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SINDICATO

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33ª EDIÇÃO DO SESC TRIATHLON CAIOBÁ

PROVA TEM DATA, LOCAL E HORÁRIO DETERMINADOS, ALÉM DA CONFIRMAÇÃO DE ATLETAS DE RENOME

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TEXTO: KAREN BORTOLINI | FOTOS: IVO LIMA E ARQUIVO DE TAMY YUKARY HARA

Acontagem regressiva começou. O Sesc Triathlon Caiobá está previsto para ocorrer no dia 7 de novembro de 2021, em Matinhos, com largadas a partir das 7h. Os triatletas seguem driblando os obstáculos trazidos pela pandemia, e desafiam seus próprios limites para seguir com treinos em dia para a competição.

Os cuidados protocolares são intensos para a prática da modalidade. A natação, por exemplo, foi a mais prejudicada com o fechamento das piscinas em diversas academias no Paraná. Mas o ciclismo e a corrida ganharam suas adaptações com medidas de segurança e higiene, como treino em grupos menores, isolamento social e uso de álcool em gel e máscara, apesar da dificuldade respiratória para as práticas.

SUPERAÇÃO DESDE OS TREINOS

Participante 20 vezes do Sesc Triathlon Caiobá, Guilherme Manocchio iniciou aos 12 anos, na categoria juvenil, em 1995. Hoje soma pódios de pentacampeão brasileiro de longa distância (2007 - 2011), campeão do Ironman Fortaleza – CE (2014), Campeão do

Ironman 70.3 Pucón – Chile e MANOCCHIO PARTICIPA DO SESC TRIATHLON CAIOBÁ DESDE 1995

vice-campeão do Ironman Brasil em Florianópolis – SC (2011). A prova do Sesc está em seu calendário anual e o triatleta segue em treinos intensivos desde janeiro de 2021 para o Ironman do Brasil, na capital catarinense.

Aos 39 anos, seu preparo físico e psicológico é destinado a distâncias mais longas. Treinando sozinho, os altos e baixos de performance decorrentes da pandemia, principalmente por conta do cancelamento de provas, não o desmotivaram. “Fui movido a desafios pessoais, competições de brincadeira entre grupos de atletas e treinos indoor, entre outras estratégias para não cair o rendimento”, contou.

O foco de 2020 foi principalmente curar lesões e dar atenção à família. Neste ano, com o retorno das provas no calendário, a saúde segue em primeiro lugar, ladeada pelo espírito competitivo.

MODALIDADES

Assim como para outros atletas, a natação foi a modalidade que sofreu mais impacto no cronograma de treinos de Manocchi. A eventual aglomeração nos vestiários e a convivência próxima entre os atletas impediram a entrada nas academias, mas no período em que estiveram abertas o triatleta chegou a nadar respeitando os protocolos, com o limite de duas pessoas por raia.

Apesar de a natação ser uma das modalidades preferidas, foi no ciclismo que Manocchio intensificou os treinos. Parte da quilometragem fez na rua e 70% em simulador dentro de casa. Já a corrida foi o esporte menos impactado: seguiu treinando, evitou parques e deu preferência em locais e horários de menor movimento. A alimentação saudável foi o combustível para suas energias, associada à meditação para o equilíbrio psicológico e físico.

O IRONMAN SUPEROU AS DIFICULDADES DA PANDEMIA PARA SEGUIR OS TREINOS

ASSESSORIA

Manocchio concilia a vida de ironman com sua assessoria esportiva preparatória para o triathlon, empresa que leva seu sobrenome. Formado em Educação Física, ele acredita que o grande legado que pode deixar é seu conhecimento, expertise e a prática com alunos atletas. Sua experiência pessoal serve de exemplo e incentivo aos iniciantes e àqueles que buscam objetivos por meio do esporte.

Grande parte dos treinos dos alunos de Manocchio foi adaptada parcialmente para a maneira remota. Os alunos adequaram-se à realidade da pandemia, e receberam treinos personalizados. Os grupos diminuíram, mas seguiram motivados por desafios, pelas competições internas organizadas pelo treinador. “Aulas on-line, fortalecimento muscular, planos de treinos e até premiações compuseram a fórmula de incentivo desses atletas”, relatou.

O acompanhamento da saúde não foi prejudicado pelo isolamento social. Os sistemas atuais de informação, além de precisos, permitem aferir as condições de cada atleta, como os batimentos cardíacos, o ritmo e o rendimento conforme a intensidade dos treinos.

INCENTIVO AOS TRIATLETAS

Ele relembra que no ano de 2020 os equipamentos esportivos tiveram uma grande procura no mercado, representando um reflexo pela busca de atividades físicas, cuidados com a saúde no período pandêmico. “No ano passado acabou o estoque nas lojas de bicicletas. Vi muitas pessoas pedalando nas ruas, nas estradas. Então, percebo que temos duas escolhas: ou somos pró-ativos e nos cuidamos, ou relaxamos e deixamos a saúde em segundo plano, o que é extremamente prejudicial”, aconselha.

O triatleta garante que o esporte contribui muito para a elevação da endorfina, alivia o stress, é uma “pílula” natural para ansiedade, evitando que doenças agravadas pelo sedentarismo precisem ser remediadas. Apesar de o período ainda não ser o mais convidativo à prática de esportes, Manocchio recomenda treinos menores, com qualidade e atenção durante as atividades. Os benefícios serão garantidos, entre eles, o autoconhecimento.

TAMY PARTICIPOU DE UM TRIATHLON PELA PRIMEIRA VEZ NO REVEZAMENTO EM CAIOBÁ

EXPECTATIVA EM ALTA

Tamy Yukary Hara iniciou na corrida há seis anos e ainda aguarda sua primeira participação em uma prova completa de triathlon, interrompida pela pandemia. No ano passado, logo no início dos casos de Covid-19 intensificarem-se no Paraná, a atleta participou do revezamento do Sesc Triathlon Caiobá, com seus amigos trabalhadores do comércio.

Praticante de diversas modalidades, entre elas o judô, muay thai, esportes de quadra e natação, intensificou os treinos na água em 2019 para participar da competição. O plano era iniciar o triathlon na modalidade Super Sprint, com distâncias mais curtas, em abril do ano passado, quando retomou a prática de mountain bike. Seguiu seus treinos diários, conciliando com o futsal e com o trabalho de gerência jurídica da Caixa Econômica Federal.

“Logo no início da pandemia foi muito complicado. É inevitável não ficar abalada. Precisei me adaptar no trabalho, pois fui para Ponta Grossa cobrir funções de uma equipe que estava contaminada com o coronavírus. Mesmo assim, consegui treinar lá, apesar de estar inscrita em cinco provas que foram canceladas”, relata.

Ela conta que chegou a parar 15 dias completamente, ganhou dois quilos e um pouco de frustração, além de desregrar a alimentação. Foi tempo de repouso muscular, pois logo em seguida iniciou treinos on-line em casa, fazendo desafios de corrida indoor. Com o celular em punho, registrou pelo Instagram um percurso estacionário de 5 km.

No meio do ano passado Tamy passou por uma nova situação de transferência pelos mesmos motivos, dessa vez, para Cascavel, onde adaptou os treinos com equipamentos. Os parques e pistas ficaram interditados por um período, reabrindo somente em setembro de 2021, motivos que a fizeram seguir nas atividades conforme as possibilidades vigentes, entre um lockdown e outro.

“Passei a ter acompanhamento de nutricionista, fazer dieta cetogênica, que reduz bastante a quantida-

AGORA A META DE TAMY É COMPLETAR O SESC TRIATHLON SOZINHA de de carboidrato e aumenta as gorduras boas e proteína. O que contribuiu para eu voltar à forma”, disse.

Como sua determinação foi grande, logo após a abertura das academias, conseguiu retornar para a natação, modalidade exclusiva para um período de recuperação de lesão no quadril, retomando a corrida somente em dezembro. “Sigo com foco e treinos, esperando poder participar do Sesc Triathlon. Sei que a prova é concorrida desde as inscrições, mas sigo com expectativas para novembro. As adversidades não ocorrem por acaso, elas nos trazem lições que muitas vezes são difíceis de entender, mas o momento de superação dessas dificuldades é mágico”, finalizou. 

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