fernando abdo contarim <portfolio> 2021

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fernando abdo contarim

&lt;portfolio&gt; arquitetura, urbanismo, paisagem, design


&gt; capa escultura paramétrica “vórtice”, 2016 em parceria com camila caetano, lucas marinho, natan ferreira, vinícius mizobuti &lt;


fernando abdo contarim

&lt;portfolio&gt; arquitetura, urbanismo, fotografia, design


cv educação graduação

&gt; fernando abdo contarim &lt; arquiteto e urbanista 28 anos campinas, sp, brasil +55 16 99719-7702 abdocontarim.fernando@gmail.com @fab_doc (instagram)

2011 - 2018

&gt; universidade estadual de campinas (unicamp) &lt; campinas, sp, brasil graduação em arquitetura e urbanismo

2014 - 2015

&gt; politecnico di milano (polimi) &lt; milão, itália graduação sanduíche em arquitetura (ciências sem fronteiras)

2014

experiências profissionais

2019-atual (20 meses)

2018 (8 meses)

2017-2018 (12 meses)

&gt; faculdade de arquitetura e urbanismo universidade de são paulo (fau-usp) &lt; são paulo, sp, brasil aluno especial

&gt; inventta: consultoria em inovação e tecnologia &lt; campinas, sp, brasil designer gráfico - elaboração de materiais e peças gráficas com aplicação da marca (site, apresentações, redes sociais, templates), infografia e análise de dados, marketing digital, produção de mapas, gráficos dentre outros materiais para projetos/clientes &gt; okna arquitetura e design &lt; campinas, sp, brasil estágio - concepção de projeto arquitetônico para reformas e interiores; elaboração de projeto executivo, modelagens 3D, renderização; acompanhamento de obra. &gt; cpo - unicamp: coordenadoria de projetos e obras &lt; campinas, sp, brasil estágio - análises quantitativas e qualitativas de projeto; elaboração de orçamentos; pesquisas de mercado; compatibilidade de projetos e das etapas da obra.

2016 (7 meses)

&gt; fluxus: laboratório de estudos em redes técnicas e sustentabilidade sócio-ambiental &lt; campinas, sp, brasil estágio - elaboração do plano diretor sustentável dos campi da unicamp; oficinas de cartografia social; mapeamento participativo de diagnósticos e potencialidades; elaboração de mapas e relatórios.

2015 (5 meses)

&gt; móbile: escritório modelo em arquitetura (emau) &lt; campinas, sp, brasil voluntariado - elaboração do projeto de playground e creche “ciranda” para um assentamento rural; estudo preliminar para reestruturação da antiga estação ferroviária “cis-guanabara”.


atividades complementares cursos, eventos, workshops, pesquisas e entidades acadêmicas

premiações concursos de arquitetura e design

2020 (24 horas)

&gt; projeto expográfico: do plano à prática &lt; são paulo, sp, brasil por helena cavalheiro e convidados (platô studio)

2020 (20 horas)

&gt; infografia, dataviz e infodesign: conceitos e prática &lt; campinas, sp, brasil por rodolfo almeida (platô studio)

2017 (36 horas)

&gt; curso “cura” de representação arquitetônica &lt; são paulo, sp, brasil ministrado pelo coletivo “cura”

2016 (20 horas)

&gt; athis: oficina de assistência técnica em habitação de interesse social &lt; campinas, sp, brasil ministrado pela “peabiru”

2012, 2013, 2016

&gt; cacau: centro acadêmico do curso de arquitetura e urbanismo da unicamp &lt; campinas, sp, brasil diretoria de comunicação

2012, 2013, 2016

&gt; sau: semana de arquitetura e urbanismo da unicamp &lt; campinas, sp, brasil comissão organizadora - frente de arte e comunicação

2017

&gt; reestruturação da “casa da memória” de cajamar &lt; cajamar, sp, brasil promovido pelo cau/sp e aeac/cajamar primeira colocação

2015

&gt; p.a.a.i.: pavilhão adaptável autogerido itinerante &lt; milão, itália promovido pela politecnico di milano (polisocial award) primeira menção honrosa

softwares habilidades

autocad adobe indesign sketchup + vray adobe illustrator adobe photoshop microsoft office rhino wordpress revit architecture adobe premiere

idiomas proficiências

português italiano inglês espanhol russo


&gt; fernando abdo contarim &lt; portfolio em arquitetura, urbanismo, fotografia e design 2014 - 2021


premiados

design

fotografia

paisagem

desenho urbano

arquitetura

1 2 pisa mais! fazenda vertical 3 transposições 4 pavilhão manacá 5 6 a memória através da inversão 7 deriva fotográfica paulistano+kamayurá exposição, pág. 08

marcando o arouche como território de memória queer, pág. 16

a prática agrícola no contexto urbano, pág. 28

costurando a barra funda, pág. 38

pavilhão adaptável autogerido itinerante, pág. 50

reestruturação do museu municipal “casa da memória”, pág. 58

a foto como registro de percursos e ativador de memórias, pág. 67


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exposição “kamayurá + paulistano” projeto expográfico masp, são paulo, brasil, 2021

platô studio curso “projeto expográfico: do plano à prática” sob a orientação de helena cavalheiro e curadoria de naná mendes da rocha em parceria com giordana pacini e rachel andrade &gt;

&gt; construção de trama para a releitura da cadeira paulistano 2019


a exposição “kamayurá+paulistano” retrata a experiência da designer e arquiteta naná mendes da rocha na aldeia kamayurá xingu onde, juntamente com as artesãs da comunidade, desenvolveu um projeto investigativo de releitura da cadeira paulistano do arquiteto paulo mendes da rocha. a proposta foi a de unir o conhecimento tradicional da cultura kamayurá (sobretudo no fazer de tramas para redes) com o conhecimento tecnico-industrial da designer para construir um objeto de releitura que sintetiza o encontros dos diferentes saberes do brasil e a potência da construção coletiva. a mostra, de curadoria da própria naná mendes da rocha, traz todos os registros da experiências por meio de fotografias, vídeos, gabaritos técnicos, protótipos e, claro, os produtos finais desse processo. ambientado no subsolo do masp (museu de arte de são paulo), o projeto expográfico deveria se basear em 4 núcleos expositivos: A) kamayurá xingu &gt; registros do cotidiano, das pessoas, das atividades da aldeia kamayurá xingu B) processo &gt; registro das viagens e imersões criativas, gabaritos, protótipos e ensaios. C) cadeiras paulistano/kamayurá &gt; capas da cadeira paulistano, em fibra de buriti e algodão produzidas coletivamente, resultado do processo investigativo. D) design e crítica &gt; espaço para encontros dentro da área da exposição onde acontecerá palestras, conversas e leituras programadas e encontros espontâneos.


o processo e a troca como centralidade narrativa da exposição o conceito central do projeto expográfico parte da troca como um processo cíclico - sem começo, sem meio, sem fim - em constante mutação e desenvolvimento. o público irá ampliar a experiência retratada na exposição por meio de discussões, atividades educativas e intervenções no próprio espaço expositivo.

&lt; portfólio 2021 &gt; 10

tensão entre o natural e o construído a retirada das cortinas das janelas do masp permite um destaque a elementos naturais, como os jardins suspensos do museu e a ilumincação natural, sendo parte essencial da ambientação da mostra, remetendo ao ambiente da floresta. isso traz uma interessante tensão entre entre cultura urbana e cultura indígena, o natural e o construído (explicitado pela robusta estrutura de concreto e vidro do museu). &gt;


setorização e núcleos da mostra &gt; A kamayurá xingu B processo C cadeiras D design e crítica

implantação e ambientação de inspiração kamayurá o desenho de implatação e distribuição das obras é inspirado na planta das ocas (forma elíptica) e na disposição das construções na aldeia (perimetral, tendo o núcleo como o grande espaço público e de conviência do povo kamayurá). &gt; &lt; fernando abdo contarim &gt;

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&lt; elementos e artefatos

a rede é um dos principais arte pelos kamayurá, bem como art de buriti; na aldeia, existe o ba que é onde muitas conversas e desenvolvem. esses elementos mobiliários da exposição que, uso, o público pode entrar em artesanato kamayurá. &lt; fotografias expostas no núcleo kamayurá

arena como centralidade espaço para receber o núcleo de design e crítica, a arena ocupa o centro da elipse. equipado com mobiliários flexíveis, este espaço servirá como palco para discussões, palestras e outras atividades (lúdicas, socioeducativas, oficinas etc) relacionadas à exposição; assumirá papel de centralidade no espaço pois será um suporte para uma continuação da experiência kamayurá+paulistano pós-projeto. &gt;

&lt; portfólio 2021 &gt; 12

expositores para projeção de vídeos + redes kamayurá para uso do público


perspectiva explodida de proposta arquitetônica para o pavilhão projetar.org

efatos produzidos tesanatos em folha anco dos fumantes, e decisões se aparecem nos para além do contato com o

2017

expositores para cadeiras finais e protótipos expositores para fotografias + suporte para textos e informações das obras/mostra + bancos de madeira para uso do público

fotografias expostas no núcleo processo &gt; &lt; fernando abdo contarim &gt;

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2

3 1

5

5

todas as cadeiras ficam sobre discos de altura variável, com base de madeira e revestimento superior em vidro reflexivo, fazendo alusão à lagoa da aldeia e possibilitando que o objeto seja observado por todos os ângulos &gt;

&lt; portfólio 2021 &gt; 14

&lt; baseado na técnica e detalhes construtivos da arquitetura kamayurá, o expositor de fotos é uma estrutura esbelta de tubos metálicos com base em madeira, amarras de braçadeiras metálicas e contraventamento de cabos de aço. os expositores trazem um desenho de inspiração kamayurá, mas com uma materialidade da cadeira paulistano, servindo de síntese do processo que é tema da mostra.


1

2 F

3

A

E

C

D

E

E

5

B

D A

E A

G

F

F

B.

tubo metálico ø=3cm com terminal rosqueável (macho)

C.

quadro em chapa de aço dobrada

D.

cabo de aço com grampos fixadores

E.

braçadeira metálica “T” com ajuste

F.

base de fixação com parafusos e rosca (fêmea)

G.

base em caixa de compensado de madeira envernizado com lastro de areia ou brita

B E

G

tubo metálico ø=3cm

A

A

4

A.

H. pés niveladores

H

H

&lt; fernando abdo contarim &gt;

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2

pisa mais!

marcando o arouche como território de memória queer são paulo, brasil, 2018 unicamp universidade estadual de campinas trabalho final de graduação (TFG) sob a orientação de evandro ziggiatti monteiro &gt;

&lt; obra do projeto artístico “museu travesti do perú” (2013) de giuseppe campuzano


o presente TFG analisa a relação entre espaço construído, sexualidade e identidade através da história sob o ponto de vista queer e traz territorialidades LGBTQs da cidade de são paulo como objetos de estudo. Após fundamentação teórica e análise urbana, o autor propõe uma intervenção no largo do arouche no intuito de legitimá-lo como um território histórico de memória e socialização queer. o projeto elaborado nesse TFG consiste em remodelar o espaço público do largo e implementar novos edifícios nos arredores que atendam principalmente a comunidade queer, com especial atenção para um novo museu de arte e memória queer.

prêmio joaquim guedes 2º lugar - melhores TFGs au-unicamp 2018

&gt;&gt; veja o trabalho completo em: www.issuu.com/fcontarim/docs/memorial_tfg_fernando_0


infográfico das centralidades e territórios LGBTQs em são paulo &gt;

&lt; portfólio 2021 &gt; 18


&gt; implantação do projeto

&lt; fernando abdo contarim &gt;

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corte AA’ &gt;

+29,00M

+24,00M

+19,00M

+14,00M

+9,00M

+4,00M

0,00M

-4,00M

&lt; portfólio 2021 &gt; 20


+4,00M

0,00M

-4,00M

+29,00M

+29,00M

+24,00M

+24,00M

B&#39;

+19,00M

+19,00M

C&#39;

+14,00M

+14,00M

+9,00M

+9,00M

+4,00M

+4,00M

0,00M

0,00M

23.

-4,00M

-4,00M

+4,00M

corte BB’ &gt;

21.

24.

08.

+4,00M

27.

A

A&#39; 22.

25.

26.

B

&lt; plantas e cortes do projeto

C B&#39;

C&#39; 30.

+9,00M

28.

20. 08.

+9,00M

29.

A

A&#39;

B

B&#39;

C C&#39;

2º pavimento &gt;

31. +14,00M

08.

20.

28.

08.

+14,00M

A

32.

33.

34.

35.

36.

A&#39;

37.

B

C C&#39;

B&#39;

3º pavimento &gt;

38. +19,00M

21.

28.

25.

39.

+19,00M

A

A&#39;

B

B&#39;

C C&#39;

4º pavimento &gt;

&lt; perspectiva aérea do projeto

+24,00M

08.

40.

+24,00M

&lt; fernando abdo A&#39; contarim &gt;

A

21 B

C


&lt; portfólio 2021 &gt; 22


&gt; infográfico do programa do museu de arte e memória queer

&lt; perspectivas externas do museu de arte e memória queer no novo largo do arouche &lt; fernando abdo contarim &gt;

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detalhe 01 bloco de exposições &gt;

piso elevado sistema de climatização laje de concreto nervurada forro suspenso sistema elétrico/iluminação vedação sistema de vedação: drywall + isolante termoacústico revest. externo: placa cimentícia esquadria montante metálico com folha fixa

passadiço metálico fixação da fachada dupla chapa metálica perfurada fachada dupla

&gt; detalhes construtivos do edifício do museu sistema estrutural. forro, revestimentos, pisos, fachadas e aberturas perspectivas internas dos espaços expositivos do museu &lt;

&lt; portfólio 2021 &gt; 24

guard vidro auto


po corpo da nte oportante

detalhe 02 bloco de administrativo + biblioteca &gt;

vedação vedação sistemasistema de vedação: drywalldrywall + de vedação: + isolanteisolante termoacústico termoacústico revest. revest. externo: placa cimentícia externo: placa cimentícia piso elevado piso elevado sistemasistema de climatização de climatização viga metálica viga metálica forro suspenso forro suspenso sistemasistema elétrico/iluminação elétrico/iluminação treliçatreliça metálica metálica

guardaguarda corpo corpo vidro autoportante vidro autoportante

esquadria esquadria montante metálico com com montante metálico folha defolha correr de correr

laje steel lajedeck steel deck passadiço metálico passadiço metálico fixaçãofixação do brisedo brise brise soleil brise soleil brise vertical em madeira brise vertical em madeira operável ou fixo ou fixo operável esquadria esquadria montante metálico com com montante metálico folha fixa folha fixa

&lt; fernando abdo contarim &gt;

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fotos do livro impresso do trabalho &gt;

&lt; portfólio 2021 &gt; 26


&gt; maquete física do projeto (1:750)

&lt; fernando abdo contarim &gt;

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3

fazenda vertical

a prática agrícola no contexto urbano campinas, brasil, 2017 unicamp universidade estadual de campinas representante da unicamp na x bienal aroztegui (2017) sob a orientação de gabriela celani e rodrigo cavalcanti em parceria com beatriz burrueco, beatriz lins e thais jardim &gt;

&lt; cena do filme “the martian” (2015) de ridley scott


o mundo vive hoje uma crise mundial silenciosa na produção de alimentos. são estimados 109 milhões de hectares de terra nova (aproximadamente 20% mais terra do que o território brasileiro) necessários para a produção de alimentos para suprir a demanda da população mundial em 2050 se as práticas convencionais de agricultura continuarem. atualmente, mais de 80% da terra cultivável do planeta já está em uso. a solução desse problema é muito mais simples do que as utopias sugerem de explorar outros planetas como marte, em busca de um futuro para a humanidade. as fazendas verticais, por exemplo, tem se mostrado cada mais eficientes como resposta a essa adversidade. elas produzem cerca de 20 vezes mais que a agricultura tradicional, possibilita um maior controle da produção, com a otimização dos recursos (gastam menos água e energia), uso reduzido do solo, redução das distâncias de transporte do alimento e dispensa uso de agrotóxicos. com o objetivo de reafirmar essa solução como alternativa viável, o projeto consiste em um edifício bioclimático de uso misto com áreas de cultivo agrícola (indoor e outdoor), escritórios, uma praça elevada, centro educativo na área da gastronomia e agronomia, além de um térreo livre com restaurantes e mercados agroecológicos e um mezanino que se conecta por meio de uma passarela à praça existente no entorno do lote. captando recursos naturais, como água e energia, e reaproveitando todo o material orgânico disperdiçado na produção, o edifício pretende funcionar como um simulacro de um microecossistema fechado, respeitando a política dos “5Rs” da reciclagem: reciclar, reutilizar, reduzir, recusar e repensar . outro objetivo do projeto é incentivar a retomada da produção agrícola em campinas de uma maneira sustentável e responsável, suprir a demanda local de alimentos, dar suporte e incentivos aos pequenos produtores de agricultura urbana e promover integração e parcerias com institutos de pesquisa e empresas na área do agronegócio.


&gt; fachada principal do edifício, junto a avenida norte-sul &lt;

&lt; portfólio 2021 &gt; 30


&gt; mapa com a rede de produtores agrícolas urbanos, das feiras agroecológicas e dos centros de abastecimento e pesquisa da cidade de campinas; o edifício projetado pretende ser uma centralidade de intersecção entre produção, comércio e pesquisa &lt;

&gt; reciclar, reusar, reduzir, recusar, repensar esquemas mostram a captação de água plúvial e energia solar, o reaproveitamento de águas cinzas e a produção de adubos utilizados nos próprios cultivos através do material orgânico desperdiçado.

&lt; fernando abdo contarim &gt;

31


ço

ra

r te

casa de máquinas

terraço

de ios la tór i v ri c es

salas privativas

planta livre

ro vo nt ti ce uca ed

a aç da pr eva el

cozinhas experimentais auditório biblioteca

laboratórios salas de aula administração café praça elevada

o

iv

lt

cu

cultivo indoor cultivo outdoor

no

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a ez

m

passarela quiosques (restaurantes)

o

re

r té

doca recepção

área administrativa

mercado

O

L SO

bicicletário vestiários

B

SU

áreas técnicas estacionamento

&lt; portfólio 2021 &gt; 32

&lt; isométrica explodida(à esq.) com a distribuição do programa &gt;


&gt; cortes transversal e longitudinal, mostrando a integração entre o edifício e a praça existente &lt;

0

5

10

50

&lt; diagramas dos sistemas estruturais (acima);

ligação pilar metálico + pilar concreto

ligação viga + treliça + montante

ligação viga metálica + core concreto

detalhes construtívos dos encaixes e engastes da estrutura (à esq.) &gt; &lt; fernando abdo contarim &gt;

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&gt; detalhes construtivos com enfoque bioclimático materiais e sistemas construtivos adotados; principais estratégias híbridas (passivas e ativas) de refrigeração e de controle da insolação, ventilação, iluminação natural &lt;

&lt; portfólio 2021 &gt; 34


&gt; elementos compositivos das fachadas aberturas, revestimentos, terraços e vegetação &lt; &lt; fernando abdo contarim &gt;

35


&gt; escritórios pavimento tipo &lt;

&gt; áreas de cultivo controlados tipo outdoor &lt;

&gt; térreo livre principais acessos, mercados, restaurantes, áreas administrativas e de serviço &lt;

&lt; portfólio 2021 &gt; 36


vila de escritórios 2 andar

s

s

s

s

s

i=8,33%

i=8,33%

s s

i=8,33%

i=8,33%

i=10%

acesso ciclistas subsolo i=15%

i=10%

&lt; fernando abdo contarim &gt;

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4

transposições costurando a barra funda são paulo, brasil, 2016 unicamp universidade estadual de campinas sob a orientação de gabriela celani e rafael urano em parceria com beatriz lins, camila caetano, larissa werneck, maren sonoda e thais jardim &gt;

&lt; barreiras urbanas barra funda, são paulo 2016


a cidade de são paulo é um grande reflexo de sobreposições de modelos desordenados de urbanizaçao, cujos traçados urbanos criam grandes barreiras intransponíveis para os cidadãos (sobretudo os pedestres), potencializando a segregação e a desigualdade. desta maneira, tendo como substrato de intervenção a região da barra funda, este projeto visa criar e qualificar espaços que sejam capazes de transpor esses obstáculos urbanos colocando o pedestre e o seu direito de ir e vir na cidade como prioridade. visto que a região apresenta barreiras consolidadas como a marginal do rio tietê, a linha férrea e as vias expressas que cortam a região, pensou-se na criação de um eixo de transposição contínuo de equipamentos urbanos, configurando uma rede de novos espaços públicos que conectam-se aos já existentes. dentro desse partido de projeto, uma das propostas é o resgate da herança cultural e musical do bairro (origem do samba paulista) na região da “barra funda de cima”, recriando o antigo espaço conhecido como largo da banana. o projeto também tem a pretensão de atender a demanda de adensamento da área, a partir de intervenções nos numerosos vazios urbanos e nas áreas abandonadas e subutilizadas. esse adensamento ordenado prevê também o aumento da permeabilidade do solo por meio de novas áreas verdes, criação de parques e proteções nas margens dos cursos d’água, tanto do rio tiête quanto de seus dois afluentes existentes na área de intervenção: os córregos quirino dos santos e anhanguera.


&gt; implantação do projeto na região da barra funda masterplan com plano de adensamento, transposições e novos redes de equipamentos e espaços públicos &lt;

&lt; portfólio 2021 &gt; 40


&gt; recuperação das margens dos afluentes do rio tietê recuperação da mata ciliar e ocupação ordenada por meio decks elevados e pontes peatonais &lt;

&gt; novo tratamento humanizado do rio tietê: ocupação ordenada das margens por pedestres e ciclistas e a sua transposição por meio de passarelas que as conectam com o novo parque da várzea, criando um sistema verde de parques lineares &lt;

&lt; fernando abdo contarim &gt;

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&lt; portfólio 2021 &gt; 42


&gt; reativação do largo da banana: reconstruído exatamente no mesmo lugar onde o espaço original existiu, foram necessários o rebaixamento da linha férrea e a desativação do viaduto que a cruzava para trazer o largo ao chão de volta; o seu desenho permite felixibilidade de uso e fluídez para apropriações em diversas escalas, voltada sobretudo para atividades culturais; a integração sútil com o entorno exisente, inclusive com o memorial da américa latina, permiteuma transposição aprasível do pedestre entre as duas margens da ferrovia. &lt;

&lt; fernando abdo contarim &gt;

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&gt; quadra tipo, projeto arquitetônico o esquema ao lado mostra os principais conceitos e partidos adotados para o projeto de uma quadra tipo seguindo as premissas do masterplan; a escolha de combinar várias tipologias diferentes em um mesmo edifício reside no estímulo à integração e convívio dos moradores por meio das áreas comuns da quadra, ao mesmo tempo que garante as identidades múltiplas advindas da diversidade de idade, classe social, raça, religião, gênero e sexo refletidas no espaço doméstico; a adoção de materiais puros como concreto e aço faz referência à especificidade do lugar que, historicamente, era ocupado por indústrias, sobretudo da construção civil. &lt;

&lt; portfólio 2021 &gt; 44


&lt; fernando abdo contarim &gt;

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&gt; algumas das tipologias criadas e esquemas de composição das fachadas com sistemas de controle da iluminação e ventilação natural &lt;

&lt; implantação térrea e corte da quadra tipo projetada &gt;

&lt; portfólio 2021 &gt; 46


&lt; fernando abdo contarim &gt;

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&gt; nichos vazados em meio ao edifício (acima) criam espaços de convívio mais privativos, possibilitam a permeabilidade de vento na quadra e resolvem problemas de acesso dos apartamentos ao core &lt;

&lt; portfólio 2021 &gt; 48


&gt; a maquete acima mostra uma das entradas principais da quadra tipo, próximo ao parque da várzea &lt;

&lt; ao lado, um dos pátios no interior da quadra &gt; &lt; fernando abdo contarim &gt;

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5

pavilhão manacá pavilhão adaptável autogerido itinerante milão, itália, 2015 polimi politecnico di milano primeira menção honrosa no concurso de projeto “ p.a.a.i : padiglione adattabile autogestito itinerante”, promovido pela polimi (2015) sob a orientação de pierluigi salvadeo em parceria com isabel de vivo e luana espig &lt; índio kuikuro construiíndo uma oca acervo do museu do índio sem data

&gt;

&gt; manacá tarsila do amaral 1929


“camp us” é um projeto de extensão social da politecnico di milano que visa o desenvolvimento comunitário da zona 09 da cidade de milão, promovendo diversas ações entre os moradores do bairro a fim de torná-lo um lugar identitário de pertencimento. dentre as atividades principais estão a criação e manutenção da horta e da tv comunitária, além de promover workshops, exposições, torneios e encontros na região. para acolher tais atividades, o projeto necessitava de um espaço físico para seu desenvolvimento pleno. foi aí que nasceu a ideia do p.a.a.i (pavilhão adaptável autogerido itninerante). o projeto do pavilhão seria idealizado por meio de um concurso de estudantes, onde o primeiro colocado viria a ser construído de fato. lidar com o orçamento estipulado (5000 euros), criar um espaço flexível, usar materiais regionais, conceber um projeto detalhado com instruções de fácil montagem e vender a ideia para os moradores da zona 09 foram os grandes desafios desse projeto. a proposta do pavilhão manacá tem como referência a arquitetura primitiva, destacando a importância do saber popular como construção de uma identidade e de um senso de comunidade particular dentro do contexto heterogêneo da cidade. assim sendo, a oca dos índios brasileiros foi a principal referência projetual por representar a essência da proposta. outra alusão foi entre a volumetria do objeto e a flor manacá, que dá nome ao projeto: quando fechado, o pavilhão parece um botão de flor, mas quando abre, revela 5 pétalas coloridas, assim como as da flor brasileira, em um belo jogo cênico. o projeto foi premiado com a primeira menção honrosa no concurso “polisocial award 2015” e classificado em segundo lugar nas votações do júri popular e nas redes sociais.


&gt; maquete simulando possibilidades de interação entre os pavilhões &lt;

&lt; portfólio 2021 &gt; 52


&gt; isométrica explodida as partes do pavilhão &lt;

&lt; fernando abdo contarim &gt;

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&gt; instruções de montagem detalhes construtivos &lt;

&lt; portfólio 2021 &gt; 54


&lt; sistema de abertura das portas &gt;

&gt; simulações de implantação lugares mais emblemáticos da zona 09 de milão &lt; &lt; fernando abdo contarim &gt;

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&gt; abertura dos pavilhões dissolução do limite entre interior e exterior &lt;

&lt; portfólio 2021 &gt; 56


&lt; os efeitos das luzes jogo cênico dos pavilhões &gt;

&gt; flexibilidade do espaço simulações de usos dos pavilhões &lt;

&lt; fernando abdo contarim &gt;

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6

a memória através da inversão

reestruturação do museu municipal “casa da memória” cajamar, brasil, 2017

primeira colocação no concurso de projeto “casa da memória reestruturação do museu municipal de cajamar”, promovido pelo cau/sp e aeac/ cajamar (2017) em parceria com felipe tricoli e thais jardim &gt; &lt; casa mr. fuller (atual casa da memória) cajamar, são paulo, brasil 1970


a nova proposta para a casa de memória de cajamar visa trazer ao museu um ambiente mais contemporâneo e extrovertido, que converse com a cidade, sem deixar de respeitar sua história. em relação ao entorno, visou-se abrir uma perspectiva apara o museu do ponto de vista do pedestre, já que sua situação atual encontra-se muito tímida por trás de altos muros. além de remodelar o acesso, com a abertura do muro e com acesso de rampas acessíveis, o telhado, agora invertido em relação ao anterior, traz um caráter público ao edifício, contrapondo assim sua antiga função de residência. após investigação sobre os elementos formais compositivos da casa e suas originalidades na história do edifício, o partido adotado foi o de reconfigurar - inverter tais elementos de modo a criar uma uma nova linguagem arquitetônica, sem contudo deixar de serem reconhecíveis. o respeito à memória, à história e à geografia local se dá principalmente por manter essa assimilação clara dos componentes construtivos e através da escolha dos materiais. devido ao berço de cajamar se dar à implantação de uma fábrica de cimento, a companhia brasileira de cimento portland, foi escolhido o concreto aparente como principal material da proposta. visando conectar com o conceito de hibridização do urbano com a natureza, foi utilizado a madeira com principal revestimento interno, realçando a vegetação circundante que é composta de remanescentes da mata atlântica. com o objetivo de obter uma estética mais esbelta e menos impactante na estrutura existente, foi escolhido o metal como material estrutural. a fim de alocar da melhor maneira possível o programa de necessidades exigido, o espaço foi setorizado reservando a parte posterior do edifício para o setor administrativo e técnico e para a área pública, optou-se por uma ilha com a sala de projeção e banheiros públicos, circundado por um espaço livre de exposição.


&gt; perspectiva das novas fachadas principais da casa da memória; corte longitudinal mostrando o novo acesso facilitado ao edifício &lt;

&lt; portfólio 2021 &gt; 60


&lt; entre o original e o modificado proposta de preservação e alteração

elementos originais inalterados elementos acrescidos posteriormente

preservação colunata e perímetro/invólucro da casa

telhado

corpo

&lt; proposta desenvolvimento da volumetria varanda

elementos compositivos da casa

reconfiguração dos elementos básicos destaque e inversão

nova disposição interna layout, aberturas e acessos

afinamento da nova volumetria reconexão da colunata e desconstrução da cobertura

partido estrutural cobertura independente + ilha de sustentação

&lt; nova relação com a cidade melhorias de acesso e visibilidade

situação atual &gt; edifício introspectivo voltado para o lote, barreiras, pouca visibilidade

situação proposta &gt; edifício extrovertido voltado para a cidade, acesso dinâmico, ponto focal

&lt; fernando abdo contarim &gt;

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&gt; perspectiva do projeto proposto &lt;

&lt; portfólio 2021 &gt; 62


&gt; inversão do contexto &lt;

&gt; casa mr. fullen (casa da memória originalmente) cajamar, são paulo década de 30

&gt; contexto original a casa construída sob um entorno rural

&gt; contexto atual a casa incorporada pelo ambiente urbano

&gt; contexto proposto a natureza torna a casa

&gt; inversão da forma &lt;

atual

proposta

&lt; fernando abdo contarim &gt;

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&gt; planta com o novo layout interno proposto; perspectivas internas do novo espaço expositivo &lt;

&lt; portfólio 2021 &gt; 64


admistração

&gt; novo logotipo da casa da memória desenhado e proposto pela equipe &lt;

exposição/ circulação

serviço

&gt; atual setorização

admistração

serviço /público exposição/circulção

&gt; proposta setorização

&lt; fernando abdo contarim &gt;

65


7

deriva fotográfica

a foto como registro de percursos e ativador de memórias europa, brasil, marrocos, 2014-2017

&gt; da terra aos céus enquadramentos das vistas sequenciais no percurso de subida na cúpula de brunelleschi florença, itália, 2014


a complexidade das realidades contemporâneas - sobretudo nessa era digital na qual estamos inseridos -, faz com que não nos atentamos aos detalhes e sutilezas do ambiente físico que nos circunda, sobretudo das relações sociais no contexto urbano e as interações que determinados espaços propiciam. seja em devaneios de viagens seja em andanças do dia-a-dia, a quantidade de estímulos e informações que recebemos é tamanha que nos impede de assimilar e compreender a totalidade do contexto pelo qual transpassamos. a fotografia é uma ferramenta que nos permite romper com essa inércia. ao bater uma foto, você direciona seu foco para o que desperta a sua atenção. passa a apreciálo, a analisá-lo e, aos poucos, a compreendê-lo. o registro é o resultado dessa percepção pessoal que se tem do objeto. um registro é uma lembrança. a imagem é uma ativadora de memórias que sempre traz a iminência da experiência vivida independentemente do tempo. quando você revê um conjunto de fotos feitas por você, sua mente é induzida a revisitar o seu próprio passado, induz a uma reflexão do seu estado de espírito, seus percursos, suas expectativas, suas interações vividas. minhas fotografias não tem um objetivo premeditado de compor um projeto fotográfico e nem partem inicialmente de um compromisso com a arte. fotografar, para mim, é registrar aquilo que os olhos relapsos do cotidiano não veem; é uma extensão externa da nossa consciência e uma garantia de vitalidade das minhas memórias. os registros que mostro aqui são capturas estáticas em meio a um constante e intenso fluxo do meu corpo pelo mundo nos últimos quatro anos. são fotos que buscam, sob o meu olhar e percepção, enquadrar as interações humanas, as singularidades, as histórias,os cotidianos urbanos, as paisagens, as arquiteturas de diversas culturas, englobando em sua maioria países europeus, o marrocos e o brasil. as fotografias a seguir são apenas uma pequena amostra do meu acervo de registros que podem ser conferidos em sua totalidade no meu flickr: www.flickr.com/photos/fab_doc


&lt; portfólio 2021 &gt; 68


&lt; caminhão photobomber paris, frança 2015

&lt; fernando abdo contarim &gt;

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&gt; praying in tropical language belo horizonte, brasil 2017

&gt; grave skyline istambul, turquia 2015

&lt; portfólio 2021 &gt; 70


&gt; chiaroscuro milão, itália 2014

&lt; fernando abdo contarim &gt;

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&gt; facciata (in)finita bolonha, itália 2015

&lt; portfólio 2021 &gt; 72


&lt; fernando abdo contarim &gt;

73


&lt; portfólio 2021 &gt; 74


&gt; a cidade, as serras, os artesãos ouro preto, brasil 2016

&lt; fernando abdo contarim &gt;

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&lt; agonia berlim, alemanha 2015

&lt; portfólio 2021 &gt; 76


&gt; promenade architecturale porto alegre, brasil 2016

&lt; fernando abdo contarim &gt;

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&gt; stoned city edimburgo, escócia 2015

&lt; portfólio 2021 &gt; 78


&lt; fernando abdo contarim &gt;

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