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Entrevista

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Sesc

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Ambiente digital seguro

por Thais Figueiredo

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Os dados e informações de uma empresa precisam estar protegidos contra vazamentos e ataques cibernéticos. Essa já era uma demanda que ficou ainda mais evidente com a pandemia que obrigou muitos negócios a funcionarem remotamente. Esse é um investimento que muitos adiam, mas que protege dos riscos e vulnerabilidades em empresas de todos os portes e segmentos, garantindo mais produtividade para os colaboradores e para o negócio. Pensando nisso, a Fecomércio-BA ouviu a Safe Orange empresa que conta com solução própria e atende empresas de todo o país. Marcos Calmon, CEO da Safe Orange conversou com a gente sobre os cuidados e pontos importantes que devem ser considerados pelos empresários quando falamos de segurança da informação.

Marcos Calmon

Formação em Tecnologia de Processamento de Dados, com mais de 24 anos na área de

TIC – Tecnologia da Informação e

Comunicação, dos quais mais de 17 anos como especialista em Segurança da Informação.

Sistema Fecomércio-BA: Qual a importância de uma empresa investir em segurança da informação?

Marcos Calmon - As empresas sempre investiram em segurança patrimonial (alarmes, vigilância) e segurança financeira (seguros), mas negligenciam a segurança da informação. Mas já há muito tempo, informação é patrimônio.

Imagine a empresa ficar sem as suas informações e dados, como fará para atender os clientes, vender, faturar, etc? Já que todas as informações estão em meio digital, hoje somos completamente dependentes de tecnologia no dia a dia das empresas.

Não conseguimos fazer mais nada sem a internet. Todos os sistemas e tecnologias têm vulnerabilidades e essas vulnerabilidades podem ser exploradas através de vírus, por exemplo, resultando em caos e paralização das atividades e consequentemente prejuízos financeiros e de imagem. O custo da prevenção é infinitamente menor que o custo da recuperação, caso se consiga recuperar as informações.

Agora ainda temos o advento da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados, em que temos a obrigação de proteger e tratar os dados dos clientes e colaboradores.

SF: Quais os principais desafios em TI para as empresas a partir da pandemia?

MC - Com as pessoas trabalhando de forma remota, as fragilidades aumentaram bastante, pois sabemos que existe o uso de computadores pessoais, a maioria sem nenhuma proteção e, muitas vezes, sendo compartilhado até com os filhos e familiares. A quantidade de invasões e fraudes eletrônicas aumentaram em 333% desde abril até julho deste ano. O principal desafio para as empresas é fazer com que as pessoas consigam trabalhar de casa, em home office, de forma segura. Para isso tem de prover acessos aos sistemas, bancos, cartão de ponto eletrônico, navegação em sites e até mesmo telefonia de forma remota, via VPN – Virtual Private Network (Rede Privada Virtual), que é a forma mais segura de navegação e acesso aos sistemas passando pelas políticas de proteção da empresa (firewall, controle de acesso WEB, etc), mesmo o funcionário estando remoto.

SF: E os desafios enfrentados pelas equipes de segurança empresarial na proteção de dados e informações de trabalho na pandemia?

MC - Os profissionais de segurança devem redobrar os cuidados, adotando boas práticas e ferramentas (soluções de segurança) para ampliar o perímetro de segurança até a residência dos colaboradores – antes essa situação era mais controlada dentro dos domínios físicos da empresa. O advento do home office tornou toda empresa, por menor que seja, altamente vulnerável e cada empregado tornou-se uma filial e que precisa de proteção.

SF: Como está o mercado de segurança da informação na pandemia? Houve aumento de demanda?

IEP - Nem todas as empresas estavam preparadas para colocar todo o time em home office, não havia acesso via VPN para todos os empregados e muitas empresas nunca consideraram aplicar políticas de segurança para acessos remotos. Com a pandemia, elas se viram obrigadas a adotar recursos de segurança praticamente da noite para o dia e isto abriu muitas oportunidades para fornecedores de soluções de segurança que pudessem atender essas demandas de forma ágil e descomplicada. SF: Como fica a LGPG com a pandemia? Quais os prazos e próximos passos no Brasil?

MC - Até a presente data, a lei determina a aplicação de sanções a partir de Agosto de 2021 e estará valendo a partir de 15/08/2020. Porém existe uma medida provisória no congresso que poderá prorrogar a data de início da lei a partir de 03/05/2021, de qualquer formar, trata-se de muito pouco tempo para as empresas se adequarem.

SF: Quais os erros mais comuns dos empresários ao adiar ou economizar demais no investimento em segurança de TI?

MC - O primeiro é o pensamento equivocado de que “comigo isto nunca vai acontecer”. Ao se negligenciar o cuidado com segurança, gasta-se muito mais em recuperação de dados, recuperação de imagem, indenizações, prejuízos operacionais, etc. Outro erro comum é delegar segurança da informação para empresas não especializadas, os famosos “faz-se-de-tudo-em-TI” ou o tão comumente famoso “eu tenho um sobrinho que faz”.

Deve-se levar em conta que a segurança é, muitas vezes, antagônica à disponibilidade de acesso sem critérios, por isto um time de especialistas em segurança irá sempre se preocupar e agir onde o time de infraestrutura de rede não dedica a atenção devida. Por fim, não é indicado investir em produtos sem suporte local ou de empresas sem representação para quem se possa ligar e ter um atendimento especializado quando necessário.

Comércio exterior deve ser a principal alavanca na recuperação da economia brasileira

OBrasil tem recursos naturais, terras disponíveis, clima bom e variado, produtores e empresários capacitados, mas não nos desenvolveremos sozinhos. Sem as trocas comerciais, tecnologias, insumos, financiamentos e investidores estrangeiros continuaremos onde estamos.

O Brasil e a Bahia são fechados, com taxa de internacionalização de 20%, sendo que países desenvolvidos estão acima de 50%. Somos a 8ª economia do mundo, mas no ranking de comércio internacional ocupamos a 28ª posição. Há 15 anos Brasil e China respondiam por 1%, cada, do montante do comércio mundial. Hoje, o Brasil continua com seu 1% e a China com 15%.

Além disso, nossas vendas estão concentradas em poucas empresas, destinos e produtos. É preciso diversificar e verticalizar as cadeias produtivas para agregar valor aos nossos produtos. Para esta verticalização são necessários investimentos em máquinas, insumos e tecnologias; mas nossa poupança pública e privada não são suficientes. Por isso precisamos buscar estes recursos com investidores e financiadores estrangeiros.

De acordo com uma pesquisa da CNI sobre o impacto da crise da covid-19 em relação às exportações, comparando o período de janeiro a junho de 2019 e 2020, 57% das empresas foram afetadas; 32% não sofreram impacto e 8% tiveram crescimento nas suas vendas. Entre os setores que cresceram, podemos citar o de base florestal, principalmente porque houve aumento na demanda por produtos essenciais e o segmento é fabricante de papéis para fins sanitários, e de celulose e papel que estão presentes em embalagens (alimentos, remédios e produtos de limpeza) e material hospitalar (máscaras cirúrgicas, vestimentas, colchões etc.).

Neste mesmo período, as exportações brasileiras caíram 6% e as importações tiveram queda de 5%. Nossas vendas para os EUA tiveram redução de 32%; para a Europa 11% e de 25% para a América do Sul. Já as exportações para a Ásia cresceram 9% no mesmo período, sendo que para a China teve aumento de 15%. Devemos lembrar que o continente é responsável por 53% do total das vendas da Bahia e que a Ásia não é apenas China. É também Índia, Indonésia...

As vendas da Bahia tiveram uma queda de 9% e redução de 31% nas importações. Ou seja, na balança comercial o panorama não foi tão negativo e o setor florestal mais uma vez contribuiu para isso. O segmento é exportador líquido, pois praticamente não importa – diferentemente de outros setores que precisam importar também -, e nos últimos anos vem se consolidando sempre nos primeiros lugares no ranking estadual das exportações.

Neste cenário, vamos dar atenção aos países que estão crescendo e que vão continuar precisando de produtos da Bahia, do Brasil. Não dá pra entender o ataque que a China sofre. Por que jogamos pedra nesta nova “Geni”?

Na retomada de crescimento, alguns países vão optar por abrir suas economias e devemos segui-los. Quanto aos demais (aqueles que não abrirem), precisamos ter preço e qualidade para vencer o protecionismo. Além disso, na discussão em torno de manufaturados x produtos básicos, devemos lembrar que eles são complementares e ambos usam avançada tecnologia. Carne é pecuária; minério é terra; calçado é couro; indústria têxtil é algodão... Vamos exportar mais para ter saldo e podermos fazer o necessário. O setor de comércio exterior brasileiro quer – e precisa – de maior facilitação, agilidade, simplificação, redução de tarifas, desoneração de custos e impostos, menos burocracia, mais reformas no Congresso e infraestrutura para termos maior competitividade dos nossos produtos. Precisamos de menos política e mais negócios!

É preciso ainda relevar aspectos políticos, culturais e até religiosos dos nossos parceiros comerciais, como o Irã, a Índia, a Rússia, a China, os países árabes, judeus etc., pois precisamos vender mais e atrair investidores e financiamentos.

O “novo novo” não vai ser tão diferente assim. A globalização diminuiu, mas voltará a crescer. E já podemos perceber dois efeitos fortes com esta pandemia: o crescimento do mundo digital e tecnológico e o desenvolvimento da pauta do mundo verde (meio ambiente e clima). Ou seja, as oportunidades estão aí, vão ser retomadas e o Brasil precisa estar atento a todos este movimento para não continuar parado, fechado e aquém da posição que poderia já estar ocupando.

Wilson Andrade

Empresário e economista com vasta experiência nas áreas de fusões e aquisições empresariais, relações internacionais e comércio exterior, indústria e agronegócio, Wilson Andrade tem presidido várias entidades setoriais no Brasil e exterior.

Campanha orienta os colaboradores

O Sistema Fecomércio-BA desenvolveu uma campanha de comunicação para os colaboradores frente a pandemia para reforçar os cuidados e orientações para um retorno ao trabalho seguro. Foram criados dois mascotes, “Sis e Tema” que trazem o conteúdo de forma mais leve e lúdica. A campanha inclui vídeos exclusivos que são enviados quinzenalmente aos colaboradores. O Sistema ainda contratou a infectologista Dra. Adielma Nizarala como consultora para auxiliar nessa retomada de atividades presenciais. Sis e Tema foram criados pelo designer da Fecomércio-BA, Abel Marcelino

Sesc Bahia retoma atividades gradualmente

Após os decretos municipais que liberaram o atendimento de alguns serviços em Salvador e outros municípios durante a pandemia, o Sesc Bahia se prepara para retomar, gradualmente, as atividades.

A Rede Sesc de Hospedagem na Bahia, o Centro de Lazer e Hospedagem (em Piatã, Salvador), o Grande Hotel Sesc Itaparica e o Complexo Esportivo Sesc Aquidabã e de Feira de Santana agradecem a colaboração e compreensão e reforçam a importância do cumprimento dos protocolos de segurança adotados para esta fase de reabertura, além do respeito as regras estipuladas para as boas práticas de convívio.

O serviço de refeições nos Restaurantes do Sesc em Salvador está com nova padronização para atender ao decreto municipal diante do quadro de pandemia, e o Restaurante Tancredo Neves, que atende exclusivamente colaboradores de lojas e do condomínio do Salvador Shopping, retomou o serviço de buffet cujas porções são servidas por um funcionário do Sesc. O atendimento foi reduzido a 50% da ocupação das mesas, com 2 metros uma da outra e cadeiras a cada 1 metro.

O Restaurante Sesc em Feira de Santana oferece a "quentinha básica", R$ 9,50 (500gr) e R$ 7 (350g); e a "quentinha econômica" (500g), R$ 6. Além dos dois tipos de quentinhas, haverá a opção de salada em pote com proteína (400g) ao preço de R$ 4.

Prefeitura atende ao pleito da Fecomércio-BA e amplia horário de funcionamento das lojas de rua acima de 200m²

Por meio de decreto publicado no dia 12/08, a Prefeitura de Salvador estendeu o horário de funcionamento das lojas de rua com mais de 200 metros quadrados. Desde então, esses estabelecimentos podem funcionar de segunda a sábado das 10h às 16h. A medida atende também a segmentos específicos: concessionárias e revendas de veículos; comércio e serviço de arquitetura & decoração; lavanderias; lojas de materiais elétricos e óticas com mais de 200 metros quadrados de área.

Além da extensão do funcionamento para as lojas de rua, a Fecomércio-BA também pleiteou à Prefeitura de Salvador a ampliação do horário de funcionamento de serviços essenciais, como farmácias, localizados dentro dos shoppings centers, e a inclusão das empresas administradoras de condomínio no rol dos serviços considerados essenciais. “Acreditamos que, com o andamento positivo da fase 2 da retomada econômica na capital, a Prefeitura também dará sinal verde a esses pleitos que não foram contemplados neste decreto”, declara o presidente da Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade.

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