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Passos Certos
from Revista Fecomércio-BA Edição 28
by Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia
60 anos de história
Thais Figueiredo
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A Morais de Castro atua desde 1960 distribuindo, revendendo e importando produtos químicos nas diferentes regiões do Brasil. Ao oferecer diversos serviços de solução em química para os seus clientes e parceiros, tornouse uma das maiores empresas do segmento do Norte e Nordeste do país, atendendo a quase todos os segmentos industriais. E sempre reiterando o seu compromisso com a sociedade e o meio ambiente, pois acredita que, assim, alcança a satisfação dos clientes.
Eduardo Morais de Castro começou a trabalhar na empresa dos pais aos 15 anos, já registrado. Foi seu primeiro emprego e é quem comanda a empresa até hoje. Com formação em Administração e pós em Logística, Eduardo já foi condecorado pela Fecomércio-BA como Comerciante do Ano recebendo a Medalha Visconde de Cairu, em 2010.
Eduardo Morais de Castro
Sistema Fecomércio-BA - Como tudo começou?
Eduardo Morais de Castro - Fundada em 1960, a Morais de Castro surgiu como resultado de um sonho do meu pai e da minha mãe – meu pai já tinha experiência como funcionário em empresas de produtos químicos. Éramos uma importadora de produtos químicos e tivemos muito sucesso desde então. Nosso primeiro escritório ficava na Avenida Estados Unidos e nossos depósitos ficavam em trapiches que existiam na cidade. Em 1980, transferimos a sede para o Porto Seco Pirajá – construímos um galpão em um terreno. Começamos com 3 mil m² e hoje temos quase 15.000 m² de área, com cerca de 5 mil m² de área construída – entre galpões, tanques e câmara frigorífica. A nossa reputação é nosso maior patrimônio, pois somos reconhecidos como uma empresa ética e de qualidade.
SF - Como a Morais de Castro cresceu?
EMC - Adicionamos ao negócio o segmento de distribuidores autorizados de fabricantes nacionais para a Bahia e a região Nordeste. Neste período, o boom da indústria química e petroquímica nacional alavancou os negócios, pois o governo restringia a importação de produtos químicos por questões cambiais e foi preciso buscar fornecedores que tivessem um braço com a indústria nacional. Hoje, somos praticamente a única empresa baiana de distribuição de químicos e nossos concorrentes são os gigantes pelo mundo.
Sempre tivemos a característica de investir o que ganhávamos, ao invés de distribuir o lucro para os sócios e isso fez com que conseguíssemos crescer. Somado a isso, nosso programa de qualidade é muito forte desde sempre e isso
Sede da Morais de Castro em Porto Seco Pirajá.
permitiu que nos diferenciássemos no mercado, pois com as certificações nossos procedimentos são atualizados periodicamente.
Nós somos comerciantes: compramos e vendemos. Além da Morais de Castro que é a empresa mãe, temos ainda uma transportadora, uma empresa de representações e outra de patrimonial. Hoje, contamos com uma filial em Jaboatão dos Guararapes-PE que nos aproxima dos demais estados do Nordeste e temos aproximadamente 70 funcionários diretos. Em 2019, alcançamos R$114 milhões em faturamento.
SF - Do que a empresa se orgulha?
EMC - Além do que eu já citei, temos o Selo da Diversidade da Prefeitura Municipal de Salvador, pois acreditamos que é preciso haver esta integração e respeito a todos; nossa estrutura permite que o atendimento ao cliente aconteça 24h todos os dias da semana. Na sede em Salvador, contamos com uma sala limpa que é um espaço estéril para envasamento de produtos para alimentação e cosméticos, além de dois laboratórios – um diferencial importante. E também gosto de contar que recuperamos a área de servidão pública que fica atrás do nosso terreno no Porto Seco. Hoje é uma área arborizada onde tem até uma lagoa com peixes!
SF - Onde a Morais de Castro pretende chegar?
EMC - Temos crescido solidamente, degrau a degrau há sessenta anos. Sempre com qualidade que é um valor importante pra gente, faz parte do nosso DNA. A partir daí, queremos nos preparar para atender o Brasil inteiro – já atendemos uma parte, mas queremos cobrir o território nacional.
Fotos: Divulgação
SF - Qual o impacto da pandemia nos negócios?
EMC - Por incrível que pareça, o impacto foi positivo. O segmento de cosméticos que é uma parte importante da nossa demanda diminuiu bastante, mas o de produtos domissanitários e detergentes aqueceu e acabou superando as perdas que tivemos. Está claro que o mundo será diferente, incluindo as práticas institucionais e comerciais. Fica o aprendizado de que é preciso ter a capacidade de adaptar-se a uma nova realidade – e esta sempre foi uma característica da Morais de Castro: adaptação.