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Em recomendações gerais na ocorrência de uma fonte de ruído que afete o conforto dos usuários da edificação a envoltória não deve ter muitas aberturas, o arquiteto deve associar as propriedades acústicas dos materiais com as estratégias de projeto, criando obstáculos - paredes, painéis absorventes ou deflectores - para evitar ou diminuir o ruído que chega a abertura (CORBELLA, 2003). Paredes Tijolo furado/cavidade/tijolo+reboco Tijolo furado + reboco Tijolo furado + reboco Concreto leve Concreto denso Chapa de fibrocimento
Espessura (cm) 25 21 10 30 5 1.2
Massa por m² de base (kg/m²) 425 425 215 190 115 12
SRI (dB) 53 50 45 42 40 25
Tabela 6 – Valores de SRI para alguns tipos de parede Fonte: (CORBELLA, 2003) 6.2 MATERIAIS OPACOS E TRANSLÚCIDOS Os materiais construtivos podem ser classificados segundo diversos critérios, mas a convenção mais usual é a classificação entre opacos e translúcidos. Atualmente existe uma grande variedade de tipologias de materiais que podem ser aplicados à envoltória, ela evolui com o avanço tecnológico e com a implementação de novas tecnologias ao desempenho e sistemas do material, e a cada ano surgem novas opções. Apesar dessa disponibilidade na realidade brasileira os materiais mais aplicados a fachadas são os compostos de concreto, revestimentos cerâmicos e o vidro. Ao projetar a envoltória é fundamental atentar para o equilíbrio entre o percentual de materiais opacos e translúcidos, uma vez que principalmente em regiões tropicais úmidas, os translúcidos representam maiores ganhos térmicos. Para utilizar a diversidade de materiais de forma racional é necessário considerar principalmente os índices relativos às propriedades e as opções de desempenho possibilitadas pela tecnologia aplicada.