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SAÚDE DIGITAL | Felipe César
NÃO É MAIS SONHO OU UTOPIA,
É REALIDADE! A era da informação chegou à saúde. Você está preparado para as mudanças que ela vai provocar no sistema de saúde?
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o mês de maio, durante a Hospitalar Feira+Fórum, aconteceu o “Fórum Internacional eHealth: Scenarios, trends and investments”, criado e promovido pela UBM Brazil. Foram quatro dias de palestras e debates, com 14 palestrantes internacionais e 28 nacionais. Em um evento completo sobre tecnologia na área da saúde, o Fórum mostrou aos participantes e convidados que a saúde digital chegou, e veio com força para mudar todo um sistema de atendimento
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baseado no “corpo a corpo” para um conjunto de dispositivos e equipamentos que empoderam pacientes e ajudam o médico a tomar as suas decisões. O Fórum foi dividido em quatro grandes temas: Soluções inovadoras para a cadeia de hospitais, Venture Capital, Demandas e oportunidades em Telessaúde e Consumerização do cuidado em saúde. A Revista Melhores Práticas, uma das mídias apoiadoras, relacionou as principais tendências discutidas no encontro sobre o que está acontecendo no mundo. Acompanhe:
1 | Telessaúde
2 | Comunicação entre a equipe
O monitoramento remoto de pacientes crônicos ou com doenças cardiovasculares já é uma realidade e vem crescendo bastante ao redor do mundo. Justus Wolff, especialista em projetos de eHealth na Alemanha, Reino Unido e América Latina, apresentou cases de empresas que já prestam o serviço de forma global, ou seja, possuem sua base de negócios e operacional em um país, mas fazem o monitoramento em pacientes de outras localidades. O serviço consiste em oferecer aos clientes uma plataforma de monitoramento (com alarmes) e orientação de um profissional de saúde via telefone, chat ou videoconferência. Em casos de emergência, um médico ou enfermeiro entra em contato com o paciente e verifica qual a melhor solução para o atendimento imediato. Outro diferencial são serviços personalizados para pacientes que fizeram implantes cardíacos, com o paciente sendo monitorado 24h por dia em tempo real e de forma remota. Todos os dados do paciente, resultados de exames, consultas médicas (virtuais ou presenciais), alterações dos sinais vitais, atendimentos de emergência, prescrições, etc. são armazenados em um eHealth Center, que é responsável por entregar as informações de forma correta e ordenada a cada agente do processo de cuidado (paciente, médico, enfermeiro, operadora, gestor).
Essa é uma novidade que vem trazendo resultados para os hospitais que investem nesse tipo de aplicativo. A ideia central é otimizar o tempo gasto pela equipe com a comunicação, além de torná-la rápida e eficiente. Objetivos: • Reduzir o tempo para identificar e encontrar o médico do paciente. • Reduzir o tempo para obter as informações necessárias do paciente entre a equipe multidisciplinar. • Reduzir a readmissão devido à falta de comunicação entre os médicos. • Compartilhamento do cuidado. Qi Li, diretor de Inovação de empresa especializada no setor, apresentou um projeto piloto do Hospital da Universidade da Pensilvânia, no qual a equipe conseguiu ganhar até 90 minutos por dia com a utilização do aplicativo para se comunicar entre si. O app Cureatr™, utilizado nesse projeto piloto, foi desenvolvido para compartilhar informações em tempo real, como textos e fotos, enviar mensagens instantâneas com a opção de modo urgente, fazer a transição do cuidado de forma digital, programar e receber alertas e fazer o checklist do plano terapêutico. Os médicos e equipe multidisciplinar podem ter acesso ao plano de cuidado do colega e fazer benchmarking entre eles, trocando experiências e compartilhando as melhores práticas baseadas em evidências e resultados da assistência. E os médicos especialistas podem se comunicar instantaneamente com o médico hospitalista ou com o médico clínico do paciente.
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3 | Autocuidado Sensores, dispositivos médicos e aplicativos estão cada vez mais empoderando as pessoas e auxiliando a disseminar o autocuidado e a educação em saúde. Essa tendência só cresce, e apps para os segmentos de saúde e bem-estar e adesão ao tratamento medicamentoso ganham espaço entre os consumidores. Foram apresentados durante o Fórum dispositivos que lembram o consumidor de fazer exercícios, de se alimentar no horário correto, de tomar o remédio, mas a forma de “avisar” o consumidor é o que chamou a atenção da plateia presente no evento. Há desde dispositivos que disparam alarmes na hora da medicação e que permitem receber a prescrição médica no próprio aplicativo, outros que oferecem recompensas caso o indivíduo cumpra os exercícios nos horários e dias corretos, e até modelos que dão um leve choque para lembrar o usuário de fazer sua corrida diária.
4 | IOT e as transformações
que ela proporciona
A internet das coisas (IOT) vem causando uma revolução tecnológica no modo de vida da sociedade moderna, e na área da saúde vem transformando a relação médico-paciente.
Fábio Scopeta, líder do Centro de Competência da IBM para área da saúde na América Latina, apresentou a tecnologia Watson e como ela vem auxiliando médicos a tomarem importantes decisões no tratamento oncológico de pacientes. O IBM Watson é um sistema baseado na computação cognitiva. De forma resumida, ele possui um enorme banco de dados, e dessas informações ele fornece aos médicos opções de protocolos e tratamento baseado em evidências, com cases de outras instituições, publicações científicas e experiências de outros médicos, indicando a opção terapêutica para cada tratamento. Trata-se da máquina interagindo com o médico e o ajudando a tomar uma decisão. Hospitais dos EUA já trabalham com o Watson na linha oncológica: o MD Anderson, em Houston, no Texas, e o Memorial Sloan-Kettering, em Nova York. Em outra linha de atuação, o Watson analisa várias fontes de informações, como redes sociais, pesquisas, linhas de tratamento, etc., com o objetivo de “aprender” sobre o paciente, sua personalidade e doença. Essas informações são reunidas no banco de dados do Watson e fornecidas aos profissionais de saúde do hospital, e, com isso, a equipe pode oferecer um cuidado personalizado ao paciente.
SAIBA MAIS SOBRE EHEALTH No Especial Digital Healthcare, publicado na edição 18 da Revista Melhores Práticas.
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