Ano 03 - Nº15 - OUTUBRO 2017
FEDERAÇÃO NACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES DOS REVENDEDORES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
A FORÇA DO INTERIOR DE
COMERCIALIZAÇÃO DE VEICULOS SEMINOVOS CONTINUA POSITIVA
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SÃO PAULO
CRESCE PROCURA POR SEMINOVOS BLINDADOS
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O carro não precisa ser básico se o financiamento for Itaú. Com o novo financiamento de acessórios e serviços do Itaú, você pode incluir até 4% do valor do veículo em acessórios ou serviços, sem comprometer a aprovação do crédito. E o melhor disso é que o valor fica diluído no mesmo prazo do seu financiamento. Agora além do carro novo, você já pode sair com o carro equipado.
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2 / Revista Sujeito à análise de crédito. Produto disponível apenas nas concessionárias e lojas parceiras do Itaú.
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Itaú. Feito para você.
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/ EDITORIAL
SEJA BEM-VINDO A MAIS UMA EDIÇÃO DE NOSSA REVISTA É muito gratificante ver nosso setor, cada vez mais, mobilizado e organizado, consolidando-se como uma força importante para a geração de negócios em nossa economia. Em nossos Encontros Regionais e Convenções, nos sentimos sempre satisfeitos pelas respostas que temos obtido de nossas Associações Regionais, e seus associados, aos desafios que são colocados. Observamos que todos estão se conscientizando da importância dessa força, o que é fundamental para agregarmos mais profissionais em nossas Associações. Acompanhamos, sempre, com entusiasmo, as ações que essas entidades vêm realizando regionalmente para movimentarem os lojistas. Um exemplo dessa mobilização crescente, e a consequente relevância que o nosso setor vem ganhando, é a matéria de capa desta edição da Revista FENAUTO. Nela enfocamos a força e o potencial que o interior do Estado de São Paulo possui em vários setores e, entre eles, o da comercialização de veículos seminovos e usados. No texto mostramos como as Associações Regionais do Estado de São Paulo vêm trabalhando intensamente para organizar melhor a atividade nas regiões onde atuam, mobilizando os lojistas, gerando novas oportunidades de negócios, movimentando a economia local, alcançando mais consumidores e oferecendo, também, mais benefícios para os profissionais do nosso segmento. Lembro, também, que é o momento da realização de mais uma edição do maior evento do nosso segmento, o 6º Congresso FENAUTO. Trabalhamos muito e intensamente, em várias frentes, para que a realização esse evento seja perfeita e completa. O resultado desse esforço desenvolvido por nossa equipe e parceiros está traduzido na grande movimentação que o mesmo provocou no mercado e a grande procura de empresas com produtos e serviços para a participação no evento. Temos certeza absoluta de que todos que participarem desse grandioso evento contarão com um conteúdo de grande importância, com as palestras, e a possibilidade de troca de conhecimento e contatos na ExpoFENAUTO. Aproveito este espaço no editorial para agradecer a todos os que estiveram envolvidos na produção desse evento, bem como a todas as empresas e parceiros patrocinadores e apoiadores que nos auxiliaram na viabilização desta edição do Congresso. Com tantas notícias gratificantes, não há como não nos sentirmos confiantes no contínuo engrandecimento do nosso segmento, assumindo o papel que merecemos no cenário da economia nacional. Continuaremos em frente sempre, nos desdobrando e trabalhando intensamente para que a nossa categoria se destaque e se qualifique cada vez mais. Desejo uma boa leitura e vejo espero encontrar a todos nas temáticas do 6º Congresso e na visitação da ExpoFENAUTO.
Ilídio Gonçalves dos Santos Presidente FENAUTO
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/ SUMÁRIO
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SUMÁRIO 06
VENDEDOR SNIPER
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CAPA
NOSSO MERCADO
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ASSOCIAÇÃO EM AÇÃO
TERMÔMETRO
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BANCO PAN
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BLINDADOS
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LOJISTA EM DESTAQUE
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PORTA LUVAS
escreve O mercado de automóveis e o saci pererê. Nailor Marques Jr.
Comercialização de veiculos seminovos continua positiva. A Força do Interior Paulista por Enilson Sales
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EDUCAÇÃO
Espaço Educacional Fenauto por Cida Smidt
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OPINIÃO
Pelo direto de dirigir embriagado! por Joel Leite
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ABAC
O Consórcio em São Paulo e no Brasil
A Força do interior de São Paulo.
Sindivel mostra suas ações.
Um parceiro de todas as horas.
Cresce procura por seminovos blindados. Líderes em Sergipe.
Dando asas aos sonhos.
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FEDERAÇÃO NACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES DOS REVENDEDORES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
CONSELHO EDITORIAL:
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Ilídio Gonçalves, Enilson Sales, Elis Maurício Siqueira, Maria Aparecida Smidt e Fáres Darwiche. Editor e Jornalista Responsável: Jorge Luiz Mussolin (MTB 15.978) e-mail: mussa@fenauto.org.br Projeto Gráfico: Artearia Studio Design Impressão: Nywgraf Ltda Redes Sociais: Maná Publicidade Fotos: Arquivo FENAUTO / Divulgação Endereço: Av. Giovani Gronchi, 6195 - 10º andar - Conj. 1005 Edificio GG Offices Center - Vila Andrade - CEP 05724-003 São Paulo - SP - www.fenauto.org.br fenauto@fenauto.org.br – Tel.: 11 - 4119.8586 e 2592.2326 As matérias assinadas nesta revista são de responsabilidade do autor não representando, necessariamente, a opinião da FENAUTO. Autorizada a reprodução total ou parcial das matérias, fotos e imagens sem assinatura, desde que mencionada a fonte. A reprodução de matérias e artigos assinados devem contemplar autorização prévia e por escrito do autor.
EXPEDIENTE:
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AGENCIAUTO/AL - VANDERLEI PRIETO AGENCIAUTO/AP - SOLANGE TEIXEIRA NUNES ASSOVEBA/BA - DANIELA PERES SINDIVEL/CE - ROBERTO JORGE TEIXEIRA AGENCIAUTO/DF - PAULO HENRIQUE MAGALHÃES POLI ARIVES/ES - MARCIO MENEGHIM AGENCIAUTO/GO - MATHEUS LIRA AGENCIAUTO/MA - RENATO DOMINICI SOARES AGENCIAUTO/MT - RICARDO JULIO JATHAY LAUB JR. SINDIVEL/MS - MARCELO ANDERSON MIRANDA ASSOVEMG/MG - GLÊNIO LEONARDO OLIVEIRA JR. ASSOVEPA/PA - MUDUALDO MONTEIRO DE OLIVEIRA ASSOVEPAR/PR - SILVAN SABAINI DAL BELLO SINVEP/PB - WALDECK PINHEIRO COELHO ASSOVEPE/PE - ANTONIO GUEIROS SELVA AGENCIAUTO/PI - DOUGLAS ALEXANDRE MARTINS LEITE AAVURJ/RJ - ISIO KELNER SINDIREVE/RN - FRANCISCA VERÔNICA DA SILVA ASSOVESC/SC - RAFAEL SILVA ARVIESP/SP - LUIZ ANTONIO JANUÁRIO DE OLIVEIRA AVESE/SE - EDSON PRATA AGENCIAUTO/RS - RODRIGO DOTTO ALVA/SP - ÉCIO COSTA ARVEC/SP - LUIZ CARLOS MENDONÇA Revista
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/ VENDEDOR SNIPER
Por Nailor Marques Jr
E
u sei que o Saci Pererê não existe e, porque sei isso, jamais o vi. No entanto, minha avó materna, criada num sítio na região de Presidente Prudente (SP), viu o Saci duas vezes trançando as crinas de um cavalo, tipo de travessura muito comum a esse ser mitológico das matas brasileiras. Quando conto essa história, as pessoas sempre me perguntam como é possível eu acreditar que minha avó tenha visto algo, que eu sei que não existe? E eu dou sempre a mesma resposta: eu não acredito, por isso não vejo, mas ela acredita. Quem acredita em Saci, vê Saci. Nos mundos pessoal e profissional não é muito diferente, as pessoas sempre acabam vendo em suas vidas, para bem ou para o mal, as coisas nas quais acreditam. No 6
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mercado de automóveis é exatamente igual. Ninguém duvida que exista uma crise generalizada no país e que ela tenha afetado em cheio o setor automotivo, mas também ninguém duvida que existam ilhas de excelência nesse segmento que continuam faturando alto. Como é possível que, mesmo em tempo de vendas mais fracas, existam lojas que continuam vendendo bem e algumas até crescendo? Muitos questionamentos podem ser feitos a partir dessa reflexão. Claro que eu proponho os pontos para pensar e cada um deve observar o que vem fazendo por si e por seu negócio. Não quero dar receitas prontas, até porque elas não existem, mas tenho certeza que os momentos de baixa existem para que cada pessoa pense e reposicione seu próprio negócio. Vamos
aos questionamentos: a) Você é mesmo do ramo de automóveis ou se aventurou quando o mercado estava bom e agora não sabe muito bem o que fazer em um período de vendas fracas? b) Quais são os atrativos que a sua loja tem ou que você pensa que tem? Já observou o que as lojas que vão bem estão fazendo ou cuida só da sua vida e prefere ficar reclamando? c) Você decide sozinho como vai montar seu estoque e a sua capacidade de giro ou faz a coisa de modo profissional e segue as orientações e os gráficos que a FENAUTO solta todos os meses com as vendas por região e por tipo de automóvel? d) Sua loja só vende carros/mo-
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VENDEDOR SNIPER
tos/caminhões ou você já percebeu que o mercado é mais amplo e pode agregar uma infinidade de outros serviços (troca de óleo, bar, limpadores, filtros, lavagem e limpeza, restaurante, enfim tudo que possa atrair mais público indireto para o seu negócio)? Os clientes entram para consumir outro bem ou serviço e esbarram com seu produto principal. Pense nisso. e) Há espaço para que os clientes possam tocar, ver, entrar, enfim sentir o carro que você vende ou é um coladinho no outro e você pede para voltar depois? Não se pode culpar crise nenhuma, quando não fazemos a nossa parte. f) A sua loja tem estacionamento fácil ou você ocupa toda as vagas da rua usando-as como mostrador do seu produto, daí ninguém tem lugar para estacionar? Se você pensa em você e não pensa em seu clien-
te, ele vai para outra loja que pense nele. Atendimento é muito mais do que produto. g) Seus colaboradores e você são treinados sempre, estudam, leem, participam de congressos, fazem cursos presenciais ou online ou você acredita que já sabe tudo? Não há melhora de mercado que seja capaz de resolver um problema de ignorância crônica. h) Você sabe que uma das principais portas de entrada da sua loja é o telefone? Como ele é atendido, com um simples alô ou como o começo de uma venda que se inicia? i) Por fim, você só entende de veículos ou entende de gente também? Um carro não compra outro, pessoas é que compram, por isso não entender de pessoas tende a ser cada vez mais a morte de qualquer negócio.
Depois do que vimos, ver ou não Saci será uma tarefa de cada um. Você pode pensar em todas as questões ou não pensar em nenhuma. O negócio é seu, a responsabilidade e o sucesso ou fracasso também. Viver e prosperar não é fácil, nunca é, mas também se fosse fácil, qualquer idiota poderia fazer o que fazemos e se qualquer despreparado pudesse fazer, por que alguém nos pagaria? Por mais competências e menos sacis. Seus dados estão lançados. Nailor Marques Jr é professor, escritor, palestrante, especialista em comunicação com o cliente e diretor do IMPCOACH. www.impcoach.com.br
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/ O NOSSO MERCADO
COMERCIALIZAÇÃO DE VEICULOS SEMINOVOS CONTINUA POSITIVA Dados da FENAUTO mostram acumulado de 2017 com resultado positivo em comparação a 2016
A
Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores – Fenauto, entidade representativa do setor de seminovos e usados, divulgou os resultados obtidos pelo setor no mês de setembro de 2017. Segundo o levantamento, os resultados apresentados no acumulado de 2017, comparativamente ao mesmo período de 2016, mostram uma evolução positiva de 7,5%. O mês de setembro de 2017 também teve um resultado positivo de 4% em comparação com o mesmo mês do ano passado. O volume de vendas de seminovos e usados, em setembro, em relação a agosto, ficou negativo em 13,2%. Em setembro o mercado comercializou 1.181.443 unidades contra 1.361.766 de agosto. Ilídio dos Santos, Presidente da Fenauto comenta que, apesar da variação ocorrida entre agosto e setembro de 2017, o resultado importante é a evolução positiva neste ano. “Os números mostram que o resultado de 2017 se mantém positivamente estável, acima de 2016, o que nos deixa mais confiantes na recuperação gradativa das vendas.”
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O NOSSO MERCADO
Evolução das Vendas - Segmento (Só Semi-novos e Usados)
2017 Segmento
Setembro
2017 X 2016
Agosto
%
Setembro de 2017
Setembro de 2016
%
Acum 2017
Acum 2016
%
Auto
770.173
884.847
-13,0
770.173
730.990
5,4
6.837.401
6.286.671
Comercial Leve
124.815
147.045
-15,1
124.815
122.600
1,8
1.120.241
1.054.076
6,3
29.367
34.940
-16,0
29.367
29.190
0,6
262.787
253.385
3,7
242.782
278.250
-12,7
242.782
239.263
1,5
2.175.572
2.081.831
4,5
14.306
16.684
-14,3
14.306
13.452
6,3
132.441
119.495
10,8
1.361.766 -13,2
1.181.443
1.135.495
4,0 10.528.442
9.795.458
7,5
59.072
54.071
51.555
8,1
Com. Pesado Motos Outros
Total Brasil
1.181.443 59.072
59.207
-0,2
9,2
55.706
8,8
Fonte: Fenauto / Denatran
Evolução das Vendas - Região (Só Semi-novos e Usados)
2017 Setembro
Total Brasil
2017 X 2016
Agosto
%
Setembro de 2017
Setembro de 2016
%
Acum 2017
Acum 2016
%
240.237
283.379
-15,2
240.237
226.515
6,1
2.279.730
2.107.620
8,2
651.167
727.974
-10,6
651.167
626.282
4,0
5.596.744
5.137.141
8,9 4,1
81.290
106.356
-23,6
81.290
85.436
-4,9
826.243
793.719
165.963
193.242
-14,1
165.963
158.194
4,9
1.433.978
1.383.090
3,7
42.786
50.815
-15,8
42.786
39.068
9,5
391.747
373.888
4,8
1.361.766 -13,2
1.181.443
1.135.495
4,0 10.528.442
9.795.458
7,5
1.181.443
Fonte: Fenauto / Denatran
Evolução das Vendas - Tempo de Uso (Só Semi-novos e Usados)
2017 Tempo de Uso
Setembro
2017 X 2016 %
Agosto
Setembro de 2017
Setembro de 2016
%
Acum 2017
Acum 2016
%
Semi-novos (0 a 3 anos)
501.647
577.544
-13,1
501.647
428.103
17,2
4.407.062
3.618.421
21,8
Usados Jovens (4 a 8 anos)
356.156
410.829
-13,3
356.156
365.489
-2,6
3.218.179
3.216.574
0,0
Usados Maduros (9 a 12 anos)
121.534
140.302
-13,4
121.534
126.059
-3,6
1.092.686
1.090.929
0,2
Velhinhos (13 e + anos)
202.106
233.091
-13,3
202.106
215.844
-6,4
1.810.515
1.869.534
-3,2
1.361.766 -13,2
1.181.443
1.135.495
4,0 10.528.442
9.795.458
7,5
Total Brasil
1.181.443
Fonte: Fenauto / Denatran
Evolução das Vendas - Auto
Evolução das Vendas - Comerciais Leves
(Só Semi-novos e Usados)
Ranking
(Só Semi-novos e Usados)
Setembro de 2017
% s/ Total
Ranking
Setembro de 2017
% s/ Total
1
GOL
81.781
10,62
1
STRADA
22.810
18,28
2
UNO
50.702
6,58
2
SAVEIRO
18.001
14,42
3
PALIO
47.888
6,22
3
HILUX
12.725
10,20
4
FIESTA
30.168
3,92
4
S10
10.647
8,53
5
CELTA
29.431
3,82
5
MONTANA
8.374
6,71
6
CORSA
24.670
3,20
6
KOMBI
5.885
4,71
7
FOX
22.234
2,89
7
RANGER
5.509
4,41
8
SIENA
21.250
2,76
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FIORINO
4.970
3,98
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COROLLA
17.594
2,28
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L200
4.813
3,86
KA
17.450
2,27
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DOBLO
3.224
2,58
Outros
427.005
55,44
Outros
27.857
22,32
Total
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Fonte: Fenauto / Denatran
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100,00
Fonte: Fenauto / Denatran
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/ TERMÔMETRO
A FORÇA DO INTERIOR PAULISTA
P
ara alguém que nasceu em João Pessoa (PB), residiu no Ceará e Rio de Janeiro, e já conhecia boa parte das cidades desses estados, a mudança para o estado de São Paulo foi um choque. A princípio escolhi Santos para morar, mesmo tendo que trabalhar no centro da capital, São Paulo. Logo desisti pelo trânsito da serra que me faria perder muito tempo na estrada. Naquela época (1992), o trajeto levava perto de 45 minutos pela Rodovia Anchieta. Decidi, então, que moraria em uma das cidades da região de Campinas, mesmo contrariado por ter de morar longe do mar. Guiado pelo meu amigo Fernando Bonazzi, escolhi uma cidade pequena (22mil habitantes na época) e, logo percebi, que o interior de São Paulo era um outro Brasil. Lembro da minha primeira reflexão: Todos os prestadores de serviço em Vinhedo tinham seu próprio carro. Como o meu trabalho se relacionava diretamente com comércio de veículos, foi esta constatação óbvia que me remeteu a uma avaliação positiva dessa região. Daí em diante, só confirmações desta realidade. O interior do estado de São Paulo faz parte de um outro país. Sei que esta afirmação pode suscitar descontentamento de alguns leitores mais bairristas, mas lembro que sou paraibano e tenho filho cario-
ca, o que me coloca numa posição de certa neutralidade ao abordar o tema. Apenas alguns números para ajudar o amigo a refletir comigo. 36,8% da frota brasileira está registrada e trafega em estradas do Estado de São Paulo. Entre as 100 cidades mais ricas brasileiras (PIB - IBGE), 34 cidades do interior paulistano estão listadas. Notem que entre as 100 que mencionei acima, estou incluindo capitais. Alguns exemplos aleatoriamente coletados: Sorocaba, com 586mil habitantes, se coloca no número 130 entre as de melhor renda per capita. São Carlos, de 222 mil habitantes, está em número 112. Louveira, com apenas 37mil habitantes, está colocada no 94º lugar do ranking. E, para desmistificar os estatísticos que podem alegar que à medida que a população for caindo o ranking vai subindo, Vinhedo, onde moro, tem 65 mil habitantes e se coloca na posição 92 entre os 5.570 municípios listados pelo IBGE. Entre as 15 cidades brasileiras com população acima de 200 mil habitantes, o interior de São Paulo coloca “apenas” 13 como melhores cidades para se viver, sendo confrontadas apenas com Maringá e Londrina, ambas no Paraná (Fonte Macroplan). Não estou nem falando em termos de qualidade de vida que inclui número de escolas, hospitais, serviços de transporte etc. Neste
Por Enilson Sales
patamar, São Caetano (na Grande São Paulo) é a número um. E, entre as cidades de pequeno porte, nove entre dez estão no interior paulista. A exceção fica com António Prado-MG (Fonte Exame). Deixando para trás os números, que falam por si só, é inegável reconhecer a força do interior do estado de São Paulo. No comércio de veículos não é diferente. A qualidade e organização das lojas multimarcas da região são invejáveis. Produtos de boa qualidade e gestão de pós-venda (assistência aos clientes) estão em níveis bem razoáveis, comparados à média nacional. Não me arrependo nem por um segundo por ter escolhido esta região para morar, criar meus filhos e hoje ter o meu escritório sede. Mesmo sendo paraibano de nascimento, carioca por adoção (fui agraciado com o título de cidadão carioca), me rendo aos encantos e a pujança do interior paulista. Enilson Sales - Membro do Conselho da Fenauto
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/ EDUCAÇÃO
Por Cida Smidt
ESPAÇO EDUCACIONAL FENAUTO PARCERIA COM O PORTAL VIVO APRENDENDO! Aprendizagem é o processo pelo qual as pessoas adquirem conhecimento sobre seu meio ambiente e suas relações durante o próprio tempo de vida
E
ste será um espaço onde a FENAUTO oferecerá, aos seus associados e congregados, os programas de Treinamento e Desenvolvimento, com vídeos de incentivo à expansão do conhecimento, direcionados aos profissionais de mercado, possibilitando seu crescimento pessoal e profissional. Buscamos treinamentos/atualizações constantes através da parceria com o Portal VivoAprendendo. O Espaço Educacional FENAUTO tem foco em temas relevantes para o mercado automotivo de seminovos. Revista
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EDUCAÇÃO
Assim, são disponibilizados diversos temas em vídeos como: Vendas, Gestão, Pessoas, Negócios etc. Tudo isso para contribuir para a profissionalização deste setor. Esperamos, com esse espaço, elevar o nível de conhecimento dos profissionais do mercado de lojistas de automóveis, formando um amplo centro de desenvolvimento. Este é o Espaço Educacional FENAUTO – VivoAprendendo. O objetivo é expandir o conhecimento e criar um link de relacionamento entre a FENAUTO e seus associados, através de Treinamentos e Desenvolvimento. Vamos disponibilizar aos associados acesso a um conteúdo de qualidade, inovador e acessível, com uma linguagem simples e direta, moldada para atender este público.
A ideia é que possam acessar mais um braço de educação de qualidade, através do portal VivoAprendendo. Convidamos você a acessar o site, através do Portal FENAUTO, e de sua Associação local, e solicitar sua inscrição para que seja disponibilizado o acesso. E você, lojista, conheça e comece a utilizar os vídeos para treinar sua equipe! Espaço Educacional FENAUTO & VivoAprendendo. Uma parceria de sucesso. APROVEITE!! Cida Smidt - Especialista em Business & Life Coaching e parceira da Fenauto.
Para colocar no ar este projeto, estamos com uma parceria estratégica com o Portal VivoAprendendo, empresa especializada em plataformas educacionais, e que será responsável pela plataforma do espaço para a educação continuada – Educação a distância – EAD.
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/ OPINIÃO
PELO DIRETO DE DIRIGIR EMBRIAGADO!
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m artigo assinado pelo escritor estadunidense Lew Rockwell, do Instituto Mises (Speaking of Liberty - Falando de Liberdade), traz uma discussão para lá de polêmica sobre a liberdade individual, que estaria sendo castrada pelo Estado ao proibir o motorista de dirigir após ingerir bebida alcoólica.
não deveria haver perseguição a motoristas que ingeriram bebida alcoólica, já quem nem por isso eles automaticamente passam a ser um perigo. Compara a perseguição a motoristas à perseguição racial, porque esta última apenas sugere que a polícia está mais vigilante, e não que ela esteja necessariamente criminalizando toda uma raça.
O autor alega que a maioria dos acidentes relacionados à direção embriagada, envolve réus contumazes com alto nível de álcool no sangue e não com os índices mínimos que a legislação considera passível de punição. E que o que está sendo criminalizado não é a falta de perícia ao volante, não é a destruição da propriedade, não é o extermínio de uma vida humana. O que está sendo criminalizado é a pessoa ter uma substância errada no seu sangue. Mas é possível ter essa substância no seu sangue, mesmo ao dirigir, e não cometer um crime.
Alega que o que está sendo criminalizado não é a probabilidade de a pessoa se envolver em um acidente, mas, sim, a questão do teor de álcool no sangue. “Um motorista bêbado é humilhado e destruído mesmo quando ele não cometeu dano algum.”.
Ele alega que a lei deveria lidar apenas com ações e somente na medida em que estas causarem danos a pessoas ou à propriedade. Compara a lei seca com a perseguição racial: uma pessoa não deveria ser perseguida somente porque alguns grupos demográficos apresentam uma taxa de criminalidade maior do que outros. Da mesma forma,
Na defesa do uso da bebida alcoólica na direção, Lew Rockwell vai além: diz que algumas pessoas dirigem mais seguramente após alguns drinques, precisamente pelo fato de elas saberem que seu tempo de reação foi diminuído e que, por isso, elas devem prestar mais atenção na segurança. Esse argumento tem respaldo na comprovação de que o motorista toma mais cuidado ao dirigir em situações de perigo, como em locais que não conhece, em ruas mal iluminadas, estradas sinuosas ou em dia de chuva. De fato, pesquisas indicam que os maiores acidentes ocorrem em pista plana, na reta, em dia de sol e pista seca, situações que – pela confiança
Por Joel Leite
- induz motoristas a abusar da velocidade. “Todos nós conhecemos pessoas que têm uma incrível capacidade de dirigir perfeitamente bem mesmo após estarem alcoolizadas. Elas deveriam ser liberadas das forças da lei, e só serem punidas caso de fato fizessem algo errado”, considera o autor. Rockwell finaliza dizendo que a direção alcoolizada deveria ser penalizada. “E, por favor, não diga que ficou ofendido com minha insensibilidade porque sua mãe foi morta por um motorista bêbado. Qualquer pessoa responsável pela morte de uma outra deve responder por homicídio culposo ou assassinato, e deve ser punida de acordo. Mas é incorreto punir um assassino não por causa do seu crime, mas por causa de alguma consideração biológica. É como dizer que o atropelador deve ser condenado, pois tinha cabelo vermelho.” A discussão está lançada! Joel Silveira Leite é jornalista. Diretor da Agência AutoInforme, responde pelos sites AutoInforme e EcoInforme. Apresenta o Boletim AutoInforme nas rádios Bandeirantes, Band News e Sulamérica Trânsito.
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Não precisa de gênio: para quem quer aumentar o lucro, o segredo é vender consórcio. Sua revenda de seminovos e usados ganha na comercialização da cota e do veículo. Também lucra com a venda de outros produtos e serviços e aumenta a fidelidade dos clientes. Mais de seis milhões de consumidores escolheram o consórcio para comprar veículos.
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O CONSÓRCIO EM SÃO PAULO E NO BRASIL
O
desenvolvimento econômico do país passa pela interiorização dos negócios comerciais, industriais e de prestação de serviços e, nos consórcios, não é diferente. Presente em quase todos os municípios brasileiros, o Sistema de Consórcios, de forma capilar, chega aos rincões mais distantes. Essa modalidade de autofinanciamento, que nasceu há 55 anos, conta com quase sete milhões de participantes ativos nos setores de veículos automotores como automóveis, caminhões, ônibus, tratores, implementos rodoviários e agrícolas, motocicletas, bem como nos de imóveis, serviços e eletroeletrônicos e outros bens duráveis e está presente em todo o estado de São Paulo, por meio de administradoras independentes, ligadas a conglomerados financeiros, fabricantes, montadoras e concessionárias de veículos automotores, comércio varejista, seguradoras e cooperativas. Recente divulgação do primeiro trimestre deste ano pelo Banco Central do Brasil mostrou que, por exemplo, a potencial participação dos consórcios nas vendas de veículos leves (automóveis, utilitários e camionetas), em São Paulo, foi de 33%, acima da média nacional de 32,4% e da regional Sudeste de 28,2%, correspondendo a um veículo a cada três comercializados. Também em veículos pesados, a potencialidade das contemplações em relação ao total de caminhões comercializados foi alta. Foram 64,8% no estado de São Paulo contra 57,7% da região Sudeste, enquanto a média nacional esteve em 72,9%. Trata-se de pouco mais de seis veículos a cada dez vendidos. Outro dado importante, com presença muito forte no interior paulista, é a venda de motocicletas, seja para uso profissional ou lazer. A potencial participação dos consórcios nas vendas chega a 37,6% no estado, em relação aos 45,7% da região Sudeste aos 67% da média nacional. Algo como quase quatro motos a cada
dez vendidas em São Paulo. A crescente comercialização de novas cotas de consórcio, apesar das dificuldades enfrentadas com a crise econômica e com as turbulências políticas, é atestado de que o consumidor está atento à gestão de suas finanças pessoais. Ao praticar a essência da educação financeira e ao utilizar o consórcio como autêntico instrumento de planejamento financeiro para realização de seus objetivos pessoais, profissionais e empresariais, tem como filosofia a cidadania financeira.
O Sistema de Consórcios no primeiro trimestre
O balanço do primeiro semestre do Sistema de Consórcios apresentou alta de 8,4% nas vendas de novas cotas sobre o mesmo período do ano passado. O total acumulado atingiu 1,100 milhão de adesões contra 1,015 milhão registradas em 2016. Os correspondentes créditos comercializados somaram R$ 43,92 bilhões (jan-jun/2017), 23,7% acima dos R$ 35,51 bilhões contabilizados anteriormente (jan-jun/2016). O tíquete médio de R$ 40,5 mil apontado em junho, foi 7,1% mais que os R$ 37,8 mil daquele mês em 2016, sendo um dos fatores do grande avanço observado nos negócios consorciais. A exemplo do ocorrido desde o início do ano, a entrada de novos consorciados voltou a mostrar aumento em cinco dos seis setores nos quais a modalidade está presente: veículos automotores leves e pesados, imóveis, serviços e eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis. O maior registro ficou com serviços, que manteve a liderança, com alta de 107,5%. Na sequência vieram eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis com 26,6%; veículos leves com 20,5%; veículos pesados com 10,4% e imóveis com 8,7%. Somente o setor de motocicletas manteve percentual negativo de – 5,3%, decrescente mês a mês desde março, sinalizando recuperação nos últimos quatro meses.
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A FORÇA DO INTERIOR DE
SÃO PAULO O Estado de São Paulo tem um território do tamanho do Reino Unido e uma população maior que a da Austrália (24 milhões de habitantes) ou mesmo do Canadá (36 milhões de habitantes). Mesmo sendo apenas uma parte do nosso imenso país, esse Estado abriga o maior mercado consumidor do Brasil graças ao nível socioeconômico da população, que possui renda per capita quase 50% maior do que a média nacional, possibilitando o acesso aos mais sofisticados bens de consumo. Um estudo do Índice de Potencial de Consumo (IPC Marketing), revelou que a população do Estado de
São Paulo concentrava, em 2016, cerca de R$ 1 trilhão em potencial de consumo. Esse número representava, na época, mais de 27% do potencial de consumo dos brasileiros. Um terço do comércio brasileiro encontra-se nesse Estado, concentrando uma receita bruta anual de mais de R$ 1 trilhão, congregando 28,7% dos estabelecimentos e 29,1% do pessoal ocupado no País. O varejo ainda é o principal segmento do comércio do Estado, com 49,7% de sua margem de comercialização. Em seguida vêm o atacado e o grupo que agrega o comércio de veículos, peças e
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motocicletas, conforme dados de 2014, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE - 2014). Com mais de 515 mil estabelecimentos, o setor comercial paulista emprega 3 milhões de pessoas, que recebem por volta de R$ 67 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. O comércio varejista é o maior empregador, com 72,7% das pessoas ocupadas. O interior de São Paulo, como uma gigantesca engrenagem que faz girar a economia, é o principal parque automobilístico brasileiro, chegando a ter metade da produção nacional de automóveis no seu território. É neste Estado, também, que se concentra mais de um terço da frota de veículos de todo o país, com 36,8% do total. Na área do comércio de veículos, peças e motocicletas, o Estado participa com 7,0% da margem de comercialização e 8,1% do pessoal ocupado do Estado no comércio.(*) Essa região já conquistou, há tempos, o posto de maior mercado consumidor do país e, uma prova dessa pujança que se fortalece cada vez mais, é a presença e participação de novas Associações Regionais junto à FENAUTO. Somente em 2017 a Federação recebeu em sua composição Associações que congregam lojistas das regiões do Vale do Paraíba, Campinas, Jundiaí, São José do Rio Preto e Baixada Santista. Felipe Lobo, que atua por praticamente todo a região do Vale do Paraíba, reconhece que a área atravessada por rodovias importantes como Dutra, Ayrton Senna etc, é um dos melhores mercados do país. Para ele, “devido à grande concentração de indústrias na região, nos transformamos em uma área com renda per capita bem acima da média. Isso faz aquecer o mercado de veículos além de, também, termos as principais fabricantes de veículos nessa região.” O potencial do Vale do Paraíba é enorme considerando que é com-
posto por 39 cidades. Dessas, Felipe leva as novidades da FENAUTO a lojistas das 9 principais delas com maior expressão no mercado. Ecio Costa, representando a ALVA – Associação dos Lojistas de Veículos Automotores do Noroeste Paulista, que esteve presente pela primeira vez na 54º Convenção da FENAUTO, também concorda com o argumento que mostra o interior do Estado de São Paulo como um imenso mercado consumidor em potencial. Congregando cidades como Catanduva, Jales, Fernandópolis, Votuporanga, Olímpia, José Bonifácio, todas com mais de 25.000 habitantes, ele é incisivo ao dizer “a nossa região também, como um todo, é sim uma das melhores do Estado.” Na região mais próxima da Capital, encontramos duas importantes Associações também com intensa atuação junto aos lojistas. A ARVEC – Associação dos Revendedores de Veículos de Campinas e Região e a ARVIESP – Associação dos Revendedores de Veículos do Interior do Estado de São Paulo. Para o presidente da ARVEC - Luiz Carlos Mendonça – “é inegável a importância e potencial da nossa região. Uma conta simples comprova isto já que a ARVEC atua na RMC (Região Metropolitana de Campinas), e essa região responde pela metade do PIB (Produto Interno Bruto) do Estado e tem uma das maiores rendas per capita do Brasil. Os números dessa área impressionam pois somente a RMC é composta por 20 municípios e conta com 3.200.000 de habitantes.” Já Luiz Antônio Januário de Oliveira, presidente da ARVIESP, ressalta pontos positivos da região do interior do Estado de São Paulo que colaboram para essa pujança em vários segmentos. “Com certeza somos um dos mais importantes mercados em termos de potencial. Nossa Associação está baseada em Jundiai, um importante polo industrial, comercial e
de serviços. Nossa região é constituída por 11 cidades do entorno e temos a facilidade de estarmos bem próximos da Capital. Todas as cidades das redondezas têm quase que as mesmas características. Por isso temos uma preocupação em manter todas elas atualizadas mensalmente com os dados de mercado recebido da FENAUTO, pois entendemos que é o primeiro item para tomada de decisão no nosso negócio.” A região conhecida como Baixada Santista compreende, também um dos mais promissores mercados consumidores. A região é composta por 9 cidades (Bertioga, Guarujá, Cubatão, Santos, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe), com aproximadamente 2 milhões de habitantes. É nessa região que vem atuando Matheus Munhoz Garcia, sócio proprietário da Laerte Automóveis Praia Grande instalada na cidade de Praia Grande desde 1980. Matheus busca arregimentar o maior número possível de lojistas para estabelecer e formalizar uma Associação local para representar e defender os interesses da categoria. “Estou muito feliz pela FENAUTO ter aberto suas portas, dando oportunidade para as cidades da Baixada Santista participarem da Federação, agregando ainda mais valor ao grupo de Associações que já existem no Estado de São Paulo”, confessa o profissional. Matheus, que já vem mantendo um contato mais intenso com a FENAUTO, e recebido o apoio para realizar esse objetivo, diz ter “como meta atingir o maior número possível de revendedores com o mesmo propósito de União e Força defendido pela entidade, através do associativismo.
Um potencial enorme a ser explorado
Embora o consumo no Brasil esteja
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ainda desaquecido, estudos revelam que o país está se recuperando lentamente e deve voltar aos eixos em breve, com a melhora das intenções dos consumidores. E, neste cenário, o mercado de veículos seminovos tem um destaque especial. Os números registrados em julho, mostram que o Estado comercializou 396.844 veículos, um aumento de 2,4% em relação a junho. O total acumulado nos primeiros sete meses do ano mostrou um crescimento de 11,3% em relação ao mesmo período de 2016. Foram 2.568.910 veículos comer-
cializados contra 2.308.097 no ano passado. Esse imenso potencial de negócios já foi percebido pelas Associações Regionais e vem sendo explorado intensamente. Estimativas da ARVEC mostram que a frota de região onde ela atua é de cerca de 1.400.000 automóveis, ou seja, uma média de 2,25 habitantes por carro. É a maior proporção entre habitantes e carros do Estado. Pelos cálculos da entidade, são vendidos perto de 35 mil veiculos seminovos e usados! Destacam-se nessa região as cida-
des de Campinas, Americana, Indaiatuba, Sumaré, Santa Barbara e Valinhos, que respondem por 80% do volume da região. Luiz Carlos Mendonça afirma que “nesse primeiro semestre de 2017 nós, lojistas, aproveitamos bem a maior aceitação, por parte do consumidor, dos veículos usados. Não podemos reclamar”. Mas apesar do otimismo, ele ressalta que “o momento econômico nos deixa apreensivos com relação ao que virá e, por isso, temos que estar precavidos. Felipe Lobo também faz contas com relação à região do Vale do Paraíba. Segundo ele, “de todas as cidades, São José dos Campos e Taubaté se destacam pelo volume de carros vendidos, já que, juntas, vendem mais de 10 mil carros por mês. Cruzando esse total com o número de habitantes de cada cidade, temos Taubaté que, mesmo tendo uma população menor, possui, proporcionalmente, um resultado melhor do que São José. As vendas de carros estão muito aquecidas na região, chegando a faltar mercadoria para a reposição”, confirma o executivo. Além dessas duas cidades, ele cita como principais cidades onde a atividade de comércio de seminovos e usados se destaca, os municípios de Cruzeiro, Lorena, Guaratinguetá, Aparecida do Norte, Pindamonhangaba, Caçapava e Jacareí. Para o presidente da ARVIESP, Luiz Antônio Januário de Oliveira, o universo de potenciais consumidores do interior atrai muito. “Como em todo o pais o potencial existe. Porém, ele é regido pelo crédito e taxas de juros. Em visitas às revendas, muitos lojistas relatam que de cada 10 proposta encaminhadas, somente 2 são aprovadas. Apesar do baixo número de aprovações, isso é um indicador de uma procura maior de consumidores pelo nosso produto.” Em relação às principais cidades que se destacam nessa atividade,
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Luiz cita Jundiai, Atibaia, Bragança Paulista, além de algumas lojas em Bauru, região em que esse mercado também é muito forte. Matheus mostra que a região da Baixada Santista teve um crescimento populacional, em apenas um ano, de 0,92% na quantidade de habitantes, segundo dados divulgados pelo (IBGE), sendo o município de Praia Grande, no litoral sul de São Paulo, um dos que mais cresce. Para ele, o comércio de veículos seminovos e usados vem acompanhando o crescimento das cidades da Baixada, em relação ao interior do Estado de São Paulo. Baseado nos informes da B3, houve um aumento nas vendas entre 10% a 12%, quando comparadas com o mesmo período do ano passado. No último semestre, só na Baixada Santista, o volume médio de empréstimos chegou à marca de R$ 53 milhões pelas instituições financeiras que atuam no setor.”
Existem diferenciais entre as regiões?
Embora o Estado seja um grande bloco sólido em termos econômicos, alguma característica especial pode existir em determinadas regiões, comparando-se com as demais, favorecendo, assim, o desempenho das vendas de veículos
seminovos e usados? Ecio Costa não acredita que esse tipo de condição possa influenciar nas vendas. Para ele, sua própria região “não é diferenciada não e sim bem caracterizada pelos parâmetros que regem o nosso pais. Aqui temos um mês melhor e outro pior nas vendas, mas assim vamos trabalhando.” Para Matheus Munhoz a situação atual ainda está indefinida, mas “mesmo com o país enfrentando problemas na sua administração, a Baixada Santista vive um momento de crescimento nas vendas de automóveis e também em vários outros setores que atuam em sua esfera. Temos também bons resultados fortes em toda essa região, como o turismo e o comércio central. Nesse aspecto, as cidades que mais se destacam são as de Santos, por ser a mais populosa, e
Praia Grande, com uma explosão no crescimento. A característica principal da região são as vendas de carros modelos populares e utilitários de pequeno porte.” Já Felipe Lobo ressalta que o Vale do Paraíba tem sim um diferencial importante ligado a um tipo de comportamento já percebido pelos lojistas. “É bem cultural nessas cidades a venda de veículos em feirões. São esses eventos que aquecem o mercado e fazem a máquina girar, já que investem fortemente em publicidade em mídias diversas como rádio, TV, digitais etc. Agindo dessa forma, saímos da nossa zona de conforto e estamos sempre indo atrás do cliente.” Para a ARVIESP, “Jundiai é, com certeza, a cidade que mais obtém resultados na venda de seminovos. Credito essa vantagem por estarmos muito próximos de São Paulo e Campinas. Esses dois municípios também apresentam as vendas de seminovos e usados aquecidas em nossa região.” Na visão da ARVEC, “um dos diferenciais que temos aqui é a quantidade de indústrias de peso instaladas nessa região. A proximidade com a capital e a malha rodoviária atrai cada vez mais indústrias. Com isso, a cidade de Campinas tem desempenho de cidade grande sem perder o jeito e os benefícios de interior, o que é muito bom!” (*) Fonte: Investe São Paulo – Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Produtividade. http://www.investe.sp.gov.br/ Revista
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/CONGRESSO
A BV ESTÁ COM VOCÊ EM CADA
novo negócio
Há mais de 20 anos, construímos relações de parceria, evoluímos e nos adaptamos para ser do tamanho dos objetivos dos nossos parceiros e clientes.
Entender os objetivos de cada cliente nos colocou entre os líderes no mercado de financiamento de veículos.
Essa bagagem nos permite enxergar as necessidades de cada um dos nossos mais de 16 mil parceiros.
Seguiremos assim, fortalecendo nossa parceria a cada negócio.
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BV FINANCEIRA OFERECE OPORTUNIDADE PARA OBTENÇÃO DE CAPITAL DE GIRO.
A
s vendas de mais de 7,9 milhões de veículos usados nos sete primeiros meses do ano representaram um aumento de 8% na comparação com o mesmo período de 2016, segundo dados da Fenauto. Apenas no mês de julho, foram comercializadas mais de 1,25 milhão de unidades, representando uma alta de 3,2% em relação ao desempenho de junho. Com a previsão de que esse ritmo de negócios deva se manter nos próximos meses, os lojistas precisam de alternativas para obtenção de capital de giro para a composição de estoque. Para potencializar a geração de negócios com os parceiros lojistas, a BV oferece o Crédito com Imóvel em Garantia BV, uma nova modalidade do financiamento que usa o imóvel próprio como garantia, com taxa pós-fixada. Conhecida no mercado como Home Equity, a linha tem taxas de juros atrativas e possibilita prazo de pagamento mais longo, podendo se estender até 240 meses (20 anos). A modalidade oferece crédito com juros extremante atrativos e as melhores condições do mercado*. O valor do crédito tomado pelo lojista é para uso livre, não sendo necessário apresentar plano de negócios (para empreendedores) ou justificar finalidade, e está limitado a 60% do valor avaliado do imóvel e ao comprometimento de renda bruta de 30%. O imóvel a ser utilizado como garantia pode ser novo ou usado, localizado em qualquer Estado do país, desde que esteja em nome da
pessoa física, regularizado, quitado e tenha escritura definitiva. A BV mantém ainda a opção do Crédito com Imóvel em Garantia BV com taxas pré-fixadas e prazo de pagamento de até 120 meses (10 anos). De acordo com o superintendente executivo do Canal Veículos, Celso Luiz Rocha, a aceitação do Crédito com Imóvel em Garantia BV pelos lojistas foi imediata e atendeu plenamente uma demanda que eles tinham. “Imaginávamos que o produto, que passou a oferecer a taxa pós-fixada há pouco tempo, tinha condição de atender as necessidades dos nossos parceiros. Mas não podíamos prever que a procura seria tão boa quanto a que estamos registrando agora”, disse Rocha. Segundo ele, os lojistas perceberam que se tratava de uma linha de financiamento com taxas diferenciadas porque o risco embutido é baixo. Rocha acredita ainda que, mesmo com uma aceleração da economia e consequente aceleração das vendas de veículos, o Crédito com Imóvel em Garantia BV vai continuar apresentando crescimento nas liberações de recursos. “Para quem tem um imóvel, não existe linha de financiamento mais barata do que essa. O lojista capta o dinheiro com juro baixo, garante seu estoque e consegue vender o veículo com uma taxa maior do que aquela que usou para se capitalizar. É simples e uma ótima oportunidade para nossos parceiros. ” *Condições sujeitas a análise de crédito, análise jurídica e a avaliação do imóvel.
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/ASSOCIAÇÃO EM AÇÃO
SINDIVEL MOSTRA SUAS AÇÕES
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rosseguindo com a nossa série de reportagens enfocando as ações que vêm desenvolvendo pelas diversas Associações Regionais filiadas à FENAUTO, enfocamos, nesta edição o Sindivel - Sindicato dos Revendedores de Veículos
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Automotores do Estado do Ceará. Em entrevista à Revista, seu presidente Roberto Jorge Teixeira descreveu uma série de ações que a entidade vem desenvolvendo para auxiliar o dia a dia dos lojistas, oferecendo apoio e suporte para suas atividades.
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ASSOCIAÇÃO EM AÇÃO
Entre as principais frentes de trabalho da Associação, pode-se destacar: Filiação do Sindivel junto à Fecomércio. Com essa nova parceria, a entidade obteve benefícios tanto para o sindicato como também para os associados. Veja o que foi conseguido nesse trabalho: a) Acesso dos associados do Sindivel a todos os benefícios firmados em convênios da Federação, tais como: telefonia móvel, certificação digital, planos de saúde, ensino e cartões corporativos;
b) Atividades sociais, esportivas, recreativas e culturais por meio do SESC aos funcionários/colaboradores das lojas;
c) Assessoria em gestão institucional dos sindicatos filiados; d) Assessoria Jurídica e contábil para os sindicatos associados; e) Acesso às estatísticas e análises do comércio no Ceará por meio do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio – IPDC;
f) Gestão da cobrança sindical anual.
Criação da Câmara Setorial Automotiva – CS Automotiva. A CS Automotiva foi criada através de sugestão do Sindivel à Agência de Desenvolvimento de Desenvolvimento do Estado do Ceará – Adece – com o objetivo de congregar todas as entidades representativas do setor automotivo e entidades governamentais com as quais o setor se relaciona para que em conjunto identifiquem potencialidades e oportunidades com vistas ao desenvolvimento da cadeia. A CS AUTOMOTIVA é constituída por representantes do Sindivel, Fenabrave, Sincodiv, Sincopeças/Assopeças, Assohonda, Sefaz-Ce, Assembleia Legislativa, Câmara Municipal, Detran, Autarquia Municipal de Trânsito e outras. As demandas do setor contam com apoio da Secretaria de Desenvolvimento do estado do Ceará e da ADECE.
nhas dos veículos de comunicação. Realização de palestras de interesse do segmento, direcionadas, aos lojistas. O mais recente evento dessa natureza abordou a implementação do Renave, proferida por Elis Siqueira, do Conselho da FENAUTO. Anteriormente a essa palestra, o Sindicato realizou uma apresentação sobre aplicativo desenvolvido pelo Santander, tendo como facilitador Enilson Sales, também do Conselho da FENAUTO. Por fim, mas não menos importante, o presidente do Sindivel destaca o oferecimento de uma Assessoria jurídica e de advogado gratuito na defesa de ações judiciais contra as revendas associadas.
Convênio com os jornais O Povo e Diário do Nordeste. Os associados/filiados ao Sindivel têm descontos na compra de páginas e li-
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/GESTAUTO
NOVO CONCEITO EM VENDER SEMINOVOS COM 1 ANO DE GARANTIA GANHA ESPAÇO NO MERCADO NACIONAL Felipe Pretto Muraski, CEO da empresa Gestauto Brasil e Gestor de Garantia Mecânica, recebeu a Revista Fenauto para falar um pouco mais sobre esse novo conceito que lojistas estão adquirindo Revista FENAUTO – Qual é a vantagem para quem oferece esse conceito nas VENDAS? Felipe Pretto Muraski – Certamente vai diferenciar-se da concorrência, ofertando um carro com maior segurança, gerando maior credibilidade com o consumidor, fomentando mais vendas, melhorando a margem na negociação e ainda reduzindo os riscos e despesas de pós-venda. Revista FENAUTO – O consumidor de hoje está mais exigente? Felipe Pretto Muraski - Sim, está acontecendo uma mudança radical no mercado, o consumidor está cada vez mais sabendo dos seus direitos. O fácil acesso às informações faz com que ele avalie melhor as propostas. Muitas vezes o consumidor sabe até mais do que o próprio vendedor, e quem não estiver preparado vai ficar fora do mercado. Revista FENAUTO – Comprei meu carro com Garantia de 1 ano, se es-
tragar terei que voltar à loja onde comprei? Felipe Pretto Muraski – Um dos benefícios da garantia que oferecemos é justamente fazer com que o consumidor não entre mais em contato com a revenda e sim diretamente com a Gestauto Brasil, o atendimento é por meio do 0800 em mecânicas referenciadas em todo o Brasil, lembrando que, para isso, é necessário implantar um conceito na revenda, desde a entrega técnica do manual de garantia, e ter uma equipe bem treinada e preparada para instruir o consumidor a contatar a garantia. Revista FENAUTO – A loja tem vínculo com o cliente durante o período da garantia? Felipe Pretto Muraski – Não, porém a garantia não isenta a responsabilidade do vendedor 100%, portanto, se ocorrer algum problema no veículo nos primeiros 90 dias que não esteja coberto pela garantia contratada, a responsabilidade de consertar ou não continua
sendo da revenda. Nesses casos oferecemos uma gestão de garantia, agindo em nome e por conta do vendedor para solucionar o problema. Após os 90 dias, a responsabilidade da garantia é somente da Gestauto Brasil, conforme cobertura contratada. Revista FENAUTO – E para uma revenda com baixo índice de quebra, vale a pena oferecer a garantia de 1 ano nos carros? Felipe Pretto Muraski – Sim, maior é a garantia, maior são os benefícios para o consumidor. Quando uma loja oferece garantia de 1 ano com assistência em todo o Brasil, ela está certificando ainda mais que o carro que está vendendo é bom, tem procedência e, por esse motivo, tem 1 ano de garantia, enquanto a concorrência oferece somente 3 meses e assistência dentro da revenda. Quer saber mais? Acesse o site: felipeprettomuraski.com.br
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/BANCO PAN
UM PARCEIRO DE TODAS AS HORAS O banco PAN sempre foi um parceiro fiel da FENAUTO desde os primeiros tempos. E agora, com a realização de mais uma edição do nosso Congresso, a presença da empresa no mesmo não poderia faltar.
Para falar um pouco mais sobre essa duradoura e proveitosa parceria, a Revista FENAUTO conversou com Wilson José Assis Diniz, Superintendente de Veículos do Pan. Acompanhe: Revista FENAUTO: O Pan sempre se revelou um parceiro inseparável da FENAUTO. Quais as razões para acreditar nessa parceria durante tantos anos? Wilson Diniz: O banco PAN acredita no associativismo como o caminho mais rápido e seguro para a profissionalização e a evolução dos profissionais do mercado, além de fortalecer a classe e aumentar a representatividade junto à sociedade e aos órgãos reguladores. Por este motivo é que reforçamos sempre nosso apoio à FENAUTO. Revista FENAUTO: O Pan vem
apoiando, também as edições do Congresso Fenauto. O que leva sua entidade a apoiar essa iniciativa? Wilson Diniz: A cada dia que passa a tecnologia tem ocupado um espaço maior no nosso modelo de negócio. O cliente tem se mostrado mais exigente no que se refere à qualidade do atendimento do crédito, contemplando desde de a rapidez na decisão do crédito até as garantias oferecidas para os produtos vendidos. Fugir disso, seja porque não queremos aceitar a evolução tecnológica, seja porque deu certo até hoje ou simplesmente porque não queremos nos atualizar, não é inteligente. E é aí que o Congresso FENAUTO é decisivo para o empresário, pois aborda, de uma forma clara e objetiva, nas palestras e durante as visitas aos expositores, a melhor forma
de se inserir nesse novo contexto, necessário e determinante para a continuidade do negócio. O PAN hoje é um banco voltado exclusivamente para o financiamento do consumo. Por isso, contribuir e atuar juntamente com a Federação na busca de melhorias para o mercado faz parte da nossa estratégia de atuação. Nós entendemos que o congresso é um momento ímpar para o empresário do setor, porque possibilita uma integração entre os participantes, oferece acesso a novos conhecimentos, abre possibilidades de novas parcerias, expõe e debate as mudanças ocorridas ao longo do ano e, acima de tudo, ensina a melhor maneira de transformar e rentabilizar o negócio. Revista FENAUTO: Durante esses anos de parceria, como o Pan enxerga a evolução do Congresso FENAUTO? Wilson Diniz: O Congresso é também uma excelente oportunidade para o banco PAN reforçar o compromisso com os revendedores de veículos e demonstrar para todo o mercado que continua firme e forte na estratégia de crescimento e de consolidação da marca. E é com grande satisfação que verificamos a evolução do Congresso FENAUTO ano após ano, sempre com grande profissionalismo, refletido em confiabilidade, informação e conhecimento para todos os participantes. Quem participa, com certeza volta! O executivo finaliza a entrevista deixando o recado de que “nós, do PAN, gostaríamos de parabenizar os organizadores desse evento e reafirmar o nosso compromisso com a classe. Podem estar certos de que o banco PAN não medirá esforços para continuar, juntamente com a FENAUTO, buscando soluções para que possamos continuar a crescer juntos neste concorrido mercado, conquistando a admiração e o respeito de todos. Juntos iremos longe!” Revista
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CRESCE PROCURA POR SEMINOVOS BLINDADOS
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Brasil vem registrando, nos últimos anos, um aquecimento incomum em uma categoria de veículos seminovos. O mercado parece muito interessado em possuir, agora, um bem que, até pouco tempo atrás era inacessível para boa parte da população: um veículo blindado. É por isso que, logi-
camente, a procura por seminovos blindados, por oferecerem um custo-benefício muito mais atraente, tem aumentado consideravelmente. Para sabermos um pouco mais desse mercado em ascensão, procuramos um especialista no assunto: Luiz Augusto Verrone Federico, sócio proprietário da Eleven 0km &
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Blindados, em São Paulo. A Eleven é uma revenda de veículos 0km e seminovos, com ou sem Blindagem que, nesse setor, atua tanto para blindagens novas como na manutenção das já existentes. Luiz Augusto confirma que a procura por seminovos blindados vem aumentando de alguns anos para cá. Para ele, “sim, isso é uma realidade, hoje em dia a blindagem é muito mais leve do que era a alguns anos atrás (em torno de 200 quilos
nos sedans médios), não ficando tão agressiva como era antigamente. Agora, uma das principais razões que levam cada vez mais os consumidores a buscarem um veículo blindado seminovo é o custo, que cai consideravelmente se comparado a serviço feito em um veículo zero. Fora o custo, a razão pela procura é a segurança, pois a maioria de nossos clientes relata que estão comprando um blindado porque passaram recentemente por algum tipo de risco pessoal”.
Vidro blindado atingido por bala de revólver.
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Muitas dúvidas de como se deve proceder para a transformação de um veículo normal em um blindado ainda existem. Luiz Augusto esclarece que, a transformação do veículo se dá por completo, onde ele é totalmente desmontado para a colocação da blindagem. A recomendação dele é que se usem os modelos de maior potência, para absorver melhor o peso extra da blindagem. O custo, para o profissional, deixou de ser um empecilho para essa transformação. Segundo ele, “os custos hoje para uma blindagem estão muito mais acessíveis. Até pouco tempo atrás, a blindagem de um sedan médio girava em torno de 60 mil dólares. Já, hoje, o custo para a mesma blindagem, fica em torno de 45 a 50 mil reais. Ou seja, uma diferença significativa a menor”, completa. A transformação de um veículo normal em um blindado leva, em
média 30 dias, pois os principais pontos que são alterados são os vidros. “Eles passam a ter 21mm, na blindagem Nível 3 A, por exemplo, a mais usada nas blindagens por suportar até 5 disparos de uma arma potente como a Magno 44. Vale lembrar que o veículo blinda-
do recebe aço nas colunas e mantas nas partes internas das portas e em toda a sua extensão, aumentando seu peso original e a partir disso o veículo recebe também molas especiais para poder suportar sem dificuldades o peso alterado”, lembra Augusto.
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/LOJISTA EM DESTAQUE
LÍDERES EM SERGIPE vela com a maior naturalidade. É claro que nesses anos todos nem sempre eles puderam encontrar um céu de brigadeiro, como diz o ditado para definir tempos tranquilos nos negócios. Hoje, a revenda também sente as dificuldades da economia, mas isso não faz ninguém desanimar na loja. O lojista confessa que “como em todo segmento da economia, atualmente as coisas não estão fáceis, mas, a cada dia, vamos melhorando o atendimento, investindo em mídias sociais e procurando alternativas criativas”.
Antônio Fernandes Dorea de Carvalho é casado, tem filhas e, logicamente, é dono de uma revenda de automóveis em Sergipe.
A
BRM Veículos é uma loja que se orgulha de ser líder nesse segmento na cidade e credita esse sucesso a muito esforço e dedicação, não só de seu dono, mas de toda a equipe que batalha muito para tornar possível os sonhos dos clientes que vão até lá em busca de um veículo seminovo. Dorea está no ramo há 23 anos e declara abertamente sua paixão por carros. “Foi essa paixão que me motivou a abrir a loja e a continuar nesse mercado até hoje”, re-
A procura constante por soluções inovadoras, conceitos diferenciados e alternativas viáveis com certeza é a chave que levou a revenda ao patamar que conquistou. “Hoje somos líderes de mercado em Sergipe com inovações. Estendemos nossa garantia para um ano, investimos em cursos para vendedores e oferecemos um comissionamento diferenciado do concorrente”, revela o proprietário da BRM Veículos. E quando alguém pergunta a Dorea se ele pode dar alguma dica ou sugestões aos colegas lojistas, para terem sucesso em suas vendas e negócios, ele desconversa. Mas, também faz questão de ressaltar que só o trabalho intenso, aliado a ideias criativas e persistência são as melhores receitas para quem deseja alcançar o sucesso, seja para quem for. Revista
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/PORTA LUVAS
P DANDO ASAS AOS SONHOS Fernando Vilela, um lojista de sucesso em Brasília, confessa que sempre teve paixão por carros.
ara ele, é “fácil se render ao fascínio que as máquinas exercem. Quem não deseja aquele carro dos sonhos na garagem? E poder participar destas conquistas das famílias é muito gratificante. É um trabalho que requer dedicação e entusiasmo, mas no fim, vale o esforço.” Como personagem desta seção, Fernando conta sua trajetória no mercado de veículos seminovos, ao mesmo tempo em que vivencia um sonho particular. “Eu comecei no ramo de automóveis em 1992, logo depois de deixar o Rio de Janeiro para montar a FCAR VEÍCULOS na avenida W3 Norte, na época, conhecida como a rua de revendedoras de carros de Brasília. Foi nesse segmento que encontrei a oportunidade de desenvolver a minha empresa, um sonho que seguia junto a outra grande paixão: a aviação.”
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A aviação surgiu na vida de Fernando ainda na adolescência. Quando terminou o colégio (hoje ensino médio), teve informações sobre a profissão e decidiu passar parte da vida cruzando os céus. Mesmo sabendo que era uma carreira difícil na década de 1980, e talvez um acesso restrito para um jovem que morava em Brasília, decidiu seguir adiante no desafio. “Para o início da minha formação escolhi o Aeroclube de Maricá, no Rio de Janeiro e, para me manter em outro estado, e ainda bancar os altos custos do treinamento de piloto, ingressei também em um curso de comissários de bordo e fui admitido na TRANSBRASIL”. Fernando lembra que, “depois de 10 anos na vida de tripulante, em um voo, ouvi de um passageiro que, apesar de observar que eu adorava o que fazia, eu deveria montar minha própria empresa. O recado talvez tenha sido dado pelo 33 / Revista
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fato de que, nos momentos das pausas, eu só conversava sobre economia, assunto que sempre estudei, acabando por me formar como economista. Falar de negócios sempre fez parte do meu dia a dia e era procurado pelos colegas e passageiros para dar dicas de investimentos no mercado de capitais e bolsa de valores. Aliás, os mais próximos sabem o quanto gosto de falar sobre isso”. Ele relata que o salário que recebia era quase todo empregado para se tornar um piloto comercial. Com o esforço, conseguiu se formar Piloto de Jato Executivo e concluiu o curso de Boeing 737-200 da VASP. Mas, depois de alguns anos, percebeu que aquele passageiro profeta poderia ter razão. Assim, lembra que “eu e minha mulher embarcamos para Brasília com muita força e coragem para iniciarmos uma nova vida. Eu com minha loja de automóveis e ela no Jornalismo. Com certeza, foi a decisão mais acertada que tomamos”, relembra. Hoje, com a rotina nas lojas de veículos e em outra de vistoria cautelar, não tem sobrado tempo para ele pilotar. “A saudade é grande. Mas os planos de voos estão sempre na mente”, admite Fernando.
Ele faz um paralelo entre as duas atividades quando afirma que “enquanto piloto as negociações dos carros, as cabines dos aviões mais cobiçados ficam bem atrás das mesas de trabalho da minha loja. As réplicas de aeronaves também estão em exposição. Recentemente, recebi uma maquete do Boeing 787 DREAMLINER que veio do Kuwait. Sempre que possível participo de feiras de aeronaves como a LA BACE em São Paulo, que reúne os maiores fabricantes mundiais da aviação”. Mantendo os dois sonhos, Fernando reafirma sua disposição depois de tantos anos. “Depois desses 25 anos trabalhando com veículos, me sinto com a disposição de quem está começando. Carregado de muito entusiasmo e perseverança. Acredito que o aperfeiçoamento e a atualização são as ferramentas e condições ideais para enfrentar novos desafios. Trabalho muito tocando os negócios com a família, minha mulher e meu filho Henrique de 12 anos. Adoramos viajar pelo Brasil e o mundo, conhecer novas culturas e fazer amigos.” Com isso, Fernando continua dando asas a seus sonhos.
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/EM FOCO
FENAUTO presente no 27º Congresso &ExpoFenabrave
A FENAUTO foi representada pelo seu Presidente, Ilídio dos Santos, no 27º Congresso & ExpoFenabrave, em São Paulo. Com o tema “CONFIANÇA! É preciso acreditar para vencer!”, o evento contou com a presença de autoridades como o presidente da República, Michel Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, além de representantes de várias entidades da cadeia produtiva do setor automotivo. Além das palestras programadas, o evento conta com a ExpoFenabrave, feira de negócios dedicada ao Setor da Distribuição Automotiva, com a presença de mais de 50 empresas em 10 mil m² de área de exposição.
ACREFI recebe FENAUTO
A FENAUTO esteve presente em mais uma reunião da ACREFI, realizada ontem 12 de julho no L’Hotel Porto Bay, em São Paulo, onde foram debatidos temas importantes que podem contribuir para uma agenda positiva neste momento desafiador do país. Após a reunião, o Conselho da ACREFI ofereceu um almoço aos participantes.
54ª Convenção
A FENAUTO realizou a 54ª edição de sua Convenção Nacional, na cidade de Guarulhos, em junho, reunindo os presidentes das Associações Estaduais. Na pauta do encontro foram abordados diversos assuntos e acertadas as próximas ações da entidade. Foi registrada a presença de novos representantes de Associações Regionais que agora se unem à Federação, abrangendo as regiões de São José do Rio Preto, Vale do Paraíba e Baixada Santista. No evento foi apresentada a par-
ceria FENAUTO com o site VivoAprendendo, realizada junto com o professor Nailor Marques Jr., para o Projeto Espaço Educação. O projeto que manterá vídeos educativos sobre assuntos de interesse da categoria no site da FENAUTO, poderá ser acessado por associados, servindo, também, como um apelo interessante para o associativismo de novas lojas pelo conteúdo educacional que oferece. Após essa apresentação, o presidente da FENAUTO comentou sobre as parcerias existentes entre a FENAUTO e com outras empresas que procuram a entidade. A Convenção prosseguiu com uma apresentação do modelo de negócios proposto pela InstaCarro que traz uma ferramenta digital para auxiliar os lojistas a superarem as dificuldades do mercado. A plataforma digital oferece muitas conveniências e transparência entre as negociações de compra e venda de veiculos seminovos. O Sr. Siqueira atualizou a todos sobre o processo do Renave. Apresentou, também, uma análise detalhada sobre o comportamento do mercado de veículos seminovos e usados nos últimos anos, suas tendências e possíveis rumos que as intenções dos consumidores podem tomar. Antes do encerramento da Convenção, todos os Presidentes presentes tiveram a oportunidade de comentarem as ações que vem desenvolvendo em suas regiões para tornar as associações mais robustas e representativas, oferecendo produtos e serviços para facilitar seus negócios e assim, atrair mais associados para sua base.
parceria entre a entidade e o Consórcio da Caixa Econômica Federal.
Visita à FENAUTO
Estiveram presentes à visita na FENAUTO dos Srs. Evanir Ussier (ex-diretor do Banco Itaú), e Genival Silva da Bookeepers. Recebidos pela diretoria, foi apresentada uma proposta de parceria para uma Consultoria Tributária para a entidade.
Reunião com o Denatran
A diretoria da FENAUTO promoveu uma reunião de acompanhamento da implantação do Renave, junto com o Denatran, em Brasília. Participaram dela Elmer Coelho Vicenzi, diretor do Denatran, Fernando Ferrazza, da área Jurídica da entidade, Elis Siqueira, do Conselho da FENAUTO e Ilídio dos Santos, presidente de nossa entidade.
ALVA recebe Diretoria da FENAUTO
A ALVA - Associação dos Lojistas de Veículos Automotores do Noroeste Paulista - recebeu representantes da Fenauto para um café da manhã com os lojistas da região onde atua. O evento teve como principal objetivo uma aproximação maior dos lojistas com a entidade, apresentando os benefícios do associativismo e as ações que serão desenvolvidas na parceria entre Alva e Fenauto.
FENAUTO e Consórcio da CEF A FENAUTO recebeu a visita do Sr. Dorival Zanetti, do grupo Finanseg, para a discussão de uma possível
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EM FOCO
B3. INTEGRAMOS PARA POTENCIALIZAR. Empresa de infraestrutura de mercado de classe mundial, a B3 nasce para integrar o mercado e potencializar negócios. B3. Somos Brasil. Somos Bolsa. Somos Balcão. B3: o resultado da combinação entre a BM&FBOVESPA e a CETIP. Saiba mais em B3.COM.BR
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