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A REVISTA DO SEGURO DE TRANSPORTE
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EXECUTIVOS DO MERCADO ANALISAM 2019: UM ANO DE MUITAS MUDANÇAS
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JANEIRO/FEVEREIRO 2020
Desregulamentação da profissão de corretor de seguros pela Susep, alterações no DPVAT e as mudanças causadas pela inovação tecnológica.
ENTREVISTA: Alexandre Camillo, presidente do Sincor-SP,
repercute os fatos mais marcantes de 2019 e faz projeções para 2020. Págs. 14 e 15
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CIST NEWS ED. 35 JANEIRO/FEVEREIRO 2020
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PALAVRA DO PRESIDENTE O ano de 2020 começa trazendo esperança de tempos melhores para todos nós. Os indicadores econômicos claramente demonstram um aquecimento da economia. Entre os principais responsáveis por este crescimento estão o consumo das famílias, que responde por dois terços do PIB brasileiro; e o aumento dos postos de trabalho formais, ou seja, mais trabalhadores com carteira assinada. Já as estimativas para 2020 são as melhores possíveis: previsão de crescimento do PIB acima de 2%, inflação sob controle, redução da taxa Selic e dos juros. Em paralelo, estamos vivenciando um momento histórico de reformas no Estado Brasileiro. Já foram feitas a da Previdência e da Liberdade Econômica, e em breve teremos a Administrativa, que deve enxugar (um pouco) os custos do governo; e a Tributária, que pode impactar a economia e os negócios em um futuro próximo. Como se não bastasse, tem ainda os acordos comerciais assinados no ano passado – entre União Europeia e Mercosul, e entre Brasil e Arábia Saudita -, que devem impulsionar a movimentação de mercadorias e, consequentemente, gerar um aumento significativo do ramo de seguros de Transportes em 2020. Ao mesmo tempo, como os segurados terão um aumento da exposição aos riscos, os corretores e seguradores deverão ficar atentos para manter a sinistralidade nos patamares atuais. Mas isso é tema para discutirmos nos nossos workshops mensais, onde certamente traremos essa discussão ao mercado. Tudo isso nos faz sonhar com um ano muito melhor, não apenas enquanto brasileiros, mas também como membros do CIST. Após o sucesso do nosso workshop em Fortaleza (CE) em 2019, ficou claro que temos totais condições de estarmos em outras grandes cidades do país, cumprindo com a nossa missão de capacitar e desenvolver os profissionais do mercado de riscos, seguros e transportes de carga. Falando especificamente sobre esta edição, vamos repercutir as mudanças que aconteceram no mercado de seguros em 2019 – como desregulamentação dos corretores de seguros e a redução do DPVAT -, recordar o que aconteceu durante o 7º ExpoCIST e conhecer o que as empresas e articulistas esperam em 2020. Desejo boa leitura e um excelente ano para todos nós! Salvatore Lombardi, presidente do CIST
Diretoria triênio 2018/2021 Presidente: Salvatore Lombardi Junior, Argo; 1° Vice-Presidente: Paulo Robson Alves, AXA XL; 2° Vice-Presidente: Carlos Suppi Zanini; 3° Vice-Presidente: Alfredo Chaia, Risk Veritas; 1° Tesoureiro: Fernando Pacheco, Pacheco Consultoria; 2° Tesoureiro: Walter Venturi, Venturi Corretora; 1° Secretário: Maria Rita dos Santos; 2° Secretário: Carlos José de Paiva, Paiva Seguros.
Conselho Consultivo Presidente: Mauro Antonio Camillo; Membros Efetivos: Renato da Cunha Bueno, ARX e Adailton Dias, Sompo Seguros; Membros Suplentes: Sergio Caron, Marsh; Aline Watanabe, AXA XL e Thiago Tardone. Conselho Fiscal Presidente: Carlos Alberto Lima, ServAssist; Membros Efetivos: Hélio Jose de Almeida, Starr e Felipe Ruffolo, Maggi Corretora; Membros Suplentes: Domingos Pozzetti, Berkley; Lenadro Emiliano, NATEC e Juarez Pompeu, AXA.
Diretorias especializadas Diretor Técnico Nacional: Valdo Alves da Silva, Tókio Marine; Diretor de Eventos: Marcelo Silva, Transbroker; Diretor Técnico Internacional: Aruã Piton, Swiss Re Corporate; Diretor de Relacionamento Internacional: Jorge Luzzi, Herco; Diretor Comércio Exterior: Samir Keedi, Multieditoras; Diretor Jurídico: Paulo Henrique Cremoneze: MCLG Advogados; Diretor de Meio Ambiente: José Lucio da Silva; Diretor de Benefícios: David do Nascimento, Univida; Diretor de Cursos: Paulo Cristiano Hatanaka, AON; Diretor de Logística: Paulo Roberto Guedes, Ahumas; Diretor de Gerenciamento de Risco: David Anderson da Silva, Servis; Diretor de Resseguro: Rodrigo Guirao; Diretor de Segurança: Daniel Vicente Iugas, Grupo Golden Sat; Diretor de Roubo de Cargas: Juarez Pompeu ; Diretor de Assuntos Estratégicos: Fernando Pacheco, Pacheco Consultoria; Diretor de Relacionamento com o Mercado: Ricardo Guirão, AON; Diretor de Embalagens: René Ellis Vanzulli, Buonny; Diretor Técnico: Odair Negretti, Seguros BC; Diretor de Relacionamento com Corretores: Carlos Alberto de Lima, ServAssist; Diretor Jurídico Internacional: Nelson Faria de Oliveira, Faria de Oliveira – Advogados; Diretor Inovação & Digital: João Zen, Guep; Diretor de Planejamento estratégico: Paulo Rogerio Haüptli, Grupo Fox; Diretor de Infraestrutura e Operações: Andre Moraes Velleda, Moraes Velleda; Diretor Técnico Nacional – Transportador: Wendel de Souza, Argo; Diretor de Áreas de Perícias: Marcelo Anacleto, ALL Cor; Diretor de Sinistros: João Folegatti; Diretor de Tecnologia: Ronaldo Megda, Tracker; Diretor Social: Mayra Monteiro, Grupo Golden Sat; Diretor de Comunicação: Sergio Nobuosuke, ServSeg; Diretor de Marketing: Vanessa Mendonça, Argo; Diretor de Sindicância: Paulo Rogerio Haüptli, Grupo Fox. Produção Revista CIST News Jornalista Responsável: Silmar Rodrigues Batista (MTB 29.213); Comercial: Natalino José Borring - SegNews; Fotos: Douglas Asarian; Projeto Gráfico e Diagramação: Natasha Motta.
Artigos: são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem a opinião desta entidade. Regulamentação Constituição Federal, art. 5º, IX e art. 220, § 6º - “Art. 5º (...) IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”. Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão, e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observando o dispositivo nessa Constituição. (...) § 6º - A publicação de veículo impresso de comunicação independe3de licença de autoridade.” | JANEIRO/FEVEREIRO
SUMÁRIO 3
Palavra do Presidente
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Eventos
Entrevista
ExpoCIST se consolida como o maior evento do mercado de seguros de transporte da América Latina
Quando se desregulamenta uma profissão, não está promovendo qualificação
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Fique por dentro Consultoria de riscos não pode pesquisar dados de crédito de candidatos a motorista
Artigo
Capa
Artigo
Veremos em 2020 as mudanças tão aguardadas em nosso setor?
Mercado de seguro de Responsabilidade Civil Ambiental foi positivo em 2019
O comportamento da carteira de Marine em 2019 e as expectativas para 2020
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Técnico
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Técnico
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Direito Securitário
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Análise
Boas perspectivas para 2020 animam o setor
Fox
O gerenciamento logístico de amanhã
2020 será um ano melhor do que foi 2019
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Executivos do mercado analisam 2019: um ano de muitas mudanças
Artigo
Língua Portuguesa
Logística
Infraestrutura
Técnico
Transformando dificuldades do setor de transportes em oportunidades de crescimento para o mercado
Where is My Cargo apresenta novidades e demonstra solidez no mercado
Buonny – rumo a 2020: hora do balanço anual
Inovação para se reinventar diante dos desafios e mudanças de mercado
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Tecnologia
Um balanço sobre 2019 e as expectativas da Servis para 2020
Reportagem Seguros SURA acredita no desenvolvimento do mercado e nas boas oportunidades de negócios em 2020
Tecnologia Processo de digitalização da cadeia de transporte
Reportagem Baixa sinistralidade e crescimento do varejo impulsionam o segmento de seguro de Transportes no País
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Tecnologia
Artigo Um ano positivo, mas 2020 será ainda melhor...
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Tendências de rastreamento para 2020
Tecnologia Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
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Artigo O desafio como norteador da permanente busca por Excelência
Tecnologia Sompo
Artigo Mini artigos
fique por dentro Consultoria de riscos não pode pesquisar dados de crédito de candidatos a motorista
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pesquisa de dados creditícios de candidatos a vagas de motorista foi considerada discriminatória pela Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho. Segundo a relatora, ministra Delaíde Miranda Arantes, a situação de um candidato que tenha o nome inserido em serviços de proteção ao crédito não pode impedi-lo de obter emprego, pois a recolocação no mercado de trabalho pode permitir que ele quite suas eventuais dívidas.
Discriminação Na ação civil pública, o Ministério Público do Trabalho (MPT) sustentou que a empresa de gestão de riscos compila em banco de dados informações pessoais (distribuição criminal, SPC e Serasa, entre outras). O representante da empresa admitiu, durante o procedimento investigatório conduzido pelo MPT, que a mesma realiza consultas diárias de novos interessados em vagas de emprego por meio do sistema “Teleconsult”. O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DFTO) entendeu que não há justificativa CIST NEWS | 6
para a pesquisa em serviços de proteção ao crédito, pois a existência de débitos nada diz sobre a capacidade de trabalho do motorista. Para o TRT, a conduta invade a privacidade dos candidatos e não está prevista no ordenamento jurídico, ainda que tenha como pretexto mitigar os riscos das empresas que tenham atividade diretamente relacionada ao transporte de carga, como afirma a empresa. Com esse fundamento, proibiu-a de realizar as pesquisas e condenou-a a pagar R$ 100 mil a título de danos morais coletivos.
Riscos A empresa, no recurso de revista, sustentou que, como consultoria que presta serviços de gerenciamento de riscos a transportadoras e seguradoras, não mantém relação de emprego com caminhoneiros e não interfere na sua contratação. Para a empresa, a responsabilização do uso das informações fornecidas como critério seletivo deveria recair sobre o empregador. Outro argumento foi que as pesquisas se concentram em sites de domínio público e são autorizadas pelos candidatos.
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Lei dos Caminhoneiros A relatora assinalou que o artigo 1º da Lei 9.029/95 proíbe a adoção de práticas discriminatórias nas relações de trabalho. Para ela, qualquer restrição ao acesso de um candidato a uma vaga de emprego por seu nome constar em listas de serviços de proteção ao crédito é ato discriminatório, pois impede a contratação sem justificativa razoável e plausível e viola os princípios da dignidade da pessoa humana, do valor social do trabalho, da isonomia e da não discriminação, previstos na Constituição da República. Ainda de acordo com a ministra Delaíde, o artigo 13-A da Lei 11.442/2007, incluído pela Lei dos Caminhoneiros (Lei 13.103/2015), também proíbe a utilização de informações de banco de dados de proteção de crédito como mecanismo de vedação de contrato com o transporte autônomo de cargas e com as empresas de transporte de cargas. A decisão foi unânime. Processo: RR-110968.2012.5.10.0020
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Para o TRT, a conduta invade a privacidade dos candidatos e não está prevista no ordenamento jurídico, ainda que tenha como pretexto mitigar os riscos.
Fonte: TST
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eventos
EXPOCIST SE CONSOLIDA COMO O MAIOR EVENTO DO MERCADO DE SEGUROS DE TRANSPORTE DA AMÉRICA LATINA CIST NEWS | 8
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7º ExpoCIST, o maior evento do mercado de seguros de transporte da América Latina, reuniu cerca de mil executivos do setor no 27 de novembro, no Hotel Sheraton WTC, em São Paulo. Estiveram presentes, representantes de corretoras, seguradoras, resseguradoras, embarcadores, transportadores, operadores logísticos, além de prestadores de serviços relacionados ao setor, como consultorias em gestão de riscos, agentes de carga, consultoria jurídica, gerenciamento de carga, regulação de sinistros, entre outros. Após a abertura oficial do evento, feita por Salvatore Lombardi, presidente do CIST; falaram também Boris Ber, 1º vice-presidente do CIST; Tayguara Helou, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região
(SETCESP); e Mário Pinto, diretor acadêmico da Escola Nacional de Seguros (ENS). O primeiro painel teve como tema “Economia – Cenário Nacional e Internacional e perspectivas para o mercado de seguros”. O assunto foi apresentado por Luiz Rabi, economista-chefe do Serasa Experian; e por Adauto Lima, economista chefe da Western Brasil. O debatedor deste painel foi Celso Claudio de Hildbrand e Grisi tendo como mediador Bruno Pereira, CFO da Argo Seguros. Ambos mostraram que tanto a economia como o comércio mundial têm apresentado uma desaceleração. “Hoje, o crescimento médio (3,5%),das economias globais, passa a ser o padrão. Isto já acontecia nos países desenvolvidos e agora está acontecendo nos emergentes. Isso se dá pela mudança
demográfica, os países estão envelhecendo, as taxas de crescimento da população estão reduzindo e até ficando negativas”, analisou Lima. No caso específico do Brasil, Rabi lembrou que para o país ter um ambiente favorável para o crescimento econômico, algumas coisas precisam acontecer. “Precisamos ter um setor externo razoavelmente equilibrado, uma inflação baixa e contas fiscais mais ou menos em ordem. Os fatores positivos são a baixa inflação e a Reforma da Previdência, colocando ordem nas contas fiscais, o que permite a redução da taxa de juros”. O segundo painel, “Fábrica de Líderes”, foi ministrado por Acácio Queiroz, ex-CEO e COO de várias companhias de seguros no Brasil e na América Latina. Ele apresentou temas relacionados à liderança e a importância da motivação em nossas vidas e
SALVATORE LOMBARDI
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MARIO PINTO
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Para o Brasil ter crescimento econômico, precisa ter um setor externo razoavelmente equilibrado, uma inflação baixa e contas fiscais mais ou menos em ordem.
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TAYGUARA HELOU profissões, por meio de práticas imersivas junto aos convidados e participantes. Na mesa estavam os debatedores Caio Arnaes, manager na Robert Half; e Cristina Domingues, da Starr Companies. Já o debatedor foi Carlos Suppi Zanini, vice-presidente do CIST. Ao longo de sua carreira, Acácio disse que aprendeu sobre o poder da frase, ‘Querer é Poder!’. “Eu aprendi que o importante é ser, antes de ter. Que o equilíbrio em nossas vidas está em tudo, e o principal é o equilíbrio emocional. Porém, ter equilíbrio emocional e não praticar não surte o que queremos. Temos que ter em nossas vidas a possibilidade de errar, porque os erros são os nossos principais mestres. Por isso, estou aqui hoje, errei e aprendi. Mas errar pela segunda vez é burrice”, concluiu. Já no período da tarde, Mauro Arcucci, diretor da Barbuss
Global, ministrou o painel “Avaria Grossa, perspectivas na América Latina”, apresentando detalhes do cenário atual e fez uma série de projeções para os próximos anos. O mediador foi Flávio Hasenclever Borges, gerente de Subscrição - aviation, cargo, marine, oil & gas no IRB Brasil Re, enquanto os debatedores foram Cesar Alves, superintendente RTS Group, e Marcio Trindade, head of Marine da Crawford. Por fim, o futurista, empreendedor e autor Tiago Matos, ministrou a última palestra do dia. Sob o tema “O Futuro do Trabalho, Impacto nas Novas Tecnologias e Pensamento Digital”, ele abordou as relações de trabalho e o futuro, fazendo uso da inovação e de práticas de aprendizado imersivo. Completaram a mesa o mediador João Zen, commercial director & insurance da GUEP; além dos debatedores
OFICINA Valter Silva Ferreira Filho, head of finance da Rio Soluções Digitais; e Marcos Ornellas, coach, consultor em desenvolvimento organizacional e escritor. Em paralelo ao encontro, aconteceram ainda quatro oficinas. A primeira delas - “Dados Estatísticos da América Latina – Alsum”, foi apresentada por Henrique Cabral, da Munich Re. Na sequência, Paulo Robson Alves, head de Marine a Facultative Latam da Axa XL, falou sobre o “Futuro da logística e mudança de comportamento na subscrição de riscos”. Encerrando a programação, Flavio Amaral, da Get Net, abordou a “logística do comércio eletrônico – oportunidades, riscos e desafios para seguro de transporte de carga”. A 7ª edição do Expo CIST contou com patrocínio da Ambipar; Associação Brasileira
de Gerenciamento de Risco (ABGR); Argo Seguros; AXA XL; Buonny; Gertran; Grupo Golden Sat; Grupo Apisul; Grupo Fox; Guard Center; Guep Technology; IRB Brasil RE; Moraes Velleda; Munich Re; Opentech; Porto Seguro; RTS; Sascar; Seguros Sura; Servis; Sompo Seguros; Tokio Marine; Trade Vale; Trucks Control; e Where Is My Cargo.
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Temos que ter em nossas vidas a possibilidade de errar, porque os erros são os nossos principais mestres.
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ALFREDO CHAIA, LUIZ RABI (PALESTRANTE), ADAUTO LIMA (PALESTRANTE), BRUNO PEREIRA, PROFESSOR GRISI E SALVATORE LOMBARDI. CARLOS ZANINI, CESAR ALVES, MAURO ARCUCCI (PALESTRANTE), MÁRCIO TRINDADE, E FLÁVIO HASENCLEVER BORGES.
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SALVATORE LOMBARDI, CARLOS ZANINI, ACACIO QUEIROZ (PALESTRANTE), CRISTINA DOMINGUES E CAIO ARNAES. PAULO ALVES, ALFREDO CHAIA, SALVATORE LOMBARDI, MARCOS ORNELLAS, VALTER FILHO , JOÃO ZEN, TIAGO MATTOS (PALESTRANTE) E CARLOS ZANINI.
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Em conversa exclusiva com o CIST News, Alexandre Camillo, presidente do Sincor-SP, repercute os fatos mais marcantes de 2019 e faz projeções para 2020.
entrevista
“QUANDO SE DESREGULAMENTA UMA PROFISSÃO, NÃO ESTÁ PROMOVENDO QUALIFICAÇÃO”
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CIST News: No final do ano passado aconteceram muitas coisas que mexeram com o mercado de seguros, diretamente e indiretamente. Uma delas foi a decisão da Susep de não mais regulamentar a profissão do corretor de seguro. Como o senhor avalia essa decisão? Por que? Alexandre Camillo: Primeiramente, eu avalio essa decisão de maneira totalmente equivocada e atabalhoada por parte da Susep, que, ao não ter estrutura para conseguir cumprir com seu papel de órgão de supervisão, tanto das companhias como dos corretores, simplesmente quis abrir mão da categoria profissional dos corretores de seguros e promoveu essa proposta estapafúrdia de desregulamentar a profissão. Sendo que nós temos o Ibracor (Instituto Brasileiro da Autorregulamentação dos Corretores de Seguros), poderia
ter havido uma conversa preliminar com a entidade, na qual a Susep transferisse realmente a parte operacional de supervisão dos corretores sem ter desregulamentado a profissão, jogado a regulamentação no limbo. C.N.: Por outro lado, o documento emitido pela Susep também incentiva a qualificação dos profissionais, ressaltando que todo aperfeiçoamento técnico é fundamental para o exercício da profissão, e deverá ser estimulado pelo mercado. Como o Sincor-SP atuará nesse sentido? A.C.: Quando se desregulamenta uma profissão, não está promovendo qualificação, isso é uma desculpa que a Susep deu, argumentos que tentou utilizar, inclusive com um discurso de que a profissão tem maturidade profissional (o que tem mesmo, eu digo isso há anos), mas o que não quer dizer que não tem que ser regulamentado. O produto que o corretor distribui exige muito conhecimento, comprometimento de longo prazo, entregas incertas ou não – pois não sabemos quando vai acontecer o sinistro, produtos de acumulação... Enfim, é impensável ter a área de distribuição de seguros, a corretagem de seguros, sem uma regulamentação com os preceitos mínimos para os profissionais poderem atuar e também impensável não fazendo parte do Sistema Nacional de Seguros Privados, como a Susep também revogou. Então, ao desregulamentar e, portanto, não ter exigência nenhuma ao corretor, a superintendência não está promovendo qualificação nenhuma, pelo contrário. C.N.: Também no final do ano houve a decisão de encerrar o
DPVAT, mas isso acabou voltando atrás e o valor pago pela população acabou sendo bastante reduzido. Como o senhor se posiciona nesse assunto? A.C.: Eu lamento tudo isso em torno do DPVAT, porque o mais machucado é a instituição seguro, instituição essa para a qual eu e todos nós do mercado lutamos há tantos anos, uma vida inteira, para levar para a população uma consciência de quanto o seguro é importante para as vidas das pessoas, o quanto as instituições são sérias, o quanto as empresas são sérias, o quanto os corretores de seguros são sérios, o quanto as entidades são sérias. Hoje vemos essa discussão em torno do DPVAT só se falando em fraude, em mal uso, e fazendo uma confusão danada entre dinheiro público e privado. Lamento profundamente isso e também entendo que a Susep se precipitou ao emitir a MP 904, simplesmente pondo fim à Seguradora Líder. Se tem coisas ruins no meio, isso não quer dizer que o todo é ruim. O seguro DPVAT é o maior e melhor seguro social do mundo, e cumpre muito bem o seu papel. Se foram cometidos abusos, fraudes, que se atue nisso, que se puna, porque a verdade vem à tona. Mas simplesmente extinguir achei lamentável, ainda mais sem um plano B, uma solução. C.N.: Estamos começando um novo ano e o governo parece empenhado em fazer reformas para reduzir custos e incentivar a economia. O que o senhor espera desse ano para o mercado de seguros?
errado, principalmente na área econômica, com movimentos de privatização, atraindo investimentos do mundo todo, dando fim a algumas travas da economia, tudo muito rápido, enfim. Então acredito que será um ano de expectativas muito boas para o Brasil e, especialmente, para o setor de seguros. C.N.: Esse ano também terá o Conec 2020, que terá o tema “Conectando corretores de seguros”... Poderia antecipar alguma coisa aos nossos leitores? A.C.: O Conec 2020, na minha opinião, será um dos mais simbólicos de todas as suas 19 edições. Eu espero que até lá nós tenhamos todos esses desafios superados, que estejamos vivendo um momento de contextualização do que dizemos hoje, de consolidarmos a expectativa do Brasil crescendo, da economia crescendo, da indústria de seguros acompanhando este crescimento, e, claro, com essa distribuição pelas mãos do corretor de seguros. Então, espero que o Conec seja realmente um momento de exaltação do corretor e de todo o mercado de seguros. Espero receber lá 10 mil congressistas para que tenhamos uma força bastante grande de entendimentos e de mãos dadas mesmo. Porque a indústria de seguros é um todo: seguradoras, entidades, corretores, e o Conec permite esse ambiente de unificação, de aprendizado mútuo, de disrupção para todos e, por que não, de reconhecimento da nossa luta, propiciando um momento de prazer para todos.
A.C.: Eu acredito que o governo tem acertado muito mais do que
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EXECUTIVOS DO MERCADO ANALISAM 2019: UM ANO DE MUITAS MUDANÇAS.
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ano de 2019 pode ser considerado um dos períodos mais marcantes na história recente do mercado de seguros. Além de acordos comerciais envolvendo o Brasil, o que deve impulsionar negócios nos ramos de Transporte, Garantia e Engenharia, por exemplo; o setor seguiu sendo impactado por novas regras que entraram em vigor – como a decisão que primeiramente encerrou o DPVAT e depois foi revista para uma redução média de 63% no valor do seguro – e pela (cada vez mais constante) mudanças causadas pela inovação tecnológica. Entretanto, nenhuma chamou mais a atenção do que a decisão da Superintendência de Seguros Privados (Susep) de não mais regular e fiscalizar os corretores de seguros. A inciativa tem como pilares a eficácia, produtividade, flexibilidade e economia. A autarquia entende também que a autorregulação trará a experiência e o conhecimento dos próprios corretores para o mercado de seguros. “Em um primeiro momento, causou um certo desconforto no mercado, apesar de ser uma medida já esperada, pois o órgão regulamentador já não fiscalizava o setor da forma que
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deveria. Numa análise mais profunda, entendo como sendo positivo este passo no Brasil. O caminho a ser trilhado será o do corretor especialista, um consultor de risco, que vai além da função de ‘fazer seguro’”, acredita Marcelo Anacleto, da Allcor Seguros. Felipe Ruffolo, diretor da Maggi Corretora de Seguros, concorda. “Para o bom corretor, a notícia não impactou. Mas gostaria que se tornasse obrigatória a adesão à nova autoreguladora para todos os corretores de seguros. O nome da Susep é referência há anos, e essa sucessão para o Ibracor tem que ratificar ainda mais a importância do corretor”. Na visão de Roberto Schimith. CEO na Insert Seguros, alguns impactos poderão ser sentidos no longo prazo, especialmente em produtos com arrecadação de prêmios baixos ou muito simples, que não exigem um corretor para orientar e podem favorecer o comércio direto pelas seguradoras. “Porém, nos seguros mais complexos, como o de Transportes, sempre haverá a figura do corretor. Além disso, em países que não é obrigatório a intermediação através de corretor de seguros, o percentual de venda direta seguradora x cliente não ultrapassa 10% dos prêmios comercializados. Já para as seguradoras, a medida
ACIMA, DA ESQUERDA PARA A DIREITA: ADRIANO YONAMINE, MARCELO ANACLETO, ODAIR NEGRETTI ABAIXO, DA ESQUERDA PARA A DIREITA: FELIPE RUFFOLO, ROBERTO SCHIMITH, NEWTON QUEIROZ
poderia ter sido mais discutida e avaliada antes de ter sido anunciada. “Eu recebi com uma certa surpresa a forma como a autorregulamentação foi feita. Em um mercado evoluído como o nosso, com o tempo isso certamente iria acontecer, mas acho que ainda eram necessários alguns passos nesse sentido”, avalia Newton Queiroz, CEO e presidente da Argo Seguros. Para ele, a profissão de corretor de seguros é muito importante para o mercado, especialmente para o cliente. “O corretor é o mais fiel representante do seguro, especialmente na hora mais difícil, que é quando ocorre o sinistro”, completa. Adriano Yonamine, diretor de Transporte e Auto Frota da Sompo Seguros, pensa da mesma forma. “Esse é um debate em que os diversos players do mercado têm de ser ouvidos para que nosso mercado continue a crescer ao mesmo tempo em que cumpre com sua função social de garantir o patrimônio dos segurados,
com segurança jurídica e uma prestação de serviço reconhecidamente de alta qualidade”, acredita. Segundo o executivo, a seguradora sempre defendeu a atuação consultiva dos corretores de seguros. “Para prestar o melhor atendimento ao segurado, esse profissional deve ser um especialista em seguros, que tenha estudado e que conheça sobre os produtos que vai ofertar. Não temos qualquer previsão de alterar as formas de distribuição de nossos produtos”. Além dessa questão da autorregulamentação, algumas transformações causadas pela tecnologia também contribuíram para movimentar o mercado de seguros ao longo do último ano. Apesar de não ser algo relativamente recente – já que inovações vêm surgindo no setor há alguns anos – o crescente número de novidades fez com a Susep criasse um sandbox para setor. O modelo de regulação, que já vêm sendo implantado em outros países, consiste basicamente em uma 17 | JANEIRO/FEVEREIRO
autorização temporária concedida por órgãos supervisores para que algumas empresas – previamente escolhidas por meio de um processo seletivo – possam ser capazes de operar seus negócios em um ambiente de regulamentação mais flexível, mas ainda assim controlado. Isso permite que essas novas empresas, que geralmente atuam em um formato bastante inovador, tenham condições de se estruturar para que seus modelos disruptivos possam trazer benefícios futuros para seus clientes e demais players do mercado, o que beneficia toda a cadeia. Segundo o diretor da Susep, Eduardo Fraga, a autarquia espera que surjam produtos e serviços que tragam não apenas tecnologia diferenciada para o mercado de seguros, mas que também apresente redução de custos para seus usuários. “Estamos falando de empresas que venham com novas propostas para subscrição e retenção de riscos. O objetivo é ampliar a cobertura de seguros no País com a diminuição dos preços dos produtos aos consumidores, estimulando a concorrência e a inovação, por meio de uma experiência diferente para os segurados”, explicou. A medida foi bem recebida pelo mercado de seguros, especialmente pelos corretores, que avaliam a necessidade de ‘oxigenar’ o setor. “Vivemos de forma diferente que vivíamos há cinco anos e daqui a outros cinco anos será diferente de como vivemos hoje. Nossa rotina mudou completamente com a tecnologia e a indústria do seguro também precisa usar e se beneficiar dos recursos disponíveis. O que mais me agrada neste novo cenário é que tenho certeza que traremos novos consumidores para o mercado de seguro e isso é bom para todos”, acredita Roberto Schimith. CEO na Insert Seguros. Já para Marcelo Anacleto, da Allcor Seguros, a ideia de trazer rapidez a certas análises com soluções CIST NEWS | 18
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Estamos com esperança de um ano melhor. Acredito que a reforma da previdência foi necessária, mas outros passos devem ser dados pelo governo.
inovadores, permitirá queimar algumas etapas de implantação. “Contudo, a fiscalização deve ser necessária e a análise dos resultados devem ser avaliados por órgãos regulamentadores para mitigação de riscos e, dependendo do sucesso, liberar para todas as empresas interessadas”, ressalta. Sobre a redução no valor do DPVAT, seguro que quase foi encerrado pelo governo, a maioria dos corretores também enxerga de forma positiva. “Nunca fui favorável a seguros obrigatórios e monopolizados. Os proprietários, ao solicitarem os registros dos seus veículos no Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), ou em qualquer outro órgão de trânsito, deveriam fazer prova da contratação do seguro de RCF, com seguradoras idôneas e com limites que suprissem, pelo menos, os valores mínimos estabelecidos legalmente”, opina Odair Negretti, sócio e diretor Técnico da Saon Seguros. “Apesar das discussões políticas em torno dessas taxas, a decisão pela redução é cabível; o que eu contesto é 86% de desconto”, diz Felipe Ruffolo, diretor da Maggi Corretora de Seguros. Partindo do princípio do mutualismo, ele questiona “o porquê de não pensarem na redução e/ou agravo seguindo a mesma linha atuarial de sinistralidade do seguro de automóvel das grandes seguradoras; ou em um novo produto de seguros; ou então os já existentes RCF, DM/ DC, APP, comercializados pelos corretores e que poderia ser obrigatória a contratação e apresentação da
apólice para o licenciamento. Todas essas mudanças que aconteceram em 2019 parecem não apenas ter sido bem recebidas pelos corretores de seguros, como o cenário atual os motiva a acreditar em um 2020 ainda melhor. “Estamos com esperança de um ano melhor. Acredito que a reforma da previdência foi necessária, mas outros passos devem ser dados pelo governo como reforma fiscal e política, primordiais para o equilíbrio do país. Precisamos estimular o emprego, o crédito, mas devemos tomar cuidado com a inadimplência”, alerta Marcelo Anacleto, da Allcor Seguros. Para Odair Negretti, “os investimentos esperados, os acordos firmados e em vias de concretização, a redução do desemprego e o preenchimento da capacidade ociosa das empresas, são elementos de ótimas perspectivas para o mercado, em todas as modalidades de seguros de bens, pessoas e responsabilidades”. “A expectativas são muito boas, já sentimos no final de 2019 um crescimento da economia, a retomada da confiança e queda no desemprego. Era consenso entre a maioria que a reforma da previdência precisava acontecer”, finaliza Roberto Schimith. CEO na Insert Seguros.
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análise
VEREMOS EM 2020 AS MUDANÇAS TÃO AGUARDADAS EM NOSSO SETOR? ALEX BARBOSA Marketing Manager da GUEP
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azendo uma rápida passagem pela memória de tudo que o nosso segmento de seguros, transporte e gestão de risco assistiu em 2019, percebemos muito movimento, porém com pouco avanço. Os entes governamentais acertaram e erraram, a tabela de frete mínimo valeu por um tempo, depois não valeu mais; iniciou-se a discussão sobre o DT-e; caminhoneiros reclamaram; os segmentos de seguro, corretoras e gestão de risco falaram da importância da inovação, mas pouco mudaram em seus processos e na forma de ser, não obstante já existam no mercado plataformas e players prontos a trazer tecnologia que realmente faça a diferença e conduza o segmento a um novo patamar. Para 2020, existem muitas questões em aberto, muitas delas fundamentais para todos nós. Por exemplo, é sabido que o Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas está na iminência de ser votado, muito embora ainda não tenhamos clareza do quando. Assim que estiver em vigor, estabelecerá novas regras e terá como intuito
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atualizar e aprimorar as relações entre os embarcadores, transportadoras e motoristas. Nele, alguns temas importantes serão abordados, tais como: Seguro de Transportes – será obrigatória para o transportador, além da contratação do seguro de RCTR-C, as coberturas existentes no atual seguro facultativo incluindo-se neste a cobertura para desvio de cargas. Sendo obrigatório, surge a necessidade de contratação de prestadores de serviço para gerenciar o novo risco. Frete - O pagamento do frete deverá ser efetuado por meio de crédito em conta mantida em instituição integrante do sistema financeiro nacional, inclusive poupança, ou por outro meio de pagamento regulamentado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, a critério do prestador do serviço. Trata-se de uma escolha importante uma vez que a instituição deve entender as necessidades do mercado logístico. E quanto à LGPD, a Lei Geral de Proteção de Dados, que impactará todo o segmento e que vigora a partir de agosto? Estamos preparados para lidar com seus desdobramentos? Por fim, a questão do abraçar ou não a inovação: segmentos como automóvel e celular já saíram na dianteira e estão usando a tecnologia para diferenciação de atendimento e vantagem competitiva. Em 2020 os demais ramos abraçarão este princípio ou ficarão cada vez mais para trás?
análise
MERCADO DE SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL FOI POSITIVO EM 2019
DENNYS SPENCER diretor Técnico da Ambipar
O
Plano de Atendimento Emergencial (PAE) é um instrumento fundamental no planejamento das ações de resposta a uma possível emergência em qualquer região ou município do país. É um documento obrigatório em diversos processos de licenciamento ambiental estadual. A cópia física ou digital resumida do PAE é exigida pela nova lei estadual de Minas Gerais para o transporte rodoviário de produtos perigosos. Os embarcadores de produtos perigosos de diversos estados brasileiros exigem, dos transportadores, a apresentação do documento nas unidades industriais, pois também podem ser penalizados caso os transportadores sejam fiscalizados e não apresentem o PAE na unidade de transporte em todo o estado mineiro. Por conta das obrigações com a legislação, além do aumento de demanda das empresas em busca de sustentabilidade, o mercado de seguro de Responsabilidade Civil Ambiental foi muito positivo para as seguradoras em 2019. Foi identificado um grande crescimento do produto em todas as companhias. A Ambipar Response é a maior empresa de atendimento a emergências ambientais do mundo, com bases de atendimento por toda a América Latina, Europa, América do Norte e Oriente Médio. Para cada contrato firmado com clientes é elaborado um
Plano de Atendimento Emergencial. No ano passado, a Ambipar Response reestruturou a área de seguros com treinamentos especializados de equipe e a definição de novos procedimentos específicos ao mercado com o objetivo de oferecer melhor atendimento ao mercado securitário. Além disso, foi desenvolvido um sistema web apoiado em uma plataforma de Business Intelligence (BI). Os resultados obtidos foram totalmente positivos por conta da fidelização natural e orgânica das seguradoras e segurados. A expectativa mercadológica para 2020 é um crescimento ainda maior que o de 2019, considerando as projeções de crescimento da economia brasileira. As metas internas dos prazos de atendimento, para esse ano, estão mais rígidas com a definição de Service Level Agreement (SLA) necessários para cada tipo de serviço prestado. A Ambipar Response segue focada na execução do Planejamento Estratégico de 10 anos. Estão previstas as instalações de novas bases de atendimento emergencial e a aquisição de novos equipamentos, em 2020. A localização das novas bases foi validada pelos órgãos ambientais estaduais, atendendo às expectativas e premissas legais. Também estão sendo abertos treinamentos gratuitos presenciais sobre legislação do transporte rodoviários de produtos perigosos para os segurados vinculados. O mercado de atendimento a situações emergenciais cresce a cada ano e necessita de ações para desenvolvimento, já que os serviços ajudam a promover a sustentabilidade e cuidados com o meio ambiente. As emergências podem ser evitadas ou respondidas de forma rápida a partir da robusta estrutura da Ambipar Response e dos Planos Emergenciais, assim, os impactos ambientais e sociais diminuem consideravelmente. 21 | JANEIRO/FEVEREIRO
análise
O COMPORTAMENTO DA CARTEIRA DE MARINE EM 2019 E AS EXPECTATIVAS PARA 2020
IVOR MORENO Head Marine Truckers da Argo Seguros
A
nalisando os dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), a carteira de Marine este ano apresentou uma expansão em torno de 9%. O desempenho se torna ainda mais significativo quanto comparamos com o PIB do país, cujas melhores expectativas consideram um crescimento máximo de 0,9% para este ano. Em paralelo, a sinistralidade apresentou redução de R$ 152 milhões nas reservas de sinistros, o que representa uma queda de nove pontos percentuais, passando de 50% para 41%. Assim, considerando um valor absoluto menor sobre uma produção maior, temos uma redução significativa na sinistralidade da carteira. Considerando os dois aspectos levantados aumento no prêmio descasado com o PIB e redução nos sinistros - podemos entender que está havendo, no mercado, uma readequação de condições para os segurados, em que está se recolhendo mais prêmio, possivelmente para cobrir resultados ruins de anos anteriores. Para entender melhor o que isso significa é importante lembrar que no seguro de Transportes os sinistros envolvem dois riscos diferentes.
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A primeira coisa que pensamos, logo de saída, são as perdas causadas pelo o roubo e furto de mercadorias. Apesar de ter ocorrido alguns momentos de alta ao longo do ano, relatórios do setor reportam reduções em algumas áreas que são consideradas mais críticas, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, regiões que respondem por mais de 80% das ocorrências. O segundo fator de risco envolve diretamente as condições das estradas. Devido a péssima conservação da maioria das rodovias, pesquisas indicam que a cada uma hora, cinco pessoas morrem em acidentes de trânsito no país. Isso significa que, além da perda de vidas humanas, existem prejuízos também com mercadorias que não conseguem ser entregues. E para quem pensa que uma simples mudança de modal poderia resolver tudo, é importante lembrar também do crescimento da sinistralidade em navios, como incêndios em alto mar cada vez mais frequentes, principalmente pela declaração errônea de carga. Com base em tudo isso, consideramos que 2019 foi um bom ano, apesar do país (ainda) manter uma certa instabilidade política e econômica. Em 2020, se as demais reformas propostas pelo governo forem aprovadas, existe uma boa expectativa de crescimento gradual da economia, de forma geral. Em paralelo, a confirmação de novos acordos comerciais – como o firmado entre a União Europeia e o Mercosul no começo do ano; e entre o Brasil e a Arábia Saudita, assinado recentemente – podem impulsionar um crescimento dos negócios na carteira de transportes. O próximo ano deve trazer também algumas novidades, inclusive tecnológicas, que irão facilitar o dia a dia dos clientes. Aqui na Argo, especificamente, a primeira a lançar um seguro digital para o setor, devemos ter outras novidades num futuro próximo. É esperar para ver!
62_01-Anuncio_SegTransportes-Anuncio_202x266.pdf
1
28/02/2020
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reportagem
BOAS PERSPECTIVAS PARA 2020 ANIMAM O SETOR
O
s sistemas informatizados tornaram-se ferramentas poderosas para controle, produtividade e segurança das operações portuárias. Terminais estão investindo há anos em modernização para manter as operações rentáveis e eficientes, e ainda estarem aderentes aos regulamentos internacionais aos quais estão obrigados. Não restam dúvidas de que o setor de seguro de transporte teve um crescimento expressivo no último ano, não só em relação aos números, mas também em relação à qualidade nos serviços e produtos ofertados. De acordo com dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), os prêmios do segmento atingiram R$ 3,058 bilhões, considerando o período de janeiro a novembro de 2019, o que corresponde a um incremento de 8,6% em relação aos R$ 2,815 bilhões do mesmo período de 2018. “Ano a ano o crescimento do setor, apesar do cenário econômico pouco favorável, se
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mantém. Além do prêmio, que cresceu acima da inflação, os resultados atingidos, no acumulado de janeiro a novembro, são muito satisfatórios, com uma sinistralidade de 48,5%, segundo a Susep. Isso representa uma melhora em relação ao índice de 51,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior”, analisa o especialista de subscrição do IRB Brasil RE, Sergio Dias. A queda de sinistralidade encontra eco, entre outros fatores, na diminuição no número de roubos de carga nas rodovias. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o índice caiu 35% em rodovias federais em 2019. No Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), plataforma do Ministério da Justiça e Segurança Pública que recebe dados das secretarias estaduais, a expectativa é confirmar o viés de baixa, após a inclusão dos dados de dezembro. A projeção da PRF é que o índice feche inferior às mais de 20 mil ocorrências registradas em 2018.
Perspectivas como esta se somam ao otimismo em relação ao crescimento econômico do país e o controle da inflação. Relatório divulgado em janeiro pelo Banco Mundial estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve avançar 2% em 2020. Para 2021, a projeção é de alta de 2,5%. Já o mercado financeiro prevê o IPCA – o índice oficial de preços – em 3,56%, segundo o Banco Central. “A melhora da economia pode ser um bom alento para o setor de movimentação de cargas e, consequentemente, para o mercado de seguro de Transporte”, comenta Sergio. Se o cenário é positivo, a mudança de comportamento dos segurados também parece ser definitiva. O gerente de Riscos de Transporte do IRB Brasil RE, Flávio Hasenclever, afirma que os investimentos em gerenciamento de riscos cresceram, o que pode ser decisivo na redução de possíveis perdas. “De uma forma geral, creio que esse trabalho de conscientização chegou aos segurados, que têm grande interesse em reduzir os seus sinistros, pois eles entregam a sua mercadoria intacta ao cliente final e também podem negociar taxas melhores na renovação do seu seguro”, explica. A tecnologia, imprescindível em todos os setores da economia, é um dos fatores que mais auxiliam o mercado de Transportes, sendo fundamental para ganho de eficiência e produtividade. O uso de ferramentas de georreferenciamento já é uma realidade, e as ferramentas de localização estão cada vez mais precisas, com margem de erro de centímetros. O monitoramento preciso, por exemplo, pode auxiliar na rapidez da identificação de um
sinistro e, consequentemente, trazer agilidade em relação às medidas a serem adotadas para recuperar a carga ou minimizar as perdas. Para Flávio, o domínio das novas tecnologias faz a diferença, assim como a busca por soluções customizadas para cada segurado. “Temos no IRB um projeto pioneiro: o Insurtech Innovation Program. É uma parceria com uma universidade e uma seguradora que tem o objetivo de pesquisar e desenvolver soluções inovadoras para o mercado de seguros e resseguros. É colocando o foco no cliente e investindo em iniciativas como esta que vamos fazer o mercado crescer de forma sustentável e alcançar bons resultados”, diz.
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análise
SEGURO AMBIENTAL PARA TRANSPORTADORES
PAULO ROGÉRIO HAÜPTLI Mestre em Filosofia pela Faculdade São Bento, Mestre em de Direitos Difusos e Coletivos pela PUC-SP, Professor dos cursos de MBA e de Extensão da Escola de Negócios e Seguros, Membro da Academia Nacional de Seguros e Previdência da Cátedra de Educação, Diretor de Sindicância do CIST e SócioDiretor do Grupo Fox.
O
Seguro de Responsabilidade Civil Ambiental tem como a principal fonte os sinistros de acidentes envolvendo o transporte rodoviário. Os acidentes ambientais decorrentes do transporte rodoviário alcançam em média 55% da sinistralidade no ramo ambiental. Os principais produtos são materiais inflamáveis envolvidos em tombamento de veículos de transportes e abastecimentos. Apesar de ser um produto importante e abrangente, que vai além da reposição do bem e pode cobrir custos com investigações, descarte de materiais liberados, poluição gradual, defesa nas esferas civil e criminal e até mesmo eventual necessidade de gestão de crise, o seguro ambiental ainda não tem a aceitação e abrangência que poderia ter, salvo em países como Estados Unidos e alguns europeus como França e Suíça. Tentou-se impor através do Projeto de Lei 767/15, que trata da obrigatoriedade da
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contratação do seguro ambiental e está parado no Congresso Nacional. Existem pontos positivos e negativos da obrigatoriedade. O potencial de aquecimento do mercado de seguros e o estabelecimento de garantia mínima do meio ambiente podem ser positivos. No entanto, pode desestimular a gestão de risco do empresário e a exigência do seguro pode depender do órgão licenciador, caso a lei seja aprovada. Entre os especialistas do nosso mercado, o advogado Walter Polido, por exemplo, defende que o seguro de responsabilidade civil ambiental deve continuar a ser facultativo por três motivos: a) não é comum a obrigatoriedade nos mercados mais desenvolvidos e nos que foram definidos como obrigatórios, não tiveram sucesso; b) ainda que se tornem obrigatórios, tal obrigatoriedade pode se impor ao contratante do seguro, mas não se pode obrigar uma seguradora a aceitar a cobertura de qualquer risco; c) já
existem fundos financiados por multas e indenizações ambientais impostas aos poluidores quando atingem bens coletivos, o que tornaria desnecessária a criação de mais um instrumento de cobrança. Sabemos que os seguros ambientais, para cobertura de responsabilidade civil decorrente de eventos de poluição ou seguro-garantia ambiental, para garantir a conclusão de um projeto de remediação, podem ser grandes aliados da proteção ambiental. Por sua natureza, a contratação do seguro pressupõe uma avaliação criteriosa das práticas ambientais do segurado, de forma que a seguradora possa avaliar e mensurar o risco para aceitá-lo e precificá-lo, além de permitir a ela incluir o segurado no grupo com que o segurado
tenha características parecidas, princípio basilar do mutualismo. Por consequência, é evidente que em um mercado desenvolvido, o seguro ambiental servirá como um instrumento de fomento de uma maior preocupação ambiental, seja pelas avaliações prévias realizadas pelas seguradoras, seja pelo incentivo de o segurado contratar um produto com um prêmio reduzido, em decorrência da adoção de práticas de gestão ambiental mais cuidadosas. A proteção do meio ambiente e as sanções impostas por órgãos reguladores trazem grande oportunidade para as seguradoras que querem entrar nessa seara, oferecendo produtos mais adequados às necessidades dos segurados, inclusive proteção para os tanques de combustíveis dos próprios caminhões, que mesmo
quando vazios podem causar danos ao meio ambiente quando sofrem acidentes, estas e outras coberturas vão atrair muitos transportadores e embarcadores, os quais são responsáveis solidários por circular produtos que possam causar dano ao meio ambiente.
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técnico
O GERENCIAMENTO LOGÍSTICO DE AMANHÃ
DANIEL NOBRE Gerente de Produtos Digitais do Grupo Apisul
É
inegável que a logística 4.0 já é uma realidade em nível mundial. Hoje, assim como em outras partes do mundo, empresas brasileiras de transporte e seguros já operam com base em rotinas automatizadas para garantir total eficiência nos processos. A Apisul, com base na análise preditiva, calcula as probabilidades por meio de algoritmos e machine learning, conceito muito associado ao de Inteligência Artificial (IA) para simplificação dos processos de gerenciamento de riscos. Com essa tecnologia é possível coletar e fazer o cruzamento extensivo de dados, de modo a tornar as previsões mais precisas e, a partir disso, otimizar rotinas e frotas. Também percebemos o aumento do uso da inteligência artificial nos veículos pesados de transferências de cargas, visando diminuir o número de acidentes e, consequentemente, o prejuízo e demais efeitos na cadeia logística. Essa tecnologia monitora o comportamento de direção do motorista, como colisão traseira, troca de faixa proibida, avanço semáforo, fadiga, entre outros. Com o mundo de seguros e gerenciamento de riscos imerso em uma montanha de dados vindos de consumidores, mercado,
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produtos e tecnologias, o Integra – sistema totalmente automatizado e parametrizado de acordo com a necessidade de cada cliente e desenvolvido pela Apisul – trabalha de forma preditiva e se apresenta como uma maneira eficaz de aproveitar o oceano de dados e informações, proporcionando um diferencial competitivo para as empresas. De imediato podemos considerar as tecnologias de Big Data e Inteligência Artificial como as mais comentadas pelas empresas e que também estão mais maduras para um retorno sobre o investimento mais rápido. Ambas possuem condições de aplicações em todas as etapas da logística e mudam consideravelmente os processos com avaliações baseadas em dados, podendo sair da lógica reativa para preditiva, onde as operações podem planejar as ações necessárias de correção ou de oportunidades de negócio.
A ferramenta com tecnologia para o controle de temperatura no transporte refrigerado.
O fim da perda de cargas no transporte refrigerado, seguindo as normas da Anvisa para transporte de medicamentos.
No software é possível monitorar até 3 sensores de temperatura simultaneamente para faixas de temperatura predeterminadas de diferentes medicamentos.
Acompanhe o histórico de temperaturas do seu transporte.
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direito securitário
2020 SERÁ UM ANO MELHOR DO QUE FOI 2019
CESAR AUGUSTO DE ARAGÃO ALVES Superintendente Comercial da RTS International Loss Adjusters
O
ano de 2019 não foi fácil para o setor de seguros, principalmente na carteira de transportes, o qual está totalmente atrelada ao mercado de compra e venda, importação e exportação. Por sorte, no ano anterior tivemos a mudança de governo e conseguimos crescer gradativamente. Logicamente não foi da forma que desejávamos ou projetávamos, mas crescemos de forma perceptível fomentando uma expectativa positiva em relação ao nosso mercado futuro. Mesmo com todas as dificuldades e instabilidades do mercado de transportes no Brasil, principalmente no primeiro semestre de 2019, a RTS International Loss Adjusters apostou nesta carteira e seguiu investindo no setor. Criamos ferramentas que facilitaram os trabalhos dos vistoriadores e seguimos qualificando os profissionais com treinamentos e capacitação técnica para oferecer aos nossos clientes um atendimento diferenciado e de excelência, o que norteia a nossa relação com todos os players existentes em uma regulação de sinistro. Por ser uma multinacional espanhola, com mais de 30 anos de experiência na
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regulação e perícia de sinistros, a RTS disponibiliza para o mercado ferramentas que possibilitam a agilidade e um menor custo nas vistorias, principalmente nos sinistros de pequena e média monta. Uma delas é a “vistoria remota”, uma ferramenta que possibilita a realização dos trabalhos de inspeção diretamente pelo segurado, motorista, equipe de escolta e/ou por qualquer pessoa disponível no local e que tenha apenas um celular com câmera. Para os sinistros mais complexos, principalmente aqueles com dificuldades de acesso ao local, com risco de segurança, por exemplo, dispomos de drones que permitem acompanhar em tempo real o evento e dimensionar melhor os prejuízos. Além das ferramentas acima, dispomos de sistema ERP que provê aos líderes e gestores controle on-time no desenvolvimento de cada processo, por meio de dashboards e alertas. Esta ferramenta também possibilita aos clientes, corretores e a seguradora acompanhar online a extração e inclusão de documentos e a emissão on-time de relatórios de sinistros. Com todos estes investimentos, no 2º
semestre de 2019 conseguimos crescer neste setor em mais de 30%, tanto na quantidade de 31 trabalhos como também no faturamento, projetando para esse - Previsão de cumprimento imediato tes, são reincidentes e 40% são soltos especializados em roubo de cargas. ano uma perspectiva ainda maior A erva daninha de todo este pro- de penas após tribunal do júri; antes de serem julgados. de crescimento na área. - Excludente de ilicitude para poliMediante esta situação, as empre- cesso delituoso é o receptador, o qual Em 2020, mesmo com aes-instaprecisa ser combatido para manter ciais; sas de Gerenciamento de Risco Em eles 2020, bilidade do mercado americano - Medidas para endurecer o cumpriuma normalidade, sendo que mesmo pecializadas no transporte de cargas mento da pena; realizam as encomendas das cargas cada vez mais necessitam se preparar que com a instabilidade e asiático, acreditamos - Possibilidade de enquadrar as milídistribuem para os compara combater o crime será um ano deorganizado, crescimentoespecificas, e do mercado americano montando em seu portfólio setores es- pradores e alimentam um mercado cias como organização criminosa; amadurecimento para o Brasil, - Confisco alargado de bens, incluinoutro lado, acreditamos e asiático, peciais, os quais envolvem tecnologia, corrupto e lucrativo. Por principalmente noestraté2º semesidentificar funcionários que são extre- do de terceiros do produto do crime; software, operacional, área de que será um- ano tre.atendimento, A RTS International Criação do Banco Nacional de mamente coniventes para que estas gica, pronto análise deLoss de crescimento e ações tenham êxito, os quais entre- Perfil Genético. risco patrimonial, segurança eletrôniAdjusters continuará investindo gam as cargas e fazem parte deste ca, uso de edrones, entre outras áreas apostando no segmento de amadurecimento Desta forma, unindo forças e ene ferramentas que contribuem para a círculo criminoso. transportes, disponibilizando para o reBrasil. durecendo a lei, bem como alteranTemos a esperança de êxito na mitigação dos prejuízos, mapeando lonovas ferramentas e apostando cais de riscos, regiões com maior índi- dução destes roubos pelo “PACOTE do conceitos éticos e morais, temos cada vez mais nossos profisANTICRIME”, o qual foi entregue ao ex- uma boa possibilidade de mudarce de roubo, horários maisem vulneráveis, sionais. Por fim, agradecemos celentíssimo presidente da república Sr. mos este triste cenário que estamos mercadorias mais visadas. Jair Bolsonaro pelo Ministro da Justiça envolvidos e caminharemos rumo a Importantíssimo terestiveram uma ação a todos que ao nosso Sr. Sergio Moro, o qual foi assinado pelo um país mais sério, honesto e digno. imediata do poder público e privado lado em 2019.
“
para integrar informações de inteligência mediante tecnologia, para qualificar nosso poder de reação e prevenção de perdas. Desta forma, teremos um sistema mais coeso e eficaz, atuando de forma intensa e proativa, o qual repulsará e irá coagir a ação de quadrilhas e marginais
presidente e seguirá para o Congresso Nacional que deverá ser votado e aprovado pelos deputados e senadores, onde estão relacionados os seguintes itens: - Mudança para garantir a prisão após julgamento em segunda instância;
A força de muitos rumo à mudança, aliada a ideologias e condutas retas, tem o poder de alavancar e prosperar uma nação. Sejamos então a mudança constante que desejamos deixar como legado aos nosso filhos, netos e gerações posteriores.
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técnico
TRANSFORMANDO DIFICULDADES DO SETOR DE TRANSPORTES EM OPORTUNIDADES DE CRESCIMENTO PARA O MERCADO
WILLIAN BENEVENTI Gerente de Marketing da Trucks Control
O
Brasil está enfrentando, há alguns anos, uma grande crise, que prejudicou toda a população e afetou diretamente o setor de transportes. Com uma melhora progressiva o segmento respira cada vez mais, mas as dificuldades ainda estão longe do fim. Para ajudar a alavancar este, e seja para qual for o setor, soluções em tecnologia são a chave para qualquer organização sair de dificuldades. Especificamente para o mercado de transportes, uma forma de transpassar barreiras e crescer é investir em soluções de rastreamento e gerenciamento de frotas. A prevenção de roubos e furtos, facilidades na contratação de seguros, ótimo custo-benefício com comunicação GSM e LoRa, ferramentas de organização e redução de custos são alguns dos inúmeros motivos para se investir nestas soluções. Pensando nisso, desenvolvemos tecnologias de “Safety and Security”, que buscam a proteção da vida e a segurança do bem. Basicamente, são equipamentos com comunicação via LoRa, que permite o auxílio na identificação, mesmo em caso de
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interferência de jammer. Os equipamentos também se conectam entre si, auxiliando no aumento do nível de segurança nas estradas. Em 2019, a Trucks Control ainda lançou outras soluções com foco na segurança e proteção, como o Sensor de Fadiga e a Câmera On Board. Enquanto o primeiro gera alertas ao motorista em caso de sonolência - ou uso de cigarro, distração, celular ao volante e falta de cinto de segurança, por exemplo -, a câmera transmite, em tempo real, imagens do motorista na cabine e da estrada, tudo ao mesmo tempo, na tela do celular ou no computador do gestor da frota. Além destas inovações, outra novidade que chegou ao mercado recentemente foram as novas funcionalidades do Aplicativo New Maps, assim como a sua mais nova aplicação, o Fleet Drive, onde o motorista se conecta ao caminhão através do smartphone, oferecendo teclado de mensagens, checklist dos componentes do caminhão, tempo de jornada e muito mais. Sabemos que os desafios para 2020 são grandes, mas o nosso foco é desenvolver o que há de mais assertivo para o mercado. Estamos sempre próximos dos transportadores - por meio de pesquisas, participação de eventos importantes do setor e atendimento in loco de nossos especialistas aos clientes - para que entendamos o que eles mais precisam e encontremos soluções certeiras para a resolução dos problemas e a facilidade no dia a dia dos que transportam. Melhorar a vida e o negócio dos nossos clientes é nossa busca incansável, e assim, com o objetivo de continuar nos destacando como uma empresa antenada e ágil na apresentação de soluções inovadoras.
logística
WHERE IS MY CARGO APRESENTA NOVIDADES E DEMONSTRA SOLIDEZ NO MERCADO ALBERTO FERRAZ
E
Sócio-Diretor da Where Is My Cargo
m 2019, além das soluções já apresentadas anteriormente que já fazem sucesso no monitoramento de cargas em conteiners DRY e Refrigerados, a Where is My Cargo trouxe mais duas tecnologias que despertaram grande interesse de muitos que visitaram o stand da empresa durante o 7º ExpoCIST. O Kylos air é uma tecnologia de monitoramento desenvolvida especialmente para embarques aéreos, com dispositivo inteligente de modo avião automático, já aprovado por diversas companhias aéreas e também pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (International Air Transport Association ou IATA) e Administração Federal de Aviação (FAA). O equipamento possibilita que as cargas transportadas no modal aéreo possam ser monitoradas tanto para sua localização, quanto para temperatura, humidade e impactos. Outra novidade apresentada foi o Lokies, um cadeado inteligente com abertura remota ou local por bluetooth que possui sensor de temperatura, humidade,
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rompimento e impactos, além de permitir o monitoramento da localização do mesmo em tempo real. Possui tanto a fechadura rígida como também a flexível, aumentando assim sua possibilidade de uso. Assim como todos os produtos oferecidos pela Where is My Cargo, o Lokies também é homologado e testado pelos mais rigorosos órgãos reguladores. A expectativa da companhia para 2020 é extremamente positiva pois várias seguradoras, grandes embarcadores entre outras empresas do segmento de comércio exterior já visualizaram a facilidade e benefícios no uso das soluções apresentadas. A Where is my Cargo é uma empresa wordwilde, que atua em qualquer lugar do mundo com suas soluções. Seus clientes contam com atendimento especializado e serviço de entrega de equipamentos nível mundial, o que traz tranquilidade quanto ao monitoramento de suas cargas. Para saber mais, basta acessar o site www.whereismycargo.net.
logística
BUONNY – RUMO A 2020: HORA DO BALANÇO ANUAL
MARCELO GAMBA Diretor de Novos Negócios da Buonny
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ais um ano está terminando e é hora de avaliarmos os números obtidos em 2019 para conquistarmos melhores resultados em 2020, com investimentos em tecnologia, sem esquecermos que o principal são nossos colaboradores, treinados e atualizados para a otimização das ferramentas. Nosso compromisso com todos os players envolvidos na busca de números positivos, maximizando os resultados, demonstra que na prática estamos no caminho certo. Entendemos que, com a união de todos os envolvidos, atingimos nossas metas, compartilhando informações, tecnologia e focados nos mesmos objetivos. Utilizando nosso software de GR e sistema de reconhecimento facial (um grande investimento voltado aos profissionais de transportes) com dezenas de treinamentos ministrados por nossos colaboradores, visando compartilhar informações e experiências, principalmente para os motoristas profissionais - atores principais deste processo - conseguimos alcançar números incríveis e positivos. Em 2019, monitoramos 1,809 milhão de viagens, atingindo o volume de R$ 220,5 bilhões em valores gerenciados e auditados. Crescemos em 5% no volume de embarques (quando
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comparado a 2018) e em 27% no índice de sucesso, evitando mais de R$ 41,7 milhões em prejuízos de roubo. Mesmo com toda efetividade e trabalho de prevenção, tivemos algumas situações que demandaram o acionamento de nossa equipe de investigação e pronta resposta, conseguindo atingir o valor de R$ 32,7 milhões em cargas recuperadas. Esses resultados só foram obtidos por possuirmos grande efetivo de prestadores próprios e terceirizados para realização de busca e investigação, além da proximidade com os órgãos públicos de segurança. Assim, atingimos o volume recorde de R$ 56 milhões de sucesso nas recuperações de cargas sinistradas. O sistema de reconhecimento facial, aliado ao nosso TeleConsult, trouxe ainda mais segurança às nossas operações. Nesse ano, evitamos 320 tentativas de clonagens realizadas por quadrilhas especializadas, equivalente a prejuízo de R$ 56,5 milhões. Finalizamos 2019 com 18% de crescimento e uma carteira de clientes com 12.778 empresas. Em resumo, a Buonny trouxe segurança para as operações de transportes de cargas, sempre respeitando a cadeia produtiva do segmento e proporcionando resultados positivos para todos os envolvidos. Em 2020, continuaremos a investir em projetos e avanços tecnológicos em nossa estrutura física e filiais, infra de BI, IOT, incremento em aplicativos que interligam nossos players, prestação de serviços voltados a atingir um número maior de motoristas com o intuito de capacitá-los e protegê-los dos perigos que cercam as operações de transporte de cargas, minimizando roubos e acidentes rodoviários.
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direito securitário
INOVAÇÃO PARA SE REINVENTAR DIANTE DOS DESAFIOS E MUDANÇAS DE MERCADO ANDRÉ MORAES VELLEDA Fundador e presidente da Moraes Velleda e diretor de Infraestrutura e Operações do CIST
O
ano de 2019, mesmo sendo período de desafios, representou um marco na história do grupo Moraes Velleda. O impacto da crise brasileira (que, mesmo demorando um pouco mais, atingiu o setor de seguros) foi duro e, de forma contraditória, importante para o desenvolvimento. Para que pudesse crescer, a empresa fez como muitas outras do segmento: ajustou processos e usou da criatividade para se reinventar. Apesar de um ano muito difícil, mantivemos toda a base de funcionários e prestadores de serviços, totalizando cerca de 800 colaboradores, entre diretos e indiretos, na operação que atua 24 horas por dia, sete dias por semana, em sete estados brasileiros, além de operações nos Estados Unidos, México e Argentina. Por tudo isso, acreditamos que 2020 será de expansão. Líder no segmento de consultoria à prevenção de perdas, a MV registrou mais de R$
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257 milhões em cargas e veículos recuperados em 2019, junto com as tecnologias e gerenciadores de risco. Em dezembro, completou quatro anos sem sinistros de roubo ou furto no transporte de mercadorias ao Rio de Janeiro. Novos serviços se tornaram realidade em 2019, como a divisão da regulação de sinistros, a equipe de pronta-resposta para clientes específicos, o apoio aéreo e as centrais de monitoramento dentro das seguradoras. A nova área de regulação de sinistros já atende a cinco seguradoras, com as quais já registramos bons resultados de recuperação e carga efetiva. Um ponto que tem trazido bons resultados às operações é o acompanhamento em conjunto com gerenciadores de risco de cargas de alto valor. Lançamos em 2019 a nova metodologia do MV Motors, agregando mais funcionários à equipe própria para desenvolvimento de montadoras. Hoje atendemos Toyota, GM e
Honda, em vistorias em portos, transportadores e concessionárias, tendo como objetivo a diminuição de perdas no transporte dessas cargas. Com todas essas novidades, conseguimos fechar o ano de 2019 com crescimento de 47% em relação a 2018. Foi bom, mas precisamos de mais, porque as perdas nos anos anteriores foram altas. Estamos correndo atrás, em 2020 vamos investir ainda mais nessas novidades e apresentar outras. Um importante foco da Moraes Velleda em 2020 será o programa Parada Segura, que garante segurança para motoristas em áreas de extremo risco. O programa teve início em 2019 na Via Dutra, em 2020 iremos estender a toda essa rodovia, que é a principal do país, e ampliar
para outras, como Anhanguera, Castelo Branco, Bandeirantes, Regis Bittencourt, BR 101, ou qualquer que seja demandada por nossos clientes. Contamos com apoio dos gerenciadores de risco e seguradoras parceiras nessa novidade. As perspectivas para 2020 são muito boas, vamos buscar o crescimento de 40%, que é o nosso objetivo. Plantamos muito nos anos de dificuldades, começamos a colher frutos em 2019 e certamente a safra de 2020 será muito melhor. Agradecemos a todos que atuam em parceria nesse mercado e que possibilitam o crescimento. Às empresas de cadastro, escolta, tecnologia e gerenciadores de risco, pela confiança no selo MV, estamos sempre à disposição para seguir as normas implantas.
Da mesma forma agradecemos aos seguradores, embarcadores e corretores por confiarem em nossa empresa, somos parceiros na busca pela redução dos riscos do setor de transportes. Que tenhamos muita saúde e disposição para o trabalho para que possamos nos encontrar em dezembro de 2020 e comemorar os bons resultados.
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análise
UM BALANÇO SOBRE 2019 E AS EXPECTATIVAS DA SERVIS PARA 2020 DAVID SILVA Diretor Nacional de Gerenciamento de Risco da Servis
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ncerra-se mais um ano de muitas conquistas, para iniciarmos uma nova jornada de muito sucesso e prosperidade. O ano de 2019 foi um ano marcado por desafios e aprendizados, conseguimos superar as adversidades e mediante uma economia que pouco ajudou e um baixo fluxo de transporte devido à queda na indústria, o ramo de logística teve um declínio considerável. Mesmo assim, conseguimos mediante serviços estratégicos, tecnologia integrada e software próprio, manter a qualidade de nossos serviços e nos fortalecer como uma empresa de soluções e administração de riscos. Para 2020, trazendo uma vasta bagagem de aprendizado, iremos investir ainda mais em soluções que possam agregar para o bom resultado oferecidos aos nossos clientes, parceiros e contribuir com o mercado de transporte em território nacional para que tenha melhores resultados. Mediante a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, acreditamos que 2020 será um ano promissor, onde estaremos engajados em apresentar melhorias estratégicas que farão de
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nossa empresa uma das mais conceituadas Gerenciadoras de Risco em Transporte no mercado nacional. Será um ano de muitos investimentos, valorização de profissionais, network e principalmente respeito e dedicação aqueles que confiam há nós o seu patrimônio. Enfatizamos a importância do CIST e seus associados que se doam para o aprimoramento do conhecimento mútuo, onde demonstram extremo comprometimento com o ramo de transporte e logística. Com profissionais altamente capacitados, o CIST oferece a possibilidade de empresas coligadas estarem em um mesmo ambiente, trocando ideias, enxergando soluções, absorvendo conhecimento e, principalmente, valorizando cada qual com seu conhecimento especializado, dando oportunidade que todos possam se expressar e entender as dificuldades de cada ramo. Obtivemos em 2019 mais uma conquista, que foi levar o CIST para o nordeste, mais especificamente a cidade de Fortaleza (CE), onde fomos recebidos pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e seus associados, bem como empresários do ramo
logístico, fazendo com que a região tivesse a oportunidade de vivenciar a qualidade do nosso clube e realizar a integração de vários profissionais reconhecidos em âmbito nacional. Que possamos em 2020 romper barreiras mais uma vez e levar o CIST aos quatros cantos do Brasil. Acreditamos em uma disputa saudável em busca de melhorias junto aos nossos concorrentes, fazendo com que nossos clientes sejam os maiores beneficiados, pois eleva-se o conhecimento e melhora-se o resultado. Com a consciência de construirmos um mercado melhor, respeitamos todos e abrimos as portas de nossa empresa para discussões saudáveis que tem como objetivo combater o crime organizado e melhorar a qualidade do transporte nas rodovias. Temos a obrigação de, cada vez mais, nos especializar, pois este é o nosso compromisso junto a
este mercado que necessita cada vez mais de profissionais especializados e empresas sérias, que realmente se preocupam com o bem segurado e o patrimônio de seus parceiros. Precisamos entender que é chegada a hora da mudança, não havendo privilégios para quem quer que seja, pois somos cobrados por resultados e essa sim é nossa obrigação, este é o motivo pelo qual somos contratados. Especialmente agradecemos aos nossos colaboradores, os quais se dedicaram a cada dia para o bem do nosso negócio. Da nossa forma e seguindo nosso código de ética, superamos barreiras e comemoramos cada vitória. Temos a certeza de que faremos história em 2020!
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Temos a obrigação de, cada vez mais, nos especializar, pois este é o nosso compromisso junto a este mercado que necessita cada vez mais de profissionais especializados e empresas sérias.
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reportagem
SEGUROS SURA ACREDITA NO DESENVOLVIMENTO DO MERCADO E NAS BOAS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS EM 2020
Em 2019, a companhia teve um crescimento de 14,9% no portfólio de Transportes, com retenção de mais de 80% dos clientes
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omo uma das líderes do mercado brasileiro em seguros de Transporte, com o reconhecimento de suas soluções para atender os diferentes tipos de atividades e modais, a Seguros SURA começa o ano de 2020 com boas perspectivas e já prevê grandes novas oportunidades de negócios. De acordo com Amilcar Spencer, diretor de solução de Transportes e gerenciamento de riscos da Seguros SURA, o cenário reflete o desempenho operacional positivo dos negócios da empresa. “Inovação foi uma das palavras-chave para tornar nossos processos mais eficientes e, junto com as novas tecnologias, impulsionar o crescimento do mercado”, afirma. No setor de transportes, Amilcar explica que
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uma das iniciativas da companhia foi intensificar o investimento no ambiente digital para apoiar seus parceiros de negócios com o Cotador Web, plataforma apresentada durante o Congresso Expo CIST 2019, que permite ao corretor fechar negócios online. “Simplificamos o processo com tecnologias que proporcionam mais agilidade e facilidade para os nossos parceiros gerarem negócios de qualquer lugar do Brasil”. De acordo com o executivo, a expectativa da Seguros SURA é “gerar novas oportunidades com o apoio da tecnologia, que é um dos pilares para o desenvolvimento do mercado e uma das fortes tendências para o setor de Transportes em 2020, principalmente na prevenção de sinistros e na logística para uma condução mais segura”.
análise
PROCESSO DE DIGITALIZAÇÃO DA CADEIA DE TRANSPORTE
ELIEZER TARSO gerente de Produtos e Inovação da Opentech
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s perspectivas de crescimento mundial para o setor de TI comprovam isso. Segundo estimativa da consultoria Gartner, os investimentos devem chegar a US$ 3,9 trilhões neste ano, 3,4% a mais do que em 2019. No cenário brasileiro, análise da Advance Consulting também indica crescimento, com projeção de 20%, em 2020. Especialista no desenvolvimento de soluções integradas para gestão logística e gerenciamento de riscos, a Opentech acredita que a digitalização dos processos de transporte é um diferencial competitivo importante. Ainda que o Brasil sofra com a falta de infraestrutura e a insegurança nas estradas, manter o foco nas inovações tecnológicas é algo que as empresas não podem deixar de lado. Um exemplo é o Open One, uma plataforma que contempla diversos módulos de serviços, permitindo a digitalização e aumentando a produtividade, visibilidade, eficiência e ganhos nos processos da cadeia de transportes. Um dos módulos é o de programação de cargas, já desenvolvido e que possibilita organizar, centralizar, automatizar e facilitar o processo de seleção dos fornecedores de transporte. Outras soluções como visibilidade no transporte, gestão de ocorrências, operação intermodal, conexão com autônomos
e novas tecnologias devem complementar a plataforma no futuro. Serão novidades como essas que vão tornar o setor mais produtivo e eficiente, pois vão reduzir os custos com o transporte e reduzir as demandas operacionais.
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Manter o foco nas inovações tecnológicas é algo que as empresas não podem deixar de lado.
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reportagem
BAIXA SINISTRALIDADE E CRESCIMENTO DO VAREJO IMPULSIONAM O SEGMENTO DE SEGURO DE TRANSPORTES NO PAÍS
Aumento das vendas no varejo e da produção industrial, além de uma possível votação do novo Marco Regulatório de Cargas, devem manter o mercado aquecido em 2020
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carteira de seguro de Transportes obteve resultados representativos em 2019 com crescimento de cerca de 7% de janeiro a novembro. Entre os principais fatores que contribuíram para isso, destacam-se os primeiros movimentos de retomada da economia, além da queda nos índices de roubo de carga, o que resultou em um dos índices mais baixos de sinistralidade dos últimos anos. Valdo Alves, diretor de Transportes da Tokio Marine Seguradora, explica que “se há consumo, há produção. Quando ambos estão aquecidos, consequentemente há aumento do transporte de matéria-prima para atender à indústria e também cresce a distribuição dos produtos acabados para o mercado consumidor”. O segmento de seguro de Transportes, portanto, é diretamente afetado pelo desempenho da economia. “Na Tokio Marine registramos incremento superior à média de mercado, de cerca de 13%, na carteira de Transportes em 2019, com mais de R$ 346 milhões em prêmios emitidos. Esse resultado ratifica nossa percepção de um início de recuperação econômica”, informa. Outro fator determinante para o bom desempenho foi a baixa sinistralidade. Segundo
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dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, houve queda de 23,3% no roubo de cargas nos primeiros nove meses do ano, o que contribuiu para o índice de 42% de sinistralidade do mercado no acumulado até novembro de 2019. Ainda nesse cenário, o compromisso do segurado com boas práticas de gestão de risco apoiado pelo mercado segurador foi fundamental para a queda. “Na Tokio, entendemos que cada operação tem necessidades específicas e, para isso, temos uma equipe dedicada a auxiliar os corretores e segurados a encontrarem as melhores soluções em gestão de risco. O objetivo dos subscritores é, então, detectar riscos que possam causar grandes perdas. Nesse aspecto, é cada vez mais importante o trabalho de consultoria, prestado pelos corretores especialistas junto com as seguradoras para o cliente final”, explica o diretor da Tokio. Alves avalia que em 2020 o mercado ainda estará aquecido, principalmente com aumento das vendas no varejo e da produção industrial, além de uma possível votação do novo Marco Regulatório de Cargas, que prevê alterações e impactam o mercado de seguro de Transportes.
análise
TENDÊNCIAS DE RASTREAMENTO PARA 2020
DANIEL IUGAS Superintendente do Grupo Golden Sat
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cada ano, na busca incessante de estarmos um passo adiante, novas tecnologias surgem visando agregar maior segurança ao condutor ou na efetividade do combate ao roubo de carga. Hoje, vou procurar elencar as tecnologias das quais acredito que são grande tendência no mercado, pois certamente contribuem de maneira efetiva na segurança, prevenção ou na recuperação do bem sinistrado. Obviamente que algumas delas já se fazem presente no mercado, outras enfrentam barreiras burocráticas, lobby, ou ainda possuem alto custo, porém, essas são as minhas apostas: Monitoramento aéreo com drone Os drones, que tem sido utilizado em diversas áreas, agora também são uma realidade em nosso segmento. Algumas empresas do mercado têm apostado e investido alto nessa tecnologia. Escolta com Drone: através da inteligência artificial de sua câmera, o drone ficará seguindo o veículo escoltado (função conhecida popularmente como ‘tracking’), permitindo visualização em real time. Isso possibilitará aos gestores providências imediatas e precisas em casos de suspeita, ou crises confirmadas. Não obstante, trará enorme possibilidade investigativa através de sua câmera de alta resolução. Busca de carga com drone: as buscas
aéreas atuais para recuperação de carga atrelam alto custo de deslocamento e recurso humano. Com drone, bastará apenas firmware remodelado (que converse com receptor RF) e as coordenadas geográficas para realização das buscas, atrelando a esse recurso a visualização real time do local e movimentação no entorno. Algumas empresas já tem atrelado ao drone câmeras infravermelho ou térmica. DVR veicular com inteligência artificial Recurso com infinitas possibilidades, de alta precisão e difícil de ser falsificado (rostos são únicos). Esse recurso reconhece a face e os gestos do condutor do veículo e atua principalmente como tecnologia preventiva, podendo ativar sirene ou enviar alertas à central de monitoramento nos casos de: Fadiga: reconhece o fechar dos olhos, bocejos; Uso celular: reconhece o movimento de levar o aparelho ao ouvido; Distração ao volante: reconhece inclinar cabeça ou a proximidade do veículo a frente; Reconhecimento condutor: só libera ignição do veículo caso o condutor seja reconhecido pelo sistema. Big Data O ‘mar’ de informações geradas nessa onda tecnológica, vem obrigando as grandes empresas a compilar e tratar essas informações de maneira extremamente profissional, tal qual, atualmente os profissionais de Big Data, são hoje no mercado os mais assediados. Todas essas empresas estão procurando os insights desses dados com maior antecedência (muitas vezes obscurecidos) dentro de uma plataforma que se adeque à arquitetura da empresa. Vencer a complexidade, acelerar as implementações dentro de um custo exequível são os maiores desafios.
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análise
UM ANO POSITIVO, MAS 2020 SERÁ AINDA MELHOR... FERNANDO TAKEZAWA Vice-presidente Trade Vale Seguros
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ano de 2019 foi marcado pelo otimismo com o novo governo, a expectativa de retomada da economia e a confiança na realização de reformas, inclusive na estrutura logística do Brasil e na resolução das discussões em torno do marco regulatório do transporte rodoviário de cargas e da tabela de fretes. Foi possível também presenciar este otimismo na última FENATRAN, principal evento do setor, muito mais movimentada em expositores, visitantes e negócios realizados, consolidando um cenário de aumento nas vendas de veículos, principalmente em comparação a 2015 para 2019. O ano foi marcado também por aumento no preço do diesel e consequente impacto negativo nos custos do transporte. Por outro lado, a redução dos números de roubos, em 2018 (22.200 ocorrências), comparada com 2017 (25.950 ocorrências) - segundo dados da NTC&Logística - provavelmente manterá o ritmo da redução, contribuindo para a melhora da sinistralidade do mercado. Neste cenário, houve movimentação forte dos clientes para a redução de custos - não
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somente de seguros, mas com o uso de tecnologia aliada a capacitação profissional - ao mesmo tempo em que buscam novas formas de receitas, ampliando sua oferta de produtos e serviços, buscando novas oportunidades de negócios antes não trabalhadas e assim por diante. Para a Trade Vale, o balanço do ano foi positivo. Ampliamos a atuação em diversas regiões do Brasil, inclusive através da formação de parcerias com outros corretores de seguros. Além disso, fizemos importantes investimentos nas carteiras de property, garantia e ambiental, lançamos o sistema de acompanhamento de sinistros e ampliamos as parcerias com as seguradoras. Oferecemos aos nossos segurados, soluções para análise e contratação de motoristas e voltadas a acompanhamento logístico, controle de coletas e entregas. Para 2020, a expectativa é um cenário parecido com 2019 no início do ano, seguido de um crescimento mais positivo no segundo semestre. Alerta sobre seguro de transportes por conta das grandes reduções de prêmios e a flexibilização das regras de GR, o que pode significar uma forte mudança na sinistralidade do mercado, atualmente positiva. Com boas expectativas de crescimento - no sul, centro-oeste, e nordeste do Brasil, além do estado de São Paulo - aumentaremos nossa oferta de produtos e serviços, atuando além do transporte. Também investiremos cada vez mais em tecnologia para oferecer serviços aos clientes e na capacitação de nossos profissionais. Isso tem sido e será o nosso diferencial para continuar vencendo neste mercado concorrido e com um cenário de retomada vagarosa de nossa economia.
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análise
O DESAFIO COMO NORTEADOR DA PERMANENTE BUSCA POR EXCELÊNCIA
SÉRGIO PEREIRA Diretor da Gertran Gerenciadora de Riscos
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ano de 2019 foi o primeiro em que a economia efetivamente mostrou sinais de estabilização e futuro crescimento, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Sendo assim, fornecer serviços de segurança e/ou logística, através de monitoramento e rastreamento, implica em permanente investimento no aprimoramento das tecnologias. As empresas que não protegem este flanco correm grande perigo de gestão, pois a tecnologia é aliada fundamental para sanar a imensa complexidade de fatores e acontecimentos. Buscamos a consolidação do nosso Ambiente Seguro e passamos a oferecer aos clientes sistemas integrados no software Gertran Web que proporciona informações que asseguram resultados devido ao aumento de produtividade aliado à segurança. Indo além nos serviços de integração, os smartphones se tornaram grandes aliados. No nosso caso especificamente, eles passaram a integrar o Ambiente Seguro Gertran com aplicações como o Gertran APP, onde os
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clientes podem obter informações logísticas, enviam documentos (SM e pedido check list) e mantêm linha direta de comunicação com a Central de Operações. Outras soluções que desenvolvemos, como o Gertran Mobile, permitem o rastreamento através do próprio smartphone, podendo ser utilizado como redundância ou rastreador para cargas quando abaixo dos limites contidos em apólice de seguro e rastreamento pessoal. Em paralelo, foram qualificadas as relações que servem de pilares de sustentação do nosso negócio, com a valorização do Capital Humano, focado em relacionamento e total transparência na atuação. Por fim, também estreitamos o relacionamento com as seguradoras para entender e oferecer todas as condições que são pré-requisitos, atentos para adotar e ofertar novas possibilidades conforme necessidades do setor. Tudo isso proporcionou um ano excepcional para a companhia em termos de resultados. Ultrapassamos a marca de 1800 viagens monitoradas por dia e mais de 1 bilhão de posições simultâneas. Todas essas conquistas nos motivam para mantermos esse ritmo em 2020. Queremos que mais clientes desfrutem do Ambiente Seguro Gertran, de acordo com cada demanda particular e desafiadora. O início de uma nova década nos incentiva a estarmos prontos para acelerar os negócios com um gerenciamento de riscos que deixe os clientes focados em sua atividade-fim, oferecendo maior proteção e buscando atualizações permanentes, sempre acompanhando as tendências de mercado.
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análise
MERCADO DE TRANSPORTE DE CARGA TEM ALTA EM 2019
ROSE MATOS Gerente do Porto Seguro Transportes
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m um levantamento feito pelo Porto Seguro Transportes, só no primeiro semestre o volume em valores de cargas seguradas cresceu 19%, comparado ao mesmo período do ano anterior, enquanto no comparativo de janeiro a setembro, a contratação de seguro de carga cresceu 15% em relação ao mesmo período de 2018.
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Em 2019, o mercado de transporte apresentou redução de 29% nas ocorrências de roubos, no acumulado do ano até setembro. Uma das modalidades que obteve crescimento na adesão foi o Transporte Embarcador, com 11,55%, já o Transportador cresceu 14,21%, ambos entre janeiro a setembro, comparado ao mesmo período de 2018. Para 2020, além dos negócios focados em transportadores, a companhia aposta nos seguros de embarcadores, principalmente de segmentos que contribuirão para o reaquecimento da economia.
direito securitário
LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS
ADAUTO BENTIVEGNA FILHO assessor Executivo e Jurídico da Presidência do SETCESP
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proteção à intimidade e à privacidade das pessoas sempre foi uma preocupação dos países democráticos de direito, tanto que estes institutos foram elevados à categoria de Direitos Universais, como se depreende do artigo 12º da Declaração Universal dos Direitos Humanos grafado nos seguintes termos: “Ninguém será sujeito à interferência na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques”. A Constituição brasileira recepcionou este artigo no inciso X do seu artigo 5º nos seguintes termos: “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”. Como podemos observar, tais direitos são princípios (direitos-princípios) que norteiam todo o ordenamento jurídico brasileiro, e sua violação implica no dever de indenizar o ofendido por danos morais e materiais. Entretanto, a dinâmica da vida econômica
e a importância do fornecimento de crédito para a boa circulação de mercadorias e de prestação de serviços, exigiram a feitura de um cadastro de consumidores, nos termos da Lei nº 8.078/1990, que permitiu a criação dos Sistemas de Proteção de Créditos. Que foi uma primeira regulamentação da matéria, mas que exige que as empresas de cessão de crédito ou de cadastro de consumidores tenham o máximo de cuidado com os dados das pessoas envolvidas, como, por exemplo, que se comunique o consumidor que se está elaborando um cadastro com o seu nome; que este pode pedir correções de informações sobre a sua pessoa; não podem ter informações negativas superiores a 5 anos, entre outras exigências. Nesta mesma linha de pensamento, qual seja, o de proteger a vida privada e a intimidade das pessoas, vários diplomas legais sugiram, como a Lei nº 9.472/1997 que trata das regras gerais de telecomunicações, que, em suma, garante a privacidade dos dados pessoais dos usuários; a Lei nº 9.983/2000, que criminaliza a inserção de dados falsos em sistemas de informações da administração pública; a Lei nº 12.414/2014 que 51 | JANEIRO/FEVEREIRO
disciplina o cadastro positivo de pessoas naturais e jurídicas, entre tantos outros diplomas (em sentido lato) que disciplinam esta matéria. Importante registrar que a pessoa jurídica (no que tange ao seu nome / imagem) também é alcançada pela proteção aqui em comento, mas de forma objetiva, ou seja, quando a sua reputação ou o bom nome, por ato ou omissão de alguém de forma dolosa ou culpa grave, tenha sofrido um real prejuízo perante seu público consumidor. No caso da pessoa física, seria a forma subjetiva, que atinge o sentimento, a alma do indivíduo, que causa dor, angústia, vergonha, etc. Nestes tempos de economia 4.0 (também conhecida indústria 4.0), estamos assistindo a um avanço exponencial das tecnologias que, combinadas, estão impondo uma nova era nos negócios em todos os sentidos. É um mundo (ou está virando) digital, intangível, disruptivo, e está mudando paradigmas e formas de trabalhar e produzir. Os negócios serão decididos (e já o são em boa parte) no tráfego de informações eletrônicas, e cada vez mais o papel do cadastro de pessoas vai se tornando essencial para a realização de transações comerciais seguras e efetivas. Assim, não se precisa fazer maiores digressões para se constatar a necessidade de se ter uma norma que disciplinasse a utilização de dados cadastrais das pessoas físicas e jurídicas. E foi assim que veio a lume a Lei nº 13.709/2018, de 14 de agosto, cujo objetivo é “...dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou pessoa
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jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. ” Como podemos observar, a nova norma vai disciplinar o tratamento de dados pessoais de pessoas físicas e jurídicas, que quando a mesma entrar em vigor (agosto de 2020), todo o cadastro referente a estas pessoas, seja do tipo que for, ou seja, não só no sentido dos que abordamos acima, terá que se seguir rigorosamente os seus preceitos. Entretanto, os cadastros referentes a interesses particulares, ou seja, que não tenha conotação econômica; para fins jornalísticos ou culturais; para fins acadêmicos, segurança pública; defesa nacional; segurança de Estado; ou atividades de investigação e repressão de infrações penais ou provenientes de fora do país; não serão abrangidos pela Lei nº 13.709/2018 quando esta entrar em vigor. Para formação do cadastro, na inciativa privada, só poderá ocorrer nas seguintes hipóteses (mais relevantes): com a autorização do titular dos dados para compor o cadastro; para cumprimento de obrigação legal ou regulatório; para a realização de estudo para órgão de pesquisa; para proteção de crédito; entre outras hipóteses. Na sua formação tem que ter claro qual o seu objetivo, deve ser feito com boa fé e, se for torná-lo público, demonstrar de forma clara e inequívoca a justificativa para tal ato. Em conclusão, algumas inciativas já podem ser tomadas em relação aos cadastros já existentes e em formação como, por
exemplos: a) que nestes tenham espaço para o cadastrado informar que autoriza que os seus dados componham determinado cadastro; b) que se houver alterações nos dados o cadastrado informará imediatamente, sob pena de não pode alegar que as informações estão irregulares; c) deixar claro qual é o objetivo do cadastro e se pode torna-lo público. Estas informações podem constar do contrato de prestação de serviços onde o cliente já autoriza todas estas informações para constarem do cadastro, por exemplo. Por fim, o descumprimento aos preceitos aqui resumidamente comentados que constam da Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018, pode culminar em simples advertência com indicação de prazo para adoção de medidas corretivas à multa no valor de 2% sobre o faturamento da pessoa jurídica do ano anterior à constatação da irregularidade, excluídos os tributos, limitado ao valor de R$ 50 milhões de reais.
CIST E SINCOR-SP
JUNTOS PELA QUALIFICAÇÃO EM SEGUROS DE TRANSPORTES
O CIST oferece condições especiais para corretores de seguros associados ao Sincor-SP participarem de seus eventos. Não perca a oportunidade de empreender neste ramo promissor. Confira a programação pelo site e usufrua desse benefício.
cist.org.br
www.sincorsp.org.br
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Transportar cargas é uma grande responsabilidade. E quando o mercado busca segurança, encontra o IRB Brasil RE
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