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Apesar destas caraterísticas gerais ao projetar em regiões tropicais úmidas deve-se considerar as características especificas do microclima da região como variações de temperatura, humidade, ventos, índices pluviométricos, e incidência solar (HERTZ, 1998). De maneira geral os objetivos arquitetônicos de uma edificação de acordo com o contexto climático nas regiões quentes e úmidas devem ser reduzir a produção de calor, reduzir os ganhos térmicos por radiação e potencializar a perda por evaporação (OLGYAY, 2013). Assim nestas regiões a característica mais notável das edificações projetadas considerando o contexto bioclimatico é a ventilação. O projeto deve ser concebido de modo a aproveitar ao máximo qualquer brisa incidente. O alcance da zona de conforto em regiões quentes e úmidas é definido por uma boa ventilação e redução da absorção da radiação solar, a relação entre temperatura e radiação é complementar, para proporcionar conforto em meio a altas temperaturas é necessário que o nível de radiação seja baixo. Por outro lado, a temperatura e a umidade também possuem uma relação bastante forte, quando o ar aquece a umidade relativa baixa. O movimento do ar também pode atuar com um agente regulador da temperatura e da umidade, por isso a ventilação é extremamente importante nestas regiões onde as duas características, temperatura e umidade, por seus níveis exacerbados podem ser encaradas como negativas. Logo, com o auxilio de uma boa ventilação a sensação de desconforto pode ser aliviada (HERTZ, 1998).
Figura 5 – Carta Bioclimática adotada para o Brasil, onde cada cor representa uma zona com sua respectiva temperatura e necessidade para o alcance do conforto. Fonte: (LAMBERTS, 2014).