18a Edição - Ano V - 2018 - R$ 30,00
INOVAÇÃO
MARKETING
TREINAMENTO
Inteligência Artificial deve invadir os eventos
O marketing que prevê o futuro
Escape Games: jogos de gente grande
Expediente A Revista EBS – Evento Business Show é uma publicação de periodicidade trimestral, focada nos segmentos MICE e T&D, destina-se a promover a divulgação de informações aos profissionais atuantes nesses segmentos. Av. Brigadeiro Faria Lima, 1713 | Cj. 63 6o andar | 01452-001 - São Paulo - SP (11) 3812-7363 www.eventofacil.com.br comercial@revistaebs.com.br
Especificações: Distribuição: Nacional Periodicidade: Trimestral Edição: 18 Título: Revista EBS www.revistaebs.com.br
Diretor e Editor Chefe Marcello Baranowsky Criação e Diagramação Wamberto Vanzo Marketing Daiana Moura EBS Buyers Club Larissa Ornellas Andreza Souza Colaboradores Marcia Auriani Paulo Octávio de Almeida (PO) Poliana Sousa Roberta Scalabrini jornalista - MTB: 0085427-SP
Editorial
Caro leitor, Com muita satisfação que entrego a 18ª edição da Revista EBS - Evento Business Show, feita com muito carinho e dedicação por nosso time, que vem realizando um trabalho cada vez mais apurado, com o intuito de trazer aos profissionais atuantes nos segmentos MICE e RH/T&D, uma publicação com conteúdo relevante, a fim de trazê-los para fora da caixinha. O destaque da matéria de capa fica com a relação entre gifting e compliance, tema que deve entrar na lista de assuntos importantes a serem discutidos pelas empresas. Especialistas esclarecem a implementação do compliance e como isso afeta diretamente as estratégias de gifting e suas implicações no segmento de eventos corporativos. Meu amigo Fernando Elimelek, CEO da Playcorp, participou da matéria sobre o Réveillon na Paulista, um dos maiores eventos da cidade de São Paulo, que completou 19 anos, em 2017. Vale a pena acompanhar essa trajetória de sucesso. Na seção “Treinamento”, abordamos os escape games, um produto que as empresas vêm utilizando para incentivar, motivar, fidelizar, premiar, presentear e, principalmente, treinar seus colaboradores. Uma tendência no processo de recrutamento e relacionamento, a modalidade que vem crescendo pelo Brasil nos últimos anos já é muito utilizada pelas áreas de Recursos Humanos e Marketing. Já na seção “Destinos”, as Ilhas Seychelles aparecem como opção perfeita e surpreendente para o MICE. A publicação traz também assuntos como qualidade de vida dos colaboradores, crowdfunding para eventos, o perfil do profissional que atua no segmento MICE, além da cobertura da CES 2018 - maior feira de tecnologia do mundo que aconteceu nos Estados Unidos. Outro destaque nessa edição está na seção “Inovação & Tecnologia”, na qual a Inteligência Artificial aplicada à eventos é abordada. O artigo dessa edição é sobre branding pessoal, com a colaboração de Marcia Auriani, especialista no assunto. Poliana Sousa, diretora de marketing da P&G, participou do pingue pongue sobre transformações no mercado e evolução profissional.
E tem muito mais... Revista EBS - Evento Business Show é marca registrada junto ao INPI, em nome da EBS Feiras & Editora Ltda.
Boa leitura a todos.
Todos os direitos reservados. Os produtos e anúncios apresentados são de responsabilidade integral dos anunciantes. Divulgação Foto Capa: soo hee kim / Shutterstock.com
Marcello Baranowsky Diretor/Editor Chefe
Revista EBS . 18a edição . 2018 . www.revistaebs.com.br
06 Entretenimento
Réveillon na Paulista: 19 anos fazendo história em São Paulo
10 Governança
Gifting & Compliance: como adequar a prática de gifting às normas do compliance
16 Destino MICE
llhas Seychelles: um lugar perfeito e surpreendente para o MICE
18 Cobertura
CES 2018 apresenta as maiores novidades tecnológicas
24 Inovação & Tecnologia
Inteligência Artificial deve invadir eventos
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Foto: soo hee kim / Shutterstock.com
Sumário 30 Treinamento
Jogos de gente grande
34 Educação Divulgação: Assessoria / GVA
Quem é o profissional do segmento MICE?
36 Artigo
Branding Pessoal: Como gerenciar sua marca pessoal num mercado cada vez mais competitivo?
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Divulgação: Assessoria
Divulgação: Ociacia / Shutterstock.com
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O marketing que prevê o futuro
Divulgação SECOM / Eduardo Ogata
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28 Marketing
38 RH
Colaborador saudável e produtivo
40 Oportunidades Eventos Financiados
42 Mercado
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Rodadas de negócios de uma forma diferente
50 Pingue Pongue
Destaque no Marketing com Poliana Sousa
Anunciantes 2a Capa EBS BUYERS CLUB 05 CENTRO DE CONVENÇÕES REBOUÇAS 09 JUST LED 13 ÓTIMA GRÁFICA 15 FANTASTIC BRINDES
21 TRIART 23 HOFFMANN 27 REFERÊNCIA GRÁFICA 33 FACILITY DOC
37 BRASIL JARDINS 45 SPEED MEETING 3a Capa CONGRESSO MICE BRASIL 2018 4a Capa FEIRA EBS 2018
ENTRETENIMENTO
Réveillon na Paulista:
19 anos fazendo história em São Paulo Um dos maiores eventos da cidade movimenta a economia em áreas como hotelaria, gastronomia e varejo
O
da fotografia emblemática dessa região da cidade. O pedido foi feito ao COMTUR (Conselho Municipal de Turismo) Paulista e, já na segunda reunião, a proposta foi aceita por unanimidade. Com a autorização para a realização do evento, a obrigação da Playcorp era conseguir patrocínio para cada edição. “Os maiores obstáculos sempre foram conseguir os patrocinadores. O evento sempre foi viabilizado pela iniciativa privada”, relata o executivo. Esse foi o motivo de a empresa não ter produzido as comemorações para a entrada dos anos de 2016 e 2017. “Nos últimos três anos, houve chamamento [público, por parte da Prefeitura]. Participamos do primeiro e não do segundo.
Divulgação SECOM / Eduardo Ogata
Réveillon na Paulista, uma das maiores festas da cidade de São Paulo, já é uma tradição que atrai milhões de pessoas para a avenida no último dia de dezembro. O evento, realizado pela primeira vez para comemorar a chegada do ano de 1997, entrou para o calendário anual da cidade apenas em 2001. Desde então, vem crescendo e apresentando novidades para os participantes. Fernando Elimelek, CEO da agência Playcorp, é o grande idealizador da festa, que surgiu de sua vontade de colocar São Paulo entre os destinos das maiores passagens de ano do mundo. A escolha pela Avenida Paulista ocorreu por causa
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Fernando Elimelek, CEO da Playcorp
Avenida Paulista no Réveillon 2017
O Réveillon 2018 dispôs de 80 pontos de alimentação, fornecendo comida e bebida para os visitantes, além de 400 banheiros químicos e 6 postos médicos equipados com UTI móvel, arranjados em pontos estratégicos. A acessibilidade foi mais um ponto pensado para proporcionar conforto a todos, e pessoas com mobilidade reduzida contaram com um lugar assegurado e próximo
INFRAESTRUTURA EM GRANDE PORTE A festa que comemorou a virada para 2018 contou com um público de 1,7 milhão de pessoas. Com o tema
Divulgação Playcorp
Na virada de 2018, um dos diferenciais foi a interatividade com o público. Em telões de LED de alta definição instalados no palco, mensagens enviadas através do Facebook com a hashtag #revnapaulista2018 eram projetadas nos painéis. E a interatividade é uma tendência que deve ser mais explorada nas próximas edições, inclusive na parceria de ações com empresas. “Estamos trabalhando para que essa interatividade possa integrar mais ações junto aos patrocinadores”, afirmou o CEO da Playcorp. Outro feito que chamou a atenção na última edição foi a quebra de um recorde, ao reunir o maior número de pessoas pulando juntas com um pé só (o direito), durante 15 segundos – uma equipe do Guinness Book, o livro dos recordes, estava presente e atestou a validade do feito, que reuniu 1.400 participantes. A festa, em toda sua magnitude, demanda por fornecedores das mais diversas áreas – como montagem de som e segurança. Junto à Polícia Militar, fornecedores de serviços, montadores e outros profissionais, foram mais de 3.500 pessoas envolvidas no evento.
TURISTAS EM SÃO PAULO O setor hoteleiro foi o grande destaque e responsável por movimentar maior parte da economia da cidade, nessa época do ano. De acordo com o Observatório de Turismo e Evento da SPTuris, a ocupação de estabelecimentos ficou acima de 80% durante a última semana de 2017 – em média, a taxa de ocupação para o mês de dezembro é de 56%. A procura é grande, pois a cidade oferece opções de hotéis e serviços que cabem em diversos orçamentos, o que ajuda na captação de turistas que procuram uma experiência diferenciada para a passagem do ano, mas sem extrapolar o orçamento.
Recebimento do título do Guinness Book
Divulgação Playcorp
Divulgação Playcorp
ao palco, com acesso lateral pela Rua Haddok Lobo. A segurança do evento ficou a cargo da Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana e CET - Companhia de Engenharia de Tráfego, além de seguranças particulares. Câmeras foram instaladas em pontos estratégicos da avenida, auxiliando o trabalho dos profissionais, que possuíam viaturas, motocicletas e bases comunitárias à disposição. Acessos com vistoria estavam espalhados por toda a avenida, além de pontos de atendimento médico e estrutura com brigada de incêndio. O sistema de gradeamento e bolsões também auxiliou na proteção de quem estava festejando – grupos com cerca de 500 pessoas ocupavam quadrantes, distribuindo os presentes em espaços confortáveis e evitando grande concentração em apenas uma área.
Divulgação
Ambos não tiveram patrocinadores e foram produzidos pela SPTuris. Neste último, para a entrada de 2018, ganhamos o chamamento. Os patrocínios foram levantados em parte graças à lei Rouanet”, explica. Além do apoio cultural pela Lei de Incentivo à Cultura e do Ministério da Cultura, a festa também contou com o patrocínio da Sabesp e copatrocínio da Caixa Econômica Federal. Após ganhar duas licitações, a Playcorp garantiu novamente a exclusividade na comercialização e execução do Natal e Réveillon na Paulista. A empresa voltou à frente da idealização das decorações natalinas, e investiu em uma aproximação com os paulistanos na noite da passagem de ano. “O que mais evoluiu foi a tecnologia de comunicação através dos painéis eletrônicos e interatividade junto ao público, através das redes sociais e internet como um todo”, diz Elimelek.
Milhares de pessoas aproveitam os shows
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ENTRETENIMENTO “Vamos celebrar o futuro de mãos dadas”, painéis de LED formaram o conceito cenográfico do palco junto com bandeiras de 17 países, representando a união dos povos. O evento dispôs de toneladas de aço,
ferro e alumínio, que compuseram o palco e as estruturas metálicas distribuídas pela avenida, além de milhões de watts de som e iluminação divididos em torres por uma extensão de aproximadamente 2,5km. Para atender essa
demanda em sua totalidade, geradores produziram 100% da energia necessária para alimentar a produção do réveillon. A montagem desses e outros equipamentos levou 7 dias, contra 5 dias para a desmontagem.
UM POUCO DA HISTÓRIA
1996–97
Tema “Energização”: Uma pirâmide com 16 metros de altura foi construída na avenida. Público: 200.000 pessoas.
1997–98
Tema “A Copa do Mundo é Nossa”: Em referência à Copa do Mundo que seria realizada na França, foi construída uma réplica da Torre Eiffel. Público: 410.000 pessoas.
1998–99
Tema “Globalização”: Um globo inflável gigante, com 15 metros de altura, simbolizava o planeta Terra. Público: 700.000 pessoas.
1999–2000
Tema “Super festa especialmente dedicada a você”: O cenário para esse ano foi um Portal do Futuro. Público: 2.000.000 de pessoas.
2007–08
Tema “São Paulo – a cidade de todos nós”: Para a celebração, o palco contou com painéis eletrônicos e cenografia alusiva à arquitetura da cidade. Público: 2.000.000 de pessoas.
2008–09
Tema “São Paulo e o mundo se encontram aqui”: Painéis eletrônicos e cenografia formavam um grande quadro no palco. Público: 2.000.000 de pessoas.
2009–10
Tema “A Chegada de uma nova era”: Para marcar a virada do milênio, uma torre futurista com 53 metros de altura foi erguida na Paulista. Público: 1.000.000 pessoas.
Tema “A torcida do Brasil se encontra aqui”:Foi criado um mega espetáculo tecnológico de luz, som, imagens e efeitos pirotécnicos e cenográficos sobre o universo do futebol. Público: 2.000.000 de pessoas.
2000–01
2010–11
2001–02
2011–12
Tema “Energia para a nova geração”: Uma pirâmide com 20 metros de altura foi construída. Público: 1.150.000 pessoas.
Não houve festejos de Réveillon na Paulista (a Coca-Cola, patrocinadora da festa, cancelou todos os eventos no mundo em forma de luto ao atentado de 11 de setembro daquele ano).
2002–03
Tema “Energização para a cidade de São Paulo”: Novamente, uma pirâmide com 20 metros de altura enfeitou a avenida. Público: 200.000 pessoas.
2003–04
Tema “São Paulo, a nossa obra de arte”: Telões de LED formaram uma cenografia multimídia no palco daquele ano. Público: 2.000.000 de pessoas.
Tema “120 anos do melhor de São Paulo”: Painéis de LED reproduziram o skyline da cidade de São Paulo. Público: 2.000.000 de pessoas.
2012–13
Tema “Eu amo SP”: Painéis de LED ajudaram a iluminar um grande coração cenográfico no centro do palco. Público: 2.000.000 de pessoas.
2013–14
Tema “São Paulo 450 anos”: Palco em formato de orbit em comemoração aos 450 anos da cidade. Público: 1.900.000 pessoas.
Tema “Todos os povos se encontram aqui”: O conceito cenográfico do palco contou com painéis de LED que projetavam imagens relacionadas ao tema. Público: 2.000.000 de pessoas.
2004–05
2014–15
2005–06
2017–18
Tema “Vamos celebrar o futuro”: Uma estrutura espacial com efeitos multicoloridos e cenografia transformou a Avenida Paulista na maior danceteria do mundo. Público: 2.000.000 pessoas.
Tema “Dimensão em um novo tempo”: Foi criado um mega palco simbolizando o Sol, incluindo o relógio criado por Hans Donner (Time Dimension). Público: 2.000.000 pessoas.
Fonte: Playcorp
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2006–07
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Tema “Todos os povos se encontram aqui”: Painéis de LED formaram o conceito cenográfico do palco, projetando imagens relacionadas ao tema. Público: 2.000.000 de pessoas.
Tema “Vamos celebrar o futuro de mãos dadas”: A cenografia contou com painéis de LED e bandeiras de 17 países, representando a união dos povos. Público: 1.700.000 de pessoas.
Foto: soo hee kim / Shutterstock.com
GOVERNANÇA
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os últimos anos, a legislação brasileira vem passando por mudanças referentes ao combate à corrupção. Isso afeta todos os setores do mercado e pede uma readequação das empresas quanto a suas regras e instruções internas. Dessa forma, as organizações estão buscando cada vez mais recursos sobre a implementação de um plano de compliance. O termo em inglês é utilizado para denominar um conjunto de disciplinas para se fazer cumprir as regras normais e regulamentadas. E é através desse plano que as empresas conseguem evitar, detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade. O assunto está na pauta de diversas companhias, independente do porte, e deve se propagar pelo país.
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GIFTING & COMPLIANCE How to address the gifting practice to the compliance standards
In recent years, Brazilian legislation has been undergoing changes related to the fight against corruption. This affects all sectors of the market and calls for a readjustment of companies regarding their rules and internal instructions. In this way, organizations are increasingly seeking to implement compliance plans. The English term is used to denote a set of disciplines to enforce normal and regulated rules. In addition, it is through this plan that companies can avoid, detect and treat any deviation or nonconformity. The matter is on the agenda of several companies, regardless of size, and it should spread throughout the country.
Uma das estratégias empresariais que está diretamente ligada a esse programa é o gifting. Isso porque a implementação do compliance tende a fortalecer os controles internos e mitigar condutas ilícitas por parte de seus representantes, que podem destoar com o Código de Conduta ao qual estão submetidos. “No caso específico do gifting, o programa bem desenhado evita que uma determinada relação formalizada entre a empresa e o seu cliente seja questionada pela entrega de um brinde, por exemplo. Em termos práticos, se após o fechamento de um determinado acordo, tem-se conhecimento que o fornecedor presenteou seu cliente com um brinde de alto valor, é possível que essa conduta provoque dúvidas sobre a lisura das condições em que esse contrato foi firmado”, ressalta Diego Valois, diretor jurídico do IBDEE.
de circulação e rituais proprietários. Cada pequena troca (objetos, experiências, acessos, conteúdo) é planejada, compreendendo a cultura de uma corporação como se fosse a de uma nação — um processo repleto de simbologias, capaz de contar a história de uma empresa ou de uma personalidade, fazer transparecer o seu código de marca e tornar tangíveis suas crenças para além dos produtos e serviços que comercializa e promove”, explica Marina Pechlivanis, especialista no tema e Sócia-Fundadora da Umbigo do Mundo, agência de comunicação estratégica criada em 1999. Assim como qualquer estratégia de escambo ou negociação, o gifting deve ser bem pensado e planejado. Independentente do investimento disponível, a mensagem, contexto, público e hora certa determinam o sucesso da aplicação do método. O processo envolve ainda o mapeamento da história da empresa, seus valores, objetivos, o público com quem se relacionam e a mensagem que quer passar para o mercado, por exemplo, além da política de preços — ligada diretamente ao compliance. Especialista no tema, Marina conta que o “dar-receber-retribuir” é um ritual que se repete na humanidade há milênios. Os objetos e experiências trocados podem sofrer alterações de acordo com a cultura, mas a estratégia de saber presentear para ser lembrado permanece. “Todas essas trocas — por questões políticas, afetivas, econômicas, estratégicas, por educação ou mesmo oportunidade — podem gerar tensão entre expectativas e intenções, interesseiros e interessados, deixando tênue a linha que separa o que é espontâneo e o que é obrigatório sempre que alguém oferece algo a outra pessoa. Estudiosos das relações sociais chamam de ‘valor de vínculo’ o sistema que afere valor a objetos, serviços, gestos ou qualquer outra representação no universo dos relacionamentos, considerando o quanto efetivamente contribuem para o fortalecimento destes laços. Se é muito usada? Diariamente, por todos os setores de todas as empresas. É só você prestar atenção. Se está sendo bem implementada? Isso já é outra questão”, diz.
AFINAL, O QUE É GIFTING? “Gifting é o estudo que estrutura as políticas de troca em todas as plataformas de comunicação corporativa definindo parâmetros de valor, métricas
PRESENTE X PROPINA Segundo o dicionário Aurélio, um dos significados da palavra propina é gorjeta, gratificação. E é nesse quesito que as organizações devem
Divulgação
De acordo com Rodrigo Bertoccelli, Presidente do IBDEE (Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial), o ano de 2017 foi positivo para a sistematização do compliance no Brasil. “Testemunhamos importantes decisões judiciais e debates entre especialistas e autoridades em torno do tema, como a edição de leis estaduais obrigando empresas que contratarão com o poder público a terem um programa de compliance, a exemplo da Lei Fluminense nº 7753/17; a edição da norma ISO 37001 que trata de sistemas de gestão antissuborno, certificável às empresas; bem como uma maior consciência das empresas a respeitos dos riscos relacionados ao ‘não-compliance’”. Para Bertoccelli, embora ainda falte muito ao Brasil em termos de transparência e integridade, suas perspectivas são otimistas em termos do amadurecimento do compliance e a eficiência no combate à corrupção em 2018.
Rodrigo Bertoccelli, Presidente do IBDEE Rodrigo Bertoccelli, CEO at IBDEE
According to Rodrigo Bertoccelli, President of IBDEE (Brazilian Institute of Law and Business Ethics), 2017 was positive for the systematization of the compliance in Brazil. "We witnessed important judicial decisions and debates between experts and authorities around the issue. As the enactment of state, like the Fluminense Law nº 7753/17; the edition of the standard ISO 37001 that deals with anti-bribery management systems, certifiable to the companies; as well as increased corporate awareness of non-compliance risks." For Bertoccelli, although Brazil is still a long way off in terms of transparency and integrity, its outlook is optimistic in terms of the maturity of compliance and efficiency in the fight against corruption in 2018. One of the business strategies, directly linked to this program, is gifting. Due to the implementation, it tends to strengthen internal controls and mitigate illicit conduct on the part of its reps, who may disagree with the Code of Conduct to which they have been submitted. "In the specific case of gifting, the well-designed program prevents a certain formalized relationship between the company and its client from being questioned by the gift delivery. In practical terms, if after the closing a deal, it is noticed that the supplier had presented his customer with a high value gift, it is possible that this conduct causes doubts about the smoothness of the conditions under which this contract was signed", shares Diego Valois, legal director of IBDEE. SO, WHAT IS GIFTING ANYWAY? "Gifting is the study that structures exchange policies across all corporate communication platforms by defining value parameters, circulation metrics, and proprietary rituals. Each small exchange (objects, experiences, access, content) is planned, comprising the culture of a corporation as if it were a nation's. A process full of symbolism, it is able to tell the story of a company or a personality, its brand code and make its beliefs tangible in addition to the products and services it markets and promotes", explains Marina Pechlivanis, Founding Partner of Umbigo do Mundo. Just like any barter strategy, gifting should be well thought out and planned. Regardless of the available investment, the message, context, audience, and time determine the success of the method. The process also involves mapping the history of the company, its values, objectives, the public with whom they relate and the message they want to pass to the market, for example, in addition to the pricing policy directly connected to compliance. As an expert on this subject, Marina says that "give-receive-give back" is a ritual repeated in the humanity for years. The objects and experiences exchanged can go through changes according to the culture, but the strategy of understanding how to gift to be remembered remains. "All of these exchanges - for political, affective, economic, strategic, educational, or even for opportunity reasons - can bring tension between the expectations and
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GOVERNANÇA
Marina Pechlivanis, Founding Partner at Umbigo do Mundo
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tomar cuidado para que o gifting não transpasse a barreira entre o ato de divulgar a empresa e o que pode ser considerado corrupção. Aqui, o compliance ajuda a identificar o que não é aceitável para cada ambiente e situação. “Percebe-se que o tema do gifting costumava ser tratado de forma exclusiva pelas áreas de comunicação e marketing das empresas. Naquele momento, em que assuntos relacionados à compliance ainda eram pouco difundidos, não se visualizava com maior clareza os riscos inerentes a troca de brindes, especialmente quando se tem um cliente público do outro lado. Assim, com a evolução do compliance, seus respectivos programas passaram a regular o tema do gifting com maior cautela, trazendo orientações diversas acerca desse tema, tais como, que se observe o Código de Ética do cliente para verificar se há vedação ou limites para que seus colaboradores possam receber brindes dos seus fornecedores”, explica Valois.
Diego Valois, Diretor jurídico do IBDEE
Diego Valois, Chief Legal Officer at IBDEE
Nesse cenário, quem fornece os gifts para as empresas também percebeu um impacto causado pelo sistema de compliance. “Vender hoje para clientes preocupados com compliance exige o preenchimento prévio de formulários onde devemos demonstrar que cumprimos com regras trabalhistas, ambientais, fiscais, etc. Fornecedores de empresas preocupadas com sua imagem não permitem estar associados com quem desrespeita regras básicas”, explica Rubens Lorenzetti, diretor da Fantastic Brindes, empresa de fabricação própria de diversos produtos promocionais personalizados. 12 www.revistaebs.com.br | 18a edição
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Marina Pechlivanis, Sócia-fundadora da Umbigo do Mundo
O importante é que as trocas sejam objetivas e equilibradas, mesmo com a subjetividade que norteia a dimensão do gifting, uma vez que cada empresa tem sua política de preços estabelecidas pelo compliance. Além do valor em moeda, precisamos pensar também na percepção que o outro tem sobre o que recebeu e possíveis valores voláteis, ligados diretamente ao processo interpretativo. “O Gifting, se bem dosado e bem pensado, sempre pode ser uma boa estratégia em qualquer relação de troca ou negociação. Você não precisa investir milhões para encantar alguém, precisa saber tangibilizar a mensagem certa, na hora certa, no contexto adequado, para o público correto. Errou na dosagem e não pensou direito? Cuidado: a história está repleta de guerras que começaram assim”, alerta Marina, que é Mestra em Comunicação e Práticas de Consumo pela ESPM.
Rubens Lorenzetti, CEO da Fantastic Brindes Rubens Lorenzetti, CEO at Fantastic Brindes
E AGORA, O QUE É PERMITIDO? Isso é algo que depende diretamente das regras de cada empresa. No caso de quem aplica o compliance, é preciso verificar as normas e se adequar a elas. “O ponto principal é saber qual é a diferença entre o brinde e o presente. O brinde, segundo o entendimento, é aquele produto que não tem valor comercial e que, de alguma forma, faça referência à marca da empresa. Então ele tem realmente o cunho promocional”, explica Alessandra Gonsales, sócia do WFaria Advogados e da LEC (Legal Ethics Compliance). O processo de implementação do compliance exige o envolvimento da alta gestão da empresa, bem como a criação de uma área específica e com autonomia funcional — respondendo diretamente ao CEO ou Conselho Administrativo. Além disso, não basta apenas a aplicação da política, é preciso capacitar e realizar treinamentos contínuos com todos os colaboradores da organização (independentemente da posição) sobre o programa de compliance, incluindo ainda o monitoramento sobre
intentions, between interests and stakeholders, leaving the line between what is spontaneous and what is is mandatory whenever someone offers something to another person. Social relations studies call the value system of objects, services, gestures, or any other representation in the universe of relationships as the 'value of bond', considering how effectively they contribute to the strengthening of these ties. If it is widely used? Daily, in any sector of all companies. You must pay close attention. Is it being well implemented? That is another story", she says. GIFT X BRIBE Organizations must be aware to not let the gifting cross the barrier between the act of promoting the company and what can be considered corruption. Here, compliance helps identify what is not acceptable to each environment and situation. "It is noticed that the topic of gifting used to be treated exclusively by the areas of communication and marketing in the companies. At that time, where issues related to compliance were still poorly publicized, the risks inherent in the exchange of gifts were not seen more clearly. With the evolution of compliance, their respective programs began to regulate the topic of gifting with greater caution, bringing different orientations on this subject, such as, that the client’s Code of Ethics must be consulted in order confirm any seal or limits for any employee can receive gifts from their suppliers", explains Valois. In this scenario, who provides the gifts to the companies also noticed an impact caused by the compliance rules. "Selling nowadays to customers worried about compliance requires the filling out forms where we must demonstrate that we comply with labor law, environmental law, taxes, etc. Suppliers concerned about their image do not allow being associated with those who disregard basic rules", explains Rubens Lorenzetti, director of Fantastic Brindes, a promotional products company. The exchanges should be objective and balanced, even with the subjectivity that guides the size of gifting, as each company has its pricing policy established by the compliance. Besides the value in money, we also need to think about the perception about what is given, and any possible volatile values, which are directly connected to the interpretative process. "Gifting, if well-dosed and well thought out, can always be a good strategy in any trading relationship. You do not need to invest millions to delight someone, you need to know how to send the right message, at the right time, in the right context, for the right audience. Did you miss the dosage and did not think straight? Beware: the story is full of wars that started like this", warns Marina. AND NOW, WHAT IS ALLOWED? It depends directly on each company rules. In the case of those who enforce compliance, it is necessary to check the standards and conform to them. "The main point is to know the difference between types the souvenir and the gift. The souvenir, according to the understanding,
Alessandra Gonsales, Partner at WFaria Advogados and at LEC (Legal Ethics Compliance)
is that product that has no commercial value and that, in some way, refers to the brand of the company. So, it really has the promotional edge", explains Alessandra Gonsales, partner at WFaria Advogados and LEC (Legal Ethics Compliance). The compliance implementation process requires the involvement of top management and the creation of a specific area and functional autonomy responding directly to the CEO or Board of Directors. In addition, it is not enough just to apply the policy, it is necessary to train and carry out continuous training with all employees of the organization (regardless of position) on the compliance program, including monitoring of practices against established standards. For Diego Bertoccelli, Brazil still has a lot to learn from other countries. "In the USA, for example, the main legal reference is the Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), a federal law passed in 1977, so they have a collection of experiences and intelligence of more than 40 decades on the subject", he adds.
POLÍTICAS NA PRÁTICA Muitas organizações já aplicam as políticas de compliance em suas diretrizes. No caso da Unisys, empresa mundial de serviços e soluções de Tecnologia da Informação com mais 100 anos de existência, essa preocupação sempre esteve presente. A empresa dispõe de um sólido programa de compliance que permite a seus colaboradores trabalharem em conformidade, mantendo um ambiente de confiança, protegendo a reputação da empresa e tornando os projetos mais eficazes, a fim de alcançar resultados mais positivos. “Trabalhamos com um programa de compliance alinhado ao de nossa corporação, pelo qual sou responsável na América Latina. Organizamos e oferecemos diretrizes para todos os processos e condutas a fim de cumprir todas as normas legais, regulamentos, políticas e diretrizes estabelecidas para os negócios da companhia do ponto de vista local, regional e global. Temos uma política que orienta os limites aceitáveis para oferecimento de cortesia de negócios tanto no setor público quanto no setor privado, em todos os países da America Latina, respeitando o nosso padrão ético e a legislação local”, conta Claudia Gomes, Diretora Jurídica da Unisys para América Latina. A empresa procura se manter atualizada sobre os processos internos de compliance, o que inclui o código de ética e treinamentos on-line e presenciais. Consequentemente, há uma preocupação com a transparência
POLICIES IN PRACTICE Many organizations already apply compliance policies to their directives. In the case of Unisys - a worldwide company with services and solutions of Information Technology with more than 100 years of existence, this concern was always present. They have a strong compliance program that enables its employees to work accordingly, maintaining a trustworthy environment, protecting the company's reputation and making projects more effective in order to achieve results that are more positive. "We work with a compliance program aligned with our corporation, for which I am in charge in Latin America. We organize and provide guidelines for all processes and pipelines in order to comply with all legal, regulatory, policy and guidelines established for the company's business from a local, regional and global point of view. Our policy guides the acceptable limits for offering business courtesy in both the public and private sectors in all Latin American countries, respecting our ethical standards and local legislation", says Claudia Gomes, Chief Legal Officer of Unisys for Latin America. The company seeks to keep updated all the internal compliance processes, which includes the code of ethics and on-line and face-to-face training. Consequently, there is a concern about transparency and also credibility to inform the employees about the available processes and tools. For this, there are two tools to support the communication. The Unisys Compliance Helpline is used to help employees to inform situations in an identified or anonymous way, ask questions and even denounce something, for example. The Unisys Conflict of Interest Tool allows the registration of a personal relationship with someone or a company, as well as inappropriate business practices that may interfere with the provision of services or the business with a particular company. "We also conduct annual, on-line and face-to-face ethics training, with certifications for our employees, with
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as práticas perante as normas estabelecidas. Para Diego Bertoccelli, o Brasil ainda tem muito a aprender com outros países. “Nos Estados Unidos, por exemplo, a principal referência legal é o Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), lei federal editada em 1977, portanto já há uma coleção de experiências e uma inteligência de mais de 40 décadas no assunto”, diz.
Alessandra Gonsales, Sócia do WFaria Advogados e da LEC (Legal Ethics Compliance)
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GOVERNANÇA
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e credibilidade para informar seus colaboradores quanto aos processos e ferramentas disponíveis. Para isso, duas ferramentas facilitam o canal de comunicação. Através do Unisys Compliance Helpline, o colaborador pode informar situações de forma identificada ou anônima, tirar dúvidas e denunciar algo, por exemplo. Já o Unisys Conflict of Interest Tool permite o registro da existência de um relacionamento pessoal com alguém ou alguma empresa, assim como práticas comerciais inadequadas, que possam interferir na prestação de serviços ou nos negócios com determinada companhia.
Claudia Gomes, Diretora Jurídica da Unisys para América Latina Claudia Gomes, Chief Legal Officer Latam at Unisys
“Também realizamos treinamentos de ética anuais, on-line e presenciais, com certificações para nossos colaboradores, com espaço aberto para o tratamento dos assuntos que nos são trazidos. As investigações internas são conduzidas de forma confidencial e por uma equipe especializada. Estar em conformidade com a legislação é um parâmetro fundamental para as operações da Unisys, em nível global”, afirma Claudia. Segundo a Diretora Jurídica, o investimento em compliance não traz retorno financeiro direto, mas possibilita uma melhor governança empresarial, organização, e maior segurança para que os processos sejam mais eficazes. Assim, as estratégias se tornam mais assertivas e rentáveis. O IMPACTO NOS EVENTOS Para o setor de eventos, o gifting é uma prática muito utilizada — e não apenas sobre os brindes comumente distribuídos. Isso porque o evento em si pode ser considerado um gift, através das experiências, sensações e vivências que são oferecidas, gerando memórias para quem participa. Em encontros de diversos públicos e nichos específicos, cada detalhe deve ser planejado para surpreender e tridimensionalizar a essência de quem está presente com uma marca, 14 www.revistaebs.com.br | 18a edição
produto ou serviço, entre outros casos. “Na agência temos o Sistema das Relações de Troca e a ferramenta ‘Gifting&Rituals Map’, que servem para mapear e mensurar cada uma das iniciativas em gifting para eventos, ajudando tanto na organização como na prestação de contas para os clientes no antes, durante, e pós evento”, conta Marina Pechlivanis. Uma das medidas do compliance é a prevenção contra fraude, que pode ser caracterizada como a contratação de um fornecedor por conta do recebimento de um benefício — como um convite para evento, por exemplo. E não apenas isso: “A empresa também vai promover eventos. Então, quais situações, quais regras serão aplicadas para esse evento? Que tipo de evento? O marketing tem que passar previamente para a área de compliance, para que a área de compliance analise”, explica Alessandra, especialista em implantação de políticas de anticorrupção e de lavagem de dinheiro. Nesse quesito, a Diretora Jurídica da Unisys conta que os eventos da área de marketing, bem como os incentivos culturais, são realizados com estrita observância das normas, regulamentações e leis locais. Segundo ela, há políticas específicas, com diretrizes definidas para eventos de negócios. “A empresa dispõe de um programa de compliance, por meio do qual disponibilizamos políticas e procedimentos para todos os processos e condutas, englobando desde as operações de vendas, controles internos e áreas de suporte, até o departamento de marketing, responsável pela produção de eventos na Unisys. Com envolvimento e suporte integral da alta administração da companhia, o programa tem o papel de formalizar processos e implementar ações de conformidade em toda a empresa”, afirma Claudia. Devemos lembrar que os brindes não têm valor relevante e são abertos a todos, sem discriminação na entrega dos mesmos. Já o presente tem cunho comercial e não necessariamente está relacionado à divulgação ou promoção — podendo ter interpretações diversas, o que inclui também a troca de algo ilícito. Assim, é imprescindível uma ação conjunta com a área jurídica, que pode fornecer orientação quanto ao compliance, e até mesmo procurar o auxílio de um profissional especialista em gifting.
open space for handling the issues that are brought. Internal investigations are conducted confidentially by specialized staff. Complying with legislation is a key parameter for Unisys operations at the global level", concludes Claudia. Investing in compliance does not bring direct financial returns, although it enables better corporate governance, organization, and greater security to make processes more effective. Thus, strategies become more assertive and profitable, according to her. THE IMPACT IN THE EVENTS For the event industry, gifting is a widely used practice - not just about commonly distributed giveaways. This is because the event itself can be considered a gift, through the experiences and sensations that are offered, generating memories for those participating. In meetings of different audiences and specific niches, each detail must be planned to surprise and tridimensionalize the essence of who is present with a brand, product, or service, among other cases. "In the agency, we have the System of Relations of Exchanges and the tool 'Gifting & Rituals Map', used to map and measure initiatives in gifting for events, helping some organizations as well as the accountability for the customers before, during, and after the event", says Marina Pechlivanis. One measures of compliance is fraud prevention, which can be characterized as hiring a supplier because of receiving a benefit - which can be an invitation to an event, for example. But, not only that. "The company will also promote events. So, which situations and rules will apply to this event? What kind of event? The marketing department must first bring it to the compliance area, so that the it analyzes”, comments Alessandra, an anti-corruption and anti-money laundering policies expert. In this regard, the Chief Legal Officer of Unisys says that marketing events, as well as cultural incentives, are carried out with strict observance of local rules, regulations and laws. There are specific policies, with guidelines set for business events. "The company has a program, through which we provide policies and procedures for all processes and conduct, from sales operations, some internal controls and support areas, to the marketing department responsible for the production of events at Unisys. With full involvement and support from the top management, the program has the role of formalizing processes and also implementing compliance actions", says Claudia. Gifts have no relevant value and are opened to all, without discrimination. A present has a commercial aspect and it is not related to the exposure or the company's promotion, which give room to different interpretations, including the exchange of something illicit. A joint action with the legal area is essential, providing guidance on compliance, and even seek the assistance of a gifting professional.
DESTINO MICE
llhas Seychelles: um lugar perfeito e surpreendente para o MICE
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de Lazare Picault, em 1742, que se iniciou uma colonização francesa. Em 1811, com a derrota de Napoleão Bonaparte na Batalha de Waterloo, o local passou para domínio britânico, conquistando a independência em 1976. Devido à sua história, Seychelles é um verdadeiro mosaico cultural, guardando influências dos dois países colonizadores e também dos povos africanos, além de hindus, árabes e orientais que se dirigiram para o país para trabalhar com o turismo, uma das principais economias da nação. Os idiomas oficiais são o inglês, o francês e o créole (oriundo da mistura do francês com línguas africanas). A população possui um excelente nível de educação e acesso à saúde, sendo um dos maiores índices de desenvolvimento humano da África. A maior ilha é Mahé, onde está localizado o aeroporto internacional do país.
Ilha de Mahé - Divulgação: Assessoria / GVA
o pensar em viagens de incentivo ou em eventos estratégicos, o que se busca sempre é supreender e inspirar os visitantes. As Ilhas Seychelles são o lugar ideal para isso! É difícil defini-las em palavras: paraíso, um outro mundo... sim, pode-se dizer tudo isso. No entanto, ainda é muito pouco para descrever o lugar. Localizado no Oceano Índico, o arquipélago é composto por 115 ilhas de formação coralínea ou granítica. Elas são divididas em dois grupos, as chamadas ilhas internas, onde se concentra o turismo, e as ilhas externas. São paisagens estonteantes, com o mar em diversas e intensas tonalidades de azul, praias de areia clara, vegetação tropical densa, um relevo predomintantemente montanhoso e rochas arredondadas. O clima é quente o ano inteiro, com temperaturas entre 24°C e 32°C. O arquipélago é um dos mais antigos do mundo e permaneceu isolado do restante do mundo por séculos, concentrando uma grande quantidade de espécies endêmicas, tanto de fauna quanto de flora. O país insular foi descoberto por Vasco da Gama, em 1502, mas apenas após a expedição
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Essa ilha também concentra lindas praias, como Anse Lazio, considerada uma das mais bonitas do mundo, e Anse Georgette. Em Praslin, está um dos dois Patrimônios Mundiais da Unesco situados no país, o Vallée de Mai, uma área de preservação ambiental onde nasce o Coco-de-Mer, uma palmeira endêmica de Seychelles cujo fruto, que tem um formato bastante curioso, é um dos símbolos do país. Há várias histórias e lendas sobre essa planta. Nessa ilha, também é possível encontrar as famosas tartarugas gigantes em seu hábitat natural. Praslin está próxima de algumas ilhas belíssimas, como Saint Pierre, Curieuse, Cousin e Cuisine. Uma experiência marcante é fazer um passeio de iate de um dia por elas. Outra ilha muito interessante é La Digue, que possui 5 km X 3 km, é mais plana que as duas anteriores e pode ser inteira percorrida de bicicleta. Ela é extremamente charmosa e onde estão situadas praias maravilhosas, como Anse Source d’Argent, que sempre consta na lista da mais belas do mundo, Anse Coco e Petite Anse. Para chegar no local, a partir de Praslin, há um ferry que leva 15 min (de Mahé, o percurso é de 1h 15 min), ou de helicóptero. Conhecer La Digue é obrigatório em qualquer roteiro para o destino! Nessas três ilhas há diversas opções de hospedagem para todos os perfis de visitantes. Desde os super luxuosos até os mais econômicos, sendo que muitos deles oferecem espaços para
Gastronomia
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Beach Villa
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Atualmente existem vôos diários para o destino, saindo de São Paulo e Rio de Janeiro. Neste ilha, estão situadas belas praias como Anse Intendance, Anse Soleil, Anse Royale e Beau Vallon, a mais movimentada e frequentada pela população local, e que concentra os esportes náuticos motorizados. A partir de Mahé, uma boa opção é fazer um mergulho no parque marítimo de Sainte- Anne. Seychelles é ideal para a prática dessa atividade, seja com snorkel ou cilindro. A visibilidade da água é excelente e há muitas espécies marítimas que só podem ser avistadas no arquipélago. Uma experiência única é sair pela manhã para mergulhar e almoçar um churrasco créole, preparado pela tripulação seychellois, em alto-mar, em uma lancha ou iate. Ainda em Mahé, é possível fazer trilhas e visitar a capital Victoria. A cidade possui influências britânicas e africanas em sua arquitetura, com algumas casas em estilo vitoriano e também mercados e centros de compras bastante coloridos. É interessante conhecer o mercado local e o templo hindu. A religião predominante em Seychelles é a católica, mas existem comunidades protestantes, hindus e muçulmanas. Para conhecer e experienciar bem o arquipélago, o ideal é sempre dividir a hospedagem entre duas ou três ilhas. A segunda maior é Praslin e para acessá-la, a partir de Mahé, há duas opções: de ferry, em uma viagem de uma hora, ou de avião, com a Air Seychelles, em um voo de quinze minutos.
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North Island Terrace
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Mergulho em Seychelles
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Anse Source d´Argent
eventos. A maioria também possui excelentes spas e está bastante integrada ao ambiente. Em Mahé, alguns ótimos hotéis são o Constance Ephelia, o Kempinski, o H Resort, o Avani Hotel, o Banyan Tree, o Four Seasons e o Maia Luxury Resort. Já em Praslin, destacam-se o Constance Lemuria, o Raffles Resort e o Paradise Sun. Em La Digue, um hotel muito charmoso é o Le Domaine de l’Orangeraie. A população seychellois é pequena e cerca de 50% do território é área de preservação ambiental. A exclusividade faz parte do destino. Há muitas praias praticamente desertas, que parecem estar lá apenas para você ou seu grupo, assim como ilhas exclusivas. Existem cerca de 14 ilhas com um único hotel no arquipélago. Cada uma delas possui uma proposta diferente, que vai desde o luxo extremo e mais low profile, até uma ideia de desconexão e alimentação orgânica. Estar em uma ilha privativa é uma experiência memorável! Algumas impressionantes são Alphonse Island, Denis Island, Felicité Island, Frégate Island, North Island e Round Island. Seychelles também oferece ótimos restaurantes, tanto dentro dos hotéis quanto fora deles. A gastronomia tradicional seychellois, chamada de créole, é baseada em peixes e frutos do mar. Também se usa muitos condimentos e especiarias, além de frutas, como manga e abacate em meio a pratos salgados. Há ainda muitas opções de cozinha internacional. Os serviços no país são bons, bem como a infraestrutura. A logística interna é simples e há ótimos receptivos locais que oferecem atividades marcantes, como piqueniques na praia, jantares exclusivos, mergulhos, passeios de barco e iate, pesca, team building, competições na água e muito mais! As Ilhas Seychelles são realmente um outro mundo e visitá-las é uma viagem e experiência para a vida, o que é perfeito para o MICE! 18a edição | www.revistaebs.com.br 17
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COBERTURA
Espaço Intel na CES 2018
CES 2018
apresenta as maiores novidades tecnológicas
Feira revelou inovações que devem impactar diversos setores da indústria mundial
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Consumer Electronics Show (CES) 2018, maior feira de tecnologia do mundo, aconteceu entre os dias 9 e 12 de janeiro, no centro de convenções de Las Vegas, nos Estados Unidos. Nesta edição, a exposição apresentou novidades de produtos e serviços que irão auxiliar cada vez mais as pequenas e grandes empresas ao redor do mundo. Nomes de prestígio no ramo de tecnologia, como Samsung, Intel, Sony e LG, participaram do evento, onde puderam expor suas novidades. Em 51 anos de história, a CES 2018 contou com o maior espaço físico desde sua primeira edição, acomodando cerca de 4 mil expositores – e um total de aproximadamente 190 mil pessoas. 18 www.revistaebs.com.br | 18a edição
"A CES está constantemente evoluindo para capturar as tecnologias e a inovação do futuro, que muda à medida que nossa indústria se transforma e mostra o trabalho mais inovador que o mundo tecnológico tem para oferecer", afirma Gary Shapiro, presidente e CEO da CTA (Consumer Technology Association). A Inteligência Artificial foi o grande destaque da feira, com a apresentação de discussões sobre como ela está moldando os negócios e a indústria de diversos setores – entre eles, automotivo, robótica e saúde. A IA continuará a crescer e, por isso, as empresas buscam maneiras de utilizar essa ferramenta no atendimento e relacionamento com seus clientes.
Essa necessidade origina-se da presença da tecnologia em várias áreas de nossas vidas, que tendem a ficar cada vez mais conectadas. Prova disso é que a Internet das Coisas já providenciou a informatização de diversos aparelhos domésticos, acessórios (como óculos e relógios) e até mesmo nos carros. Com o auxílio e avanço da Inteligência Artificial, essas tecnologias prometem continuar a impactar a sociedade. Na edição deste ano, a feira trouxe ainda diversos outros destaques dedicados à inovação tecnológica, como a evolução da rede 5G, o futuro do uso de vídeos, e o dinheiro digital, por exemplo. O programa de conferência da CES cobriu toda a indústria de tec-
nologia com mais de 900 palestrantes, em cerca de 200 sessões de conferência – o que prova como a tecnologia está cada vez mais presente no dia a dia, facilitando processos e a comunicação através da conectividade. "Com todas as grandes empresas atualmente envolvidas em tecnologia, nosso show atrai grandes marcas globais e novatos inovadores de indústrias variadas, como entretenimento e marketing, esportes, saúde, automotivo e estilo de vida", disse Karen Chupka, vice-presidente sênior da CES e da estratégia empresarial corporativa, CTA. "Tivemos um número recorde de participantes internacionais, o que é surpreendente devido à força do dólar americano
e à queda na viagem de negócios internacionais para os EUA. A CES é verdadeiramente um evento global, provado ano após ano". Um dos temas mais comentados da feira, a conectividade 5G deve transformar a indústria, os modelos de negócios e, principalmente, a sociedade. Apesar de chegar em alguns países apenas em 2020, a rede móvel tem a promessa de trazer uma velocidade de até 100 Mpbs aos aparelhos celulares. Além disso, essa rede está ligada diretamente à expansão da Internet das Coisas. Em alguns anos, diversos dispositivos estarão conectados: de cafeteiras a carros autônomos, e a eficiência da conectividade será importante.
OS DESTAQUES DA CES 2018
1
University Innovations Marketplace
2
Projetor UHD da LG ganha prêmio
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Robótica
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Internet em todas as Coisas
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Realidade Virtual
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Gaming e Realidade Virtual
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Sobrevoando as novidades
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Impressão 3D
A educação é uma área muito importante e bem explorada na feira, que contou com a presença de algumas das principais instituições de ensino americanas. Equipes de alunos apresentaram os mais recentes softwares e projetos futuros, como a University of Southampton. Os estudantes da instituição realizaram demonstrações de um software de análise de consumidores de varejo usando uma webcam ao vivo, além de outras tecnologias, como aplicativos mobile.
A robótica está mais inteligente e habilitada do que nunca, com tecnologias que conseguem ler expressões faciais e antecipar necessidades humanas, por exemplo. Controlados por dispositivos móveis e capazes de reagir ao ambiente, os robôs de hoje desafiam o impossível. Isso só prova como as máquinas estão cada vez mais engenhosas e autônomas, interferindo diretamente em nosso dia a dia.
O mundo real e as informações digitais se encontram no mercado de realidade virtual. Grande foco da CES 2018, esse campo apresentou o que há de novo em experiências através de hardwares e softwares, que são especialmente planejados para transmitir uma percepção da realidade através de sensores, câmeras, algoritmos e outros meios. Essa é uma tendência para o mercado de eventos e treinamentos.
A edição 2018 da CES também apresentou as últimas modernidades para os drones, equipamentos que prometem marcar presença em grandes eventos. Essas pequenas máquinas foram responsáveis por uma verdadeira revolução na forma como registramos e monitoramos nosso mundo. Controlados por computadores de bordo ou remotamente, os drones fornecem uma cobertura aérea para diversos momentos e lugares, cobertos ou ao céu aberto, e se tornaram uma tendência entre as ferramentas para o setor de eventos.
A LG Eletronics ganhou mais de 90 prêmios durante a CES 2018. Entre eles, o CES Best TV Product Award, pelo quarto ano consecutivo, para o novo LG AI OLED TV (modelo C8). Outro destaque foi o Best of Innovation Award para o LG 4K Projetor UHD – na categoria de eletrodomésticos, entretenimento e comunicações móveis.
O evento contou com o IoT Infrastructure Pavilion, espaço destinado para os fornecedores de tecnologia mais influentes no setor de Internet das Coisas. Essa área especial do pavilhão reuniu expositores que ofereceram respostas sobre os problemas mais difíceis da atualidade, incluindo segurança de ponta a ponta, gerenciamento de ciclo de vida, integração de backbone e velocidade de mercado.
Durante a feira, os participantes puderam experimentar o que há de mais recente em jogos e realidade virtual imersiva, como vídeos 360, som direcional, rastreamento de olho, cabeça e movimento, entre outros. Foi lançada uma grande variedade de novidades na área de multimídia imersiva para sistemas, e a expectativa é de que headsets de realidade virtual alcancem a venda de 4,9 milhões de unidades em 2018.
Nos últimos tempos, as impressoras 3D estão ganhando espaço nas mais diversas áreas – e já são apontadas como protagonistas de uma nova revolução industrial. Elas podem ser usadas em diferentes setores, como a indústria médica, aeroespacial e automotiva, por exemplo. Mas o equipamento também serve como uma verdadeira atração tecnológica em eventos, através da interação com os participantes. Durante a feira, foram demostrados vários produtos e possibilidades que estão ao nosso alcance através das impressoras 3D.
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O Hologruf, outra novidade que chamou a atenção sobre tecnologias aplicadas a modalidades de apresentações, simula o efeito de holografia 3D – dá a impressão que os objetos em exposição estão flutuando no ar. De acordo com a empresa responsável pelo produto, o objetivo é utilizar a tecnologia para criar novos painéis publicitários em espaços públicos. Investidores vêem o Eureka Park como uma oportunidade para encontrar a próxima grande novidade, enquanto as empresas vão buscar parcerias e aquisições – um verdadeiro cenário global para a inovação e encontro de Startups. PANORAMA GERAL CES 2018 POR PAULO OCTAVIO (PO) Divulgação
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COBERTURA
Innovation Awards Showcase
Robôs foram uma das atrações principais
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conteúdo digital para aperfeiçoar a narrativa das marcas. STARTUPS TAMBÉM MARCARAM PRESENÇA Uma das áreas da CES que mais tem crescido é o Eureka Park, espaço de exibição que oferece às Startups a oportunidade para que elas apresentem seus produtos, serviços ou ideias. Neste ano, mais de 900 empresas desse porte se reuniram no Expo Sands, com profissionais de 42 países. Essa foi uma grande oportunidade de visibilidade, com a presença da imprensa mundial e cerca de 200 mil pessoas. Entre as novidades apresentadas estão um robô que ensina crianças a codificar (tornando a aprendizagem mais divertida), e diversos wearables, “tecnologias vestíveis”, como o Cardiomo, criado para detectar anormalidades na saúde.
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Divulgação: Blue Frog Robotics
O uso de vídeos também foi tratado, através de palestras sobre como o negócio de conteúdo streaming muda o cenário da indústria de entretenimento, bem como a importância dos vídeos mobile e um melhor engajamento com os millennials. "Não estamos no mercado de hoje", disse Nancy Dubuc, presidente e CEO da A&E Networks. "Estamos sempre tentando adivinhar ou ter um segundo palpite – sobre o que pode ser ao virar a esquina", explicou, mostrando como é importante estar à frente das novidades e sempre pensar no futuro. A CES 2018 contou também com um espaço especial para o compartilhamento de histórias e cases sobre a relação entre marcas, entretenimento e tecnologia. Executivos puderam destacar as melhores práticas em impulsionar a inteligência artificial, data analytics e
Experiências no Eureka Park
Paulo Octavio (PO), VP Comercial da Reed Exhibitions
"Essa foi minha primeira participação no evento CES e tive muitas impressões e experiências. Inicialmente, fiquei com a sensação de ser um evento com um foco de atuação muito extenso, pois são quase 280.000 m² de exposição em quatro lugares distintos. E quando falo distintos, temos que incluir aqui as dimensões de Las Vegas nesse contexto. O principal centro de convenções da cidade (4 pavilhões) estava absolutamente lotado, inclusive com expositores em tendas no estacionamento, mais pelo menos três outros grandes centros de exposições. Tudo muito lotado, com diversos assuntos sendo abordados: Impressão 3D, tecnologia para bebês, até Smart Cities e Inovações para indústria automobilística. Então vai aqui o meu primeiro insight: se o visitante não tiver um foco bem especifico de qual setor/assunto está realmente interessado, corre o risco de passar vários dias andando por corredores cheios de expositores, dos mais diversos assuntos à sua frente. Portanto, são fundamentais o foco e um trabalho preparatório online com pesquisa e eventuais agendamentos. Esse evento, no passado, focava somente nas inovações para o setor de eletroeletrônicos tradicionalmente. Mas, agora, resolveu focar em inovação ao mercado, aos consumidores. Há um lado de um “gigantismo” que, na minha opinião, precisa ser re-
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Experiência imersiva da LG através do seu túnel de TVs OLED ultra-finas
Drones gigantes apresentados na CES 2018
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cionar o setor EUREKA, que possuía mais de 900 startups de todos os setores e nacionalidades tentando vender os seus conceitos e modelos de negócio. É sensacional ver tanta inovação em um só lugar. Os três dias que fiquei por lá seriam insuficientes para conhecer todos os expositores desse setor. Novamente, aqui o foco dos organizadores e visitantes é fundamental. Creio que visitar um evento com o foco em inovação tecnológica como o CES, ou em criatividade como o CANNES LIONS, é uma grande oportunidade para o visitante receber uma série de insights e informações inspiracionais de forma concentrada. Quer dizer, é uma necessidade de qualquer profissional antenado com o seu respectivo setor ou correlatos participar de pelo menos uma ou duas feiras aqui no Brasil e, se existir a possibilidade, também no exterior. Essa é uma tendência muito forte,
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solvido pelos organizadores. É claro que assuntos mais na pauta da vanguarda tecnológica estavam presentes, como realidade aumentada, inteligência artificial e gaming/realidade virtual. Esses são assuntos que saem bastante nas mídias e criam a fama desse evento em todo o mundo. Mas tive a oportunidade de entrar em estandes que vendiam selas de cavalo com conexão WI-FI para monitorar batimentos cardíacos do cavalo e do cavaleiro, abridor de garrafa com agulha para evitar que seja necessário retirar a rolha, e por aí vai. Na minha opinião, o conceito de inovação tecnológica passa por todos os setores da economia, sem dúvida nenhuma (ponto positivo). Mas, como já mencionei, devido às proporções do evento, se o visitante não tiver um foco especifico corre o risco de se perder (ponto negativo). Em relação às novidades que me chamaram a atenção, creio que devo men-
Protótipos apresentados pelas startups
na minha opinião: feiras mais genéricas (tecnologia/criatividade/etc), ou feiras de um nicho mais especifico (baterias para carros e eletroeletrônicos, por exemplo); são janelas para inspiração e atualização. Em um mundo com tanta informação disponível, o exercício de escolher qual feira participar e de qual assunto você deve se aprofundar é uma das grandes qualidades que os profissionais de qualquer setor deveriam ter. Fazer essa conexão entre o conteúdo relevante para o seu dia a dia profissional e a possível experiência/vivência em alguma feira ou evento especializado é um grande desafio para os profissionais de hoje. Várias tecnologias apresentadas na última CES serão muito relevantes em um curto prazo, mas não durante o ano de 2018. No meu caso, fui com o foco específico de conhecer mais sobre as novidades para a indústria automobilística (mais precisamente, o carro autônomo) e, nesse âmbito em especial, a maioria das inovações ainda está em fase de desenvolvimento de produto, e não comercial. Exemplo: Visitei o stand de uma montadora coreana que mostrava um carro semiautônomo (nível 4, que exige ainda a interação do motorista) que, para ter 100% das suas qualidades funcionando, precisa de uma rede 5G operando perfeitamente. Ou seja, algo ainda um tanto distante de nossa realidade local. Já os exemplos de autonomia nível 3 estão mais próximos de acontecer, e creio que no Salão do Automóvel deste ano, em São Paulo, já poderemos ver vários desses exemplos em formato comercial. Outra tendência muito forte são os assistentes de voz. Parece que quase todas as marcas têm um assistente de voz para chamar de seu: Siri, Byxby, e Alexa, só para ficar nos mais famosos. E os mais diversos produtos interagindo com os consumidores nesse formato. Não é só pedir para acender a luz ou fazer uma ligação. Agora, a maioria das marcas busca formas mais elaboradas de interação entre consumidor e produtos. Acredito que essa tendência e esses produtos estarão bem mais disponíveis aos consumidores brasileiros ainda em 2018. Acredito que quaisquer produtos que não estejam conectados à internet e que não tenham a capacidade de serem acionados à distância ou por voz, não terão a menor chance com o consumidor do futuro. É esperar para ver".
INOVAÇÃO & TECNOLOGIA
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL DEVE INVADIR EVENTOS
I
magine receber dicas de palestras, serviços e profissionais com perfis parecidos ao seu e que estão presentes em um evento na sua área? Uma experiência totalmente diferente e assertiva, não? Pois isso logo será possível, dado que a Inteligência Artificial deve ganhar destaque nesse ramo. Em um futuro não muito distante, essa tecnologia será incorporada aos mais diversos serviços, aumentando a experiência com clientes e colaboradores. Os primeiros estudos sobre AI começaram em 1950, quando foi criado um computador baseado nos neurônios do cérebro. A máquina era capaz de aprender sozinha as letras do alfabeto após passar por um processo de aprendizado. Quase 70 anos depois, os robôs são uma realidade e, a cada dia, temos novidades surpreendentes na área. 24 www.revistaebs.com.br | 18a edição
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Nos próximos anos, a tecnologia estará cada vez mais presente em eventos de todos os portes e segmentos
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Para 2018, a previsão é de novidades e testes com a inteligência artificial, principalmente em eventos e ativações. Os robôs devem ganhar mais destaque, proporcionando um novo conceito de mídia e estabelecendo conexões diferenciadas através da interação com os humanos, aprimorando a experiência e engajamento dos participantes ao máximo. Os chamados bots já são utilizados pela maioria das empresas (incluindo órgãos governamentais, que oferecem atendimento personalizado e com agilidade). É uma inteligência artificial que consegue “conversar” através de chats e auxiliar as pessoas sobre serviços e informações. Segundo o estudo Chatbots Survey 2017, realizado pela Mindbowser, 67% dos executivos pelo mundo acreditam que os chatbots irão superar os aplicativos móveis, em performance, dentro dos próximos 5 anos. A grande sacada da inteligência artificial é proporcionar um diagnóstico muito mais rico sobre possibilidades, visto que existe uma nuvem mundial de informações como base de consulta. Você consegue ter uma gama de dados que nenhum ser humano conseguiria guardar em sua mente, levando riqueza de conhecimento para os profissionais através de uma especialização mais precisa. Isso é possível graças a uma rede neural com informações de vários setores que, quando acessada, dá os caminhos para que áreas específicas possam ser encontradas. A IA funciona através de vários algoritmos de aprendizagem e oferece possibilidades infinitas – grande parte, ainda não conhecidas. Estamos entrando em um campo ainda pouco explorado mediante sua amplitude, mas os profissionais tendem a estar cada vez mais ligados às novidades, com o objetivo de melhorar a interação entre homem e máquina. Aqui, é importante que a inteligência artificial esteja alinhada à estratégia de marketing da empresa para que a ferramenta gere valor agregado ao negócio. Entre os diferenciais do uso dessa tecnologia destaca-se a análise de milhares de dados de uma forma rápida e fácil, que consegue gerar clusters (audiências), análises preditivas, além de insights.
A Alexa, presente na Amazon Echo (esq.), e Google Assistant (dir.) em smartphones
A EXPANSÃO DA IA Segundo pesquisa realizada pelo BCG em conjunto com a MIT Sloan Management Review, 85% dos executivos acredita que a inteligência artificial pode gerar vantagem competitiva, mas apenas 30% têm efetivamente uma estratégia de IA. Ao todo, três mil executivos foram entrevistados com mais de 30 especialistas em tecnologia, a fim de que as empresas pudessem realizar benchmarking sobre o assunto. Organizações com aproximadamente 100 mil funcionários são mais propensas ao uso da estratégia de IA, mas apenas metade delas tem uma na prática. O principal obstáculo nesses casos é a contratação e desenvolvimento de colaboradores na área. De quesitos como segurança, até serviço personalizado e de qualidade através da tecnologia, essa inteligência está sendo aplicada em diversas áreas de empresas, que deverão investir cada vez mais e levar a sério a importância dessa ferramenta – no dia a dia, muitas soluções já apresentam sistemas de autoaprendizagem. Entre as principais aplicações dessa inteligência podemos citar algumas básicas e principais atualmente, como os assistentes virtuais. Nesse quesito, Siri, Cortana e Google Assistant estão entre os mais conhecidos e utilizados, capazes de detectar construções verbais avançadas e responder com naturalidade no idioma que você utilizar para se comunicar com eles. Um case sobre a aplicabilidade dessa ferramenta em eventos é a Alexa, inteligência artificial embutida no Amazon Echo, espécie de caixa de som inteligente capaz de se conectar com a internet e responder perguntas por meio
da assistente. Entre suas habilidades, Alexa consegue informar as principais notícias do dia, chamar um Uber, iniciar reuniões e controlar configurações da sala de conferência por comando de voz, entre outras tarefas. Durante um evento, a assistente pode fornecer informações aos clientes, apresentar produtos e serviços, e ainda responder perguntas do público. A mesma tecnologia é aplicada para as promotoras holográficas (com projeção mapeada 3D) ou robóticas, presentes na recepção de alguns eventos. REALIDADE VIRTUAL Um conteúdo multimídia e totalmente interativo, que oferece um contato personalizado, ajuda no engajamento dos participantes de um evento. Assim, a realidade virtual é outro artifício que deve ser muito explorado pela possibilidade de aproximar pessoas de serviços e produtos. A ferramenta está presente em grandes feiras e eventos pelo Brasil, com o intuito de cativar a atenção dos visitantes de forma lúdica – especialmente em um período de crise, onde a experiência com a marca é essencial para levar as pessoas a consumirem. “A Realidade Virtual é uma importante aliada nas ações de marketing, uma vez que possibilita que a empresa ofereça aos seus consumidores sensações e novas experiências que são impossíveis nos meios convencionais. Com a RV é possível transportar os consumidores para dentro da campanha, interagir com o conteúdo virtualmente e de forma totalmente imersiva, garantindo assim 100% de atenção do cliente, sem interferência de ruídos externos ou dis18a edição | www.revistaebs.com.br 25
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trações visuais”, explica Marcelo Daou, Gerente Sênior de Desenvolvimento de Negócios da Samsung Brasil. O aumento na procura pela ferramenta é visível, principalmente nos setores de construção civil, arquitetura, decoração, automobilístico, e turismo. As empresas estão percebendo todos os benefícios possíveis, principalmente em expandir espaços físicos para o virtual – tendência em eventos, uma vez que soluções de RV atraem o público e possibilitam a geração de novos negócios. “Quando falamos na realização de eventos de um modo geral, se pretende causar uma experiência diferenciada com a marca ou com os produtos e serviços oferecidos. Utilizando-se a Realidade Virtual é possível criar um mundo mágico dentro de espaços delimitados, onde a pessoa é levada a sonhar de olhos abertos e sentir experiências inesquecíveis”, diz Fábio Costa, fundador da Casa Mais 360, empresa dedicada exclusivamente à produção de conteúdo e locação de dispositivos para imersão virtual. “As feiras tradicionais têm pequenos lotes delimitados para cada expositor, distribuídos conforme as cotas compradas. A Realidade Virtual permite que os expositores tenham seu próprio cômodo virtual, um ambiente expansível, com infinitas possibilidades de modelação e o qual inclusive pode ser reaproveitado nos canais tradicionais de comunicação da empresa, como site e em redes sociais”. Costa diz ainda que a empresa registrou, apenas no último ano, um crescimento no ramo de feiras e eventos. “O crescimento é tão significativo que, além da concepção e produção de vídeos 26 www.revistaebs.com.br | 18a edição
360o, oferecem o pacote ‘full service’, apostando na locação de óculos de Realidade Virtual e produção de stands customizados para ativação VR”. A técnica é a melhor ferramenta para tornar ideias em algo tangível ao consumidor, provocando uma verdadeira imersão em diferentes possibilidades. A própria Samsung promoveu diversas ações de Realidade Virtual por Hoje, podemos identificar facilmente algumas atuações Phygital em eventos, sendo as mais básicas:
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Fornecer oportunidades de networking conectando participantes;
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Prover recomendações específicas aos participantes;
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Permitir aos expositores uma lista de potenciais participantes interessados em suas ofertas;
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Dirigir as pessoas para estandes ou sessões de expositores próximos;
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Mapear o calor e os movimentos e distribuir a multidão no piso da exposição quando certas áreas estão lotadas;
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Reduzir pontos de atritos, como estacionamento e registro, automatizando;
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Construir a afinidade da marca através de experiências interativas e imersivas;
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Atrair o público com cenários inovadores e interativos.
Fonte: Karina Israel
meio da plataforma Gear VR (óculos de realidade virtual), como a transmissão de um evento UFC ao vivo, ou da turnê “A Head Full of Dreams”, da banda britânica Coldplay, em que os fãs proprietários do óculos de RV da marca foram transportados para os melhores lugares do evento e conferiram de perto a performance da banda. “O mercado de Realidade Virtual é um dos mais promissores, por isso temos investido constantemente nele. Acreditamos que em 2018, a tendência seja explorar mais essa tecnologia, oferecendo mais integração com outros dispositivos, que ajudem a ter ainda mais a experiência em cena e interações cada vez mais naturais, utilizando o corpo, voz e movimento”, afirma Daou. QUANDO O DIGITAL ENCONTRA O REAL O digital está cada vez mais presente no dia a dia das pessoas, e esse fenômeno ganhou um nome: Phygital. Essa é a denominação da relação do digital com o nosso dia a dia. O intuito do Phygital é aproximar o físico do digital para elevar a experiência das pessoas – o que, inevitavelmente, eleva o nível de engajamento. Esse conceito, embora em desenvolvimento, faz parte do marketing há algum tempo. De acordo com Karina Israel, Co-Founder e CGO da YDreams, agência de tecnologia e design com foco em inovação, o marketing aproxima esses dois mundos, que vê o físico e o digital como algo único – onde um universo é continuidade do outro. “Atualmente, os clientes, sobretudo aqueles que lidam com um target jovem ou desejam rejuvenescer a marca, entendem que, para conseguir uma fatia da atenção do público, precisam levar experiência e vivências memoráveis”, explica Karina. Algumas marcas já compreenderam que podem tirar proveito do Phygital para alcançar excelentes resultados, como a casa de moda de luxo britânica Burberry, pioneira nesse conceito. Através de uma experiência omni-channel, os consumidores ficam imersos na mesma experiência de marca, independentemente de onde estejam – loja física, online, ou pelo celular. É importante salientar que a denominação não se trata de digitalização, muito menos da substituição do mundo físico, mas sim de toda essa experiência sobre o hábito digital aumentando as possibilidades do mundo físico.
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MARKETING
O marketing
que prevê o futuro Através da matemática avançada de algoritmos, profissionais conseguem realizar prognósticos para ações
O
marketing preditivo, como o próprio nome sugere, é responsável por “prever” o comportamento do consumidor. Isso pode parecer impossível, mas, graças à ajuda da ciência de dados, tal ato se tornou algo praticável. Através de uma função matemática aplicada a uma massa de dados é possível identificarmos padrões ocultos que podem prever o que irá acontecer. O termo está na moda, mas é algo utilizado há muito tempo. A única diferença é que, com o passar dos anos, a capacidade de prever o futuro está cada vez maior – principalmente com a ajuda da inteligência artificial, estatísticas, e outras ferramentas que surgem a cada dia. Nossas ações tendem para um perfil e, por intermédio do Big Data (conjunto de dados), é possível identificarmos informações previsíveis. 28 www.revistaebs.com.br | 18a edição
Através da análise de dados conseguimos antever o sucesso (ou fracasso) de uma campanha. É possível diminuir gastos, ser mais assertivo do ponto de vista da marca, e o consumidor pode ter uma experiência personalizada. “Se você consegue prever de antemão aquilo que o consumidor está buscando, a forma de canal que ele quer ser atendido, o tipo de mensagem que para ele faz sentido, a experiência vai ser extremamente personalizada. A percepção desse consumidor é que ele achou o que queria, exatamente na hora que ele precisava”, explica Marcel Ghiraldini, vice-presidente de Growth & Strategy da Math.Marketing, empresa full service em marketing preditivo. Um dos motivos que levou essa área a se transformar em uma tendência é a oportunidade de melhorar as chances de sucesso mesmo em um cenário onde os
orçamentos estão cada vez mais curtos. Em um ambiente virtual com tanta informação disponível sobre públicos específicos, a análise dos clientes é cada vez mais importante e precisa ser atualizada regularmente. A grande questão é saber utilizar estatísticas para, através de informações sobre o que as pessoas fizeram no passado, ser relevante para o futuro. Elas são responsáveis por determinar a relação entre dados estabelecidos, funcionando como alavanca para um trabalho com grande volume de informação. A aplicabilidade dessa análise se estende a diversas áreas, como operacional, riscos e fraudes. Na verdade, se tornou algo presente em nosso dia a dia, mesmo que, de certa forma, imperceptível. Um bom exemplo é a empresa de cartão de crédito, que analisa o comportamento dos clientes através de base de dados – histórico de empregos, pedido de empréstimo e outros fatores que influenciam diretamente em seu valor de crédito concedido pelas instituições fi-
QUAL É A SUA PERGUNTA? No marketing preditivo há sempre uma pergunta a ser respondida: “o que eu quero?”. Pode parecer algo simples, mas é essencial para a realização do mapeamento do seu consumidor e, consequentemente, sucesso da campanha. Com essa informação, somos capazes de analisar os públicos que serão impactados com a campanha e, assim, personalizá-la. Com a resposta definida, é hora de pensar nos dados que façam sentido ao seu objetivo e que possam ser utilizados na ação. É importante pensar sobre o que você poderá precisar, bem como informações que necessitam ser enriquecidas. Se o processo for bem feito, ele tende a funcionar. DE OLHO NO PASSADO Antes de prever o futuro, é preciso olhar para o passado. Através de acontecimentos anteriores e análises comparativas de dados é possível chegar a um nível mais próximo do que realmente pode acontecer. Por isso, é importante manter informações descritivas bem guardadas e organizadas. “Se os dados do passado e do presente não estão muito bem alinhados, talvez valha a pena fazer um trabalho dos resultados de hoje antes de começar a olhar os resultados de amanhã. Qualquer modelo de marketing preditivo que você for implementar vai começar utilizando os dados passados”, afirma Ghiraldini.
Dados de campanhas antigas são verdadeiros aliados para as previsões de ROI (Return On Investment) e sobre quem é seu público, peça principal para um retorno positivo de qualquer ação. Porém, mesmo quem não tem dados passados para análise pode começar a implementar o marketing preditivo. Nesse caso, começamos pela coleta de informações existentes o quanto antes, a fim de conseguirmos materiais suficientes para o projeto. Muitas vezes, o principal trabalho é organizar o que aconteceu no passado – grande responsável por nos mostrar o futuro. Sem essas informações, não adianta querer olhar o amanhã. FERRAMENTAS Diversas ferramentas estão disponíveis para a realização desse trabalho. Entre elas, a Google Analytics 360 é uma das mais conhecida para a análise de tráfego de sites e, recentemente, integrada ao BigQuery (serviço de armazenamento de dados de baixo custo, totalmente gerenciável e com escala em petabytes criado pelo Google para análise). Com essa junção, é possível importar registros de alta resolução do Analytics automaticamente para o projeto do BigQuery, que é totalmente gerenciado, rápido e escalável para análise de Big Data. Esses dados sobre as atividades dos clientes podem ser utilizados para o marketing preditivo, combinando diversas fontes de informações e com a análise de estatísticas avançadas. A Adobe Systems Incorporated, famosa companhia americana que desenvolve programas de computador,
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nanceiras. Ou seja, esse método é utilizado há anos, mas tende a continuar a crescer e se popularizar especialmente dentro da área de marketing.
também disponibiliza um sistema para análise como recurso para o marketing preditivo. Chamado de Adobe Analytics, o serviço é líder no mercado e capacita um entendimento mais pessoal a respeito dos clientes. A grande novidade nesse setor acaba sendo ferramental. “Ferramentas novas acabam aparecendo todos os dias. O Hubspot acabou de comprar um produto de chatbot que tem inteligência artificial dentro dele e consegue prever o comportamento. A IBM acabou de disponibilizar um motor de inteligência artificial do Watson pra você conseguir trabalhar algo versus uma visão preditiva. Então, do ponto de vista técnico, a ciência que a gente usa para fazer previsão é estatística”, reconhece Ghiraldini. DESVANTAGENS Apesar de todas os benefícios possíveis, Ghiraldini destaca duas desvantagens desse método. “A primeira desvantagem, no ponto de vista de querer implementar, é o processo ficar megalomaníaco. Os projetos começarem a se tornar projetos de dados muito grandes e demorar muito a ir para a rua. O marketing preditivo é um processo básico de modelos estatísticos. Se esses modelos não são treinados contra a realidade, eu nunca sei se eles estão certos. E, se eles estão errados, eu nunca consigo melhorá-los”, diz. O excesso de informação disponível também pode ser tornar algo negativo se não utilizado corretamente. “Hoje, mesmo com a nova norma da União Europeia e o Marco Civil da Internet, muitas vezes existem mais dados disponíveis dos consumidores do que aqueles que são legais e éticos de serem usados. Então, na hora de fazer a captura, eu acho que devemos manter a ética acima de tudo. Porque, senão, você passa da personalização e pode entrar um pouco em invasão. Acredito que esse é um ponto que tem que se manter, não só em vista, mas quase como uma premissa do seu processo, da sua iniciativa de marketing preditivo”, declara Ghiraldini. No final, o dado simplesmente armazenado não representada nada. É necessário combinarmos elementos para que o resultado se transforme em informação e conhecimento. Só assim conseguimos criar ideias que, quando reunidas, se transformam em sabedoria. Afinal, de nada adiantam os dados se você não tiver ação para trabalhar com eles. 18a edição | www.revistaebs.com.br 29
Divulgação: Escape Time
TREINAMENTO
Jogos de gente grande Conheça mais sobre os escape games, jogos que servem de incentivo, experiência de marca, e até mesmo na seleção de colaboradores
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s escape games (ou jogos de escape, em tradução livre) estão ganhando cada vez mais destaque entre atividades de entretenimento e com fins corporativos. A modalidade surgiu na Ásia, há mais de 10 anos, e é inspirada nos jogos de point and click, já famosos na internet. O sucesso foi tão grande que levou os desafios para outros continentes, se alastrando principalmente pela Europa e América do Norte. Nesses games, um grupo de pessoas fica preso em uma sala e precisa decifrar enigmas, através de dicas e objetos, para conseguir sair antes que termine o prazo estipulado de 60 minutos. 30 www.revistaebs.com.br | 18a edição
A ambientação é algo essencial e a inspiração para a criação das salas não tem fim. Filmes, seriados, novelas... Qualquer tema pode resultar em um espaço diferente para os jogos. Os cenários são cuidadosamente planejados e montados para oferecer uma experimentação singular, capaz de levar os participantes para uma imersão real. “Constantemente conversamos com o público em geral para identificar tendências e expectativas com temas, o que nos permite sempre oferecer experiências únicas, desde que fundamos a empresa”, explica Fábio Passerini, co-founder da Fugativa. A forma como esses jogos são elaborados é diferente para
Salas com cenários cuidadosamente planejados por profissionais especializados
também pode ser feito pelo próprio RH da empresa”, conta Jeannette Galbinski, sócia e diretora de marketing do Escape 60. Segundo ela, há ainda análise de equipes, que funciona como ferramenta para melhorar as relações profissionais. Dentro do tempo estipulado, os participantes precisam decifrar códigos e enigmas para conseguirem sair da sala. Nesse processo, cada um demonstra suas competências individuais e em equipe, que são pontuadas no relatório final – documento que serve como base para projetos de desenvolvimento dos profissionais. O método contribui para melhorar a integração, comunicação, trabalho em equipe e liderança dos grupos envolvidos na atividade. As possibilidades de aplicação desse exercício são infinitas. Além do apoio aos processos de recrutamento e seleção, auxilia ainda nas etapas de integração entre equipes e gestores, Divulgação: Escape 60
ESCAPE GAMES ALIADOS AO RH Ultrapassando as barreiras do entretenimento, os jogos de escapadas servem de aliados para a área de Recursos Humanos. Realizado principalmente como prêmio de campanhas de incentivo, o método é aplicado até mesmo na seleção de candidatos. “Nós temos consultores especializados que irão analisar o comportamento das pessoas dentro da sala e vão bater, digamos assim, com as características necessárias para aquela determinada vaga a ser preenchida. Depois sai um relatório para a empresa, apontadando as nossas recomendações sobre aquelas pessoas que estavam presentes na dinâmica. Esse trabalho pode ser feito pelos nossos consultores, mas
Divulgação: Escape 60
cada público. Se a finalidade é o entretenimento, são desenvolvidas atividades envolventes, imersivas e lúdicas. O processo criativo é complexo, envolvendo desde designers, montadores e puzzle makers, até arquitetos, decoradores e programadores de software. “Desde sua concepção inicial, os escape games corporativos exigem a participação de mentores, coaches, especialistas em recursos humanos, psicólogos e especialistas em comunicação corporativa, além dos profissionais já envolvidos na elaboração dos escape games de entretenimento”, conta Passerini. De acordo com o executivo, os jogos corporativos têm como objetivo principal o engajamento, team building, a análise de perfil e o fortalecimento das relações entre áreas. “Dessa forma, os enigmas propostos buscam mais esses objetivos, onde a taxa de sucesso é mais alta em equipes que apresentam maior entrosamento. Em geral, a taxa de sucesso dos escape games corporativos é ligeiramente superior à dos escape games de entretenimento”, diz. Apesar do conceito de permanecer trancado em uma sala, a segurança é quesito principal para os jogos de escapada, desde o planejamento até a escolha dos equipamentos utilizados. Além do monitoramento por câmeras e microfones, há sempre um botão de emergência à disposição para que um ou mais participantes possam deixar o lugar antes do tempo limite. “Tudo é minimamente pensado e testado para evitar acidades. Em dois anos de operação, nunca tivemos qualquer tipo de incidente”, afirma Claudio Santiago, diretor da Escape Time.
Monitoramento por câmeras de segurança
assim como em momentos de transição interna. “Os escape games proporcionam grande entrosamento entre os colaboradores, gestores e equipes que habitualmente trabalham com pouco contato. Também proporciona forte engajamento das equipes com as empresas, metas e objetivos apresentados, além de oferecer um ambiente muito rico para análises, feedbacks participativos e metáforas de performance de mercado e resultados”, diz Passerini. Para Jeannette, essa é uma experiência de imersão completa, onde as pessoas não lembram que estão sendo observadas – permitindo com que elas saiam da zona de conforto. “É uma atividade que você não usa o computador, então é ela e ela mesma. E quando você observa essas pessoas lá dentro, o benefício é enorme, porque você enxerga realmente como as pessoas são e como elas interagem”, afirma. Monica Orcioli, diretora geral da Swarovski, conta que percebeu uma consciência muito grande do grupo de colaboradores que participou da atividade na Escape 60. “A experiência que tivemos foi muito rica. Do mesmo jeito que você está celebrando, divertindo em um jogo bem descontraído, é um momento em que você fortalece laços entre as equipes. Depois, o time fez uma reflexão, então eu acho que foi um exercício muito interessante. Algo diferente, que está fora da literatura básica de motivação, conhecimento, network da equipe. Foi enriquecedor”, afirma a executiva. Nesse caso, 18a edição | www.revistaebs.com.br 31
Divulgação: Escape Time
Divulgação: Escape Time
Divulgação: Fugativa
TREINAMENTO
Escape games corporativos incentivam o engajamento e fortalecem a relação entre colaboradores
os escape games serviram de comemoração pelo atingimento das metas de final do ano.
LUCROS E FUTURO Para o co-founder da Fugativa, o horizonte para essa modalidade de jogos
Divulgação: Escape Time
EXPERIÊNCIA PORTÁTIL Apesar de ser idealizado em uma sala, os escape games não estão condicionados a elas. Com o aumento da procura e demandas diferenciadas, os modelos sofreram adaptações. Hoje, os jogos podem ser instalado em espaços definidos, ou simplesmente transportados até algum lugar. “Temos diversas formas de levar o escape até algum evento ou empresa. Nós temos um ônibus que pode ser levado para onde a gente quiser. Ele tem um jogo dentro, uma sala dentro do ônibus para até 10 pessoas. E dispomos também de atividades em plenária, então já realizamos atividades para grupos de mil pessoas, jogando juntas em uma mesma sala. Temos ainda atividades que
levamos para hotéis, onde utilizamos um quarto como cenário para fazer uma sala de escape. O céu é o limite”, diz Jeannette. As possibilidades de utilização dos escape games são as mais variadas e podem servir de apoio para o lançamento de produtos em feiras e eventos (inclusive congressos corporativos), criando experiência de marca, por exemplo. Nesse meio, a tecnologia é uma tendência e forte aliada para os jogos, como confirma Passerini. “Desenvolvemos uma tecnologia própria para implantar estas dinâmicas virtualmente em qualquer local, desde auditórios, quartos de hotel e salas de reunião, até institutos de pesquisa, centros de eventos e ao ar livre”, explica.
Grupos solucionam desafios em 60 minutos
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deve apresentar crescimento. “Acreditamos que o cenário para o futuro é de maior oferta de escape games ainda mais imersivos, com alto padrão de desafios e enigmas, uso crescente de tecnologia e enredos mais elaborados, tanto para entretenimento como para corporativo”, prevê Passerini. No último ano, a Escape Time apresentou crescimento expressivo, resultado da demanda de mercado que deve continuar a se proliferar pelo Brasil – a empresa recebe de duas a cinco solicitações de cotação por dia. Há pouco mais de dois anos, de acordo com Santiago, os escape games têm crescido acima de dois dígitos. “Crescemos mais de 200% de 2016 para 2017”, afirma. “O futuro para nós é inovação, sempre. Temos desde salas com VR [óculos de realidade virtual], até passagens secretas que surpreendem os participantes, por exemplo. Então a gente enxerga que o futuro é sempre inovar”, diz Jeannette. Sobre o faturamento corporativo, a sócia e diretora de marketing da Escape 60 conta que a empresa começou em 10%. Hoje, esse valor já está em 30%. “Acredito que apresentaremos um comportamento de aumento de até 50% do nosso público”, finaliza. FIM DE JOGO A taxa de sucesso para completar um escape game é alta para as equipes com maior entrosamento, sendo ligeiramente superior nos desafios corporativos quando comparados aos jogos de entretenimento. Dicas podem ser oferecidas durante a atividade como um auxílio externo, mas os jogadores conseguem pedir ajuda se o processo travar em algum momento. Ainda assim, se um grupo não conseguir sair da sala ao término dos 60 minutos, um monitor esclarece o mistério e possíveis dúvidas dos participantes.
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EDUCAÇÃO
Quem é o profissional do segmento MICE? Apesar de alguns profissionais terem formação em outras áreas, cursos complementares servem de destaque para oportunidades
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“Embora no mercado nacional ainda tenhamos muitos profissionais de outras áreas atuando em eventos, é importante lembrar que as habilidades e o conhecimento técnico, alinhado ao mercado global, só se adquire a partir da titulação que vem seguida da experiência e vivência no mercado. Nesse sentido, os cursos de graduação e especialização estão estruturados para dar o referencial para que profissionais que buscam se atualizar, encontrem a melhor formação. A titulação é, portanto, um diferencial que destaca o profissional no setor”, explica Sandra Maia, coordenadora dos cursos de bacharelado em Hotelaria e superior Tecnologia em Eventos do SENAC. Trabalhar com eventos exige atualização contínua, uma vez que a criatividade e inovação fazem parte do espírito do negócio. Com o intuito de
criar momentos únicos para o público alvo, o profissional deve conhecer tendências, mergulhar em outras áreas, adequar modelos e ampliar seu olhar, o que o tornar competitivo e criativo nesse ramo. Divulgação
N
os últimos anos, muitos profissionais de diferentes formações acadêmicas acabaram migrando para o mercado de eventos. Com crescimento mesmo em tempos de crise econômica, o setor abre as portas para diversas vagas. Algumas são beneficiadas pela experiência anterior em áreas como marketing e administração, por exemplo. Mas cursos especializados podem complementar a formação, direcionando o profissional para um conhecimento mais abrangente. Prova dessa demanda é que, nos últimos tempos, a oferta de especializações nesse ramo vem aumentando. São oferecidos cursos de curta duração, assim como graduação e pós dentro da área. As opções são as mais variadas e a escolha depende da necessidade de quem procura.
Sandra Maia
Segundo Vanessa Martin, diretora da VM Consultoria e especialista em gerenciamento de eventos e incentivos, o profissional precisa estar antenado sobre novidades, além de uma parceria estreita com todos os fornecedores. “O profissional da área de eventos vem sendo
Vanessa Martin
Divulgação
Quem atua nesse campo deve conhecer as ferramentas disponíveis para identificar o melhor formato de evento para atingir os objetivos de promotores e, assim, gerar impacto nos clientes. Logo, os cursos servem como horizonte e auxiliam na formação profissional mediante as boas práticas do mercado, em constante expansão e cada vez mais exigente. Durante as aulas, o profissional consegue ter uma visão ampla dessas possibilidades através de análises, resolução de desafios, entre outras atividades, além do acesso às tecnologias disponíveis e exigidas pelo mercado. “É fundamental que profissionais da área sejam certificados e que venham com background - atualizados e conectados com as boas práticas internacionais. Os cursos também são importantes para que o futuro profissional obtenha conhecimento e discernimento do setor para que tenham a melhor decisão com a velocidade necessária no mundo contemporâneo”, explica Ormene Carvalho Coutinho Dorneles, coordenadora da pós-graduação em Organização e Administração de Eventos do SENAC.
Ormene Carvalho Coutinho Dorneles
Como importante meio de comunicação, os eventos devem ser levados a sério. Esses encontros reúnem pessoas em um mesmo ambiente, compartilhando experiências e, por isso, exige profissionalismo para garantir, entre outros aspectos, a segurança do grupo reunido. “O mercado de eventos não tem mais espaço para amadores. O mundo
corporativo cobra resultados e o compromisso de atingir os objetivos das empresas contratantes. A responsabilidade é bastante grande e séria nesse setor e seus profissionais devem honrar esta confiança”, diz Flávia Mastrobuono, professora do curso de Eventos da Universidade Anhembi Morumbi. MERCADO DE TRABALHO O mercado de trabalho apresenta um panorama animador, especialmente pela visibilidade que o país está ganhando como destino de turismo de negócios. A área de eventos apresenta histórico de crescimento no Brasil e no mundo, com uma média de 14% ao ano, de acordo com informações divulgadas pela última pesquisa realizada em 2014, pelo Sebrae Nacional e pela Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC). Foi apontado um giro financeiro de R$ 209,2 bilhões, isto é, 4,32% do PIB da economia brasileira. “Concordo com meus colegas que 2018 será um ano de retomada, no qual se destacará quem conseguir se reinventar, oferecer eventos disruptivo, envolventes e inovadores, com foco nos resultados e métricas”, declara Vanessa Martin. Para Flávia Mastrobuono, ocorrerão mudanças no perfil do público, que ficará cada vez mais exigente. “Não bastasse isso, esse mesmo púbico tem menos tempo e menos atenção para as programações chatas e excessivamente longas de alguns eventos. Ou seja, os acontecimentos deverão ser mais eficientes no que diz respeito à objetividade, dinâmica e eficiência, sem perder relevância ou se tornar superficial”, diz. A docente destaca ainda a criação de novas profissões, que exigirão eventos para esses futuros profissionais, sem falar no impacto sobre novos formatos de encontros e dinâmicas que deverão surgir. “Com a expectativa da retomada da economia espera-se que haja um crescimento na demanda. As oportunidades que vem sendo geradas em diferentes setores – como social, esportivo, cultural, marketing, entre outros; também são fatores que devem mexer com o mercado como um todo”, acrescenta Sandra Maia. Grande parte da razão por esse cenário próspero é a possibilidade que os profissionais de eventos encontram em vários tipos de empresas – além das próprias agências do ramo, que planejam, organizam e promovem
eventos de terceiros. “Essas agências, normalmente, são especializadas em determinados tipos de eventos, pois é esperado nesse mercado que as agências procurem excelência e, sendo o setor tão amplo, é quase impossível que uma mesma empresa realize todos os tipos de eventos com qualidade diferenciada”, conta Flávia. As possibilidades são diversas e os profissionais podem atuar junto a inúmeros fornecedores de serviços do setor (como buffets, montadoras de estandes e espaços para eventos), além de agências de comunicação, que já utilizam os eventos como meio de comunicação entre públicos específicos. Divulgação
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cobrado pelos stakeholders a constantemente se reinventar. E o aumento constante na oferta de ferramentas digitais e novas opções oferecidas por fornecedores, aliada à demanda por qualidade, inovação e engajamento, faz com que o olhar do profissional esteja sempre no horizonte”, afirma.
Flávia Mastrobuono
APRENDENDO A LIDAR COM CUSTOS O principal objetivo, decorrente da crise econômica mundial, continua sendo a equalização de custos: o profissional de eventos precisa fazer mais com menos. “Segundo estudos da Carlson Wagonlit Travel Meetings & Events, publicado em 2017, a tendência é trabalhar com orçamentos menores e redução de custos. As áreas de atenção continuam sendo alimentos e bebidas, segurança, participação virtual e economia compartilhada com seus modelos ‘colaborativos’”, explica Ormene. Essa tendência também se encaixa com a ideia de sustentabilidade, assunto em pauta pelo mundo. Os eventos voltados para nichos são uma ótima opção nesse quesito, pois são encontros que demandam menos gastos e apresentam um retorno expressivo, uma vez que o público é direcionado. Mesmo assim, é importante que o evento traga novidades para gerar interesse. É importante salientar que o profissional MICE deve ir além do “gostar de pessoas”. É necessário profissionalismo, dedicação, disciplina e técnica. Ademais, quem atua com eventos precisa ser colaborativo, compartilhar informações e estar sempre "antenado" nas últimas tendências. A visão estratégica e o conhecimento em planejamento também são essenciais e, juntos, responsáveis por fazer com que o profissional continue crescendo. 18a edição | www.revistaebs.com.br 35
ARTIGO
Branding Pessoal: Como gerenciar sua marca pessoal num mercado cada vez mais competitivo? por Marcia Auriani
COMO SE DIFERENCIAR NESTE CENÁRIO TÃO COMPETITIVO? BRANDING PESSOAL É O CAMINHO! Branding Pessoal nada mais é do que a gestão da marca pessoal. O objetivo principal é criar valor para sua marca pessoal e gerenciar isso com competência, fazendo diferença com 36 www.revistaebs.com.br | 18a edição
o seu conteúdo e identificando a sua imagem em todos os seus pontos de contato, ou melhor, em toda a sua rede de relacionamento. A maior parte das decisões de compra se baseia na confiança e no sentimento de conexão, ou das emoções que as pessoas sentem em relação a determinado produto, serviço ou indivíduo. Gerenciar esse processo exige habilidade do profissional e, por esse motivo, o branding é imprescindível no processo. Tudo começa com o propósito, com algo que conduza à marca pessoal. É um pensar mais além, mais abrangente, é a motivação que alimenta um sonho, a força que move a pessoa em relação à sua vida profissional e pessoal. A determinação do escopo é o ponto de partida, pois, quando ela assume a vida apoiada por um desejo ardente de transformar o objetivo, com certeza o resultado é alcançado. Um propósito de vida claramente definido e planejado ajuda a encontrar ou concretizar a razão de ser da sua marca pessoal. Quando o profissional sabe o que quer, fica mais fácil definir a sua missão de vida, a sua visão no longo prazo e os valores governantes que irão conduzi-lo ao melhor caminho a seguir, a fim de atingir suas metas e objetivos. Como consequência, ele define seu espaço. Toda marca precisa revelar a sua Ambição Pessoal. Ambição pessoal é a alma, o ponto de partida, a intenção central e os princípios orientadores de sua Marca Pessoal. É o combustível de sua marca. Inclui a visão pessoal, a missão e os papéis-chave que devem estar em equilíbrio: visão interna, visão externa, conhecimento, aprendizado e aspectos financeiros. Tudo para criar equilíbrio à sua marca pessoal e à sua vida. A gestão da marca é essencial para o desenvolvimento da carreira. É uma ferramenta eficaz que ajuda a designar quem somos, em que acreditamos, o que nos torna únicos, especiais e diferentes. Explica como somos ótimos e por que devemos ser contratados. A pergunta é: como começar? E a resposta é: com Planejamento Estratégico.
Planejamento é pensar detalhadamente antes de fazer alguma coisa. A finalidade é criar um guia de ações para direcionar a administração da marca pessoal, visando atingir resultados com o máximo de eficiência dentro de um tempo pré-determinado. É fundamental que o profissional tenha sempre em mente que ele é o gestor da sua marca e que o plano é essencial e representa o caminho a perseguir para atingir as suas metas anuais e, no longo prazo, o objetivo estratégico da marca pessoal. O objetivo principal na gestão da marca pessoal é a percepção da mesma no mercado. É importante verificar se o mercado está percebendo seu posicionamento frente ao plano estratégico de sua marca pessoal. Como foi dito anteriormente, para ter a marca reconhecida no mercado, torna-se necessário estabelecer a visão interna e verificar a visão externa. Ou seja, se todos os seus pontos de contato estão percebendo o seu posicionamento estratégico: o seu DNA! Com um posicionamento claro e objetivo e com metas definidas, o próximo passo é colocar em prática todas as ações estratégicas para que a marca pessoal seja percebida no mercado. Traduzindo é: “arregaçar as mangas” e “começar a trabalhar duro para que o sonho pessoal e estratégico do longo prazo seja alcançado”. Assim, pode-se concluir que a diferenciação da marca pessoal depende de relevância, que acarretará em reconhecimento e, por fim, trará a distinção e o retorno financeiro desejado por todo profissional. Divulgação
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odo profissional, seja qual for a sua formação, precisa pensar na gestão da sua marca pessoal, não importa o segmento de atuação. Uma das formas de vencer os obstáculos que irá enfrentar ao longo do caminho é entender o seu propósito de vida e, principalmente, ter escolhido a profissão que o faça feliz. Sempre aponto aquela famosa frase “Onde você passa o maior tempo de sua vida? Fazendo o que efetivamente?” Resposta óbvia: trabalhando. E se estiver escolhido a profissão errada e, pior, continuar insistindo no erro? Ou seja, atuar numa área que não lhe dá satisfação? Aí sim é um forte problema. Impossível realizar um trabalho bem feito se não gostar do que está fazendo e os resultados são desesperadores para a empresa que o contratou e para o profissional que vai estar sempre frustrado. Por outro lado, a era da informação, da qual fazemos parte, com expressivo impacto de desenvolvimento tecnológico e a intensa globalização da economia, que traz profundas transformações nas organizações, faz com que os profissionais tenham a necessidade de gerenciar sua marca pessoal de maneira mais estratégica para que possam se manter competitivos. Assim como no mercado corporativo, onde a competição é acirrada e muitos são os produtos comoditizados brigando por preço, o mesmo acontece com os profissionais. A globalização é uma realidade na vida de todos. Qual é o resultado desse cenário para o profissional? Vários profissionais disputando a mesma vaga, oferecendo os mesmos atributos: graduação, pós-graduação, dois idiomas e experiências internacionais.
Marcia Auriani - Gestora executiva do Portal InfoBranding. Atua também como palestrante e consultora de branding e gestão do design. marcia.auriani@infobranding.com.br
A natureza em todas as formas. Atuando na área de paisagismo para feiras e eventos em âmbito nacional desde 1984, a Brasil Jardins tem vivência necessária à garantia da qualidade dos serviços prestados aos seus clientes.
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RH
Colaborador saudável e produtivo Entenda como a preocupação com a vida do colaborador impacta diretamente seu desempenho no trabalho
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e acordo com pesquisa realizada pela GfK, uma das mais respeitadas empresas de pesquisa de comportamento de consumo do mundo, 78% das pessoas acreditam que o principal item para uma boa vida é ter boa saúde. A pesquisa contou com 23 mil entrevistados, de 17 países – incluindo o Brasil. O número apenas confirma o que já se tornou tendência entre muitos brasileiros, que optaram por uma vida mais saudável e com atividades físicas. Diante desse cenário, não demorou muito para que as empresas percebessem uma nova oportunidade para investir na qualidade de vida dos fun38 www.revistaebs.com.br | 18a edição
cionários, muito além dos exames admissionais, periódico e de rescisão do contrato de trabalho. Afinal, um colaborador saudável está mais disposto e produtivo, o que contribui diretamente para um ambiente mais favorável em questões de inovações, mudanças e produtividade. Porém, os empregadores nem sempre conseguiram enxergar esses benefícios. “Qualidade de vida é um tema relativamente recente na história empresarial. Durante milênios as pessoas foram tratadas no trabalho como objetos, independentemente de sua natureza, necessidades e aspirações. Lindos palácios e monumentos que admiramos escondem
no tempo os abusos e as condições degradantes dos que ali trabalharam. Felizmente, avançamos muito e surgiram novos marcos civilizatórios para o trabalho, pautados por organizações mundiais (ONU, OIT e OMS) criadas no pós-guerra”, explica Luiz Edmundo Rosa, diretor de Desenvolvimento de Pessoas da ABRH-Brasil. Recentemente, a ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos) realizou uma pesquisa sobre a saúde corporativa, abrangendo 668 empresas com mais 1,3 milhão de empregados. Desse número, 71% delas afirmaram que mantém programas de saúde para seus colaboradores, sendo que 51% ofe-
recem programas de qualidade de vida em várias modalidades. Segundo Luiz Edmundo Rosa, os números podem parecer expressivos, mas isso não se aplica aos resultados. “Muitas empresas não fazem o levantamento do seu perfil epidemiológico, para conhecer as características dos seus colaboradores e dependentes. Quase metade não se utiliza de indicadores de gestão para acompanhar seus programas. O nível de stress continua alto e muito alto em 40% delas. Para completar, em 82% das empresas os custos vêm crescendo rapidamente, muito acima da inflação”, diz. Felizmente, os custos estão sob controle em 18% dessas empresas, especialmente nas que utilizam programas de prevenção. ALÉM DO CONVENCIONAL Cada vez mais, as empresas procuram benefícios que possam contribuir para a melhoria da saúde dos funcionários. E engana-se quem pensa que, nesse caso, o tema saúde abrange apenas o tratamento de doenças. O conceito se desenvolveu e compreendeu um estado de bem-estar mais extenso, que engloba aspectos físicos, emocionais, sociais, intelectuais, profissionais e espirituais. Um exemplo disso é a oferta de planos corporativos oferecidos em convênio com academias, que estão entre as principais apostas dos últimos tempos no setor. “Tenho observado um aumento nesse tipo de parceria e no incentivo de utilização desses serviços, bem como vejo como tendência a criação de grupos de esportes com orientadores/personal dentro das empresas, incentivados por eles, mas pagos pelos próprios funcionários”, conta Edna Bedani, diretora da regional de São Paulo da ABRH. Diversas academias já oferecem planos desenvolvidos com base nas necessidades das empresas e empregados, e a perspectiva é de que a procura por esse serviço aumente nos próximos anos. “César Carvalho, um de nossos fundadores e atual CEO global, viajava muito a trabalho e sentia dificuldade de conciliar a rotina de treinos com a vida profissional. Percebendo que outros colegas compartilhavam dessa mesma necessidade, ele se juntou com o Vinicius Ferriani e o João Tayro para desenvolver um produto que entregasse mais flexibilidade e liberdade para as pessoas praticarem atividade física. Assim surgiu o Gympass”, conta Leandro Caldeira, diretor geral do Gympass, empresa que oferece acesso livre e ilimi-
668
empresas entrevistadas
+1,3
milhão de empregados beneficiados
71%
das empresas mantém programas de saúde
51%
oferecem programas em várias modalidades
Fonte: ABRH-Brasil
tado a milhares de academias em todo o Brasil. “Desde então, estamos democratizando o acesso à atividade física e expandindo essa visão para outros países”, diz. O Grupo Bio Ritmo também percebeu esse nicho e investiu em um plano especial para os colaboradores das empresas. “Sempre contamos com clientes corporativos que ofereciam subsídios aos seus colaboradores para treinarem em uma de nossas academias. Em 2017, criamos o Total Pass para atender especificamente essa demanda”, relata André Pezeta, diretor de desenvolvimento de novos negócios para América Latina. Os ganhos são inúmeros, tanto para o empregado, quanto para a empresa. “O principal benefício é a promoção da saúde psíquica e física do colaborador, o que o torna engajado e produtivo, gerando um ambiente saudável e colaborativo para todos. Pessoas bem cuidadas sentem-se valorizadas e motivadas, consequentemente criam um ambiente similar”, afirma Edna. COM A PALAVRA, QUEM INVESTE NA SAÚDE DOS FUNCIONÁRIOS Há mais de 50 anos, a Sodexo, uma das maiores empresas de serviços de alimentação e gestão de facilidades do mundo, investe no desenvolvimento e bem-estar de seus colaboradores ao oferecer a mesma experiência que leva diariamente para seus clientes e consumidores por meio do portfólio de serviços voltados para qualidade de vida. “Acreditamos que investir no trata-
mento preventivo por meio do estímulo de hábitos saudáveis, acompanhamento médico regular e incentivo a atividade física é a alternativa mais eficaz para proporcionar saúde física e mental aos indivíduos, e estruturar um ambiente de trabalho equilibrado e produtivo. Além de aumentar a produtividade, investir na prevenção também diminui o índice de absenteísmo e o número de colaboradores afastados por questões relacionadas a saúde”, conta Rogério Bragherolli, vice-presidente de Recursos Humanos da Sodexo Benefícios e Incentivos. De acordo com Bragherolli, a organização oferece um conjunto personalizado e diversificado de ações para a melhoria da qualidade de vida que atende às necessidades específicas do time da empresa, além de estarem totalmente alinhadas ao propósito do negócio. “Todos os funcionários, sem exceção, têm o direito de utilizar estes benefícios que estão inseridos em nosso programa de gestão do capital humano”, afirma. São diversas as opções oferecidas pela empresa. Além dos convencionais, como vale refeição e transporte, destacam-se o convênio com academia, assistência psicológica, social, jurídica e financeira, e um espaço qualidade de vida (que disponibiliza serviços de massagem, manicure, quiropraxia, lavanderia, acupuntura, entre outros). TRABALHO EM EQUIPE Segundo pesquisa realizada pela Proteste (Associação de Consumidores), apenas 4% dos brasileiros têm hábitos saudáveis. Das 2,4 mil pessoas entrevistadas, 80% entende a importância de comer bem e praticar exercícios – mas revelaram que há barreiras para conseguir mudar os hábitos. “As empresas podem efetivamente contribuir para melhorar a qualidade de vida das suas equipes, proporcionando condições de trabalho adequadas, cuidando da cultura e do ambiente interno. Isto oferece um atrativo para as novas gerações que não querem seguir o caminho de seus pais, que conviveram em ambientes opressivos e pouco realizadores”, afirma o diretor de Desenvolvimento de Pessoas da ABRH-Brasil. A responsabilidade primária sobre a saúde é de cada um, mas o papel da empresa é fundamental para conscientizar e estimular os hábitos e estilo de vida das pessoas. Através de um trabalho em equipe, é possível mudar a vida de milhares de brasileiros. 18a edição | www.revistaebs.com.br 39
OPORTUNIDADES
Eventos financiados
Divulgação
Crowdfunding pode ser adicionado no planejamento e auxiliar nos custos
A
captação de recursos para eventos inclui patrocínios, vendas de ingressos e produtos licenciados. Porém, uma nova modalidade foi adicionada entre essas possibilidades, o que abre um leque ainda maior de oportunidades na área: o financiamento coletivo. Também conhecido pelo termo em inglês “crowdfunding”, esse é um tipo de arrecadação de dinheiro que ganhou grande destaque nos últimos anos, especialmente com o advento da internet. Em 2017, a primeira iniciativa de financiamento coletivo realizada pela web completou 20 anos (quando fãs de uma banda americana arrecadaram US$ 60 mil para custear uma tour do grupo). Esse foi apenas o começo da implementação do modelo de contribuição com o auxílio da internet. Hoje, com a expansão do serviço, diversos sites oferecem espaço e assistência para a realização dos financiamentos – entre pro40 www.revistaebs.com.br | 18a edição
dutos, projetos, e até mesmo para algo mais pessoal, como despesas médicas. Dessa maneira, o profissional da área de eventos pode se beneficiar do método e encontrar apoio financeiro de colaboradores para realizar seus projetos. “Dependendo do tamanho do seu evento e do sucesso da sua campanha de crowdfunding, você pode captar até mesmo 100% dos recursos”, afirma Candice Pascoal, fundadora e CEO da Kickante, maior plataforma de financiamento coletivo do Brasil. O resultado da campanha que utiliza esse modelo de arrecadação tende a ser positivo, uma vez que o idealizador alcança diretamente seu público alvo, que pode colaborar para a realização de encontros e reuniões sobre temas de interesse específicos. Ainda assim, para esse desfecho favorável da ação, é preciso que seja feito um acompanha-
mento e trabalho em conjunto com outras áreas, como a de comunicação – que inclui a presença nas principais redes sociais, verdadeiros meios de impacto e engajamento de público atualmente. De acordo com a CEO da Kickante, houve um aumento relacionado ao crowdfunding para eventos. “Vemos um crescimento entre 20% e 30% nas captações para eventos, seja para eventos comerciais, de divulgação de uma obra ou de caráter filantrópico. Sem dúvida é uma tendência que o mercado de eventos vai adotar cada vez mais em seus planejamentos”, diz. Para utilizar o financiamento coletivo, é preciso que sua iniciativa esteja de acordo com as leis do país – fora isso, não há restrições. “O grande segredo aqui está em você saber analisar como vai usar a opção de crowdfunding no seu evento, analisando o tamanho do projeto, o quanto você vai precisar de recursos, quais são suas outras fontes de receita, etc”, explica Candice. Além disso, é importante se atentar às regras do próprio site de financiamento. “O QUE EU GANHO COM ISSO?” Quando criamos uma ação de crowdfunding, temos de lembrar que a pessoa que contribui deve ganhar algum tipo de recompensa (que pode variar de acordo com o valor doado). A questão é criar uma experiência para que o seu investidor, além de aplicar capital, sinta-se realmente parte daquele projeto. As opções de prêmios são as mais variadas. No âmbito de eventos corporativo, podemos utilizar kits de escritório personalizados, divulgação da marca em painéis, blocos de nota, e até mesmo encontro com palestrantes e almoço entre empresários do setor. O importante é que seja algo atrativo para ajudar no sucesso da campanha. QUEM JÁ APOSTOU? Alguns eventos já utilizaram o financiamento coletivo, como a campanha “Um Pedaço da Ação”, do clube NovaFrota – um dos grupos mais tradicionais sobre ficção científica e Jornada nas Estrelas (Star Trek) da América Latina. “Quando começamos a planejar nosso evento internacional de maio, achamos que seria muito legal envolver a comunidade o mais cedo possível, para criar um senso ainda maior de pertencimento. O evento será de todos que contribuírem. E, graças a isso, podemos sonhar mais alto e
planejar iniciativas mais arrojadas. Sem o crowdfunding, teríamos de caminhar passo a passo até atingirmos uma condição de realizar um evento que tenha convidados internacionais”, explica Salvador Nogueira, jornalista científico e membro do clube. A escolha da plataforma é importante para, além da arrecadação, projetar uma imagem semelhante ao grupo, inspirando confiança e profissionalismo para os colaboradores – algo essencial em um projeto como esse. Ademais, é importante que seja feita uma avaliação e análise dos sites sobre questões como tipos de projetos que costumam ser alavancados e relatos de experiências pessoais em campanhas parecidas. Segundo Nogueira, esse apoio por parte da comunidade permite ao grupo ser mais ousado quanto ao evento – além de usar a resposta à iniciativa como estratégia para aperfeiçoar o planejamento e aumentar as possibilidades. “O crowdfunding é um habilitador. Podemos sonhar mais e ir mais longe, e com mais confiança, ao lançarmos mão desse recurso”, diz. Para ele, o financiamento coletivo é uma boa saída para quem quer ser mais ousado no escopo do evento, mas não tem recursos suficientes para pagar os custos da entrada e tem uma base de entusiastas acessível e de porte compatível com o projeto. E destaca: “Cada caso é um caso e pensamos cuidadosamente no nosso projeto em particular antes de embarcarmos nessa. Quem vê a página do crowdfunding tem a impressão de que aquilo nasce em uma tarde. É tudo menos isso. Gasta-se muito tempo planejando, e durante a campanha é preciso estar muito atento e engajado, para não deixar a peteca cair”. O projeto de financiamento do clube NovaFrota ainda não foi concluído, mas as expectativas são positivas para as metas da campanha (até o fechamento da matéria, o projeto já havia arrecadado 59% do valor total). “Estamos trabalhando duro e, até agora, a resposta tem sido muito positiva. Como estamos neste ponto no meio da nossa campanha, ainda é cedo para cantar qualquer vitória. Mas estamos constantemente fazendo incrementos e ajustes de curso para chegarmos em boa forma na reta final”, finaliza Nogueira. Esse é apenas um dos muitos casos de quem já aplica a técnica, e a expectativa para os próximos anos é de uma vida longa e próspera para o crowdfunding em eventos.
A melhor plataforma para cada projeto Certifique-se de utilizar uma plataforma própria para financiamento. Esse é um ponto crucial, pois oferecem um sistema de proteção àqueles que estão investindo no seu projeto. Não há nada mais importante do que a confiança para conquistar seus investidores. Confira as principais plataformas utilizadas para essa finalidade:
Kickante
Motivada por propostas que envolvem cultura, causas sociais e empreendedorismo, a plataforma surgiu em 2013 e conta com os mais diversos projetos.
Queremos!
Essas é uma plataforma global de eventos, focada na interação direta com os fãs. Ideal para financiamento de shows e projetos de artistas.
Kickstarter
De origem americana, a plataforma é uma das principais referências em crowdfunding, com mais de 130 mil projetos financiados em diversas áreas.
Catarse
Primeira plataforma no Brasil a utilizar o crowdfunding em projetos criativos. No ar desde 2011, o lema do site é “ver gente brilhante com projetos engavetados”.
Leitura para auxiliar nas ações de crowdfunding Além da própria plataforma, a Kickante também disponibiliza dois e-books para ajudar o criador do projeto de financiamento a ter uma campanha de sucesso. Os materiais são gratuitos e estão à disposição para download. Se você vai começar seu projeto, o “Como criar uma campanha de crowdfunding de sucesso” (disponível em http://bit.ly/2C2oKPc) traz o beabá para que o financiamento chegue ao seu potencial. Conta com cases de diferentes projetos, links de conteúdos adicionais, além dos segredos para definir o êxito da campanha. Em seguida, o “Como divulgar sua campanha de crowdfunding” (disponível em http://bit.ly/2EMbMrM) irá tratar de um dos pontos críticos do projeto: a divulgação. O livro traz dicas para promover a proposta em todas suas etapas - antes de ser lançada, durante, e depois de encerrada. Você encontrará informações que ajudarão na hora de montar o plano de divulgação, com exemplos e dicas valiosas.
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Rodadas de negócios
Divulgação
MERCADO
uma forma eficiente de gerar leads
Eventos que colocam fornecedores frente a frente com potenciais compradores movimentam o mercado e trazem resultados positivos
A
proposta das rodadas de negócios é aproximar fornecedores dos seus potenciais compradores. Essa modalidade está presente em todos os segmentos, organizadas por associações de classe, outras por promotores de feiras, cada uma voltada para o seu nicho de atuação. A receita é sempre muita parecida: compradores de um lado, fornecedores do outro, e todos tem um certo tempo para se conhecer. É muito interessante a ideia de termos reuniões de 20 a 25 minutos, podermos discorrer sobre o nosso produto detalhadamente, entender as particularidades do potencial comprador que está do outro lado e, assim, reverter todas as reuniões em contratos. Façamos uma conta básica: se cada reunião levar cerca 42 www.revistaebs.com.br | 18a edição
de 20 minutos, falaremos com três empresas em uma hora, certo? Somente três empresas. O que não é ruim, mas, e se pudéssemos otimizar o tempo da apresentação, e cada reunião durasse quatro minutos? O número de empresas para a qual o fornecedor se apresenta passaria de três para quinze, otimizando muito o seu tempo. Foi pensando em tudo isso que o Grupo EventoFacil criou o Speed Meeting - rodadas de negócios, dirigido para os segmentos MICE (eventos corporativos, incentivos, congressos e feiras) e RH/T&D (recursos humanos, treinamento e desenvolvimento). Cada encontro entre o comprador e o fornecedor dura quatro minutos, e cada evento reúne 30 fornecedores e cerca de 30 a 40 compradores. A dinâmica dura aproximadamente duas horas e meia e, ao final, cada empresa forne-
145
fornecedores speed meeting
165 4.840
compradores speed meeting
reuniões/4 minutos speed meeting
800
participantes ebs buyers club café
18
temas/palestras ebs buyers club café
nesse matchmaking. Todos os interessados em participar do evento como compradores são questionados sobre suas demandas de produtos e serviços que contratam, demandas pontuais e programação de contratação e eventos a serem realizados. Assim, é possível apresentar-lhes fornecedores que vão de encontro com suas expectativas, e os fornecedores também terão à sua frente compradores potenciais. Para os eventos com foco no segmento MICE são convidados os profissionais responsáveis pela contratação de produtos e serviços para eventos corporativos e de incentivos, dentro das grandes e médias empresas como os da indústria farmacêutica, bancos, comércios e serviços, indústrias entre outras, geralmente são os responsáveis por marketing, eventos, treina-
mento e compras, também as agências de eventos, live marketing, promoção e incentivos, organizadoras de feiras comerciais, congressos e eventos técnico-científicos; gestores de eventos das associações e entidades de classes. Quando o foco do evento é o segmento de RH/T&D, são convidados os diretores, gerentes e coordenadores que atuam nos departamentos de RH das principais empresas do país, além dos responsáveis pela contratação de produtos e serviços e soluções para treinamentos e gestão de pessoas. QUEM SÃO OS FORNECEDORES? Alguns dos segmentos participantes dos Speed Meeting MICE – RH: • Destinos para eventos: nacionais e internacionais; • Espaços para eventos e treinamentos: Auditórios e centro de convenções, arenas multiuso/casas shows, buffet, casas de espetáculos, cruzeiros, espaços alternativos, hotéis & resorts, parques temáticos, centros de exposições, salas para treinamento e coworking. • Fornecedores para eventos: Comunicação visual, bartender, barista, logística para eventos, sinalização, cenografia, mobilidade corporativa, seguro para eventos, som, iluminação e efeitos especiais, displays interativos multimídia, credenciamento e controle de acesso, tradução simultânea e intérprete, entre outros; • Gifts: Cartões de premiação, brindes corporativos, vale presentes; • T&D: Treinamento experiencial ao ar livre, gamificação, Jogos corporativos, storytelling, escape games; • Tecnologia: Softwares e aplicativos para eventos, simuladores e games, realidade virtual; aplicativos para gestão de pessoas, recrutamento e seleção; • Educação Corporativa: especiali-
Divulgação
Divulgação
QUEM SÃO OS COMPRADORES? Os compradores são todos previamente selecionados pela equipe do Grupo EventoFacil, que é especializada
PANORAMA SPEED MEETING 2017
Divulgação
cedora terá se apresentado a todos os compradores, totalizando 900 apresentações. O Grupo se especializou em promover esse formato de evento. A princípio parece simples, mas inicia-se com a identificação dos responsáveis, passando por uma consultoria aprofundada das demandas pontuais dos compradores, e somente depois identificamos os fornecedores que possam atender essas necessidades. Dessa forma, se consegue atender as expectativas de todos. O Speed Meeting proporciona um benefício claro e objetivo que é otimizar o tempo e diminuir os custos do processo para ambos os lados, tanto dos fornecedores os quais agilizam a prospecção e captação de novos leads, quanto dos compradores na busca de novos fornecedores para atender suas demandas; por essa razão, a ferramenta é um grande aliado para gerar oportunidades e negócios. Os eventos são sediados em diversas cidades do Brasil. Em 2017, as rodadas aconteceram em São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas e Curitiba, sempre em datas e localidades estratégicas; foram seis rodadas de negócios que totalizaram mais de 4.500 reuniões rápidas entre compradores e fornecedores do segmento MICE. Os primeiros eventos aproximavam o público de eventos corporativos, incentivos, congressos e feiras; porém com o sucesso do formato do evento e a solicitação tanto de compradores quanto de fornecedores de produtos e serviços para o segmento de recursos humanos, e principalmente treinamentos e desenvolvimento, deu-se início ao Speed Meeting RH.
18a edição | www.revistaebs.com.br 43
MERCADO zação, MBA e pós-graduação, educação à distância; • Experiências corporativas esportivas: Automobilismo, kart, off-road, balonismo, aviação, paraquedismo, rafting, entre outros; • Experiências corporativas gastronômicas: Vinículas, adegas e cervejarias, team building gastronômico, cooking show; • Benefícios Corporativos (saúde e seguros): planos de saúde, odontológicos, seguro de vida e previdência privada e seguros para eventos. • Agências: Agências de incentivo, marketing de experiência, viagens corporativas, turismo de aventura e treinamento. PRÓXIMOS EVENTOS Neste ano, serão realizadas trezes edições dos Speed Meetings, sendo que duas são realizadas dentro do maior evento no Brasil focado nos segmentos MICE e T&D, a 16º EBS - Feira da Indústria dos Eventos Corporativos, In-
centivos, Congressos, Feiras e Treinamentos & Desenvolvimento, nos dias 06 e 07 de junho no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. Na ocasião, o Speed Meeting EBS reunirá mais de 120 compradores convidados para estarem frente a frente com os 100 expositores da feira. Serão mais de 6.400 reuniões durante os dois dias de evento. Sobre os Speed Meetings regionais, realizaremos cinco com foco no segmento RH/T&D, nas praças de São Paulo, Alphaville, Rio de Janeiro, Campinas e Curitiba. As outras seis serão com foco no segmento MICE, nas praças de Rio de Janeiro, Campinas, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, finalizando o ano em São Paulo. Speed Meeting® é uma marca registrada do Grupo EventoFacil. EVENTO PARALELO O EBS Buyers Club Café é um evento paralelo ao Speed Meeting, que dá sequência ao trabalho realizado pelos fornecedores participantes da rodada
de negócios. Geralmente, realizado no período da tarde do mesmo dia dos Speed Meetings regionais, o evento recebe profissionais compradores dos segmentos MICE e RH/T&D, para uma tarde de networking qualificado e enriquecimento profissional proporcionado pelas palestras gratuitas oferecidas. Os interessados em participar obrigatoriamente realizam o pré-credenciamento, no qual respondem ao questionário sobre sua atuação e demanda de contratação, pois a participação é restrita a profissionais com perfil de compradores. O Café é um evento de relacionamento do EBS Buyers Club, clube de negócios dirigido aos gestores de marketing, eventos, rh, treinamentos, incentivos e compras das principais empresas do país; formado por +450 empresas que juntas investem mais de R$ 250 milhões/ano em contratação de fornecedores para eventos corporativos, treinamentos, incentivos e experiências corporativas.
ELES INDICAM Muito importante para ampliar o relacionamento com o mercado e conhecer fornecedores potenciais. São 30 reuniões em duas horas e meia, de fato eleva a produtividade na captação de potenciais fornecedores à um nível incomparável com outras práticas, com o nível de profundidade perfeito para avanço posterior em caso de match entre demanda e oferta. Sergio Cerqueira Filho, Comprador na Scania
O evento nos proporcionou conhecer novas soluções, que possivelmente utilizaremos nos próximos eventos. A dinâmica do Speed Meeting permite estar frente a frente com segmentos diversificados desde brindes e soluções tecnológicas até espaços para eventos. Foi uma boa experiência participar dessa ação.
O departamento de Marketing atua diretamente com todas as ações relacionadas a eventos da empresa. Portanto, há uma busca constante por novidades e fornecedores qualificados. O evento promoveu tudo isso em um único dia, otimizando o tempo de ambos (comprador e fornecedor) para realização de networking.
Edson Gomes, Gerente de Comunicação no Kumon
Raíssa Hamond, Coordenadora de Marketing na MedLevensohn
DICAS PARA O FORNECEDOR PARTICIPANTE Antes
Durante
Após
1
Teste sua apresentação, você deve apresentar seu produto em menos tempo. Reserve tempo para perguntas e respostas.
1
Faça anotações na parte de trás do cartão do comprador: tipo de contratação, datas, serviços contratados, etc.
1
Analise o perfil de cada uma das empresas com a qual teve contato. É importante entender a necessidade individual.
2
Que tal substituir todos os panfletos por uma apresentação ou vídeo? Tenha uma atitude sustentável.
2
Pratique a escuta ativa: encontre os tópicos para criar links e possíveis pontos de interesse.
2
Envie um e-mail de agradecimento com uma breve apresentação do seu produto ou serviço aos compradores.
3
Separe os seus cartões de visita. Leve ao menos 40 unidades.
3
Promova o sorteio de algum produto ou ofereça um desconto especial aos compradores.
3
Utilize o canal de comunicação dos organizadores do evento. Seja visto e seja lembrado.
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O relógio foi disparado para o Speed Meeting 2018. O Speed Meeting é a rodada de negócios que proporciona o contato frente a frente entre compradores e fornecedores do mercado de eventos corporativos, incentivos, congressos, feiras e rh/treinamentos.
MICE–RH REGIONAL
São Paulo
Março
Alphaville
Abril
Rio de Janeiro
Agosto
Campinas
Agosto
Curitiba
Setembro
Porto Alegre
Outubro
Belo Horizonte
Outubro
São Paulo
Novembro
EBS BUYERS CLUB CAFÉ
Café
Evento paralelo exclusivo para compradores convidados e visitantes. www.cafe.ebsbuyersclub.com.br
www.speedmeeting.com.br
EBS BUYERS CLUB
Associados Fornecedores FORNECEDORES PARA EVENTOS Ábacos Soluções em Automação
(11) 3393-8830
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(11) 3368-4110
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Inovattore Design
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Ótima Gráfica
(41) 3661-2828
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Pampa Tradução e Interpretação
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(11) 5070-5070
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(11) 3280-8004
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DESTINOS MICE Convention Bureau João Pessoa
(83) 3247-4088
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Fundação de Turismo Mato Grosso do Sul
(67) 3318-7600
ww.turismo.ms.gov.br
Ilhas Seychelles
(11) 2367-3170
www.globalvisionaccess.com
Mônaco
(11) 2367-3170
www.globalvisionaccess.com
Noruega
(11) 2367-3170
www.globalvisionaccess.com
Porto de Galinhas CVB
(81) 3552-1205
www.portodegalinhas.org.br
Santos & Região CVB
(13) 3232-5080
www.visitesantoseregiao.com.br
Santur
(48) 3212-6300
www.turismo.sc.gov.br
Secretaria de Turismo de Balneário Camboriú
(47) 3367-8122
www.secturbc.com.br
Secretaria de Turismo de Campinas
(19) 2116-0438
www.campinas.sp.gov.br
Secretaria de Turismo de Minas Gerais
(31) 3916-0468
www.turismo.mg.gov.br
Secretaria do Turismo do Estado do Ceará
(85) 3195-0200
www.setur.ce.gov.br
Bento Gonçalves Convention Bureau
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EBS Buyers Club ESPAÇOS PARA EVENTOS Alice Vitória Hotel
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(13) 3389-4000
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Centro de Convenções de Vitória
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Centro de Convenções Rebouças
(11) 3898-7850
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Centro de Eventos do Ceará
(85) 3195-0332
www.centrodeeventos.ce.gov.br
Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida
(12) 3104-2560
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Enotel Convention Spa Porto de Galinhas
(81) 3552-5500
www.enotel.com.br
Expo Center Norte
(11) 2224-5959
www.expocenternorte.com.br
Expoville Centro de Convenções e Exposições
(47) 3029-0699
www.expoville.com.br
Fogo de Chão
(11) 5095-8977
www.fogodechao.com.br
Forental
(11) 4301-4000
www.forental.com.br
GJP Hotels
0800 600 8088
www.gjphotels.com
GL Events Brasil
(21) 2441-9100
www.gleventsbrasil.com.br
Global Hospitality Services
(11) 3564-2481
www.g-h-s.com
GS1 Brasil
(11) 3068-6229
www.gs1br.org
Hangar - Convenções e Feiras da Amazônia
(91) 3344-0100
www.hangarcentrodeconvencoes.com.br
HB Hotels
(11) 3674-3040
www.hbhotels.com.br
Norwegian Cruise Line - NCL
(11) 3253-7203
www.ncl.com
Pavilhão Bienal São Paulo
(11) 5576-7637
www.pavilhao.bienal.org.br
Rede Beach Hotéis
(11) 3361-2077
www.beachhoteis.com.br
Riocentro
(21) 2441-9100
www.riocentro.com.br
Royal Palm Hotels & Resorts
(19) 2117-8002
www.royalpalm.com.br
Tivoli Hotels & Resorts
(11) 3146-5900
www.tivolihotels.com
Transamerica Expo Center
(11) 5643-3000
www.transamericaexpo.com.br
Velle Representações
(11) 3285-4437
www.velle.tur.br
Villa di Mantova Resort
(19) 3824-8400
www.villadimantova.com.br
Windsor Hotéis
(21) 2195-7800
www.windsorhoteis.com
Fundaparque
(54) 3455-6700
www.fundaparque.com.br
GASTRONOMIA PARA EVENTOS Cacau Show
(11) 4144-9800
www.cacaushow.com.br
Maria Honos Gastronomia
(27) 3254-6409
www.gruponeffa.com.br/MariaHonos2015
Associe-se ao EBS BUYERS CLUB Seja um associado fornecedor
www.ebsbuyersclub.com.br
18a edição | www.revistaebs.com.br 47
FEIRAS & EVENTOS
Agenda Confira a agenda com alguns dos principais eventos neste período que acontecem no Brasil e no mundo.
30/01—04/02
18—21/02
25—27/02
Campus Party 2018
36ª Abup Home & Gift
LACTE 13
São Paulo, Brasil http://brasil.campus-party.org
São Paulo, Brasil www.abup.com.br
São Paulo, Brasil http://alagev.org/lacte13
26—28/02
06—09/03
07—11/03
Meetings Africa 2018
COCAL 2018
ITB Berlin
Joanesburgo, África do Sul www.meetingsafrica.co.za
Assunção, Paraguai http://cocal.org
Berlim, Alemanha www.itb-berlin.de
09—18/03
19—20/03
RH
São Paulo 09h30–12h30
Rodada de Negócios
SXSW
Fórum Panrotas 2018
Austin, TX, EUA www.sxsw.com
São Paulo, Brasil http://forum.panrotas.com.br
22 março 2018
Espaço para Eventos RochaVerá
www.speedmeeting.com.br
03—05/04
03—05/04
03—05/04
20ª Autocom - Feira Internacional de Automação para o Comércio
12ª Feira Fotografar
WTM Latim America
São Paulo, Brasil http://fotografar.fhox.com.br
São Paulo, Brasil https://latinamerica.wtm.com
São Paulo, Brasil www.feiraautocom.com.br
12—13/04
RH
Rodada de Negócios
40ª Aviesp Campinas, Brasil www.aviespexpo.com.br
Alphaville 09h30–12h30
19 abril 2018
Blue Tree Premium Alphaville
15—16/05 ABRH Rio Rio de Janeiro, Brasil http://abrhrj.org.br
www.speedmeeting.com.br
15—17/05 IMEX Frankfurt Frankfurt, Alemanha www.imex-frankfurt.com
48 www.revistaebs.com.br | 18a edição
São Paulo 08h30–13h00
6–7 junho 2018 Centro de Convenções Rebouças www.congressomicebrasil.com.br
Evento Business Show
São Paulo 13h30–19h00
6–7 junho 2018 Centro de Convenções Rebouças
www.feiraebs.com.br
VITRINE
Campus Party Brasil 2018 supera expectativas
SEU SONHO TEM FUTURO
COMPLIANCE A NOVA REGRA DO JOGO
MARKETING DE CONTEÚDO A MOEDA DO SÉCULO XXI
Autora: Candice Pascoal Editora: Gente
Autora: Alessandra Gonsales Editora: LEC Editora
Autor: Rafael Rez Editora: DVS
Divulgação: Campus Party Brasil
A edição 2018 superou as expectativas em relação ao público e engajamento. Um dos destaques foi o aumento da presença feminina, equivalente a 43% do total de participantes (em 2015, foram apenas 27%). O número de mulheres palestrantes também aumentou. “Dobramos o número de palestrantes mulheres e acreditamos que essa é uma tendência sem volta. Como organização, buscamos estimular esse
crescimento da participação feminina no universo da tecnologia, trazendo referências que possam inspirar as novas gerações”, afirma Tonico Novaes, diretor geral da Campus Party Brasil. A CPBR11 também marcou o lançamento do Include, programa idealizado pelo Instituto Campus Party e cujo objetivo consiste em criar 10 mil laboratórios de robótica por todo o Brasil , a fim de aproximar adolescentes moradores de comunidades carentes da tecnologia. “Há alguns anos estamos estudando uma solução para descobrir talentos tecnológicos nas comunidades carentes. Fizemos pesquisas e conhecemos uma série de projetos que tinham a tecnologia como alicerce, tanto no Brasil quanto em outros países, até chegar na formatação do Include”, explica Francesco Farruggia, presidente do Instituto Campus Party. O evento está presente no Brasil há dez anos e em 2018 contará ainda com edições em Natal, Salvador, Brasília e Belo Horizonte.
A Campus Party é a maior experiência tecnológica do mundo que reúne jovens geeks em um festival de inovação, criatividade, ciência, empreendedorismo e universo digital. Em sua décima primeira edição, realizada entre os dias 31 de janeiro e 4 de fevereiro, no Anhembi, em São Paulo, reuniu mais de 130 mil pessoas – entre campuseiros acampados e os presentes na Open Campus, espaço gratuito do evento.
LIVROS
Confira os livros sugeridos e mais notícias sobre os segmentos MICE e RH/T&D no site www.revistaebs.com.br
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PINGUE PONGUE
Destaque no marketing
REVISTA EBS: Como o profissional pode evoluir na área, seguindo o mesmo nível de evolução que o marketing e a publicidade vêm passando? POLIANA SOUSA: O mercado de comunicação vive em constante mudança, e o profissional deve seguir essa linha. O profissional de marketing de sucesso hoje é diferente do profissional de alguns anos atrás. Hoje ele é um profissional de business, que entende de finanças, logística e vendas. Ele precisa saber se comunicar desde a hora que o produto está sendo desenvolvido até chegar ao ponto de venda e ao consumidor, ou seja, precisa ser um profissional completo, além de estar sempre antenado e ser curioso para não perder as inovações e mudanças que acontecem no dia-a-dia. REVISTA EBS: O que mudou no cenário do marketing das grandes empresas, diante do quadro de crise no Brasil? Quais as transformações estratégicas que as marcas tiveram de passar sem perder a inovação? POLIANA: Durante o período de crise, a P&G foi na contramão do que muitas empresas optaram por fazer. Mantivemos o investimento em produtos de maior valor agregado, fomos ainda mais a fundo no entendimento do consumidor, investimos em marketing, aumentamos nosso time de vendas e reforçamos nosso relacionamento com o varejo. Revisamos as nossas comunicações e o jeito que falamos com nosso consumidor, utilizando a linguagem certa e o canal certo e investindo corretamente. Podemos usar como exemplo o case de Cabelo Pantene com o qual, fugindo das tradicionais propagandas de TV ou internet normais, lançamos 50 www.revistaebs.com.br | 18a edição
um reality show, ou seja, inovamos na forma de nos comunicarmos e passar as mensagens que precisávamos para o nosso público-alvo. REVISTA EBS: Qual o panorama do uso da Inteligência Artificial no marketing? POLIANA: A P&G está, globalmente, aprendendo sobre essa área, na qual a gente vem explorando novas ideias principalmente em nossos planos de mídia e ferramentas de análise. 2017 foi um despertador, onde a mídia que conhecíamos passou por uma onda de transformação profunda. Agora, temos que avançar para o próximo nível, e esses avanços só serão possíveis graças à inteligência artificial e outras ferramentas tecnológicas nas quais a P&G vem investindo fortemente. É a hora de intensificar nossos esforços de marketing e pensar além, pensar na aplicabilidade da inteligência artificial em assuntos como sustentabilidade, ética e diversidade, que desde sempre estão no coração de tudo o que fazemos. REVISTA EBS: O que o profissional de marketing precisa para ter sucesso em sua carreira? A formação acadêmica basta? POLIANA: Não existe um profissional de marketing que não é curioso. Curiosidade é uma das principais características que esse profissional precisa ter. Além disso, precisa ir além da formação acadêmica. É necessário que ele busque sempre estar atualizado das tendências e novidades do mercado, saber fazer o “arroz e feijão”, mas também ir além, se aprofundando e se modernizando constantemente. REVISTA EBS: Quais são as principais dicas para um futuro profissional de marketing? POLIANA: Como eu disse acima, o profissional de marketing (e o futuro profissional) precisa ser curioso e estar sempre atento às novidades do mercado, que tem se mostrado bem inovador nos últimos anos. Estar apenas nos livros não é suficientemente inspirador para os jovens de hoje. Eles devem ir em busca de causas verdadeiras e levantar as bandeiras que acreditam.
REVISTA EBS: Machismo e preconceito estão muito presentes na área? O que é preciso para reduzirmos a desigualdade presente nas empresas e na sociedade? POLIANA: Para continuar na luta pela igualdade, acredito que nós mulheres precisamos nos unir. Uma vez, escutei em uma palestra um ditado que eu acredito fielmente “existe um lugar muito especial no inferno para uma mulher que não ajude outra mulher”. Para mim, isso faz todo o sentido. Por isso, precisamos entender as barreiras de hoje e, somente se estivermos unidas, vamos conseguir quebrá-las. Por outra parte, na P&G levamos muito a sério essa questão, e globalmente trabalhamos para conseguir alcançar igualdade de gênero em diferentes esferas, por exemplo, a través de campanhas como #TipoMenina de Always. REVISTA EBS: Como foi o ano de 2017, e o que esperar para 2018? POLIANA: 2017 foi o ano em que acreditamos que era necessário desafiar o status quo. E tivemos coragem de fazê-lo ao encabeçar um debate mais transparente sobre métricas, levantar bandeiras e inovar na maneira que conversávamos com nossos consumidores. Além disso, mantivemos a transparência na forma que falamos com o mercado. Para 2018, esperamos continuar trabalhando com essa transparência, eficiência e qualidade nas comunicações das nossas marcas e pensar mais em prol do futuro do marketing e da comunicação. Mapear tendências e trabalhar com meios que respeitem o consumidor.
Foto: Arthur Nobre / MM
Poliana Sousa, Diretora de Marketing da P&G, é um dos principais nomes da área no Brasil – ela está entre os dez Executivos de Marketing Mais Influentes do Mercado pelo ranking Mlist, produzido pela Agência Gume em parceria com a ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) e a Folha de S. Paulo. Nesta entrevista, Poliana fala sobre transformações no mercado, evolução profissional e muito mais.
Poliana Sousa, Diretora de Marketing da P&G
6–7 junho . 2018
Centro de Convenções Rebouças
3o Congresso MICE Brasil O Congresso MICE Brasil é o maior evento de conteúdo voltado ao segmento MICE (Meeting, Incentives, Conferences and Exhibitions) realizado no país. Serão dois dias intensos de discussão, networking e enriquecimento profissional.
Inscrições abertas
Faça sua inscrição online e garanta sua participação. Cupom 15% OFF: CMB18R18 até 20/05/2018.
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Eventos paralelos
Pré-Congresso
O rdem da Távola R e donda
2018
6–7 Evento Business Show
16 ª
junho
16 anos
Centro de Convenções Rebouças . São Paulo-SP
Feira da Indústria dos Eventos Corporativos, Incentivos, Congressos, Feiras e Treinamentos & Desenvolvimento.
O maior evento do Brasil dirigido aos segmentos MICE e T&D que proporciona networking qualificado, enriquecimento profissional e principalmente oportunidades de negócios. Eventos paralelos
www.feiraebs.com.br