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32 BOLETIM INFORMATIVO DA FEUP JUNHO 2005 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
© COPYRIGHT CERN
CERN Os nossos engenheiros no maior laboratório de física das partículas do mundo : 2005 ANO INTERNACIONAL DA FÍSICA Opinião : ENGº FEUP NOMEADO GESTOR DO PROJECTO GALILEO À conversa com : À DESCOBERTA DE TITÃ Investigação e Desenvolvimento
{ recortes de imprensa }
haria da de Engen e ad ld m u ni da Fac pública co a ova Alum eira apresentação n ad a ic át a, m id mês de v icos e à te al, e u a prim o át m al u n rm si m fo o as “C ros in orto Portug ade do P engenhei da Cotec Universid ncia dedicada aos imarães, u ssão”. G se i a u R rê am fe o. adrinhar uma con dedorism ap , en o re ec p e em gador su inovação n, investi Johansso s u n ag M 2005 egócios, 21 rnal de N
de Junho
“Arrancou ontem na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), a conferência CAISE’05 (Conference on Advanced Information Systems Engineering), que conhece este ano a sua 17ª edição mas que pela primeira vez na sua história se irá realizar em solo português. A organização do evento é da responsabilidade da FEUP em parceria com o Departamento de Sistemas Informáticos e de Computação, da Universitat Politécnica de Valência (DSIC.UPV)…” O Comércio do Porto, 14 de Junho de 2005
de
Jo
“Dezanove prémios de mérito foram ontem entregues aos 13 melhores alunos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), na cerimónia do Dia da Graduação 2005. Ainda que os valores da recompensa variem entre os 500 e os 3750 euros, alguns alunos preferiam um prémio em forma de emprego”.
ldade de Engenharia “Numa homenagem a Einstein, a Facu até dia 13 de Junho, te, paten tem da Universidade do Porto Manuela Matos de ria auto da a rafi fotog de sição esta expo Monteiro e João Lafuente”.
Público, 22 de Maio de 2005
Lux, 9 de Maio de 2005
“No âmbito da publicação de vários e-books, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) promove um debate que pretende contrapor o livro tradicional ao livro electrónico”. Vida Económica, 6 de Maio de 2005
“A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) promove, entre hoje e amanhã, a segunda edição do “e-Learning workshop FEUP”. A iniciativa visa dinamizar a utilização do “e-Learning” junto da comunidade docente e investigadora e reúne professores do ensino superior de todo o país”. Jornal de Negócios, 2 de Maio de 2005
“Faculdade de Engenharia aposta no sucesso das licenciaturas e em experiências laboratoriais interactivas para mostrar parte dos projectos desenvolvidos”. Urbanismo & Construção, 1 de Maio de 2005
a mega “Os dias 13 e 19 de Abril marcaram de uma forma muito singular Porto. do idade Univers da aria dádiva de sangue na Faculdade de Engenh Paulo Para La Salete Assunção do departamento de Acção Social e o facto de Vasconcelos, do Departamento de Informática da AE da FEUP que a integra na ca justifi alunos 6000 de cerca com “casa” numa estarmos dádiva tenha sido repartida por dois dias”.
as s nas áre âmbito projecto no s s o re o id d lv a ais inov desenvo posição na , m te s r o a d e s o ex “Algun educaçã dia, estão em Porto ologia, ltimé dade do u si r de tecn M e iv m n e U o a d a d r do mest de Engenharia de Faculda )”. (FEUP 05 0
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O Comércio do Porto, 23 de Abril de 2005
de 400 finalistas va, sexta-feira, a cerca “O líder da Sonae fala do Porto. ade rsid ive haria da Un na Faculdade de Engen para identificar es ant ud est de teia pla Belmiro aproveitou a a a formação de ender são fulcrais par desafios que no seu ent bons profissionais”. Correio da Manhã, 10
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de Abril de 2005
“Estim a-s alterna e que as reser tiva vas de petr consum s teimam a s urgir, ta óleo durem o, alerto apen l co Geral d u ontem e Geolo , no Po mo as medid as até 2040, m as tend gia e E r Cinder to as as , Luís R nerg entes à ela odrigu reduçã Univer ”,em conferên ia, falando n e s c o do o sta, da sidade uma es Direcç do Por cia promovid pécie d ã to o a e , p “ s n e ín la o âmbit O Com ércio do o de um Faculdade de drome de Porto, 7 Engenh ciclo so de Abri l de 20 ar bre a in 05 dústria ia da petrolí fera”.
Sumário
Editorial
3 editorial / ficha técnica
A engenharia corresponde a uma especialização da actividade humana similar à que se verifica na medicina, arquitectura, justiça, religião, militar, etc... Enquanto algumas profissões especializadas existem há milénios – caso, entre outros, dos sacerdotes, dos juízes e dos militares, a profissão de engenheiro instanciou-se como actividade autónoma especializada mais recentemente. Esta autonomização e especialização profissional deve-se largamente ao contributo de Ciências Fundamentais com especial destaque para a Física e para a Matemática. A exploração da energia, incluindo a fóssil, sobretudo o carvão e o petróleo, e a imensa alavanca que elas representam na capacidade do homem modificar o meio ambiente, tem dado uma grande visibilidade à Engenharia. Também aqui estão presentes ciências como a Geologia, a Física, a Química e a Matemática, sem as quais seria impossível identificar eficientemente as reservas mineiras mais profundas. Esta aliança entre engenheiros e cientistas, com especial destaque para os físicos, tem sido factor de avanços notáveis no domínio da compreensão do mundo e, concomitantemente da técnica, para o bem e para o mal...
4 forum . A Física é uma maçada?
6 em foco
(tema de capa) . CERN: Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire
10 à conversa com... . Pedro Pedreira - Gestor do projecto Galileo
13 feup por dentro . Noise Young Presenter Award atribuído a jovem projectista . “Novos Métodos de Condução de Máquinas em Obras Públicas” - Conferência na FEUP . Licenciatura em Engenharia Mecânica promoveu ciclo de palestras . “Professor Papel e Professor Bit” . DEMEGI envolvido em projecto NASA . Comissariado Cultural da FEUP – Cultura à velocidade da Luz . Mostra da UP 2005 . Actividades sobre Física na FEUP . 17ª edição da CAiSE teve lugar na FEUP . Mestrado em Engenharia de Minas discute Indústria petrolífera . II E-learning Workshop . Conferência sobre linhas férreas de alta velocidade . Curso de Mestrado em Estruturas de Engenharia Civil promove palestras técnicas
20 breves . Grupo Engenharte - «Buraco Negro» estreia com sucesso na FEUP . FEUP realiza caminhada a Compostela . AEFEUP com «cara» na Internet . Início de carreira na Engenharia discutido em todo o país . Ciclo de seminários AGE-I-FEUP avaliou responsabilidades ambientais das empresas . III Jornadas de Ciência da Informação . Estudantes da FEUP em altos voos . “Poesia e Sexualidade” na biblioteca da FEUP . Ciclo de Conferências NET na FEUP . Testes de Memória SDRAM na Infineon – Uma iniciativa com a participação da FEUP . FEUP assina mais dois protocolos de cooperação . Núcleo Ambiental da FEUP . FEUP participa na construção de veleiro de competição . Alumni FEUP realiza conferência sobre inovação
23 opinião . EINSTEIN, 1905 e a Física Moderna
25 investigação e desenvolvimento . Departamento de Física da FEUP colabora no projecto EUROPLANET
26 biblioteca e agenda . Actualização do Website permite uma pesquisa mais simples dos recursos
27 provas académicas e educação contínua
Termino com duas perguntas e um comentário: i) porque será que a física e a matemática vêm perdendo capacidade de recrutamento do interesse da juventude? ii) porque será que o recém-criado Departamento de Física da FEUP tem tido sensíveis dificuldades de consolidação, apesar de a esmagadora maioria dos engenheiros e dos físicos da Faculdade de Engenharia querer e ter dado passos objectivos para que ele tenha êxito? Ainda que aparentemente comezinhas, a resposta a estas perguntas entronca com o futuro da própria Universidade do Porto!
Abílio Cavalheiro (Professor Catedrático do Departamento de Engenharia de Minas)
Ficha Técnica Propriedade: Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Edição: DCI - Divisão de Comunicação e Imagem Corpo editorial: Carlos Oliveira, Cristina Soares, Fátima Lucas, Inês Cambeiro, Paulo Jesus, Romana Fresco Textos: Cristina Soares, Romana Fresco Fotografia: Rui Cardoso / Cristina Soares / Romana Fresco Design Gráfico e Produção: Fátima Lucas / Paulo Jesus Sede: FEUP, Rua Dr. Roberto Frias, 4200-465 - Porto/ Tel: 225 081 895/ Fax: 225 081 503 E-mail: dci@fe.up.pt Impressão: Gráfica Maiadouro, S.A. Tiragem: 2500 exemplares Depósito legal: Junho de 2005 Contacto para publicidade Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto DCI - Divisão de Comunicação e Imagem Telef. 225 081 895 | e-mail: dci@fe.up.pt
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{ fórum... a sua opinião para nós conta! } O BI FEUP abre à sua comunidade um espaço de opinião. Em cada edição lançamos à discussão um tema genérico, actual e capaz de despertar reacções. Envie para dci@fe.up.pt a sugestão de um tema sobre o qual gostaria de opinar e veja-o em debate. A sua colaboração será imprescindível!
Os efeitos da Física estão em todo o lado! Diariamente em casa, no trabalho, na rua, nos transportes… estamos a usar tecnologia que tem como base fenómenos físicos. Mas será a Física uma área do saber de reconhecido mérito? O que pensam os docentes e alunos da FEUP que diariamente lidam com a disciplina? Que comentários tecem sobre o tema: Ensinar vs Aprender - A FÍSICA É UMA MAÇADA?
ções que a nossa faculdade disponibiliza, acho que assim os resultados iriam ser muito superiores, não só a nível de aproveitamento mas também a nível de conhecimento e interesse na matéria”. (Ana Mafalda Cortez, aluna do 2º ano da Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores)
“Como área de conhecimento, a Física, tal como sucede com a Matemática ganha bastante cedo nas escolas o rótulo de “disciplina terrível” ou outros adjectivos menos abonatórios. Isto pode ou não continuar a nível da Universidade. Por parte das pessoas em geral e dos alunos em particular, tenho a sensação que associam sempre a Física a algo de muito complicado, tal como geralmente o fazem com outras áreas das Ciências e Engenharia. Aliás, um dos problemas que se verifica em Portugal, na Europa e também nos Estados Unidos consiste num crescente desinteresse dos alunos por áreas tecnológicas. Ora, isso poderia ser evitado se os alunos adquirissem boas e sólidas bases de Física nos primeiros anos em que têm contacto com esta disciplina. Nessas condições, a Física passa automaticamente a constituir um estímulo para o desenvolvimento da curiosidade intelectual dos alunos, permitindo-lhes em paralelo ter os fundamentos necessários para dominar várias áreas de Ciências Aplicadas e Engenharia. Assim, podemos afirmar que os efeitos da Física estão em todo o lado! Quando falamos de aparelhos comuns como a televisão (nomeadamente os ecrãs a plasma de que se fala tanto hoje em dia), CDs, ou computadores, radares, telecomunicações, telemóveis ou ainda com aplicações médicas como ressonância magnética nuclear, ultra-sons, operações laser, raio-X, etc., estamos a usar tecnologia que tem como base fenómenos físicos. Por exemplo, as cores do arco-íris ou a cor do céu resultam igualmente de fenómenos físicos. Isto não significa que é só a Física que é responsável por alguns dos exemplos que acabei de indicar. Aqui surge um aspecto muito importante: uma vez conhecidos os fenómenos e eventualmente compreendidos, há que aplicá-los e torná-los úteis à sociedade. Neste ponto, a Engenharia tem um grande papel.” (Profº Carlos Daniel Pintassilgo, Departamento de Física da FEUP) “Como estudante de engenharia sempre gostei da física (e de todas as ciências no geral) desde que a comecei a estudar, embora considere ter tido sorte tanto na escola que frequentei, pois tinha bons laboratórios para realizarmos as várias experiências propostas, como nos professores, que eram acessíveis para esclarecimento de duvidas e que nos cativavam o que infelizmente não acontece a todos pelo que cedo perdem o interesse e raramente o recuperam. Como futura engenheira lamento que não tenhamos mais experiências nas cadeiras (estou no segun-do ano e só agora e que tenho uma cadeira com uma forte componente experimental na área da física) apesar das óptimas condi-
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“Física uma maçada?!? É uma opinião que reside na mente de um número elevado de pessoas, felizmente eu não concordo. Até porque acabou por ser a física uma das razões que me levou a escolher o curso de engenharia que frequento. Na verdade percebendo algumas das aplicações da física na vida quotidiana, verificamos a razão e o fundamento de alguns fenómenos que para muitos parecem ser paranormais. Mais do que fórmulas e cálculos, a componente experimental é o ideal para percebermos o significado físico e verificar as deduções realizadas que podem já ter largos anos. Aqui na Faculdade de Engenharia, a física tem um papel muito relevante, embora ache que a método teórico se sobrepõe imenso ao método experimental, o que é uma pena. Foi um prazer colaborar no Fórum”. (Jorge Miguel Oliveira, aluno do 2º ano da Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores) “A Física é talvez a mais fundamental das ciências, pois estuda todo o tipo de sistemas da natureza: desde átomos, moléculas e células a estrelas e galáxias. Os engenheiros usam as leis da Física para construir máquinas e dispositivos que nos são úteis. Para entender as tecnologias já existentes e desenvolver novas tecnologias é indispensável aprender Física. A linguagem da Física é a Matemática sendo pois necessário saber as regras da Matemática para entender as leis da Física. O processo de aprendizagem destas duas ciências é relativamente lento e gradual, requerendo concentração abstracção e esforço. Parece pois totalmente desajustado da era actual em que há acesso a uma quantidade enorme de informação, transmitida a uma velocidade estonteante, e que não obriga a grande esforço intelectual. O gosto pelas ciências, adquire-se na infância e adolescência, sendo por isso o papel dos professores primários e secundários muito importante e delicado. A curiosidade e intuição devem ser desenvolvidos desde cedo, e alguns conceitos importantes da Física podem ser transmitidos de um modo simples e sem a necessidade de recorrer a matemática avançada. Nesse sentido, e porque a Física é uma ciência experimental, todos os alunos deveriam ter acesso a laboratórios de Física, onde pudessem observar os fenómenos, fazer medições de grandezas físicas e explorar novas situações. É possível também, através de simulações computacionais, tornar mais estimulante a aprendizagem da Física. Crucial é no entanto, a transmissão dos conceitos com grande rigor científico. Ao nível universitário, não se pode obter esse rigor científico sem o recurso a matemática mais avançada. Quando é que a Física se torna uma maçada? Quando quem transmite os conhecimentos não está motivado e preparado para o fazer ou quando quem os recebe não entende a linguagem que está a ser usada. Em qualquer dos casos é uma maçada para ambas as partes: professores e alunos. Qual então papel dos professores? Acima de tudo garantir rigor científico, o que requer estudo continuado; dar grande ênfase ao ensino laboratorial, o que implica escolha de equipamento adequado e conveniente preparação das aulas práticas; estar disponível para esclarecer os alunos sempre que solicitado; recorrer a métodos de ensino que facilitem a aprendizagem.
Qual o papel dos alunos? Estudar todos os dias! Isso inclui ler a bibliografia recomendada, tentar resolver os problemas propostos, tentar perceber os assuntos por si próprios e procurar os professores quando o não conseguem fazer! Não se aprende física sem um esforço continuado. No processo de aprendizagem, pode haver ocasiões em que sentimos frustração e cansaço, em que se temos a sensação de que tudo é uma maçada. Mas, quando finalmente conseguimos resolver alguns problemas sozinhos, quando começamos a relacionar assuntos diferentes, quando compreendemos alguns fenómenos da natureza e como funcionam os dispositivos tecnológicos que temos à disposição, sentimos uma enorme satisfação e somos mais felizes”. (Profª Diana Urbano, Departamento de Física da FEUP)
humilhado e incapaz perante as suas conclusões ou perante uma situação durante a aula ou período de estudo. Um factor menos relevante é a exposição da aula, especialmente as aulas de despejo incoerente de matéria e exercícios sem participação da massa de alunos. Isto tem um grande factor de conjugação com os dois outros problemas acima ditados, sobretudo o anterior, o factor humilhação. Outros seriam de referência menor”. (Pedro Manuel da Costa, aluno do 2º ano da Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores)
“A aprendizagem em qualquer assunto depende sempre do mesmo, a motivação. Essa motivação é decidida por factores sociais, escolares e, obviamente, pessoais. Na aprendizagem da Física há um factor claro de motivação, a curiosidade na interpretação científica dos fenómenos. Este é o factor mais pesado numa paixão pela Física. Infelizmente, entre os alunos com disciplinas de Física no meu meio, o maior factor de motivação é a obrigação de obter a classificação positiva, fazer a cadeira. E essa motivação é uma sátira à aprendizagem e ao ensino. Dos factores de desmotivação mais relevantes, escolho como referência a dificuldade na aprendizagem inerente às ferramentas Matemáticas e ao pensamento abstracto utilizados na Física. As más bases matemáticas, por motivos semelhantes aos aqui apresentados, e a dificuldade no raciocínio abstracto, constituem o alicerce da desmotivação na aprendizagem da Física relativa à baixa compreensão dos fenómenos e da sua interpretação matemática. Outro grave problema de desmotivação é a comparação que o aluno faz das suas capacidades com as de outros colegas e professores, sentindo-se por vezes
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{ em foco }
CERN OS NOSSOS ENGENHEIROS NO MAIOR LABORATÓRIO DE FÍSICA DAS PARTÍCULAS DO MUNDO Simbolizando um exemplo bem sucedido de cooperação internacional, o CERN (Laboratório Europeu de Pesquisa Nuclear, do francês – Conseil Européén pour la Recherche Nucléaire) integra nas actuais equipas de trabalho dezoito engenheiros FEUP. Este reconhecido laboratório de física das partículas, que celebrou o seu 50º aniversário no ano passado, localiza-se em Genebra, Suiça, e alberga aceleradores de partículas, infra-estruturas capazes de provocar choques entre as partículas que compõem a matéria e depois a desmembram. Estes movimentos servem objectivos diversos, que vão desde a compreensão de algo tão grandioso como a origem do Universo ao desenvolvimento de equipamentos médicos com percebida qualidade. Assumindo um carácter internacional, pois integra hoje 6500 cientistas de 80 nacionalidades, o CERN tem uma comunidade portuguesa amplamente representada: 126 jovens engenheiros portugueses já passaram pelo laboratório, de entre os quais actualmente de-zoito são engenheiros FEUP. O BiFEUP procurou saber junto destes profissionais a trabalhar no CERN, como tem sido a sua experiência no maior laboratório de física das partículas do mundo. 6.
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BiFEUP - São cerca de 40 os portugueses que integram os quadros do CERN. Até hoje 126 jovens engenheiros portugueses já estagiaram neste prestigiado laboratório europeu. Como se tornou um membro da equipa CERN e que mais valias tem adquirido?
RICARDO BRITO DA ROCHA – Acima de tudo somos vistos como gente de mente aberta, que se adapta bem a um ambiente de investigação/ colaboração, como é o caso do CERN.
NUNO CERVAENS – À semelhança de muitos dos meus colegas portugueses comecei a trabalhar no CERN por intermédio da AdI (Agência de Inovação). Foi-me atribuída uma bolsa da FCT destinada à promoção da investigação científica e tecnológica e fui ficando… hoje sinto que é muito bom trabalhar com pessoas competentes e cruzar-me com o Prémio Nobel da Física nos corredores. MIGUEL BASTOS – Eu encontrava-me a trabalhar em Portugal na Microprocessador SA quando recebi um convite para uma apresentação do CERN a realizar-se em Lisboa. Apesar de não poder ir, o fascínio pelo CERN, vindo do meu interesse pessoal pela área da Astrofísica, levou-me a visitar a página Web, onde tropecei num posto de staff que despertou o meu interesse. Concorri e aqui estou. MIGUEL BRANCO – Já comigo foi ainda na FEUP que tudo começou, através do Departamento de Física e do Professor Jaime Villate. Eu estava interessado em trabalhar em GRID Computing (onde o CERN lidera praticamente todos os principais projectos europeus). Como o Departamento de Física tinha ligações ao CERN através de alguns professores, houve a possibilidade de fazer no CERN o estágio de fim-de-curso… Resumindo, o CERN pertence àquela muito curta lista de locais em que sempre sonhei trabalhar! PEDRO SALGADO – No fundo acho que a opinião é unânime… trabalhar no maior acelerador de partículas do mundo é uma oportunidade única para ganhar mais experiência e adquirir novas competências mas, também, para conhecer e trabalhar com pessoas de várias nacionalidades.
BiFEUP – A participação de Portugal no CERN possibilitou a concretização de grandes passos importantes para a internacionalização da ciência portuguesa. Em que medida os projectos em que está envolvido têm promovido a área científica e tecnológica?
BiFEUP – Os números falam por si… mais de 140 portugueses no CERN são sinónimo de uma comunidade portuguesa já bem definida. Isso significa também que os engenheiros e investigadores do nosso país são reconhecidos no estrangeiro?
JOÃO FERNANDES – Claramente. Penso que em nada estamos atrás de especialistas de outros países em termos de formação. O nosso problema é ainda a mentalidade, por vezes relaxada demais e também o ainda presente complexo de inferioridade em relação a outros países. DANIEL RODRIGUES – Na minha opinião as diferenças são mais do ponto de vista individual do que entre nações, no geral creio que nos associam mais à capacidade inventiva e flexibilidade, comum ao universo latino, por contraponto com o rigor e organização nórdicas. CARLOS DE ALMEIDA MARTINS – Infelizmente o problema é que temos pouca experiência ou sentido de execução prática e estamos completamente desacoplados da realidade industrial e das restrições e exigências que ela impõe. Somos reconhecidos pela grande bagagem teórica, naturalmente adquirida durante a formação académica, por um espírito de trabalho em equipa e de abertura ao diálogo fora do vulgar, mas…
JOÃO FERNANDES – Eu estou a trabalhar na área de videoconferência e sou responsável na Europa pelo projecto Associate do California Institute of Technology. O VRVS é um sistema de videoconferência web-based desenvolvido por Caltech para toda a comunidade científica e académica mundial (Redes Académicas Nacionais, Institutos de Investigação, Universidades, etc). Em Portugal também está divulgado (não tanto como eu gostaria) e é utilizado na Fundação para a Computação Cientifica Nacional e no Laboratório de Instrumentação e Partículas, em Lisboa. RICARDO BRITO DA ROCHA – Encontro-me como programador do projecto EGEE, que é financiado pela Comissão Europeia e propõe-se construir uma infraestrutura GRID para uso de cientistas de várias áreas… MIGUEL BRANCO – “Pertencemos” ao grupo de “Data Management” da experiência ATLAS do CERN. O objectivo do grupo é desenhar e implementar o sistema de distribuição de dados científicos pelas dezenas de centros de análise espalhados pelo mundo. Com mais de quatro mil cientistas a analisar dados, mais de 50 institutos espalhados pelo mundo e vários petabytes de dados retirados do detector ATLAS, é um grande desafio! MIGUEL BASTOS – Trabalho para o grupo responsável pelos conversores de potência que vão alimentar os ímans do LHC (acelerador de partículas). Na prática sou responsável pelo projecto, produção e instalação de um conjunto de instrumentos electrónicos que servirão para calibrar os conversores de potência do futuro acelerador, cujas exigências ao nível da precisão são elevadas BiFEUP – A FEUP é considerada uma das instituições de referência no ensino da engenharia. Considera que ter sido aluno da FEUP o tem ajudado na vida profissional?
VAGNER MORAIS - Seguramente que sim. A FEUP é uma escola de referência nacional e estou certo que prepara os alunos ao nível das melhores escolas europeias de Engenharia. Percebi que um aluno com uma boa formação ao nível da FEUP está ao nível de um qualquer bom engenheiro francês, inglês ou alemão. JOÃO FERNANDES – A nossa formação é em nada inferior a outras formações de outros países… contudo, ajudava imenso se a FEUP se internacionalizasse mais para ser mais conhecida fora de Portugal. DANIEL RODRIGUES – Embora no estrangeiro o peso relativo das instituições de ensino se dilua, já tenho encontrado algumas situações em que a FEUP é reconhecida como instituição de referência. PEDRO SALGADO – O nível de exigência e os conhecimentos adquiridos na FEUP, juntamente com a experiência e competências adquiridas na JuniFEUP,
CERN: A Génese de tudo em busca das Origens do Universo De que é constituído o nosso Universo? De onde vem a matéria? Como é que as partículas elementares interagem? O objectivo do maior laboratório de física de partículas do mundo, CERN (Laboratório Europeu de Pesquisa Nuclear, do francês – Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire) é procurar a resposta a estas e outras questões fundamentais da natureza. Sem fins militares mas dedicando-se à investigação científica pura, o CERN reúne físicos do mundo inteiro numa colaboração internacional que requer uma avançada tecnologia de comunicação e intercâmbio de dados. Utilizando uma espécie de “túnel do tempo” - o LEP (acelerador de electrões e positrões, com uma circunferência de 27 km), o CERN utiliza aceleradores e detectores de partículas, dispositivos que se contam entre os maiores e mais complexos instrumentos científicos jamais construídos. Fundado em 1954, na fronteira franco-suíça perto de Genebra, o CERN completou o ano passado 50 anos de existência em prol da colaboração internacional. Financiado por 20 Estados Membros, entre os quais Portugal, é o maior centro mundial de investigação do seu tipo, juntando cerca de 6500 cientistas, de mais de 80 nacionalidades. O laboratório utiliza, e simultaneamente, desempenha, um papel fundamental no desenvolvimento de tecnologia de ponta, com vista a futuras aplicações: desde a ciência de materiais à engenharia mecânica ou computação, a física das partículas requer o melhor desempenho em todos os campos. Actualmente, o CERN está a construir o próximo acelerador o LHC (Large Hadron Collider – acelerador que permitirá a colisão de hadrões), que substituirá o anterior, conhecido por LEP – e entrará em funcionamento em 2007, e acopla 4 detectores – ATLAS, Compact Muon Solenoid (CMS), LHCb e a A Large Ion Collider Experiment (ALICE). A partir do LHC pretende-se abrir um leque imenso de oportunidades de negócio para empresas que queiram aceitar desafios tecnológicos, mas mais que isso, espera-se encontrar as respostas que faltam para completar o Modelo Padrão, ou seja, o quebra-cabeças criado pelos físicos para explicar a origem do Universo.
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foram essenciais neste meu trajecto. Se hoje estou no CERN e com uma boa imagem do meu trabalho, em muito se deve aos professores e colegas com quem tive oportunidade de trabalhar, ao longo do meu percurso académico.
BiFEUP – Tendo em conta que está envolvido em projectos de grande envergadura e que a experiência tem sido “gratificante”, podemos considerar que prevê continuar a integrar a equipa CERN no futuro?
DANIEL RODRIGUES – De momento, gostaria de prolongar a experiência no estrangeiro por mais alguns anos. Creio que no mundo de hoje é essencial compreender o mundo globalizado, para poder ser útil no desenvolvimento de qualquer empresa ou instituição. CARLOS DE ALMEIDA MARTINS – Eu pretendo continuar no CERN. HUGO SANTOS – Pela minha parte, planeio eventualmente fazer um doutoramento aqui no CERN. JOÃO FERNANDES – Penso que ficarei por cá mais uns tempos porque as perspectivas de trabalho são boas. Não sei quando voltarei a Portugal, embora um dia gostasse de voltar dado que na área da tecnologia (como em muitas outras) há muito para fazer para sairmos da cauda. RICARDO BRITO DA ROCHA - Gostaria de experimentar trabalhar noutros países mas tenho a sensação de que na Suiça se está bem demais - ski no Inverno, montanhas no Verão e viagens baratas o ano inteiro!
PERFIL DOS MEMBROS DO CERN ENTREVISTADOS:
Carlos de Almeida Martins : No CERN há 4 anos : Cargo que ocupa: engenharia de projecto e desenvolvimento : Diferenças entre Portugal e Suiça: Muitas. Em matéria de pontualidade, cumprir com os encontros marcados, culinária, radares fixos e multas de excesso de velocidade, capacidade de desembaraço : O melhor filme: O padrinho III : Significado da palavra Saudade: Caldas da Rainha… 2200Km.
Daniel Rodrigues : No CERN desde Outubro de 2004 : Cargo que ocupa: trabalha no projecto Joint Research Activity 1 (JRA1) – engenharia e integração de Middleware : Hobbies: Treking, Viajar, Futebol, Ski, Cozinhar : Viagem de sonho: um trajecto que inclua o Transiberiano, Mongólia, Tibete e Nepal : Significado da palavra Saudade: Pão e peixe frescos, Nestum… E saudade é, principalmente, a alegria de rever a família e os amigos.
João Fernandes : No CERN há 3 anos. : Cargo que ocupa: responsável pelo Projecto Associate do Califórnia Institute of Technology : Um livro inesquecível: “O velho que lia romances de amor”, Luís Sepúlveda : O melhor filme: “Eyes Wide Shut”– Stanley Kubrik : Diferenças entre Portugal e Suiça: Portugal – sol, alegria, boa comida, gente simpática; Suiça: neve, tudo muito certinho, pouca confusão, tudo muito caro, gente mais fria…
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Miguel Bastos : No CERN desde Junho de 2002 : Cargo que ocupa: Analog Engineer, no grupo de responsável por Conversores de Potência : Tempos livres: tenta essencialmente não estar parado. Pratica montanhismo no Verão, um desporto muito popular na Suiça. Faz corrida e é membro da direcção do clube de futebol do CERN : Um livro inesquecível: dois – “O processo” de Franz Kafka e “Húmus” de Raul Brandão : Viagem de sonho: a que fez em Maio de 2005. Uma viagem de jipe por Marrocos, desde as montanhas do Atlas, às dunas do deserto e Merzouga, desde as paisagens coloridas do Rif, à agitação frenética de Marraquexe… : Significado da palavra Saudade: neste momento significa umas tripas à moda do Porto!
Miguel Branco : No CERN desde Junho de 2003 : Cargo que ocupa: colaborador do grupo de “Data Management” - experiência ATLAS do CERN : Tempos livres: viagens – a Suiça, no centro da Europa, é um óptimo local de partida), Snowboard, Hiking : O melhor filme: Muitos… a começar no “Magnólia” : Significado da palavra Saudade: sonhar com molho de francesinha…
Nuno Cervaens : No CERN há 2 anos : Cargo que ocupa no CERN: colaborar no projecto informático que visa a segurança da rede do CERN, mais propriamente, na protecção dos sistemas informáticos que controlam o LHC (Large Hidron Colider). : Um livro inesquecível: “Sistemas de controlo informático”, J.L. Martins de Carvalho : Viagem de sonho: a lua : Diferenças entre Portugal e Suiça: Portugal - mais acolhedor, mais acidentes, mais stress; Suiça – mais organização, mais caro, mais extravagante, mais neve.
Pedro Salgado : No CERN desde Novembro de 2004 : Cargo que ocupa: responsável informático para a Safety Commission/ General Safety (grupo SC/GS); planeamento e definição de uma política de substituição de hardware do grupo para os próximos 5 anos. : O melhor filme: O Senhor dos Anéis : Um livro inesquecível: O Senhor dos Anéis : Significado da Palavra Saudade: essencial para não nos esquecermos de quem gostamos, de onde viemos… no fundo para nunca nos esquecermos daquilo ou daqueles que também fazem parte de nós.
Ricardo Brito da Rocha : No CERN há 2 anos : Cargo que ocupa: programador do projecto EGEE, que visa construir uma infraestrutura grid para uso por parte de cientistas. : Tempos livres: futebol, joga num clube da 13ª divisão francesa; planadores; aviação virtual : O melhor filme: “Jackie Brown”, Tarantino : A viagem de sonho: Transsiberiano (Moscovo a Vladivostock)
Vagner Morais : No CERN desde Outubro de 2003 : Cargo que ocupa: membro da equipa “Alce Offline”, o grupo de softaware para processamento offline de uma das experiências do LHC : Um livro inesquecível: dois – “Siddharta” de Herman Hess e “Moon and Sixpence” de W. Somerset Maugham : Diferenças entre Portugal e Suiça: em Portugal existe maior potencial de desenvolvimento, mas com problemas culturais, organizativos e políticos. A Suiça é dotada de discrição, e é estruturalmente um país bem organizado. : Significado da palavra Saudade: Saudade dos amigos e da família, das francezinhas, da Foz do Porto, da “movida” do Porto.
Portugal no CERN 20 anos depois da entrada de Portugal para o CERN (em 1985), são visíveis os benefícios que esta adesão trouxe ao nosso país. Simbolizando a nossa primeira participação numa Organização Europeia de Investigação Científica de grande dimensão, que é uma referência mundial da excelência, esta integração no CERN revelou-se ainda vital para a obtenção da necessária experiência nacional e organizacional que serviu de modelo para outras adesões a outras organizações científicas inter-governamentais nos últimos anos. No campo científico, regista-se uma participação significativa dos grupos portugueses no CERN, quer sob o ponto de vista qualitativo, quer quantitativo (em 2003 utilizaram o CERN 66 investigadores nacionais). A possibilidade de acesso de equipas portuguesas à participação de experiências desenvolvidas no maior laboratório de física de partículas do mundo tem promovido a internacionalização do sistema científico português. Apesar do carácter e interesse científico que norteou a adesão nacio-nal ao CERN são também conhecidos benefícios no panorama industrial. Num mercado cada vez mais competitivo, entre os 20 Estados Membros que compõem a Organização, Portugal tem-se colocado no 10º lugar na venda de bens e em 2º lugar – logo a seguir à Suiça – na venda de Serviços. A cooperação com o CERN tem ainda apresentado ganhos crescentes na área da formação de recursos humanos. Através de um protocolo assinado entre o CERN e a Agência de inovação (Adi) conseguiu-se formar e treinar jovens engenheiros neste centro de investigação por períodos de 1 a 2 anos, em áreas de interesse tecnológico para a indústria portuguesa. Iniciado em 1997, o Programa, ainda hoje gerido pela Adi, tem tido enorme sucesso. Até hoje beneficiaram do Programa mais de 120 jovens engenheiros em áreas tão diversas como Estruturas, Vácuo, Criogenia, Electrónica e Segurança.
CERN :: Curiosidades : Oficialmente fundado em Setembro de 1954; : Portugal aderiu em 1986; : 37 portugueses trabalham nos quadros de investigação e administrativos; : Portugal contribuiu em 2003 com 1,13 % de orçamento; : As aquisições a firmas portuguesas desde 1994 até ao final do primeiro semestre de 2003 ascenderam a mais de 35,8 milhões de francos suíços (mais de 21,5 milhões de euros ao câmbio actual); : O retorno económico da presença portuguesa aumentou desde 1997, e em 5 anos mais do que quintuplicou; : Desde 2001 que as vendas de serviços tecnológicos e logísticos ultrapassaram as de bens de equipamento e outros produtos por firmas portuguesas; : Cerca de 100 jovens engenheiros estagiaram no CERN desde 1996 até à data, 44 iniciaram ou viram renovada a sua permanência em 2003; : Os principais fornecedores portugueses nos últimos anos foram a EFACEC sistemas de Electrónica, A. Silva Matos, Setrova (Através da DBS), ISQ, Tuboplan e Velan; : Duas star-ups já criadas com envolvimento português no perímetro industrial do CERN: a DBS n logística com 40% da Setrova e uma empresa no ISQ. Boletim informativo
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{ à conversa com... Pedro Pedreira}
ENGENHEIRO FEUP ASCENDE AO CARGO DE GESTOR DO PROJECTO GALILEO A 2 de Maio, um engenheiro FEUP conquistava uma proeza jamais alcançada por um português. Pedro Pedreira, de 48 anos, foi eleito director executivo da Autoridade de Supervisão do projecto europeu Galileo, o sistema da Comissão Europeia que irá assegurar a navegação por satélite em toda a Europa. Após um rigoroso processo de selecção, que colocou Pedro Pedreira ao lado de profissionais altamente qualificados, este licenciado em Engenharia Electrotécnica e Computadores pela FEUP em 1978, foi o escolhido para liderar o projecto que vai garantir a independência espacial da Europa. O Bi FEUP esteve à conversa com este engenheiro FEUP que lidera agora um sistema de grande envergadura ao nível europeu, e com reconhecida projecção à escala mundial. 10 .
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“Quando, ao fim da tarde, o Presidente do CA me comunicou que tinha sido eleito, senti um forte cocktail de emoções...” BiFEUP - Na última fase de selecção, foi apurado de entre um grupo de dois franceses e um austríaco e é, portanto, o primeiro português a ocupar um cargo do género numa agência europeia. Como recebeu a notícia da nomeação de director executivo da empresa que vai gerir o projecto Galileo?
Pedro Pedreira - Quando o Conselho de Administração (CA) da Autoridade Europeia de Supervisão GNSS (Global Navigation Satellite System) (GSA) concluiu a eleição (depois de várias votações para atingir a maioria qualificada de dois terços necessária), o Presidente do CA interrompeu a sessão para dar a notícia a mim e aos três outros candidatos finalistas. Nesse momento senti, naturalmente, uma grande satisfação. No início da manhã, cada um dos quatro candidatos teve um período para apresentação e resposta a perguntas do CA e, em seguida, o CA deu início à eleição, enquanto os candidatos aguardavam, numa sala contígua, a eventualidade de serem chamados a responder a novas perguntas. Não tínhamos informação sobre o que se estava a passar na reunião do CA, embora percebessemos que iam decorrendo as votações e sentíssemos uma alta tensão, no CA e em nós próprios (que tentávamos disfarçar). Quando, ao fim da tarde, o Presidente do CA me comunicou que tinha sido eleito, senti um forte cocktail de emoções... que não tive tempo de apreciar, porque o Presidente me convidou a participar na parte final da reunião do CA.
“O meu interesse pelas áreas de engenharia, economia e finanças permitiu-me reunir um conjunto de experiências que têm sido determinantes para a evolução da minha carreira.”. BiFEUP – Tendo em conta que o projecto Galileo irá trazer à Europa a autonomia espacial há tanto aspirada, o que o levou a candidatar-se a este cargo de tão elevada responsabilidade?
PP - Eu vi, por acaso, uma referência ao apelo a candidaturas num mail da Anacom e candidatei-me por descargo de consciência, pois julgava que o Director Executivo já estaria escolhido ou que seria escolhido de entre um pequeno grupo de “candidatos naturais”. O que me atraiu foi a minha visão do Programa Galileo, a dimensão do desafio (nos planos tecnológico, económico e político) e a oportunidade de criar do zero uma organização que será a principal protagonista para tornar as expectativas da União Europeia, em matéria de navegação por satélite, numa realidade.
BiFEUP - Já se encontrava de alguma forma relacionado com o projecto anteriormente?
PP - Não, o que surpreendeu ainda mais todos aqueles que têm estado ligados ao Programa (especialmente a indústria aeroespacial). Eu trabalhei onze anos com satélites, na Eutelsat, e mais tarde acompanhei os primeiros passos do projecto EGNOS, que é, em certos aspectos, precursor do Galileo. Mas depois a minha carreira continuou na indústria de telecomunicações e nos últimos anos tenho-me concentrado em actividades de desenvolvimento do negócio. Creio que esta experiência foi importante, não só para formar a visão que defendi para o Galileo como também para ir ao encontro das preocupações dos membros do CA, em particular quanto à viabilidade económica do sistema.
“O Galileo vai permitir uma navegação com melhor qualidade e vai oferecer serviços que a geração actual do GPS não suporta” BiFEUP - Desde o surgimento do projecto Galileo em 2000 fala-se da superioridade tecnológica deste sistema. Que novas funcionalidades perspectiva no GPS Galileo?
PP - Para além de uma melhor precisão (na determinação da posição) e de uma maior disponibilidade dos sinais (de radio-navegação), relativamente aos sistemas hoje disponíveis, o Galileo vai permitir novos tipos de aplicações, nomeadamente para serviços comerciais, serviços relacionados com a salvaguarda de vidas humanas, serviços de busca e salvamento e serviços de interesse público.
BiFEUP - Formou-se em Engenharia Electrotécnica na FEUP em 1978. Em que medida os conhecimentos adquiridos na FEUP contribuíram para a sua carreira profissional?
PP - A minha carreira foi, em grande parte, constituída por funções de engenharia e, embora tenha tido formação complementar em várias especialidades em outras instituições, a formação de base, que me foi muito útil, foi a que tive na FEUP. Posteriormente, tive formação académica em gestão de empresas e o meu interesse pelas áreas de engenharia, economia e finanças permitiu-me reunir um conjunto de experiências que têm sido determinantes para a evolução da minha carreira.
Sobre o PROJECTO GALILEO Desde tempos remotos, as pessoas olhavam para o céu com o intuito de traçar o seu caminho, servindo-se dos astros para encontrar o seu rumo. Actualmente, a navegação por satélite dá seguimento a esta tradição ao oferecer com exactidão, graças à tecnologia leading-edge, o posicionamento de um qualquer objecto, em qualquer lugar do mundo. O projecto Galileo resultou de uma joint-venture entre a União Europeia e a ESA – Agência Espacial Europeia. A União Europeia, representada pela Comissão Europeia, é responsável pela dimensão política do projecto Galileo e pela gestão dos objectivos que lhe estão subjacentes. Por seu lado, ficará a cargo da ESA o desenvolvimento e validação do projecto Galileo, bem como todas as definições técnicas. O Galileo Joint Undertaking é a entidade cuja actividade central se baseia no fomento do programa Galileo, e na selecção de um operador comercial que irá ter uma contribuição grande no estabelecimento do Galileo em 2006, ao implementar os serviços associados ao Galileo em 2008. Este projecto de grande envergadura consiste, mais especificamente, na criação de um sistema europeu de navegação por satélite, para uso civil, que habilitará a Europa a agir com autonomia em relação aos dois únicos sistemas existentes desta natureza, originalmente desenhados para fins miliares: o GPS (Global Positioning System), dos Estados Unidos da América (EUA), e o Glonass (Global Navigation Satelite System), da Federação Russa.
O sistema Galileo assentará numa constelação de 30 satélites colocados em órbita a 24 000 km de altitude, cobrindo a totalidade do globo terrestre, com uma rede de estações de controlo em terra. Cada satélite permitirá localizar a posição de qualquer tipo de objecto, fixo ou móvel, com uma margem de erro inferior a um metro. O projecto, que envolve um investimento estimado em 3,25 mil milhões de euros, irá de-correr em três fases: a primeira, de definição, terminou no final de 2000; a partir de 2001 e até ao fim 2005 decorre a fase de desenvolvimento e validação do projecto; de 2006 a 2007 será a fase de aplicação. A entrada em pleno funcionamento dos satélites está prevista para 2008.
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BiFEUP - O projecto Galileo pretende criar uma alternativa europeia ao Global Positioning System (GPS) norte-americano. Que mais-valias atribui ao projecto Galileo comparativamente ao projecto dos EUA, actualmente utilizado?
BiFEUP - Uma vez que irá exercer o cargo durante 5 anos, vai participar na última fase do projecto Galileo, que corresponde justamente à fase de implementação. É um privilégio poder assistir a esta fase tão importante?
PP - O Galileo vai disponibilizar um serviço aberto (cuja utilização é gratuita) que será totalmente compatível (relativamente a frequências e estrutura dos sinais) com o GPS, o que permite a utilização dos mesmos receptores, com grandes vantagens para o mercado. No entanto, como eu já referi, o Galileo vai permitir uma navegação com melhor qualidade (precisão e disponibilidade) e vai oferecer serviços que a geração actual do GPS não suporta. Mas eu espero que a maior valia do Galileo seja o seu contributo para o desenvolvimento do mercado de navegação por satélite. Um dos grandes desafios para a agência que vou dirigir é o de dinamizar iniciativas de desenvolvimento de aplicações que induzam o crescimento da procura de utilização do Galileo. É minha intenção mobilizar centros de investigação e empreendedores para este fim.
PP - É simultaneamente um enorme privilégio e uma enorme responsabilidade. Eu já tive o privilégio de participar na implementação do primeiro sistema europeu de telecomunicações por satélite (Eutelsat) e, posteriormente, do primeiro sistema europeu de localização por satélite (Euteltracs), o que me dá uma boa aproximação da complexidade e da dificuldade da tarefa. Por isso é que eu elegi como primeiro grande objectivo da GSA a entrada em serviço do Galileo em 2008.
As mais-valias deste “SERVIÇO PÚBLICO GLOBAL”: O Galileo irá oferecer serviços de posicionamento de satélites em qualquer parte do mundo com garantida confiança. Qualquer cidadão, empresa e entidade genérica vão estar aptas a beneficiar deste serviço onde quer que se encontrem: na rua, no comboio, numa qualquer embarcação ou até numa viagem aérea. Este novo serviço público global oferece um sem número de aplicações profissionais: LOCALIZAR Através do Galileo será possível localizar animais, pessoas, bens, veículos, aviões ou embarcações a qualquer hora, em qualquer parte do mundo, equipados com o receptor de dados apropriado. SALVAR/ RESGATAR Estarão ao dispor um conjunto de úteis serviços para ambulâncias ou entidades policiais, que lhes vão permitir intervir com maior rapidez e eficácia, facto que se repercutirá na diminuição do número de acidentes. Maior eficiência em operações de resgate, serão permitidos pedidos de socorro ao simples toque de um botão. ESTUDAR O GPS permite alargar os estudos ambientais: estudar fenómenos naturais como tremores de terra, vigiar vulcões e fazer uma previsão de maremotos. PRESTAR ASSISTÊNCIA Eficácia numa mais correcta prospecção dos recursos naturais. Torna a protecção civil mais eficiente. GUIAR Facilidade de encontrar caminhos, rotas, estradas, rumos a seguir. Orientação e gestão de transportes públicos.
GPS O famoso GPS, actualmente de uso universal – mas sempre sob controle do comando militar norte-americano -, foi desenvolvido nos anos 80 pelo Departamento de Defesa dos EUA. Trata-se de uma rede de 24 satélites (Navstar), de uma tonelada e meia, girando em órbita situada a 20 mil km da Terra. Já custou mais de 10 biliões de dólares. Começou por ser usado para fins militares, até chegar a uma utilização para fins civis. Graças ao GPS, qualquer veículo – marítimo, aéreo ou terrestre – pode determinar a sua posição e a sua velocidade com extraordinária precisão. No entanto, no caso do GPS, as informações fornecidas pelos satélites norte-americanos têm deliberadamente uma margem de erro da ordem dos 100 metros. O GPS enfrentou apenas um concorrente até agora: o Glonass, criado pela ex- União Soviética e herdado pela Rússia, já envelhecido e cada vez mais longe de ser uma ameaça. A radionavegação por satélite é o género de espaço que permite às pessoas determinar a sua localização exacta. O equipamento de posicionamento de satélite irá tornar-se tão essencial como um relógio. Entretanto os Estados Unidos têm vindo a permitir aos receptores europeus uma leitura mais correcta do GPS. Mas a leitura dos dados de localização GPS pode, sempre que assim o entendam, ser novamente codificada pelos Estados Unidos. Com o Galileo operacional, a Europa torna-se independente do sistema americano em 2008. Para validar este sistema europeu, está a ser ultimado o EGNOS (European Geostationary Navigation Overlay Services), que permite receber os dados do GPS e corrigir a informação ou seja, diminuir a margem de erro de 20 metros para menos de sete. O objectivo será, num futuro próximo, fornecer dados de localização pela rede de satélites Galileo com margens inferiores a um metro. Nessa altura já será possível levantar e aterrar um avião sem auxílio do piloto.
Mais informações: http://www.galileoju.com GERIR/ ORIENTAR Contribuição para a protecção ambiental: o GPS permitirá localizar o que causa a poluição e monitorizar a atmosfera e gerir o movimento de animais selvagens e espécies em vias de extinção, contribuindo assim para uma maior protecção dos habitats.
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{ FEUP por dentro } Aluna da FEUP envolvida em projecto da Casa da Música distinguida Noise Young Presenter Award atribuido a jovem projectista Passados dois meses desde a inauguração da Casa da Música do Porto, projecto aprovado no âmbito da iniciativa Porto 2001, o BiFEUP descobriu Beatriz Pinto, recém-licenciada da FEUP, envolvida na assistência técnica do projecto da Casa da Música. Fazendo parte da equipa de projectistas da obra, desenvolveu a temática “Desempenho acústico de grandes painéis de vidros curvos” que lhe valeu o “Noise Young Presenter Award”.
Durante a 148ª reunião da Acoustical Society of America (ASA) coube a uma recém-licenciada da FEUP o “Noise Young Presenter Award” destinado a premiar trabalhos de jovens investigadores com menos de 30 anos que incrementem o estudo da propagação, control e efeitos do ruído. Beatriz Pinto, licenciada em Engenharia Civil, com o trabalho S-Shaped Glass also stands for soundless. Sound insulation measurements and implication for building practice trouxe para Portugal um prémio de importante relevo como explica, “Fiquei muito satisfeita... agradavelmente surpresa... e feliz pelo reconhecimento. Os participantes são essencialmente americanos e a vitória de uma jovem europeia assume uma certa visibilidade pela raridade. Fica, sem dúvida, uma imagem positiva do país e das instituições que represento”. Envolvida na assistência técnica do projecto da Casa da Música, a jovem projectista explica ter procurado aprofundar um tema pouco es-
“Novos Métodos de Condução de Máquinas em Obras Públicas” Conferência na FEUP Convidado pela Secção de Construções Civis do DEC, reputado especialista no domínio das tecnologias e equipamentos utilizados em obras de grande dimensão apresentou, no passado dia 22 de Abril, uma palestra na FEUP no âmbito do Mestrado Europeu em Construção. Subordinada ao tema “Novos Métodos de Condução de Máquinas em Obras Públicas” a conferência descreveu as mais recentes tecnologias baseadas em Feixes Laser e GPS. No passado dia 22 de Abril, por ocasião de um encontro para uma reunião de trabalho relacionada com o Mestrado Europeu em Construção, em que a FEUP participa através da Secção de Construções Civis do Departamento de Engenharia Civil, o Professor Francisco Ballester Muñoz, da Universidad de Cantabria (Santander, Espanha), apresentou uma conferência sobre “Novos Métodos de Condução de Máquinas em Obras Públicas”. Durante a palestra o especialista em tecnologias e equipamentos utilizados em obras de grande dimensão (onde a movimentação de terras assume um papel primordial) descreveu as mais recentes tecnologias baseadas em Feixes Laser e
tudado, agregar conhecimentos e participar de um congresso que reconhece ser um acrescento de saber. “Em Maio/Junho já tinha visto que o congresso em S. Diego, na Califórnia, podia ser interessante e adequado à apresentação de um trabalho sobre um dos variadíssimos temas acústicos que a complexidade da Casa da Música oferece. Fazendo parte da equipa projectista desta obra e aproveitando o facto de nela se colocar a questão de desempenho acústico de grandes painéis de vidros curvos, analisados no laboratório do Instituto de Construção da FEUP, pareceu-me uma oportunidade excelente para aprofundar o tema”, salientou. Esta não foi a primeira vez que a ex-aluna FEUP foi distinguida e não será concerteza a última. Já com alguma experiência como oradora em congressos e sempre pronta a aceitar novos desafios na área da investigação, a vencedora do prémio “Outstanding Young Presenter Award”, em 2002, e “Noise Young Presenter Award”, em 2004, sabe rodear-se de ajudas preciosas, não prescindindo do «know-how» de alguns «experts» da área da Acústica.“Nunca teria conseguido este prémio sem o acompanhamento do Mr. Renz Van Luxemburg, consultor acústico da Casa da Música, e a orientação do Professor António Oliveira de Carvalho, docente da disciplina Acústica de Edifícios do Curso de Engenharia Civil da FEUP. O prémio também é deles!”. Depois de longos meses de pesquisa, análise de resultados de cálculo de laboratório e interpretação de pressupostos de cálculo de projectos e de resultados, o prémio valeu “pelo diploma e pelo reconhecimento pois o seu valor monetário é muito reduzido” confessou. 250 dólares que a jovem engenheira garante terem já um valioso destino. Quem é quem...: Beatriz Marques Pinto :: 26 anos :: Projectista Licenciada em Engenharia Civil – Opção de Construções – FEUP, 2002 Trabalhos relevantes: Casa da Música; Centro Multiusos das Caldas da Rainha; Córdoba Congress Center – Palácio del Sur; Faculdade de Medicina e Farmácia da Universidade do Porto; Fórum Cultural de Portimão – Palácio Sarrea Prado; Conservatório de Música e Escola de Dança de Coimbra; Complexo Imobiliário de luxo Estoril-Sol; Remodelação do Teatro Constantino Nery; Pavilhão de Portugal (Coimbra). Prémios: “Outsanting Young Presenter Award”, 2002; “Noise Young Presenter Award”, 2004 Outros dados: Frequentou o Conservatório e a Escola de Bailado Ginasiano, participando em audições, recitais e concursos de piano, e variados espectáculos e cursos intensivos de dança em França e Itália.
GPS e deu a conhecer as vantagens de sistemas e software que aumentam a rentabilidade e diminuem os erros. Jorge Moreira da Costa, responsável pela Secção de Construções Civis da FEUP e anfitrião da iniciativa, explicou o funcionamento do sistema e salientou a sua importância. “Processando a informação obtida por sensores ópticos estes sistemas geram instruções de manobra em planta e de movimentação vertical das pás (por indicações luminosas para os manobradores ou de forma automática). Para esse fim são instaladas na periferia da área de trabalho estações emissoras e nos equipamentos di-versos receptores ligados aos sistemas hidráulicos e de condução das máquinas. As instruções são enviadas e pós-processadas utilizando al-goritmos com o objectivo de optimizar tempos de operação e volumes de movimentação de terras, procurando uma maior rentabilidade e menos erros”. Na parte final da palestra, o Professor Francisco Ballester apresentou um novo sistema de controlo, baseado numa modelação tridimensional obtida por digitalização em scanner da área a intervencionar. Referindo as mais valias deste sistema sobre os anteriormente criados, o especialista salientou o facto de se encontrar instalado directamente no equipamento de movimentação de terras, eliminando as limitações de raio de acção associadas aos primeiros sistemas referidos, dependentes do número de estações emissoras e da sua potência, bem como de eventuais obstáculos existentes. Mais informações: http://www.fe.up.pt/~iscc/ballester/
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Licenciatura em Engenharia Mecânica promoveu ciclo de palestras Energia e Ambiente abordados sob diversos prismas De Fevereiro a Maio, a licenciatura em Engenharia Mecânica, no âmbito da cadeira de projectos de instalações, organizou um conjunto de palestras que trouxe à FEUP personalidades académicas de relevo em matérias de Energia e Ambiente.
Com início a 21 de Fevereiro, as Palestras em Energia e Ambiente, organizadas pela disciplina de Projecto de Instalações da licenciatura em Engenharia Mecânica abordaram um leque variado de temas subjacentes a estas temáticas, seleccionados por especialistas nacionais e internacionais. A eleição destas duas áreas como tema central a explorar, deveu-se ao facto de se cruzarem em várias perspectivas e, ao mesmo tempo, de estarem muito em voga na actualidade. A abertura do ciclo esteve a cargo de Eduardo Oliveira Fernandes, professor catedrático em Mecânica na FEUP, que introduziu conceitos essenciais de Energia e Ambiente, sustendo-se nas políticas energéticas e no papel das tecnologias. O professor, também organizador do evento, mencionou ainda tendências para o futuro que, segundo ele, passam por uma gestão da procura e uma liderança ambiental adequada. Acrescentou ainda que, para atingir estes objectivos, há que diversificar as fontes convencionais mais limpas e reconsiderar o nuclear, nomeadamente, a fusão. Do rol de oradores intervenientes nas 9 palestras que se seguiram, contaramse profissionais e investigadores das áreas de Energia e Ambiente, entre os quais Paulo Ferrão, professor do Instituto Superior Técnico; Júlia Seixas, especialista
nas áreas das tecnologias de informação geográfica; António Sá da Costa, Presidente da APREN - Associação Portuguesa de Produtores Independentes de Energia Eléctrica de Fontes Renováveis; Manuel Collares Pereira, investigador coordenador do INETI; Pedro da Mata, médico imunoalergologista do Hospital Inglês; Ricardo Sá, da Edifícios Saudáveis Consultores; João Peças Lopes, professor associado da FEUP com agregação em electrotecnia; Luísa Schmidt, sociológa; e Cosimo Buffone, membro da Thermacore, Ltd. Os temas explorados versaram sobre a sustentabilidade industrial, aspectos sociais inerentes à Energia e ao Ambiente, passando pela problemática das emissões de CO2, um grave problema da sociedade do século XXI. Traçouse um enquadramento nacional das energias renováveis, mais propriamente uma análise à actual usabilidade da energia eólica e às condições favoráveis de implementação da energia solar em Portugal. Durante as palestras foram ainda dadas a conhecer as consequências para a saúde de uma má gestão das políticas energéticas e ambientais, assim como as necessidades de introduzir novos conceitos e arquitecturas de gestão na investigação e desenvolvimento dos sistemas eléctricos.
“Professor Papel e Professor Bit” Debate abordou livro tradicional vs livro electrónico “Professor Papel e Professor Bit” foi o tema escolhido para um debate sui generis, realizado na Biblioteca da FEUP no passado dia 10 de Maio. Baseado num modelo do tipo “prós e contras”, esta reflexão pretendeu contrapor o livro tradicional ao livro electrónico.
Manuel Matos e Artur Pimenta Alves do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores (DEEC) foram os oradores convidados a personificar o Professor Papel e o Professor Bit, respectivamente, num debate inserido no ciclo “Conversas na Biblioteca” realizado a 10 de Maio na Biblioteca. Enveredando por um modelo muito original, o Professor Papel e o Professor Bit captaram a atenção da comunidade FEUP, que ouviu expectante as argumentações defendidas por ambas as facções representadas. Numa altura em que as Novas Tecnologias da Informação e da Comuni-
cação se enraizaram um pouco por todos os sectores da sociedade, torna-se bastante pertinente ponderar em que medida os livros tradicionais continuam a ser eleitos como instrumento de estudo ou se tornaram um espólio histórico a conservar para mais tarde recordar. Uma vez que o tema em questão era do interesse comum, os que assistiram colocaram várias questões aos oradores, participando activamente. Falou-se do conceito de e-book e da necessidade de repensar as bibliotecas, adaptando-as a ambos os suportes, tradicionais e electrónicos. Foi abordado o controlo por parte das editoras sobre o livro tradicional e considerou-se o porquê da inexistência de uma biblioteca exclusivamente electrónica. Após hora e meia, concluiu-se desta discussão em moldes dinâmicos que, apesar da exponencial multiplicação do livro electrónico registada nos últimos anos, o livro tradicional é dotado de características insubstituíveis. Este debate decorreu no seguimento do Dia Mundial do Livro, uma data que a FEUP não quis deixar de assinalar. De salientar ainda o avanço levado a cabo pela FEUP em matéria de edição em suportes digitais, sobejamente conhecido pelos mais de 20 mil e-books que disponibiliza aos seus utentes por catálogo. No que respeita aos novos livros digitais, a FEUP “dá cartas”.
DEMEGI envolvido em projecto da NASA Investigador da agência espacial deu a conhecer novas metas a alcançar No passado dia 7 de Junho, o DEMEGI organizou uma iniciativa que pretendeu dar a conhecer os mais recentes desenvolvimentos sobre a exploração do espaço pela NASA. Este seminário contou com a presença do Dr. Carlos G. Dávila, NASA Langley Research Center, VA, USA, e surgiu no âmbito de um projecto de investigação que envolve a Nasa e o DEMEGI “Modelos de Dano Contínuo para o Dimensionamento de Estruturas em Materiais Compósitos Avançados”. No seguimento de um projecto de investigação a decorrer na FEUP, que envolve a NASA e o DEMEGI - Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial, realizou-se a 7 de Junho o seminário intitulado “From NACA to a new vision for space exploration at NASA”. Para abordar o tema, esteve presente Carlos Dávila, investigador da NASA, que centra os seus estudos no desenvolvimento de métodos para a previsão de danos espaciais e sua propagação, força residual e estruturas compostas dos mesmos.
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A exploração do espaço definiu recentemente uma nova política para os EUA. Como suporte a esta política, a NASA tem direccionado a sua acção na implementação de programas de robótica que investiguem o Sistema Solar. A NASA pretende estender a presença humana no Sistema Solar, com um regresso à lua em 2020. Este objectivo da NASA surge como preparação para a futura exploração humana do planeta Marte, e de outros destinos que estão na mira da agência espacial. Uma meta idealizada que exige um novo espírito de descoberta por parte dos membros da NASA. Este projecto, com o título de “Modelos de Dano contínuo para o Dimensionamento de Estruturas em Materiais Compósitos Avançados” foi partilhado pelo DEMEGI e pela NASA, e coordenado pelo Professor Pedro Camanho do mesmo departamento. Contou ainda com a participação dos docentes Paulo Tavares de Castro e António Torres Marques do mesmo departamento da FEUP.
Comissariado Cultural - Cultura à Velocidade da Luz A existir desde finais de 2002, no intuito de “trazer a cultura à FEUP e levar a FEUP à cultura” o Comissariado Cultural da FEUP tem, desde então, realizado um programa de actividades muito diversificado. Uma aposta multilateral de temáticas tem sido o modelo adoptado.
Palestras, workshops regulares, eventos em palco e espectáculos variados são algumas das provas das capacidades artísticas da comunidade FEUP, levadas a público pelo Comissariado Cultural. Ciclo de Luz No âmbito do Ano Mundial da Física, e com a finalidade de promover a cultura a partir dos próprios conteúdos da FEUP, neste caso da área da Física, o Comissariado Cultural da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto promoveu até ao passado dia 13 de Junho de 2005, um ciclo de luz. A iniciativa teve início no passado dia 14 de Abril com um concerto pelo quarteto de jazz de Laurent Filipe, intitulado “A Luz” (título do seu último CD). Com uma carreira de mais de 25 anos recheada de trabalhos e colaborações com grandes músicos, o trompetista tocou no Auditório e abriu o mote a mais uma iniciativa cultural bem sucedida. Paralelamente esteve patente na Biblioteca da FEUP, até 13 de Junho, uma exposição fotográfica homóloga da autoria de Manuela Matos Monteiro e João Lafuente. Autora das publicações “Carnaval em Veneza” e “Douro” a dupla de fotógrafos, vencedora de vários prémios, apresentou na FEUP trabalhos de grande formato que cruzam o plano artístico e quatro experiências sobre as teorias físicas da luz. Aprender a prática do BonsaI Dando continuidade ao seu programa de actividades agendadas para 2005, o Comissariado Cultural da FEUP promoveu nos dias 28 e 29 de Abril, um curso de iniciação ao bonsai, orientado por Paulo Herbert.
Englobando princípios estéticos e hortícolas, com o propósito de desenvolver a criatividade, a capacidade de observação e o respeito pela natureza, a actividade foi aberta ao público em geral fazendo valer os seus efeitos unificadores e integrantes na sociedade. Revelando-se uma actividade simples baseada em princípios básicos, contrariando a ideia generalizada de exigência em termos de conhecimentos, a prática do Bonsai fez sucesso junto da comunidade FEUP. Workshop sobre Arte Contemporânea De 18 a 20 de Maio a FEUP recebeu mais uma iniciativa com assinatura do Comissariado Cultural. O workshop “Isto é Arte?” sobre Arte Contemporânea, a cargo da historiadora de arte Magda Henriques com vasta experiência em programas pedagógicos sobre arte contemporânea, estimulou a reflexão sobre diferentes práticas artísticas, como pintura, escultura, instalação, performance, música, cinema e vídeo. O curso dirigiu-se ao público em geral e pretendeu motivar à não passividade, estimulando o prazer o gosto pela arte e permitindo outras formas de olhar e de pensar. Sinos tocam na FEUP A biblioteca da FEUP abriu ao público, a 21 de Junho, a exposição “Sinos: a partir da fundição”. Esta mostra, que inclui exemplares originais e emblemáticos de sinos portugueses como a “Cabra” de Coimbra, pretende revelar histórias e técnicas da arte do fabrico de sinos: a permanência na torre sineira, a visita à fundição e os toques que assinalam os vários momentos do dia.
Mostra da UP 2005 “Informação, experimentação e descoberta” De 21 a 24 de Abril, o Pavilhão Rosa Mota abriu as suas portas a estudantes do ensino secundário e cidadãos em geral, para mostrar o que se faz na Universidade do Porto. A presença da FEUP marcou presença com projectos inovadores, peças do FEUPmuseu e experiências dinâmicas que puderam ser testadas pelos visitantes. Pelo terceiro ano consecutivo, a Universidade do Porto desafiou estudantes do ensino secundário em particular, e cidadãos em geral, a conhecer a realidade científica, social e pedagógica que a qualifica. De 21 a 24 de Abril, o Pavilhão Rosa Mota acolheu a Mostra da Ciência, Ensino e Inovação da UP, num espaço informal que privilegiou a interacção entre o meio académico e os jovens estudantes que todos os anos ingressam no ensino superior.
Robótica, energias renováveis, soluções construtivas inovadoras e novos materiais foram alguns exemplos do que se faz na FEUP, representando uma pequena amostra dos projectos existentes. Do vasto espólio de peças do museu da FEUP estiveram em exibi-
ção os modelos didácticos de Franz Releaux, enquanto que o Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (DEMM) estimulou à descoberta de vários materiais obtidos por fundição e biomateriais. Esta foi uma actividade que captou eficazmente a atenção dos mais novos, entusiasmados com o facto de poderem comprovar, com as suas próprias mãos, as diferentes densidades de materiais com os quais lidam diariamente.
Desde jovens a pais, passando por aqueles que ali vinham em jeito de passeio, todos se aproximaram do corredor de mesas dedicado às engenharias e seus domínios, aproveitando para pegar em alguns dos diversos panfletos e brochuras informativas lá disponíveis. Os visitantes puderam ainda assistir ao ciclo de conferências ”Palavras na Mostra”. A FEUP foi representada pelo Prof. António Perez Babo (Engenharia Civil), na sessão “Desafios da cidade sustentável”. Assumindo o lugar de maior faculdade da Universidade do Porto, a FEUP é responsável por 22 por cento da investigação científica desenvolvida na UP, com mais de 100 projectos activos.
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2005 Ano Internacional da Física
Actividades sobre Física na FEUP
No âmbito do “Ano Internacional da Física” o Departamento de Física da FEUP promove até Novembro de 2005 um conjunto de actividades que visam abranger várias áreas da física, bem como destacar as suas aplicações. Segundo Carlos Pintassilgo, engenheiro do Departamento de Física da FEUP e um dos organizadores da iniciativa, o que se pretende é “mostrar que os efeitos da Física estão em todo o lado e que neste âmbito a Engenharia tem um grande papel”.
2005 foi proclamado pela ONU, na sequência de uma proposta conjunta de Portugal, Brasil e França, o “Ano Internacional da Física”. Com o objectivo de promover a Física a nível mundial, aumentar o apreço público por esta ciência, reforçar o papel dos físicos na sociedade, melhorar o ensino da disciplina e cativar os jovens para o seu estudo aos mais variados níveis celebra-se, um pouco por todo o mundo, o centenário das descobertas científicas de Albert Einstein, que constituem a base da Física Moderna. Neste contexto, o Departamento de Física da FEUP não podia alhear-se da efeméride e abre as portas do universo da física ao público em geral, dando a conhecer as suas actividades de ensino e pesquisa através de um ciclo de palestras que visa abranger várias áreas da física, bem como destacar as suas aplicações.
Serão cerca de oito palestras, subordinadas a vários temas com interesse actual, como a fusão nuclear, nanotecnologias, a física do cérebro, o controlo quântico, a física dos instrumentos musicais, as aplicações dos plasmas no ambiente e as ondas na Terra, que serão abordados e discutidos até finais de Novembro de 2005. Do painel de oradores fazem parte personalidades de reconhecido mérito, originárias de diversas faculdades e institutos de investigação nacionais, como a Universidade de Coimbra, o Instituto Tecnológico e Nuclear e a Faculdade de Ciências de Lisboa. Paralelamente, realizaram-se uma série de visitas ao laboratório, dirigidas a alunos do secundário e capazes de motivá-los e instruí-los sobre a Física. Foram 150 os alunos que participaram das sessões laboratoriais – subordinadas ao tema “Ondas no Laboratório” – e tiveram a oportunidade de assistir, entre outras, a demonstrações de experiências sobre interferência e difracção de ondas, comportamento ondulatório da luz e funcionamento de um laser. Carlos Pintassilgo, engenheiro do Departamento de Física da FEUP e um dos organizadores da iniciativa, explicou o objectivo destas visitas e revelou os benefícios do verbo ver. “O que se pretende ao levar os alunos a um laboratório é ver para aprender melhor. É um pouco como a conhecida frase «Uma imagem vale por mil palavras». Ao ter contacto com experiências, os alunos visualizam os fenómenos físicos, colocam mais facilmente as questões e várias vezes respondem a essas questões apenas pelo «manuseamento» dessas experiências”, garantiu. Com estas actividades, pretende o Departamento de Física da FEUP aumentar a cultura científica e o apreço pela Física da comunidade académica e permitir que estudantes do ensino secundário tomem contacto com a realidade de uma ciência que é, antes de mais, experimental.
17ª edição da CAISE teve lugar na FEUP Conferência juntou 400 investigadores oriundos de todo o mundo A FEUP foi a instituição eleita no ano de 2005 para acolher a 17ª edição da CAISE - Conference on Advanced Information Systems Enginnering. De 13 a 17 de Junho, a CAISE recebeu cerca de 400 investigadores, utilizadores e praticantes da Engenharia de Sistemas Informáticos, vindos de reconhecidas entidades nacionais e internacionais da área. Em parceria com Departamento de Sistemas Informáticos e de Computação, da Universitat Politècnica de València (DSIC.UPV), a FEUP foi também organizadora do evento. Ocupando um lugar de referência de entre o rol variado de conferências internacionais, a CAISE - Conference on Advanced Information Systems Engineering realizou-se este ano entre os dias 13 e 17 de Junho na FEUP. Na sua 17ª edição, a CAISE revelou os mais recentes desenvolvimentos na investigação em Engenharia de Sistemas e Informática. Sob a égide da FEUP e do DSICUPV – Departamento de Sistemas Informáticos e de Computação da Universidade Politécnica de Valencia, a edição 2005 reuniu cerca de 400 investigadores, utilizadores e praticantes no campo da Engenharia de Sistemas Informáticos, oriundos de todo o mundo. De entre estes, alguns apresentaram os estudos que desenvolvem na área e perspectivas futuras do sector, resultando numa interessante troca de resultados.
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Este ano a conferência abordou, mais especificamente, a interacção entre os sistemas e os cidadãos. Reconhecendo a revolução que a Internet trouxe ao quotidiano de pessoas individuais e organizações, considerou-se relevante dar um feedback às expectativas demonstradas pelos diversos segmentos que usufruem do meio. Estas expectativas prendem-se sobretudo com a possibilidade futura de interagir directamente com sistemas tecnológicos, sem ser necessária a intervenção directa de humanos, um objectivo que está na mira dos investigadores da área. Um dos aspectos que faz da CAISE um reconhecido evento na área é o facto de explorar um vasto leque de temas, aliando um formato dinâmico que adopta desde a sua primeira edição. O programa contempla apresentações, workshops, sessões de painel interactivo que permitem, durante cinco dias, abordar sob vários prismas as problemáticas em discussão. Este ano, salientaram-se questões pertinentes e actuais como novas linguagens e protocolos, estratégias de e-government, novas arquitecturas de sistemas e interfaces a implementar no futuro. A CAISE representa um projecto que teve início no final da década de 80. É uma conferência que se realiza uma vez por ano, sempre em cidades e países diferentes, com o objectivo de criar um fórum de discussão, apresentação e partilha de experiências na área da investigação de “Information Systems Engineering”. A iniciativa contou com o apoio da ERCIM (European Research Consortium for Informatics and Mathematics), da FEUP, da Universidade do Porto, do DSIC.UPV e da Mercatura.
Mestrado em Engenharia de Minas discute Indústria Petrolífera Disciplina de Projecto recebe especialistas em Petróleo A convite do Prof. António Fiúza, docente da disciplina de Projecto do Mestrado em Engenharia do Ambiente, a FEUP recebeu alguns consagrados especialistas na área da Indústria petrolífera.
“Estima-se que as reservas de petróleo durem apenas até 2040” alertou no passado dia 6 de Abril o engenheiro Luís Rodrigues Costa, da Direcção Geral de Geologia e Energia, impulsionador do Instituto Geológico Mineiro. No âmbito de um ciclo de palestras sobre a indústria petrolífera promovidas na FEUP pela disciplina de Projecto do Mestrado em Engenharia do Ambiente, o especialista em Minas alertou para a necessidade de redução do consumo de petróleo. Falando numa espécie de “síndrome de Cinderela” Luís Rodrigues Costa, citando o Financial Times, confidenciou que a Agência Internacional de Energia se prepara para alertar os países importadores de petróleo para que implementem políticas de emergência que visem a redução do consumo. “Dentro de pouco tempo assistiremos à exaustão das reservas e parece que não estamos a levar isso em consideração. Comportamo-nos como se fosse existir petróleo para sempre”, explicou. Lembrando que o consumo do gás está a aumentar, Luís Costa frisou que esta fonte de energia poderá ajudar, mas apenas até que seja encontrada uma outra solução, pois como afirmou “as suas reservas deverão durar dez a quinze anos mais que as de petróleo”. De todas as formas, o especialista sublinhou que “é importante trazer este assunto para a sociedade, porque é necessária uma mudança de atitude das pessoas no sentido de conter e racionalizar o consumo, sem que isso signifique sacrificar a qualidade de vida”.
Especialista do IST caracteriza Reservatórios Petrolíferos A 20 de Abril a FEUP recebeu a segunda conferência sobre a Indústria Petrolífera. O especialista convidado foi o professor Amílcar Soares, do Instituto Superior Técnico que debateu o tema: Caracterização de Reservatórios Petrolíferos: da informação sísmica aos dados de produção. Durante a sua intervenção o professor salientou a importância da temática considerando-a “uma área fundamental de charneira entre o primeiro conhecimento do recurso, dado pela geologia e geofísica, e a engenharia de reservatórios”. Como explicou, “É na caracterização de reservatórios que são construídos os modelos numéricos, das características petrofísicas internas da forma e da dispersão das litofacies, que nos permitem planear a produção”. Abordando numa primeira fase os modelos interpoladores geoestatísticos pertencentes a uma família de estimadores de krigagem, aplicados a fenómenos não estacionários e a situações de co-estimação, o especialista alertou para o facto de “nos petróleos os modelos de estimação terem uma aplicação limitada a fenómenos físicos com acentuada homogeneidade de dispersão espacial: topo e base das grandes camadas geológicas, limites do contacto óleo/água”, abordando ainda os modelos de simulação estocástica. A fechar a discussão Amílcar Soares debateu um dos desafios mais importantes que se colocam na área da modelização de reservatórios petrolíferos: a integração de toda a informação disponível, desde a sísmica aos dados de produção, num modelo numérico único e coerente do reservatório. O fascínio do Petróleo “65 por cento do óleo descoberto até hoje permanece nos poços por incapacidade humana e técnica de extracção”, afirmou António Costa e Silva, administrador da Partex Oil and Gás e docente do Instituto Superior Técnico, durante a terceira palestra sobre Indústria Petrolífera na FEUP. Salientando o estado de crise que vive actualmente a indústria do petróleo o professor discutiu as reservas mundiais de petróleo e gás, a sua produção e os desafios actuais e futuros. Apontando o balanço desequilibrado entre a oferta e a procura e a incapacidade da OPEP em responder à procura mundial e controlar os preços como principais factores deste estado crítico, no entanto o especialista garante que “a indústria petrolífera é uma área de grande fascínio e de alta intensidade tecnológica”. António Costa e Silva finalizou a sua intervenção alertando para alguns cuidados quer a nível da segurança no trabalho, recordando que os incêndios em petrolíferas demoram cerca de uma semana a extinguir, quer no que respeita ao doseamento de lamas.
II E-LEARNING WORKSHOP Aprender e ensinar em rede Dinamizar a utilização do e-Learning junto da comunidade docente e investigadora foi um dos propósitos que levou a uTICM – unidade de Tecnologias de Informação e Comunicação Multimédia a promover o II e-Learning workshop FEUP, realizado nos dias 2 e 3 de Maio. A 2ª edição do e-Learning workshop FEUP, decorrida nos dias 2 e 3 de Maio, surgiu com o intuito de explorar as potencialidades desta nova forma de ensinar e aprender que é o e-Learning. Este foi o propósito que levou a uTICM – unidade de Tecnologias de Informação e Comunicação Multimédia a promover este workshop de carácter prático. Durante dois dias, a Faculdade de Engenharia deu a conhecer as plataformas existentes nas suas instalações, bem como as mais-valias de uma área exponencialmente inovadora e de grande utilidade. Os participantes puderam tomar contacto com os sistemas e aperceberem-se dos benefícios advindos da implementação do e-Learning, sobretudo no que respeita a Métodos de Aprendizagem. A iniciativa reuniu 70 professores de todo o país em torno de uma tema que tem vindo a somar cada vez mais adeptos. Apesar de ter exigido algumas mudanças organizacionais, o contributo legado pelas novas tecnologias da comunicação nas comunidades académicas é notório, representando actualmente um importante elo de interacção entre os circuitos estudantis. Promovido pela equipa de eLearning da FEUP, este workshop contou com a presença de convidados
do Instituto de Recursos e Iniciativas Comuns da Universidade do Porto (IRICUP), da Universidade do Minho e da Universidade de Aveiro, que apresentaram as boas práticas seguidas pelas entidades que representaram. Segundo a equipa de e-Learning da FEUP, conduzida por Sofia Torrão, o balanço final desta experiência de apreensão de conhecimentos “pela rede” foi bastante positivo. As conclusões não podiam ser mais esclarecedoras: “todos os objectivos foram alcançados e houve um interesse geral sobre os assunto abordados”. Por fim, a equipa garantiu prestar um acompanhamento aos que se aventuraram a conhecer melhor o e-Learning neste workshop, através de cursos on-line de apoio. Desta forma, vão poder a qualquer hora e em qualquer local aceder aos conteúdos que criaram, intervir nos fóruns de discus-são sobre e-Learning e es-clarecer eventuais dúvidas venham a ter sobre esta inovadora área de intervenção. Mais informações: http://elearning.fe.up.pt/
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Conferência sobre linhas férreas de alta velocidade Especialista internacional revelou artifícios dos túneis Implementar linhas ferroviárias de alta velocidade em Portugal é uma realidade que investigadores da área e empresas que operam o sector ambicionam pôr em prática. Josef Daller, especialista em túneis de alta velocidade, trouxe à FEUP no dia 13 de Maio os mais recentes desenvolvimentos na área. Foi neste sentido que o Instituto da Construção trouxe até à FEUP Josef Daller, especialista em túneis de alta velocidade, para dar conta ao meio académico dos sólidos conhecimentos que dispõe nesta área. A conferência teve lugar no passado dia 13 de Maio no auditório, onde profissionais, alunos e outros participantes se mostraram particularmente interessados nos domínios da aerodinâmica, segurança e gestão apresentados pelo especialista austríaco. Independentemente de leccionarem ou estudarem na área, considerou-se que o tema abordado iria despertar a atenção de muitos que estão sensíveis ao crescimento económico e social do nosso país. Josef Daller descreveu algumas técnicas sui generis a ter em conta na projecção dos túneis, para que não se repitam erros já cometidos noutros países aquando da projecção e implementação destes trajectos de alta velocidade. Além disso, tocou pontos de particular enfoque como a resistência dos túneis em caso de incêndio, fez variadas abordagens ao impacto ambiental das linhas de alta velocidade e apresentou custos, sua variabilidade e optimização. Alertou ainda para a aerodinâmica a ter em conta no planeamento e estruturação de túneis de alta velocidade. No dia anterior à conferência direccionada à comunidade FEUP, Josef Daller tinha proferido uma outra intitulada “Critical Issues of High Speed Rail Tunnels”, destinada a consultores da RAVE, empresa que assinou em Junho de 2004 um protocolo com a FEUP. No seguimento desta interacção, ficou a cargo da FEUP a consulta de especialistas internacionais,
com vista à partilha de conhecimentos e identificação de aspectos a ponderar no delineamento de projectos na área dos transportes. Outro dos pressupostos deste protocolo entre a FEUP e a RAVE, que possui competência nas áreas de engenharia para a construção de redes férreas de alta velocidade, assenta na transferência de conhecimentos científicos e técnicos, na capacidade de condução de investigação científica e desenvolvimento tecnológico de que a FEUP é possuidora. Até hoje, em Portugal, os esforços reunidos no sentido da construção de um empreendimento ferroviário de alta velocidade ficam-se por projecções e estratégias a seguir. Esta é uma aspiração há muito revelada pelos portugueses em geral, uma vez que vai permitir não só estreitar distâncias entre Portugal e a Europa, mas também contribuir para um melhor posicionamento tecnológico e económico do nosso país além fronteiras.
Curso de Mestrado em Estruturas de Engenharia Civil promove palestras técnicas Materiais de Construção discutidos na FEUP O Curso de Mestrado em Estruturas de Engenharia Civil promoveu na tarde do passado dia 11 de Maio uma sessão de palestras técnicas na área dos materiais de construção. Destinada a alunos dos cursos de licenciatura e de mestrado em Engenharia Civil, as sessões foram também alargadas a Gabinetes de Projecto e empresas de Construção Civil no sentido da actualização de conhecimentos e divulgação dos seus problemas nestas matérias.
“Integrar os alunos do curso de Licenciatura em Engenharia Civil e do curso de Mestrado em Estruturas de Engenharia Civil nos problemas e metodologias actuais da Construção Civil” foram os objectivos que pelo terceiro ano consecutivo estimularam a realização de uma sessão de palestras técnicas na FEUP.
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Realizadas durante a tarde do dia 11 de Maio, as sessões foram ainda alargadas a Gabinetes de Projecto e empresas de Construção Civil no sentido da actualização de conhecimentos e divulgação dos seus problemas nestas matérias. Na primeira palestra estiveram em discussão os “Aços de Ductilidade Especial e Redes Electrossoldadas para Armaduras de Betão” e foram apresentadas por três especialistas (Engº Carlos Ruas – Codimental; Engº Fernando Lourenço – SN/Maia; e, Engº João Serrão – Codimetal) as tipologias de redes electrossoldadas fabricadas, as vantagens e o controlo de fabricação e alguns pormenores construtivos que facilitam o controlo da correcta aplicação deste material. O “Reforço de Pilares com Sistemas de FRP” foi o tema central da segunda e última sessão, que destacou as características mais relevantes do reforço de pilares com compósitos de FRP: caracterização mecânica do material, durabilidade em ambientes agressivos, comportamento à compreensão e à flexão composta dos pilares sujeitos a acções cíclzcas e alternadas. Durante esta sessão foram ainda apresentados alguns modelos propostos pelo orador convidado, Carlos Chastre Rodrigues, Professor Auxiliar do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, para simular o comportamento das colunas e dos pilares reforçados com compósitos de FRP.
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{ breves } Grupo ENGENHARTE «Buraco Negro» estreia com sucesso na FEUP
AEFEUP com «cara» na Internet NOVO SITE DA AEFEUP JÁ DISPONÍVEL
“Dois amantes. Um homem, uma mulher. Nada mais que isso. O lugar comum de se ter uma vida. O cliché de se viver um relacionamento; de se estar casado, ou viver com alguém, ou ter um amante, ou não ter ninguém… haverá hipótese original?”, é esta a sinopse da peça «Buraco Negro», que subiu ao palco do auditório da FEUP nos passados dias 9, 10 e 11 de Maio. Três dias de actuação… mais de 900 pessoas a aplaudir… Uma iniciativa do Engenharte – Grupo de Teatro da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Com texto de Gerardjan Rijnders, autor de variadas obras de onde se destacam «Belo?» e «Câncer», e encenação de António Júlio, que participou como actor em diversas peças, sendo as mais recentes: «Mão na boca», exibida o auditório da Fundação de Serralves e «Woyzeck», levada a cena no Teatro Nacional de S. João durante o mês de Março deste ano, o espectáculo «Buraco Negro» revelou-se uma aposta ganha. Ainda no rescaldo desta iniciativa bem sucedida, o Engenharte não esconde a vontade de fazer teatro noutros palcos da cidade Invicta.
A Associação de Estudantes da FEUP disponibiliza em http://gnomo.fe.up. pt/~aefeup/ uma WEB page que visa dar a conhecer as actividades culturais, desportivas e recreativas que dinamiza. Aqui são disponibilizados dados sobre o funcionamento de cada actividade, horários e datas da sua realização bem como comentários e resultados de algumas actividades. Neste espaço pode ainda ficar a conhecer os membros dos três órgãos eleitos: da Mesa da Assembleia Geral, da Direcção e do Conselho Fiscal. Passados 20 anos desde a sua fundação em Março de 1984, a AEFEUP assume cada vez mais um papel de extraordinária importância na vida do estudante sempre orientada por uma dinâmica de movimentos e um forte espírito de união.
FEUP realiza caminhada a Compostela Cor FEUP em Espanha
Início de carreira na Engenharia discutido em todo o país FEUP recebe conferência/debate Por fé ou por convívio são milhares os peregrinos a calcorrear os míticos trilhos dos “Caminhos de Santiago”. Fazer “O Caminho” é uma manifestação religiosa com muitos séculos de vida. No entanto, a abordagem cultural e paisagística (quiçá gastronómica) à vizinha região Galega é motivo suficiente para o esforço de vencer os longos quilómetros. É este o espírito da “Caminhada FEUP a Compostela” que teve início no passado dia 16 de Abril e está programada até Outubro de 2005. Sapatos confortáveis, roupas claras, chapéu de abas largas, impermeável e guarda-chuva, água, protectores solares e, claro, boa disposição… são algumas das recomendações que a organização da “Caminhada FEUP a Compostela” fez aos 36 inscritos, e 87 participantes. A caminhada teve como ponto de partida a Sé Catedral, e possui algumas variantes cada uma delas com um total de cerca de 240 Km. A proposta é uma caminhada, iniciada em Tui, mas que se realize em etapas mais curtas e espaçadas no tempo: apenas um sábado por mês! O objectivo é conseguir completar a viagem em seis etapas, de Abril a Outubro, com interregno em Agosto, e levar as cores da FEUP a terras Galegas. No final do percurso será atribuído pela Oficina do Peregrino, em Santiago de Compostela, uma espécie de diploma, escrito em Latim, aos participantes que percorreram o mínimo de 100 Km a pé ou de 200 Km em bicicleta. Cada etapa da “Caminhada FEUP a Compostela” tem início e fim em localidades Galegas, ficando a cargo dos próprios participantes o transporte de ida e de regresso ao Porto. Em todas as etapas há um momento alto de convívio em forma de piquenique que ocorre no meio ou no fim da mesma. É este o espírito da “Caminhada FEUP a Compostela”.
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No passado dia 11 de Maio foi a vez da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto abrir as portas à conferência/debate “Oportunidades, Constrangimentos e Responsabilidades dos Futuros e Jovens Engenheiros”, uma organização da Ordem dos Engenheiros – Região Norte, que se vem repetindo nas escolas mais importantes de engenharia do país. O evento organizado pelos Colégios de Engenharia Civil, Electrotécnica e Mecânica da Ordem dos Engenheiros, contou com a presença do Prof. Álvaro Cunha em representação da Direcção da FEUP e teve como oradores principais o Bastonário da Ordem dos Engenheiros, Engº Fernando Santo e o Presidente do IMOPPI, Engº Ponce de Leão. Dos temas apresentados à discussão foram objecto de especial destaque a evolução da formação e o exercício da Engenharia em Portugal, dando particular ênfase ao sector da construção. Durante a explanação das temáticas foi sublihada a necessidade duma postura ética, responsável, exigente e competente por parte dos Engenheiros, como forma de conseguir o respeito e a notoriedade que a actividade merece. Os participantes, maioritariamente alunos de várias licenciaturas e jovens Engenheiros, tiveram oportunidade de colocar as suas dúvidas e debater pontos de vista. No debate participaram também o Presidente do Conselho Directivo da Região Norte da Ordem dos Engenheiros, Engº Gerardo Menezes e os Coordenadores dos Colégios referidos, Engºs Hipólito de Sousa, A. Machado e Moura e Ribeiro Pinto.
Durante um ciclo de seminários AGE-I-FEUP avaliou responsabilidades ambientais das empresas “Environmental Policies: A Challenge for the Future” foi o tema escolhido pela Age-i-FEUP para desenvolver um ciclo de seminários, realizado entre os dias 10 e 12 de Maio. As apresentações, repartidas pela sala de actos do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores (DEEC) e o Museu Nacional Soares dos Reis, versaram sobre a consciencialização que as empresas devem ter, de forma a enveredarem por um desenvolvimento e crescimento sustentados, do ponto de vista ambiental.
III JORNADAS DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO FEUP recebe jornadas sobre desafios digitais O Auditório da FEUP recebeu no passado dia 18 de Maio os alunos da Licenciatura em Ciências da Informação da FLUP que pelo terceiro ano consecutivo realizaram as III Jornadas de Ciência da Informação. Com o apoio do DCTP da FLUP e do DEEC da FEUP a iniciativa deste ano, numa linha evolutiva, apresentou como tema central a Informação, Conhecimento e Inovação: o desafio digital. Através da intervenção de inúmeras individualidades relevantes da área o evento visou proporcionar uma percepção exacta sobre a aplicação da Ciência da Informação na sociedade. A funcionar no âmbito de uma parceria entre a FEUP e a FLUP, esta licenciatura pretende garantir uma formação adequada à nova realidade da Sociedade de Informação em que os profissionais dos arquivos e das bibliotecas, os administradores de dados e, em geral, os gestores de informação nas organizações desenvolvem a sua actividade.
“Poesia e Sexualidade” na biblioteca da FEUP Livro de Poesia lançado oficialmente a 21 de Maio A Biblioteca da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto foi o palco eleito para o lançamento do livro de poesia “No Pino do Verão”, da autoria de Paulo Bateira, colaborador de índole literária em publicações de vocação ambiental e organizador da Antologia Arca de Flores e da Revista Arca de Letras. Com ilustrações do escultor José Rodrigues e um posfácio sobre o erotismo, de Anselmo Borges (professor de antropologia Cultural), a obra será editada pela Cosmorama. Do evento de apresentação fizeram parte a leitura de alguns poemas de amor de “No Pino do Verão”, ao som da harpa de Eduardo Dias Martins, bem como uma conversa a duas vozes sobre a sexualidade e o desejo, por Jaime Milheiro (psicanalista) e Jorge Cunha (professor de Teologia Moral). A moderação esteve a cargo de Anselmo Borges.
Ciclo de Conferências NET na FEUP Cria o teu próprio emprego! A NET – BIC do Porto em colaboração com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto promoveu, no passado dia 6 de Abril, uma conferência integrada no Ciclo de Conferências NET. Subordinada ao tema Empreendedorismo e a Criação de Empresas Inovadoras a conferência pretendeu sensibilizar, toda a população ligada à vida académica, no sentido da dinamização do empreendedorismo através da promoção do próprio emprego, pela criação de uma empresa.
A abordagem do tema foi explorada através da discussão de políticas ambientais adoptadas em várias empresas, procurando provar de que forma as estratégias implementadas influenciam as decisões estratégicas das organizações. Do leque de oradores fizeram parte personalidades ligadas à FEUP: Eduardo Oliveira Fernandes (DEMEGI), Mota Torres (INEGI) e Vasco Silva (DEQ), bem como quadros de diversas empresas. O evento promovido pelo núcleo estudantil da FEUP Age-i-Feup, realizou-se sobre a égide da ESTIEM – European Students of Industrial Engineering and Management, associação europeia que abrange cerca de 40.000 alunos distribuídos por 66 grupos locais de 25 países.
Estudantes da FEUP em altos voos Núcleo de Aeronáutica, Aeroespacial e Modelismo apresentou-se oficialmente
Arrojados e dinâmicos são atributos que seguramente qualificam os membros do mais recente núcleo estudantil da FEUP. Com apenas três meses de existência, o Núcleo de Aeronáutica, Aeroespacial e Modelismo da FEUP (NAAM) saiu do anonimato no passado dia 30 de Março, altura em que fez a sua primeira sessão pública e focou o objectivo central que move esta associação estudantil: impulsionar o gosto pela investigação científica no ramo de engenharia. Durante esta conferência que deu a conhecer o Núcleo, foi traçado o modelo de trabalho seguido pelo NAAM, que assenta precisamente na fusão de equipas, distribuídas pelos projectos que o NAAM “tem em mãos”: Air Cargo Challenge (BRUTUS e FLYBYFEUP), STRU, CubeSat – UPS (Universidade do Porto Satélite), SSETI (Concepção de Satélites) são alguns exemplos. Este último, apadrinhado pela ESA – Agência Espacial Europeia, tem como intuito principal o desenvolvimento de capacidades na concepção de equipamento espacial por parte de estudantes universitários. Os projectos do NAAM funcionam como actividades extra-curriculares realizados por estes alunos, que com o surgimento do NAAM sentem maior organização e apoio para os seus objectivos. A interacção das equipas que constituem o núcleo, movidas “pela partilha recíproca de conhecimentos e infra-estruturas”, é o resultado de um esforço conjunto para o desenvolvimento de projectos de excelência, capazes de prestigiar a Universidade do Porto além fronteiras.
A realização desta conferência tentou fazer sentir que, apesar dos riscos existentes, a criação de empresas constitui um estimulante desafio para os mais empreendedores, demonstrando-lhes a importância do acompanhamento e apoio dado pela NET-BIC do Porto, desde a estruturação e concretização da ideia até uma empresa inovadora e de sucesso. De salientar que durante a conferência foi apresentado o Concurso de Ideias para a Criação de Empresas 2005 que a NET está a promover e que visa seleccionar 10 ideias/projectos no âmbito da criação de PME’s inovadores na Região Norte e que venham a desenvolver a sua actividade nos sectores: Indústria, Serviços, Biotecnologia, Energia, Turismo, Artesanato e Comércio.
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TESTES DE MEMÓRIA SDRAM NA INFINEON Uma iniciativa com a participação da FEUP Numa iniciativa conjunta, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e a Infineon Technologies Portugal, realizaram uma sessão sobre o Teste das Memórias SDRAM, onde estiveram presentes várias escolas de engenharia. Este evento decorreu nas instalações da empresa no dia 19 de Maio 2005 e contou com a presença de cerca de 70 participantes (professores e alunos) do Instituto Superior de Engenharia do Porto, do Instituto Superior Técnico de Lisboa, da Universidade do Minho, e da Universidade do Porto. Incluída nas várias actividades realizadas ao longo dos últimos anos entre a Infineon Portugal e as escolas de engenharia, a iniciativa visou a contínua cooperação com as faculdades portuguesas.
Durante toda a amanhã, foram efectuadas várias apresentações relacionadas com o Teste de Memórias SDRAM, nomeadamente: o Teste de uma Perspectiva Financeira; o Processo de Teste e Melhorias Implementadas; o Processo de Melhoria de Yield; a Dinâmica dos Programas de Teste; e o Centro de Competência de Desenvolvimento de Programas de Teste Eléctrico de última geração (High Speed Test), reservando para a tarde a oportunidade de os participantes realizarem uma visita à linha de teste da Infineon, onde acompanhados por engenheiros, tiveram a possibilidade de verificar todo o processo existente na Infineon Technologies e esclarecer todas as dúvidas. A Infineon tem já planeado para um futuro próximo outros projectos que envolvem a cooperação com as faculdades do nosso país.
FEUP ASSINA MAIS DOIS PROTOCOLOS DE COOPERAÇÃO Mobilidade entre Portugal e Brasil A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto assinou mais dois protocolos de cooperação no âmbito da mobilidade estudantil e de docentes. Reconhecida a importância que a mobilidade representa na promoção da qualidade da formação e do ensino, os dois protocolos assinados com entidades brasileiras, o Centro Federal de Educação Tecnológica
do Paraná e a Universidade Federal de Itajubá, assumem um papel determinante na intensificação de relações académicas, científicas, culturais e sociais entre Portugal e Brasil. Assim, os acordos selados entre as instituições brasileiras e a FEUP obriga, todas as partes, à promoção do intercâmbio de docentes e investigadores visando, predominantemente em curto prazo, a troca de experiências e o fortalecimento de cursos de graduação, pós-graduação, pós-doutoramento e grupos de pesquisa. Os protocolos terão a duração de cinco anos e foram estabelecidos no âmbito da Engenharia.
NÚCLEO AMBIENTAL DA FEUP
No seguimento de um protocolo de colaboração
Apresentação oficial incluiu convívio ecológico
FEUP participa na construção de veleiro de competição
Numa altura em que a questão ambiental é cada vez mais encarada como um dever cívico que deve ser objectivo primordial de todo e qualquer cidadão, parece lógico a criação de movimentos catalizadores de protecção e valorização do património ambiental. Pretendendo colmatar a lacuna ambiental na FEUP, que se assume cada vez mais como instituição de vanguarda nos mais diversos domínios, nasce o NaFEUP – Núcleo Ambiental da Faculdade de Engenharia. Visando congregar alunos, docentes e não docentes da FEUP num esforço comum para a mudança de atitudes com reflexo directo na melhoria da qualidade ambiental, o mais recente núcleo da FEUP pretende ser o veículo de sensibilização para o trabalho ecológico e questões ambientais numa vinculação a uma atitude cívica mais preocupada com o Mundo e com os outros. Apresentado oficialmente no passado dia 1 de Junho, no relvado compreendido entre o edifício B e os Departamentos, o NaFEUP – Núcleo Ambiental da Faculdade de Engenharia – divulgou os seus objectivos e sensibilizou paras as questões ambientais contando, para isso, com a presença de diversos Núcleos Ambientais e ONG´s. Durante o evento foram difundidos projectos de investigação relacionados com o ambiente que estão a decorrer na FEUP e realizadas demonstrações práticas de aproveitamento de energias renováveis. A apresentação culminou com um convívio em forma de pic-nic ecológico que, ao som de uma bela música ambiente, ainda incluiu a oferta de alguns prémios.
Construir um protótipo inovador de um veleiro de competição e cruzeiro é o objectivo principal de um protocolo de colaboração assinado recentemente por quatro entidades colaboradoras: FEUP, APDL – Administração dos Portos de Douro e Leixões, INEGI – Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial e AEFEUP – Associação de Estudantes da FEUP. A cada um dos elementos do Consórcio VIP foram atribuídas responsabilidades. Todas as entidades contribuirão para o financiamento do projecto, sendo que a FEUP e o INEGI irão assegurar a participação de investigadores nas várias especialidades envolvidas na construção de veleiros. Esta prestação permitirá à FEUP e ao INEGI utilizar no futuro o veleiro. Por seu lado a APDL irá assegurar a manutenção do veleiro e a AEFEUP a constituição de uma equipa de estudantes que, em conjunto com docentes, investigadores e funcionários da FEUP venham a utilizar o iate em competição. Este veleiro irá ter cerca de 10 metros, e terá um custo estimado em cerca de 250.000 euros, correspondendo a um prazo de execução de aproximadamente 20 meses. Considera-se ainda a possibilidade de levar a efeito um curso de arquitectura e engenharia de veleiros de competição e cruzeiro, aproveitando o vasto leque de conhecimentos e experiências acumulados pelos investigadores e colaboradores das instituições autónomas que assinaram este protocolo.
Alumni LEIC realiza conferência sobre inovação A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) organizou no passado dia 9 de Junho, em parceria com a Alumni LEIC FEUP (associação que visa promover tudo o que, directa ou indirectamente, possa contribuir para a prosperidade dos licenciados finalistas da Licenciatura de Engenharia Informática e Computação), uma conferência denominada Technological Change and Knowledge in Mature Industries. O evento, o primeiro de muitos a realizar por antigos alunos da Licenciatura em Engenharia Informática e de Computação (LEIC), visou discutir a importância da inovação para o desenvolvimento e fortalecimento das empresas e indústrias, e dirigiu-se especialmente aos engenheiros da LEIC e às empresas portuguesas. Como oradores estiveram presentes Magnus Johansson, investigador sueco
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da Lund School of Management and Economics, e Rui Guimarães, director executivo da COTEC (Associação Empresarial para a Inovação). O investigador sueco retratou os casos que estudou na Suécia, e testemunhou como a inovação – através da aplicação da tecnologia – pode potenciar e transformar as empresas, numa tentativa de despertar a consciência dos empregadores portugueses. A realidade portuguesa foi justaposta e contraposta por Rui Guimarães, que clarificou o actual panorama nacional relativamente à aplicação da inovação nas empresas portuguesas. No final da conferência houve espaço ainda para um debate sobre a aplicação dos diversos modelos e ideias à realidade portuguesa, alargado aos painéis de discussão do qual fazem parte os oradores e representantes do INESC, GEIN, LEIC e Alumni LEIC, entre outros.
{ opinião: Paulo Sá } EINSTEIN, 1905 E A FÍSICA MODERNA “1905 foi verdadeiramente um “Annus Mirabilis” na produção científica de Einstein, já que qualquer destes artigos, por si só, poria Einstein na história da Física”
Há cem anos, no ano de 1905 portanto, um jovem físico, funcionário de uma repartição de patentes na Suíça, chamado Albert Einstein, publicou entre Março e Setembro uma série de cinco artigos que marcaram a Física e de onde emergiu uma nova forma de olhar a Natureza. No primeiro desses artigos, de 18 de Março, foi dada a interpretação do efeito fotoeléctrico e é, pode dizer-se, o artigo seminal da revolução quântica que entrava em marcha. Nele, Einstein descreve a luz – uma onda segundo Maxwell e Hertz – como sendo constituída por partículas com uma determinada energia proporcional à frequência (que é uma propriedade das ondas !), sendo a constante de proporcionalidade a constante que Planck tinha introduzido cinco anos antes para explicar o espectro de radiação térmica do corpo negro. Nos segundo e terceiro artigos, sobre a determinação das dimensões moleculares (datado de 30 de Abril e que foi a sua tese de doutoramento, publicada somente em 1906) e a difusão de origem térmica de partículas microscópicas em suspensão num líquido (o chamado movimento browniano), de 11 de Maio, Einstein estabeleceu sem mais margem para dúvidas a realidade dos átomos, dando assim o passo final para a aceitação geral da constituição atómica da matéria. Nos dois últimos artigos desse ano desenvolveu a chamada teoria da relatividade restrita. No artigo de Junho, fundiu o espaço e o tempo numa realidade quadri-dimensional, validou as transformações de Lorentz em detrimento das de Galileu (válidas estas no limite de velocidades muito pequenas em comparação com a velocidade da luz) e afirmou as equações de Maxwell (invariantes para as transformações de Lorentz, ao contrário da mecânica de Newton). No de Setembro, obteve a famosa equação (não ainda escrita desta forma) que relaciona a inércia de um corpo (a sua massa) com a energia que lhe está associada. 1905 foi verdadeiramente um “Annus Mirabilis” na produção científica de Einstein já que qualquer um destes artigos, por si só, poria Einstein na história da Física. Mas não se ficaram por aqui as suas contribuições capitais para a Física e a Ciência em geral. Vejamos resumidamente um conjunto de outros trabalhos fundamentais para o nosso conhecimento actual das leis da Natureza : - logo em 1906, utilizando o denominado “sólido de Einstein”- hoje um modelo de grande valor didáctico -, baseado na “quantificação” das vibrações da rede cristalina, foi capaz de explicar o porquê do calor específico dos sólidos tender para zero à medida que a temperatura diminui, um resultado experimental que não estava de acordo com a clássica equipartição da energia e a lei de Dulong–Petit; - para explicar a radiação térmica e obter assim a lei da radiação de Planck, Einstein introduziu os coeficientes A e B, relacionados com a emissão espontânea e a emissão induzida, criando as bases para a compreensão do funcionamento e para o aparecimento, cerca de 40 anos mais tarde, dos maser (acrónimo de Microwave Amplification by Stimulated Emission of Radiation) e dos laser (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation); - criou a teoria da relatividade geral, a moderna teoria da gravitação, relacionando a densidade de energia com a geometria do espaço-tempo (“a matéria curva o espaço-tempo e este diz-lhe como mover-se”), potenciando assim as condições teóricas para o desenvolvimento da astro-
física e da cosmologia, desde as estrelas de neutrões à expansão do Universo, passando pelas ondas gravitacionais e pelos mediáticos buracos negros. Refira-se que logo em 1919 foi verificada experimentalmente a previsão da teoria da relatividade geral sobre o encurvamento dos raios de luz ao passarem nas proximidades de um campo gravítico (o do Sol, na circunstância); - desenvolveu a estatística de Bose-Einstein, a estatística quântica de sistemas de partículas indistinguíveis, como os fotões, com momento angular intrínseco (“spin”) que é um múltiplo inteiro da constante de Planck, o que permitiu, por exemplo, perceber a origem da transição de fase observada no hélio líquido (o 4He, um bosão devido ao seu spin inteiro) a uma temperatura de cerca de 4 K e, muito mais recentemente, todos os trabalhos experimentais no novo estado da matéria que são os condensados de Bose-Einstein; - por não aceitar a interpretação ortodoxa da mecânica quântica, com as suas probabilidades, interferência, dualidade onda-partícula e o entrelaçamento quântico, criou, em conjunto com Podolski e Rosen, o paradoxo EPR, que permitiu o desenvolvimento epistemológico da física quântica e que, associado com as desigualdades de Bell, lançou todo o interesse actual nas interpretações da mecânica quântica e nas aplicações desta teoria física na criptografia quântica, no controlo quântico e na computação quântica. Foram pois diversas e profundas as contribuições dadas por Einstein à Física e, em geral, à cultura do Homem moderno. E as descobertas de Einstein e de outros cientistas como Bohr, Pauli, Dirac, Fermi, Born, Schrödinger e Heisenberg, para só citar alguns poucos da plêiada da primeira geração de físicos quânticos, permitiram que hoje em dia as tecnologias de base quântica estejam aí ao nosso lado numa quantidade de dispositivos dificilmente dispensáveis. Das aplicações na medicina, como os raios X, a ressonância magnética nuclear (RMN), a tomografia axial computorizada (TAC) e os SQUID (Superconducting Quantum Interference Devices), a outras existentes nas nossas casas, como os televisores e os computadores, repletos de dispositivos semicondutores, e os leitores de CD, não esquecendo a navegação por GPS (Global Positioning System) e os novos microscópios de efeito de túnel (STM - Scanning Tunneling Microscopy), todas são tecnologias permitidas pelos desenvolvimentos teóricos e experimentais da Física neste último século. Para as pessoas mais interessadas quer pelo ano de 1905 quer pelas contribuições posteriores de Einstein e seus desenvolvimentos, indicamos a seguir uma curta bibliografia, constituída por livros de divulgação científica com muito bom nível, dirigidos a um público iniciado na Física mas que não obrigam a conhecimentos profundos de técnicas matemáticas : - Giancarlo Ghirardi: “Sneaking a Look at God´s Cards : Unraveling the Mysteries of Quantum Mechanics”, Princeton University Press, 2005; - George Greenstein e Arthur G. Zajonc: “The Quantum Challenge: Modern Research on the Foundations of Quantum Mechanics”, Jones and Bartlett Publishers, 1997; - Gerard J. Milburn: “Schrödinger Machines: The Quantum Technology Reshaping Everyday Life”, W. H. Freeman and Company, 1997; - John S. Rigden: “Einstein 1905, the Standard of Greatness”, Harvard University Press, 2005; - Julian Schwinger: “Eintein’s Legacy”, Scientific American Library, 1986; - Daniel F. Styer: “The Strange World of Quantum Mechanics”, Cambridge University Press, 2000. (Texto da autoria do professor da FEUP Paulo Sá – Departamento de Física)
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{ investigação e desenvolvimento }
DEPARTAMENTO DE FÍSICA DA FEUP COLABORA NO PROJECTO EUROPLANET À descoberta de Titã
Na tentativa de reforçar a competitividade da Europa no universo das Ciências Planetárias, a Comunidade Europeia lançou o projecto Europlanet. A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto continua a apostar no intercâmbio de conhecimentos, ao juntar-se ao grupo de trabalho do Europlanet, que teve início em Janeiro de 2005. A chegada da sonda Huygens a Saturno, a 14 de Janeiro de 2005 representou um enorme sucesso para a ESA (Agência Espacial Europeia) e a sonda que a transportou (Cassini), continuará nos próximos quatro anos a enviar dados sobre este planeta e sobre a segunda maior lua do Sistema Solar. Titã possui uma densa camada atmosférica, pela sua constituição maioritariamente composta por Azoto, à semelhança do nosso planeta.
O projecto Europlanet consiste numa acção de coordenação das actividades no âmbito das Ciências Planetárias, tendo como principal objectivo o desenvolvimento, reforço da competitividade e divulgação desta área na Europa. O Europlanet foi aprovado pela Comunidade Europeia no âmbito do sexto programa-quadro e envolve 60 laboratórios de 17 países europeus. Fazem parte deste projecto várias Universidades e Institutos de grande prestígio como a Universidade de Oxford, o Imperial College, o Instituto Max-Planck, a Universidade de Paris-Sud Orsay, e outras. No que diz respeito a Portugal, participam a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e o Instituto Superior Técnico (IST). A participação da FEUP neste projecto de grande envergadura é representada por dois docentes do Departamento de Física (DF) da FEUP, os Professores Carlos Daniel Pintassilgo e Paulo Sá. Com início em Janeiro de 2005, o Europlanet terá uma duração de quatro anos. A sua acção vai decorrer durante um período particularmente estimulante para as Ciências Planetárias. Por um lado, a chegada da sonda Huygens a Titã, satélite de Saturno, a 14 de Janeiro de 2005, constituiu um sucesso sem precedentes para a ESA (European Space Agency) e para a Europa; por outro lado, a sonda Cassini, que transportou a sonda Huygens, continuará na órbita de Saturno durante os próximos quatro anos, enviando dados sobre este planeta e Titã. O estudo do planeta Saturno constitui uma área de investigação bastante importante nas Ciências Planetárias devido designadamente ao estudo da origem e formação dos seus anéis. Relativamente a Titã, o seu estudo tem tido um grande desenvolvimento desde os anos 80, quando a análise de dados provenientes das sondas Voyager comprovaram que tinha uma atmosfera composta
por azoto e metano. Com efeito, as sondas Cassini e Huygens poderão ajudar a responder a questões sobre a origem do metano, que é um constituinte associado com a actividade biológica no planeta Terra. Além disso estas “investidas” vão procurar identificar as principais reacções que têm lugar na atmosfera de Titã e investigar a existência de compostos orgânicos mais complexos. A participação da FEUP neste projecto europeu consistirá no apoio teórico e de simulação, a várias experiências que estão a decorrer em Universidades e Institutos europeus, no sentido de reproduzir em laboratório a atmosfera de Titã. A FEUP terá ainda um papel relevante na elaboração de códigos numéricos que permitam interpretar resultados experimentais obtidos e observações feitas. Até ao final de 2004, existiam principalmente trabalhos regulares de cooperação com três laboratórios franceses nesta área de investigação. O início deste projecto em Janeiro de 2005 veio fomentar um contacto mais significativo com laboratórios de outros países europeus. Com efeito, ainda há cerca de um mês, teve lugar em Viena de Áustria um primeiro encontro entre representantes de todas as Universidades e Institutos que participam no projecto Europlanet. Neste encontro, cada participante apresentou um resumo do trabalho de investigação do seu laboratório, permitindo por isso uma troca de conhecimento e de ideias muito importante e essencial para que a cooperação entre os membros deste projecto constitua uma mais-valia. (Texto da autoria do professor da FEUP Carlos Daniel Pintassilgo – Departamento de Física)
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{ biblioteca } Biblioteca aposta na Inovação Actualização do Website permite uma pesquisa mais simples dos recursos Com o objectivo de facilitar a pesquisa dos seus recursos, a Biblioteca da FEUP actualizou no mês de Abril o seu website. Dotado de uma nova interface de pesquisa, menos complexa e mais apelativa, o recente website permite uma consulta simples e acessível aos utilizadores menos familiarizados com o MetaLib. A grande novidade desta interface são os três conjuntos de pesquisa predefinidos, que permitem a obtenção de uma resposta integrada sem que o utente tenha de consultar diversas editoras e fornecedores. Assim, num primeiro nível, o utilizador pode fazer uma pesquisa simultânea em diversos recursos, sendo possível o cruzamento de uma grande quantidade de informação. Outra opção de consulta é a MetaPesquisa, que permite ao utilizador efectuar uma pesquisa mais específica e orientada por área temática, através da selecção das bases de dados nas quais quer pesquisar. Além da reformulação da área de pesquisas, o actual layout conta também com uma nova área de destaques, onde a Biblioteca irá fazer a divulgação de conteúdos que possam ser de interesse para os seus utentes. Com a validação no sistema, existe a possibilidade de cada utilizador personalizar a sua primeira página de consultas, criando novos conjuntos de pesquisa, após uma escolha prévia das bases de dados que desejar. Além disso, é-lhe também permitido guardar os seus registos e a sua lista de periódicos favoritos.
Mais informação: http://biblioteca.fe.up.pt http://www.exlibrisgroup.com/metalib.htm
{ agenda } : 6º Congresso Nacional de Mecânica Experimental De 27 a 29 de Julho de 2005 Universidade dos Açores Organização: APAET – Associação Portuguesa de Análise Experimental de Tensões (apoios da FEUP e INEGI) Mais informações: http://www.fe.up.pt/apaet6/
: Conferência Internacional ELAB’2005 . Encontro Luso-Afro-Brasileiro de Planeamento e Exploração de Redes de Energia 3 e 4 de Outubro de 2005 Auditório da FEUP Organização: INESC Porto Mais informações: http://www.inesc.pt
: 31st EUROMICRO . Conference on Software engineering and Advanced Aplications (SEAA) . Conference on digital System Design (DSD) De 30 de Agosto a 3 de Setembro de 2005 Auditório da FEUP Organização: Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores (DEEC) Mais informações: http://www.idt.mdh.se/euromicro-2005/ http://dsd2005.univ-rennes1.fr/
: Fórum Ciência 17 e 18 de Outubro de 2005 Auditório da FEUP Organização: FEUP Mais informações: http://www.fe.up.pt/~forum
: Encontro Português de Visualização Científica 17 de Setembro de 2005 Fundação Navegar e FEUP Centro Multimeios de Espinho Mais informações: http://envc2005.multimeios.pt/ : Advanced Course on “Dynamics of High-Speed Railway Bridges” 20 a 23 de Setembro de 2005 Auditório da FEUP Organização: FEUP e ETSICCYP Mais informações: http://www.fe.up.pt/HSRBridgesDyn
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{ provas académicas } AN ADAPTATION METHODOLOGY FOR THE PRESENTATION OF MULTIMEDIA CONTENTS IN THE VIRTUAL HOME ENVIRONMENT Tese de Doutoramento em Ciências de Engenharia de José Manuel Soares Oliveira Orientador: Prof. Doutor Eurico Manuel Elias Morais Carrapatoso 28 de Abril de 2005
do projecto de desenvolvimento e implementação dum sistema de planeamento optimizado da produção para uma empresa nacional da indústria papeleira. O sistema desenvolvido resultou numa ferramenta efectiva de apoio à produção, apresentando benefícios consideráveis em termos de eficiência, flexibilidade e rigor produtivos, permitindo atingir reduções significativas das perdas de transformação.
A tese expõe uma proposta para resolver o problema da adaptação dinâmica de serviços de telecomunicações multimédia em contextos próximos do conceito de Virtual Home Environment. Foi investigada a forma como o desenvolvimento de serviços multimédia pode ser facilitado no contexto das redes de 3ª geração, mais propriamente como é que estes serviços podem ser fornecidos em ambientes heterogéneos ao nível da rede e dos terminais. Estudou-se ainda como é que se pode aceder à rede e aos terminais pelo utilizador de forma personalizada e adaptável.
FIBRE BRAGG GRATING STRUCTURES: APPLICATIONS IN OPTICAL COMMUNICATIONS AND SENSOR TECHNOLOGY Tese de Doutoramento em Engenharia Electrotécnica e de Computadores de Rosa Maria Romero Muniz Orientador: Henrique Manuel de Castro Faria Salgado 14 de Março de 2005
OPTIMIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DO PAPEL Tese de Doutoramento em Ciências de Engenharia de Maria Helena Gonçalves da Silva Correia Orientador: Professor Doutor José António Soeiro Ferreira 26 de Abril de 2005 Nesta tese descrevem-se os trabalhos de investigação realizados no enquadramento industrial da produção de papel, numa perspectiva fundamental de racionalização e optimização na utilização dos recursos, orientada por objectivos genéricos de sustentabilidade económica e ambiental deste sector industrial. No seguimento deste contexto, procedese à identificação das potencialidades da Investigação Operacional que se apresentam no âmbito do processo produtivo da pasta e do papel, destacando-se o processo de acabamento – produção e corte – das bobinas de papel, estabelecendo-se assim o enquadramento científico
Esta análise compreendeu um estudo experimental e teórico sobre redes de Bragg em fibra óptica, e sua aplicação em comunicações ópticas e em sensores em fibra óptica. Uma parte considerável deste trabalho compreende o estudo e desenvolvimento de dispositivos que satisfaçam os requisitos de futuros sistemas de comunicação ópticos, bem como novos dispositivos para compensação da dispersão. As redes de Bragg podem também ser aplicadas na tecnologia de sensores. Em particular, foram desenvolvidas novas cabeças sensoras para medição de parâmetros físicos tais como curvatura, strain ou temperatura. Foi ainda desenvolvido um sistema de medição simultânea de temperatura e deformação, assim como novos sistemas de interrogação baseados em redes aperiódicas. Mais informações: Consultar Notícias>Provas Académicas : http://www.fe.up.pt/si/noticias_geral.lista_noticias
{ educação contínua } : Visualização Científica Responsável: Prof. João Silva Tavares Data: 19 a 23 de Setembro
: Concepção Assistida por Computador Responsável: Prof. João Silva Tavares Data: 10 a 14 de Outubro
: Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho (Homologado pelo IDICT) (**) Responsável: Prof. João Santos Baptista Data: 19 de Setembro de 2005 a 28 de Julho de 2006 (período lectivo: 19/09/05 a 9/06/06)
: Cálculo de Estruturas Metálicas Constituídas por Barras Curvas Responsável: Prof José Mota Freitas Data: 20, 21, 27 e 28 de Outubro
: Projecto e Simulação Hidráulica de Redes Públicas de Abastecimento de Água Responsável: Prof. Mário Valente Neves Data: 29 e 30 de Setembro : Métodos de Análise Geotécnica e de Construção de Obras Costeiras e Portuárias Responsável: Prof. Francisco Taveira Pinto Data: 6, 7, 13 e 14 de Outubro : A Abordagem do Xadrez em Ambiente Escolar (*) Responsável: Prof. Álvaro Costa Data: 6 a 14 Outubro (2ª ed) 7 a 15 de Novembro (3ª ed)
: Comportamento Higrotérmico da Envolvente dos Edifícios (ciclo) Acção 1 - Sistemas de isolamento térmico de fachadas pelo exterior do tipo reboco delgado armado sobre poliestireno expandido (ETICS) Responsável: Prof. Vasco Peixoto de Freitas Data: 21 de Outubro : Comportamento Higrotérmico da Envolvente dos Edifícios (ciclo) Acção 2 - Sistemas de ventilação em edifícios de habitação Responsável: Prof. Vasco Peixoto de Freitas Data: 28 de Outubro : Comportamento Higrotérmico da Envolvente dos Edifícios (ciclo) Acção 3 - Humidade na Construção Responsável: Prof. Vasco Peixoto de Freitas Data: 4 de Novembro
: Gestão de Operações em Transporte Aéreo Responsável: Prof Álvaro Costa Data: 7 a 11 de Novembro : Comportamento Higrotérmico da Envolvente dos Edifícios (ciclo) Acção 4 - Patologia na Construção Responsável: Prof. Vasco Peixoto de Freitas Data: 11 de Novembro : Comportamento Higrotérmico da Envolvente dos Edifícios (ciclo) Acção 5 - Reabilitação de edifícios Responsável: Prof Vasco Peixoto de Freitas Data: 18 de Novembro : Coordenação e Gestão de Projectos e Obras Responsável: Prof. José Amorim Faria Data: A definir oportunamente : Iniciação à Térmica de Edifícios e à Climatização Módulo I: Conceitos e Equipamentos Térmicos em Climatização Responsáveis: Prof. Eduardo Oliveira Fernandes e Prof. José Luís Alexandre Data: A definir oportunamente
: Iniciação à Térmica de Edifícios e à Climatização Módulo II: Edifícios, Sistemas AVAC e Eficiência Energética Responsáveis: Prof. Eduardo Oliveira Fernandes e Prof. José Luís Alexandre Data: A definir oportunamente
* PRODEP e UE ** ISHST
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÃO: Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Serviços Académicos Rua Dr. Roberto Frias, 4200-465 Porto Tel.: (+351) 225 081 412/1533/1414 Fax: (+351) 225 081 409 Email: fcont@fe.up.pt www.fe.up.pt/formacao
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Mestrados : FEUP
AUTOMAÇÃO, INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLO DESIGN INDUSTRIAL
Em colaboração com a Escola Superior de Arte e Design
ENGENHARIA BIOMÉDICA
2005 : 2007
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E SISTEMAS INTELIGENTES
Em colaboração com a Faculdade de Economia da Universidade do Porto
MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
Em colaboração com o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
MECÂNICA DOS SOLOS E ENGENHARIA GEOTÉCNICA
ENGENHARIA DE MATERIAIS
Em colaboração com a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, na qual se realiza a componente lectiva.
ENGENHARIA DO AMBIENTE
MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM CIÊNCIAS E ENGENHARIA
ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA E DE COMPUTADORES
Em colaboração com a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, na qual se realiza a componente lectiva.
ENGENHARIA INFORMÁTICA
PLANEAMENTO E PROJECTO DO AMBIENTE URBANO
ENGENHARIA MECÂNICA ESTATÍSTICA APLICADA E MODELAÇÃO ESTRUTURAS DE ENGENHARIA CIVIL FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES DA MECÂNICA DOS FLUIDOS GESTÃO DE INFORMAÇÃO
Em colaboração com a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto
PROJECTO E FABRICO DE COMPONENTES PARA AUTOMÓVEL Em colaboração com a Universidade do Minho
REABILITAÇÃO DO PATRIMÓNIO EDIFICADO REDES E SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO TECNOLOGIA MULTIMÉDIA
Em colaboração com a University of Sheffield e com a University of Leeds
Em colaboração com a Faculdade de Ciências e Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto
INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO TECNOLÓGICO
TRANSPORTES
Em colaboração com a Faculdade de Economia da Universidade do Porto e com a Escola de Gestão do Porto. Protocolo de colaboração com o HiTEC Centre at the College of Management at North Carolina State University
VIAS DE COMUNICAÇÃO
1ª EDIÇÃO ENGENHARIA DE SEGURANÇA E HIGIENE OCUPACIONAIS
CALENDÁRIO ESCOLAR ( )(
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Candidaturas * ** : 1 de Julho a 30 de Agosto Selecção de Candidatos: 1 de Setembro a 9 de Setembro Inscrições(***): 12 de Setembro a 15 de Setembro Colocação de Suplentes: 16 de Setembro a 22 de Setembro Início das aulas: 19 de Setembro ( )
* Poderão candidatar-se TAMBÉM alunos em conclusão de licenciatura, ficando a sua inscrição condicionada à apresentação do respectivo diploma. **) Após o período de inscrições, poderão ser admitidas candidaturas para as vagas remanescentes. ( ***) Só serão garantidos os lugares até 15 de Setembro. Em 16 de Setembro inicia-se a colocação de candidatos suplentes. (
INFORMAÇÕES Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Rua Dr. Roberto Frias 4200-465 PORTO www.fe.up.pt
SECRETARIA DE PÓS-GRADUAÇÃO Tel: (+351) 225 081 977 Fax: (+351) 225 081 409 e-mail: sposgrad@fe.up.pt DIVISÃO DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM Tel: (+351) 225 081 524 / 1895 Fax: (+351) 225 081 503 e-mail: dci@fe.up.pt