NOTAS

FESTIVAL ARTE EM REDE

Em um período tão restritivo ao setor cultural, o Sesc PR se reinventou na pandemia e promoveu um evento único, todo em formato on-line, o Festival Arte em Rede. Foram recebidas 323 inscrições e deste total selecionados 33 trabalhos em cinco diferentes linguagens artísticas.

Até o dia 15 de junho, permanecem no ar os vídeos da mostra, com novos projetos de artistas paranaenses, nas linguagens de artes cênicas – que contempla circo, dança e teatro –, artes visuais, audiovisual, literatura e música.

Além dos espetáculos, no site do evento o público tem acesso à seção de entrevistas com alguns artistas selecionados, pode conhecer sobre os processos criativos e refletir a respeito da arte e da cultura em seus diversos desdobramentos.

OUTROS EDITAIS

Desde o início do ano, o Sesc PR lançou sete editais de cultura, mostrando o comprometimento que a instituição tem com a classe artística. Pelo Sesc Sonoro, um dos maiores projetos de música do Sesc PR – com circulação em oito cidades e no Sesc Paço da Liberdade, em Curitiba –, foram recebidas 255 inscrições.

No projeto Café com Quê? foram selecionadas 15 propostas e serão promovidas palestras e debates com escritores, pesquisadores e especialistas das mais diversas áreas como literatura, música, artes visuais, teatro, dança, audiovisual, vivências culturais, filosofia e humanidades, gastronomia, memória, patrimônio, resgate histórico do Paraná, entre outros.

Exclusivo para a linguagem das artes visuais, o ArteSesc vai compor a agenda de programação das unidades em Bela Vista do Paraíso, Londrina Cadeião Cultural, Caiobá, Pato Branco e Estação Saudade, em Ponta Grossa. E de agosto a dezembro deste ano, devem circular oito das 138 propostas recebidas no Sesc Encena, para apresentação artísticas e ação formativa em artes cênicas.

Para acessar ao evento on-line basta apontar para o QR Code.

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE LIDERANÇA 2021 REVISTA MULHER EMPREENDEDORA

Sesc e Senac no Paraná deram início no dia 30 de março ao Programa de Desenvolvimento de Lideranças (PDL). A turma de 2021 conta com 32 alunos, que passarão por formação interna e externa e estarão aptos para no futuro assumir cargos de gestão nas duas instituições.

O PDL tem como objetivo identificar e desenvolver futuros líderes dentro da instituição, fornecendo formação teórica e prática. Os alunos terão o acompanhamento da ESIC Business e Marketing School, que irá ministrar o conteúdo externo. Em paralelo os participantes passarão por formação interna, focada nos negócios e linhas de ações de ambas as casas.

A formação do PDL 2021 tem como referência três pilares fundamentais – liderança, estratégia e controle – que visam equilibrar e desenvolver as competências técnicas e comportamentais.

AULA INAUGURAL

A abertura do programa foi marcada pela aula inaugural ministrada pelo professor Luciano Miguel Salamacha, com o tema “Neuro estratégia, o caminho evolutivo das decisões”. Participaram da solenidadee o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR e vice-governador do Paraná, Darci Piana; o diretor regional do Senac PR, Rodrigo Sepulcri Rosalem; o diretor regional do Sesc PR, Emerson Sextos, e o diretor de pós-graduação da ESIC Internacional, Alexandre Weiler. Piana reforçou a importância de aproveitar esta oportunidade. “Amanhã serão vocês que estarão em nossos lugares, comandando essas instituições que fazem um trabalho extraordinário. São milhares de pessoas que passam por ano pelas nossas entidades e precisam de pessoas com conhecimento para agregar aos colaboradores e motivar quem trabalha ou utiliza nosso sistema. Vocês têm uma missão muito importante pela frente. Sesc e Senac fazem esse esforço para prepará-los para um futuro brilhante”, declarou.

Rosalem reforçou a importância da oportunidade oferecida e destacou que o programa vai além do lado profissional. “Não tenho dúvidas que é uma oportunidade grande de desenvolvimento profissional e pessoal. Sempre trazemos liderança para o mundo corporativo, mas exercemos esse papel em diversos outros ambientes. O tempo inteiro somos provocados a sermos líderes. Líder é cada um de nós que assume o papel de protagonista”.

O diretor regional do Sesc PR, Emerson Sextos, que participou da primeira turma de PDL, relembrou alguns números. “Temos sido desafiados diante das últimas dificuldades da pandemia e temos contado com excelentes pessoas para auxiliar nesse processo. Hoje, 52% dos nossos cargos de gestão são ocupados por pessoas que passaram pelo programa de liderança. Tenho certeza de que deste grupo sairão novos líderes e gestores, só depende de vocês absorverem o máximo possível dos conhecimentos passados durante esse período”, reforçou Sextos. Para comemorar o Dia Internacional da Mulher a Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios do PR (CMEG) publicou uma revista dedicada às empresárias que se destacaram nos diferentes setores do comércio de bens, serviços e turismo no Paraná em 2019 e 2020. Além disso, a edição traz histórias inspiradoras daquelas que contribuem com o desenvolvimento do estado, gerando receitas e promovendo empregos nas mais variadas áreas, como a Desembargadora Joeci Machado Camargo e a presidente do Sivana, Aída Assunção.

Durante 12 anos consecutivos a CMEG realizou o Prêmio Mulher Empreendedora, mas devido a pandemia, nos dois últimos anos a solenidade não foi realizada, mas o reconhecimento permanece. “Essa revista é uma singela homenagem a essas mulheres que são protagonistas no comércio de bens, serviços e turismo do Paraná, empresárias e gestoras de altíssima qualificação que trabalham em favor do desenvolvimento do país, capazes de gerir empreendimentos de alta complexidade, sem limitações. Quero cumprimentá-las e desejar sucesso em seus negócios e na vida”, destaca a coordenadora da CMEG PR, Cláudia Regina Colpi.

Para conferir a edição basta acessar o QR Code.

NOVENTA ANOS DO PINTOR FERNANDO VELLOSO SÃO CELEBRADOS COM EXPOSIÇÃO NO MON

Em homenagem aos 90 anos de um dos mais prestigiados artistas plásticos paranaenses, o pintor Fernando Velloso, o Museu Oscar Niemeyer (MON) organizou a exposição “Fernando Velloso por ele mesmo”. Com curadoria de Maria José Justino e Fernando Bini, a exposição apresenta desde o primeiro trabalho premiado do artista, ainda no tempo em que pontificava na Escola de Belas Artes, bem como a produção influenciada por sua passagem por Paris, onde estudou com um dos maiores mestres do Cubismo, o despontar do apelo irresistível do Abstracionismo e a prolífica produção que mantém até a atualidade.

“Minha pintura se encadeia como uma escada, cada novo quadro tem uma referência do anterior. Uma vida talvez seja pouco para fazer um bom quadro, de modo que não se pode ficar pulando de um galho a outro. O artista precisa manter a coerência até o fim da vida, principalmente porque de um momento em diante já não tem mais espírito para aventuras perigosas”, afirma Velloso. A contribuição de Fernando Velloso para a arte e a cultura paranaense não se limitou à produção artística. Participou ativamente de comissões organizadoras em salões de arte e mostras coletivas e foi um dos protagonistas do Movimento de Renovação, que culminou com o Salão dos Pré-Julgados, realizado em decorrência do 14° Salão Paranaense, em 1957. Ele é irmão mais velho de Roberto Velloso, da Assessoria do Poder Legislativo (APEL) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Exposição virtual Aponte seu celular para o QR Code para acessá-la.

CHEGA DE DEPENDER DAS VENDAS PRESENCIAIS

SEGUNDA ONDA DE COVID-19 E NOVOS LOCKDOWNS EVIDENCIAM QUE O VAREJO PRECISA ENCONTRAR OUTROS CANAIS DE ATENDIMENTO QUE EVITEM A PRESENÇA FÍSICA E O DESLOCAMENTO DO CONSUMIDOR

TEXTO: KARLA SANTIN

Ovarejo sofreu um grande chacoalhão com a chegada do coronavírus. O fechamento de lojas por dias a fio fez com que as empresas tivessem que se reinventar e encontrar novas formas para sobreviver. A abertura gradual do comércio, principalmente a partir do segundo semestre do ano passado, renovou o otimismo dos empresários, mas o agravamento da pandemia em 2021 e a adoção de medidas mais restritivas para o controle da crise sanitária surpreenderam novamente os lojistas.

De acordo com Hugo Santos, professor e head de Marketing da Fortics, empresa especializada em soluções de comunicação corporativa, a dependência do varejo nas vendas e atendimentos presenciais aumenta a vulnerabilidade das empresas do setor neste momento de pandemia. “Existe a necessidade de que os empreendimentos de todos os portes tomem decisões ágeis para a manutenção dos seus negócios. A adoção de meios não presenciais de atendimento e vendas se tornaram uma exigência para o mercado e por isso a popularização de conceitos, práticas e ferramentas de atendimento on-line aconteceu de forma intensa”, sinaliza.

A estratégia de sobrevivência, adotada inicialmente por muitas empresas, adaptando seus processos de vendas para o contexto digital de maneira provisória, já não é suficiente. A digitalização do comércio veio para ficar. O consumidor experimentou novas formas de comprar. Muitos fizeram compras pela internet pela primeira vez, forçados pela necessidade, e gostaram da experiência. A McAfee concluiu, em seu Relatório de Mentalidade de Segurança do Consumidor 2021, que os consumidores planejam manter a vida digital mesmo após a pandemia. Segundo o relatório, 61% das pessoas pretendem realizar somente transações bancárias de forma on-line. Os engajamentos sociais continuarão nas vidas de 56% da população e as compras pessoais farão parte da rotina de 52%.

Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação, em webinar promovido pela Fortics em março, no auge da segunda onda de casos de Covid-19 no país, falou sobre as principais tendências de varejo e consumo no Brasil.

Mais do que a adoção de novas tecnologias para os negócios, ele destacou a necessidade de mudança de concepção, para deixar a dependência excessiva das vendas físicas. “Estamos em 2021 e ainda há negócios que estão com a mentalidade de março de 2020, de que se for preciso fechar as portas não conseguem atender o cliente, e culpam o poder público que decretou o lockdown. Mas a culpa é do seu negócio, que continua não conseguindo encontrar canais digitais, apesar de tudo o que já aconteceu”, pontuou. Segundo Igreja, a pandemia foi um gatilho para muitas empresas se modernizarem, mas acreditar que assim que passar a pandemia tudo voltará ao normal é utopia.

O varejo paranaense encerrou 2020 com tendência de crescimento. A Pesquisa Conjuntural da Fecomércio PR mostra a retomada do comércio a partir do segundo semestre, porém de forma desigual entre os setores. Alguns segmentos conseguiram inclusive aumentar os ganhos durante a pandemia, tais como supermercados (9,03%), móveis, decorações e utilidades domésticas (7,25%), farmácias (2,90%) e materiais de construção (1,78%). Por outro lado, as lojas de vestuário e tecidos, calçados, livrarias e papelarias chegaram a apresentar quedas superiores a 20%.

Conforme pesquisa do Banco Itaú, o isolamento social acelerou ainda mais o consumo por meios digitais, o que levou a aumento de 19,4% no valor transacionado em compras on-line em 2020, comparado ao resultado de 2019. Ainda assim, o valor transacionado no varejo físico foi de 81,1%, ante 18,9% no digital. “Olhando esse cenário, vemos muita digitalização e categorias que cresceram mais do que outras. O varejo está extremamente vivo, com muita coisa acontecendo. Muitos acreditando no varejo brasileiro”, ressaltou, destacando a aquisição do Big pelo Carrefour e a entrada do Magazine Luiza no ranking dos 25 maiores varejistas globais.

De fato, o varejo não será mais o mesmo. Depender menos dos canais de vendas presenciais é a estratégia durante a pandemia, e também depois que ela passar. 

TENDÊNCIAS QUE DEVEM ESTAR NO RADAR DE TODO O EMPRESÁRIO:

OMINICHANNEL: Para sair da dependência excessiva das vendas presenciais, as empresas precisam ter novos pontos de contato com os clientes. Vale fazer isso pelo WhatsApp, redes sociais ou mesmo ferramentas automatizadas.

VELOCIDADE: O consumidor está em casa, mas continua ativo, e disposto a comprar. Ele quer que o varejo seja tão rápido quanto ele. Ser veloz, responder e entregar rápido é um fator de decisão para a pessoa comprar ou não de uma empresa.

PICK UP: Crescimento mundial de 40% na modalidade de pick up, em que a pessoa compra online – por aplicativo ou site – e só retira o produto na loja. LOJA FÍSICA: A pandemia tem feito muitas empresas repensarem a necessidade e o conceito de uma loja física. O processo decisório da compra já não acontece mais no próprio estabelecimento.