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Da esq para dir , os tres fundadores da FENEIS: Ana Regina e Souza Campello, Fernando de Miranda Valverde e Antonio Campos de Abreu Ao seu lado, Marlene Gotti ( MEC ) , o atual Diretor Presidente da FENEIS Antonio Mario Sousa Duarte e Carol Lee Aquiline Secretaria Geral da Federa ao Mundial dos Surdos / WFD
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Abaixo a esquerda a Diretoria da Feneis e os Diretores Regionais. Da esq. para dir.: Antonio Campos de Abreu , Silvana Patricia de Vasconcelos, Cesar Nunes Nogueira - Diretores Regionais da Feneis/ DF, Ana Valen a - Diretora Regional da ^ da Feneis RS, Feneis , Antonio Mario, Marianne Stumpf Diretora Regional
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Diretor Financeiro Antonio Campos de Abreu Diretor Primeiro Vice Presidente, Silvia Sabanovaite Diretora Administrate Adjunta , Max Augusto Cardoso Heeren Diretor Segundo Vice Presidente e Antonio Mario Sousa Duarte Diretor Presldente. Ao lado, a atual Diretoria da Feneis Da esq para dir: Moises Gazale
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Abaixo da esq. para dir Marlene Gotti Consultora Tecnica da Secretaria de Educa(ao Especial do MEC, Tanya Amara Felipe Professora Titular da UPE/ FFPNM, Myrna Salerno Monteiro Professora Auxiliar da Estrutura da LIBRAS/ UFRJ, Rodrigo Rocha Malta Mediador e o interprete Tiago Batista
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FEDERA( A 0 NACIONAL DE EDUCAgAO E INTEGRACAO DOS SURDOS
Diretor Presidente Antonio Mario Sousa Duarte Diretor Primeiro Vice-Presidente Antonio Campos de Abreu Diretor Segundo Vice-Presidente Max Augusto Cardoso Heeren Diretor Admlnistratlvo Walcenir Souza Lima Diretor Administrativo Adjunto Silvia Sabanovaite Diretor Financeiro Moises Gazale CONSELHO FISCAL 1° Membro Efetlvo e Presidente Carlos Alberto Goes 2° Membro Efetlvo e Secretaria Alzira Elaine de Carvalho 3° Membro Efetivo Delvan Cesar de Souza Fernandes 1° Membro Suplente Luiz Dinarth Faria 2° Membro Suplente Luiz Geraldo F. A. Neto dos Reis 3° Membro Suplente Benedito Andrade Neto DIRETORES REGIONAIS Diretores Regionais da Feneis Porto Alegre-RS 1° Marcelo Silva Lemos 2° Marianne Stumpf Representante Regional da Feneis Sao Paulo Maria Ines da Silva Vieira Diretores Regionais da FENEIS-PE 1° Antonio Carlos Cardoso 2° Ana Conceigao Mangueira de Aguiar Valenga Diretores Regionais da FENEIS-DF 1° Cesar Nunes Nogueira 2° Silvana Patricia de Vasconcelos
CONSELHO CONSULTIVO Fernando de Miranda Valverde - Presidente Shirley Vilhalva - Secretaria Lucia Severo da Costa Flaviane Reis do Carmo Rodrigo Rocha Malta COMISSAO EDITORIAL Setor de Comunicagao - SECOM Editors e jornalista responsavel Clelia Regina Ramos (MT 2538) Secretaria de Redagao e Anuncios Rita de Cassia L Madeira Editoragao : FA Editoragao Impressao: Imprinta Tiragem: 5.000 exemplares
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Ano IV
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numero 15
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julho
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outubro 2002
Sumario Segoes
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Cartas do Leitor
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Editorial por Antonio Mario de Sousa Duarte
6
Historia
15
Pesquisa: FENEIS responde
16
Congresso
17 Suplemento Infantil 21 Informatica para Surdos Curso 22 25 e 31 Pagina do Interprete 26
Identidades Surdas
28 32
Noti'cias Regionais
Turismo
Espedais
22 24 29
Empresa Koller lan?a primeiro TS no Brasil Somos Pais de Surdos por opgao!
Deaf Way II
Esta edigao da Revista da FENEIS contou com o patrocinio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Julho 2002 - revista da Feneis
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CARTAS DO LEITOR Rio de Janeiro/ RJ Gostaria de ver corrigida uma informa gao incorreta , publicada na Revista da FENEIS numero 12 (out/ nov 2001 ) , a respeito da participaqao de Surdos brasileiros em jogos mundiais de Surdos. Ao contrario do que afirmou Wagner Cabral, atleta Surdo, em entrevista a ja citada publicaqao, o Brasil participou de outras ediqoes desses
Embora eu nao saiba detalhes a respeito de participates mais remotas, ja ouvi relatos de Surdos mais velhos sobre a ida a pelo menos um desses eventos. E, em 1993, eu mesma tive a oportunidade de acompanhar a delegaqao brasileira que participou dos XVII Jogos Mundiais de Surdos, em Sofia, na Bulgaria . A delegagao era formada por sete pessoas, entre as quais o entao presiden te da CBDS, um tecnico de nata ao e dois nadadores surdos: ALEXANDRO GRADE,
de Londrina e
da de sua filha Sasha, de seus pais, da em presaria Marlene Mattos, tia , primos e so-
Carlson , onde inaugurou o pavilhao e o busto em homenagem ao seu avo paterno , Eduardo Meneghel . No palco da FENASOJA, Xuxa foi homenageada com apresentagoes especiais, entre elas, o Hino Nacional , cantado por Patricia Prestes, acompanhada ao som do violino de Vinicius Kunzler e sinalizado pela Keli Krause (Surda ) , emocionando Xuxa pela sua maravilhosa expressao na interpretaqao do Hino, que demonstrou sinalizando “ bonito” para ela . Na oportunidade, o grupo de Surdos; Paulo Ricardo, Giovani Campos, Paulo Zimermann e Vanessa Herter, da Escola de Ensino Medio Concordia para Surdos, orientados pela professora Luciana Ferretti, dan garam um tango que despertou atenqao e emoqao no publico de mais de 20 mil pessoas. Estamos felizes com a aten ao recebida pela sua interprete Tany, e pela rainha dos baixinhos que demonstrou seu carinho acenando para o publico com a mao: eu te amo. Acompanhando seus passos, dezenas de profissionais da imprensa de todo o pais, entre eles Andre Marques do Video Show da Globo, que na oportunidade fotografou com os Surdos e parabenizou - os pela excelente apresentaqao. Esteve tambem Gabriel, do Programa Patrola, a emissora da TV Globo, SBT, Revista Caras, Revista Contigo, diversos jornais, que transformaram Santa Rosa em noticia nacional. Segundo o recadinho que Xuxa deixou para todos nos: “ o futuro sera sempre de quern sonha , de quern sorri de verdade e de quern acredita na fantasia e na imaginaqao. Eu acreditei!” e nos tambem acreditamos!
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jogos.
Santa Rosa/ RS
brinhos. Visitou o Asilo de Idosos, inaugurou o Portico construido na Avenida Rio Grande do sul , reviu a casa onde morou e que agora e transformada em um memorial; Xuxa recebeu uma replica da casa e do portico, con feccionada pelos Surdos Valdines Ceccon e Jeferson Nickel para presentear Sasha . Foi ao Parque de Exposiqoes Alfredo Leandro
O dia 8 de abril de 2002 sera inesquecivel para os fas da mais ilustre filha de Santa Rosa . Maria da Graqa Meneghel “ Xuxa ” , que encantou milhares de pessoas com seu jeito simples, simpatica e carinhosa . Convidada pela produqao da 14a FENASOJA/ FEIRA NACIONAL DA SOJA, realizada no periodo de 6 a 14 de abril , Xuxa veio acompanha -
Xuxa assiste ao espetaculo de Tango com dan arinos Surdos
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Santos. Ambos foram classificados para as finais de todas as provas de que participaram . Embora nao tenham trazido medalhas, obtiveram bons resultados, inclusive um quin to lugar na classificagao geral .
Dalva Alves dos Santos Filha Professora de Educagao Fisica do INES/ Instituto Nacional de Educaqao de Surdos
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Xuxa acena com o Sinai / Eu te Amo", reconhecido internacionalmente pelos Surdos
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revista da Feneis Julho 2002
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Editorial Editorial Editorial I Antonio Mario Sousa Duarte Klo dia 17 de maio do corrente ano na cidade do
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de Educagao e Integragao dos Surdos comemorou o seu 15° aniversario de Fundagao. Durante o Evento que realizamos contamos com a presenga de varias Comunidades Surdas do Brasil e para abrilhantar ainda mais a nossa festa tivemos a presenga ilustre da Secretaria Geral da Federagao Mundial dos Surdos/WFD, Sra . Carol-Lee e dentre outros convida dos varios profissionais da area, que relataram suas experiences no decorrer do Seminario. Na ocasiao podemos comemorar, depois de anos e anos de luta, a nossa ultima e grande conquista que obtivemos no dia 24 de abril deste ano, o reconhecimento como meio legal de comunicagao e expressao a Lingua Brasileira de Sinais - LIBRAS. Agradego a todas as pessoas que contribuiram direta ou indiretamente para que pudessemos comemorar essa data com grandiosa confraternizagao e grande sucesso. Creio eu , que agora com fe em Deus, a vida da pessoa Surda tera um grande avango, basta a conscientizagao e reconhecimento destas conquistas pela humanidade, conforme nos Surdos queremos. E muito importante que saibamos que a Lin gua Brasileira de Sinais pode e deve ser trabalhada juntamente com o oralismo, engana -se quern pensa que nao ha mais necessidade do trabalho com
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Festa da Fundagao de 20 anos da Federagao Mineira Desportiva dos Surdos Da esq. para dir. Mario Julio de Mattos Pimentel ( Ex- presidente CBDS) , Jose Tadeu Rayval Rocha ( Presidente CBDS) , Antonio Mario ( Presidente da FENEIS) , Paulo Henrique Passos Santiago ( Presidente da FMDS) , Rodrigo Rocha Malta ( Ex presidente da FMDS e Coordenador CEEL/ MG ) , Antonio Campos (1° Vice Presidente da FENEIS)
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Associagao dos Surdos de Patos de Minas AFENEIS participou , atraves do seu presidente Antonio Mario , do Vice- presidente Antonio Campos, alem do Presidente FMDS Rodrigo Rocha Malta de uma reuniao na cidade de Patos de Minas com o objetivo de reunir toda a diretoria da Associagao e explicar a fungao de cada membro e o trabalho a ser desenvolvido. Em seguida
fonoaudiologos, pelo contrario, com a jungao dos dois com certeza a pessoa Surda sera mais beneficiada . Qucro dizer que a FENEIS se prontifica a am parar qualquer Instituigao que queira realizar Simposios e Seminarios, na area Educacional volta da para a pessoa Surda e na fundagao de Associa goes, basta que nos procurem que teremos imenso prazer em atende- los. Tinhamos o SEDUC que atendia todo o estado do Rio de Janeiro, capacitando instrutores Surdos, agora ja podemos contar com atendimento nacional com a criagao do orgao CEEL (Centro de Estudo e Educagao de LIBRAS), para o melhor atendimento a toda comunidade. E com muita alegria que lhes comunico que temos 700 (setecentas) pessoas participando do Curso de LIBRAS, isso nos envaidece bastante, e temos certeza que futuramente todas as pessoas estarao interessadas em aprender esta Lingua, que e como outra qualquer. Como nao poderia me esquecer de agradecer a emissora de televisao SBT pelo apoio que tern nos dado colocando legendas nos programa tais como: Ratinho, Hebe, Show do Milhao e tambem no Jornal do SBT. Gostaria de fazer um apelo a outras grandes emissoras, tais como a Rede Globo que nos ajudasse nesta grande campanha ampliando em sua progra magao o closed caption .
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conversei com os mesmos a importancia de se filiar a FENEIS para manter sempre informados. Agradego a compreensao de todos.
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8 h 30 as 9 h 30 • Hino Nacional • Abertura Oficial ANTONIO MARIO SOUSA DUARTE Diretor-Presidente da FENEIS MARILENE RIBEIRO DOS SANTOS Secretaria de Educa ao Especial do MEC CAROL-LEE AQUILINE Secretaria Geral da Federagao Mundial dos Surdos/ WFD
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Dia: 17 de Maio de 2002
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Local: Auditorio do Senai Rua Marize Barros n ° 678 Tijuca Rio de Janeiro
• Programa Nacional de Apoio a Educa ao dos Sur-
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MARLENE GOTTI Consultora Tecnica da Secretaria de Educagao Especial do MEC TANYA AMARA FELIPE Professora Titular da UPE/FFPNM MYRNA SALERNO MONTEIRO Professora Auxiliar da Estrutura da LIBRAS/
UFRJ 15 hl 0 as 15 h 40
• Retrospectiva Historica da FENEIS : Lutas, Conquistas e Avan os
ANA REGINA E SOUSA CAMPELLO Ex Presidente da FENEIS FERNANDO DE MIRANDA VALVERDE Ex- Presidente da FENEIS ANTONIO CAMPOS DE ABREU Diretor Primeiro Vice-Presidente da FENEIS
lOhlO as 10 h 30 - Coffee Break 10 h 40 as llhs
• A Lingua Portuguesa na Educa 9ao dos Surdos SILVIA SABANOVAITE Diretora Administrativa Adjunta da FENEIS
15 h 40 as 16 hs - Coffee Break 16 hl 0 as 16 h 40 • A Informatica na Educa ao do Surdo e a Cons trucao de sua Cidadania
^
MARIANNE STUMPF Doutoranda na Area de Educagao em Informatica! UFRGS A
• Surdez: Uma Nova Visao
WALKIRIA BERNARDO PONTES Psicologa Pos- Graduada em RH e na Abordagem Fenomenologico-Existencial
llhs as llh 30 • Inclusao dos Portadores de Deficiencia nos Cursos do SENAI para o Mercado de Trabalho REGINA HELENA MALTA Coordenadora de Estudos e Projetos da Gerencia de Educa ao Profissional do SENAI-RJ
16 h 40 as 17 hl 0 • Experiencia de uma Professora Surda no Ensino Escolar
GISELE MACIEL Professora de Geografia e Historia/ Mestranda em Educagao/UFRGS
17 hl 0 as 18 hs
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llh 30 as 12 hs • A Oficializacao da LIBRAS no Brasil ANTONIO CAMPOS DE ABREU Diretor Primeiro Vice-Presidente da FENEIS
12hs as 14hs - Intervalo para o almogo
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revista da Feneis - Julho 2002
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• Encerramento e Entrega de Placas de Homena gens
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“ Se a Lingua de Sinais e proibida, ou se a interapao social, educafdo, informafdo e servifos nao sao dispontveis em Lingua de Sinais, a pessoa Surda nao desenvolve seu potencial lingiiistico e nao pode se cornunicar. Se os direitos lingiiisticos da pessoa Surda sao implementados e ela tern seu desenvolvimento lingiiistico normal, se o uso da Lingua de Sinais e permitido em todos os niveis, se nao existem obstdculos a comunicapdo e participa( do entdo a pessoa Surda e igual
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APRESENTACAO
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- DIRETORIA
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ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
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• ENTIDADES
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FILIADAS
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A FENEIS, desde suafundapao no dia 1 6 de maio de 198 7, tern
plena consciencia do papel cfue quer desempenhar na sociedade e exige da mesma sua aceitapdo. A principal luta da FENEIS e pelo direito a autodeterminapao dos Surdos, o que significa dizer, entre outras coisas: comunicapdo livre entre os Surdos e entre Surdos e ouvintes, incluindo interpretes de LIBRAS em escolas, hospitais, repartipoes publicas, delegacias; telejones para Surdos; centrais de intermediapao telefonica; legendas e interpretes de LIBRAS was televisoes e cinemas. Em quinze anos de existencia foratn muitas as vitorias; todas elas conquistadas, sent sotnbra de duvida, com a ajuda de todos os que conosco percorreram esse caminho. Que estejamos juntos por muito tempo ainda!
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Perauntas sobre a questao da Surdez: Feneis responde 9
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A professora Emeli
Marques continua respondendo as mais frequentes duvidas dos pais, professores e professional's que convivem com os Surdos.
Mande sua pergunta: gplibras(5> ruralrj.com.br ou para qualquer regional da FENEIS ( por fax, e- mail ou carta ) .
A FENEIS responde !
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I Mae de Surdo, Mestranda em Lingmstica Aplicada/UFRJ, membro do GPLIBRAS/FENEIS
QUAL 0 PAPEL DA ESCOLA E DAS CLINICAS DE FO NOAUDIOLOGIA ? QUAL E 0 PAPEL DO PROFESSOR E DO FONOAUDIOLOGO ? Na educagao de Surdos a escola ja exerceu vari -
os papeis. A escola de Surdos no Brasil foi oficializa da pelo Imperio com papel principal de tornar os meninos Surdos viaveis socialmente, para que estes nao causassem danos sociais, oferecendo perigo aos jovens. Esse foi o principio norteador da fundagao do atual Instituto Nacional de Educagao de Surdos, na epoca do Imperio. Ver documentos de fundagao na biblioteca do mesmo. O papel da escola foi evoluindo no sentido de dar capacitagao profissional (foi a enfase por muitas decadas no INES), depois veio a formagao geral aca demica, mas sempre com enfase no especial que era entendido como sendo o ensino articulado da fala, e a partir dai o ensino do Portugues como lingua materna . A escola tinha uma preocupagao central com ensino da fala como pre- requisito para as demais aprendizagens. O ensino da articulagao oral do Portugues sempre esteve na preocupagao dos profissionais dentro das escolas de Surdos. Isto se explica pelo fato das mesmas virem a se propagar, a partir da segunda metade do seculo XX , quando o chamado oralismo entra em ascensao no Brasil . Hoje, com a chegada de novos paradigmas para a educagao dos Surdos, discute-se em alguns grupos (reduzidos) de profissionais ouvintes com a participagao de pessoas Surdas qual e a escola que se deseja construir a partir dos novos simbolos do sujeito Surdo, isto e, um sujeito nao deficiente e que tern o di reito de adquirir uma primeira lingua , naturalmen te, e atraves desta adquirir um conhecimento de mundo par a par com as criangas que ouvem , bem como a lingua dos ouvintes como sua segunda lin gua.. Um sujeito Surdo que precisa serbilingiie, portanto, a escola ha que se preparar para exercer essa fungao difcrencial de educagao. E Carlos Skliar que trata desse assunto com propriedade quando diz: “ A potencialidade de reconstrugao historica dos Surdos sobre a sua educagao e sua escolarizagao e, sem margem de duvidas, um ponto de partida para uma reconstrugao politica significativa e para que participem , com consciencia , das lutas dos movimentos sociais Surdos pelo direi to a uma educagao que abandone os seus mecanismos perversos de exclusao, e por um exercicio pleno da cidadania. Reconstruir essa historia e uma nova experiencia de liberdade, a partir da qual se torna
possivel aos Surdos imaginarem outras representa goes para narrarem a propria historia do que significa ser Surdo.” Carlos Skliar no livro por ele organi zado: A Surdez: um olhar sobre a diferenga, em seu artigo: “ Os Estudos Surdos em Educagao: problematizando a normalidade” . Editora Mediagao, 1998. Porto Alegre. Em Atualidade da Educagao Bilingiie para Surdos, em artigo ja citado, Skliar faz consideragoes sobre o contexto de podcr da escola e de como nesse espago esta presente o debate entre as diferentes formas sociais e a ideologicas. O ensino contempla sempre uma politica cul tural que privilegia o poder, nao dando condigoes para o desenvolvimento e fortalecimento de identidades pessoais, ao contrario disso prioriza as habilidades tecnicas que atendem as demandas do mercado con temporaneo. Essa e a logica da inclusao dos Surdos nas escolas regulares com a justificativa de que assim procedendo, os Surdos se tornarao eficazes, eficientes. E nao e por acaso que isso acontece, nada e gratuito ao se tratar de valores politicos, por isso nao e facil compreender o papel da escola em uma “ sociedade dividida e fragmentada racial , social, linguistica e sexualmente. A escola moderna contribui no dia -a -dia para essa divisao” . Para se falar no papel do professor e necessario que se tenha definido que sujeito se quer ao final da formagao academica, como sera essa escola e quern sera esse professor. Com certeza , em principio, nao sera o professor com formagao academica geral para o ensino de aluno ouvintes, nao sera um professor monolingue, perguntamos ate se sera um professor ouvinte. Responder essa pergunta requer definigoes Cla ras e nao hipocritas sobre todos esses pontos: que sujeito se pretende ter ao final de sua formagao escolar, em que escola , qual o curriculo e que formagao tera esse professor. Com relagao ao papel dos fonoaudiologos melhor seria se os proprios respondessem . E curioso que essa area do conhecimento e resultante das especu lagoes que a entao chamada logopedia fazia sobre os problemas de linguagem . O Instituto Nacional de Educagao de Surdos teve um nucleo de logopedia onde atendiam as pessoas ouvintes e Surdas. O que os professores de Surdos iam conseguindo de sucesso em relagao a “ fala ” articulada, foi sendo absorvi da pelos denominados logopedistas. O metodo aci ma citado, organizado pelo professor Geraldo Cavalcanti, tambem desenvolveu uma parte especifica e muito especializada das tecnicas e procedimen Julho 2002
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PESQUISA
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CONGRESSO
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tos para a chamada oralizagao, tendo organizado, inclusive, uma cartilha para essa finalidade, ja na decada de 70. Hoje, apos o reconhecimento do curso superior em Fonoaudiologia , esses proFissionais sao identificados como os que ensinam a lingua oral aos Surdos, apesar de o foco maior da grade curricular da mesma nao serem os conhecimentos relativos a surdez, nem tampouco, conhecimentos sobre aquisigao e desenvolvimento de lingua materna e muito menos ainda sobre aquisigao de Segunda lingua . A nosso ver esse assunto, dentro da visao de surdez como “ nao deficiencia” , precisa tambem ser definido, e muita coisa mudada com relagao a formagao desse profissional da fonoaudiologia, perguntamos ate se
te do que entendemos estar claro sobre a importan ce do foco educacional em relagao a educagao dos Surdos. A fonoaudiologia pode ter sua participagao como clinica mesmo. Como um atendimento que deve estar disponivel, no publico e no privado, como sen -
do complementar as necessidades dos Surdos em expressarem , oralmente, a lingua majoritaria , ( no caso de nosso pais, a lingua portuguesa ), adquirida na escola , pois lingua nao se adquire em clinica, e uma atividade social e se da na construgao interativa entre os pares. Falando como colegas, entendo ser de fundamental importance para a fonoaudiologia, ou para as pessoas que querem capacitar-se para esse tipo de intervengao com os Surdos, que questionem a formagao que e oferecida por essa area, e compreendam que a mesma nao satisfaz a necessidade do trabalho com aquisigao de lingua. M
sera ele necessario na educagao escolar dos Surdos? Quanto ao assunto clinica, colocado em pauta , nao vemos necessidade de maiores explanagoes, dian -
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14° Congresso Mundial da World Federation of the Deaf acontecera em julho de 2003 no Canada ^^
orn o tema “ Oportunidades e Desafios no Seculo XXI ” , o decimo quarto Congresso Mundial da Federagao Mundial do Surdos sera realizado em Montreal, no Canada, entre os dias 18 e 26 de julho de 2003. Segundo as palavras da Presidente da WFD, Doutora Liisa Kauppinen : “ A cada quatro anos, o Congresso Mundial da WFD oferece a oportunidade de troca de informagoes, exposigao de novas pesquisas e ideias, apresentagao de Artes Surdos e Teatro, alem de interagao social com milhares de pessoas de lodo o mundo. A Canadian Association of the Deaf/ CAD (Associ agao Canadense de Surdos ) aceitou organizar o 14° Congresso Mundial juntamente com a WFD, na charmosa cidade de Montreal. Nos estamos ainda no inxcio do novo milenio, e o tema do congresso “ Oportunidades e Desafios no Seculo X X I y y promete nos levar a conquistas maiores e melhores para o povo Surdo de todos os cantos da Terra. Emhora tenhamos ainda um longo caminho antes de podermos desfi'utar de igualdade de direitos como os ouvintes, em diversas areas da vida os Surdos estao buscando mais oportunidades e aceitando novos desafios. As comissoes do Congresso englobam temas de importancia nao so para os Surdos, mas tambem para aqueles que com os Surdos trabalham ou com eles convivem. Neste Congresso, temos algumas das Comissoes tradicionais: Educagao, Lingua e Cultura, Direitos Hurna-
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nos, Tecnologia, Paises em Desenvolvimento e Saude, mas temos tambem uma nova Comissao: Relagoes Comunita-
rias. Todas essas Comissoes, juntamente com os Grupos de
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Interesse Especial ( Povos Indtgenas Surdocegos Mulheresy Surdos Filhos de Surdos Lesbicas e Gays Terceira Idade Religiao, Jovens Negocios, Midia ) oferecerao a
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oportunidade de novos topicos de interesse para o maior tiumero de pessoas possivel. Mais importante, o Congi esso Mundial, como um todo, oferece-nos a oportunidade de dar continuidade a luta pelos direitos humanos; a chance de criar oportunidades na educagao, trabalho e emprego, tecnologia, acessibilidade; o desafio de consti uii' mos juntos uma comunidade mundial que nao seja dividida por raga, economia, cultura ou lingua; e, finalmente, oferece a todos nos o desafio de crescermos individualmente e como um grupo, assegurando que o ser humano nao seja deixado para Iras diante dos progressos do Seculo X X I . Amigos: juntem-se a nos e fagamos o sonho de “ Oportunidades e Desafios no Seculo X X F y acontecer. Junlando forgas com a WFD, aprendendo, crescendo e abiindo portas para todos, estaremos ajudando o mundo a fazer o mesmo conosco. Sejam bem vindos! Aqueles que desejam participar ou apresentar trabalhos no Congresso podem faze-lo diretamente atraves do site: www.wfd 2003.org Para a apresentagao de trabalhos o prazo vai ate 31 de outubro de 2002.
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Ncssc numcro nos recebemos colaboraqOes muito bem- viodas!
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Patricia dos Santos Cardoso do Recrfe PE, nos enviou duas brincadeiras muito legais! Nas paginas 18 e 19 voces irdo conhecer o trabalho dela! E aqui, ncssa pagina, verao alguns desenhos feitos pela turminha de Surdos da professora Orlinda, de Sao Paulo Assim, so sobrou uma pagininha para o Suplemento Infantil. Mas valeu a pena. Deem uma olhadinha na pagina 20 Ndo vai ser facil Esse desaf io e para quern ja conhece muito bem o alfabeto manual! Ate o proximo numero!
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Informatica para Surdos
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> Andrea de Oliveira Giovanella Botelho Pereira Instrutora Surda de Informatica Janise Sebollela
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Qou Janise, Surda de 30 anos, sou forma Jda em Quimica Industrial e tambem instrutora de informatica dando aula para Surdos na FENEIS deste Outubro de 2000. Aqui vai um pouco sobre a minha vida . Comecei a conhecer e admirar computa dor quando tinha mais de 10 anos de idade, quando meu pai ganhou um “ computador " eu aproveitei a conhecer e usar muito o “ com putador ” dele, este aparelho que nao era como os de hoje: era so um monitor, teclado e gravador ( nao tinha gabinete) e as cores da tela eram preto e branco. Anos depois, ga nhei outro “ bem moderno ” , chamado de MDX que so tinha teclado com o fio que ia ate a TV e gravador para o disquetao (disquete 5 Vi ) Mais tarde ganhei um “ verdadeiro” , era o 486 DX . Comecei a conhecer o Windows e para melhorar o meu desempenho, ingressei no curso de informatica onde passei meses e meses estudando o Hardware e Software para me adaptar melhor. Apos o termino do curso, continuei grudada no com putador e ate ajudei o meu pai e irmaos a fazer o trabalho deles no Word e Excel .
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“ O Windows 2000 nao e o programa que substituira o Windows 98. Windows 2000 e novo nome WIN NT 5.0, o sistema operacional para redes que a Microsoft lan ga em 1999. ” (Isto e - 18./11/98 n° 1520).
Informatica da Feneis/ RJ
so de instrutora de informatica para Surdos na FENEIS. Como achei interessante, neste curso me preparo para dar aula aos proprios colegas Surdos com a vantagem de que eles podem entender bem rapido e melhor segu ranga, as instrugoes dadas do proprio do instrutor Surdo.
Em 2000, fui chamada pela FENEIS para dar aula de Informatica para Surdos onde estou ate hoje. Sinto-me satisfeita em dar aula a pessoas iguais a mim e me alegro porque sinto que eles entendem bem e com clareza as minhas instrugoes. Sou casada com Rodrigo, um Surdo tambem que e instrutor de informatica. Temos um filho Matheus de 1 ano. Eu e meu marido estamos sempre unidos vendo a melhor forma de dar aula aos nossos alunos de forma a que os Surdos possam entender mais facilmente a Informatica . Caros amigos Surdos, o mundo de hoje esta na era da Informatica onde nao ha mais lugar para escritas a canetas e maquinas de escrever. O que era considerado facil, hoje esta em extingao. Se voce observar bem, em todo lugar sempre tern um computador. E muito importante que voce se esforce nesta area do computador porque, conhecendo o computador, voce vai ter empregos com mais facilidade e chance de progredir na vida. Agradego ao meu marido, a minha fa milia e aos meus colegas instrutores pela uniao que fizemos no Curso de Informatica dos Surdos aqui na FENEIS. Por aqui, termino e man do abragos angelicais a voces leitores. Janise Sebollela D. E. R. Simao
Atengao ! Veja a pesquisa feita pelo Censo Demografico do IBGE a populagao de portador de surdez/ deficiencia auditiva do ano 2000.
Voce sabia ?
) Supervisora do Curso de
Estudei no Instituto Nossa Senhora de Lourdes, uma escola mista de Surdos e ou vintes dirigida por freiras. Nesta escola nao ha turmas de Surdos e ouvintes separadas, todos estudam juntos nas turmas. Terminei a 8a serie em 1988 e fiz o 2° Grau no Colegio Ferreira da Penha, escola de ouvintes onde, quando entrei, era a unica Surda neste colegio. Logo depois a escola matriculou mais Surdos dando a estes aulas especiais como reforgo, mostrando respeito e atengao para o Surdo. Um pouco antes de terminar o 2° Grau , em 1991, entrei no curso noturno de pre-vestibular onde era a unica Surda . Esforgava me para acompanhar a aula e entender o que o professor dizia . Quando eu nao entendia o que o professor falava meus colegas me aju davam muito durante as aulas. Ao terminar o 2° Grau, fiz vestibular para Quimica Industrial e passei para Universidade Educacional Souza Marques onde fiz varios amigos e ganhei respeito dos pro fessores que me apoiavam muito. Formei em 1995, aos 23 anos. Em 1994, ainda na faculdade, comecei a fazer estagio na Petrobras. Ao terminar a faculdade, fui contratada pela BR- Distribuidora da Petrobras e onde trabalhei durante 6 anos em laboratorio pesquisando, analisan do, aprovando ou nao querosene e varios ti pos de oleos lubrificantes. La tambem tra balhava em computador. Com o fim do contrato, sai da Petrobras no ano de 2000. Como eu sou apegada em computador, fui convidada para fazer o cur-
Regioes Norte Nordeste Sudeste Sul Centro - oeste total
Quantidade das pessoas Surdas/deficiencia auditiva 423.546 1.890.188 2.137.232 940.576 359.268 5.750.810
Porcentagem % 3.28 3.96 2.95 3.75 3.09 17.03
ATENQA0 !!! SURDOS VIRTUAIS! C0 NVERSEM C0N0SC0! INFORMAgOES E DUVIDAS SOBRE INFORMATICA Responsavel do Curso: SANDRA LUCIA RABEL0 VIEIRA e Coordenadora da Informatica: ANDREA GIOVANELLA E- MAIL: seinfo@ vento com.br / Telefax: ( 21) 2284- 7462
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ESPECIAL
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CURSO
A Empresa Koller langa primeiro Telefone para Surdos/TS no Brasil A Koller & Sindicic e uma das mais antigas e tra mdicionais empresas que importam e comer cializam produtos especiais para Surdos, sendo tam bem a unica da America do Sul e a terceira do mun do a contar com esta tecnologia e a investir neste segmento especifico da sociedade. Sua linha de comercializagao conta com relogio de pulso e despertador vibratorio, sinalizadores luminosos para campainha, telefone e choro do bebe. No momento o foco tern sido o langamento do pri meiro telefone para Surdos (TS) , fabri cado no Brasil com tecnologia 100 % na cional. I O Surtel e leve, pratico e moderno, sua conexao e muito simples basta ser ligado em uma linha telefonica convencional, com o mesmo podese comunicar tanto com #
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ouvintes atraves da utilizagao do Servigo de Intermediagao, oferecido pelas Empresas de Telecomunicagoes gratuitamente, quanto com outros Surdos de Surtel para TS. Este aparelho contem teclado alfanumerico, um visor de legenda onde alem de receber, voce podera visualizar as mensagens enviadas, conta tam bem com um monofone incorporado podendo o ou vinte utiliza - lo normalmente, ele e bivolt podendo ser ligado em 110/220V e tern um ano de garantia . Outro projeto em andamento e o desenvolvimento de telefones publicos com leitura de cartao, telefones iguais aos orelhoes, estes serao instalados em locais publicos e de grande circulagao tais como: rodoviarias, aeroportos, estagoes de metro, cinema , shoppings e etc, facilitando assim a comunicagao dos Surdos. Atraves do TS nacional, a Empresa Koller & Sindicic deu um grande passo para quebrar as Barreiras de Comunicagao entre o universo dos consu midores Surdos e os ouvintes, condigao prevista na Lei de 10.098 sobre acessibilidade para Surdos.
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Curso de LIBRAS qualifica professores de escolas regulares fluminenses a trabalhar com alunos Surdos Com patrodnio do MEC e FNDE , foi realizado entre os dias 19 de fevereiro e 25 de abriL, em Sao Gongalo/ RJ ( Bairro Paraiso ), um Curso de LIBRAS ministrado pela professora Patricia Gazale, Coordenadora dos Cursos de LIBRAS/ RJ da FENEIS. Professora Patricia Gazale (3 ° da esq. para dir. sentada ) e suas alunas
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revista da Feneis - Julho 2002
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C U RS0 Com objetivo de qualificar 16 professores para o atendimento a alunos Surdos incluidos no sistema regular de ensino ou em escolas especiais de Surdos da regiao e ainda promover a capacitagao dos professores para o uso da LIBRAS em sala de aula, para realizar adaptagoes curriculares e/ou complementa gao didatica , o curso de 120 horas/ aula ( modulo presencial ) foi considerado um sucesso por todos os envolvidos.
“ Na minha opiniao, um Curso desse tipo e de extrema importancia para os profissionais que tra balham com os Surdos porque envolve o rompimen to da comunicagao no processo educacional das pessoas Surdas sob a perspectiva do direito de igualda de e oporunidades. O que me deixou emocionada foi ver que as minhas alunas (Professoras que fizeram o Curso comigo, em Sao Gongalo) tiveram uma forga de vonta de fora do comum para acordar de madrugada e poderem chegar ao Curso as 8 horas da manha e en frentarem uma carga horaria excessiva de 8 horas, sempre fazendo varias perguntas do tipo: ‘ Com en sinar o Surdo?’ , ‘ E complicado???' , etc, e eu , com o maior prazer ensinava tudo, tudo... e elas saiam satisfeitas, na certeza de terem aprendido algo valioso e, ao mesmo tempo, o que me deixava triste e que as escolas onde elas trabalham convivem com a falta de materials basicos e o dinheiro para com prar esses materiais tern que sair do bolso delas. Espero que em breve elas tenham o reconhecimen to merecido!”
“ Gostariamos que houvesse uma continuidade do curso e que tambem nos fosse ofertada a possibi lidade de realizar um estagio com alunos Surdos, pois nem todos os professores que fizeram o curso traba lham com aluno especial ”
“ Ao meu ver o Curso de LIBRAS deveria ser mais divulgado e aceito de uma certa maneira pela sociedade que esta demorando muito a ser reconhecida . A professora conseguiu de uma forma estron dosa transmitir seus conhecimentos especificos ma ravilhosamente bem . Adorei!” “ Ao surgir esta oportunidade, pude perceber que seria enriquecedor para minha pratica pedagogica conhecer ainda que de maneira basica algo mais a respeito da LIBRAS. Essa experiencia ira auxiliarme, ja que trabalho com alunos Surdos e nunca ha via participado de um curso que favorecesse o meu trabalho em sala de aula .” “ O curso me proporcionou , agora, uma capacitagao para me comunicar melhor com os meus tres alunos Surdos. Apesar deles serem oralizados, posso perceber que eles entendem melhor com a LIBRAS. Pretendo continuar o curso para me aperfeigoar. A professora e excelente, pois consegue se fazer entender e ainda ensinar de uma maneira interessante.” CSfl
Assinatura Anual - 4 numeros
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“ O curso foi muito proveitoso, pois a professora colaborou de forma brilhante para isso (ela e 1000!)” .
Com a palavra , a professora Patricia Gazale:
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Na avalia ao das alunas (trechos ) :
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(revista trimestral )
Nome: Rua: Cep.:
Bairro:
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Cidade: Nosso enderego e: RUA MAJOR AVILA N ° 379 TIJUCA RIO DE JANEIRO RJ CEP 20511-140 PABX.: ( 21) 2567- 4800 Fax / TDD: ( 21) 2284- 7462
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ESPECIAL
Somos pais de Surdos por opgao! rm 1998 surgiu em nossas vidas nosso primeiro t filho quando tinhamos apenas dois anos de casados. Ate entao nosso sonho seria ter filho so apos quatro anos de casamento, mas Deus fez diferente colocando em nossos coragoes um desejo enorme de adotarmos uma crianga Surda , uma vez que ja tra balhavamos como interpretes na cidade de Maringa - Parana, amavamos muito este povo e agora queriamos ter esta convivencia em nosso lar. Um dia o telefone tocou na entidade em que trabalhava como missionaria e interprete, era meu marido dizendo que havia uma crianga Surda aban donada de apenas 4 anos em um lar da cidade. Pelo telefone decidimos que seriamos seus pais, fomos ate o lar de nome Betania, houve uma identificagao muito forte entre a gente e um dia depois, ja estavamos com a guarda provisoria dele. O Fernando chegou em nossa casa cheio de trau mas, devido ao espancamento pela mae biologica, cheio de agressividade por ter sido rejeitado pela sua familia . Nao possuia nenhum meio de comunicagao e nem vida social. Aqui em casa ele encontrou a sua familia, que lhe deu amor e acima de tudo o direito de ser uma crianga Surda, usuaria de uma lingua e cultura propria da comunidade Surda . Ele, gragas a Deus teve o privilegio que muitos Surdos infelizmente nao tiveram , de ter todo o respeito pela sua maneira de ser e ainda ter os pais in terpretes da sua lingua . Hoje o Fernando fala fluen temente a Lingua de Sinais, e tern a sua identidade Surda preservada e por isso demonstra grande interesse em aprender tambem a lingua portuguesa , haja visto que a familia respeita a sua lingua e cultura dai o grande interesse dele pela nossa lingua e cultura . Ele, com 9 anos completados no dia 30 de margo, esta na 3a serie numa escola regular sendo a unica crianga Surda da escola , e la, ele mesmo reivindica seus direitos como Surdo. A materia que ele nao consegue acompanhar na lingua oral nos o acompa nhamos em casa . Esta sendo muito positivo a inclu sao dele nesta Escola , porque os ouvintes estao ten do a oportunidade de conhecer o potencial que os Surdos possuem . (Mas queremos deixar bem claro que nao concordamos com a inclusao dos Surdos numa escola regular onde nao ha o respeito princi palmente pela sua lingua e sequer respeitem a presenga de um interprete). Em 1999 engravidei e no quinto mes tive uma complicagao na gravidez e perdemos a nossa filha. Logo depois fomos para Curitiba, e la nasceu o nosso primeiro filho biologico o Vinicius Augusto, que hoje esta com um ano e sete meses, sendo a sua pri-
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meira lingua falada , a Lingua de Sinais, ele so fala em portugues e sinais mamae e papai, mas na Lin gua de Sinais ja pronuncia estes vocabularios: pao, quebrou , carro, laranja, papa , agua, cheiroso, gostoso, coco, banho, nanar, orar, amem , sujo, descansar, etc... E para nos isso e muito natural pois ele convive com os irmaos Surdos e desde cedo, esta aprendendo a conviver com pessoas portadoras de uma diferenga . Em dezembrodo anode 2000 descobrimosatraves de uma amiga Ana Beatriz, interprete em Porto Alegre, que havia uma outra crianga Surda chama da Bruno Henrique (agora seu nome e Victor) tam bem com cinco anos, em um lar em Itajuba/MG, que teve uma historia semelhante a do Fernando de aban dono, rejeigao etc... Hoje ele esta ha um ano em nosso lar, ja possui um bom conhecimento na Lingua de Sinais, durante o ano de 2000 o acompanhamos ensinando a Lingua de Sinais e comportamentos para entao coloca - lo em uma escola, porque tivemos conhecimento atraves do lar em que ele estava, que era uma crianga de dificil convivencia . Na verdade, o que lhe faltava era este reconhecimento pela sua lingua e sua cultura . E no-
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Amarildo e Cleusa com seus filhos: (esq. para dir.) Victor, Vinicius Augusto e Fernando
PAGINA tavel o seu progresso depois que esta conosco. Por isso podemos dizer que e possivel uma integrate entre os dois mundos, quando ha respeito mutuo. Para finalizar queremos deixar uma orientato para os pais que tenha filhos Surdos, que em pri meiro lugar devemos respeitar o nosso filho, para que este respeito venha a ser refletido na sociedade, se hoje ha preconceito em relate) aos Surdos e porque os proprios pais tern dificuldades de aceita -los e ama los da forma que sao. Sabemos que a nossa experiencia e diferente, porque nos optamos por sermos pais de Surdos, e outras familias tiveram o sonho de ter seus filhos “ perfeitosM, mas nada justiflca o abandono ou a superproteqao do filho Surdo achando que ele e um defici ente e por isso e diferente dos demais.
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INTERPRETE
O Surdo e crianqa normal que precisa de amor, respeito e limites e isso so conseguimos passar para eles atraves da Lingua de Sinais. Com estas experiences vivida em casa e no tra balho que realizamos estamos participando de en contros como palestrantes sobre o tema filhos Surdos. Nos colocamos a inteira disposiqao para famili as de Surdos que queiram alguma orientate) nesta area . Estamos a frente do Ministerio com Surdos Si nai de Vida , na Primeira Igreja Batista em Suzano SP. Cito a rua: Monsenhor Nuno 504, Centro fone (11) 4748-4187 Fax (11) 4747-3467 amarildoacosta (a) ig.com . br ou sinal de vida @ ig.com . br. Cleusa de Araujo Julio Costa e Amarildo Aparecido Costa (pais de Surdos e Interpretes da LIBRAS). M
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Etica de Interpreta ao em Lingua de Sinais para as pessoas Surdas
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papel do usuario em uma situate* de Interpretaqao e: Respeitar a privacidade e o dever de imparcialidade do Interprete de Lingua de Sinais. No caso de querer criticar o Interprete de Lin gua de Sinais por seu trabalho, primeiro apresentar a sua critica diretamente ao Interprete em particular. Assumir sua responsabilidade na hora da Interpretative), interromper o palestrante ou professor e pedir explicates por si mesmo, o Interprete so interpretara . Conhecer as diferentes formas de comunicagao. Ter conhecimento das diferenqas entre a Lingua de Sinais e lingua oral. Ser consciente e participar na comunidade Sur-
da. 7. Ter consciencia do que e um Interprete de Lin gua de Sinais
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8. Nunca utilizar o Interprete de Lingua de Sinais como caderno de notas, agenda ou lembrete. E o Surdo que deve lembrar-se de seus compromissos. 9. Nunca utilizar o Interprete de Lingua de Sinais como juiz e a seu partido. 10. Ser ativo e tomar a iniciativa em discussoes. 11. Poder distinguir entre “ o Interprete em trabalho’' e “ o Interprete em privacidade” (vida particular). 12. Pensar na roupa e atitude quando vai apresentar em Lingua de Sinais e o Interprete tenha que in terpretar da Lingua de Sinais para a lingua oral. 13. Requerer que o Interprete de Lingua de Sinais tenha forma ao e qualificaqao continuas. 14. Saber que uma boa cooperate* com o Interprete e beneficio a todos os interessados. 15. Lutar pela remuneragao justa do trabalho do Interprete seja em particular, empresa ou instituiqao. M
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Nosso enderego e: RUA MAJOR AVILA N ° 379 TIJUCA - RIO DE JANEIRO RJ - CEP 20511-140 PABX.: ( 21) 2567- 4800 Fax / TDD: ( 21) 2284- 7462 Julho 2002
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IDENTIDADES
SURDAS
Os Estudos Surdos IProf3 Dra Nidia Limeira de Sa ste texto tem a intengao de abordar algu mas formas atraves das quais a socieda de define as identidades consideradas “ nor-
mals” e as “ anormais” , acabando, geralmen te, por oprimir um grupo em beneficio de outro, pelo uso arbitrario dos poderes e sa -
beres que nela se enfrentam. Destaca a situagao dos Surdos - um grupo que tem sido definido socialmente, antes de qualquer ou tra definigao possivel, como um grupo “ deficiente ” , “ menor ” , “ inferior ” - um grupo “ desviado da norma ” . Em diregao contraria, este trabalho junta -se a varios outros reafirmando um movimento que visa reconstituir a experiencia da surdez como um trago cultural, tendo a lingua de sinais como elemen to significante para esta definigao. Refere-se a trabalhos que tem contribuido para os cha mados Estudos Surdos. Os Estudos Surdos tem surgido nos movimentos Surdos organizados e no meio da intelectualidade inlluenciada pela perspectiva teorica dos Estudos Culturais, ou seja : os Estudos Surdos inscrevem -se como uma das ramificagoes dos Estudos Culturais, pois enfatizam as questoes das culturas, das praticas discursivas, das diferengas e das lutas por poderes e saberes. Segundo Carlos Skliar, “ os Estudos Surdos se constituem enquanto um progra ma de pesquisa em educagao, onde as iden tidades, as linguas, os projetos educacionais, a historia , a arte, as comunidades e as cultu ras Surdas sao focalizadas e entendidas a partir da diferenga , a partir de seu reconhecimento politico ” (1998, p. 5). Uma redefinigao de conceitos Os Estudos Surdos se langam na luta contra a interpretagao da surdez como defi ciency , contra a visao da pessoa Surda enquanto individuo deficiente, doente e sofredor, e, contra a definigao da surdez enquan to experiencia de uma falta . Ora , os Surdos, enquanto grupo organizado culturalmente,
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Mae de Surda, doutora em Educagao, com tese na linha de pesquisa sobre Polfticas Educativas para Surdos ( UFRGS), professora da Faculdade de Educagao da Universidade Federal do Amazonas,
coordenadora do Nucleo de Pesquisa sobre Politicas Educativas para Surdos da Amazonia, da FACED/ UA ( NUPPES- AM )
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nao se definem como “ deficientes auditivos” , ou seja , para eles o mais importante nao e frisar a atengao sobre a falta/deficiencia da audigao - os Surdos se definem de forma cul tural e linguistica (Wrigley, 1996, p. 12) . Qualquer pessoa que tenha relativo conhecimento da comunidade Surda sabe que a definigao da surdez pelos Surdos passa muito mais por sua identidade grupal que por uma caracteristica fisica que pretensamente os faz “ menos” (ou “ menores” ) que os individuos ouvintes. O conceito de surdez, como qualquer outro conceito, sofre mudangas e se modifica no transcurso da historia. Estamos atra vessando um momento de redefinigao deste conceito (Behares, 2000, p. 1 ). Historicamen te se sabe que a tradigao medico-terapeutica influenciou a definigao da surdez a partir do deficit auditivo e da classificagao da surdez (leve, profunda , congenita, pre- lin guistica , etc.), mas deixou de incluir a experiencia da surdez e de considerar os con textos psicossociais e culturais nos quais a pessoa Surda se desenvolve; e justamente destes aspectos, dentre outros, que os Estu dos Surdos passam a se ocupar. Quanto ao termo “ Surdo” , podemos dizer que e o termo com o qual as pessoas que nao ouvem referem -se a si mesmos e a seus pares. Podemos definir uma pessoa Surda como aquela que vivencia um deficit de audigao que o impede de adquirir, de maneira natural, a lingua oral/auditiva usa da pela comunidade majoritaria e que constroi sua identidade calcada principalmente nesta diferenga , utilizando-se de estrategias cognitivas e de manifestagoes comportamen tais e culturais diferentes da maioria das pessoas que ouvem . Nos estudos Surdos nao se utiliza a expressao “ deficiente auditivo ” numa tenta tiva de re-situar o conceito de surdez, visto que esta expressao e a utilizada , com preference, no contexto medico-clinico, enquanto que o termo “ Surdo ” esta mais afeito ao marco socio-cultural da surdez . Nestes Estudos se enfatiza a diferenga, e nao a deficiency porque “ cremos que e nela que se baseia a essencia psicossocial da surdez: ele (o Surdo) nao e diferente unicamente porque nao ouve , mas porque desenvolve
potencialidades psicoculturais diferentes das dos ouvintes” ( ( Behares, 2000, p. 2). Ora, a distingao entre Surdos e ouvintes envolve mais que uma questao de audiologia, e uma questao de significado: os conflitos e diferen gas que surgem referem -se a formas de ser. Esta questao e tao seria que Wrigley nos impacta com uma questao: Por que muitos Surdos alegam que nasceram Surdos, mas, na verdade, tornaram -se Surdos como resultado de alguma doenga ou outras razoes? Comenta o autor: “ O ouvinte ha de pensar que isto tem algo a ver com a ideia de ter estado doente, ou com o sentimento de perda , ou senso de culpa , pois, para o ouvinte, a surdez representa perda de comunicagao, exclusao, banimento, solidao, isolamento. Para os Surdos a explicagao e totalmente diferente: alegar uma surdez de nascenga significa nao estar “ contaminado” pelo mundo dos ouvintes e suas limitagoes epistemologicas de som sequencial ” (1996, p. 39). As expectativas sociais para com os Surdos Na maioria das vezes, alheia a estas questoes, a sociedade ve a surdez como uma deficiencia que futuramente ha de ser abolida atraves dos “ consertos” neurocirurgicos prometidos pela pesquisa medica , ou pela engenharia genetica, ou pela prevengao a doengas ( principalmente as que surgem mais nas classes desfavorecidas) . O aparecimento da surdez muitas vezes e visto como um mal , um contagio, resultante das mas condigoes sanitarias da classe desfavorecida ou da falta de cuidados familiares ou medi cos, ou mesmo como uma fatalidade, como “ castigo, punigao, ou situagao a que se esta ria exposto pela purgagao de culpas, da propria pessoa ou dos que a cercam " ( Sa ; Ranauro, 1999, p. 59) . E mais dificil ver citado o fato de que os Surdos surgem aleatoriamente nas sociedades. E certo que cada surdez e cada Surdo tem uma historia pessoal , como a tem qualquer pessoa, mas, geralmente a surdez e en carada de maneira pejorativa, como fruto uma falha, uma culpa, uma pobreza, uma fatali dade. Na verdade, sabe-se que a surdez estritamente genetica e bastante incomum, mas cientistas afirmam que 25 % da populagao humana carregam o gen da surdez.
IDENTIDADES A historia dos Surdos contada pelos ouvintes Em sintese, a historia dos Surdos, con tada pelos nao-Surdos, e mais ou menos assim : primeiramente os Surdos foram “ descobertos” pelos ouvintes, depois eles foram isolados da sociedade para serem “ educados” e afinal conseguirem ser como os ouvintes; quando nao mais se pode isola - los, porque eles comegaram a formar grupos que se fortaleciam , tentou -se dispersa - los, pa- ra que nao criassem guctos. A historia comum dos Surdos e uma historia que enfatiza a carida de, o sacrificio e a dedicagao necessarios para veneer “ grandes adversidades” . A historia tradicional enfatiza que os resultados apresentados geralmente sao pequenos, mas sao enobrecidos pelos esforgos dispendidos para consegui - los. Prefiro entender, no entanto, que a historia dos Surdos e mais produto de resisten cia que de acomodagao aos significados sociais dominantes. Segundo Carlos Skliar, como formas de resistencia ao poder do ouvintismo, os Surdos se serviram de expedientes tais como: “ o surgimento de associa tes de Surdos enquanto territories livres do
controlc ouvinte sobre a deficiencia , os ma trimonios endogamicos, a comunicagao cm lingua de sinais nos banheiros das institui goes, o humor Surdo, etc.” . Segundo ele, estes constituem apenas alguns dos muitos exemplos que denotam uma outra interpreta gao sobre a ideologia dominante (1998, p. 17). Chegamos ao quadro de dominagao dos ouvintes sobre os Surdos porque a socieda de tern repertorios interpretativos constituidos atraves da Historia, e estes repertorios instituem poderes e definem praticas que na maioria das vezes nao atendem aos interesses dos grupos colonizados. Mas, existe a resistencia , e, o agrupamento identificatorio dos Surdos com outros iguais, possibilitou a construgao de identidades que ultrapassa ram/ ultrapassam o pertencimento de classe e construiram identidades baseadas naquilo que alguns defendem como “ etnia ” da surdez. Wrigley traz uma figura interessante quando diz: “ a surdez e um ‘pais’ sem um ‘lugar proprio’. E uma cidadania sem uma origem geografica ” (1996, p. 12). Esta e uma questao interessante: O gru po das pessoas Surdas poderia ser considerado como um grupo etnico?” . A etnia e de-
SURDAS
finida, geralmente, atraves de duas dimensoes principals: raga e lingua. No caso das pessoas Surdas, a lingua e uma importante categoria definidora. “ As pessoas Surdas sao vistas como um grupo fisico diferente, isto e, como se fosse uma raga diferente, ou seja, elas se tornam racializadas atraves da lin gua - de sinais - diferente que utilizam . A definigao da identidade etnica e dependen te de um processo em que entra em conflito a forma como um grupo dominante define a etnia e a forma como um grupo etnico se define a si proprio. (...) O local da etnia , diz Davis, e um local contestado, numa luta para definir quern definira a etnia do grupo, quern a construira ” (1995, apud Silva , 1997, p. 11). Por esta via de interpretagao pode-se observer o quanto as questoes patologico-terapeu ticas sao distanciadas da complexidade da questao.
Caso esta “ etnicidade” seja considera da , sera possivel construir uma escola de Surdos que possibilite trocas culturais e o fortalecimcnto do discurso Surdo, trocas que possibilitem as comunidades manifestarem sua propria produgao cultural e sua forma de ver o mundo. Havera de surgir identida -
Universidade do Amazonas Tern Nucleo de Pesquisa Sobre Politicas Educativas para Surdos "0 discurso biblico sobre a deficiencia", se envolveram entidades como: a Secretaria J8 oi criado na Universidade do Amazonas o Muiraquita , e, ja esta providenci Estadual de Educagao do Amazonas, a Secreta pela
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Nucleo de Pesquisas em Politicas Educativas para Surdos - NUPPES- AM , ligado ao Programa de Pos-Graduagao da Faculdade de Educagao. Este Nucleo, coordenado pela Prof 3 Dra Nidia Regina Limeira de Sa , desenvolvera no Amazonas um trabalho semelhante ao desenvolvido pelo NUPPES da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, coordenado pelo Prof ° Dr ° Carlos Skliar. A professora Nidia transferiu -se da Uni versidade Federal Fluminense ( RJ ) para a Uni versidade do Amazonas e foi a primeira pessoa no Brasil a concluir na UFRGS o Curso de Dou torado em Educagao com enfase na Educagao de Surdos, defendendo a tese: "A produgao de significados sobre a surdez e sobre os Surdos: praticas educativas em educagao". Em 1997 publicou o livro "Educagao de Surdos: a cami nho do bilingiiismo", pela Editora da Universi dade Federal Fluminense; em 2000 publicou
Editora ando a publicagao do livro "Cultura , poder e educagao de Surdos". A professora Nidia e a mae de Nivia Carla , Surda de 14 anos. Apoiando o NUPPES- AM , enquanto fun cionario da UA, estara o Surdo Silvio Marcio Freire Silvio, que e o vice- presidente do Insti tuto de Desenvolvimento Integrado dos Surdos do Amazonas - IDISAM. No NUPPES- AM ja
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Da esq para dir : Silvio Marcio (Surdo) , Nidia Regina Limeira de Sa ( mae de Nivea ) , Nivea Carla Limeira de Sa (Surda )
ria Municipal de Manaus e o Instituto Filippo Smaldone. Fernando Valverde esteve presente na reuniao do NUPPES- AM , empenhando o apoio da FENEIS. E- mail do NUPPES- AM : nuppesOfua . br E- mail da Coordenadora: nidia @fua. br ou nidia @ internext.com . br
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REGIONAIS aceitavel ou nao, produzimos identidades aceitaveis e tendemos a excluir o que sai da norma . 0 objetivo e romper com o habitual para dar visibilidade a produ ao dos sentidos que vao surgindo na sociedade, fazendo com que nos posicionemos e sejamos posicionados.
des comunitarias e culturais pensadas a partir do que o grupo pensa sobre si mesmo. Desta forma os Surdos poderao reconstruir seu proprio processo de educagao, e terao vez no contexto escolar, afinal, e necessario dar vez as subjetividades silenciadas. Diga -se de passagem , a interpretaqao aqui levantada nao esta baseada numa perspectiva que ve mas intenqoes em tudo e em todos os que trabalham/ trabalharam com Surdos segundo outra perspectiva , significa uma tentativa de desvelamento dos criterios pelos quais nos, enquanto seres sociais, fa zemos as delimitaqoes quanto aquilo que e
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References bibliograficas BEHARES, Luis Ernesto. Novas correntes na educaqao do Surdo: dos enfoques clinicos aos culturais. Santa Maria, UFSM, [2000] (no prelo). p.1 -22 SA , Nidia Limeira. RANAURO, Hilma. O
discurso biblico sobre a deficiencia. Rio de Janeiro: Editora Muiraquita , 1999. SILVA , Tomaz Tadeu . A politica e a epistemologia do corpo normalizado. In: Revista Espaqo, Rio de Janeiro, n . 8, 1997. p. 3-15. SKLIAR, Carlos. Um olhar sobre o nosso olhar acerca da surdez e das diferenqas. . A surdez: um olhar sobre as In : diferenqas. Porto Alegre: Editora Media qao, 1998b. p. 7-32. WRIGLEY, Owen . The politics of deafness. Washington : Gallaudet University Press,
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Notidas Regionais A FENEIS do Rio Grande do Sul promoveu um Concurso de Desenhos para Surdos. Abaixo os trabalhos premiados: 1° lugar - Tania
Torres de Oliveira ; 2° lugar - Roberto Carlos, ambos sobre o tema Verao.
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Reuniao de Diretoria da FENEIS Como vem acontecendo desde sua fun da$ao, a Diretoria da FENEIS rcune-se men salmente para traqar os objetivos da entidade.
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Nas fotos abaixo cenas da reuniao que aconteceu em Belo Horizonte ,
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Deaf Way II. Surdos de Todo o Mundo se Reunem em Washington para uma Semana de Comemora oes GALLAUDET UNIVERSITY
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rntre os dias 8 e 13 de julho, Washington D.C. dei-
txou de ser apenas a capital dos EUA para se tornar a capital internacional do Surdos. Com previsao inicial de ter recebido 8 mil congressistas (entre Surdos, deficientes auditivos, ensurdecidos, Surdocegos, ouvintes, pais, estudantes, mem bros de outras minorias), a Gallaudet University abri gou eventos cientificos, artisticos, culturais e sociais. Segundo o Comite Organizador da DWII, os objetivos da programagao foram todos alcanqados: Incentivar o intercambio cultural entre Surdos de diferentes ra as, paises e convicgoes religiosas e politicas, enfatizando suas diferentes Linguas de Sinais, culturas, artes e historia . Discutir o papel da tecnologia usada por, para e no Surdo, avaliando o impacto de novas tecnicas na comunidade Surda. Divulgar a Arte e a Cultura Surda, atraves do FESTIVAL ARTISTICO E CULTURAL. Incentivar a tolerancia e compreensao entre Surdos, deficientes auditivos e ouvintes, atraves de discussoes cientificas abertas ao publico em geral. Incrementar as oportunidades para que os Surdos possam mostrar suas capacidades artisticas e profissionais em prol do desenvolvimento da hu manidade.
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0 PRIMEIRO DEAF WAY Planejado desde 1987, na mesma epoca do movimento “ Deaf President Now/ DPN ” ( movimento dos alunos e professores da Gallaudet University que obrigou a direqao da entidade a aceitar um Presiden te/ Reitor Surdo) , o primeiro Deaf Way aconteceu entre os dias 9 e 14 de julho de 1989.
Carol Erting, antropologa e professora da Gallaudet University, foi a idealizadora e grande incentivadora do encontro. Segundo suas proprias palavras, os motivos que a levaram a lutar pelo Deaf Way foram : “ Conheci inumeros Surdos em minha vida, pessoas que apesar de todas as dificuldades que precisam superar em suas vidas, encon tram tempo para se dedicar a atividades politicas, educacionais, culturais, sociais e artisticas em prol de suas comunidades Surdas. Tambem conheci lingiiistas, psicologos, soci ologos e outros profissionais que trabalham com os Surdos para aprender mais sobre sua lingua e sua cultura . Meu desejo era poder reunir Surdos e pesquisadores para compartilhar suas experiences ”
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O nome do evento, “ DEAF WAY” foi escolhido por significar tanto em ASL/Lingua Americana de Sinais como cm ingles oral o conceito de “ maneira Surda de viver ” , ou, como diriamos em portugues, “ o jeito Surdo de viver ” . A primeira ediqao do Deaf Way tinha uma ex pectativa de receber 500 congressistas e acabou recebendo 5 mil !!!!
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A PROGRAMAgAO Mais de 300 palestras e conferences. Centenas de apresentaqoes artisticas, grupos de teatro, performers, etc. Programaqao especial para jovens de 2 a 18 anos. Banquete de Gala ( 13 de julho). International Deaf Club todas as noites.
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A ABERTURA Por Chris Kaftan ( do site wwv.deafway.org), traduzido por Clelia Regina Ramos
POMPA E CIRCUNSTANCIA NA CERIMONIA DE ABERTURA Preenchido por efeitos visuais espetaculares e pela apresentagao de artistas internacionais, a Cerimonia de Abertura do DWII encantou uma audiencia de mais de 7 mil pessoas no Centro de
Convenes de Washington . 0 publico delirou com a primeira apresentagao, que incluiu marionetes e uma "onda" de pano colorido que desceu pelos degraus da escadaria da plateia , criando urn lindo tapete que a todos cobriu por instantes. Em seguida , os presentes foram brindados com a apresentagao do famoso mimico Surdo Sergei Chachelev, do nao menos famoso Cirque du SoleiL Linda Jordan , esposa do Presidente/ Reitor I. King Jordan , deu entao as boas vindas para todos os participantes do maior evento de celebragao da vida Surda desde o primeiro DWII em 1989. A senhora Jordan apresentou seu marido e, com flashes de luzes espocando sobre o palco, Dr. King Jordan discursou e declarou oficialmente abertas as festividades. Seguiram -se apresentagoes de: - Mr. Dream ( China ) - Pentimento ( Grupo Internacional) - OWN 's Deaf Theatre (Republica Tcheca ) - The Wild Zappers ( EUA ) - Toys Theatre ( Russia ) - Hong Kong Theatre of the Deaf (Taiwan ) - Robert Farmer ( Contador de Historias/Australia ) A Cerimonia de Abertura chegou ao final com efeitos visuais, fogos e jogos de luzes percorrendo a plateia , enquanto milhares de baloes coloridos caiam do teto sobre os presentes, enquanto o Presidente/ Reitor I. King Jordan e Linda Jordan eram delirantemente aplaudidos. Para alguns a inesquecivel noite terminou ali , enquanto outros seguiram para a sua primeira noitada no Internacional Deaf Club. A festa promete!!!
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go to house"
IMaria Cristina Pires Pereira
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Filhos do Silencio, Mundo do Silencio, Discipulos do Silencio, Lingua Silenciosa, Voz do Silencio, Louvor em Silencio, Esportes Silenriosos...o silencio sempre esteve relacionado a surdez nos filmes, livros e no dia-a-dia, mas confesso: nunca senti este tao falado silencio.
I Interprete de LIBRAS
|ma atilude dos ouvinles em geral, que causa mui | \Jla irritaqao nos Surdos e interpretes, e questionar sobre os sinais. Pessoas que nao tern conhecimen to da lingua de sinais, que estao a pouco tempo ten do contato com ela vem ensinar a seus usuarios habi tuais, que todo dia a usam como veiculo de intera ao, como utiliza -la “ corretamente” . E como se eu brasileira , falante do portugues, comeqasse a duvidar de quern fala e escreve um ingles em sua propria lingua ou de alguem que vive ou viveu em algum pais de lingua inglesa durante muito tempo. Seria , mais ou menos, como as situates absurdas mostradas abaixo: 1) Um ingles escreve “ I go home” . Espera ai “ eu vou lar ” , o que e isto ?! O correto e “ eu vou para casa ” . Onde esta o “ para ” ? Cade a preposi ao ??? E nao se usa “ lar ” , mas sim “ casa ” , por que eles nao usam “ casa ” ? O correto, nesta visao deturpada , seria “ I go to house” . 2) Uma norte americana diz que esta em casa: “ I am at home” . Ate que enfim uma preposi ao ! “ Eu estou a lar ” . Puxa vida , como eles escrevem errado ! Vamos corrigir: “ I am in house” . 3) Agora uma pessoa da Australia me informa: “ I am a sign language interpreter ” . Deixa eu ler I = eu , am = estou , mas ja comecei a me confundir. Entao eles usam “ am" para indicar os verbos “ ser ” e “ estar ” ? Como eles sabem quando e “ ser ” e quando e “ estar ” ? Sao conceitos bem diferentes. Vamos continuar: “ a sign language interpreter ” . E homcm ou e mulher ? Como descobrir ? Pelo contexto ? Duvido. Que confusao: sinal lingua interprete . Tudo trocado...O que ? Para eles lingua e linguagem e a mesma palavra! Haja paciencia! Vamos ver se enten di: “ eu estou/sou um/ uma sinal lingua/linguagem interprete” . Nao e “ sinal ” , mas “ sinais” . Esta eu nao aceito porque existe o plural que e “ signs” . Vamos adaptar a lingua inglesa a minha vontade: “ I am a female interpreter of language of signs ” ou “ I am an interpreter woman of language of signs” . Voces acham que alguem faria isto com a lin gua inglesa ? Claro que nao, imaginem, a lingua usa da internacionalmente ser posta em duvida para se adaptar a estrutura do portugues! Mas isto ocorre seguidamente com as linguas de sinais. Mesmo com toda a divulgaqao no meio da area da surdez que a LS e verdadeiramente uma lingua completa, com todos os elementos linguisticos, e isto ser repetido ate a exaustao, a maioria das pessoas ainda nao se deu conta de sua significaqao. Significa que a lingua
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de sinais e autonoma em sua estrutura, que nao precisa se modificar para ficar parecida com o portugu es, que se nos aprendemos linguas de estruturas com pletamente diferentes da nossa (chines, finlandes, hungaro...) , sem modifica - las, tambem a lingua de sinais nao pode ser corrompida .
SURDEZ E LINGUA DE SINAIS SILENCIO ?
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Filhos do Silencio, Mundo do Silencio, Discipulos do Silencio, Lingua Silenciosa , Voz do Silen cio, Louvor em Silencio, Esportes Silenciosos...o si lencio sempre esteve relacionado a surdez nos filmes, livros e no dia -a -dia , mas confesso: nunca senti este tao falado silencio. Acho os Surdos um dos grupos mais ruidosos que ja vi . Mas vamos analisar isto mais seriamente: Segundo definigao do dicionario silencio/silen cioso e: estado de quern se cala , ausencia de ruido, que nao faz barulho. Se considerarmos apenas o aspecto fisico talvez ate pudessemos relacionar os Surdos e sua lingua com a ausencia de ruidos. Claro que quern convive com Surdos sabe dos barulhinhos que os Surdos fazem : estalidos de lingua , respiragao, movimentos do ar na boca (soprar e aspirar) , bater de labios. Mas o verda deiro rumor vem da riqueza da lingua de sinais, do que ela comunica e expressa . Quantos de nos em sala de aula ou algum encontro de Surdos nao tivemos vontade de gritar (em lingua de sinais) ou, efetiva mente, gritamos: “ Calem as maos !!” Visualizem uma reuniao de Surdos, todos discutindo animados algum assunto, dando suas opi nioes, discutindo. Isto e silencio? Para aqueles que nao sabem o que a lingua de sinais representa sim , apenas um grupo de pessoas se movimentando. Agora nesta mesma reuniao alguem faz uma pergunta dificil de responder. As maos se “ calam ” , ninguem sinaliza , todos se olham , reina o maior...SILENCIO. Isto sim e silencio ! E sempre bom revermos os conceitos que usa mos para designar as pessoas: mudos e silenciosos e o estereotipo negativo da pessoa Surda . Nos sabemos que nao e assim.
E- mail: macripiper@ hotmail.com www.macripiper.hpg.com .br
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Viagens com Frandsco Rocha de pisar em solo australiano, passei alguns # mdias na Nova Zelandia . Sao tres lindas ilhas que formam aquele pais. Quando chcguei na Australia, a cidade da chegada foi Sydney, a capital do Estado New South Wales. Desde 1788 a Australia foi estabelecida e co mandada pela Inglaterra . Agora a Australia e independente. E o pais mais seco do mundo e com menos populagao por km 2. E chamada de pais-continente, por seu tama nho. A cidade de Sydney e muito bonita , onde tudo e muito limpo e quase nao existe poluigao. Fui visitar a Opera House (o maior local de eventos artisticos da cidade) , muito famosa e conhecida em todo o mun do. Neste local existem varios restaurantes, salas de musica e danga, teatro, concertos, etc. Tudo que e da area de shows. De la vemos tambem a famosa e conhecida Ponte de Feiro, com seus arcos, e que serve para o metro, trcm e carros. No passeio de barco pelo principal rio que corta Sydney ve-se a Ponte de Feiro, majestosamente construida . As atragoes naturais mais interessantes da Australia sao o coala e o canguru , que passeiam livremente em algumas areas do zoologico nacional em Sydney. La conheci outros animais que nao existem no Brasil, alem das plantas proprias de la . Algo mais sobre o coala . Ele dorme 19 horas por dia e so acorda antes se estiver com fome. O alimento mais con sumido por ele e a folha de eucalipto. Ele e muito engragado e suas garras sao muito pontiagudas. Ele parece um animal indefeso. Tambem experimentei uma comida propria da Australia , que e o Cangum ao Prato. Gostei . E uma carne vermelha e fibrosa e precisa chegar a mesa malpassada , para se revelar tenra e suculenta . Os nativos de la sao chamados de Aborigenes. Sao como os nativos do Brasil - Indios. Dizem que vivem no pais ha mais de 50 mil anos, e que repre-
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sentam a cultura mais antiga do planeta. Vivem pa cificamente com o homem branco. O turismo e explorado neste sentido, de conhecer aldeias e parques dos Tjapukai (aborigenes) , onde se pode entrar em contato com eles, sua lingua e cultura, pegas de artesanato, roupas, etc.
Quando se visita uma aldeia , eles vem com dan gas e musicas recepcionar os turistas e fazem apresentagoes de uso do bumerangue e os famosos instruments de sopro, que mais parecem cachimbos compridos de madeira . Este show tipico para turista ver, se refere a criagao do mundo, segundo a concepgao aborigene. Brisbane. E o nome da cidade onde aconteceu o XIII Congresso Mundial dos Surdos da WFD - Federagao Mundial dos Surdos , durante os dias 25 a 31 de julho de 1999. O estado se chama Queensland que tambem e conhecido por sua costa do sol . Ao longo da costa litoranea , vemos lindas praias organizadas e limpas, lindas cidades e parques, tudo muito bem infra -estruturado. A cidade do Congresso - Brisbane - e linda! Tudo e limpo, organizado e tudo funciona certo. E uma cidade charmosa e arrojada com suas construgoes e ruas bem sinalizadas. As pessoas sao educadas e muito receptivas aos estrangeiros. Que pais maravilhoso!
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Frandsco e sua amiga Collen, em Brisbane, seguram um koala i
Na foto da direita, Frandsco ao lado de um Tjapukai
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COMO E SER SURDO Autora: Vera Strnadova
COMUNICANDO A LIBERDADE Autora: Sandra Lucia Amorim
Atengao
A pessoa ou entidade interessada em receber os materials que se encontram a venda na Feneis devera remeter uma correspondence informando o material desejado com a fotocopia do comprovante de deposito do Banco do Brasil, agenda 3010- 4 , Conta Corrente 30450- 6 - Tijuca - RJ , no valor total da aquisigao Informamos que a cada livro
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solidtado devera ser acrescentada a importanria de R $ 5, 00 ( cinco reais ) referente as despesas de correio pelo envio do material para o local de entrega!
Agradecemos sua partiripa ao na difusao da Cultura Surda .
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E N D E R E g O S
Enderegos Importantes WEB SUE DA FENEIS NA INTERNET http:// www.feneis.com.br Visitem-nos!!!! Divulguem para os amigos!!!!! FENEIS/ RIO DE JANEIRO ( MATRIZ) Rua Major Avila, 379 Cep: 20511-140 Bairro Tijuca Rio de Janeiro/RJ PABX: ( 21) 2567-4800/ Fax/TDD: ( 21) 2284- 7462 e - mail: feneis@ ruralrj.com.br - ( geral) diretfns@ruralrj.com.br - ( diretoria) rhfeneis@ ruralrj.com.br - (recursos humanos) gplibras @ ruralrj.com.br - (Grupo de Pesquisa de LIBRAS e Cultura Surda Brasileira) secont@ ruralrj.com.br - ( setor de contabilidade) centrdoc@vento.com.br - (centra de documentagao)
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Trabalhando pela conquista da cidadania e valorizagao da pessoa Surda
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Coquetel e festa de comemora ao dos 15 anos de fundagao da FENEIS
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Encerramento da comemora ao pelos 15 anos da FENEIS com a presents dos Fundadores, da atual Diretoria e dos Diretores Regionais da FENEIS
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Homenagem da Diretoria da FENEIS ao Sr Francisco Estevao ( em memoria) que trabalhou durante anos como inspetor do INES e sempre colaborou de forma volunt&ria dedicada aos Surdos
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Durante o coquetel da FENEIS tivemos a honra de receber a ilustre visita do Vereador do Rio de Janeiro, Sr Otavio Leite
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Homenagem da Diretoria da FENEIS ao Sr Antonio Campos de Abreu atual Diretor Primeiro VicePresidente pelos trabalhos que realizou durante os mandatos em que era Presidente da FENEIS
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IMPRESSIONANTE
A TECNOLOGIA APROVADA
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PELA EQUIPE WILLIAMSF1 ACABA DE CHEGAR AS RUAS.
NO MUNDO DA FORMULA 1.
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