empreendedorismo
Plataformas digitais fomentam crescimento do artesanato regional Segundo o Sebrae o setor foi um dos que mais lançou novidades durante a pandemia. por Jaciana Bianck
A
economia criativa está em ascensão e é um dos segmentos que têm gerado oportunidade de negócios durante a pandemia. No Brasil, o setor está aquecido e tem movimentado R$ 50 bilhões por ano. Entre os nichos favorecidos por esse crescimento, está o mercado do artesanato local que, nos últimos anos, vem expandindo sua presença tanto nas micro-empresas, quanto nas grandes marcas. Um dos principais fatores que contribuem com esse cenário é o uso das redes sociais como mecanismo de vendas. Segundo uma pesquisa feita pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, durante o período pandêmico, os empresários do setor de artesanato foram os que mais usaram o Whatsapp para comercialização, eles também ocupam o segundo lugar quando o tema é uso de meios digitais para essa finalidade. A loja baiana Quitoka Artesanato foi uma das que aderiram a esse formato.
De acordo com André Miguel, um dos proprietários, as plataformas on-line facilitam, pois tornam o atendimento rápido e prático, porém retiram dos clientes a experiência da compra in loco. “Pessoalmente podemos apreciar, pensar em qual lugar vamos por aquela peça, a história por trás dela, é possível sentir o material, a experiência é outra. Portanto, gostamos de utilizar o Whatsapp como porta de entrada para o cliente conhecer as peças, e depois vir pessoalmente até a loja”, relatou. Outro ponto relevante, e que fomenta esse setor, é a constante rotatividade dos produtos. No levantamento do Sebrae, esses negócios aparecem em segundo lugar quando o assunto é lançamento, 53% desse segmento lançou novidades, perdendo apenas para alimentação, onde esse percentual foi de 56%. André explica que no artesanato os itens são sempre renovados e possuem uma grande variedade, aspecto que facilita a vida da empresa
no momento de atualizar o estoque. O conjunto desses fatores propicia o cenário ideal para que o nicho continue crescendo, e assim possa superar seu principal obstáculo: a falta de valorização local. Segundo o dono da Quitoka, a população baiana ainda não prestigia as peças regionais, e o turismo é quem incentiva esse comércio. “Muitos acham que o artesanato regional não tem lugar nas suas próprias casas”, disse André Miguel. Porém, o mesmo é otimista e acredita que o cenário poderá mudar, mas ainda é necessário cautela, devido às consequências da pandemia, mas as perspectivas são positivas.
Conheça a Quitoka Artesanato A Quitoka Artesanato atua há 45 anos no mercado. A loja foi um projeto dos proprietários, o casal Maria José e Moacir Lima, que decidiram abrir um comércio de decoração, na cidade de Santo Antônio, visto que, na época, não existiam negócios desse segmento no local. Alguns anos depois, a loja abriu sua segunda franquia, em Lauro de Freitas, onde permanece até hoje. Atualmente, o empreendimento é administrado pelo casal e seu filho André Miguel. Saiba mais em
André Miguel administra a Quitoka juntamente com seus pais, Maria José e Moacir Lima.
A Quitoka atua no mercado de artesanatos regionais há 45 anos.
@quitokaartesanato
Revista do Sistema Fecomércio-BA Março 2022
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