HAIKAI
Enxame de insetos: os ninhos dos pássaros estão inquietos. Eu como apenas o arroz que planto. O amor é único. Ganhei um melão fresco quanta consideração!
— A primavera. Gosto de saborear o saquê feito na venda da aldeia.
Sinto-me preso às raízes. No meio da plantação o formigueiro continua, duradouro. Meu amor trouxe um pouco de peixe.
Beijei-a e rezei. O passarinho é expulso do ninho: tristeza do poeta, alegria do lobo.
Para que contar estrelas? Incontáveis os olhos da noite...
Prazer de ouvir as histórias dos velhos. Visto um pequeno quimono.
Só as crianças fazem leite de arroz: a velhice é bruta. Voltei mais cedo da viagem. Pressenti um canto
desamparado.