Ano 1 • Nº 3 | Janeiro/Fevereiro/Março de 2018
Arnaldo Jardim Secretário da Agricultura fala com exclusividade sobre o potencial do agronegócio brasileiro
1ª edição da Expo Soja é um sucesso
Leprose Saiba como livrar seu pomar desse problema
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EDITORIAL Tecnologia e informação A terceira edição da Safra Rica é o nosso presente ao homem do campo que batalha dia a dia para dar excelência a sua lavoura. Com destaque a uma entrevista exclusiva de Arnaldo Jardim, secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, que fala sobre a potencialidade do agronegócio brasileiro e o futuro que lhe aguarda. Jardim ressalta, também, a imponência da agricultura de precisão em tempos que a internet trouxe um “novo mundo” às lavouras de todo o país, conectando o agricultor às tecnologias que tornam sua produção mais eficiente e rentável. Pensando nisso, a Safra Rica também inovou ao apresentar a primeira edição da Expo Soja, realizada em fevereiro. O evento trouxe uma série de exposições científicas e comerciais para divulgar informações sobre as melhores opções de soja e manejo durante a reforma do canavial. O Fundecitrus marca presença mais uma vez ao detalhar como o citricultor pode combater com precisão a leprose: doença que pode colocar tudo a perder.
Revista Safra Rica | Janeiro | Fevereiro | Março de 2018 Edição nº 3 | Ano 1 | Exemplares: 1.000 Expediente Reginaldo A. Baraldi e Valeria B. Baraldi – Sócios proprietários Gerente Comercial: Rui Moraes Filho Conselho Editorial Alessandra Moraes Lima Marinês Trevisan Projeto visual e editoração: CopyGraph Reportagens: André Campos
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ÍNDICE
Arnaldo Jardim Secretário da Agricultura fala o futuro do agronegócio e a importância da Expo Soja Página 06
Expo Soja Safra Rica e Detec reúnem 280 produtores para divulgar novas tecnologias para reforma do canavial com a soja Página 10
Patrulha do Percevejo Saiba como essa praga pode ser combatida com o eficiente programa da Bayer Página 14
Leprose Pesquisador do Fundecitrus detalha a doença e como realizar o combate para livrar o pomar desse problema Página 19
Cana Nova tecnologia ajuda no controle de plantas daninhas Página 22
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A FORÇA DO CAMPO
* Entrevista concedida em 26 de março de 2018
Motor propulsor Secretário da Agricultura do Estado de São Paulo fala, em entrevista, qual o tamanho da importância do agronegócio para o Brasil e como fortalecê-lo
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Qual a real dimensão do agronegócio para o setor econômico no Brasil? Que a produção da agricultura é uma das molas propulsoras e fundamental para o crescimento econômico, isso não é novidade para nenhum cidadão em sã consciência. O agronegócio gera renda, movimenta indiretamente setores como o de transporte, finanças, dentre outros e envolve, diretamente, gente que trabalha na produção e cultivo de lavouras. Talvez, para se dimensionar, o agronegócio seja do tamanho deste país. O secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, é taxativo: “o agronegócio representa nada menos do que 23% do PIB Nacional”. Entre outras questões, ele fala sobre como andam os avanços em investimentos no setor de pesquisa no pólo produtivo paulista e como incrementar os negócios no setor. Como enxerga a importância do Agronegócio para a retomada do crescimento brasileiro com a recuperação do PIB, após 2 anos de retração? O Agronegócio confirmou sua importância pela forte participação na economia brasileira no ano de 2017. O PIB em 2017 foi de R$ 6,6 trilhões com crescimento de 1% em relação a 2016. No caso da agropecuária em 2017, o crescimento foi de 13%, o melhor em toda a série divulgada pelo IBGE, desde 1996. Estou certo de que o setor, além de ter sido o responsável pela sustentação da economia no período de crise, será o grande impulsionador da economia brasileira neste processo de retomada. Qual o tamanho do Agronegócio Brasileiro? O agronegócio representa nada menos do que 23% do PIB Nacional, sendo que os dados consolidados de 2017 apontam que ele somou R$ 1,5 trilhões em 2017. Além disso, foi o responsável, sozinho, por 70% do crescimento do PIB nacional no ano
passado. E também rende ótimos resultados na balança comercial brasileira, sendo que 44% das exportações feitas pelo Brasil em 2017 foram de produtos do nosso setor. Somos o maior exportador de proteína animal do mundo. Campeões também no fornecimento mundial de suco de laranja, com cerca de 2 milhões de toneladas embarcadas, gerando vendas que alcançam R$ 2 bilhões. Muito se fala em sustentabilidade e a importância da produção sustentável. Em sua opinião podemos afirmar que o agronegócio brasileiro é sustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental? Nossa agropecuária é sofisticada, sustentável, impulsiona o aumento do PIB nacional, garante o saldo comercial e emprega mais de um terço dos trabalhadores com 35% dos empregos (12% da população economicamente ativa). Do ponto de vista ambiental, o Brasil protege e preserva a vegetação nativa em mais de 66% de seu território, usando para o cultivo apenas 7,6% das terras. Este dado é muito importante quando comparado a outros países como a Dinamarca, por exemplo, que usa 76% de suas terras para o cultivo – 10 vezes mais que o Brasil, a Inglaterra que usa 64% ou a Alemanha que usa 57% de suas terras. Quais são os novos projetos de pesquisa voltados para o avanço da citricultura? O Instituto Agronômico (IAC) tem trabalhado para incentivar a citricultura de mesa, importante atividade para pequenos e médios produtores rurais. O Instituto lançou em 2015 o Programa Citricultura Nota 10, que incentiva essa modalidade de produção, que possui mais valor agregado. Para isso, o IAC disponibilizou cerca de 60 cultivares de copa e porta-enxerto de citros de mesa para serem avaliados por oito citricultores que integram o programa. A maioria das cultivares apresenta tolerância a doenças e ao estresse hídrico. Outro trabalho inédito do IAC está no descobrimento do uso de uma molécula já usada para tratamento
de infecções bacterianas nas vias aéreas de humanos no controle de fitopatógenos dos citros, incluindo a Xylella fastidiosa. O ineditismo da pesquisa está no fato de o controle não ser feito com agroquímicos, mas com princípio ativo de medicamentos. Na área animal, o Instituto de Zootecnia coordena o Boi 7.7.7, um conceito de manejo do gado apoiado na tecnologia para aumentar os ganhos no pasto. O sistema reduz o tempo do abate do animal de 38 para 24 meses, com o ganho das sete primeiras arrobas na cria, mais sete na recria e as demais sete na terminação. Isso significa menos gastos de recursos financeiros e naturais e mão-de-obra. É uma tecnologia que o Brasil todo busca para multiplicar nos plantéis do País todo. Muito se fala sobre a necessidade de alcançar a cana de 3 dígitos. Quais são as tecnologias que irão auxiliar o fornecedor a atingir essa meta de produtividade? Para atingir a produtividade dos três dígitos, ou seja, acima das 100 toneladas por hectare nos cinco primeiros cortes, é necessário, primeiramente, incorporar novas variedades no canavial. Anualmente, os programas de melhoramento genético de cana – e o IAC é um dos principais deles – entregam novas variedades para o setor. O tempo, porém, de incorporação dos materiais é muito longo, o que diminui a média da produtividade. Além disso, é necessário incorporar na produção técnicas de manejo, como a alocação das variedades de acordo com o seu ambiente de produção adequado. Em ambientes restritivos, de déficit hídrico, a técnica do IAC, chamada de Matriz de Cana, consegue incrementar a produção em 30%. A utilização das mudas pré-brotadas (MPB) na formação dos viveiros ou mesmo no plantio das áreas de produção, garante maior sanidade aos canaviais e também estande mais uniforme, com significativos ganhos de produtividade. Os canavicultores devem se atentar também ao controle de pragas e
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A FORÇA DO CAMPO
doenças, nutrição e realizar a rotação de culturas com a soja e amendoim na renovação dos canaviais O agro nunca esteve tão conectado. Como você vê o uso da tecnologia no campo e como isso muda a vida dos produtores rurais? Há uma grande revolução ocorrendo no campo, principalmente tendo em vista a evolução das ferramentas associadas à chamada agricultura de precisão. Antes, apenas para as grandes empresas, atualmente estas ferramentas estão cada vez mais acessíveis e baratas, ao alcance do pequeno e médio agricultor. Mais de 40% das startups são voltadas ao agronegócio, contribuindo fortemente para as inovações no setor. Em março, a Secretaria realizou na cidade de São Paulo o Agrifutura, evento focado em tecnologia no campo que multiplicou informações, fomentou a troca de experiências e deu início a várias iniciativas ao promover um concurso de aplicativos que solucionam os gargalos da produção. Foi um sucesso, com 2,5 mil pessoas passando pelo nosso Instituto Biológico (IB) em dois dias de programação. Nosso grande diferencial foi a abrangência. Em um mesmo local, os visitantes viram de perto as mais modernas soluções para o setor, tanto de empresas consolidadas no mercado quanto de startups. Tiveram, também, a oportunidade de acompanhar ações inovadoras e os resultados de pesquisas desenvolvidas na Secretaria de Agricultura, e ainda assistiram a palestras e bate-papos sobre vários assuntos relacionados à inovação com representantes de diferentes segmentos. O sucesso do evento já levou ao lançamento da segunda edição, que tem previsão para ser realizado em setembro deste ano, na cidade de Campinas. O que você acha da iniciativa da Safra Rica de iniciar um projeto, em parceria com outras empresas do setor, para incentivar a rotação de culturas em áreas de reforma de cana? A iniciativa é muito positiva. A
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rotação de cultura não só favorece o combate a invasoras e pragas como é opção para uma renda adicional ao produtor, e pode representar um menor custo operacional para o canavial. Quais são as oportunidades que um evento como a Expo Soja oferece aos produtores participantes? Acredito que oportunidades para a difusão de tecnologias, novas ferramentas e equipamentos para o setor são de grande importância para o produtor. A inovação é a área que mais cresce na tecnologia, e um evento como esse pode ser a grande oportunidade para o produtor entrar em contato com novas informações e troca de experiências. Quais são as novidades da Secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo para os produtores paulistas? Orientada pelo governador Geraldo Alckmin, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, destacou-se pela grande contribuição em inovações para o setor. Nossos Institutos, por exemplo, desenvolveram diversos trabalhos que contribuem para que o Brasil seja uma referência mundial no setor agropecuário. Ainda, estes institutos são referências no desenvolvimento de novas cultivares,
métodos de produção e formas avançadas e sustentáveis de manejo do solo e dos recursos hídricos. Com o Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável – Microbacias II – Acesso ao Mercado, atendemos 267 entidades rurais. Nosso objetivo é ampliar a competitividade e proporcionar o acesso ao mercado aos agricultores familiares organizados em associações e cooperativas em todo o Estado de São Paulo, bem como organizações de produtores de comunidades tradicionais como quilombolas e indígenas. O Projeto pretende aumentar as oportunidades de emprego e renda, a inclusão social e promover a conservação dos recursos naturais. Nossas ações são feitas para garantir o aumento da produtividade e a melhoria na qualidade dos produtos; a integração de melhores práticas de manejo do solo e da água com sistemas de produção mais sustentáveis, além de competitivos; o fortalecimento da capacidade de organização e gerência dos sistemas de produção, as demandas de produtos e qual a viabilidade dentro do mercado; a promoção de uma participação mais ativa dos agricultores familiares em suas associações e cooperativas para se integrarem dentro das cadeias produtivas em suas regiões.
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SOJA
Expo Soja Safra Rica leva inovações tecnológicas ao campo
Evento contou com demonstrações de parceiros comerciais e ofereceu informações precisas para ter mais rentabilidade durante a reforma do canavial 10
Em parceria com a empresa de consultoria e pesquisa científica Detec, a Safra Rica realizou a primeira edição da Expo Soja. O evento aconteceu no dia 22 de fevereiro, no km 446 da Rodovia Washington Luís, na Estância Nossa Senhora Aparecida. Na ocasião, 280 pessoas compareceram ao evento para conferir as novidades trazidas pela Expo Soja, dentre elas, produtores rurais, autoridades do agronegócio, estudantes e empresários. O objetivo do evento foi apresentar aos produtores da região quais as variedades de soja mais se adaptam ao clima e ao solo da região de São José do Rio Preto, que tem em sua grande maioria produtores de cana-de-açúcar. Segundo o gerente comercial das unidades de São José do Rio Preto e de Olímpia, da Safra Rica, Fernando Aversa, o evento foi de
suma importância para apresentar informações técnicas que podem fazer a diferença ao produtor. “A cana tem ciclo médio de cinco anos: são cinco cortes até que se tenha de plantar cana novamente. Então, entre um ciclo e outro, o produtor pode fazer a reforma do canavial com outra cultura, uma delas é a soja que traz inúmeros benefícios, nitrogenando o solo, quebrando pragas e também capitalizando o produtor nesse período de reforma”, afirmou Fernando. O evento levou ao produtor quais as melhores variedades para se utilizar para a reforma. Foram mais de 30 cultivares apresentadas pela Detec– empresa que testou todas essas sementes, acompanhando, antes do evento, a evolução e o desempenho de cada uma delas para avaliar a adaptação ao clima da região de São José do Rio Preto.
Como explica Fernando Aversa, é preciso um tipo específico de semente capaz de se adaptar ao clima e ao solo da região, que são muito imprecisos e oferecem um tipo de estresse que pode prejudicar a evolução da lavoura de soja. “A Expo Soja foi fundamental para isso: apresentar ao produtor informações importantes sobre como ele pode amenizar riscos para ter uma produção de soja mais rentável e possa escolher a que melhor se adapte a isso”, afirmou. Demonstrações Os produtores que participaram da Expo Soja tiveram uma gama privilegiada de informações. Além da Safra Rica e da Detec parceiros montaram uma ampla estrutura com demonstrações de campo nas áreas de cultivares, defensivos, adubos,
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SOJA
máquinas e implementos. Empresas patrocinadoras do evento também puderam apresentar mais sobre suas tecnologias inovadoras no campo, como a Bayer, Agroeste, Embrafos, Agro Hemar, Samaritá, Verde Agro, Agrolider e Massey Fergson. Também esteve presente a Prossiga, empresa que dá cursos sobre sucessão familiar para preparar os futuros herdeiros a manterem a competitividade de seus negócios. Aplicação aérea Um dos destaques foi a aplicação aérea de defensivos, que trouxe uma novidade a todos os presentes. A Safra Rica e a Detec proporcionaram aos produtores uma inovação que permite o uso racional e mais eficiente na aplicação via helicóptero. “É uma novidade que oferece mais eficiência para aplicação em grandes áreas que têm alguns obstáculos a aplicação convencional de avião. O helicóptero tem mais mobilidade e
pode chegar a áreas mais remotas e de difícil acesso”, afirmou o gerente Fernando Aversa. A importância da Expo Soja Alguns produtores e empresários atestaram o sucesso da primeira edição da Expo Soja. “Foi sensacional, realmente muito bom. Contamos com diversas informações importantes para nos prepararmos melhor para a reforma do canavial. Conhecemos as melhores cultivares, os melhores produtos para termos um manejo eficiente e, sem contar, a pulverização feita pelo helicóptero, que foi um show”, Paulo Eduardo Gorgorato. “Eventos como este mostram como temos potencial para produzir mais e melhor com a tecnologia disponível. Um exemplo disso foi a demonstração feita com a aplicação por helicóptero. Com certeza, a divulgação de informações como essa só tende a fortalecer nosso negócio”, José Alcides, empresário, Cofco.
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GRÃOS
Patrulha Percevejo Programa oferece eficiência no combate ao percevejo e outras pragas da soja
Estar atento às pragas da lavoura é ponto-chave para garantir o bom rendimento em qualquer cultura e, para isso, o produtor necessita lançar mão de diversas ferramentas e tecnologias que o auxiliem na gestão das informações e tomadas de decisão no controle de pragas e doenças. Na adoção de cultivares de soja com a tecnologia BT (Bacillusthuringiensis), uma bactéria entomopatogênica que confere resistência à maioria das lagartas, outras pragas começaram a se destacar e ocasionar prejuízos na cultura da soja, principalmente os percevejos. Desenvolvido em 2016, a Patrulha Percevejo é um serviço único, em seu modelo, de monitoramento de pragas nas culturas da soja e do milho. Exclusividade do Programa de Pontos da Rede AgroServices Bayer, o serviço é disponibilizado exclusivamente aos produtores cadastrados através de resgate via pontos, total ou parcialmente, com área mínima de 25 hectares. Todo o processo é feito através de um equipamento eletrônico com software exclusivo, georreferenciando cada ponto amostrado, desenhando o caminhamento e possibilitando fotos locais, o que gera confiabilidade no sistema. A empresa Safra 4.0 é responsável pela execução dos monitoramentos no interior de São Paulo abrangendo as regiões de Catanduva e São José do Rio Preto, contando com equipe “bem treinada, conhecedora do assunto, motivada e disposta; técnicos de verdade, longe de serem vendedores
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querendo empurrar produtos”, como relatou em entrevista à Revista Safra Rica o produtor e Engenheiro Agrônomo Ricardo Di Giorgio Robles. O objetivo da Patrulha Percevejo é ser a ferramenta adequada para auxiliar o produtor na tomada de decisão a realizar aplicações no timing correto, em área total ou localizada, conforme a distribuição das pragas graficamente
representada num mapa de calor, indicando o nível de infestação com sua respectiva localização no talhão. Em cada visita é gerado um relatório e encaminhado ao produtor, como também cita Robles. “O relatório foi bem elaborado; é fácil de entender e visualizar e a possibilidade de envio através de mensagens para aber tura em aplicativos do celular
facilitou muito”. O monitoramento é iniciado no estádio vegetativo, 25 dias após a emergência da soja, até próximo a colheita, cerca de 90 a 110 dias. A frequência das visitas é entre 7 a 10 dias, assim, além de definir o momento ideal da pulverização, o monitoramento posterior será uma avaliação de efetividade da mesma.
Modelo de Relatório
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GRÃOS
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A empresa Safra 4.0 é responsável
pela execução dos monitoramentos no interior de São Paulo abrangendo as regiões de Catanduva e São José do Rio Preto, contando com equipe “bem treinada, conhecedora do assunto, motivada e disposta; técnicos de verdade, longe de serem vendedores querendo
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empurrar produtos.”
Prejuízos causados pelos percevejos O inseto começa a gerar danos na cultura a partir da fase de formação das vagens e causa prejuízos até o final do desenvolvimento dos grãos. Estima-se que 1 percevejo por m² ocasiona perda de meia a uma saca por hectare. Segundo o produtor Robles, o inseto que causa maior dano é “sem dúvida alguma o percevejo-marrom que, inclusive já mostra alguma tolerância a certos produtos”. As perdas ocorrem na quantidade e na qualidade de grãos e, em produção de sementes, pode inviabilizar totalmente um campo. Os danos facilmente notados são os referentes aos grãos deformados e com menor calibre, porém, dificilmente se quantifica as perdas de colheita desses grãos danificados e afetam até mesmo o armazenamento, podendo gerar fermentação da massa devido às toxinas liberadas pelos grãos atacados. Níveis de tomada de decisão Para a sustentabilidade da agricultura, um dos pilares é o Manejo Integrado de Pragas (MIP), onde se busca conviver com a praga em níveis que não gerem prejuízos, ou seja, a pulverização é realizada quando se atinge o Nível de Controle (NC), onde população da praga deve ser contida, pois seu aumento a partir desse ponto ocasionará prejuízos econômicos. Paralelamente, se analisa o Nível de Dano Econômico (NDE), o limite, em que se a praga aumentar, seu prejuízo será maior do que o investimento no seu combate. O sucesso da tomada de decisão é diretamente ligado à periodicidade dos
monitoramentos, sendo que com equipe própria isso pode ser comprometido, uma vez que o funcionário “pragueiro” também possui outras funções na propriedade. Comprovando a eficiência do trabalho feito pela Patrulha, Robles ainda pede que os serviços sejam ampliados. “Existem várias culturas hoje que sofrem muito com a incidência de pragas e doenças, como por exemplo, o milho com intenso ataque de cigarrinhas e o próprio feijão também. Acredito que seriam boas culturas para esse serviço”, afirmou. Resultados Segundo um estudo realizado na safra de 2016/2017, em propriedades onde se realizou o monitoramento com a Patrulha Percevejo, o produtor conseguiu salvar 5% de sua produção, que seria descartada por perda de qualidade, caso não o realizasse. O nível médio de grãos descartados por baixa qualidade verificado em áreas monitoradas pela Patrulha Percevejo foi de 3%, enquanto nas áreas onde não se monitorou, foi de 8%. Em relação a danos totais, que inclui grãos danificados, mas que ainda podem ser parcialmente aproveitados, a ação da Patrulha Percevejo gerou uma redução de 22% para 8% no nível de estragos causados pela praga. Os resultados já foram sentidos pelo produtor durante as aplicações feitas em sua lavoura. “A Patrulha Percevejo é uma ótima ferramenta de auxílio. Tive uma melhora significativa nos resultados, com as aplicações feitas no momento correto e com o auxílio da Patrulha”, lembrou.
Sobre o programa de pontos da Rede AgroServices Na compra de produtos Bayer, os produtores cadastrados acumulam pontos que podem ser trocados por uma variedade de serviços especializados, como a própria Patrulha Percevejo. O serviço de monitoramento de pragas pode ser contratado sem precisar colocar a mão no bolso. Para mais informações sobre a Patrulha Percevejo e o programa de pontos da Rede AgroServices, procure um distribuidor autorizado Bayer ou ligue para o Converse Bayer 0800-0115500, ligação gratuita.
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CITROS
Artigo
Fatores que dificultam o controle do ácaro da leprose Autoria - Renato Bassanezi (pesquisador Fundecitrus)
Nos últimos anos muitos citricultores têm relatado dificuldades no manejo do ácaro da leprose dos citros em seus pomares, observando menores períodos de controle da população do ácaro após a aplicação de acaricidas e tendo que realizar aplicações adicionais durante o ano para obterem bons resultados. O objetivo deste texto é apontar e analisar possíveis fatores que estejam contribuindo para o aumento da população do ácaro da leprose dos citros nos pomares e dificultando o seu controle. Até o início dos anos 2000, o controle do ácaro da leprose estava baseado nos princípios do Manejo Integrado de Pragas (MIP), no qual a ação de controle ou aplicação do acaricida era determinada pela densidade populacional de ácaros presentes no talhão e também pelo histórico da presença do vírus da leprose dos citros, evidenciada pela presença de lesões da doença nas plantas. O nível de ação de controle, ou a infestação do ácaro para a aplicação de acaricidas, adotado pelo citricultor
dependia muito da sua aversão ao risco e variava entre 1 a 10% dos órgãos amostrados com a presença do ácaro, e em casos da ausência de lesões da doença na área amostrada em até 15% dos órgãos amostrados. Para estimar o nível de infestação do ácaro da leprose no talhão, o monitoramento amostral por caminhamento em zigue-zague ou sistemático, era realizado a cada 7 ou 10 dias, em 1 a 2% das plantas do talhão, observando-se em cada planta a presença do ácaro em 3 a 5 frutos ou, na ausência de frutos, nos primeiros 30 cm de ramos. Atingido o nível de ação, a aplicação de acaricidas era feita observando-se a rotação de produtos de diferentes grupos químicos disponíveis e em alto volume. E assim, se conseguia um longo período de controle do ácaro da leprose, isto é, acima de 300 dias entre a aplicação do acaricida e o momento em que a infestação do ácaro atingia novamente o nível de ação estabelecido. Com este manejo, geralmente, com 1 a 2 aplicações de acaricidas por ano, não se observavam epidemias de leprose
nos pomares. Então surge a questão: O que mudou do início dos anos 2000 para os dias atuais que tornou mais difícil o controle do ácaro da leprose? O clima está mais favorável à multiplicação do ácaro? O monitoramento do ácaro mudou? O tempo de reação do citricultor para pulverizar o talhão infestado mudou? A tecnologia de aplicação de acaricidas está mais falha? Os pomares mudaram e dificultam a amostragem do ácaro e as aplicações de acaricidas? Os acaricidas disponíveis no mercado não são tão eficientes como os acaricidas anteriores? A população do ácaro da leprose está resistente aos acaricidas utilizados? A mistura de acaricidas com outros produtos reduz a eficiência dos acaricidas? O manejo de outras pragas está afetando o controle e comportamento do ácaro? Clima e ácaro da leprose A reprodução do ácaro da leprose aumenta significativamente durante períodos secos e quentes do ano, quando se tem dias longos,
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alta temperatura, baixa precipitação pluviométrica e baixa umidade relativa do ar, e, consequentemente, baixa a disponibilidade hídrica no solo. Trabalhos realizados na FCAV/UNESP mostraram que em plantas mantidas com disponibilidade de água no solo a 25% da capacidade de campo por 60 dias, a população do ácaro da leprose cresceu duas vezes mais que em plantas mantidas a 70% da capacidade de campo. Além, disso, alta temperatura e baixa umidade relativa favorecem a evaporação das gotas, principalmente de gotas finas e muito finas, durante as pulverizações de acaricida, reduzindo a cobertura e deposição da calda acaricida aplicada sobre as plantas. Estas condições de clima foram observadas mais recentemente nos anos de 2013 e 2014, e não por coincidência foram os anos com muitos relatos de problemas de controle do ácaro da leprose. Monitoramento e amostragem do ácaro da leprose Como comentado, o monitoramento da população do ácaro da leprose é uma ferramenta essencial para embasar a tomada de ação de controle do mesmo. A amostragem, da maneira como era recomendada anteriormente, incorre em erros de estimativa acima de 60%, e é comum que diferentes inspetores, amostrando o mesmo talhão no mesmo dia, dificilmente chegam a estimativas parecidas. Além disso, esta amostragem não considera o número de frutos nas plantas, isto é, o mesmo número de frutos e/ou ramos são amostrados por planta independente da quantidade de frutos na planta. Para diminuir estes erros de amostragem dever-se-ia aumentar tanto a porcentagem de plantas amostradas por talhão, como o número de frutos e/ou ramos amostrados por planta, levando em consideração a carga de frutos presentes na planta. Também dever-se-ia reduzir o intervalo entre amostragens ou aumentar o número de inspetores em cada amostragem, para tirar uma média entre eles. Entretanto, com o aumento do custo da mão-de-obra para inspeção de pragas no campo, observado nos
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últimos anos, o protocolo de inspeção está caminhando ao contrário do que é recomendado e cada vez está menos intenso. Hoje é comum observar nos pomares intervalos entre inspeções acima de 14 dias, e não raro em 30 dias. Adicionalmente, também se observa uma redução no tamanho da amostra por talhão, com menos de 1% das plantas amostradas e com a observação de menos frutos e/ou ramos por planta. Tudo isso leva à maiores erros da estimativa da densidade populacional do ácaro e a uma detecção muitas vezes muito acima do nível de ação de controle estipulado. Tempo entre a detecção do ácaro e a aplicação do acaricida O MIP prevê que uma vez que o nível de ação de controle do ácaro da leprose seja atingido no talhão, a aplicação do acaricida seja feita imediatamente. Entretanto, o que se observa nos pomares, na tentativa de reduzir os custos de produção, é que cada vez mais o parque de equipamentos e pulverizadores está mais enxuto e, muitas vezes, não há máquinas disponíveis para a aplicação do acaricida no momento da detecção do nível de ação de controle. Desta forma, é comum que se demore mais de duas semanas para que a medida de controle seja adotada após a observação do nível de ação de controle. Isto faz com que no momento da aplicação do acaricida a população do ácaro já esteja em uma densidade acima do nível de ação de controle e, mesmo que o acaricida tenha a mesma eficiência de controle do ácaro (cause cerca de 90% de mortalidade), a população residual de ácaro que não morreu na aplicação do acaricida será maior e, consequentemente, levará menos tempo para atingir novamente o nível de ação de controle, resultando em um menor período de controle do ácaro pelo acaricida. Tecnologia de aplicação de acaricidas e controle do ácaro da leprose Para um bom controle do ácaro da leprose, o acaricida deve ser aplicado de modo a ter uma boa deposição e
cobertura acima de 50% sobre os frutos, ramos e folhas localizados internamente na planta e por toda a copa da planta (saia, meio e topo). Até o início dos anos 2000, era comum o uso de volume de calda aplicada em torno de 8 a 10 mil litros por hectare em pomares com plantas adultas. Visando a redução dos custos de aplicação, mantendo a mesma eficiência de controle, foram realizadas pesquisas para a adequação dos pulverizadores e do volume de calda de acaricida aplicado, aumentandose o número de bicos no ramal de pulverização e utilizando bicos que produzem gotas finas entre 100 a 200 µm de diâmetro mediano volumétrico para maior penetração das gotas no interior da copa da planta. Concluiu-se que utilizando este tamanho de gota, acaricidas aplicados em volumes entre 100 a 400 mL/m3 de copa apresentam a mesma eficiência de controle do ácaro da leprose sem a necessidade de corrigir a dose do acaricida. A partir de então tem-se conseguido um bom controle do ácaro da leprose em pomares adultos com volumes entre 2 a 3 mil litros por hectare. Entretanto, não é raro ver citricultores reduzindo o volume de calda de acaricida apenas aumentando a velocidade do turbopulverizador ou alterando a pressão de trabalho sem adotar a tecnologia da maneira correta, com adequada calibragem e regulagem do pulverizador e escolha adequada do número de bicos e tamanho de gotas. Adensamento dos pomares e controle do ácaro da leprose Em busca de maiores produtividades (toneladas por hectare), principalmente no estágio inicial de formação dos pomares, e pensando na manutenção de um stand de plantas que permita uma boa produtividade mesmo com a eliminação de plantas com greening (HLB), a partir de 2005, verificou-se uma tendência de pomares cada vez mais adensados. Os pomares plantados em 2005 tinham uma média de 440 plantas por hectare, enquanto que os pomares plantados em 2016 apresentaram uma média de 719 plantas por hectare. O adensamento dos pomares na
CITROS
linha de plantio dificulta a passagem dos inspetores de pragas de uma rua para outra, atrapalhando a inspeção do ácaro, e aumentam o contato entre as plantas, o que facilita a movimentação do ácaro de uma planta para a outra. Já o adensamento entre linhas de plantio dificulta a boa cobertura do acaricida aplicado, pois a copa das plantas fica muito próxima aos bicos de pulverização, muitas vezes até encostando nos bicos e causando uma cobertura desuniforme da calda aplicada, o que deixa áreas da copa sem o acaricida aplicado. O ideal é que os bicos de pulverização estejam a pelo menos 40 cm da extremidade da copa da planta para a boa formação do leque de pulverização. Resistência do ácaro aos acaricidas Aplicações sucessivas de uma mesma molécula acaricida acelera o processo de seleção de populações de ácaros resistentes, sendo um dos fatores ligados às falhas de controle do ácaro nos pomares. Existem relatos da resistência do ácaro da leprose para os acaricidas hexythiazox, dicofol, propargite e flufenoxuron. Portanto, a rotação de acaricidas de diferentes grupos químicos e modo de ação é recomendada para o manejo do ácaro da leprose. Entretanto, hoje há basicamente dois grupos de acaricidas na Lista PIC com boa eficiência no controle do ácaro da leprose, espirodiclofeno e cyflumetofeno, o que dificulta muito um programa de rotação de acaricidas. Embora ainda não haja relatos de resistência do ácaro da leprose para estes dois acaricidas, mortalidade do ácaro acima de 90% em diferentes populações do ácaro no estado de São Paulo em testes de laboratório, a seleção de populações resistentes com o uso continuado do mesmo acaricida pode vir a ocorrer no futuro e a necessidade de novos acaricidas é urgente.
nos pomares e também podem afetar a eficácia dos acaricidas, devido principalmente às alterações provocadas no pH da calda e na condutividade elétrica, bem como pela possível incompatibilidade entre os compostos. Além disso, após a detecção do HLB no Brasil, tornou-se praxe adicionar inseticidas para o controle do psilídeo Diaphorinacitri em todas operações de pulverização (aplicação de adubos foliares, fungicidas e acaricidas). Pesquisas realizadas na FCAV/ UNESP verificaram que os fertilizantes foliares fosfito de potássio, sulfato de magnésio e a mistura dos cloretos de zinco e de manganês com o sulfato de magnésio resultaram na diminuição da eficácia dos acaricidas propargite e acrinathrin sobre o ácaro da leprose. Também observaram, em condições de laboratório, que a mistura dos inseticidas fosmete e imidacloprido com o acaricida espirodiclofeno, embora não apresente incompatilidade física e química, reduziu a mortalidade do ácaro da leprose sete dias após a aplicação entre 28 e 44%. Uma menor eficiência do acaricida na mortalidade do ácaro da leprose refletirá em um menor período de controle do acaricida aplicado. Novas pesquisas com outras combinações de misturas de acaricidas e inseticidas estão sendo realizadas em laboratório e no campo pela FCAV/ UNESP e Fundecitrus e, em breve, espera-se ter uma ideia clara de quais misturas com inseticidas podem afetar os acaricidas no controle do ácaro da leprose. Assim, a recomendação é que à calda de acaricida para o controle do ácaro da leprose não se misturem outros produtos.
Mistura de acaricidas com outros produtos no tanque de pulverização Como forma de reduzir custos de produção, as misturas de produtos no tanque de pulverização são frequentes
Manejo de outras pragas e doenças no controle do ácaro da leprose A crescimento da incidência de importantes doenças, como a pinta preta e o cancro cítrico no parque
citrícola paulista, aumentou consideravelmente o uso de fungicidas ou produtos à base de cobre para o seu controle. Assim como, a necessidade de controle do psilídeo do HLB a partir de 2004, aumentou significativamente no uso e a frequência de aplicação de inseticidas nos pomares. Isso também afeta diretamente o manejo do ácaro da leprose, tendo em vista que muitos inseticidas e fungicidas apresentam efeito sobre inimigos naturais (fungos entomopatogênicos e insetos) que auxiliam no controle do ácaro da leprose e de outras pragas que até então eram secundárias, como ácaros tetraniquídeos desfolhadores e cochonilha escama farinha. Além do efeito dos inseticidas sobre os inimigos naturais, é bastante relatado na literatura o efeito hormese causado pela aplicação de subdoses de inseticidas, principalmente piretróides e neonicotinóides, estimulando a reprodução (aumento da postura e viabilidade de ovos) ou diminuindo a mortalidade de ácaros em diversas culturas. Embora ainda não comprovado para o ácaro da leprose (estudos estão em andamento), acredita-se que este efeito hormese possa estar ocorrendo devido às aplicações sucessivas de inseticidas para o controle do psilídeo dos citros. As doses dos inseticidas usados para o controle do psilídeo não causam mortalidade no ácaro da leprose, mas poderiam estimular sua oviposição, aumentar a viabilidade dos ovos ou sua longevidade, o que resultaria no aumento da velocidade de reinfestação do pomar após a aplicação do acaricida. Se esta hipótese se confirmar o problema será muito difícil de ser contornado porque ainda não podemos abrir mão do controle intensivo do psilídeo no manejo do HLB. Concluindo, não existe um único fator responsável pelo aumento da dificuldade de controle do ácaro da leprose e sim uma combinação de fatores que devem ser levados em conta e corrigidos para permitir uma melhoria do manejo do ácaro da leprose e da doença que transmite.
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CANA
Inovação no controle das plantas daninhas da cana
Produto foi desenvolvido para simplificar o combate de ervas daninhas na lavoura de cana
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O Alion é um herbicida inovador e que foi desenvolvido visando atender as atuais necessidades do produtor de cana e simplificar o manejo de plantas daninhas na cultura.
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O sistema de produção e tecnologias empregadas na cultura da cana nos últimos anos vem passando por profundas modificações, dentre estas algumas com grande impacto no manejo de plantas daninhas, exigindo cada vez mais dos profissionais envolvidos nessa área um conhecimento mais especializado sobre a cultura, biologia e identificação das plantas daninhas e características e comportamento dos herbicidas. A matocompetição na cultura da cana pode ser responsável por perdas agrícolas significativas, provocando reduções de até 80% de produtividade ou dependendo das condições e espécie infestante impossibilitar a colheita. O manejo de plantas daninhas na cultura da cana possui características singulares como aplicação em diferentes condições de clima ao longo do ano, necessidade de um residual longo dos tratamentos herbicidas em função do maior espaçamento entre linhas comparado a outras culturas, comunidade infestante de plantas daninhas complexa e heterogênea exigindo na maioria das situações a associação de herbicidas, diferentes manejos adotados na cana soca, como aleiramento e/ou recolhimento de palha,escarificação do solo e diferentes sistemas de plantio. As particularidades listadas acima tornam a tomada de decisão sobre a escolha de um tratamento herbicida (dose e produto)
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tarefa extremamente complexa e com grande chance de insucesso quando todos os fatores que interferem na sua eficácia não são levados em consideração. O Alion é um herbicida inovador e que foi desenvolvido visando atender as atuais necessidades do produtor de cana e simplificar o manejo de plantas daninhas na cultura. Suas características físico-químicas como: novo modo de ação, baixa solubilidade, sorção moderada a alta no solo, longa meia-vida e baixa pressão de vapor proporcionam ao usuário benefícios importantes como: longo residual; alta eficiência de controle; amplo espectro de controle, controlando folhas largas e estreitas; segurança a culturas vizinhas e seletividade para a cultura da Cana. O longo residual e a alta eficiência de controle do Alion se deve a combinação em um único produto de uma meia vida longa associada à baixa solubilidade e sorção moderada a alta do produto no solo. Essa combinação nunca antes presente em um único produto faz
com que o produto permaneça nos primeiros centímetros do solo por um longo período mesmo após intensas precipitações proporcionando longos períodos de controle. Em decorrência desse efeito o produtor tem evitado a necessidade de realizar repasse ou capina química na lavoura evitando uma operação de alto custo e difícil execução. Nosso objetivo é simplificar o manejo do produtor permitindo que ele faça menos operações na sua lavoura como: aplicação de herbicida em PPI, catação, repasse de carreadores, etc. Assim o produtor também estará reduzindo seus custos e aumentando a produtividade. A baixa pressão de vapor do produto permite uma aplicação segura do mesmo sem risco de provocar um prejuízo para culturas vizinhas como: Citrus, Goiaba, Seringueira, Hortaliças, etc. O novo modo de ação do Alion controla um grande número de plantas daninhas, folhas largas e folhas estreitas, o que minimiza o risco de insucesso no controle. O uso do Alion em associação com outros produtos possui efeito sinérgico de controle. Convidamos a todos os produtores de Cana que solicitem uma visita dos técnicos da Safra Rica ou façam uma visita em uma das suas filiais para obter mais informações sobre as recomendações de uso e outros benefícios do produto.
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