Revista MIX

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ANO VI . Nº 52 . JAN 2011

A R E V I S TA D O S S U P E R M E R C A D O S D O R N

EM DEFESA DE UMA POSTURA SAUDÁVEL GÔNDOLAS SEM AGROTÓXICOS

VOLTA ÀS AULAS, ÓTIMA OPORTUNIDADE PARA O AUMENTO DAS VENDAS



EDITORIAL

FOTO: MORAES NETO

A REVISTA MIX volta a circular com um novo projeto gráfico, abordando de maneira ímpar assuntos de interesse dos supermercadistas. Quero ressaltar que a MIX retorna em um ótimo momento para o setor, destacando um crescimento nas vendas em 2010, especialmente no final do ano, em comparação com 2009. O nosso objetivo, com esta publicação, é reforçar e estreitar a comunicação e interação entre a Assurn, associados e fornecedores para que o setor se fortaleça cada vez mais. Agradeço a todos os colaboradores desta revista e desejo aos associados uma excelente leitura. Um abraço, Geraldo Paiva Júnior, Presidente da Assurn

DIREÇÃO DE CRIAÇÃO Paulo Moreira pmoreira@firenzze.com EDIÇÃO E REPORTAGEM Helouise Melo helouisemelo@firenzze.com FOTOGRAFIA Alex Fernandes alexfernandes@foradfoco.com DIREÇÃO DE ARTE E TRATAMENTO DE IMAGENS Verônica Barbosa veronica@firenzze.com COMERCIAL Ubiratan Bezerra (84) 9988.4310 PRODUÇÃO/TRÁFEGO Melina Kassimati atendimento@firenzze.com FINANCEIRO Gerisvaldo Filho geris@firenzze.com A revista MIX é uma publicação da ASSURN, editada pela Firenzze Comunicação Estratégica Tiragem 3.000 Impressão Impressão Gráfica Correspondência Av. Romualdo Galvão, 1703 - Ed. Trade Center, Lojas 06/07 CEP 59056-105. Natal-RN. (84) 3344-5240. www.firenzze.com - atendimento@firenzze.com

Associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte

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EM DEFESA DE ALIMENTOS LIVRES DE AGROTÓXICOS POSTURA SAUDÁVEL NO TRABALHO FIM DAS FÉRIAS E VOLTA ÀS AULAS

NOSSA CAPA A revista Mix

Presidente da ASSURN Geraldo Paiva dos Santos Júnior Vice-Presidente Eugênio

agradece o apoio

Pacelli de Medeiros Delegado junto à ABRAS José Geraldo de Medeiros Secretário

do supermercado

Geral Venício Gama Pacheco Diretor Administrativo Jorge Luiz de Medeiros Diretor

Favorito para a foto

Financeiro Marinaldo da Silva Vice-Presidentes Regionais Antônio Ferreira Júnior,

de capa.

Paulo Márcio Medeiros e Maria da Conceição V. Moura

Fotógrafo: Alex Fernandes


FOTO: ALEX FERNANDES

E N T R E V I S TA

INOVAÇÃO E ADAPTAÇÃO AO MERCADO A equipe da Revista MIX entrevistou Luiz Augusto Cabral de Vasconcellos, diretor de loja do Carrefour em Natal.

FALE UM POUCO SOBRE A SUA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL. A minha carreira no Grupo Carrefour iniciou em 1986 em Ribeirão Preto, São Paulo, como gerente de estoque. Em 1992, fui transferido para o Rio de Janeiro, onde trabalhei em todos os setores. Em 1999, com a aquisição da Rede Roncetti, fui para o Espírito Santo onde exerci a função de gerente comercial e marketing. A partir de 2002 trabalhei na matriz, localizada na capital paulista, exercendo a mesma função, agora na rede de supermercados Champion, bandeira utilizada pelo Grupo para este segmento. Em 2004 fui promovido a diretor de loja em Sorocaba e, em 2005, tive a feliz oportunidade de vir para Natal, onde tive como primeira missão reformar a loja da zona sul. Em 2006, inaugurei a unidade da zona norte, retornando recentemente para a unidade da zona sul de Natal. CONTE UM POUCO DA HISTÓRIA DO CARREFOUR NO RIO GRANDE DO NORTE,VISÃO E MISSÃO DA EMPRESA. O Carrefour iniciou suas atividades no estado em 1997, com a construção do hipermercado da BR 101, e em 2008 inaugurou sua segunda loja na zona norte da capital. Contamos também com 4 • R E V I S TA M I X

três unidades da bandeira Atacadão, sendo duas em Natal e uma em Mossoró e estamos virtualmente presentes com o formato ecommerce no site da empresa. O Grupo tem um portfólio bem interessante no Brasil, pois, além da marca Carrefour utilizada para hipermercados, dispõe das bandeiras: Carrefour-bairro para supermercados; Dia% para lojas Hard-discount; Carrefour Express para as lojas de conveniência; Atacadão no formato de “atacarejo”, alem de postos de combustíveis, drogarias, lojas de turismo e o Carrefour Soluções Financeiras. Trabalhamos todos os dias com a visão de sermos reconhecidos e queridos, em contribuirmos para que nossos clientes e consumidores desfrutem uma melhor qualidade de vida todos os dias. Agimos sempre com base nos seguintes valores: Positivos, dentro dos quais acreditamos que uma atitude otimista atrai recursos e pessoas para a realização de sonhos; Juntos, com a ideia de que trabalhamos em colaboração com nossos públicos para fazer sempre melhor e com mais agilidade; e Acolhedor, que é ser atento às pessoas e cuidar do lado humano das relações.


QUAIS SÃO OS DIFERENCIAIS COMPETITIVOS DO CARREFOUR? Vejo como um grande potencial competitivo do Grupo Carrefour, o portfólio de formatos que comentei anteriormente, pois, em função dele, hoje somos capazes de entrar em qualquer mercado do Brasil. Também vejo com relevância: a força das marcas próprias; as nossas ofertas; o Cartão Carrefour, através do banco do Grupo; e nossos serviços como postos de combustíveis, drogarias, serviços digitais, turismo e outros. Porém, considero como o maior potencial competitivo do Carrefour, a capacidade de inovar e de se adaptar às variações do mercado. QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE O MERCADO SUPERMERCADISTA DO ESTADO? Analiso o mercado de supermercados, em especial o da capital, como extremamente competitivo em função da divisão muito grande que ocorreu nos últimos anos. O número de novas lojas que surgiram não é proporcional ao crescimento populacional e isto, inevitavelmente, leva a uma divisão deste mercado. Sem contar as reformas, reinaugurações e as lojas especializadas que concorrem

indiretamente com os super e hipermercados. E creio que não vai parar por aí. Por outro lado, este é um mercado bastante profissional onde se vê pouca informalidade, resultando em uma competitividade acirrada, porém sadia. FALE UM POUCO SOBRE A ASSURN. Tenho feito bons amigos na Assurn. Os assuntos que são tratados na Associação são conduzidos de uma maneira bastante ética, transparente e com muita competência. Acho tudo isto excelente, mas, acredito que teríamos muito mais dividendos a colher se houvesse uma maior participação de todos os associados, independente do porte, e principalmente das multinacionais. Sabemos que os grandes grupos têm o poder de decisão centralizado em suas matrizes ou regionais, mas os líderes locais poderiam atuar com maior frequência e interagir com suas centrais. Às vezes, percebemos decisões tomadas unilateralmente que enfraquecem o nosso negócio e isto poderia ser evitado com uma visão mais regionalizada e com a força da Associação. Somos concorrentes, mas não podemos ser inimigos (risos).


VA R E J O E M PAU TA

A HORA DOS SUPERMERCADOS DE BAIRRO As lojas de vizinhança estão conquistando a preferência do consumidor brasileiro, através de um movimento varejista independente cada vez mais forte e significativo. Este tipo de loja é o ponto de venda mais visitado pela classe C, maior parcela da população, que possui um perfil para compras pequenas e mais frequentes além do que, metade dela, não possui automóvel. Comodidade, economia estável, atendimento personalizado, agilidade. Para o presidente da Assurn e

proprietário do RedeMAIS Veneza, Geraldo Paiva Júnior, esses são os principais motivos para o crescimento dos supermercados de bairro no estado. “A comodidade em fazer as compras perto de casa pelo fácil acesso as lojas é um dos fatores que contribuem para o aumento deste tipo de negócio. Além disso, com a estabilidade da economia nacional, o consumidor não precisa mais comprar grandes volumes e guardá-los na dispensa. Agora ele consome uma menor quantidade

de produtos, pois está indo mais vezes na semana para os supermercados de vizinhança. Outro motivo são os preços, que estão muito parecidos nas lojas menores. Desta forma, o cliente não precisa pesquisar muito, algo vantajoso nos tempos corridos de hoje. O calor humano no atendimento em pequenos supermercados é outro motivo importante. As pessoas se conhecem dos arredores e isso favorece também a ocorrência de um atendimento personalizado”.

FOTOS: ALEX FERNANDES

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Segundo o Banco de Dados da ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores - foi registrado um crescimento real de 12,16% no primeiro quadrimestre de 2010, no setor atacadista/distribuidor que abastece o autoserviço com até quatro checkouts, além de mercearias, bares e padarias. Isso ocorreu pelo aumento da demanda desse nicho de mercado não coberto pelas indústrias. De acordo com Geraldo, “o pequeno mercado começa a enxergar a necessidade de se qualificar para melhorar os seus serviços e se desenvolver. Isso acontece também através do investimento em treinamentos dos funcionários, que passam a atender melhor os clientes, e estrutura física como, por exemplo, manter os ambientes da loja limpos. O público está mais exigente e os supermercados têm que mudar e se profissionalizar mais. A minha função como presidente da Assurn é possibilitar essa qualificação profissional aos pequenos, pois os grandes já têm acesso a essas inovações”. Atualmente existem cerca de 130 redes ativas no mercado, com um faturamento real de 5,96%, deflacionado pelo IPCA. Elas somam 3,5 mil lojas, com 2,14 milhões de metros quadrados de área de vendas e 17,7 mil checkouts.


FOTOS: ALEX FERNANDES

C O M P O RTA M E N TO

EM DEFESA DE ALIMENTOS LIVRES DE AGROTÓXICOS

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Os agrotóxicos foram criados na tentativa de defender a agricultura contra pragas que atacam as plantações. Quando bem utilizadas, essas substâncias impedem a ação de seres nocivos, sem contaminar os alimentos. Porém, se os agricultores não tiverem alguns cuidados durante o uso ou extrapolarem no tempo de ação dos agrotóxicos nos produtos, eles podem afetar o ambiente e a saúde. Os hortifrutis são um dos tipos de alimentos em que esses materiais são usados, portanto, é necessário que ocorram ações integradas entre os supermercadistas e os órgãos de fiscalização responsáveis para que estes produtos não cheguem contaminados na mesa dos consumidores. A Suvisa, Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária do Rio Grande do Norte, executa um programa nacional de análise de resíduos de agrotóxicos em alimentos, coordenado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), com o objetivo de colher amostras para diagnosticar os níveis das substâncias, rastrear o produtor responsável e desenvolver ações de orientação. São coletadas sete amostras por bimestre, em 14 supermercados cadastrados, no último ponto antes do consumo, antes do alimento ir para as gôndolas. Depois disso, as amostras seguem para laboratórios em outros estados. Em 2009, foi feita uma análise


toxicológica de 20 culturas e, num total de 139 exemplares, acusou-se o uso de agrotóxico não autorizado ou quantidades de resíduos acima da permitida pela legislação em 33 laudos. De acordo com Maria Célia Farias, responsável pelo setor de alimentos da Suvisa/RN, este resultado foi enviado para todas as vigilâncias sanitárias dos supermercados que, segundo ela, devem cumprir, juntamente com os produtores e as Ceasas (Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Norte), os termos de ajustamento do Ministério Público. “As Anvisas de cada região são responsáveis pelos resultados, porém, este é um trabalho em cadeia. Os supermercadistas têm que implantar um programa de qualidade microbiológica e química e visitar os produtores pra saber que tipos de substâncias estão sendo usadas nos alimentos. O programa nacional não contempla as Ceasas, portanto, temos que criar um plano para isso e nos estruturar para que as amostras sejam coletadas neste local, com o objetivo de controlar a produção do RN. Neste caso, a Anvisa reuniria a amostra e o produtor pagaria a análise do material. O estado já faz a parte dele, que é fornecer o material para a coleta do exemplar e o envio via Sedex para os laboratórios”, enfatiza Maria Célia. Segundo ela, as medidas adotadas não são de caráter fiscal junto ao setor varejista e sim de orientação tanto para os supermercados, na busca de qualificar os seus fornecedores, como para os produtores rurais, no sentido de adotarem integralmente as Boas Práticas Agrícolas. De acordo com Eugênio Pacceli de Medeiros, vice-presidente da Assurn e diretor-secretário da RedeMAIS, o setor supermercadista está comprometido em oferecer aos consumidores produtos com total segurança alimentar, respeitando os percentuais permitidos de agrotóxicos, porém, não tem como controlar isso, uma vez que 90% dos supermercados de Natal compram das Ceasas e não diretamente com o produtor. “Defendemos que deveria existir um filtro de coleta de amostras e um laboratório dentro da Ceasa, que está em contato direto com o produtor, para que o resultado saia mais rápido, pois estes, vindos de outros laboratórios, demoram a chegar e o consumidor, a esta altura, já adquiriu o alimento nas gôndolas. Com isso, o processo seria feito de maneira centralizada, o que racionalizaria o custo do exame”, explica Eugênio, que finaliza enfatizando que os supermercadistas ficariam responsáveis pela análise dos alimentos fornecidos diretamente pelos produtores, algo em torno de 10% do total, e exigiriam deles os resultados das análises. R E V I S TA M I X • 9


C APA

VOLTA ÀS AULAS DE GRANDES OPORTUNIDADES O período de voltas às aulas, representa 65% do volume movimentado pelo segmento de papelaria. Porém, apenas 15% da fatia deste ramo de negócios passa pelos supermercados, segundo pesquisa da empresa BIC realizada em 2010. Este dado revela que o Brasil trabalha a categoria de forma deficiente em comparação a outros países como o Chile, por exemplo. A pesquisa mostrou ainda que se a participação dos supermercados com relação ao autosserviço em papelarias fosse levada mais a sério, este índice poderia chegar a 30%. De acordo com Leandro Menezes, gerente de trademarketing da BIC, “como os produtos oferecem margens superiores a 50%, a papelaria pode ser encarada como geradora de rentabilidade: “O autosserviço tem os artigos de escritório em suas gôndolas, mas permite que o consumidor saia da loja e vá a uma papelaria comprá-los”. Na opinião de Geraldo Paiva Júnior, presidente da Assurn, já é costume da população comprar os itens de material escolar nas livrarias: “Isto é cultural. As livrarias possuem convênios com algumas escolas, utilizando uma lista que indica os livros e produtos necessários para o aluno iniciar o ano escolar. O que os supermercadistas podem fazer para incrementar as vendas neste período é aumentar a divulgação de seus itens e mostrar para os consumidores que eles possuem um preço competitivo com as livrarias”. A importância de se explorar os produtos da categoria papelaria durante todo o ano nos supermercados é fundamental 1 0 • R E V I S TA M I X


para que o cliente possa fazer uma pesquisa de preço dos itens sempre que desejar. “O consumidor sabe de cabeça os preços de arroz, feijão e cerveja, mas desconhece o de uma caneta”, explica Menezes. Segundo Admildo Barbosa de Oliveira, supervisor responsável pelos supermercados Comprebem RedeMAIS Cidade da Esperança, João Câmara e Macau, do grupo JL de Medeiros & Araújo, “os supermercados passaram a dispor mais de material escolar nas gôndolas. Porém, por se tratar de uma época sazonal, não dispomos de um grande mix de produtos e nem de departamentos completos, o que faz o consumidor escolher livrarias e atacados que trabalham diretamente com esses produtos”. Os itens mais vendidos no RedeMAIS neste período são os cadernos, mochilas, coleções de lápis de cor e apontadores, principais produtos de ações de preço, especialmente para o público infantil. As estratégias utilizadas pelo supermercado para aquecer as vendas este ano foram o parcelamento no cartão, sem juros, e exposições convidativas na entrada da loja, destacando promoções em alguns itens, principalmente cadernos. Às vésperas do período de volta às aulas, o Instituto Data Popular divulga a pesquisa Consumo em 2011- Livros e Material Escolar. Segundo o levantamento, as famílias brasileiras gastarão 12,74 bilhões de reais em livros e material escolar em 2011. A classe C é a que mais contribui com esse número: 5,29 bilhões de reais serão gastos com estudantes dessa faixa de renda, ficando com uma média de 254,32 reais por estudante. O estudo toma como base os dados da Pesquisa sobre Orçamento Familiar do IBGE, considerando os alunos matriculados em todos os níveis de ensino. O gasto por aluno é cerca de cinco vezes superior quando observado os custos das famílias das classes A e B, ficando com uma média de 1.099,84 reais por estudante, movimentando 5,18 bilhões de reais no setor. Já as classes D e E terão uma média de 75,80 reais por aluno, somando 2,27 bilhões de reais em gastos com material escolar. “O varejista precisa se conscientizar de que tem todas as

DADOS DE PESQUISAS REALIZADAS PELA BIC EM 2010 PARA DESVENDAR COMO PENSA O CONSUMIDOR DE PAPELARIA: * Apenas 17,4% dos lares brasileiros compram material escolar em supermercados, segundo o levantamento Homescan, da Nielsen, que visita 8,7 mil domicílios em todo o País. O restante dos consumidores prefere outros canais por considerar os preços altos nos super e hipermercados. Também afirmam não encontrar os artigos da lista e julgam que as lojas apresentam pouca variedade. * As compras do material escolar ocorrem intensamente nas duas primeiras semanas de fevereiro, de acordo com a pesquisa Scantrack, também da Nielsen. Mas de nada adianta montar a loja somente no final de janeiro, pois o varejista corre o risco de perder um mês inteiro de vendas. Para a BIC, o ideal é fazer a exposição dos produtos assim que a decoração do Natal for retirada. * Dentro de uma mesma rede, a BIC encontrou lojas que trabalham bem o segmento de papelaria e outras mal, de acordo com análise interna. Daí a conclusão de que os super e hipermercados podem dobrar as vendas da categoria.

soluções para a volta às aulas em sua loja”, afirma Carina Narciso, gerente de produtos da categoria papelaria da BIC. Segundo ela, uma melhor exposição nas gôndolas, é um dos exemplos do que pode ser feito para melhores resultados e a sugestão é organizar os produtos conforme o público, começando pelos infantis, passando pelos adolescentes e terminando com o material de escritório.

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Vendedor, Promotor de Vendas, Operador de Telemarketing, Gerente de Loja, Qualidade na Prestação de Serviços, Gestão de Compras e Estoque, Visual Merchandising para o Varejo, Operador de Caixa. Estes são os cursos oferecidos pelo Senac/RN para o profissional varejista que prima pelo aprimoramento e desenvolvimento da carreira. Há pouco tempo, qualquer profissão relacionada ao comércio era exercida através da intuição ou por pessoas que tinham o conhecido “tino para os negócios”. Hoje, a concorrência e o nível de exigência dos consumidores não permitem mais atitudes desse tipo e a área de varejo passou a exigir uma formação mais especializada. Na opinião de Helder Cavalcanti, Diretor do Senac/RN, “o cenário atual de oportunidades e de investimentos que a economia mundial nos proporciona exige um profissional qualificado e ciente de que a gestão do conhecimento e o aprendizado contínuo são indispensáveis. O desafio do Senac, neste contexto, é ofertar aos trabalhadores do Rio Grande do Norte uma formação diferenciada que lhes permita, além de executar suas atividades de forma eficaz, entender a importância do seu papel na construção de uma sociedade desenvolvida em todos os aspectos”. Por ter observado uma carência de mão de obra qualificada neste setor, através da demanda de solicitação das empresas no Banco de Oportunidades, o Senac decidiu investir no programa Varejo em Dia. Esta iniciativa promove cursos modulados, ministrados por uma equipe de professores de excelência, todos com Pós-graduação e consultores empresariais atuantes no mercado, além de participarem constantemente de oficinas de atualização. Conceitos como Cenários de Varejo e Mercado, Gestão de Pessoas, Resultados Financeiros, Planejamento Estratégico e Marketing são vistos em aulas sempre contextualizadas e com total acesso pelos alunos à teoria e prática através de diversas atividades. O programa promove ainda palestras e workshops tanto no Senac, quanto nas empresas, através do Atendimento Corporativo, onde os cursos são flexibilizados de acordo com as necessidades de cada corporação. Desta forma, o Senac amplia o leque dentro do varejo de serviços, passando a atender lojas de departamentos, hospitais, hotéis, entre outros empreendimentos. Saiba mais pelo www.rn.senac.br ou ligue (84) 4005-1000.

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Acima, aulas sendo ministradas FOTO: KAREN COLPES

SUPERMERCADOS EM DIA COM O MERCADO

FOTOS: MARCONE CÂNDIDO

SENAC

Helder Cavalcanti, diretor do SENAC/RN


PRODUTO EM FOCO

EXPANSÃO DE SABOR FOTOS: DIVULGAÇÃO

Os sabores Dore já são tradicionalmente conhecidos pelos norteriograndenses e paraibanos. Nas prateleiras do mercadinho de bairro às grandes redes de supermercados, o colorido das garrafas do refrigerante, de fábrica mais antiga do Nordeste em funcionamento, chama a atenção dos olhos e convida o paladar. Diante de todo o sucesso com os consumidores, a Dore resolveu expandir horizontes e sabores. Novos produtos chegam ao mercado em 2011, ano em que a empresa completa 100 anos de marca, para celebrar este grande acontecimento. Um dos lançamentos é a Birinight. À base de vodka e suco de limão, a bebida é comercializada em garrafas de vidro de 290 ml ou em garrafas PET de 375 ml. Fruto da parceria com o Grupo Imperial, a Dore possui exclusividade na produção e distribuição da bebida no RN e na PB. Leve e refrescante, a Birinight é voltada ao público jovem e já é sucesso em todas as regiões brasileiras. Outra novidade é o suco La Fruit. A bebida

é totalmente natural e já vem pronta para beber. O suco ainda é rico em vitaminas que ajudam a nutrir e fortalecer o corpo todos os dias. Pode ser encontrado nos sabores uva, pêssego, manga, caju, maracujá, goiaba e laranja. O energético Vulcano é um produto inovador no mercado deste segmento de bebidas, por ser o primeiro da América Latina a ser comercializado em embalagens PET, além da já conhecida latinha. O público jovem frequentador de baladas e apreciador de esportes radicais podem adquirir o energético em 500 ml, 1L e 2L, de sabor suave e diferenciado. Primeiro refrigerante do Brasil voltado ao público infantil, o Pitchula é encontrado nos sabores cola, laranja, guaraná, limão, morango, uva e guaraná diet. A bebida possui as vitaminas A, B1, B6, C, D, K e sais minerais, que auxiliam no crescimento e desenvolvimento da criança. A Dore possui uma capacidade de produção de 2 milhões de litros por mês e a meta atual de crescimento da empresa no mercado potiguar é de 25%, com planos de expansão para outros estados.

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FOTOS: HUMBERTO LOPES

D E S TAQ U E

Aricina Targino, cliente antiga da loja

DEDICAÇÃO E AMOR AO RAMO SUPERMERCADISTA São muitos os motivos que levam o supermercado Compre Bem RedeMAIS a se destacar no mercado, mas uma delas é evidente: o cuidado com a satisfação dos clientes. A primeira atividade de Jorge Luiz de Medeiros como empresário foi a comercialização de produtos do Sertão. Desde então, não parou mais e hoje tem o seu negócio expandido para além da capital, englobando as cidades de Macau e João Câmara. Em Natal, o supermercado já possuiu lojas nos bairros Cidade da Esperança, Felipe Camarão, Planalto, Ayrton Senna e 1 4 • R E V I S TA M I X

Ponta Negra, as duas últimas participando como sócio. Jorge sempre busca o contato com os clientes para entendê-los, atender as suas necessidades e promover melhorias. Ele prioriza a política do bom vizinho diariamente, a fim de fortalecer o relacionamento com o seu público, que frequenta as lojas para comprar e encontrar os amigos. O respeito e a consideração dos funcionários do supermercado com os clientes são fatores consideráveis para uma fidelização cada vez mais concreta. “Fidelizamos nossos clientes pela


proximidade das lojas, ambientes modernos, atendimento personalizado e preços mais competitivos, já que temos um custo operacional menor que as grandes redes”, enfatiza Jorge. A grande novidade do Compre Bem RedeMAIS é o novo layout da loja na Cidade da Esperança, a primeira instalada na capital que, após a reforma, pretende ser o melhor e mais moderno supermercado de bairro natalense. Com o objetivo de se aperfeiçoar a loja, o supermercado oferece mais conforto, comodidade, diversidade de produtos com qualidade, além do já conhecido atendimento personalizado e calor humano. Um diferencial da loja é a disponibilidade de carros climatizados para a entrega das compras em domicílio, sendo a primeira no estado a oferecer o serviço com essa característica. Outras novidades são: a disposição de um setor de padaria moderno, com rotisseria, mix variado e instalação de uma ilha de degustação, além da implantação de uma comunicação visual atrativa com a disposição de sete telões nos diversos setores do supermercado. “O nosso cliente merece o diferencial de fazer as compras na loja climatizada e ser levado até em casa no mesmo conforto. Todos os setores estão prontos para inovar e encantar o nosso consumidor”, revela o empresário, que destaca também a criação do setor de Atendimento ao Cliente, para orientar sobre o supermercado e seus produtos, ouvir reclamações e sugestões, bem como criar os cartões Fidelidade e de Crédito RedeMAIS. Outra ação inovadora é a criação do Conselho de Clientes, que reunirá, mensalmente, vinte pessoas para apontar as melhorias necessárias com o objetivo de aprimorar o atendimento. É por apreciar os talentos e valores humanos, que Jorge Luiz de Medeiros possui uma equipe satisfeita e motivada, através de treinamento e capacitação, acompanhados de perto pela psicóloga Monique Pimentel. O supermercado também investe na política de participação dos colaboradores nos lucros da empresa, fazendo com que se mantenham estimulados na busca por resultados satisfatórios, o que comprova ainda mais o investimento do empresário na equipe: “O ramo supermercadista requer dedicação e amor e as pessoas que estão comigo nessa caminhada mostram que sentem isso através do trabalho que fazem diariamente. A motivação delas é reforçada pelo reconhecimento e autonomia que ofereço àqueles em quem confio. Confesso que me sinto muito orgulhoso e satisfeito com a minha equipe”, conclui Jorge. Nos últimos anos, todas as lojas da Rede passaram por grandes reformas, com o objetivo de renovar os equipamentos para atender os consumidores de forma adequada e com um atendimento cada vez mais ágil. Através da sintonia entre clientes e funcionários, o Compre Bem RedeMAIS se expande para um caminho de crescimento no mercado e conquista de novos consumidores.

Empresário Jorge Luiz, proprietário da RedeMAIS Cidade da Esperança

Acima, equipe Compre Bem RedeMAIS em um dos treinamentos. Abaixo, parte da equipe de caixas da loja

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SAÚDE

O supermercado é um lugar de grande interação dos profissionais com centenas de pessoas que passam pelos corredores todos os dias. Um atendimento qualificado aos clientes é algo básico a ser estimulado em qualquer empresa, mas, para que isso ocorra, o profissional precisa se sentir bem no espaço em que trabalha. Alguns setores precisam de atenção redobrada dos supermercadistas quando a questão é a saúde dos colaboradores. De acordo com Letícia Lima Trindade, médica do trabalho do Núcleo de Vigilância em Saúde do Trabalhador, da Vigilância Sanitária de Natal, e Mestre em Saúde Pública pela USP, o maior número de afastamentos ou adoecimentos do segmento está vinculado a Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT): “Isto é uma consequência de uma ergonomia inadequada, principalmente no setor de checkout e da não utilização de meios adequados para o carregamento de pesos no setor de depósito”, ressalta Letícia, que enfatiza a parceria da Vigilância com o Fórum Estadual do Meio Ambiente e do Trabalho na discussão destas questões e na proposta de soluções. As consequências para a saúde do trabalhador em curto prazo, de acordo com a médica, em decorrência de um ambiente de trabalho inadequado são, principalmente, dores localizadas nos ombros, punho e coluna. Já em longo prazo, se a dor não for tratada e se não houver alteração da organização do trabalho para reduzir a carga, o ritmo e as posturas indesejáveis, a queixa de dor passa a ser crônica, levando a afastamentos prolongados do trabalho e desencadeando transtornos mentais que têm aumentado em relação a outras patologias. “A ergonomia inadequada é ocasionada, principalmente, pela falta de organização das atividades com o aumento das filas e poucos checkouts para muitos clientes. Isto tudo sobrecarrega os profissionais e, muitas vezes, não existe uma quantidade adequada de funcionários para fazer uma substituição em pequenos intervalos, para que haja descanso de alguns grupos musculares, sobrecarregados pelo ritmo intenso e acelera-

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FOTOS: ALEX FERNANDES

POSTURA SAUDÁVEL NO TRABALHO


do, estresse, peso excessivo de algumas mercadorias, dentre outros fatores”, explica Letícia. De acordo com a médica do trabalho, algumas ações estão sendo desenvolvidas globalmente, como a redução do peso de cada item, através de parcerias com as indústrias de embalagens para evitar a sobrecarga de volumes. Em maio de 2010 foram realizadas duas audiências públicas com os gestores, sindicatos e órgãos de fiscalização onde foram abordadas as dificuldades e proposta a implantação de algumas ações, que serão fiscalizadas pelos órgãos responsáveis. Dentre elas estão: a manutenção de um ensacador para cada checkout em funcionamento; o impedimento da entrada de promotores e consultores de vendas, repositores terceirizados e demonstradores de produtos nas câmaras frigoríficas do estabelecimento; a realização de treinamento específico de saúde e segurança em conjunto com a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho),

para os operadores de checkout; a adequação aos postos de trabalho dos checkouts; a não exigência de prestação de horas extras e a concessão de repouso semanal remunerado a cada seis dias de trabalho; o estabelecimento de diálogo com os trabalhadores que tenham sido vítimas de insultos de clientes, devido a estresses relacionados ao atendimento, dentre outros. O setor supermercadista é o segundo segmento que mais afasta trabalhadores em Natal, ficando atrás apenas do setor de tecelagem e confecções. Por isso, ações concretas de melhorias em algumas áreas do setor de supermercados precisam ser realizadas para que este ambiente de trabalho se torne cada vez mais saudável para clientes e profissionais. As proposições da discussão técnica de saúde e segurança no setor de supermercados podem ser consultadas na íntegra pelo endereço: http://www.prt21.mpt.gov.br/fepmat/005consolidacao.pdf. O telefone do Núcleo de Vigilância em Saúde do Trabalhador da Covisa de Natal é o (84) 3232-8173.

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S U S T E N TA B I L I DA D E

REDUÇÃO NO USO DE SACOLAS ATÉ 2015 F O N T E : P O RTA L N E W T R A D E

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) dá continuidade a sua política de sustentabilidade e anuncia a meta de reduzir em 40% o uso de sacolas plásticas nos supermercados de todo o país até 2015. O objetivo da entidade é atingir 30% de redução até 2013. A iniciativa faz parte do Plano Abras de Ação Sustentável, que engloba diversas ações setoriais, em consonância com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e que visam à promoção da sustentabilidade e do consumo consciente. Entre as ações do Plano, além daquelas específicas sobre sacolas, estão o desenvolvimento do Manual de Condutas do Setor e a intensificação da redução do uso de gases que causam o efeito estufa (HCFC). “O problema das sacolas plásticas faz parte de uma discussão mais ampla a respeito da própria relação entre sociedade e meio ambiente. A Abras se propõe a ser parte da solução deste problema e também

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ser multiplicadora do consumo consciente”, diz Sussumu Honda, presidente da Abras. Segundo ele, para que o problema seja sanado é preciso que o Poder Público também faça a sua parte. “Primeiro, criando uma lei federal única para disciplinar a utilização das sacolinhas - assim, impedindo a multiplicação de leis estaduais e municipais que vêm mais para confundir e impossibilitam qualquer aplicação prática. Segundo, criando ações efetivas para aprimorar a coleta seletiva e a reciclagem”, defende Honda. Além da criação de um lei nacional que regule o uso de sacolas plásticas, o posicionamento institucional da Abras defende a redução do uso de sacolas plásticas, por meio do consumo consciente e do uso de sacolas retornáveis; o fim da distribuição gratuita de sacolas plásticas, desde que não prejudique o consumidor e a ampliação de ações de conscientização, entre outras iniciativas.

Para incentivar a redução e o cumprimento da meta, a Abras criará uma ampla campanha publicitária, aberta para adesão voluntária das empresas. A entidade também vai premiar os cases de sucesso na redução do consumo de sacolas com o Prêmio Abras Sustentabilidade, além de divulgar, por meio dos cursos operacionais da Escola Nacional de Supermercados, as boas práticas no uso das sacolinhas em todas as 27 estaduais da entidade. “A sustentabilidade é um tema muito importante para os supermercados. Temos trabalhado nesse assunto com afinco. Desde 2007, a Abras vem realizando diversos fóruns para discutir o tema varejo sustentável em todo o Brasil. Além disso, incentivamos as redes supermercadistas a criar suas próprias campanhas de redução do uso de sacolas plásticas e de conscientização de funcionários e consumidores”, completa Honda.


SÍNTESE JURÍDICA FOTO: ALEX FERNANDES

NOTAS SOBRE QUESTÕES TRIBUTÁRIAS EXAMINADAS PELOS TRIBUNAIS SUPERIORES RO D R I G O F O N S E C A A LV E S D E A N D R A D E *

A legislação brasileira tem passado por algumas mudanças recentes, com o objetivo de racionalizar o trabalho e concentrar os poderes nos tribunais superiores, especialmente o Supremo Tribunal Federal (STF) e também o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nessa tendência, cita-se a introdução do efeito vinculante nas ações de constitucionalidade, a criação das súmulas vinculantes, e também instrumentos como a repercussão geral, pelo qual o STF somente examinará os recursos em que os interesses econômicos, políticos, sociais ou jurídicos, ultrapassem os interesses das partes da causa e, uma vez decidida a matéria, o entendimento será aplicado aos demais casos idênticos. Nessa linha, encontrase ainda a mudança do procedimento do recurso especial, quando houver multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica questão de direito. O certo é que, no direito brasileiro, cada vez mais, os pronunciamentos dos tribunais superiores ganham peso maior e, nesse sentido, há uma aproximação com o modelo anglo-saxão de precedentes jurisprudenciais. Pois bem. É possível citar alguns pronunciamentos dos tribunais superiores, em matéria tributária, que reafirmam uma ten-

dência, ou mesmo, vinculam os órgãos da administração pública. O STF editou a súmula vinculante de nº 8, em que deixou expresso que somente lei complementar pode dispor sobre decadência e prescrição em matéria tributária. Com isso, restou declarada a inconstitucionalidade dos arts. 45 e 46 Lei 8.212/91, pelos quais se concedia o prazo de 10 (dez) anos para a Fazenda Pública constituir e cobrar os seus débitos previdenciários. Passa a incidir a regra geral, prevista no Código Tributário Nacional (CTN), do prazo de 5 (cinco) anos, para constituição e cobrança de tais créditos. Tal matéria é vinculante e passam a ser considerados inválidos os atos de cobrança de valores que ultrapassem o prazo do CTN. O STF também reafirmou que as taxas de coleta, remoção e destinação de lixo não podem incidir em razão dos serviços prestados sobre bens e logradouros públicos, mas apenas dos bens particulares. Também considerou que a base de cálculo da taxa não pode apresentar identidade integral com a de imposto, embora possa adotar um ou mais elementos de um determinado imposto (RE 576.321-QO). É comum a cobrança dessa taxa com base exclusivamente na

base de cálculo do IPTU. Por sua vez, a 1ª Secção do STJ (que tem a palavra final nesse tribunal nas questões de direito público), ratificou a não incidência do imposto de renda sobre pagamentos a título de indenização. É que a indenização apenas repõe o patrimônio do indenizado, não gerando acréscimo patrimonial. Com base nessa orientação, por exemplo, é que se sustenta a não incidência de imposto de renda sobre a indenização, em processo de desapropriação. Igualmente, em precedente do Estado do Rio Grande do Norte, a 1ª Secção do STJ ratificou o entendimento pelo qual não há incidência do ICMS sobre a reserva de demanda de energia elétrica contratada (AG na SS 2.367/RN, de 01/09/10). É que o imposto deve incidir única e exclusivamente sobre a potência elétrica efetivamente utilizada, não incidindo sobre a base contratada, mas não utilizada.

*Advogado da Assurn e Mestre em Direito Público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). E-mail: rodrigo.alvesandrade@aol. adv.br

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