades públicas brasileiras.

Durante a pandemia, as aulas continuam de maneira online: graduandos e pós-graduandos da Faculdade, orientados pela Profa. Josely Rímoli e Prof. Marcelo Maialle (coordenadores do projeto), continuam ministrando as disciplinas necessárias para que os 350 alunos do cursinho possam enfrentar os vestibulares no final do ano. Nascido em 2009 durante uma aula de “Ética e Cidadania” do curso de Engenharia de Produção, o projeto de extensão começou a funcionar em 2010. Atualmente é oferecido pela Faculdade em parceria com a Prefeitura de Limeira/Secretaria de Educação e recebe estudantes das 5 regiões da cidade. No início, o cursinho ocupava apenas uma sala do centro comunitário, os professores eram voluntários e a iniciativa ainda não era muito conhecida na cidade. Atualmente o Colmeia ocupa toda a estrutura do prédio, os professores são bolsistas, um lanche é proporcionado aos alunos e há um processo avaliativo para selecionar professores e também alunos, devido à alta procura por vagas.

Além de curso pré-vestibular, o Colmeia tem como objetivos colaborar na sociabilidade, estimular a rede social “Centro Comunitário e FCA”, preparar para o ingresso em cursos profissionalizantes e orientar para entrevistas de processos seletivos.

O projeto é voltado para jovens domiciliados em Limeira, sem nível superior, que concluíram O Projeto Colmeia é um exemplo “ de união de órgãos públicos para o avanço da educação “

“O Projeto Colmeia é um exemplo de união de órgãos públicos para o avanço da educação. Unicamp, Prefeitura de Limeira, Serviço Social e Secretaria da Educação atuando conjuntamente e indo além das suas atribuições para proporcionar aos jovens acesso ao ensino superior de forma mais justa e igualitária. Me sinto honrado e orgulhoso de poder colaborar com o projeto de vida de centenas de jovens que anualmente passam pelo Colmeia. ”

(Prof. Marcelo Maialle, coordenador assistente do Colmeia)

o ensino médio em escolas públicas ou em particulares com bolsa de estudos e que possuam renda familiar mensal per capita não excedente a dois salários mínimos. Muitos alunos do cursinho já conquistaram vagas até mesmo em cursos bastante concorridos, como medicina e engenharias. “Gostaria de destacar que ao longo desses dez anos foram aprovados vários alunos para diversos cursos da FCA. Já tive a felicidade de, como docente da Faculdade, encontrar vários ex-alunos do Colmeia em nossos cursos – e isto é muito gratificante e estimulante”, comemora a Profa. Josely. Ela destaca também que o Colmeia colaborou para a divulgação da existência da FCA em Limeira, assim como para a inclusão de jovens com carências financeiras no ensino superior nas melhores universidades do Estado de São Paulo e do Brasil, além de muitas faculdades particulares pelo ProUni.

Com esta parceria, conseguimos “ aumentar o acesso de jovens e adultos do município de Limeira ao ensino superior público “

“Com esta parceria, conseguimos aumentar o acesso de jovens e adultos do município de Limeira ao ensino superior público, contribuindo assim para o desenvolvimento do nosso município. É um programa muito positivo, que possibilitou diversos outros projetos em parceria com a Unicamp de Limeira. Foi um enorme ganho para a cidade”

(Maria Helvira Andrade – Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de Limeira) O Cursinho Colmeia me dá “ sentido no viver “

O Colmeia ele tem uma característica que nós prezamos muito, que é a relação humanizada, a solidariedade entre todos. A gente brinca que é o “modo Colmeia de ser”, onde o processo de ensino-aprendizagem tem que ser cativante e respeitoso. Cumprimos um papel de inclusão, de garantir uma cidadania para esses jovens, para que eles possam pensar um futuro. Nós também contribuímos para que graduandos e pós-graduandos que estejam no papel de professor consigam permanência através da bolsa e obtenham o grande aprendizado da docência. Nós conseguimos colaborar com a vizinhança no entorno do centro comunitário, porque são muitos jovens andando, conversando e muitos moradores já nos relataram um aumento significativo da sensação de segurança depois que o cursinho passou a existir, então nós também dialogamos com o bairro. Nós dialogamos também com cursinhos populares existentes na região, aprendendo e trocando com eles. Esse projeto de extensão cumpre seu papel em aproximar a universidade da comunidade, da juventude e nos proporciona muitos aprendizados – este é o sentido de estar nesse momento numa universidade pública com a qualidade da Unicamp. Sou apaixonada pelo Colmeia e ele me dá sentido no viver.”

(Profa. Josely Rímoli, coordenadora do Colmeia)

INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM CIÊNCIAS DO ESPORTE GERA PATENTE DE TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA ATLETAS DEFICIENTES VISUAIS

Ainiciação científica é o começo da vida de pesquisador: o aluno começa a construir seu conhecimento sobre o que é e como se faz ciência. Aprende a ler artigos científicos, formular hipóteses, construir e expor argumentos de maneira acadêmica, aprende sobre o funcionamento dos laboratórios de pesquisa, das colaborações entre pesquisadores, etc.

Para a aluna Rafaela Ramiro Cardoso, a pesquisa de iniciação científica sobre avaliação física e esporte adaptado significou também um processo de aprendizado sobre como transformar o conhecimento teórico sobre o tema em uma tecnologia assistiva para atletas com deficiência visual. Juntamente com seu orientador, Prof. Cláudio Gobatto e outros dois membros do Laboratório de Fisiologia Aplicada ao Esporte (LAFAE) – Profa. Fúlvia Gobatto e o aluno de mestrado Guilherme Rizatto – a estudante do 4º ano de Ciências do Esporte elaborou, construiu e testou um ergômetro de corrida de percurso para atletas cegos, equipamento que permite que o esportista com perda de visão corra sem ajuda de um guia.

O invento possibilita a avaliação da capacidade física de paratletas com deficiência visual de diversas modalidades esportivas com segurança e de forma autônoma e resultou no depósito de uma patente na Unicamp. O invento pode agora receber aportes financeiros de parceiros interessados em sua produção em larga escala.

O ergômetro compreende pelo menos duas estruturas retangulares formada por duas barras verticais conectadas por uma barra horizontal. Elementos sonoros e táteis são acoplados na barra horizontal para indicar ao paratleta os limites do percurso. As estruturas retangulares são posicionadas uma de frente para a outra e espaçadas a uma determinada distância delimitando o início e o fim do percurso. A invenção ainda conta com elementos balizadores ao longo das duas estruturas retangulares auxiliando o paratleta a percorrer o percurso na direção correta.

Segundo o Prof. Cláudio Gobatto, o equipamento pode ser utilizado por clubes, associações, empresas, condomínios, poder público, ou qualquer outro agente interessado em promover inclusão e autonomia para deficientes visuais. “É um protótipo e podemos melhorá-lo ainda mais com tecnologias wireless, por exemplo”.

“Espero que este trabalho possa contribuir com o esporte adaptado”

Rafaela conta que seu interesse pelo esporte adaptado se manifestou mais concretamente durante o intercâmbio na Universidade de Coimbra. “Lá realizei uma disciplina de esporte e exercício para pessoas com deficiência e me encantei pela área. Quando voltei, comentei com o Prof. Claudio Gobatto sobre o meu desejo de ser orientada por ele em uma iniciação científica com o tema avaliação física e esporte adaptado. Imediatamente, ele acolheu a minha ideia e logo iniciamos nossa pesquisa”.

Segundo ela, o esporte paralímpico está recebendo cada vez mais notoriedade. No entanto, durante a pesquisa, foi notado que a literatura atual sobre avaliações do desempenho esportivo específico para atletas com algum tipo de deficiência, principalmente a visual, ainda é escassa e, portanto, há necessidade de mais produção de conhecimento sobre o assunto. “Acredito que o conhecimento precisa ser compartilhado. Sendo assim, espero que esse trabalho possa contribuir e que a partir dele surjam discussões com o intuito de aperfeiçoar a avaliação física voltada para esse público”.

Rafaela durante a defesa de seu trabalho de conclusão de curso, com o Prof. Gobatto (à dir.) e o Prof. Guilherme (à esq.).

As pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Fisiologia Aplicada do Esporte (LAFAE) contribuem para que atletas de alto rendimento tenham o melhor desempenho possível. Através da análise e estudo das respostas fisiológicas (dos órgãos e tecidos do corpo) de esportistas submetidos a diferentes intensidades de exercício físico, os pesquisadores conseguem determinar a intensidade correta de treinamento para que cada atleta tenha um rendimento máximo, além de permitir conhecer o que faz um profissional ter bom desempenho em certa modalidade específica.

“O curso e a Faculdade me proporcionaram

“O curso de Ciências do Esporte e a FCA me proporcionaram experiências que eu jamais poderia imaginar. Além do conhecimento adquirido, realizei sonhos e conheci pessoas pelas quais tenho muita admiração. Atribuo essa conquista em especial ao Prof. Claudio Gobatto, à Prof. Dr. Fúlvia de Barros Manchado Gobatto e ao Prof. Guilherme Florenzano Rizatto, por me darem a oportunidade de colocar em prática meus conhecimentos obtidos na graduação, me auxiliando a concluir este estudo, fornecendo todas informações necessárias. Sou grata também aos meus companheiros de laboratório, a equipe LAFAE e a todos que de alguma forma participaram da realização desse projeto”.

CIÊNCIA, ALIADA ESSENCIAL DO ESPORTE: CONHEÇA O LAFAE

experiências que eu jamais poderia imaginar”

Para conhecer mais so bre as linhas de pesquisa e investigações desenvolvidas, visite o site do laboratório:

https://www.lafae-unicamp.website

ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO ORGANIZAM CAMPANHA E AUXILIAM ONGS EM TODO O PAÍS

Membros da Campanha Por Vidas em Florianópolis

E o que significa, para estes alunos, estudar na Unicamp?

Eduardo Moura, estudante de Engenharia de Manufatura, e Lidiamara Bettete, graduada em Administração Pública da Faculdade, criaram a Campanha Por Vidas juntamente com outros quatro colegas da Unicamp - Luana Moretti, Willian Fujii, Gabriel Pastrello e Isabela Lima Silva.

A Por Vidas é uma campanha de arrecadação itinerante que vai apoiar 5 ONGs ou projetos sociais, uma de cada região do Brasil, a combater os efeitos negativos do Covid-19 em populações em situação de vulnerabilidade. “Nós somos uma organização de pessoas físicas, sem fins lucrativos, suprapartidária e estamos realizando as arrecadações através de uma plataforma de financiamento coletivo chamada Benfeitoria”, explica Eduardo.

“A Universidade Pública é um direito de todos”

"Entrei em Engenharia de Alimentos na Unicamp em 2015 e desde o início fiquei encantada com tudo que a Universidade tem a oferecer, então decidi explorar os três pilares da Universidade. Além do ensino, me envolvi com pesquisa e também atuei em diferentes grupos de extensão, onde pude me desenvolver pessoalmente e profissionalmente. Em cada um lidei com cenários completamente diferentes, que me direcionaram ao caminho que quero trilhar. Sei que a Universidade Pública é um direito de todos, e uma vez que tenho acesso ao privilégio de estudar na Unicamp, é meu dever retornar os benefícios para a sociedade de alguma forma. Sou extremamente grata a todas as oportunidades que tive e tenho graças a Unicamp e carrego um amor enorme por esse lugar."

Isabela Lima

A iniciativa começou a ser desenhada em meados de julho e irá se estender até o final do ano. Em Florianópolis, o grupo conseguiu arrecadar R$ 19.930,00 para comprar cestas básicas para 340 famílias atendidas pela ONG Mais União. No Rio e Janeiro, foram arrecadados R$ 13.130,00 para a ONG A Rocinha Resiste, o que permitiu a compra de 44 tablets para que as crianças da comunidade pudessem continuar seus estudos durante a pandemia. No Nordeste, a meta é arrecadar R$ 21.200,00 para auxiliar o Grupo Batuque de Mulheres, que luta pelo empoderamento e emancipação feminina através da música. Até dezembro de 2020, o grupo pretende ainda auxiliar organizações não-governamentais nas regiões Norte e Centro-Oeste.

Para conhecer mais sobre a campanha, os interessados podem acessar os seguintes canais:

https://www.facebook.com/campanhaporvidas

https://www.instagram.com/porvidascampanha/

https://www.linkedin.com/company/campanha-por-vidas

“Ter vivido os últimos quatros anos nessa universidade me fez ser quem sou hoje”

"Estou no último ano de Administração na Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp e ter vivido os últimos quatros anos nessa universidade me fez ser quem sou hoje. A faculdade foi muito mais do que apenas o curso que eu fiz. O ecossistema da universidade pública me abriu portas para conhecer oportunidades e viver experiências que me fazem ser a profissional de hoje. Aqui, pude participar de projetos de extensão que me fizeram conhecer a realidade da cidade onde morei e de me conectar com causas que vão além de mim mesma. Além de ter tido a chance de participar do movimento Empresa Júnior, no qual tive a oportunidade de aplicar na prática o conhecimento adquirido nas aulas teóricas da faculdade. Sei que, como futura profissional formada na Unicamp é meu dever devolver para a sociedade todo conhecimento que pude adquirir durante esses anos.”

Luana Moretti

TIME POR VIDAS

“A Faculdade de Ciências Aplicadas foi o lugar onde pude me desenvolver pessoal e profissionalmente”

“A Faculdade de Ciências Aplicadas foi o lugar onde pude me desenvolver pessoal e profissionalmente e onde pude canalizar meu potencial para trabalhar com propósito. Desde o princípio da graduação me envolvi com organizações estudantis e foi nessas experiências que pude expandir o leque de áreas pelo qual eu me interesso, para além da Engenharia. Sou extremamente grato a todas oportunidades que tive ao longo da minha trajetória na Unicamp. Com certeza, um dos meus papéis daqui para frente é honrar e disseminar os aprendizados que tive.”

Eduardo Moura

“Busquei aproveitar todas as oportunidades que surgissem”

“Logo ao entrar no curso de Engenharia de Manufatura em 2016, busquei aproveitar todas as oportunidades que surgissem. Acabei fazendo parte da Integra (empresa júnior) e a Enactus (organização de empreendedorismo social). As duas organizações estudantis, juntamente com o ambiente de diversidade encontrado na Unicamp e o conhecimento adquirido no curso, motivam-me a seguir um caminho profissional onde eu encontre propósito no que faço, além de utilizar esse aprendizado para impactar positivamente a comunidade.”

Gabriel Pastrelo

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