Revista Feneis 17

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Folo 1 e 2 - Inaugurate) da Feneis no Parana, em setembro de 2002. Os fundadores foram Antonio Mario Sousa D u a r t e, A n t d n i o Campos de Abreu, Karin Lilian Strobel e Iraci Elzinha Bampi Suzin.

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- Visita do Presidente da Feneis,

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Federate e orientou os surdos.

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de agosto passado.

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Foto 8 - Participate do presidente da Feneis Antonio M rio Sousa Duarte em palestra realizada na S* Semana da Pessoa Portadora de Deficiencia, de 26 a 31

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Foto 7 - Curso de Instrutoresdo Parana.

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Grupo Foto 6 respons vel pela Feneis no Distrito Federal.

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organizado ano passado pela Associato de Surdos do Estado (Asal). Com o g r u p o, o presidente da Feneis Antdnio Mario e de Karin Strobel.

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Foto 5 Comissao dos Interpretes do Libras no I Encontro sobre Direitos dos Surdos em Alagoas,

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Foto 4 Os diretores da Feneis no Cear£, Wilier Cysne Prado e Vasconcellos ( b esquerda) e Ernando Pinheiro Chaves [ b direita). No centro, o p r e s i d e n t e da Feneis Antonio M rio Sousa Duarte.

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desenvolvido pela

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Antdnio M rio Sousa Duarte, b Associate dos Surdos de Vitdria. Na ocasiao, ela expos sobre o trabalho

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editorial

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No I Encontro dos Diretores das Associates dos Surdos do Nordeste, na cidade de Recife, de 9 a 13 de outubro de 2002 , foram debatidos os avangos na vida da pessoa surda. O Encontro foi considerado um grande sucesso pela

populagao local e, recebemos muitas manifestagoes favoraveis via internet de nordestinosque parAntonio Mario Sousa Duarte e diretor -presidente da Feneis ticiparam do evento. Em Novembro, ocorreu o III Encontro Nordestino de Interpretes da Libras, onde foi ressaltada a importancia do papel do interprete na sociedade. Aproveitamos para agradecer aos colaboradores internautas que tern enviado e-mails de agradecimentos e apoio a Feneis. Tern sido de grande valor na nossa luta. ) a podemos contar com os escritorios da Feneis no Nordeste, Sudeste e Sul, onde ultimamente vimos promovendo encontros e seminarios para a comunidade. Futuramente pretendemos promover Encontros das Associates de Surdos no Norte e Oeste do pafs. Mais uma vez manifestamos nossa alegria e gratidao pelas conquistas que tivemos no ultimo ano com a aprovagao da Lei que oficializa a Lfngua Brasileira de Sinais ( Libras), de 24/04/02, e o apoio para a elaboragao do dicionario da Libras em CD.

ENCONTRO DOS DIRETORES DAS ASSOCIACOES DE SURDOS DO NORDESTE T® « tan * * DO Koaotr * Su«" NOS

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Palestra sobre Gestao para Balancete, Movimento de Caixa e Relatorio Anual u nuumn

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Representantes de diversas Associagdes de Surdos do Nordeste

Presidente da Feneis, Antdnio Mario, expondo na abertura do Encontro UL SURDOS

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Porto Alegre- RS 1 ® DIRETOR REGIONAL: Marcelo Silva Lemos 2 Q DIRETORA REGIONAL: Marianne Stumpf

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Suplentes 1 Q MEMBRO SUPI ENTE - Luiz Dinarth Faria 2° MEMBRO SUPLENTE - Luiz Geraldo F. A. Neto 3 ® MEMBRO SUPLENTE - Benedito Andrade Neto

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Brasdia-DF

Antonio Campos de Abreu DIRETOR SEGUNDO VICE-PRESIDENTE Max Augusto Cardoso Heeren

Vasconcelos

1 Q DIRETOR REGIONAL: Cesar Nunes Nogueira 2® DIRETORA REGIONAL: Silvana Patricia de

Belo Fiorizonte - MG 1 ® DIRETOR REGIONAL: Joao Rigueira Hissa 2 ® DIRETORA REGIONAL: Rosilene Fatima Costa Rodrigues Novaes

DIRETOR FINANCEIRO

DIRETORES REGIONAIS

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dos Reis 1 ® DIRETOR REGIONAL: Antonio Carlos Cardoso 2 ® DIRETORA REGIONAL: Ana Conceigao Mangueira de Aguiar Valen < a

CONSELHO FISCAL Efetivo 1® MEMBRO EFETIVO E PRESIDENTE - Carlos Alberto Goes 2 ® MEMBRO EFETIVO E SECRETARIA - Alzira Elaine

Sao Paulo-SP

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1 ® DIRETOR RLGIONAL: Vago 2 ® DIRETOR REGIONAL: Vago

3 ® MEMBRO EFETIVO - Delvan Cesar de Souza

Fernandes

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DIRETOR -PRESIDENTE Antonio Mario Sousa Duarte DIRETOR PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE

Moises Gazale DIRETOR FINANCEIRO ADJUNTO Washington Luis Barros de Oliveira

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Recife-PE

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Antonio Mario Sousa Duarte Presidente da Feneis

DIRETOR ADMINISTRATIVO Walcenir Souza Lima DIRETOR ADMINISTRATIVO ADJUNTO

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Um grande abrago,

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CONSELHO CONSULTIVO Presidente - Fernando de Miranda Valverde Secretaria - Shirley Vilhalva Lucia Severn da Costa Flaviane Reis do Carmo Rodrigo Rocha Malta

EDITORIA Editora e jornalista responsavel Nadia Mello (MT 19333) Secretaria de Reda ao e Anuncios Rita de Cassia L. Madeira

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Editora ao Rodrigo Sobral e Olga R. Santos

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Impressao: Grafica Mec

Tiragem 5.000 exemplares

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Levando em consideragao que a os surdos precisam estar inseridos no mercado de trabalho, a Feneis/RJ langou, com verba da Coordenadoria Nacional para Pessoa Portadora de Deficiencia (Corde), um projeto piloto do Curso de Instrutores de Informatica para surdos Pagina 6

TELEFONE PUBLICO PARA SURDOS R

MERCADO DE TRABALHO O advogado Carlos Renato FHernandes Alvarez fala sobre a parceria Feneis e empresas e explica por que contratar o surdo

Pagina 24 MOMENTO CRIANQA

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A Telemar instalou na sede da Feneis um telefone

publico para surdos. Alem de fazer ligagoes entre ouvintes, o aparelho e equipado com um teclado e visor. Com esses recursos, o surdo pode digitar suas mensagens e ler as respostas Pagina 18 4

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Revista da Feneis

Sbelmia Cirina, 2 anos, e filha de uma surda africana. Ela enviou seus desenhos para a pagina infantil. De uma olhadinha Pagina 29


O III Encontro

Nordestino de Interprete da Libras foi realizado em novembro de

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PAINEL CLOSED CAPTION N O

2002, na Casa

de Retiros Dolomiten Park, na Praia da Tabuba, em Fortaleza,

TELEVISAO PARA TODOS Data: 13 NOVEMBRO Z 00Z Hortrio: 18:30h a Z1:00h Local: AuditOrfo Padre Anchieta PUC RJ

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A Arpef e a PUC realizaram o II Painel Closed Caption no Brasil, no dia 13 de novembro.

Mais uma vez, as

duas institutes conseguiram reunir, numa mesma mesa, representantes

das emissoras do pafs em prol de um mesmo objetivo: televisao para todos

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Novob proyramab e proietos aguardam o novo ano

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Surdos tem acesso gratuito a Internet em Belo Horizonte

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A Feneis/BH inaugurou uma sala de Internet comunitaria. Isso foi possfvel por meio do programa do Governo de Minas Gerais langado pela Companhia de Processamento

de Dados

do Estado (Prodemge)

SUMARIO Editorial

3

Informatica

6

Comunicando

7

Cultura

8

Cartas

9

De surdo para surdo

10

Entrevista

11

Perfil

13

Vencendo Barreiras

16

Surdocegos

15

Notfcias Regionais

19

Internacional

23

Mercado de Trabalho

24

Espago Aberto

27

Infantil

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Myrna Salerno Monteiro recebeu homenagem do Governo Federal pela dedicagao a area de ensino da Libras Pagina 20


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Informatizacao para surdos ARQUIVO/ FENEIS

Projeto Feneis/Corde abre primeiro curso de instrutores de informatica para surdos Ter conhecimento em informatica hoje e primordial para a conquista de uma vaga a um emprego. Pensando nisso e principalmente levando em considera ao que os surdos tarnhem precisam estar inseridos no mercado de trabalho, a Feneis/R| langou, com verba da Coordenadoria Nacional para Pessoa Portadora de Deficiencia, Corde, um projeto piloto do Curso de Instrutores de Informatica para Surdos. A divulgagao do curso foi feita por meio de seu proprio site (www.feneis. com.br) e de cartazes afixados em lugares publicos. Em pouco tempo, mui tos e-mails foram enviados, dos quais 54 pessoas foram inscritas. A psicologa e tambem supervisora do curso, Maria de Lourdes Core, conta que 10% dos inscritos possuem nivel superior, porem, para esta primeira etapa, apenas 24 alunos foram selecionados. Os pre-requisitos basicos para inscrigao no curso foram ensino medio completo, nogoes de informatica e conhecimento da Lfngua Brasileira de Sinais. O curso e gratuito, tern uma carga horaria de 80 horas e as aulas sao ministradas duas vezes por semana em dois horarios diferentes (das 14h as 1 7 h e das 18h as 21 h). Foi dividi do em tres modulos: o primeiro, que ainda esta em andamento, refere-se a Psicologia da Aprendizagem do Surdo , ministrado por Maria de Lourdes. "Nele, de acordo com os

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parametros da Unesco,

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ensinamos basicamente aos alunos que a paz cor :i mega dentro de si mesmo, \ ou seja, se voce nao esta hi bem consigo mesmo, nao ( \ estara bem para o mun' do", explica. "Esse tipo de -‘ i ensinamento e essencial Integrantes da equipe do projeto no momento da aprendi A psicologa lembra que, mais do zagem, onde tambem trabalhamos a emogao, os sentidos, a memoria de que um treinamento de informatica, curto e de longo prazos de cada um", o projeto reforga que o surdo e apenas um portador de necessidades completa. Num segundo momento, os alunos especiais, possuindo o mesmo potencial que qualquer ouvinte. Os surdos verao na pratica 14 programas difetambem precisam acompanhar o rentes, tais como Word, Excel e Power Point, entre outros. Essa eta- processo frenetico em que o mundo pa do programa sera ministrada pela avanga. E compara: " Antes, no secoordenadora-geral do projeto e res- culo 18, cerca de 10 mil livros eram ponsavel pelo Setor de Informatica produzidos ao ano. No seculo 20, da Feneis, Andrea Giovanella. No esse numero passou a ser obtido ao final do curso, os alunos estarao dia. Hoje, no seculo 21, as pessoas aprendendo metodologia e didatica nao conseguem mais acompanhar todas as evolugoes pelas quais o especfficas a surdez. Um segundo objetivo do projeto e mundo passa. Temos que dar limi leva - lo a surdos do Brasil inteiro. tes para que possamos aprender bem Alem da apostila, esta sendo produ- aquilo que nos propomos a fazer. zido um vfdeo, com duragao de qua- Com os surdos, nao pode ser diferente", diz. tro horas, e um CD- Rom, onde estaO curso, de acordo com Maria de ra armazenado todo o conteudo do programa. Assim, o curso podera ser Lourdes, tern sido bem-aceito e confeito a distancia, encurtando cami - tado com uma participagao bastannhos e fazendo cada vez mais novos te ativa por parte dos alunos. "O conhecedores de informatica. Esta projeto ate aqui tern cumprido suas sendo preparado tambem um dicio- metas. Havendo a liberagao de nova nario especffico com vocabulario de verba, com certeza, novas turmas serao formadas", conclui. informatica em Libras. f

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IDEUS oferece curso »

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O Instituto de Desenvolvimento Economico, Urbano e Social (Ideus) e uma ONG brasileira que oferece cursos em diversas areas. Para margo deste ano, o Ideus tem programado o curso Portadores de Necessidades Educacionais Especiais: Conhecendo para Mudar Relagoes. Mais informagoes pelo telefone (21 ) 2447- 4233 ou no site http://www.ideus.org.br.

Ill Encontro de Pais de Filhos Surdos Foi realizado no dia 19 de novembro, na Escola Municipal Professora Olga Teixeira de Oliveira, em Duque de Caxias, o III Encontro de Pais de Filhos Surdos, tendo como tema Educagao, Surdez e Mercado de Trabalho. O objetivo do evento foi colocar os participantes em contato com as experiences profissionais de surdos, alem da divulgagao da cultura surda brasileira. Todos os presentes receberam pastas contendo material explicativo.

Ulbra Aconteceu nos dias 25 e 26 de outubro, na Unidade de Ensino Especial Concordia, no Centro Tecnologico da Ulbra, o II Encontro de Profissionais na Area da Surdez. Durante os dois dias de evento, os participantes assistiram a palestra Aspectos Neurologicos no Processo de Aprendizagem do Surdo. O evento contou tambem com duas mesas redondas, abordando os temas Educagao do surdo: Educagao Infantil ao Ensino Medio e Aspectos da Escrita e Leitura do Surdo. Houve um debate sobre as Novas Tendencias Tecnologicas dos Aparelhos Auditivos, com a fonoaudiologa

Claudia Munhoz Leal.

Maos que Falam

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No infcio de 2002, o Departamento Municipal de Educagao de Palmas (PR ) implantou, por meio do projeto Maos que Falam, o ensino da Lfngua

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Brasileira de Sinais ( Libras) nas turmas de 1 a a 4fl serie da Escola Municipal Senhorinha Miranda Mendes. A inclusao da disciplina permite a interagao entre os alunos do ensino regular e os do Centro de Atendimento da Educagao Especial, que funciona no local e do qual a instrutora de Libras da escola, Elaine Polo Fortunato, e aluna. A frente do projeto, esta a professora Melania Dalla Costa, que atua na area de Deficiencia Auditiva do Centro desde 1997. Ela orienta Elaine quanto a metodologia adotada em sala e a elaboragao de atividades, alem de mostrar a professores do ensino regular como agir ao receber alunos surdos.

Revista da Feneis - 7


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Companhia Teatro Absurdo A Companhia Teatro Absurdo, movimento cultural e de emancipagao social da pessoa surda, apresentou, de 21 de novembro a 15 de dezembro de 2002, no Institute Nacional de Educagao e Integragao dos Surdos (Ines), a pega de teatro A Ligao. A montagem tem uma produgao de altfssimo nfvel, dentro de padroes profissionais, de qualidade tecnica e artfstica indiscutfvel.

A pega trata de questoes historicas da comunidade surda. E toda interpretada por gestos e movimentos (pantomima), com uma magistral iluminagao, figuri no, cenario de epoca e som de primeira. Os atores, em sua maioria profissionais surdos, sindicalizados e formados pelo INES, dao um toque todo especial ao

espetaculo.

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109 aniversario da Asnat A Associagao de Surdos de Natal ( Asnat ) ira comemorar o 10Q aniversario de sua t'undagao em 2004. Para isso, organizara um grande evento com a presenga das Associates de Surdos de Ceara, Pernambuco, Joao Pessoa, Bahia e Mossoro (RN), entre outros. O encontro sera um momento importante para intercambio social e cultural entre todos os surdos do Brasil. Os interessados em participar ja podem entrar em contato com a Asnat pelo e-mail asnat94@bol.com.br.

Reparou que quando alguem precisa de c o n c e n t r a g a o p e d e s i l e n c i o ? Esta provado que o surdo posstii grande poder de c o n c e n t r a g a o . Por isso t e m u m a excelente produtividade no t r a b a l h o, p r i n c i p a l m e n t e e m f u n g 6 e s q u e e x i g e rn m u i t a a t o n g a o E e justamente para levar os surdos ao mercado de trabalho que e n t r a a FENEIS Federagao Nacional de Educagao e Integragao dos Surdos . Ela troina e capacita p e s s o a s c o m perda a u d i t i v a a desenvolvcrem c o m oxito as mais variadas fungoes . Agora, se voce e empresario , l i g u e para a FENEIS e c o n t r a t e um surdo. Voce so vai ouvir elogios . um

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Passeio da Federa ao Desportiva

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A Federagao Desportiva de Surdos do Estado do Rio de Janeiro convida a comunidade surda para um passeio de integragao ao Sftio Marcia e Monica, no dia 9 de fevereiro. Alimentagao e transporte estao inclufdos no prego, e farao parte das atividades campeonatos de volei e futebol de campo, gincana de 3 a idade e concurso de torcidas. Os interessados devem entrar em contato pelo telefone ( 21 ) 2253 - 1841 ou por meio do site http:// www.fdserj.hpg.ig.com.br.

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Revista da Feneis

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Contratar uni surdo nao e uma boa agao. E um horn negocio. FEDERAQAO NACIONAL DE

EDUCAQAO E INTEGRAQAO DOS SURDOS

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www. feneis.com.br


cartas do leitor

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ARQUIVQ PESBOAL

Site Feneis Ola, amigos surdos e ouvintes. Sei Libras desde 1989. Desde entao tenho muitos amigos surdos com os quais venho aprendendo muito. Adorei a pagina da Feneis, pois e muito instrutiva. Gostaria que quando houvesse cursos e palestras me avisassem. Abragos fortes.

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Rio de Janeiro , RJ

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O site da Feneis e maravilhoso. Gostei muito. Sou interprete de Libras, tenho 21 anos e fago faculdade de Letras. Acho muito importante a comunidade surda estar lutando pelos seus direitos, e os ouvintes precisam tambem participar desta luta. Assim, vamos conseguir a vitoria. Abragos.

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Nilton Camara de Oliveira Fortaleza, CE

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Professores e alunos da creche: historia em Lingua de Sinais Tenho 17 anos, estudo na 7 - serie da Escola Frei Pacifico. Gostei muito do site. Vou fazer a assinatura da Revista da Feneis porque quero saber sem pre mais. Michele Soares Fabretti Porto Alegre, RS

A pagina esta otima! Venho acompanhando o trabalho da Feneis ha algum tempo e a cada dia fico mais contente com o empenho e desprendimento da instituigao. Fago votos que continue crescendo e renovando suas forgas a cada dia. Cristiane Macedo Brasili, DF

Maineri. Desenvolvi uma atividade contando a historia do livro aos alunos do Maternal e Jardim I da ApadaNiteroi. Foi possivel observar que o livro e de boa qualidade e tern boas ilustragoes. Uma aluna de 3 anos, que entrou na creche aos 7 meses, aprendeu a Lingua de Sinais cedo. Ela ficou muito triste e afastada da turma ao termino da historia. Perguntei o que tinha acontecido, e ela disse que sentia saudade do pai. E fundamental falar sobre a vida dos surdos para as criangas o mais cedo possivel, para que possam cons truir a sua identidade. Ex -professora da creche ,

Luciane Rangel , RJ

Gostei do site ! Melhorou muito. Parabens! Continue lutando em favor dos surdos do Brasil. Beijos! Mariana Brasili , DF

Revista da Feneis A Revista da Feneis nQ 13, de janeiro, falou a respeito do livro Tibi e Joca , dos autores Claudia Bisol e Tibiriga

Miss Surda Sou Lfgia Cacau, interprete de Fortaleza, e atuo na Associagao dos Sur dos do Ceara ( Asce). Em Abril de 2003, a nossa associagao comemora 20 anos e gostanamos de promover urn desfile contando com a participagao de surdas de todo o Brasil. Estou escrevendo para saber se existe algu-

ma entidade ou associagao responsavel pela organizagao desse evento. Estamos pensando em promover o Miss Brasil Surda, mas gostaria que nos informassem se ja houve outros eventos desse tipo. A Feneis e a responsavel por esses eventos? Existe outra entidade que possa nos infor mar melhor? Aguardo resposta! Lfgia Cacau, Fortaleza, CE

Feneis responde Acreditamos que um evento como o que pretende realizar sera um suces so. Informamos que nao existe ne nhuma entidade ou associagao res ponsavel por concursos de Miss Sur da no Brasil. Algumas associagdes fazem tais concursos em suas re gides de forma independente. Nao ha um orgao responsavel por esse tipo de evento na Comunidade Surda Brasileira. Nos colocamos a disposigao para divulga-lo na Revista da Feneis e na Home Page tambem. Agradecemos o contato.

Revista da Feneis - 9


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de surdo para surdo

Conclui o curso, estou formada Meu nome e Renata, sou surda. Nasci assim e ninguem sabe por que, nem os medicos. Sem pre convivi com surdos. Estudei desde bebe na Escola Especial Concordia de Porto Alegre ( RS ) e me formei no ensino medio em uma escola para ouvintes. Quero falar do meu curso

profissionalizante de protese dentaria, que conclui em agosto. Primeiro eu sonhava em ser dentista, mas o curso era muito caro. Minha mae sugeriu que eu fizesse o curso de protese. En trei primeiro em uma escola aqui em Porto Alegre com Lfsia, uma amiga surda. Uma outra amiga, tambem surda, chamada Paula, quis entrar na escola, mas antes nos fomos

conhecer outras. Conhecemos a Escola Dr. Bernardino, em Canoas, e achamos muito boa.

Pensei muito em desistir da outra escola porque eu

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mestre. Na outra

escola, o ensino era muito diffcil.

Ja na Dr. Bernardino era diferente. O ensino era

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maisorganizado e os professores

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muito bons. Foi assim que come- Na ocasiao da formatura, Renata (a esq.), feliz, ao lado da gamos a estudar na Dr. Bernardino. montar um laboratorio e preci Nao posso dizer que foi facil, so ter um pouco mais de experi mas conseguimos com a ajuda encia, mas estou procurando dos professores, de interpretes emprego. para as aulas de teoria e dos coEnquanto nao estou atuando na legas. Foi muito boa para mim minha profissao, dou aulas como a experiencia em uma escola instrutora de Libras da Feneis ( RS) normal. Ainda nao estou traba- e adoro ensinar e mostrar aos Ihando na area porque para ouvintes a nossa Lfngua.

reflexao

Denisson Willian S. Almeida

Respeito as diferencas Conta-se que varios bichos decidiram fundar uma escola. Reuniram-se e comegaram a escolher as disciplinas. O Passaro insistiu para que houvesse aulas de voo. O Peixe para que o nado fizesse parte do currfculo tambem. O Esquilo achou que a subida perpendicular em arvores era fundamental. E o Coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse inclufda. E assim foi feito. Inclufram tudo, mas cometeram um grande erro. In sistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos ofereci 10 -

Revista da Feneis

dos. O Coelho foi magnffico na corrida, ninguem corria como ele. Mas queriam ensina - lo a voar. Coloca ram - no numa arvore e disseram: " Voa Coelho !". Ele saltou la de cima e pluft ! Coitadinho, quebrou as pernas. O Coelho nao aprendeu a voar e acabou sem poder correr tambem. O Passaro voava como nenhum outro, mas o obrigaram a cavar buraco como a Topeira. Quebrou o bico e as asas. Depois nao conseguia voar nem cavar buracos. Sabe de uma coisa ?

Todos nos somos diferentes uns dos outros e cada um tern uma ou mais

qualidades proprias. Nao podemos exigir ou forgar para que as outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham as mesmas qualidades. Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que eles sofram. No final, eles poderao nao ser o que querfamos. E ainda pior. Eles poderao nao mais fazer o que faziam bem- feito. Respeitar as diferencas e amar... Texto enviado por Karen Lilian Strobe!


IM Entrevista

Por Celso Badin*

Revista da Feneis: conquistas e sonhos publicados A Revista da Feneis esta entrando no seu quinto ano com uma /

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trajetoria que acompa nha a luta pelos direi tos dos surdos no Bra sil. Aos poucos, con quistou credibilidade e um publico fiel, com posto de pais, profissionais e amigos, alem da prdpria comunidade surda. Diante das bar reiras de comunicagao que distanciam os surdos da informagao, a Revista tern resgatado esse direito inerente a todo cidadao. Lei a na entrevista abaixo um pouco mais sobre esta

revista da

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FENEIS

publicagao. Celso Badin - Como surgiu a Revista da Feneis? Revista da Feneis - Surgiu em 1999, a partir da necessidade de um material informativo com um conteudo mais profundo e reflexivo. Alem de despertar o interesse do proprio surdo, a Revista garante o acesso a informagoes sobre questoes ligadas aos direi-

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Ano I. niimcro 1 janeiro/marco 1999

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vos companheiros e ampliarmos a tarefa de cuidar da comunicagao genufna.

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“ 0 lanpamento da primeira Revista foi considerado um grande desafio pela prdpria diregao da Feneis e por todos os envolvidos direta e indiretamente no projeto� tos e as lutas da comunidade surda brasileira, inclusive o de comunica ao. A publicagao e tambem um espago para pais, profissionais e amigos de surdos que

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anseiam por ver garantida a expressao da comunidade em todas as areas e lutam todos os dias por meIhores condigoes de vida para o surdo. De acordo com o Editorial da Revista numero 1, no que se refere ao langamento da Revista, a Diretoria da Feneis ressal ta o desejo de que ela seja a porta para agregarmos no-

CB - Quem e o criador da Revista? RF - Foi criada pelo Setor de Comunicagao da Instituigao ( Secom), na epoca em que a jornalista Clelia Ramos esteve a frente dos

trabalhos de assessoria de imprensa e publicagoes. Antes da Revista, a Federagao Nacional de Educagao e Integragao dos Surdos (Feneis) possufa um Jornal (tabloide, de 8 paginas) e alguns projetos ja realizados nessa area, que, de certa forma, abriram a porta para a Revista. Na verdade, a caminhada de quase 10 anos do Setor e a visao de comunicagao por parte da diRevista da Feneis - 11


gem ainda mais simples, o Jornal da Feneis possibiIitara um acesso maior do surdo as notfcias envolvendo assuntos de seu interesse. Estamos trabalhando tambem para uma Revista cada vez melhor, aperfeigoando seu projeto grafico e incluindo um numero maior de reportagens.

retoria em todos esses anos possibilitaram a realizagao e a permanencia do Projeto da Revista ate os dias de

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2002

Edicao Historica

hoje. CB - Como foi possfvel Ian gar a Revista da Feneis? RF - O langamento foi

considerado um grande desafio pela propria di regao da Feneis e por todos os envolvidos di reta e indiretamente no projeto . Naotmhamos verba para algo tao caro. A edigao de uma L revista e sempre oneroNa sua caminhada, a Revista evoluiu sa. Os custos da elabona sua qualidade ragao e produgao ate a editorial. Datas sua fase final, na graficomo os 15 anos ca, sao bastante elevada Feneis foram dos. Foi preciso ademarcadas por quar o projeto a reali publicagdes dade financeira da Feespeciais. deragao sem que perAs mudangas desse em seu conteudo no projeto grafico e conteudo, e prejudicasse seu objeno apresentadas tivo. O apoio da Prefeinumero ultimo tura e mais tarde o pa (ao lado ), ganham trocfnio da Petrobras mais cor e novo nos ajudaram a manter nesta

CB - A Revista da Feneis conta com patrocmios? RF - Sim. Contamos por muito tempo com o patrocfnio da

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a Revista.

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Petrobras e o apoio da Prefeitura. Mas a ideia e buscarmos novas parcerias, afim de avangarmos nao apenas na Revista, mas em todos os demais projetos da Feneis na area de comunicagao.

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sempre ques toes pertinentes ao surdo. Te mos

CB - Por que investir no projeto deuma revista? RF - Nao temos apenas o projeto de uma revista na area de comunicagao da Feneis. Na re alidade, acreditamos que uma comunicagao realmente efici ente pode ajudar em muitas conquistas. A medida que di vulgamos os trabalhos, acredi tamos que ganhamos mais pro 12 -

Revista da Feneis

jegao na sociedade e rompemos

barreiras como a desinformagao e o preconceito. Alem disso, divulgamos de forma mais efetiva a Libras e a cultura surda brasileira. Temos tambem um site na internet (www.feneis.com. br) e muitas propostas novas para o ano de 2003, entre elas a volta do nosso jornal . Com uma distribuigao ampla e uma lingua-

priorida-

des como a Lingua Brasileira de Sinais (Libras) e Mercado de Trabalho para a pessoa surda. De um modo geral, abordamos assuntos diversos na area de educagao, comportamento, saude, eventos,

informatica e cultura, entre outros. Celso Badin e surdo, escritor e instrutor celsobadin @ hotmail.com Responsavel petas respostas: Nadia Mello, redatora da Revista da Feneis e assessora de imprensa.


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Por Paula Damas

perfil

Atuando em prol dos surdos 0 ensino da Libras e a luta por igualdade de condigoes fazem de Myrna um referendaI na area educadonal Igualdade social,

NADIA MELLD

uma universidade para surdos, maior acesso ao nfvel superior e a

existencia de escolas primarias com ensino em Lingua de Sinais. Esses sao alguns dos sonhos da paulista Myrna Salerno Monteiro, que acredita na afirmagao da identidade da pessoa surda por meio do ensino, aprendizagem e divulgagao da Libras. Myrna completou o ensino fundamental numa institui; < ao oralista e teve que frequentar uma escola de ouvintes tambem para cursar o ensino medio. Aos 18 anos, se formou em Tecnica de Contabilidade pela Escola Tecnica Pedro II. Incentivada pela famflia, ingressou na Faculdade de Artes Plasticas, na Fundagao Armando Alvares Penteado (Faap), concluindo o curso em 1980. Fez estagio durante um ano na area de Comunicagao Visual. Na institui ao bancaria em que Myrna trabalhava, um surdo comentou sobre a professora de Lingiifstica, Lucinda Ferreira Brito, que mais tarde ela conheceu em uma reuniao com varios outros surdos. Esse foi o seu primeiro contato com um grupo de discussao sobre os direitos dos surdos e a Lingua de Sinais. O objetivo do encontro era fundar uma Comissao de Defesa e Direito dos Surdos em Sao Paulo. Na epoca, Lingua de Sinais se chamava Lingua de Sinais de Centros Urbanos Brasileiros (LSCB). Foi a

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Myrna Salerno Monteiro: trabalho arduo para divulgar a Lingua de Sinais

partir dessa reuniao que Myrna passou a se interessar pela area de Linguistica. Ja atuante no grupo, participou de uma palestra na Associagao para Deficientes de Audio-Visao (Adefav) e acabou sendo convidada para dar aula de Lingua de Sinais. Foi um grande desafio. Junto com outro surdo, atuou como instrutora. Esse foi um passo marcante, pois foram as primeiras pessoas surdas a desenvolverem a tarefa do ensino de Lingua de Si nais, o que ate entao so era feito por ouvintes. Tempos depois, Myrna, que na epoca estava trabalhando numa firma de arquitetura, recebeu um convite da professora Lucinda Brito para fazer um curso de especializagao em Linguistica, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Era algo totalmen-

fora da minha area de atuagao. Conversei muito com minha famflia e fui incentivada a aceitar a proposta. Foi uma decisao muito diffcil", revela Myrna, quechegou ao Rio de Janeiro em 1991 . Paste

sou por momentos diffceis ate encontrar um local fixo para residir. Chegou a pensar em largar tudo e voltar para Sao Paulo, mas, aos

poucos, foi conhecendo outras pessoas surdas. Para se manter, deu aulas de Libras na faculdade, em cursos de extensao. Nessa ocasiao, ja tinha conclufdo os cursos de Contribuigoes de Linguistica para Problematica de Linguagem e Surdez ( 1991 - 1992) e o de Linguistica Aplicada ao Ensino do Portugues ( 1994-1995 ). Em 1997, passou num concurso para a vaga de professor optativo e ate hoje da aulas de Estrutura da Libras. Revista da Feneis - 13

*


ARQUIVD P E S S O A L

Crescendo com a Feneis

O Ceel substituiu o antigo

de Educagao (Seduc) e coordena os setores de Ao lado da professora Interpretes ( Seint), InforTania Amara Felipe, que matica (Inform) e Libras tambem fazia parte do gru(Selibras, nova nomencla po de pesquisa da Lingua tura do antigo Coolib ) . gem e Surdez da FaculdaEsse ainda e um espago de de Letras da UFRJ, novo e esta em processo I myrna apresentou a Feneis J de desenvolvimento e pesquisas desenvolvidas solidificagao dos traba sobre a Metodologia da Ihos. " A prioridade para Lfngua de Sinais. Na Fede- Homenagem em Brasilia: reconhecimento pelo seu 2003 e oferecer cursos ragao, em 1992, realiza- trabalho. Para a mae (a direita) , Myrna e o orgulho ' para surdos em todas as ram um projeto por cerca da familia areas e promover enconde um ano. Ao longo do , Es diversos informa tros Myrna, que e a coorviajou para " pesquisa tempo, desenvolveram varios trabalhos. Em 2001, em parceria com tados brasileiros, desenvolvendo e denadora do Ceel. Outros Centros o MEC, langaram uma segunda difundindo essa nova metodologia como esse tambem foram criados nos Escritorios Regionais de Sao edigao do livro Libras em Contex - de ensino. O reconhecimento pelas ativida- Paulo, Belo FHorizonte, Porto Aleto. Acompanhado de uma fita de vfdeo, ele traz material de estudo des desenvolvidas veio com a ho- gre, Brasilia e Recife, que desenpara o aluno e o professor. Nessa menagem em Brasilia, conferindo volvem atividades de acordo com nova edigao, Myrna, com o grupo a Myrna Salermo Monteiro o grau as necessidades e realidades de de pesquisa da Feneis, elaborou de Cavaleiro da Ordem Nacional cada local. " A universidade abriu novos hoorientagoes de como preparar uma do Merito Educativo, premio concedido destaca se a rizontes pessoas que para mim ", destaca aula de Lfngua de Sinais, como definir os objetivos e o conteudo ram entre os demais educadores Myrna, que ainda pretende cursar a serem utilizados para o ensino por qualidades de cultura e dedi- mestrado e tern procurado colocagao ao ensino. "Foi uma surpre- car em pratica na Feneis tudo o de Libras. Durante a produgao desse ma- sa para mim essa indicagao, mas que aprendeu durante a sua cami terial, que contou com apoio do acredito que essa homenagem seja nhada de estudos. Para ela, cada MEC, ela esteve envolvida com um reconhecimento do governo ao regiao do pafs deve trabalhar a um Curso de Capacitagao de Ins- nosso trabalho", declara Myrna, questao da pesquisa, sendo necestrutores e Multiplicadores de Li - que recebeu com emogao o Meri - saria a sua divulgagao em ambito bras, em Brasilia. Em varios Esta - to de Honra da mao de um dos re- nacional, para que os objetivos, didos, era desconhecida essa presentantes do governo de reitos e ideais dos surdos sejam al metodologia ou nao existia mate- Fernando FHenrique Cardoso. A cangados. "Ja avangamos muito rial adequado para coloca- la em linguista Tania Amara Felipe tam- com a melhoria do material didapratica. Por meio desse curso, o bem foi homenageada na ocasiao. tico e a existencia de instrutores surdos", revela Myrna, que gostatrabalho desenvolvido pela Feneis/ e Experiencias ria tambem de um dia ver ampliaRJ ficou conhecido em todo o pafs. futuros objetivos do o espago ffsico da Feneis. "O Cerca de 80 surdos participaram das resultado Como experiencias espago e pequeno: Isso limita o dedo evento e os aprovados volta ram para os seus locais de origem colhidas ao longo do caminho, foi senvolvimento de algumas atividacom a incumbencia de divulgarem criado um novo espago na Feneis/ des, mas espero que a Federagao essa nova metodologia. Durante RJ denominado de Centro de Estu- cresga cada vez mais, expandintodo o ano de 2001, o grupo de dos e Educagao em Libras (Ceel). do seus trabalhos", conclui. setor

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14 - Revista da

Feneis


surdocegos

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- “construindo possibilidades”

A escolarizacao do surdocego Em primeiro lugar, precisamos conhecer melhor o surdocego para poder falar de sua escolarizagao. Costumamos dividir os surdocegos em dois grupos bem diferenciados: O primeiro e formado por indivfdu os que adquiriram a surdocegueira antes de dominar uma linguagem, isto e, antes de aprender a falar e/ou comunicar- se por meio de Lfngua de Sinais. O segundo e formado por aqueles que adquiriram a surdocegueira apos terem domfnio de uma linguagem: seja uma lfngua falada (oral) ou Lfngua de Sinais. Para cada grupo, ha necessidade de uma abordagem educacional diferente. No primeiro, trata- se de introduzir comunicagao, o que vem exigir uma metodologia bem especffica, com a utilizagao de todos os

der as condigoes de cada uma, respeitando as possibilidades e caracterfsticas individuais. Apesar de muito rara, a linguagem oral pode ser uma opgao. No entanto, o mais comum e que haja o

com sucesso

vai atender. Necessita tambem conhecer Braille. A leitura e escrita para um surdocego total sera por meio desse metodo. Nesse particular, ele se aproxima mais do cego e

de suas especificidades. Todas essas possibilidades podem dar certo desde que se prepare muito bem as famflias, tanto do surdocego como dos colegas, dos profissionais que irao • participar do processo e mesmo dos amigos de classe que irao recebe-lo. > Futuramente falaremos da escolarizagao s do segundo grupo. i

FOTOS: ADEFAV

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Todo surdocego total necessita de um guia-interprete treinado na forma de comunicagao do aluno que

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domfnio da Lfngua de Sinais. Se isso acontecer, torna- se mais facil a inclusao dessa crianga, seja na famflia, na comunidade e ate mesmo na escola. Mesmo para a crianga que tern facilidade em desenvolver comunicagao, que se mantem presente, atenta e interessada, com alto nfvel de desempenho, sempre sera util que frequente um atendimento especializado para receber apoio individual e para que sua famflia tambem receba o suporte e informaqao necessarias. Para essa crianga ser inclufda numa escola de surdos ou na escola comum, e necessario que seja bem avaliada, verificando- se que possibilidades tern de frequentar

recursos necessarios para que se descubra qual a forma de comuni cagao aceita pela crianga (geralmente sao criangas que estao nesse gru po), e a partir daf desenvolver uma

Muitas cri angas desse grupo apre -

surdos ou uma classe de ouvintes com um interprete de Libras ou se necessita de um guia-interprete. Tudo vai dependerde sua possibilidadede comunica ao e suas caracterfsticas pessoais. Tern bom aproveitamento visual para captar Libras a distancia, seja por meio de uma professora de classe de surdos ou de um interprete em sala de ouvintes? Caso nao tenha possibilidade de visualizar a Libras, vai necessitar de um guia-interprete que faga Libras em suas maos.

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Ana Maria de Barros Silva Consultora em Surdocegueira da Adefav

c Duas surdocegas de Fortaleza: Heldyene ensinando a Patricia o gesto de Casa

Novos telefones: (011 ) 274 6745 ou 273 9333 E -mail: adefav @ aol.com

Revista da Fenels - 15


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Por Sandra Lucia D. Almeida , do Centro de Produgao de Legendas

Televisao para todos Representantes de varias emissoras participaram do II Painel Closed Caption A Arpef e a PUC realizaram o II Painel Closed Caption no Bra sil, no dia 13 de novembro,

lotando o Auditorio Padre Anchieta da Universidade. Mais uma vez, as duas instituigoes conseguiram reunir, numa mesma mesa, representantes das mais expressivas, e ate concorrentes, emissoras do pafs em prol de um mesmo objetivo: televisao para todos. E abordaram temas como Closed Caption: o som alternativo na tv ; Closed Caption : no Brasil tern, mas poucos sabem; Educagao e Au diqao: se uma faz falta, imagi ne as duas; e Cinema Nacional Legendado: um objetivo a con quistar. O evento mereceu notas em jornais importantes como O Globo e o Jornal do Brasil, publicagao em sites de surdos e de pessoas envolvidas com a causa, alem de uma vinheta co municando o evento, patrocinada e veiculada pela Rede Globo de Televisao. O vice-reitor da PUC, Padre Pedro Magalhaes Guimaraes Ferreira, abriu o evento expressando a satisfagao da universi dade de abrir suas portas para tao importante evento. Isso porque esta envolvida nao so com a responsabilidade de instruir e formar os jovens, mas tambem com projetos sociais diversificados nas areas de Educagao e Cultura. 16 - Revista da Feneis

Marcia Martins, do Departamento de Letras da PUC, mediou o evento, falando da sua alegria por participar de tao importante iniciativa em prol da extensao da

e de como estava contente por tomar conhecimento de que o seu trabalho tinha uma extensao e um complemento, referindo- se as informagoes nao- literais nas legendas, tao importante para os

inclusao social de uma parcela significativa da sociedade brasileira e apresentou os integrantes da Mesa. Helena Dale Couto, representando a Arpef, falou da historia dessa instituigao na luta pela implementagao do closed caption na televisao brasileira, explanando sobre o que e, para que serve e principalmente para quern se destina. Mostrou tambem um vfdeo apresentando a instituigao e o trabalho realizado durante os primeiros 10 anos. Danielle Soares, tradutora, explicou os processos de tradugao e legendamento aberto subtitling

surdos brasileiros.

As emissoras com a palavra Pela Rede Globo de Televisao, Lacy Barca, gerente de Projetos Sociais, relembrou que a Globo foi pioneira no uso da tecnologia de closed caption no Jornal Nacional, em 1997, e que, atual mente, todos os telejornais de alcance nacional, os filmes da Sessao Tela Quente, o Fantastico e o Programa do Jo contam com o recurso da legenda oculta. Anunciou, tambem, que os filmes da Sessao Festival Cinema Nacional FOTDS: ARPEF

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Durante o evento, as palestras contaram com interprete de Lingua de Sinais

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vimento social, informando ja estar a procura de patrocinador para legenmentes solicitagoes dos dar sua programagao, M-l surdos, ja estaria sendo pois a emissora possui : estudado. A Globo esta m m recursos. poucos ny investindo na tecnologia Pela Rio - Filme, Gerdo closed caption e, hoje, mana Lucia de Araujo, a propria emissora faz o gerente de vfdeo, iguallegendamento dos promente emocionada quan, usando vivo ao a gramas to as reivindicagoes do tecnologia Voice Recogdesejo dos surdos de ver ^ nition (um software de re- 0 evento lotou o auditorio da PUC, no Rio de Janeiro e "entender " o cinema conhecimento de voz). nacional, informou que Pelo SBT, Romeu Paris, dire- televisivos: Show do Milhao, ja esta previsto o langamento de tor operacional, abordando o Domingo Legal, SBT Reporter, TJ alguns classicos do cinema na tema Closed Caption: o Brasil Manha , Jornal do SBT, De Fren - cional, a princfpio em DVD, tern, mas poucos sabem, infor- te com Gabi , Hebe, Falando com o langamento do filme, gamou sobre a seriedade com que Francamente, Programa do Ra - nhador de diversos premio na foi tratada a adogao da legenda tinho, llha da Sedugao e a no- epoca, Deus e o Diabo na Terra oculta pela emissora, pois pre- vela Marisol. A seriedade e o do Sol, uma produgao do notatende, uma vez que a legenda- envolvimento com que o SBT vel Glauber Rocha. E num tom gem fosse adotada, torna - la vem conduzindo a adogao des- de esperanga mencionou: irreversfvel, isto e, nao voltari - se recurso ficou clara quando os "Quern sabe, logo, logo, nao team atras quanto a sua utilizagao. surdos escreveram solicitando a remos uma sala de exibigao esInformou tambem que a emis- adogao de tres linhas para o CC pecial para os langamentos nasora encara a adogao do closed on- line e que foi imediatamente cionais com filmes legendados". A representante da Feneis, Lucaption nao como "mera libe- disponibilizado pela emissora. ralidade", mas como uma real Pela Fundagao Roberto Mari- cia Severo, agradeceu a todos os conscientizagao do dever soci- nho, Ricardo Pontes falou do presentes, principalmente as al de levar a essa parcela da so- enorme sucesso alcangado pela emissoras que, derrubando as ciedade o acesso a um direito: adogao do Telecurso 2000 - ver- barreiras comerciais da concoro da informagao e entretenimen- sao legendada nas chamadas rencia, se uniam num mesmo to. Tanto e assim que a propria Telesalas, mostrando um vfdeo evento para debater nao so a emissora ja recusou patrocina- de uma das aulas de Portugues importancia da evolugao naciodores, arcando ela propria com do Telecurso, o que agradou bas- nal na adogao de tao sofisticaos custos da legendagem . tante ao publico presente. das tecnologias, mas tambem Romeu Paris informou que hoje Pelo Canal Brasil, Andre Saddy, sobre a conscientizagao do direio SBT ja esta com 200 horas de gerente de projetos ficou emoci- to do surdo de ter acesso a inforsua programagao mensal com onado ao ouvir dos proprios sur- magao e ao entretenimento proCC e prometeu, para este ano, dos que eles gostariam muito de porcionado pelo maior vefculo 50%, e para 2004, 100% de sua ter acesso aos filmes nacionais, de comunicagao do mundo, a teprogramagao ja com o recurso ja que aos estrangeiros pelo me- levisao. E emocionou a todos os da legenda oculta. O SBT es- nos eles tern como assistir por presentes com seu relato pessoal treou o CC em 2001 no progra- causa da legenda aberta. Saddy do que significou para ela o acesma Teleton. Hoje, o SBT legen- deixou explfcito seu envol - so aos mais variados programas da seus maiores sucessos vimento e participagao neste mo- televisivos.

legendamento de novelas, uma das mais vee-

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Revista da Feneis - 17


vencendo barreiras

Telefone publico para Surdos OITA n c PACCIA D i o r i o n

A Telemar instalou na sede da Feneisum telefone publico para surdos. Agora eles poderao efetuar ligagao atraves de um ore-

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Ihao especial. Alem do telefone comum para fazer ligagao entre ouvintes, o aparelho e equi pado com um teclado e visor. Com esses recursos, o surdo pode digitar suas mensagens e ler as respostas. No entanto, o aparelho nao se comunica com telefone residencial normal, apenas com outro

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identico. Mas a Telemar, desde 1998, vem trabalhando para

Representantes da Feneis e Telemar, Max Heeren e Pedro Paula Cassa, animados com a iniciativa

integraro surdo por meio da telefonia, disponibilizando

pelo numero 1402 oCAS Central de Atendimento ao

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Surdo. Ao fazer contato com o CAS, o surdo e atendido por uma operadora que estara a partir de entao intercambiando a conversa com um ouvinte. O surdo podera se comunicar com familiares e amigos ouvintes

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ou mesmo solicitar um remedio a uma farmacia na : hora em que necessitar. A Feneis foi procurada pela ÂŽ urc a testa 0 novo aPar ÂŽlho instalado na Feneis Telemar para orientar sobre os diologica ( Arpef), na Associagao lugares mais indicados para ins- dos Surdos do Rio de Janeiro talagao dos aparelhos, preferen- ( Asurj) e no Instituto Nossa Senhocialmente locais onde ha grande ra de Lourdes. Segundo Pedro concentraq:ao de surdos. Alem da Paulo Cassa da Silva, analista de Feneis, ate o momento, ja foram mercado da Telemar, a receptiinstalados telefones publicos na vidade dos surdos esta sendo oti Associagao de Pesquisa Fonoau- ma nos locais instalados.

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18

- Revista da Feneis

Com a instalagao dos telefones publicos para surdos, a Telemar cumpre as obrigagoes estabelecidas pela Agencia Nacional de Telecomunicagao ( Anatel). De antemao, cumpre a determina gao do projeto de lei 4797/2001 que dispoe sobre a instalagao de telefones publicos para pessoas

portadoras de deficiencia auditi va e da fala. A Feneis espera

que outras

operadoras de telefonia fixa possam seguir o exemplo da Telemar, tornando esse servigo dis-

ponfvel aos surdos de todo o Brasil e contribuindo ricamente para o acesso dos mesmos as mais novas tecnologias em comunicagao. Colaborou Rita de Cassia Ribeiro, coor denadora do Secom


Sucesso no III Encontro Nordestino de Interpretes Evento realizado em Fortaleza reune quantidade expressiva de participantes m

O III Encontro Nordestino de Interprete da Libras foi realizado entre os dias 15 e 17 de novembro de 2002, na Casa de Retiros Dolomiten Park, na Praia da Tabuba, em Fortaleza, Ceara. A

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lingua oficial do encontro foi a Lingua Brasileira de Sinais (Libras).

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hospedagem, alimentagao e o material que todos os participantes receberam. Cada um dos nove

Estados da regiao Nordeste Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Parafba, Rio Grande do Norte, Ceara, Piauf e Maranhao - tinha direito a 10 vagas, e enviaram interpretes, alem de um representante surdo. Tambem estiveram presentes no evento Antonio Mario Souza Duarte e Antonio Campos, presidente e vice-presidente da Feneis respec tivamente, Antonio Cardoso, coordenador da Feneis-PE, e o presidente da Liga Desportiva (NE). O Encontro foi aberto por uma palestra do presidente da Feneis, Antonio Mario, na qual ele falou sobre os objetivos do evento. Os presentes puderam assistir ainda a fundagao da Associagao de Interpretes da Lfngua Brasileira de Sinais, formada por dois interpretes/representantes de cada Estado da regiao nordestina, que foram eleitos durante o evento. FHouve

0 presidente Antonio Mario Sousa Duarte (em pe) expos sobre a importancia da Feneis e das Associagoes de Surdos na formagao e reconhecimento da profissao de interprete.

tambem uma eieigao para Coordenagao Regional, e a coor denadora Denise Coutinho foi reeleita por mais dois anos. Os 18 representantes eleitos participarao, em 2003, do IV Encontro Regional de Instrutores da Libras e do II Encontro Regional das Associagoes de Surdos, em maio. Cada Estado enviara um de seus repre£ -~ mr

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Os interpretes foram divididos em cinco grupos que debateram sobre temas como Etica do Interprete, Estudo e Situagdes Gerais e Associagao do interprete nordestino de Libras.

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Os 90 interpretes nordestinos participantes do Encontro

sentantes para cada evento, uma vez que eles acontecerao simultaneamente em Joao Pessoa, na

Parailaa. Para Denise Coutinho, "a parti cipagao da Feneis e a exposigao dos objetivos pelo seu presidente foram de extrema importancia para que o processo de organizagao do evento avangasse de uma forma tranquila". Durante o evento, ficaram ainda estabelecidas as datas e locais para os proximos Encontros Regionais de Interpretes da Libras: o IV Encontro sera em 2004, em Natal (RN); o V Encontro, em 2006, em Maceio (AL); e o VI Encontro, em 2008, em Salvador (BA). Revista da Feneis - 19


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notfcias regionaisVq

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Sul discute polfticas pubicas Novembro de 2002 foi marcado pelo I Seminario para Discussao de Polfticas Publicas para os Surdos, no Porto Alegre City Hotel. Participaram do evento, nos dias 29 e 30, cerca de 350 pessoas entre surdos e ouvintes. O objetivo foi propor a discussao sobre o tema aplicado as areas de educagao, saude, cultura e lazer, trabalho e assistencia social, buscando debater as necessidades e a urgencia de envolvimento do Es-

tado. Os surdos e as associagoes que participaram desse seminario estao comprometidos em divulgar essas discussoes, sendo agentes multiplicadores e conscientizando a comunidade da importancia da construgao desse ideal. Na cerimonia de abertura, estavam presentes diversas autoridades municipais e estaduais; Antonio Mario Sousa Duarte, Antonio Campos de Abreu e Marianne Stumpf,

CAS e inaugurado Foi inaugurado no dia 18 de dezembro, na Escola Lilia Mazeron ( RS), o Centro de Capacitagao de Profissionais da Educagao e de Atendimento as Pessoas com Surdez - CAS. Inspirado na experiencia bemsucedida do CAP (Portadores de Deficiencia Visual ), a proposta do Centro e dar subsfdios para os profissionais da area de educagao desempenharem melhor seu offcio. Alem disso, dara assistencia as

pessoas com surdez. Esse empreendimento e fruto do trabalho integrado e de parceria do Ministerio da Educagao ( representado pela Secretaria de Educagao Especial e pelo Instituto Nacional de Educa ao de Surdos) com as Secretarias de Educagao, Institui goes de Ensino Superior, Organizagoes Nao-Governamentais e as entidades filiadas a Federagao Nacional de Educagao e Integragao dos Surdos - Feneis. O

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20 -

Revista da Feneis

objetivo e viabilizar a implantagao, nas 27 unidadesfederadas, de Centros de Capacitagao de Profissionais da Educagao e de Atendi mento as Pessoas com Surdez. A implementagao deste projeto garantira que profissionais capacitados para atuar com alunos que apresentam quadro de surdez integrem os sistemas de ensino. Por meio da utilizagao de recursos educativos e equipamentos tecnologicos, tambem permitira o acesso a conteudos curriculares nao inclufdos em seu processo de formagao profissional. Assim, o MEC espera atender a demanda dos Estados e municfpios na questao da capacitagao de professores e tecnicos para assistir as pessoas com surdez, integradas ou nao ao ensino regular e que necessitam utilizar recursos nao comuns aos demais alunos, para o desenvolvimento educacional e sociocultural.

presidente, vice-presidente e diretora regional da Feneis respectivamente; lole Kunze, diretora tecni ca da Faders e deputado Roque Grazziotin, entre outros

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Marianne entrega material a convidados

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Curso Basico Livro do Professor acompanhado com fita: Volumes 1 e 2 • Livro do aluno acompanhado de uma fita Informagoes na Feneis/ Rio: ( 21 ) 2567- 4880 •

E R R A T A Dicionario Digital A Revista da Feneis errou em sua ultima edigao (Outubro-Dezembro 2002) ao dizer que o Dicionario Digital da Libras poderia ser adquirido por R $ 15. Na realidade, o CD e distribufdo gratuitamente.


Portadores de surdez ganham Internet Comunitaria Programa estadual permite acesso gratis ao surdo de Belo Horizonte A Feneis/BH inaugurou no ultimo dia 7 de novembro uma sala de Internet comunitaria. Isso foi possfvel por meio de um programa do Coverno de Minas Gerais langado pela Companhia de Processamento de Dados do Estado (Prodemge) Com a nova parceria, os surdos de Belo Horizonte poderao ter acesso gratuito a Web. Equipada com quatro computadores, a nova sala ja esta disponfvel aos surdos, que poderao

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pesquisas, tra-

utiliza- la para fazer balhos escolares e culturais sem qualquer custo. O objetivo do Programa e promover a inclusao digital de comunidades de baixa renda, democratizando o acesso a informagao e aos servigos prestados pelos orgaos publicos com o uso de recursos da tecnologia da informagao e comunicagao. Sem fins lucrativos, procura aproximar os possfveis doadores de equipamentos ou servigos, na area da informatica e telecomunicagoes, de entidades interessadas em montar e gerir unidades de acesso publico e gratuito a Internet em localidades carentes.

www. do site internetcomunitaria.mg.gov.br e de contatos telefonicos, a Prodemge estabelece um canal de relacionamento para viabilizar os objetivos do Programa, sensibilizando empresas de sua responsabilidade so-

Atraves

A sala da Feneis/BH equipada com os computadores que serao utilizados pelos surdos para o acesso gratuito a Internet

cial e divulgando os avangos obtidos na luta pela universalizagao do acesso a Internet. Uma das justificativas para o projeto e o rapido avango no de-

senvolvimento e aplicagao das tecnologias de informagao e comunicagao em todos os setores da sociedade pos-industrial, colocando uma questao em debate no campo social: a exclusao digital. O Programa Internet Comunitaria busca envolver Estados e munici'pios na criagao de centros de acesso a Internet, seja em escolas publicas, associagoes comunitarias, organizagoes do terceiro setor ou mesmo em orgaos da administragao publica, de forma a benefi ciar os cidadaos, promovendo a democratizagao da informagao e o exercfcio da cidadania. Outro objetivo da iniciativa e apoiar os esforgos de entidades publicas e privadas para levar as comunidades carentes do Estado o acesso a Internet e aos computadores, in-

tegrando-as a Sociedade da Informagao. Parcerias As doagoes ou as prestagoes de servigos sao feitas diretamente entre a empresa ou pessoa ffsica e a instituigao beneficiada. Oscustos de montagem e manutengao das estruturas tambem podem ser objeto de doagao, caso as empresas possam e queiram oferece-los. Alguns requisites sao importantes para as entidades que desejam receber o programa: quetenha um local apropri-

ado para instalagao dos equipamentos, que designe pessoas para se responsabilizarem pelo gerenciamento do espago e que tenha documentagao legal de sua constituigao. Vale ressaltar o carater colaborativo entre empresas ou entidades dos setores publico e privado na concretizagao do Programa Internet Comunitaria. De fato, trata- se de uma iniciativa do Governo do Estado de Minas Gerais, mas que e viabilizada pelas parcerias com empresas privadas ou publicas, que, numa integragao de esforgos e dentro de suas possibilidades, vem realizando, gradativamente, um importantfssimo trabaIho social. Alem da implantagao no Escritorio Regional da Feneis de Belo Horizonte, o programa ja esta em funcionamento em diversas comunidades carentes, apresentando excelentes resultados.

Revista da Feneis - 21


capacitagao

Corde capacita webdesigners Curso prepara tecnicos de Nucleos Regionais de Deficiencia e de entidades

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Equipe que participou do curso promovido pela Corde em parceria com o Acessibilidade Brasil

O Ministerio da Justiga, por meio da Coordenadoria Nacional para Pessoa Portadora de Deficiencia ( Corde), promoveu o Curso de Capacitagao em Acessibilidade para Gestores e Webdesigners em parceria com a Acessibilidade Brasil. O objetivo do curso, ministrado nos dias 16 e 1 7 de dezembro, foi capacitar os tecnicos dos Nucleos Regionais de Deficiencia e de entidades nacionais representativas, interligados ao Sistema Nacional de Informagao sobre Deficiencia-S/Corde. A Feneis participou do Curso, sendo representada pela coordenadora do Setor de Comunicagao, Rita de Cassia Ribeiro, que nos ultimos meses vem se dedicando a organizagao e disponibilizagao de informagoes em nossa home page. 22 -

Revista da Feneis

Segundo Rita, o curso foi de fundamental importancia para que a Federagao percebesse a necessidade de reformular o site de forma que esteja acessfvel a todos os portadores de deficiencia, meta principal do curso. Os trabalhos contaram com a participagao de 27 representantes de todos os Estados do Brasil. Estes tecnicos terao responsabilidade de repassar os conhecimentos adquiridos a outros webdesigners que queiram tornar suas paginas mais acessfveis. Dessa forma, nao apenas os sites voltados para portadores de deficiencia serao acessfveis, mas sites de busca, de bancos, de variedades e outros poderao ser reformulados. Colaborou Rita de Cassia Ribeiro, coordenadora do Secom

Contrate um surdo e veja como eles se expressam atraves de sinais : sinal de produtividade ,

sinal de eficiencia e sinal de economia .

v. Alem de uni funcionArio dedicado. piodutivo e con uma grande

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da FENEIS - Federagao Nacional de EducagAo e Integragao dos Surdos - ainda tern outra grande vantagem a FENEIS lem isengao de recolhimonto dos encargos sociais . Um beneflcio garanlido por lei e que signifies uma redugao de 36 % nos custos dos profissionais. Por isso. procure a FENEIS contrate um funcionArio com perda auditiva e nao ouga mais falar em INSS.

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internacional

Daniele Dual

VII Congresso Latino- Americano de Educagao Bilmgue reune especialistas da area Comegam no dia 30 de abril as inscribes para o VII Congresso Latino- Americano de Educagao

Bilmgue para surdos, organizado pelo Departamento de Educagao e Interpretagao do Grupo Senas Libres. O objetivo do encontro, que acontecera entre os dias 20

e 23 de novembro deste ano, na Cidade do Mexico, e promover a difusao e a analise da educagao bilmgue para surdos. Para inte grar o Congresso, foram convida -

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A unica dificuldade que um surdo pode t e r no trabalho e conseguir um . Entrar no marcado de tiabalho e dilicil para lodo mundo Ainda mais para um surdo E a para acabar com o praconcaifo, mostrando qua passoat com perda audit iva podam

datanvolver atividadat profissionais com sucesso, qua a FENEIS Federa;bo Nacional

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da Edacaqao a lntegra;ao dos Surdos - trabalha A ealidade traina a capacita os surdos tornaado os aptos a raaliiarem com bxito as mais variadas fungoes Agora, sa voce t amprasbrio ligue para a FENEIS a contrata um surdo Os rasultados vao Ialar mail alto

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dos diversos especialistas em educagao, cultura e lingufstica, alem de pessoas surdas e ouvintes dispostas a con ribuir com sugestoes e alternativas para a abordagem da questao. O evento se propoe a ser um canal aberto para que seus participantes possam estabelecer relaqoes que visem melhorar as condigoes de educa ao dos surdos em todo o mundo. Serao debatidas questoes como o reconhecimento oficial da Lfngua de Sinais em escolas e instituigoes para surdos, o uso da educagao bilmgue nas escolas publicas e a analise de programas de educagao bilmgue ja existentes em outros pai'ses da America Latina. Tambem sera avaliada a situagao do surdo dentro do contexto da educagao para forma ao profissional. A ideia e discutir os alicerces que viabilizem a valorizagao e a integragao do deficiente auditivo no mercado de trabalho. O programa preve ainda um amplo debate sobre as metas para a aquisigao de cultura pelo surdo, destacando a sua rela ao com a Historia e com a comunidade em que vive. O congresso e aberto a participagao de todos que tenham pro-

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VII Congreso Latinoamericano de Educacion Bilingue para Sordos postas nas areas de educagao, cultura, lingufstica e artes. Para isso, basta que sejam enviados projetos que apontem invariavelmente para solugoes passfveis de execugao. Posteriormente, um comite cientffico ficara encarregado de fazer a avaliagao desse material. Alem da apresentagao dos trabalhos, o congresso dispora de uma mesa redonda para debate dos principals assuntos e de atividades artfsticas envolvendo danga e teatro. A empresa organizadora do evento oferece diversos pacotes de acordo com as necessidades dos participantes. Alguns deles preveem coquetel de boas-vindas e passeios turfsticos pela cidade. Os interessados em apresentar seus trabalhos ou em participar do evento devem obter a ficha de inscrigao pelo site da entidade real i zadora, no enderego w w w . geocities.comgposenaslibres. Para quern deseja fazer doagoes ou anunciar seus produtos ou servigos durante o congresso, o contato deve ser feito pelo e - mail clebs2003 @ hotmail .com (para

donativos) ou gruposenaslibres @ hotmail .com (para publicidade e duvidas). Revista da Feneis - 23


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Por Deila Malta

Setor Juridico: seriedade, credibilidade e compromisso social Area de Direito da Feneis da suporte as parcerias com empresas que investem na mao-de-obra surda RITA RIBEIRD

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C Dr. Carlos Renato Hernandes Alvarez, o advogado da Feneis

Em 1990, quando a Feneis funcionava em apenas duas salas de um ediffcio na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, o advogado Carlos Renato Hernandes Alvarez foi convidado a trabalhar para a entidade. Na ocasiao, a Federagao realizava um projeto-piloto de insergao de surdos no mercado de trabalho e mantinha um convenio firmado com a Dataprev (Empresa de Processamento de Dados da Previdencia Social). 24 - Revista da Feneis

O infoio de sua atuagao foi marcado pela assessoria jurfdica nos convenios firmados com empresas que abriam espago para maode-obra surda. A Dataprev foi pioneira nesse tipo de convenio e, portanto, se tornou a maior provedora financeira da Feneis na epoca. "Quando comecei a me envolver com os trabalhos, percebi que era importante garantir os direitos trabalhistas dos surdos. Nesse sentido, embora

empregados na Dataprev, eram vinculados a Feneis", explica. Com o tempo, tive a certeza de que os surdos podiam produzir tanto quanto os ouvintes", diz.

O primeiro convenio firmado ajudou no resgate da cidadania da pessoa surda e garantiu absoluta igualdade dos direitos em rela ao aos demais empregados da Dataprev. "Os salarios e os beneffcios eram os mesmos. Nao existia distingao entre emprega-

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dos surdos e ouvintes". O exito do convenio com a Dataprev abriu a porta para outras empresas e instituigoes experimentarem o trabalho do surdo e constatarem sua capacidade profissional. Isso ajudou tambem outros setores da Feneis a se profissionalizarem. Foram contratados psicologos e assistentes sociais, e houve melhorias em diversos setores da Federagao. Aos poucos, Carlos Renato Alvarez foi conquistando a credibilidade nao apenas das empresas conveniadas, mas da co-

munidade surda de uma forma geral. Varias pessoas surdas, ao conhecerem sua atuagao, passaram a procura- lo para assistencia jurfdica. Ele ajudou a resol ver muitas causas na Justiga. Em

consequencia dessa procura, suas atividades acabaram direcionadas tambem aos surdos mais carentes, deixando de ser apenas institucional. " Eu nao sei ser so profissional. Uma de mi nhas caracterfsticas e exercer minha profissao, mantendo uma relagao de proximidade com as pessoas. Assim, consigo quebrar um pouco da hierarquia que minha fungao poderia proporcionar", explica Carlos Renato. Essa assistencia direta aos surdos da comunidade, que surgiu de um desejo pessoal do advogado, acabou se oficializando e atualmente o Setor Jurfdico da Feneis faz atendimentos ligados as aretrabalhista, civel, as previdenciaria e do direito do consumidor. "Tenho muito orguIho em trabalhar aqui pela honestidade e dedicagao de toda a diretoria, que e da mais alta

qualidade moral e de grande amor a causa". Ele coloca a disposigao da Feneis toda estrutura de seu proprio escritorio, tres profissionais e um estagiario. Na Feneis, os atendimentos sao previamente marcados e feitos as quartas e sextas-feiras, das 13 h as 17h, gratuitamente. Em media sao cerca de 40 consultas mensais. "Costumo dizer que so nao tenho uma alegria completa com a Feneis porque infelizmente nao posso

0 convenio firmado com a Feneis permite a empresa contratante uma redugao nos seus encargos previdenciarios, tendo em vista que a Federagao e uma entidade filantropica e de utilidade publica. Alem disso, as empresas contratantes ganham uma projegao maior no campo social. abrir mao do aspecto financeiro. Gostaria de um dia ter a oportunidade de servi - los de forma gratuita. A interagao de um surdo com um ouvinte e um verdadeiro milagre!", diz.

Por que contratar ? A Lei Federal 8.213, de 24 de julho de 1991, diz que toda empresa privada deve manter em seu quadro de pessoal 1 % a 5% de pessoas portadoras de defici ency. Por meio do convenio fir-

mado com a Feneis, a Dataprev, durante muitos anos, foi um exemplo no cumprimento desta Lei, mantendo a igualdade de todos os direitos trabalhistas de seus funcionarios, incluindo os surdos. O convenio firmado com a Feneis permite a empresa contratante uma redugao nos seus encargos previdenciarios, tendo em vista que a Federagao e uma entidade filantropica e de utilidade publica. Alem disso, as empresas contratantes ga nham uma projegao maior no campo social. Outras empresas , como a Fundagao Municipal Lar- Escola Francisco de Paula , ( Funlar ), Fundagao Oswaldo Cruz ( Fiocruz ), Riozoo, Institu te de Resseguros do Brasil ( IRB ), Instituto Vital Brasil fazem parte desse time. 1

Resgate de Cidadania Em 1996, a Dataprev, que foi pioneira nos convenios, saiu na frente tambem nos contratos. Gradativamente o mesmo trato profissional foi dado as demais parcerias mantidas pela Feneis. "As parcerias transpiravam resgate de cidadania, demonstrava efetivamente o seu aspecto social", afirmou Carlos Renato, ao explicar a vantagem dos antigos convenios sobre os novos contratos firmados. Da mesma forma, eles garantem o emprego ao surdo, mas possuem uma conotagao de distingao entre os prestadores de servigo e os empregados da empresa contratante. "A diferenga e que o contrato possui um lado mais frio, com base em regras e numa redagao Revista da Feneis - 25


mais jurfdica. Hoje a Federagao recebe o mesmo tratamento que qualquer outra prestagao de servigo praticada por terceiros", ex -

ras de deficiencia, que nao possuem nenhuma subvengao federal e mantem-se ativas prestando servigos a comunidade por

plica. O ideal seria que os contratos tambem refletissem esse resgate de cidadania, garantindo a igualdade de condigoes e evidenciando seu compromisso social. No

forga desses contratos". Ainda segundo ele, seria oportuno que

o novo Governo voltasse a atengao para esse trabalho, de forma a fazer com que a contratagao de deficientes via terceirizagao com as entidades suprissem a exigen-

cia da Lei.

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entanto, nem sempre isso e pos-

sfvel. Segundo Carlos Renato, porem, em nenhum momento, essas mudangas contratuais desmerecem a iniciativa de insergao do surdo na Empresa. Ainda assim, a decisao de contratar os surdos via Feneis expressa o reconhecimento de sua capacidade profissional.

Contratar via Feneis De dois anos para ca, a exigencia de que os deficientes sejam

contratados diretamente pela empresa, por parte da Fiscalizagao do Trabalho, tern dit'icultado a agao da Federagao e de outras instituigoes no que tange a questao da assistencia social e integragao. No caso da Feneis, a terceirizagao permite assistencia e adaptagao adequadas, garantindo a permanencia do portador de surdez no emprego. A Feneis oferece todo suporte administrative, psicologico e social para que o surdo tenha um bom desempenho no emprego e corresponda as expectativas da empresa. Esse apoio, de acordo com o advogado da Feneis, tern sido de grande valor para a vida do surdo nas empresas e a sua interagao com os ouvintes. "As autoridades constitufdas do pafs precisam olhar para as entidades assistenciais de pessoas portado26 -

Revista da Feneis

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Esta provado que os surdos tem uma excelente visao. Agora, so falta os empresarios mostrarem que tambem tern . Voce dove saber quo , quando perdemos um dos sentidos. expandimos ainda mais os outros . E exatamente isso que acontece com as pessoas com perda auditiva . Por se comunicarem atraves da lingua de sinais, os surdos con segue m desonvolver uma maior acuidade visual . E nao e so isso: eles aprimoram tambem o poder do concentracao c a habilidade manual. Por isso . eles podem exercer com sucesso diversas atividades profission ais, principalmente as que exigem aptidoes como essas . Agora , procure a FENEIS - Federagao Nacional de Educagao e Integragao dos Surdos contrate uma pessoa com perda auditiva e mostre que voce tambem tem uma visao mais desenvolvida .

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espago aberto

0 que e melhor para o surdo? Em uma conversa com pessoas

surdas, percebi uma grande apreensao no que diz respeito ao conhecimento da Libras ( Lingua Brasileira de Sinais). Elas relataram que tern recebido pelo computador mensagens muito agressivas e desrespeitosas pela oficializagao da Libras. Comecei a refletir sobre o assunto e concluf que as pessoas tern experiences diferentes quanto ao problema da surdez e por isso pensam diferente e defendem metodologias variadas. Cada pessoa acredita e defende aquilo que acredita. E natural que procurem defender seu ponto de vista. No entanto, nao precisa ser de forma agressiva e radical. Vivemos numa democracia na qual cada cidadao tern o direito de viver como Ihe convier, desde que respeite ao outro. As divergences entre as metodologias para se reabilitar o surdo sempre existiram. E sao estas diferengas que fazem fluir novos pensamentos, pesquisas e, assim, novas possibilidades de melhorar a qualidade da educagao. Em educagao nao ha o melhor ou o pior metodo. Ha, sim, educadores competentes que buscam sempre o que e melhor para a crianga, partindo do conhecimento das dificuldades e necessidades da cada uma. E preciso conhecer muito sobre surdez e/ou deficiencia auditi va. Buscar, pesquisar, participar

dos eventos que sao realizados no Brasil e conhecer os trabaIhos que estao sendo realizados em clfnicas, universidades e escolas para que sejam encontrados caminhos que possam ser utilizados com mais seguranga pelas famflias dos surdos. Cada pessoa tern direito de acreditar e buscar ajuda de acordo com sua necessidade. E preciso ficar claro que nao ha um metodo que resolva todas as dificuldades e os problemas do surdo. O oralismo nao resolveu. E a Ifngua de sinais tambem, por si so, nao resolve. O mais importante e aceitar a

pessoa portadora de surdez como sendo diferente da ouvinte e precisando ser educada para

desenvolver sua potencialidade. E conhecendo a potencialidade e as dificuldades de cada pessoa surda que se deve escolher qual metodo e o melhor para essa pessoa. Nao concordo quando se fala que a Lfngua de Sinais impede o

desenvolvimento da linguagem oral. Ha muitos anos trabalho em clfnica fonoaudiologica atendendo criangas surdas e ha algum tempo usando Lfngua de Sinais, estimulagao auditiva e linguagem oral. Os bebes surdos profundos usam aparelhos de amplificagao sonora ou sao usuarios de implante coclear. Nao houve nenhum prejufzo para a crianga que foi estimulada com Lfngua

de Sinais. A competencia lingufstica das criangas, tanto na fluencia quanto na produgao e compreensao de falas sao excelentes. Acredito que quatro fatores sao determinantes para o sucesso da pessoa surda: diagnostico precoce: quanto mais cedo se conhece as dificuldades, mais estfmulos adequados podem ser usados; potencialidade individual: inteligencia nao ter outros comprometimentos; famflia comprometida com o trabalho de educar seu filho, parcerias com escolas e outros profissionais: medico, psicologo, pedagogo. A famflia e pega essencial na construgao da educagao do surdo. O envolvimento dos pais e que ira fazer a diferenga no aprendizado e no desenvolvi mento da crianga como uma pessoa. Nao tern metodologia, aparelho auditivo, implante coclear, nem profissional que possa exercer a fungao dos pais na vida do surdo. Certa vez ouvi um grande professor americano, Dereck Sanders, dizer: "E preciso quebrar a barreira da comunicagao entre surdos e ouvintes. Buscar conhecer as necessidades e potencialidades da pessoa que nos procura. Saber ouvir as queixas dos pais e certificar se teremos os recursos que desejam ". O professor Sanders completou: "Nem sempre o que e problema para os ouvintes e para o surdo. Ouvir Revista da Feneis - 27


musica, por exemplo, para nos e imprescindfvel. Ja para a pessoa que nasceu surda nao sera, porque nunca ouviu e logo nao sentira falta ou necessidade". E preciso ter bom senso, nao radicalizar. Tanto pessoas que defendem a oralizagao como as que defendem a Libras por vezes radicalizam muito. O caminho e realizar um trabalho que busque o desenvolvimento da pessoa surda em todo seu potencial, que ela possa se comunicar com as pessoas ouvintes e aprenda a ler, escrever, para que possa entender bem o mundo em que vive. Precisamos pensar em fazer do surdo um cidadao independente, com desejos proprios, sem se sentir inferior porque nao escuta ou nao tern uma voz bonita. A Lfngua dos Sinais nao e inferior, e sim uma lfngua que

dez a entender mais rapidamente o mundo do ouvinte e que faz com que se sinta respeitada na sua diferenga. Acredito que na vida, ao encontrarmos dificuldades, o que nos ajudara a vence- las sera a nossa maneira de orienta - las. Nao ha o melhor ou o pior metodo para se educar o surdo. E preciso buscar o desenvolvimento da pessoa como um todo, oferecendo uma educagao de qualidade e que atenda as suas necessidades individuals. Um dos grandes desafios e manter a busca incessante da compreensao do mundo em que os portadores de surdez estao inseridos, que e diferente do mundo dos ouvintes. E preciso que haja um caminho de “ mao dupla" na relagao entre ouvintes e surdos. O surdo devera estar mais aberto a se relacionar com

ajuda a pessoa portadora de sur-

o ouvinte. A escrita e a leitura podem ser um caminho de comunicagao entre os ouvintes e os

surdos. Respeito a diferenga buscando enfrentar este desafio de aceitar as pessoas como elas sao e nao como queremos que elas sejam. Deixo para os leitores pensarem: “ Cada pessoa e livre para buscar conhecimentos e viver de acordo com suas experiences, trocar informagoes e nao ter preconceitos quanto as variadas formas de se comunicar". Helena Maria Alvares de Campos Pinto, fonoaudiologa, trabalha com criangas, adolescentes e adultos portadores de surdez em clinica particular, em parcerias com psicologos , pedagogos e escolas desde 1970. Atualmente faz parte do grupo de reabilitadores de implantados do CPA/Bauru, coordenado pela Dra. Maria Cecilia Bevilacqua . lena_ fono @ ig.com.br

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Feneis- RJ Rua Major Avila, 379- Tijuca Rio de Janeiro- RJ - 20511 -140 Tel .: ( 21) 2567-4880


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Revista da Feneis -

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e mais... Atualidade da Educagao Bilmgue para Surdos - Carlos Skliar - vol I e II R$ 25,00 Educagao de Surdos Aquisigao da Linguagem - Ronise Muller de Quadros ... R $ 22,00 Exercitando a Linguagem Escrita com “ Diagrama ” - Rosangela R $ 22,00 Geles - Grupo de Estudos Sobre Linguagem, Educagao e Surdez R$ 7,00 Iniciando a Comunicagao Escrita - Valderez Lemos R $ 35,00 Integragao do Surdo Uma Abordagem Multissensorial - Regina Lucia Vianna .. R $ 12,00 Lingua Brasileira de Sinais - Antonio Campos de Abreu R$ 10,00. LIBRAS - Lingua Brasileira de Sinais e Lingua Portuguesa (semelhangas e diferengas) -Denise Coutinho - Volume I - R$ 13,00 e Volume II R$ 26,00 Linguagem, Surdez e Educagao - Maria Cecilia R. Goes R $ 15,00 Minha Cartilha Sinalizada - Pre-Escola- Annete Scotti Rabelo R $ 30,00 Surdez Abordagem Geral - Karin Lilian Strobel R $ 5,00 Surdez urn Olhar sobre as Diferengas - Carlos Skliar R $ 25,00 Vendo Vozes - Uma Viajem ao Mundo dos Surdos- Oliver Sacks R$ 30,00 LIBRAS - Lingua Brasileira de Sinais com Dialeto Regional de Mato Grosso do Sul R $ 20,00 Alice no Pais das Maravilhas - Colegao Classicos da Literatura em LIBRAS/Portugues em CD-ROM R $ 39,00

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A pcssoa ou entidade interessada em receber os materials divulgados pela Feneis devera remeter uma correspondence informando o produto desejado com a fotocopia do comprovante dt depdsito do Banco do Brasil , agenda 3010-4, conta corrente 30450-6, Tijuca, Rio de Janeiro no valor total da aquisigao. Informamos que sobre cada livro solicitado devera ser acrescenta da a importance de R $ 5 (cinco reais ) referente as despesas de correio. Agradecemos sua participagao na difusao da Cultura Surda.

Informagoes na Sede da Feneis ( Rua Major Avila, 379, Tijuca, Rio de Janeiro) ou pelo Telefone 21 2567-4880


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Feneis - MG Rua Albita, 144

Cruzeiro - Belo Florizonte-BH 30310-160

RuaGuilherme Pinto, 146 Gragas - Recife-PE 52011 - 210 Telefax: (81) 3223- 4571 Email: feneispesurdos@ig.com.br

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Feneis - DF Feneis - Teofilo Otoni Rua Adalberto

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SRE/S - A-E Centro Comercial Cruzeiro

BlocoD NQ 20 Salas 102 e 103 Distrito Federal - DF

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