5
DIÁRIO CATARINENSE, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE SETEMBRO DE 2011
Ontem - Os líderes são do Sul FOTOS JESSÉ GIOTTI
Fundação
168 9
O Manentti começou como uma daquelas lojas que tinham até caderneta para compras fiadas. Hoje, possui seis supermercados e fatura R$ 145 milhões por ano.
Hoje - Os campeões de crescimento
De pai para filhas
DIVULGAÇÃO, MANENTTI
Almerindo Pizzetti trabalhou durante 20 anos no setor financeiro do Giassi. Quando saiu da empresa, decidiu deixar de ser empregado, mas continuar no ramo supermercadista. Em 1991 abriu, em Içara, a primeira loja da rede Moniari. Hoje, com seis unidades, metade delas em Criciúma, o grupo lidera o ranking de crescimento das empresas do setor no Sul do país, segundo levantamento da revista Supermercado Moderno,com base nos últimos cinco anos. Pizzetti, 56 anos, diz que a experiência no Giassi influenciou na parte organizacional do Moniari, mas que o lado comercial ele teve que aprender na prática com a própria loja. E o crescimento dos últimos anos mostra que o aprendizado funcionou. A primeira loja ainda existe, mas passou por quatro reformas. Os 120 metros quadrados originais se transformaram em 2,5 mil de área construída, sendo mil deles destinados para a área de vendas. Além da loja de Içara e das três de Criciúma, a empresa tem filiais em Tubarão e Sangão, todas no Sul do Estado. Contando o centro de distribuição, o Moniari emprega 330 funcionários. A loja mais recente, no Distrito de Rio Maina, em Criciúma, foi inaugurada no ano passado. Pizzetti diz que para este ano, vai concentrar os investimentos nas ampliações das filiais já existentes. E para 2012,cogita abrir novas unidades. – Como a concorrência é grande, quando um inova, os outros também precisam melhorar. Conhecer bem o cliente é um dos nossos diferenciais. Por estarmos em cidades pequenas,isso ainda é possível – conta. Entre os recursos para fidelizar o cliente, a empresa oferece o Cartão Moniari Credi Fácil, que permite o parcelamento das compras. O cartão pode ser usado em todas as lojas da rede e a fatura pode ser paga nos mesmos caixas por onde o cliente passa as mercadorias. Hoje, 25% das compras são feitas no Credi Fácil.A bandeira é administrada pela própria empresa, que tem controlado o cadastro com mais rigor,para combater a inadimplência. Além de disputa pelos clientes, Pizzetti diz que a briga por mão de obra também
Faturamento em 2010
R$ 48 milhões
Lojas
6
Funcionários
330
Criciúma Sangão Tubarão
Içara
é grande. Segundo ele, faltam profissionais qualificados. E a própria concorrência local tem se unindo para oferecer cursos e capacitar novos funcionários. A rede Moniari criou programas para oferta do primeiro emprego e lançou um projeto para contratar aposentados. – A principal barreira é a rotina puxada, com trabalhos aos domingos e feriados. Muita gente não quer trabalhar nestes dias. O nome Moniari é uma homenagem de Pizzetti para suas duas filhas: Monique e Ariela. Hoje, elas estão se preparando para dar continuidade ao negócio. Mas faz tempo que aparecem bem mais do que apenas no nome da empresa. Ariela trabalha na área de recursos humanos. Monique,na de tecnologia de informação.
Monique se formou em Sistemas de Informação, na UFSC, e está concluindo um curso de gestão de supermercados na Austrália. Ela está em Içara para implantar um novo sistema.Depois,volta para Sydney. A hoje gerente de TI começou a “trabalhar” na empresa aos 11 anos, como officegirl. Por recomendação do pai, passou por todos os setores,incluindo padaria e caixa. – Ela tem mais conhecimento do setor do que eu – compara Pizzetti. – Eu agradeço muito por toda essa oportunidade de aprendizado. A qualidade dos supermercados da região faz a gente ter que melhorar cada vez mais. Tudo o que o outro faz, a gente está olhando. É uma verdadeira escola. Os clientes só têm boas opções – acrescenta Monique,hoje com 29 anos.
Fundação
Prédio branco é a sede original, os amarelos são mais recentes
1 91 9
Almerindo Pizzetti e a filha Monique trabalham no comando do supermercado catarinense que mais cresceu nos últimos cinco anos: o Moniari, de Içara.
Os irmãos Volnei (E) e Edilberto querem manter gestão familiar