LifeStyle
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ELES & ELAS 280 . 15 MARÇO / 15 ABRIL 2014
Especial Moda: VIAJAR EM ESTILO MODA LISBOA ABC DAS PELES
Segredos de beleza Adoro ser Mulher! Amor no Chiado
MADALENA E CHRIS E O NOVO MEMBRO DA CASA BERNARDOTE
EDITORIAL
CURIOSAMENTE…
É
triste mas temos que continuar a pagar. Diz o Governo que a única forma de combater com eficácia os nossos problemas e assim melhorar o futuro dos portugueses… é pagar! Impostos, aumentos de preços… tudo serve. O que é preciso é que as finanças públicas e os enormes défices com o exterior se atenuem. Mas esta imensa actividade legislativa não pode castigar, apenas, a maioria dos cidadãos no seu sempre mais difícil dia-a-dia. É necessário que se ponha cobro a situações que, pela sua flagrante injustiça, constituem autentico escândalo para muitos de nós. Que, em simultâneo com impostos sobre rendimentos correntes e passados, consumos supérfluos e necessários, em suma, sobre quase tudo aquilo “que mexe” em Portugal, se explique ao País a situação caótica das finanças públicas, se incremente a produtividade e se fomentem as promoções laborais pela competência e não por compadrios políticos. Pôr cobro a certo tipo de negociatas escuras, desde o nosso património florestal após incêndios ateados por mãos criminosas, até outras que um pouco por todos os sectores da nossa vida nacional se sabe proliferarem, à revelia das regras que orientam uma sã convivência democrática, envergonhando-nos perante nós próprios, e no momento em que pretendemos afirmar-nos como parceiro válido da comunidade internacional, perante os outros. Legislar para evitar, dentro do possível, a corrupção alastrante deverá ser uma das tarefas prioritárias. Só assim poderemos compreender a justiça dos sacrifícios que nos são exigidos e, sobretudo, encarar o futuro, já nem digo nosso… mas dos nossos filhos, sem a preocupação de os ver, de novo, sujeitos a uma ditadura que, seja qual for o cariz ideológico que assumir, fará, inevitavelmente, regressar os tempos obscuros da censura e da vigilância sobre acções e pensamentos, fazendo renascer uma geração de preguiçosos-aprisionados mentais. MLB *Este editorial foi publicado e assinado por mim nesta revista em Junho de 1983. Ora vejam as diferenças de um passado de há 30 anos! Invocava os nossos filhos! Que hoje são homens e mulheres com muitas dificuldades e até são convidados a sair do País! De qualquer modo não vamos deixar de festejar o 25 de Abril porque sem ele eu nunca poderia ter escrito o que escrevi e escrevo. De certo que se não tivéssemos tido a nossa Primavera de Abril, nunca teria fundado esta editora que dirijo nem teria sido jornalista! Anos dedicados à cultura e informação independente do poder político e económico… terão valido a pena? ■
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& Março / Abril 2014
CAPA: Madalena e Chris | 6 PREMIÈRE The Saint Petersburg Ball | 12 Love Day Chiado | 64 COROAS Tatiana e Andrea Casiraghi | 16 RUBRICAS: Vitrine | 19 Cartas das artes e do espetáculo | 52 Cocktail de Notícias | 87 FASHION: Do arminho à zibelina | 32 Moda Lisboa a nossa selecção | 37 ENTREVISTA: Vicente da Camâra | 56 ESPECTÁCULO: Festival Grant’s True Tales | 60 NEGÓCIOS & DECISORES: Ana Cláudia Vaz | 70 INTERNACIONAL: London Fashion Week | 76 ELES E ELAS: De passagem nas passagens | 78 Elton John | 80 AWARDS: Catherine Blanchett BELEZA: Segredos de rejuvenescimento | 90
SOCIEDADE: Colares de Pérolas. O que é ser milionário | 92 Outros carnavais | 94 GOLF: Internacional de Portugal | 96 RUN FOR IT: Mercedes E Coupé | 98
Eles & Elas — Desde 1982 DIRETOR Maria da Luz de Bragança PRODUÇÃO César Soares EDITOR PROPRIETÁRIO Gabinete 1 Imprensa, Promoção, Relações Públicas, Lda Editor nº 211 326
DIREÇÃO, REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, PRODUÇÃO Rua de S. Bernardo, 27 - A 1200-823 Lisboa Tel.: 210 999 674 Fax: 210 964 972 PUBLICIDADE E-mail:gabinete1@gabinete1.pt GRAFISMO, PRODUÇÃO, FOTOCOMPOSIÇÃO
SELECÇÃO DE COR E MONTAGEM Gabinete 1 E-mail:gabinete1@gabinete1.pt www.gabinete1.pt IMPRESSÃO Gabinete 1 DISTRIBUIÇÃO Logista Alcochete Telefone: 21 926 78 00
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CAPA
MADALENA E CHRIS por Nuno Vaz de Moura
Quando a velha escandinávia encontra o novo mundo
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casal real sueco Madalena e Chris são a imagem perfeita da felicidade conjugal. Depois de uns desencontros amorosos, a Princesa Madalena parece ter encontrado o seu Príncipe perfeito na forma de um plebeu da alta finança de Nova Iorque. No final de Fevereiro, nasce a primeira filha, a princesa Leonor, coroando de glória a união do casal. Conheçamos um pouco da sua história de vida. ➤
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F
ilha mais nova do Rei Carlos XVI Gustavo e da Rainha Sílvia da Suécia, Madalena Teresa Amélia Josefina recebe, ao nascer, os títulos de Duquesa de Hälsingland e Gästrikland. Inicialmente terceira na sucessão ao trono passa para o quarto lugar com o nascimento, em Fevereiro de 2012, da sua sobrinha a princesa Estela, estando livre, portanto, do pesado fardo dos encargos e deveres que o uso da coroa acarretam. Dois meses após o seu nascimento em 1982, é baptizada na Igreja do Palácio Real recebendo como padrinhos o Andreas Príncipe herdeiro de Saxe-Coburgo e Gotha e Walther Sommerlath (seu avô e pai da Rainha, mas sem títulos reais) e como madrinhas, a Princesa Benedita da Dinamarca e a Princesa Cristina da Suécia. A princesa cresce e faz toda a sua educação no seu país natal. Passa por vários colégios até se graduar, em 2001, altura em que vai para Londres para estudar Inglês. Começa então os estudos universitários, na Universidade de Estocolmo, licenciando-se em História da Arte, Etnologia e História Moderna. Durante 2007, decide estudar psicologia infantil quem sabe já a pensar no seu já breve futuro como mãe. Para além da sua paixão pela arte e todo o mundo da cultura, a Princesa Madalena tem um particular interesse por cavalos e é uma amazona de excepção. Possui vários destes animais que guarda nas Cavalariças Reais e participou em vários torneios
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de salto sendo conhecida no meio como "Anna Svensson". Para celebrar o seu 19º aniversário e gosto pelo mundo equestre, a Província de Gävleborg (que faz parte do seu ducado) criou uma bolsa para apoiar os jovens jockeys. Madalena não negligencia os seus deveres reais estando sempre presente nas comemorações do Dia Nacional da Suécia, nos aniversários das Princesas e do Rei, nas festividades do Prémio Nobel e nos jantares e visitas de Estado com outros membros da família real. Encontra ainda tempo para se dedicar à beneficência sendo patronesse da Fundação "Min Stora Dag" que se dedica a realizar os sonhos de crianças com doenças terminais. Fez, igualmente, trabalho na UNICEF, em Nova Iorque, na divisão dos serviços de protecção à criança. Não há amor como o... segundo! Na passagem do Milénio, Madalena conhece o jovem e charmoso advogado Jonas Bergström com quem viria a namorar. Madalena e Jonas ficam noivos, em Capri, no início de Junho de 2009, mas têm que esperar pela aprovação do Conselho de Ministros ("Regeringen"), para tornarem oficial a sua ligação. Tal acontece a 11 de Agosto de 2009 e é feito um jantar oficial, no Palácio de Solliden em Öland, para celebrar o momento. O casamento estava para acontecer logo no segundo semestre de 2010, porém vários acontecimentos fizeram com que se atrazasse. Começam as transpirar para os media rumores de problemas no relacionamento do casal. A causa seriam ➤
Princesa Madalena e o seu primeiro amor Jonas Bergström
Casamento com Christopher O'Neill onde surge pela primeira vez com o cabelo moreno ➤ alegados casos amorosos tidos por Jonas com outras mulhe-
res. Os reis tentam sempre abafar os incidentes, mas o comportamento de Jonas torna-se cada vez mais inconveniente. A 24 de Abril de 2010, é anunciado o fim do noivado e o cancelamento do casamento. A princesa muda-se para Nova Iorque e dedica-se ao trabalho na World Childhood Foundation. Com o coração destroçado começa, a pouco e pouco, a frequentar os eventos sociais da alta sociedade nova-iorquina. Num dos eventos conhece Christopher O'Neill que a conquista. Christopher é um jovem financeiro de sucesso filho do
banqueiro americano Paul Cesario O'Neill que se instala em Londres, na década de 60. Aí o seu pai conhece a austríaca Eva Maria com quem se casa em segunda núpcias e em breve nasce Christopher, a 27 de Junho de 1979. A sua infância é dividida entre Londres e St. Galle, na Suiça. É lá que faz a sua primeira formação no prestigiado colégio privado "Institut auf dem Rosenberg". O ensino superior é feito nos Estados Unidos: primeiro um curso de Relações internacionais na Universidade de Boston e depois o MBA na Columbia Business School, em Nova Iorque. Finda a sua formação académica começa logo a trabalhar na NM Rothschild and Sons. Passa depois para a Steinberg Asset Management e hoje é parceiro e Head of Research na poderosa Noster Capital. Christopher, mesmo sendo plebeu, não está muito distante das famílias reais europeias. A sua meia-irmã, pelo lado da mãe, é a Condessa Natascha Abensberg-Traun. Para mais, a sua rigorosa formação e imensa fortuna, permitiram-lhe estar perto das várias casas reais e é tido como um homem rigoroso e discreto. Não terá sido de forma ligeira que decidiu tornar pública a sua relação com Madalena, sabendo de antemão toda a exposição que o caso traria. A 25 de Outubro de 2012, e após ter passado pelo mesmo processo de aprovação que teve Jonas, o noivado é anunciado e dada uma entrevista oficial. O casamento é anunciado em finais de Abril de 2013 e acontece a 8 de Junho do mesmo ano na Capela do Palácio Real em Estocolmo. Chistopher, contudo, usa um expediente para se livrar das obrigações reais: mantém a sua dupla-nacionalidade anglo-americana. Sendo que qualquer membro da família real sueca tem que, obrigatoriamente, ter nacionalidade sueca Chistropher não é elegível para qualquer título nobiliárquico. ➤ ELES & ELAS | 9
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Chris O'neill mostra a impressão do pé da Princesa após o seu nascimento em Nova Iorque. Primeira foto da Princesa Leonor da Suécia.
Missa Te Deum em honra do nascimento da Princesa Leonor da Suécia, Capela do Palácio Real
O novo membro da Casa de Bernadotte
A
20 de Fevereiro de 2014 nasce, em Nova Iorque, a primeira filha do casal. O pai esteve sempre presente nas longas horas que Madalena esteve na New York's Weill Cornell Medical Center em trabalho de parto. Foi possível ver a emoção e alegria de Christopher quando mostra a impressão do pé do bebé no seu braço aos jornalistas de todo o mundo que aguardavam no hospital. Na Suécia, uma salva de vinte e um tiros regista o momento do nascimento daquela que será a quinta na linha de ascensão ao trono. O Rei, como é costumeiro, anunciou o nome e títulos ao Conselho de Ministros e já as informações já foram tornadas públicas. Para surpresa do povo sueco, o nome não continua as tradições da família. O bebé recebe o nome de Leonor Liliana Maria. Por ordem do rei deverá manter a denominação " Sua Alteza Real " e foi-lhe atribuído o título de Duquesa
de Gotland. Leonor (Leonore) é um nome pouco comum na Suécia mas não estranho às famílias reais: por cá tivemos a célebre rainha D. Leonor de Lencastre. O segundo nome é uma homenagem à princesa Liliana, falecida em Março de 2013, com 97 anos de idade. Já o terceiro, Maria, é um tributo à mãe de Christhopher. No passado dia 2 de Março, foi feita uma missa Te Deum, na Capela real, para agradecer a graça do nascimento. A criança, que nasceu fora do país, terá que ir à Suécia, para ser formalmente apresentada pela hofmesterinde Alice Trolle. E, futuramente, terá que ser membro da Igreja da Suécia e ter que viver no país escandinavo de forma a manter o título. Por ora, os pais declararam querer continuar a viver em Nova Iorque, mas terão que ponderar as suas escolhas a bem do futuro da sua filha recém-nascida. O casal é ainda muito novo e muitas ainda terão que lidar com muitas provas e atribulações. Mas esperemos que possamos dizer, tal como num conto de fadas, que viveram felizes para sempre. ■ ELES & ELAS | 11
PREMIÈRE
THE SAINT PETERSBURG BALL no Landmark Hotel, Londres
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ob a égide de S. A. R. O Príncipe Michael of Kent e com o alto patrocínio do Lord e Lady Nicholas Windsor, Princesa Olga Romanoff, Lady Fall, Dame Norma Major, dos Príncipes Lobanov-Rostovsky além de outros importantes membros do comité de honra, realizou-se o baile de São Petersburgo antecedido de cocktail e banquete. Foi uma animada festa com um exigente dress code inspirado no século XIX e as danças foram previamente
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ensaiadas e coreografadas com o rigor também daquela época. Com a presença de 300 convidados em ambiente histórico e animado, fequentado pela melhor sociedade internacional, nomeadamente inglesa e russa residente em Londres, foi obtida uma importante quantia para apoio à causa das Children’s Burns Trust. Foi um evento marcante do calendário da cidade de Londres, em que Portugal esteve representado por Paula e Vasco Bobone que apreciaram a elegância e a animação desta importante festa. ■ ➤
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1. PrĂncipe Rostov rodeado de convidados 2. Alena e Simon Escott 3. Casal Rodney Croft 4. Princesa Maria Obolensky e Philip Jones 5. Paula Bobone e Lady Collin Campbell 6. Com fardas de Gala da nobreza russa e inglesa
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7. TrĂŞs dress codes White Tie, Black Tie e SĂŠc XIX 8. Hamish Macdonald, Paula Bobone e Marcus O'neill 9. Alina Nagimova e Michael Hodges 10. Princesa Olga Romanoff e sua filha Princesa Sophia 11. Condes Dimitri Ziadie-Campbell 12. Paula e Vasco Bobone 13. Gavin Hay e Fiona Hannay 14. Jina Karchava e John Moylan 15.Doren Doeh e Gallina Despotova
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COROAS
Neve, flores e velas para o casamento de
TATIANA E ANDREA CASIRAGHI
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epois da união civil que aconteceu em Mónaco em Agosto do ano passado, Andrea Casiraghi e Tatiana Santo Domingo oficializaram o casamento numa esplendorosa cerimónia religiosa em Gstaad. Realizada à noite, a cerimónia teve lugar na pequena igreja católica ➤
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➤ de Rougemont decorada para o efeito com centenas de velas , ramos e coroas de flores. Esta igreja, com planta em cruz, é uma jóia da arquitectura românica. Foi construída no séc XI pelos monges Beneditinos sendo-lhe acrescentado o típico telhado de estilo Bernese Oberland, no séc. XVII. O resultado final é encantador, perfeito para uma cerimónia romântica e acolhedora. O casal quis um casamento reservado, com poucos convidados, onde nem a imprensa internacional teve acesso. Elementos da policia monegasca mantiveram os inoportunos á distância. As notícias e informações do acontecimento foram chegando aos poucos, em comunicados oficiais e por fontes próximas do casal. Quanto às fotos apenas algumas de atrevidos papparazzi nos deixam espreitar para o deslumbre e glamour daquela noite. A noiva usou um belíssimo modelo do criador de moda Valentino protegida do frio por uma elegante e longa capa de pele. O seu cabelo estava preso com um chignon atrás e encimado por uma magnífica tiara de diamantes. Andrea, o noivo, optou por um cavalheiresco fato cinzento. Os convidados, vestidos a preceito, mantiveram a discrição e o mistério chegando em caros de vidros fumados e abrigando-se por baixo de chapéus-de-chuva negros. Da lista sabemos que faziam parte a Princesa Carolina, o Príncipe Alberto, Charlotte Casiraghi, a Príncesa Alexandre, Pierre Casiraghi e a sua namorada Beatrice Borromeo. Chamou à a atenção as ausências das Princesas Charlene e Stephanie do Mónaco. Do lado da noiva, vieram a sua mãe, Vera Rechulski, e o seu irmão, Julio Mario Santo Domingo assim como uma série de amigos e familiares. Pensa-se que terá sido o seu irmão a entregá-la no altar em lugar do seu pai que faleceu em 2009. Contaram ainda com a presença do estilista Valentino, Margherita Missoni, Olympia Scarry e Elisabeth von Thurn und Taxis. Terminada a cerimónia, e com Tatiana e Andrea já unidos perante Deus, todos se dirigiram para o faustoso Palace Hotel, onde teve lugar o copo de água. n
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VITRINE INTERNACIONAL
Destinos que nos inspiram... Queremos viajar. Procurar novos destinos longe do turismo de massas. Queremos nos re-inventar com novos estilos e diferentes formas. Procuramos novos sonhos para sonhar e novas emoções para sentir. Somos cidadãs do mundo e estamos preparadas para a viagem! ➤
ADIS ABEBA
ARUBA
BUENOS AIRES
DALMÁCIA
FLORENÇA
TAIPEI
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Louis Vuitton
Holland Holland
Dolce & Gabbana
ADIS ABEBA A «Nova Flor» ou Adis Abeba é a exótica e multicultural capital da Etiópia. Inspire os novos aromas, cores e sabores africanos. Sonhe com desertos e animais selvagens. Mas prepare-se para o calor e para o frio! Há que levar extra bagagem. Numa mala as peles, noutra os vestidos leves. ■
Jimmy Choo
Marc Jacobs Alexander McQueen Cavalli
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Dior
Chanel
Agua de Coco
Cartier
Louis Vuitton
Prada Damien Hirst
Christian Loubotin
Missoni ELES & ELAS | 21
Marc Jacobs Brian Atwood
ARUBA Aruba é uma ilha encantada com praias de areia branca e sol quase todo o ano. Fica no Caribe, ao largo da costa da Venezuela e é território dos Países Baixos. Por lá fala-se holandês e papiamento que é um crioulo português! Diga: «Bon dia. Como ta bai?» Os flamingos que se passeiam nas praias, o mar e sol ditam a paleta: Rosa forte, azuis e amarelos! ■
Gucci
Chanel
Roberto Cavalli D&G Ralph Lauren
Burberrys Prorsum
Chloé
Hermès
Léonard
Chloé
Bulgari 22 | ELES & ELAS
Van Cleef et Arpels
Prada
Louis Vuitton
Just Cavalli
Chopard
Mikimoto
Moschino Cheap and Chic
Jo de Mer
Christian Loubotin Guess
Cartier
ès
Léonard
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Léonard
Léonard
Chanel
Cartier
Comme des Garçons Miu Miu
Gucci ELES & ELAS | 23
Valentino
Louis Vuitton
Louis Vuitton
Michael Kors
BUENOS AIRES
Christian Loubotin
A cidade da paixão e do tango! Capital da Argentina, esta enorme metrópole vibra com cores e movimento. Há sempre algo para descobrir e o amor pode estra ao virar da esquina. De dia, passei-se com cores fortes, vestidos femininos, padrões de bolinhas e quadrados. Não tenha medo do excesso! De noite, imite a divina Evita e cubra-se de glamour para uma noite de ópera no Colón ou liberte-se para a aventura num salão de tango. ■
Louis Vuitton Nina Ricci
Christian Loubotin A.B.S. by Allen Schwartz
Mulberry
Dolce & Gabbana
Prada 24 | ELES & ELAS
Christian Loubotin
Bvlgari
Valentino Valentina Dolce & Gabbana
Versace
Christian Loubotin
Christian Loubotin
Sergio Rossi
Gucci
Van Cleef et Arpels
Chanel
Chanel
Jimmy Choo
Cartier
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Gucci
Mawi
DALMÁCIA
Dolce & Gabbana
A velha «velha Europa»! Aqui tudo é tradição e história. Cruzado centro de impérios, a Dalmácia é um mosaico de religiões e culturas. Os íngremes montes descem para um Adriático de águas quentes e povoado de ilhas de contos de fadas. é um salto entre a Croácia, Montenegro e BosniaHerzegovina. O luxo aqui quer-se faustoso com cores densas e muitos dourados! ■
Oscar de la Renta
Anton Heunis
Oscar de la Renta
Emilio Pucci
Givenchy
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Gianfranco Ferré
Roberto Cavalli
Van Cleef et Arpels
Dolce & Gabbana
Versace Bvlgari Dolce & Gabbana Louis Vuitton Louis Vuitton
Chaumet
Theo Fennell
Rolex Chanel Jaquet Droz
Gucci Shourouk Shourouk
Jsut Cavalli
Loewe
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Dior
Prada
Chanel
White Lele
FLORENÇA Yves Saint Laurent
A jóia de Itália. A terra dos Médicis e da Renascità. A elegância da cidade e o ambiente da Toscânia pedem cores suaves e muita sofisticação. Tem muitos museus para visitar e muito para andar, mas não pode largar os stilettos! ■
Louis Vuitton
Samsung Galaxy Gear Smart Watch
Gucci
Jimmy Choo
Marc Jacobs
Oscar de la Renta Balenciaga
Balenciaga
Escada Balenciaga
Louis Vuitton
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Chanel
Chanel
Edie Parker
Zac Posen Hugo Boss
Ralph Lauren
Carolina Herrera
Michael Kors
Pink Tartan
Prada
Gucci Chaumet
Louis Vuitton
Balenciaga
Elie Saab Gucci
Nina Ricci
Jimmy Choo
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Mathew Williamson Van Cleef et Arpels
Jimmy Choo
Van Cleef et Arpels
Versace
Balmain
Amaya Arzuaga
Jimmy Choo
TAIPEI
Lela Rose
A China moderna e sofisticada. Fazendo parte da Formosa (Taiwan) é uma cidade cosmopolita com gente de todo o mundo. Deslumbre-se com o Taipei 101, um dos maiores edifícios do Mundo com 101 andares! Descubra as velhas tradições orientais e tome um chá verde enquanto vê as multidões passarem. Aqui há que vestir cores ácidas e vibrantes e mergulhar no exotismo do Oriente. ■ Louis Vuitton
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Van Cleef et Arpels
Jimmy Choo
Bvlgari
Marc Jacobs
Dior
Jimmy Choo
Stella McCartney
Gucci
Balenciaga
Christian Louboutin
Tom Ford Just Cavalli
Tsumori Chisato
Tory Burch
Gucci
Hermès
Oscar de la Renta
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LUXOS
DO ARMINHO À ZIBELINA Conheça as peles de A a Z por Nuno Vaz de Moura Casaco de raposa cinzenta com cabedal de cordeiro de Philipp Plein
Casaco de raposa cinzenta com cabedal de cordeiro de Philipp Plein Casaco de vison Fabio-Gavazzi Fall/Winter 2013
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Carteira Gucci em pele de Guaxinim
s peles estão na moda? Não. Perguntar se as peles estão na moda é como perguntar se os diamantes estão na moda. As peles estão acima da moda. Os estilistas têm vindo a propor inúmeros designs e feitios, mas o formato do clássico casaco de peles pouco mudou nas últimas décadas. Se for bem tratado, um casaco de peles pode durar toda uma vida. Porém, se se cansar do formato, um peluqueiro pode alterá-lo, modificá-lo ou transformá-lo em outras peças. Um casaco longo dará para fazer um mais curto, uma estola, uma gola para outro casaco,... Nenhum material artificial tem as propriedades das peles dos animais. Aquele característico toque macio e sedoso e a barreira contra o frio são impossíveis de imitar. Deixamos-lhe uma lista dos tipos de pele mais famosos para que conheça as suas características e aprenda a reconhecê-los. De parte deixámos aqueles - como o tigre, a zebra ou o gorila - que pela sua raridade ou por imposições da lei, já não é comum usar. ➤ 32 | ELES & ELAS
Arminho A pelagem do arminho varia de acordo com a estação: na Primavera e Verão este animal é castanho chocolate no dorso, com a barriga branca-amarelada; no Outono e Inverno a pelagem torna-se mais espessa e completamente branca. Uma das características da espécie é a ponta da cauda, sempre de cor negra. A pelagem branca é a mais apreciada e é usada sobretudo para golas ou bordaduras de mantos e casacos. Esta pele era vista como um símbolo de realeza e é comum os monarcas aparecerem representados com mantos de arminho, tipicamente brancos com o ponteado de negro que corresponde às caudas. ■
Capa de arminho e vison branco de Valentino
Castor Casaco de Astracã de John Galliano, colecção Outono-Inverno 2014
Astracã Astracã é, propriamente falando, o velo enovelado do cordeiro fetal ou neo-natal da espécie karakul. A pele tem uma superfície distinta, um encaracolado em serpentina muito apertado e com um leve brilho semelhante ao tecido moiré. Quanto mais jovem o cordeiro, mais apertado e brilhante é o encaracolado. O verdadeiro astracã vem numa gama de cores do amarelo dourado pálido ao preto, embora o preto seja o mais desejável. ■
O castor, originário da América do Norte, tem o cabelo muito longo, brilhante, mas castor cortado também é um favorito entre os designers que criam elaborados efeitos de superfície de diferentes cores e padrões. Por baixo dos pêlos maiores existe uma camada muito densa de pêlo que é particularmente indicada para ser transformada em feltro. ■
Bota em pele de castor Louis Vuitton, 2014
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Chinchila A chinchila produz as peles mais suaves de todos os tipos. Se bem que muito frágil, é extramente sedosa e tem uma gama de cores que vai do cinzento ao azul metálico. Quando usada produz um riscado em degradé que confere um ar muito sumptuoso ao vestuário. A espécie é originária da América do Sul mas é hoje criada por todo o mundo. ■
Carteira em pele de coelho Michael Kors
Casaco de Chinchila de Fabio Gavazzi, colecção Outono/Inverno 2014
O coelho é a variante mais pobre das peles. Não porque seja menos raro, mas porque a sua qualidade é mais fraca e duram menos tempo. A variedade Angorá, com pêlo mais longo e sedoso, é a mais apreciada. Os tons variam do branco ao castanho. ■
Coiote O coiote é um tipo de lobo da América do Norte e tem um pêlo muito duro e algo áspero. A sua dureza torna a pelagem bastante resistente sendo especialmente indicado para o vestuário masculino. As cores variam entre o cinzento e o acastanhado. ■
Coelho
Chapéu de Coiote de Mühlbauer
Cordeiro A pele de cordeiro existe numa série de tipos consoante a espécie. O mais nobre é o astracã, mas existem outros tipos de grande qualidade. O cordeiro mongol tem um pêlo comprido e encaracolado, naturalmente branco, mas que pode ser tingido em qualquer cor. O tipo Mouton é cortado rente e é muito semelhante à pele de castor. O Shearling é a pele de cordeiro que passou por um processo de corte limitado para obter uma profundidade uniforme das fibras de lã para uma aparência uniforme e é usado sobretudo para a confecção de botas. ■ 34 | ELES & ELAS
Carteira em pele de cordeiro da mongólia da Juicy Couture
Lobo Cinzento As peles de lobo são usadas principalmente para estolas e guarnições de vestuário, embora sejam ocasionalmente usadas para jaquetas, capas curtas e casacos. A qualidade da pelagem do lobo repousa e na densidade e força da fibra do pêlo, o que mantém o pêlo em pé e dá à pele um aspecto espesso e atraente. Estas características são encontradas principalmente em populações de lobos do norte e reduzem nas espécies dos climas mais quentes. As peles dos lobos norte-americanos estão entre as mais valiosas, sendo mais sedosas e macias que a dos da Europa. ■
Casaco patchwork de peles de Lobo de Moncler Gamme, colecção Outono /Inverno 2014
Marta Marta é a denominação comum dado aos mamíferos mustelídeos do género Martes. A marta americana tem pelos longos e sedosos e varia do castanho escuro ao dourado. A variedade Baum (marta europeia) é mais macia, sedosa e brilhante do que a americana. A melhor variedade é a Stone (fuínha) que tem o pêlo azul-acastanhado com os pêlos interiores mais pálidos. ■ Casaco de marta de J. Mindell, Outono-Inverno 2013-14
Raposa Outra pele muito popular é a raposa. Com, pêlos brilhantes e longos e uma pelagem interior muito macia e espessa, a raposa é maravilhosamente fofa e ideal para cortar em colarinhos, punhos, capas ou estolas. A pele de raposa possui uma gama extraordinariamente ampla de cores naturais, incluindo prata, vermelho, branco e cinza. Pode também ser tingida numa variedade de cores para efeitos estilísticos. ■
Casaco de raposa prateada e vermelha de Lanvin colecção Outono/Inverno 2013-14 ELES & ELAS | 35
Rato-Almíscarado O rato-almiscarado é um roedor que se parece com um pequeno castor. Existem espécies americanas e europeias e todas possuem uma densa pelagem acastanhada no dorso e ventre mais pálido. Aceita facilmente o tingimento, estando disponível numa enorme variedade de cores. ■
Chapéu em pele de rato almiscarado
Vison O Vison é a designação comum a várias espécies de mamíferos mustelídeos do género Mustela, especialmente a Mustela vison, que se assemelham às martas da América do Norte. É a mais popular de todas as peles e a mais vendida em todo o mundo. Conhecida por sua textura luxuosamente suave e leve, o vison presta-se tanto para uso em ocasiões mais solenes como para ambientes mais casuais. O vison tem pêlos longos e pelagem interior macia e densa que dá uma textura aveludada, fabulosa ao toque, nas versões aparadas. ■
Casacos de vison e astracã tingidos de Fabio-Gavazzi colecção Outono/Inverno 2013-14
Zibelina A pele de zibelina russa continua a ser o mais popular do mundo, famosa por sua lendária qualidade, raridade e leveza. A Zibelina é de uma espécie de marta com uma sedosa pelagem castanha e brilho prateado. Quanto maior a presença de pêlos prateados mais cara é a pelagem. ■ Casaco de Zibelina beige de Carolina Herrera, colecção de Outono/Inverno 2013-14 36 | ELES & ELAS
Moda L isboa a nossa selecção Foi mais uma edição da Moda Lisboa e desta vez o tema foi «Vision». Vários estilistas repartiram-se pelos três dias do evento mostrando o que de melhor por cá se faz. Quanto às tendências para o próximo Outono-Inverno vimos muito preto e encarnado-sangue; malhas pesadas e peles quentes; transparências e padrões recortados a laser; jóias que se vestem e sapatos que variaram entre as solas largas e sólidas das marcas nacionais e os vertiginosos saltos de Christian Loubotin. Fica o nosso orgulho, «a nossa selecção»! ■ ➤ ModaLisboa / Fotografias: Rui Vasco
Nuno Gama ELES & ELAS | 37
DINO ALVES
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FILIPE FAÍSCA
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CRISTINA REAL
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INA KOELLN
SOFIA MACEDO
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LUÍS CARVALHO
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LUKASZ JEMIOL
ELES & ELAS | 43
NUNO BALTAZAR
44 | ELES & ELAS
PEDRO PEDRO
ELES & ELAS | 45
RICARDO PRETO
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OLGA NORONHA
SAYMYNAME
RICARDO ANDREZ
RICARDO ANDREZ
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MIGUEL VIEIRA 48 | ELES & ELAS
MIGUEL VIEIRA
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NUNO GAMA 50 | ELES & ELAS
NUNO GAMA
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CARTAZ
~ LIVROS ~ MARIA PILAR QUERALT DEL HIERRO MULHERES DO MARQUÊS DE POMBAL, Esfera dos Livros Maria Pilar Queralt del Hierro lança Mulheres do Marquês de Pombal, uma obra que nos mostra as mulheres que influenciaram a vida de um grande homem de Estado como foi Sebastião José de Carvalho e Melo. É uma visão original do estadista responsável pela reconstrução de Lisboa depois do terramoto de 1755 através destas mulheres que se atravessaram na sua vida. Umas ligadas por laços familiares e de afecto como a mãe ou as suas duas esposas, outras fundamentais para a sua ascensão ao poder como a rainha Maria Ana de Áustria, sua protectora, outras responsáveis pela sua queda como a Marquesa de Távora e D. Maria I. ■ PAULO PEREIRA DECIFRAR A ARTE EM PORTUGAL Círculo de Leitores Em cada objeto de arte existe um mundo de ideias a decifrar. O historiador Paulo Pereira, autor de obras como os «Lugares Mágicos de Portugal», propõe uma inédita e singular seleção das 100 obras que marcam e revelam os períodos históricos – arte antiga, Idade Média, Renascimento, Barroco, arte oitocentista e arte contemporânea. Uma grande e cuidada síntese a atentar no detalhe das pinturas, esculturas ou arquitetura e a desvelar um sentido nem sempre óbvio ao grande público. Há neste obra toda uma procura de revelação da riqueza da arte portuguesa. Uma partilha com o leitor comum de todo um património e prazer estético. ■
ISABEL MACHADO VITÓRIA DE INGLATERRA Esfera dos Livros SAR Rainha Vitória reinou mais tempo do que qualquer outro monarca inglês: 63 anos. Viu no trono de Portugal 5 reis: D. Maria II, D. Fernando II, D. Pedro V, D. Luís e Carlos. Nunca a proximidade entre as duas Casas Reais foi maior. Mas é também durante o seu reinado que acontecerá o maior conflito de sempre entre Portugal e Inglaterra: o Ultimato Britânico, que acaba com o grandioso sonho português em África. Um grandioso romance que mostra a importância das relações entre Portugal e Inglaterra. ■
A FÁBRICA Até 30 de Março Teatro A Barraca
~ TEATRO ~
OS IMPROVÁVEIS estão de volta, com um novo espectáculo de Comédia de Improviso: "A FÁBRICA". Conta com novo cenário, novos figurinos, novos jogos de improviso, muitos convidados especiais e outras surpresas. Sempre 100% improvisado, interativo e muito divertido. O conteúdo é totalmente original, criado em tempo real pelo elenco de actores profissionais especializados em Teatro de Improviso: Marta Borges, Telmo Ramalho e Pedro Borges. Este trio, juntamente com os convidados especiais, equipa técnica, músicos e público, são os motores da grande máquina da criação teatral de cada noite, criando em conjunto "produtos" divertidos, com humor sofisticado, memoráveis e “acabamentos de excelência”. Na "linha de montagem" desta fábrica criativa, não há guiões pré-definidos. Tudo é improvisado no momento, em função das sugestões da plateia. Cada noite é hilariante, interactiva e irrepetível. Aos Domingos é a versão KIDS, com jogos de improviso pensados para toda a família, onde se dá especial atenção à participação do público infanto-juvenil. O público sugere, eles fabricam! ■ 52 | ELES & ELAS
~ MÚSICA ~ SHAKIRA (DELUXE EDITION) Shakira
PABLO LAPIDUSAS
Shakira, artista global, cantora/compositora multiplatinada, vencedora de vários prémios Grammy e filantropa, apresenta o seu novo trabalho, um álbum homónimmo. “Can’t Remember To Forget You” (ver aqui), que conta com a participação de Rihanna, é o single de apresentação do novo álbum homónimo de Shakira. O tema foi composto por Shakira e Rihanna, John Hill, Tom Hull, Daniel Ledinsky e Erik Hassle, e produzido por Shakira, John Hill e Kid Harpoon. John Hill (Santigold, Jay Z, The Vaccines), Kid Harpoon (Florence + The Machine, Calvin Harris), Greg Kurstin (P!nk, Kelly Clarkson, Katy Perry), Steve Mac (Kelly Clarkson, One Direction), Mark Bright (Carrie Underwood, Rascal Flatts), Busbee (P!nk, Lady Antebellum, Katy Perry) e The Messengers (Pitbull, Chris Brown, Christina Aguilera), são alguns dos nomes que colaboraram em “Shakira”. ■
O conceito de “Estrangeiro” começou a nascer após o primeiro disco solo de Lapidusas, “Ouriço”. Nos recitais de lançamento para aquele trabalho quase inteiramente autoral, resolveu alternar as suas composições com standards, privilegiando um repertório que sempre o acompanhou. Assim encontrou o formato que desenvolveu nesse périplo por tantos estúdios, imprimindo a sua digital a partir de estímulos de uma diversificada formação artística. Estudos de piano clássico em diferentes fases da vida (incluindo, a partir dos preparativos para gravar “Ouriço”, um profundo mergulho no período romântico) e de jazz e a prática como pianista/tecladista na música popular, trabalhando com, entre outros, Eduardo Dussek, Zezé Motta, Wanda Sá, Célia Vaz, Victor Biglione, Quarteto em Cy, Edu Lobo, Carlos Malta, Bena Lobo, Sandra de Sá, Cesar Camargo Mariano, Hermeto Pascoal e Marcelo D2. É desse caldeirão que se nutre e nasce “Estrangeiro”. ■
A BUNCH OF MENINOS Dead Combo Depois de um 2013 inesquecível, marcado pelas comemorações de uma década de carreira, os Dead Combo estão de volta aos álbuns: «A Bunch of Meninos». Composto por 13 novas canções, assinadas integralmente por Tó Trips e Pedro Gonçalves, «A Bunch of Meninos» foi gravado em Setembro de 2013, nos Atlantic Blue Studios. Produzido por Hélder Nelson e pelos Dead Combo, o álbum conta com as participações especiais de Alexandre Frazão (bateria e percussão) e António Sérginho (percussão). «A Bunch of Meninos» é a narração de uma aventura de perseguição e sobrevivência, misto de dura realidade e estranho sonho, passado numa qualquer cidade sinuosa e cinzenta, como fica demonstrado no texto de Pedro Gonçalves que acompanha o disco. ■ MEHLIANA TAMING THE DRAGON Brad Mehldau & Mark Guiliana Este é o primeiro álbum do duo constituído pelo pianista e compositor Brad Mehldau e pelo baterista Mark Guiliana. Os dois têm actuado juntos há já vários anos e aqui podemos encontrar 12 temas originais, metade da autoria do duo e outra metade de Brad Mehldau. O álbum tem como engenheiro de som Greg Koller (Jon Brion, Kanye West). ■
MAN ON THE ROCKS Mike Oldfield Mike Oldfield regressa aos álbuns com o primeiro registo desde 2008, “Man On The Rocks”. Ao longo de 11 novos temas, este disco reflecte as múltiplas e mistas influências de Mike Oldfield. Gravado nas Bahamas, este vigésimo quinto álbum de estúdio do americano foi produzido pelo lendário Stephen Lipson (Beck, Paul McCartney, Annie Lennox). “Man On The Rocks” conta ainda com a participação de grandes artistas e músicos, como o baixista Leland Sklar (Phil Collins, Crosby, James Taylor), o baterista John Robinson (Eric Clapton, Daft Punk), e o vocalista dos The Struts, Luke Spiller. Este novo trabalho traz consigo grande contraste entre os temas, desde o som mais comercial da primeira faixa “Sailing”, à sonoridade folk de “Dreaming In The Wind”, passando pelos riffs de guitarra em “Irene”. Disponível em edição standard e Deluxe – que inclui um segundo CD com as versões instrumentais de todos os temas – “Man On The Rocks” não deixa esquecer que Mike Oldfield é um dos maiores talentos musicais britânicos. ■ ELES & ELAS | 53
CARTAZ
~ ESPECTÁCULOS E EVENTOS ~ STOMP 9 A 12 DE ABRIL Centro Cultural de Belém Há mais de vinte anos a correr os cinco continentes, os Stomp regressam uma vez mais a Portugal. O famoso grupo de percussão, que utiliza igualmente a dança e a dramatização de filmes para a composição dos seus espectáculos, apresenta-se no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém para mais uma prestação invulgar. Muito ritmo, animação e uso de objectos pouco convencionais, como caixotes de lixo, vassouras, latas e bidões: estes são os ingredientes que garantem um espectáculo onde predominam a criatividade genial e a dinâmica contagiante. ■ GRANDE CIRCO RUSSO - VIAGEM À RÚSSIA 30 MARÇO A 6 ABRIL Campo Pequeno Dinástia regressa a Lisboa 35 anos após a última exibição em Portugal. O Circo Russo - Festival de Arte Circense dos Povos da Rússia, em colaboração com o RosGosTsirk, o circo estatal russo (www.circus.ru), escolheu Portugal para apresentar em primeira mão, DINÁSTIA, um espetáculo que reúne o melhor da secular tradição circense da Rússia e que está já a criar grande expetativa. O Campo Pequeno, em Lisboa, vai ser o palco por onde vão desfilar acrobatas, contorcionistas, equilibristas, malabaristas, trapezistas, palhaços, cães, gatos e cavalos, num espetáculo de circo fora do comum. ■ BELÉM ART FEST 2014 4 E 5 DE ABRIL Mosteiro dos Jerónimos (Claustro), Museu Nacional de Arqueologia, Museu Nacional dos Coches e Museu Coleção Berardo. O festival dos Museus à noite inclui o Mosteiro dos Jerónimos (Claustro), o Museu Nacional de Arqueologia, o Museu Nacional dos Coches e o Museu Coleção Berardo. Durante os dois dias do evento, os visitantes podem assistir a concertos de bandas nacionais, dança, teatro, mostras de artesanato, exposições e workshops. O Belém ArtFest representa as várias vertentes artísticas da cultura nacional, com uma programação abrangente, num enquadramento cénico único proporcionado pelos Museus. É sem dúvida uma experiência cultural diferenciada e muito apelativa. Esta terceira edição vem reforçar a aposta da Amazing Adventure no entretenimento e na transmissão dos diferentes valores da cultura portuguesa. ■ 54 | ELES & ELAS
~ EXPOSIÇÕES ~ RUIN LUST Até 18 de Maio Tate Britain, Londres «Ruin Lust» é uma exposição, comissariada por Brian Dillon e Emma Chambers, que se apresenta como guia para os usos tristes, emocionantes, cómicos e perversos de ruínas em arte a partir do século XVII até aos nossos dias. A exposição é o mais abrangente possível sobre o assunto até o momento e inclui mais de 100 obras de artistas como JMW Turner, John Constable, John Martin, Eduardo Paolozzi, Rachel Whiteread e Tacita Dean. ■
«THIS ORDER» - De Pedro Valdez Cardoso Até 20 de Abril Museu de Arte Popular Pedro Valdez Cardoso é o artista convidado para o segundo momento expositivo do projecto Travessa da Ermida no Museu de Arte Popular. Nesta exposição, Valdez Cardoso apresenta duas obras: uma instalação intitulada The Order of Today is the Disorder of Tomorrow e uma escultura de parede – Camarote. A instalação toma por título a célebre frase proferida por Louis Antoine de SainJust (1767-1794), figura emblemática ligada à Revolução Francesa e aliado de Robespierre. A partir de uma estética oitocentista, o artista recria uma guilhotina de aparência barroca que se apresenta como um móvel de artes decorativas ao estilo e gosto do séc. XVIII. A segunda peça que incorpora esta mostra representa um cesto de basket, também ele recriado numa estética barroca. Dentro do cesto temos um crânio humano com uma peruca de época, ao invés da habitual bola. O conceito de poder, e a fragilidade desse mesmo poder, em conjunto com a clara ironia de que os “bons” de hoje serão certamente os “maus” de amanhã, é transversal a ambas as peças, e essa foi a razão de as mostrar conjuntamente. ■ I Guerra Mundial Até 14 de Dezembro Museu do Combatente Exposição temática que simula a vida dos soldados portugueses numa trincheira da I Guerra Mundial. Esta exibição mostra a vida nas trincheiras, utilizando cenários e figuras hiper realistas, onde se simulam não só os interiores da trincheira, mas também um verdadeiro cenário de guerra e onde será igualmente mostrado o final da Guerra. Através da reprodução de 18 figuras realistas ostentadas em várias cenas, o visitante vê retratado com rigor a vida quotidiana dos soldados - como dormiam, como se alimentavam, como eram tratados os feridos, como tratavam da sua higiene, os poucos momentos de descanso e lazer, até à simulação de um verdadeiro cenário de guerra. ■
O EXÓTICO NUNCA ESTÁ EM CASA? A CHINA NA FAIANÇA E NO AZULEJO PORTUGUESES (SÉCULOS XVII-XVIII) Até 29 de Junho Museu Nacional do Azulejo Exposição temporária composta por 75 peças de azulejaria, faiança, porcelana chinesa, mobiliário, pintura e têxteis. Este ano assinalam-se os 500 anos dos contactos luso-chineses, com o desembarque de Jorge Álvares no sul da China, em 1513. Em Portugal, porta de entrada preferencial no Ocidente do que chegava da China, o azulejo e a faiança assimilaram ecos da porcelana e dos têxteis produzidos no outro lado do mundo. Mais tarde, e fruto do fenómeno da Chinoiserie, que se estendeu por toda a Europa, a reinvenção da China deu origem à criação de uma série de objectos que pretendiam evocar um quotidiano longínquo.É o testemunho deste fenómeno que pode agora ser visto através de um conjunto de 75 peças provenientes do acervo do MNAz, de outras instituições e de colecções particulares. ■
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ENTREVISTA
VICENTE DA CÂMARA
por Maria de Bragança
O Decano do Fado
H
omem de família, D. Vicente Maria do Carmo de Noronha da Câmara esteve casado durante 56 anos com Maria Augusta de Mello Novais e Atayde, que morreu em Setembro de 2011. Com ela teve seis filhos que já lhe deram dezoito netos. Cultor do fado clássico, antigo, que dava espaço para o improviso, Vicente da Câmara afirma-se pela sua clara articulação da frase, voz timbrada e de grande nitidez interpretativa, e pela verdade que coloca em cada fado, em cada actuação. Dele se recordam grandes clássicos. Mas, como nenhum outro, o fado A Moda das Tranças Pretas vai constituir o seu cartão de visita para a posteridade. Conta-se que o compôs entre 1955 e 1956 num quarto de hotel em Santarém. Grande referência do Fado, foi condecorado pelo Presidente da República com a Medalha da Ordem do Infante D. Henrique - a mesmíssima condecoração imposta antes a seu pai, D. João da Câmara, que a recebeu das mãos do então presidente da República, Almirante Américo Thomaz pelos serviços prestados como jornalista e locutor da Emissora Nacional. Recebeu-nos na sua casa, ali ao lado da Voz do Operário, onde conversamos sobre a vida, o fado e o país. ➤
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➤ São
muitos anos de fado e ainda mais de vida. Como foi esse seu percurso? O meu percurso não teve nada de extraordinário. Desde pequeno que tinha música em casa. O meu pai cantava, muitíssimo bem. Aos 9 anos comecei a ouvir a minha tia, Maria Teresa de Noronha e enveredei mais para esse lado. Já com 20 anos comecei a fazer programas na Emissora Nacional e, mais tarde, na televisão quando esta apareceu. Depois fui para África em 1950. Estive lá dois anos. Estive lá a trabalhar numa empresa. Era uma altura em que por lá ainda se dormia de janela aberta e sem fechadura na porta. E atravessava-se Angola sem qualquer problema. Estive lá agora, há pouco tempo e fiquei impressionado com aquilo. A ilha (do Cabo) que era duas casas e um restaurante agora é um pandemónio; cheia de restaurantes, hotéis e de tudo... Cantei lá num restaurante muito giro que tinha o mar por trás. E comemos lá um robalo que foi uma coisa fabulosa. Eu pensei que era de lá, mas imagine que o peixe afinal tinha vindo de cá. Mas voltando ao meu percurso. Trabalhei na Redeurope e depois, 19 anos na CIDLA. Saí desta para uma empresa muito curiosa, a UNIGEST, que tinha vários accionistas todos com o mesmo capital. Com o 25 de Abril faliu, claro. A par disto fui fazendo o meu trabalho como antiquário que sempre fiz e cantando as minhas cantigas...
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Agora já fiz os meus 65 anos de fado. Já fui condecorado, ...e estou para acabar... Esperamos que ainda possamos contar com a sua companhia e talento por muitos mais anos. Mas voltemos ao início. Lembra-se como foi começar no Fado? Comecei ainda de calções a ir ao Mesquita beber o meu copo às escondidas. Mas oficialmente comecei aos 20 anos na Emissora Nacional. Na altura para se cantar na Emissora nacional não era assim de qualquer maneira. Tinha-se que fazer um concurso. Eu só o ganhei à segunda vez. Da primeira vez foi a Júlia Barroso. E depois ficávamos a fazer programas quinzenais. O Maestro Nobre Guy Sousa lá me ligava para eu ir e pagavam-me 100 escudos por programa, imagine. Um dia lá me deram 120! Entretanto, da Censura, pediram-me para levar lá as letras todas. Lá levei as cerca de 40 letras e deram-me um carimbo para 12 anos. Não precisei de mais... Era uma altura em que o fado estava muito ligado ao regime. Era algo caro a Salazar. Os famosos 3 Fs: Fátima, Fado e Futebol. Não gosto nada de falar de política. É algo que me aborrece. Conheci e conheço alguns (políticos) e já me chega. Isso dos 3 Fs diziam que eram ópio do povo e que era coisa do Regime. Mas agora tratam tudo isso com salamaleques. Foi a Amália e agora o Eusébio, com essa história do panteão. Lembro-me de uma conversa, do ➤
"O fado nunca esteve tão bem como agora. Está cada vez mais internacional. Eu fui representar Portugal, a cantar o fado, 13 vezes para a China. Estive também em Hong Kong, Malásia, Coreia, ... "
meu pai, com o Caetano em que lhe dizia que ele era muito à direita. Ao que o Caetano lhe responde: «Mas olhe que lá em casa, os meus filhos chamam-me comunista!». Por falar em filhos. O Dom Vicente tem uma grande descendência que também deram e dão cartas no fado. Os meus filhos começaram a cantar. Os meus netos agora também. Já temos feito coisas em conjunto. Agora cantam em coro e cantam muitíssimo bem. O Dom Vicente tem sido associado ao que se convencionou de «fado aristocrata». Mas sabemos que não gosta muita da expressão. Onde é que a gente vai parar com isso? O que é «aristocrático»? É uma palavra grega que se refere aos melhores, aos melhores do seu ofício. Eu tenho aqui na Graça um sapateiro que é um aristocrata. Essa coisa de se dizer que nasceu num berço aristocrata é um disparate. O aristocrata é a pessoa que se transforma em aristocrata. No fado poderia ser um aristocrata. Pelo menos não acho que seja dos piores. E estou dentro de um meio aristocrático, porque estou perto dos melhores fadistas. Desta geração mais recente de fadistas, que nomes mais lhe agradam? Eu nunca falo de vivos. Porque posso falar aqui de 2 ou 3 e depois ficam a faltar uns 9 ou 10. Dos antigos sim. Tenho muitas saudades do Alfredo Marceneiro, da
➤
Amália, da minha tia Maria Teresa, da Hermínia Silva, do Carlos Ramos... e faltam aqui para aí uns 50! Eram tantos no meu tempo. Mas então sem mencionar nomes, o que pensa do estado do fado neste momento? O fado nunca esteve tão bem como agora. Está cada vez mais internacional. Eu fui representar Portugal, a cantar o fado, 13 vezes para a China. Estive também em Hong Kong, Malásia, Coreia, ... A Amália foi a primeira que começou a sair. Eu só comecei a sair de Portugal a partir de 1982. Nesse ano fui a Macau. Da sua longa experiência, que mensagem deixaria aos mais jovens? Se os jovens querem saber o que se passa não se podem esquecer que, a nível nacional trata-se sempre de lugares, tachos ou posições; a nível internacional, de mercados e matérias-primas. Podem dar as voltas que quiserem que vão sempre lá parar ao mesmo. E há alguma maneira de contornar isso? Há. Têm que trabalhar muito. Eu trabalhei sempre muito. Negociava em selos e moedas, fazia seguros, trabalhei em publicidade,... fartei-me de me mexer. Têm que se mexer, porque se se encostam, estão tramados. E não se preocupem em ser da Direita ou da Esquerda; preocupem-se em ser Direitos! Ser-se direito na vida! ■ Fotos: Maria Inês ELES & ELAS | 59
ESPECTÁCULO
FESTIVAL GRANT’S TRUE TALES
M
ais de 3.000 pessoas estiveram no cinema São Jorge para ouvir as histórias de grandes personalidades na 3º edição do maior festival nacional de storytelling. Apresentado pelo actor Joaquim de Almeida, o festival contou com grandes personalidades a partilhar histórias como Afonso Cruz, António Victorino de Almeida, Camané, Carminho, Celeste Rodrigues, Dalila Carmo, David Fonseca, Fernando Alvim, Ivo Canelas, Luísa Sobral, Maria da Fé, Nuno Markl, Pedro Boucherie Mendes, Pedro Ribeiro, Pedro Tochas, Sérgio Godinho, Simone de Oliveira, Valter Hugo Mãe e Zé Pedro Vasconcelos. ➤ 60 | ELES & ELAS
Simone de Oliveira
Afo
Fernando Alvim
Victorino de Almeida
Afonso Cruz, Pedro Boucherie Mendes, Sérgio Godinho, Dalila Carmo, Valter Hugo Mãe, Pedro Tochas e Joaquim de Almeida
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Sérgio Godinho
David Fonseca
Luísa Sobral
Carminho
Zé Pedro Vasconcelos
Camané Joaquim de Almeida
Celeste Rodrigues
T
Dalila Carmo
endo como mote o tema “Stand Together”, este festival patrocinado pelo Whisky Grant’s contou com uma vasta programação de partilha de histórias, como uma sessão de Histórias Verdadeiras de Contadores Anónimos apresentado por Fernando Alvim, uma sessão com Pedro Tochas denominada de “Façam-me contar histórias” e ainda a projecção de vários documentários selecionados por Rui Pedro Tendinha. Um verdadeiro sucesso! ■
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LOVE DAY
CHIADO
E
ste ano realizou-se a segunda edição do Chiado Love Day by Eles e Elas. Em parceria com a Câmara de Lisboa, Associação de Valorização do Chiado e Associação de Luta Contra a Sida, convidámos vários amigos para visitarem este lugar no coração de Lisboa e celebrar o amor. Várias foram as figuras destacadas da nossa sociedade que não quiseram faltar e o salão do pitoresco Hotel Borges depressa se encheu. Sob o mote «Champagne et Chocolat» passamos o dia antes de irmos procurar o presente ideal da nossa cara metade nas lojas associadas ao evento. Mais tarde ainda houve fados ali na Rua Ivens, na Aldeia da Bolota. Um sucesso! ■ ➤
Fotos: Maria Inês e Starsonline.pt
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Maria de Bragan莽a e Nuno Vaz de Moura
Margarida Prieto
a Eug茅nia Saraiv es nc P么 io 贸n nt A e
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Maria José Galvão de Sousa e Humberto Leal
Pia Hýlen, Maria de Bragança e Eugénia Saraiva
Maria Duarte e Pedro Ramos e Ramos
CHAMPAGNE T! E T C HO C OL A 66 | ELES & ELAS
Adriane Garcia e João Libério
Fiona Bunnet
FORAM VÁRIAS AS MARCAS QUE QUISERAM ESTAR ASSOCIADAS AO NOSSO EVENTO E PRESENTEAR OS NOSSOS CONVIDADOS!
Cinha Jardim
Humberto Leal, Paula Bobone, Maria José Galvão de Sousa, Teresa Pinto Coelho e José Mesquita
Vanessa Oliveira
Vanessa Martins
SN CHO COLATE
Janaína Araújo
E ST L É !
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Joelle dos Santos, Fátima Vilela, Helena Ribeiro e Isabel Lima
Luísa Barbosa
Paula Bobone e Cristina Gilles
Carlos Fonseca Ferreira e Filomena Morim
Ana Linda e Serenella Andrade
Maria Inês
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Alexandra Fernandes, Alexandre Alves Ferreira e Rita Mendes
Sofia Fernandes
Jorge Santos Silva e Helena Ribeiro
Adriane Garcia e Eugénia Saraiva
Ana Palmeira
Helena Isabel
Henrique Schiappa e Ana Tierno
Filipa Castelo Branco e Maria da Luz de Bragança
Pedro Crispim
Fernando Hipólito e Elsa Matias
NEGÓCIOS & DECISORES
Ana Cláudia Vaz O empreendedorismo no feminino
Aos quatorze anos iniciou uma carreira de modelo que a levou a conhecer os quatro cantos do mundo. Representou grandes marcas nacionais e internacionais durante dezoito anos. Abdicou de uma carreira de actriz para entrar no mundo dos negócios. Fundadora da marca Adoro.Ser.Mulher, deseja elevar a outra dimensão o Network feminino. A Eles & Elas, sempre junto dos melhores, juntou-se a este projecto vencedor.
O
que é o Adoro.ser.mulher (ASM)? O Adoro.Ser.Mulher é uma marca registada, é um encontro original de network, diferente de todas as outras acções deste género. Mistura o empreendorismo com solidariedade num evento cheio de glamour, pensado com detalhe. Para mulheres, claro. Qual é o objectivo do ASM? O objectivo deste evento é dar destaque e aumento de auto-estima a um número cada vez maior de mulheres empresárias, com cargos profissionais de responsabilidade, de comunidades diferentes, que sei que existem por aí, e que podem tirar o maior partido deste tipo de plataformas… Através de um ambiente descontraído, ➤
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➤ mas controlado, elas podem alargar os seus contactos profissionais, trocar ideais, e proporcionar negócios. É incrível o que pode acontecer de positivo, em encontros deste género. Claro que, para tudo funcionar correctamente, as participações são limitadas, e estas mulheres são seleccionadas a dedo, de variadíssimas áreas. Todas podem participar, é tudo uma questão de oportunidade e identificarem-se com o evento. Depois existe o lado solidário. A ideia é diversificar, e em cada evento ajudar uma associação ou instituição de caridade. É um gesto de boa vontade, de todas nós, que faz muita diferença, e ajuda outros mais necessitados. Ou seja, ao participarem já estão a ajudar, pois a organização faz doação de parte do valor dos bilhetes. Como nasceu? O encontro feminino nasceu de um sonho meu, já a acção de network nasceu naturalmente…Vou explicar. (risos) Eu sempre sonhei em celebrar o 1º aniversário da minha 1ª marca, Imagem Vip, com um jantar só para mulheres, para as minhas clientes na altura, que tinham usufruído dos meus workshops de moda e beleza. O nome Adoro.Ser.Mulher foi criado, fomos à procura de sponsors, estávamos em 2009, e obter parceiros foi mais fácil. Escolhemos um maravilhoso restaurante e chamámos a imprensa. Correu tudo tão bem que, durante o jantar, eu vi que as minhas clientes trocavam “business cards” umas com as outras, trocavam de mesa, iam conversando de assuntos interessantes criando sinergias, mas sempre com boa disposição. Senti logo naquele momento que o ASM, não poderia ficar só por aquela noite.
O futuro
Crescer. Criar uma plataforma com várias vertentes. Que possa ser utilizado por várias mulheres, não só as empresárias, mas as domésticas, as profissionais, as que estão em mudança de carreira, todas! Pois temos tudo em comum, somos mulheres, e só nós sabemos a capacidade fantástica que temos de conseguir fazer multifunções, e o “pulso” necessário para criar uma carreira. E também, na dificuldade que isso é. Criar um círculo poderoso, onde temos as ferramentas para elas, e elas ao associarem-se, estão a ajudar outros, sem qualquer esforço adicional. Eu acredito nas parcerias, nas sinergias. Seria tudo mais fácil se todos partilharem, divulgarem, darem um bocadinho, para também receber, claro. Obviamente tudo isto só é possível com sponsors, e se possível marcas nacionais… nem sempre é possível. É importante criar bons conteúdos para as marcas associarem-se com orgulho e distinção. Isto é igual para os média, que têm um papel destacado e fundamental no arranque da economia. Como chegou até aqui? Eu comecei muito menina a trabalhar. Aos 14 anos. Não tive uma infância fácil, e houve necessidade de logo cedo ajudar monetariamente em casa. Ou seja, comecei cedo a gerir o meu dinheiro, a criar as minhas oportunidades, a sonhar e a pensar em grande. Depois aos 16 anos tive a oportunidade de fazer uma carreira como modelo, e que aproveitei com tudo o que tinha. Foi para mim uma rampa de lançamento. Tornei-me numa excelente profissional, assídua e persistente. Seguiram-se 15 anos na Central Models, de trabalhos muito giros, com oportunidades de viajar pelo mundo fora, e criei amigos pelos quatro cantos. Recordo estes anos com alguma saudade e com orgulho. Quando terminou, decidi, como é natural, investir numa carreira de actriz, que ainda durou mais 8 anos. Não satisfeita com a minha formação, fiz as malas e fui estudar representação para Los Angeles, na esperança de ao voltar, a minha jovem carreira de actriz ganhasse outro sabor. Mas isso não aconteceu. Os papéis eram muito repetitivos. Os projectos maus e sem criatividade. E eu não consigo trabalhar apenas pelo dinheiro, sem gosto pelo que faço. Isso não me traz fortuna à vida. Assim abdiquei de ser actriz. Não sei se fiz bem, nem mal. Não era o que queria, e digo-o publicamente. Foi quando decidi parar, juntar todo o dinheiro que tinha, e criar a minha primeira marca, a Imagem Vip, que ainda existe, um atelier de workshops de moda e beleza que ajuda as mulheres a melhorarem a sua imagem pessoal. Formei-me em ➤ ELES & ELAS | 73
➤ consultora de imagem. Depois lancei a Bliss Agency, a 1ª agência de modelos feminina, e agora a Luxury Events, que organiza eventos e experiências únicas, e organiza o ASM. Parece muita coisa, mas é tudo muito simples: “I love my job!”. Não basta gostar do que faz, é preciso amar o seu trabalho. E eu adoro criar, produzir, organizar. Gosto de pensar em grande. O meu marido algumas vezes traz-me de volta à realidade (risos). Neste momento sou feliz e segura, tenho um marido fantástico e uma filha maravilhosa. Uma família linda! E isto, é a maior riqueza da vida! O que vai acontecer neste ASM ll, no dia 29 março? Talvez o evento mais bonito e produtivo do ano! Para esta edição, escolhi como cenário a belíssima zona de Tróia - Arrábida, com um almoço a bordo de um passeio de barco que durará 4 horas, ao som de um “live act” de bossa nova interpretado pela cantora brasileira Ana Cris Gil, e com uma exposição de arte onde o tema é a Mulher, da pintora Anna Rocheta, proporcionando um bom momento de lazer e negócio. Este encontro tem início com um Welcome Eat & Drink, onde serão servidos “petite bouches” produzidos pela Délifrance, com vinhos e espumantes a cargo da Adega do Redondo da região do Alentejo, cafés e chás Nicola, saboreados com chocolates exóticos da Daniel´s Chocolates. Já o almoço-buffet, ficará a cargo do Chefe Hélder Martins (chefe executivo do Tavares Rico). Querendo enriquecer ainda mais esta experiência, a organização do evento, tem ainda para oferecer às convidadas, cuidadosamente seleccionadas, dois sorteios onde serão premiados um anel de ouro e prata no valor de 150,00€, oferecido pela marca Minúcias Jóias, e um relógio Michael Kors, no valor de 235,00€ oferecido pela IN Time Fóssil Portugal. Para a angariação dos donativos, a Luxury Events irá doar parte das vendas dos bilhetes. As convidadas podem também comprar uma pulseira em prata com o nome do evento, especialmente criada pelo mesmo patrocinador das jóias, para ajudar a instituição de caridade. Todos os donativos irão para o projecto da Caritas – “Laços com cor”, que conta com uma equipa de vários psicólogos e outros profissionais, que ajudam crianças, jovens e mães em famílias de risco. Há 8 meses que dedico-me de corpo e alma à organização deste evento! n
Fotos: Maria Inês 74 | ELES & ELAS
INTERNACIONAL
Vivienne Westwood A/W 2014
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e passagem por Londres, Paula Bobone não quis perder o desfile do seu ídolo no mundo da moda, Vivienne Westwood. Foram momentos divertidos. Contactos com pessoas importantes e Paula também fez à sua maneira algum sucesso, no original am76 | ELES & ELAS
biente que se gera nestes acontecimentos da arte e indústria cada vez mais global que é a Moda. “Muitos contactos com futuro!” confidenciou a socialite que está nestes últimos tempos a investigar o fenómeno. “Aprendi umas coisas. Moda é de momento o meu prato favorito”. ■ ➤
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ELES E ELAS
De passagem nas passagens Fotos: Maria Inês
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De passagem pela Moda Lisboa encontrámos alguns amigos e caras bonitas que não quiseram perder as últimas novidades do que melhor se produz em Portugal! ■ 2
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1. Liliana Campos 2. Sofia Carvalho 3. Lúcia e Patrícia Piloto 4. Raquel Prates e Nuno Vaz de Moura 5. Ana Rita Clara 6. Maria Luísa de Saboya 7. João Libério, Lili Caneças e Paulo Sassetti 8. João Moutinho com uma amiga 78 | ELES & ELAS
ELES E ELAS
ELTON JOHN anfitrião de festa exclusiva por uma boa causa
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ir Elton John e David Furnish foram os anfitriões da 22ª edição anual da Academy Awards Viewing Party, organizada pela Fundação de Elton John, que angariou $5.1 milhões a favor da luta contra a SIDA. A gala, que teve lugar dia 2 de Março, Domingo, em West Hollywood Park, em Los Angeles, foi co-patrocinado pela Chopard, Neuro Drinks e Wells Fargo e American Airlines, que se apresentou como companhia aérea oficial patrocinadora. Entre os participantes estiveram a nata de Hollywood, do mundo da moda e até da alta finança. Veja as fotos e deleite-se com o glamour dos convidados. ■ ➤
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1. Elton John e David Furnish 2. Neil Patrick Harris, David Burtka, Elton John, Sharon Osbourne e Lady Gaga Neil 80 | ELES & ELAS
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3. Anna Paquin 4. Chace Crawford 5. Britney Spears 6. Neil Patrick e David Burtka 7. Sheryl Crow 8. Colton Haynes 9. Kim Kardashian 10. Jane Seymour 11. Petra Nemcova 12. Kim Kardashian, Elton John e Kourtney Kardashian ELES & ELAS | 81
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13. Jane Fonda 14. Ema Thompson 15. Louise Roe 16. Lydia Hearst 17. Christina Hendricks 18. Karolina Kurkova e Petra Nemcova 19. Vanessa Hudgens 20. Heidi Klum 21. Miley Cyrus, Elton John e Kelly Osbourne 82 | ELES & ELAS
AWARDS
CATHERINE BLANCHETT A Rainha das Actrizes Catherine Blanchett chamou a atenção internacional, em 1998, com filme «Elizabeth», no qual desempenhou o papel da Rainha Elisabete I de Inglaterra. A partir daí foi uma escalada constante até ao Olimpo de Hollywood. Acumulou papeis de sucesso que lhe garantiram os mais reconhecidos galardões do cinema: Oscar, Bafta, Copa Volpi,... Este ano brilha mais uma vez e é presenteada com o seu terceiro Oscar. Conheçamos um pouco mais desta fascinante mulher.
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lanchett nasceu a 14 de maio de 1969, em Ivanhoe, um subúrbio de Melbourne na Austrália. É filha de June, uma professora australiana e de Robert "Bob" Blanchett, um texano de ascendência francesa oficial da marinha americana, que mais tarde trabalhou como executivo de publicidade. Seus pais conheceram-se enquanto Bob estava no navio USS Arneb, em Melbourne. O pai de Cate morreu vítima de um ataque cardíaco quando Catherine tinha apenas dez anos de idade. Tem dois irmãos; o mais velho, Bob, é um engenheiro de sistemas informáticos, e a mais nova, Genevieve, trabalhou como designer em num teatro e recebeu seu Bacharelado em Design de Arquitetura, em abril de 2008. Blanchett frequentou a escola primária em Melbourne na Ivanhoe East Primary School, antes de completar o ensino secundário na Methodist Ladies' College, uma escola feminina metodista, onde começou a explorar sua paixão pela actuação. Estudou Economia e Belas Artes na Universidade de Melbourne antes de sair da Austrália para viajar pelo exterior. Quando tinha dezoito anos, e passava férias no Egipto, um hóspede do hotel onde estava hospedada no Cairo perguntou-lhe se queria ser figurante num filme. No dia seguinte, encontrou-se numa cena no meio de uma multidão que incitava um pugilista americano que perdia para um pugilista egípcio no filme «Kaboria». Blanchett retornou à Austrália e mais tarde muda-se para Sydney para estudar no Instituto Nacional de Arte Dramática.
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Formou-se em 1992, começando sua carreira nos palcos. "Ele achou-me tonta e eu achei-o arrogante" O seu marido é o dramaturgo e roteirista Andrew Upton, que conhece em 1996 enquanto actuava na produção da peça «The Seagull». Não foi amor à primeira vista, no entanto, "Ele achou-me tonta e eu achei-o arrogante", comentou Blanchett mais tarde. Os dois casa-se a 29 de Dezembro de 1997. O primeiro filho, Dashiell John, nasceu em 3 de Dezembro de 2001, o segundo, Roman Robert, em 23 de Abril de 2004 e o terceiro, Ignatius Martin, em 13 de Abril de 2008. Depois de fazer de Brighton, Inglaterra, o seu principal lar, ela e seu marido voltaram a residir na Austrália. Em Novembro de 2006, Blanchett afirmou que a mudança era devido a uma vontade de dar um lar permanente aos seus filhos, e para estar mais próxima de sua família, bem como um sentimento de pertencer a uma comunidade teatral australiana. Catherine e sua família vivem em "Bulwarra", uma mansão no subúrbio de Sydney Harbourside Hunters Hill, que foi comprada por 10,2 milhões de dólares australianos, em 2004, e submetida a uma extensa reforma, em 2007, a fim de se tornar mais "ecologicamente correta". Blanchett é patrona do Festival de Cinema de Sydney. Em 2007, Blanchett tornou-se a embaixadora para a Australian Conservation Foundation, uma campanha on-line que tenta mobilizar os australianos para expressar as suas preocupações sobre as alterações climáticas. Também é patrona da instituição de caridade SolarAid. Na abertura do Nono ➤
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➤ Congresso Mundial de Metrópoles, em 2008, realizado em Sydney, Blanchett disse: "A única coisa que todas as grandes cidades têm em comum é que todas elas são diferentes". Dois SAGs, três Globos de Ouro, três BAFTAs e dois Oscar e tantos mais prémios. O seu primeiro grande papel principal foi no palco na peça «Oleanna», de 1993, dirigida por David Mamet, contracenando com Geoffrey Rush, com o qual ganhou o prémio Sydney Theatre Critics de melhor estreia. Também apareceu como Ofélia na produção de 1994 - 1995 de «Hamlet». Do teatro passa para a televisão participando nas séries «Heartland», «Bordertown» e «Police Rescue». A sua estreia internacional no cinema acontece em 1997 com um papel de apoio como uma enfermeira australiana capturada pelo Exército japonês durante a Segunda Guerra Mundial, no filme «Um Canto de Esperança», dirigido por Bruce Beresford e comGlenn Close e Frances McDormand nos principais papeis. O seu primeiro papel principal, acontece nesse mesmo ano, interpretando Lucinda Leplastrier na produção «Oscar e Lucinda». Curiosamente, Peter Carey, o autor deste filme, tinha conhecido o pai de Blanchett, Bob, quando ambos trabalhavam com publicidade em Melbourne. Blanchett foi nomeada para o seu primeiro prémio, o Australian Film Institute Award de melhor atriz por este papel, mas perdeu para Pamela Rabe em «The Well». Conquista, no entanto, o prémio AFI de melhor actriz coadjuvante no mesmo ano com o seu papel como Lizzie na comédia romântica «Thank God He Met Lizzie». O seu primeiro grande papel de visibilidade internacional foi como Elizabeth I da Inglaterra, em 1998, no filme «Elizabeth». É nomeada para o Oscar de melhor actriz mas não vence. Em compensação, é-lhe atribuido um British Academy Award (BAFTA) e um Globo de Ouro de melhor actriz em filme de drama. A sua carreira vai de vento em popa, ganhando nova escala depois de interpretar Galadriel, a rainha dos elfos, na trilogia « O Senhor dos Anéis». Em 2005 Cate recebe o seu segundo Oscar de melhor actriz coadjuvante pelo seu papel de Katharine Hepburn no filme «O Aviador», de Martin Scorsese. Isso tornou Cate a primeira actriz a ganhar um Oscar por interpretar uma actriz vencedora do mesmo prémio. Em 2006, estrelou em «Babel» ao lado de Brad Pitt, e em «Notes on a Scandal», interpretando Sheba Hart e é nomeada, pela terceira vez para o Oscar pelo seu desempenho no filme. No ano segunte, ganha o prémio Volpi Cup de melhor actriz, no Festival de Cinema de Veneza, e um Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante, por retratar uma das seis encarnações de Bob Dylan no filme «I'm Not There» de Todd Haynes. Volta a intepretar o papel que lhe deu fama, interpretando Elisabeth I na sequela «Elizabeth: The Golden Age». É nomeada, na 80ª cerimónia do Oscar, para dois galardões! O seu sucesso foi sempre permanente nos vários filmes que realizou nos seguintes anos. É nomeada pela revista TIME como uma das 100 pessoas mais influentes em todo o mundo e também uma das mais bem sucedidas actrizes pela revista Forbes. A 5 de Dezembro de 2008 Blanchett foi honrada com uma estrela na famosa Calçada da Fama, no Hollywood Boulevard, em frente ao Grauman's Egyptian Theatre. Este ano volta para a ribalta com a sua interpretação no filme «Blue Jasmine» de Woody Allen que lhe garante o seu terceiro Oscar. Para além do cinema e da família, Cate ainda encontra tempo para se dedicar à sua maior paixão: o Teatro. Juntamente com o seu marido, dirige a Sydney Theatre Company. Uma mulher de garra, com certeza. ■
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COCKTAIL DE NOTÍCIAS
O ELEGANTE ACER LIQUID Z4 A Acer desvendou o novíssimo Liquid Z4, um smartphone de 4 polegadas compacto concebido para apaixonados pela fotografia, navegação na web e social media. O Liquid Z4 foi desenvolvido com cantos suaves para ser mais fácil de segurar em movimento. Com apenas 130 gramas de peso, o Liquid Z4 possui um design compacto e com apenas 9,7mm de espessura cabe facilmente na mão ou bolso. O altifalante frontal com tecnologia DTS Sound™ oferece um som mais rico. O design AcerRAPID™ actua como um controlador pessoal que lhe fornece ainda mais controlo numa mão só permitindo-lhe desbloquear e/ou acordar o ecrã, lançar a câmara, capturar uma foto, lançar apps do ecrã principal e atender chamadas de uma forma muito intuitiva. Num design elegante, lustroso e suave e com Android 4.2.2, o Liquid Z4 oferece aos utilizadores inúmeras funcionalidades como processador dual-core 1.2 GHz, 4GB de armazenamento interno, Wi-Fi, GPS integrado e uma câmara auto-focus de 5MP com flash LED. ■ MAX MARA APRESENTA OS ÓCULOS “TAILORED” Para a Primavera/Verão de 2014 a colecção de eyewear da Max Mara faz uma homenagem à excelência da alfaiataria e ao savoir faire da marca com óculos de sol e armações para óculos graduados caracterizados por sofisticadas elaborações feitas à mão. A silhueta em forma de borboleta destes modelos expressa uma elegância feminina, exaltada por uma sofisticada combinação de materiais preciosos e contemporâneos: assim como, as hastes estão revestidas no seu interior em pele autêntica, caracterizada pelos inconfundíveis pespontos que recordam os famosos casacos da Max Mara e que exaltam a manufactura impecável dos mesmos. ■
CONCENTRADO ANTIENVELHECIMENTO BIO RETINÓIDE Complexo sinérgico 100% natural de Vitamina A pura, Pró-vitamina A e um Retinóide isomérico, que contraria o aparecimento de rugas, imperfeições e manchas, deixando a tez visivelmente mais jovem, macia e iluminada. O Concentrado Antienvelhecimento tem os mesmos efeitos do Retinol sintético, sem causar irritação, deixando a pele firme, preenchida e saudável. O Bio Retinóide da REN é um bioativo avançado e inovador que reduz drasticamente os sinais visíveis de envelhecimento, reduzindo a profundidade das rugas e a hiperpigmentação e manchas de envelhecimento. Entre os seus bioextratos, destacam-se a Vitamina A, a Pró-Vitamina A e o Retinóide Isomérico, responsáveis pela produção de colagénio, pela redução das rugas e rídulas e pela redução dos efeitos nocivos do sol. Os Ómega 7 e o Tocoferol atuam como antioxidantes e promovem a renovação e a reparação celular. 87 | ELES & ELAS
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COCKTAIL DE NOTÍCIAS
VINHOS DIVERTIDOS QUE SURPREENDEM Vinhos com design, por fora, e características humanas, por dentro... Sim, assim se pode definir de forma sucinta o conceito dos vinhos ‘Wine on the Rocks Finkus Collection – Lolita & Milf ’, projecto arrojado idealizado pelo criativo Finkus Bripp e desenvolvido em parceria com a Quinta do Pôpa. Se a ideia nasceu em 2011 e o lançamento do projecto em 2012, chega agora a vez de pôr no mercado a 2.ª edição, com uma dupla de vinhos DOC Douro da colheita de 2011. O objectivo foi criar vinhos que surpreendessem pelo conceito, design, mas que acima de tudo não defraudassem na qualidade. São dois “draw wines” que apelam a um universo de lifestyl1e, urban style, mas que aliam a um “nice packaging” uma qualidade superior, qualidade essa que respeita e reflecte na íntegra o terroir que lhe deu origem. O autor optou por fazer um paralelismo entre as características humanas e os descritores do vinho. A 'Lolita' é jovem, fresca, explosiva e recta/objectiva. Já a sua mãe, a 'Milf ', é mais madura e complexa, características que lhe conferem sabedoria e longevidade. ■
MERCEDES-BENZ ENTREGA PRANCHAS A GARRET MCNAMARA Gorden Wagener - Vice-Presidente de Design do Grupo Daimler AG - e Carsten Oder - Responsável de Marketing e Produto da Mercedes-Benz - entregaram recentemente a Garrett McNamara as pranchas desenvolvidas pela Marca, com as quais o surfista havaiano irá enfrentar as ondas gigantes da Nazaré e superar o seu recorde mundial. A entrega oficial das quatro pranchas - uma delas já testada por McNamara há menos de uma semana decorreu simbolicamente no Farol da Nazaré, ponto com vista privilegiada para o famoso “Canhão da Nazaré” e que foi também palco do casamento de Garrett McNamara com Nicole em novembro de 2012. As “Silver Arrow of the Seas”, assim batizadas em homenagem aos lendários Mercedes-Benz de competição, passam agora a ser os veículos oficiais de McNamara nas ondas de Portugal, tal como os todo-o-terreno da Marca eram já os seus veículos oficiais em terra. O MBoard Project, que resultou na criação das quatro “Silver Arrows of the Seas”, teve origem na BBDO Portugal, tendo sido desenvolvido em estreita colaboração entre a Mercedes-Benz Portugal, o centro de design da Marca em Estugarda e Garrett McNamara, contando ainda com o apoio da Nazaré Qualifica. ■
CHOPARD TORNA-SE OFFCIAL TIMING PARTNER DA PORSCHE MOTORSPORT A Chopard orgulha-se de ser o Parceiro Oficial da Porsche Motorsport . Estando em perfeita sintonia com o espírito da coleção de relógios Superfast, esta prestigiada parceria é uma extensão do compromisso de longa data da Chopard com o desporto automóvel. O relojoeiro de Genebra acompanha então a tão esperada volta da Porsche Motorsport no LMP1 Endurance Championship, com o " 24 Heures du Mans " em destaque nos dias 14 e 15 de Junho. ■
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BELEZA
SEGREDOS DE REJUVENESCIMENTO Os cuidados de imagem são, nos dias de hoje, parte fundamental das preocupações de homens e mulheres que, em todo o mundo, pretendem conservar a juventude da pele o maior tempo possível.
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ciência tem avançado consideravelmente no entendimento do processo de envelhecimento, o que deu origem a grandes inovações tecnológicas quer na área da cosmética quer na dos equipamentos de vanguarda com vista a prevenir e a adiar os sinais da passagem do tempo. Dado que o envelhecimento da pele se encontra associado ao processo global de envelhecimento é uma premissa básica, para manter a juventude da pele, adotar um estilo de vida saudável evitando os principais fatores de envelhecimento como a exposição solar excessiva,o consumo de tabaco e álcool e as dietas severas e restritivas. Respeitado este princípio fundamental podem considerar-se aliados preciosos os vários recursos de que a estética atual dispõe, num verdadeiro “menu de tratamentos”, que permite a sua adequação às necessidades de cada pele. ➤ 90 | ELES & ELAS
BAGAS AO SERVIÇO DA BELEZA
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estinado a recuperar a luminosidade e a vitalidade da pele, o Goji Treatment da Casmara Prestige utiliza as bagas goji, um fruto asiático conhecido pela sua elevadíssima concentração de antioxidantes, substâncias capazes de desacelerar o envelhecimento das células. Embora estas bagas sejam usadas há milhares de anos na China e na India, só recentemente atraíram o interesse da investigação cosmética ocidental. O Goji Treatment não só previne os sinais do envelhecimento, manchas e rugas, como também reforça as defesas internas da própria pele.
RECUPERAR A FIRMEZA DA PELE
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uando é evidente a flacidez da pele, com o descaimento das pálpebras, a formação de papos sob os olhos, a acentuação dos vincos do nariz ao canto dos lábios e a formação de pregas de pele no pescoço, um dos métodos indicados e utilizados com sucesso no Body in Balance Centre, é a tecnologia Lipoadvance rf. A energia emitida penetra nas camadas da pele, provocando o aquecimento seletivo da camada onde se encontram as fibras de colagénio. Com a regeneração dos depósitos de colagénio e elastina a pele “estica”, conferindo ao rosto um aspeto mais saudável, firme e jovem.
ROSTO SEM MANCHAS
A
exposição solar é responsável por mais de 60% das manchas sendo, como referido anteriormente, uma das principais causas do envelhecimento prematuro da pele. Outros fatores, contudo, desencadeiam também a produção
da melanina, pigmento corante da pele, como as alterações hormonais na gravidez e menopausa, o envelhecimento cutâneo e até a poluição. A melanina tem o papel de proteger a pele das radiações solares, atuando como um filtro das radiações ultravioletas prejudiciais. O bronzeamento mais não é que a formação de um “toldo protetor” que evita a queimadura. Os peelings InnoAesthetics, disponíveis no Body in Balance Centre, são fruto de inovação tecnológica associada à experiência e representam um passo significativo no tratamento das manchas do rosto. Estes tratamentos conjugam uma variedade de ácidos que reagem com as camadas superiores e médias da pele, sendo capazes de eliminar ou aclarar as manchas escuras e melhorar visivelmente a aparência da pele.
O SEGREDO DE HOLLYOOD EM PORTUGAL
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á se encontra em Portugal continental, sendo exclusiva do Body in Balance Centre, a nova “máquina do tempo” considerada pelo famoso dermatologista Nicholas Perricone, autor do livro Ageless Body, Ageless Mind, como sem rival para manter a firmeza do rosto e do pescoço. Designado por CACI (Computer Aided Cosmetology Instrument) é o tratamento que grandes estrelas internacionais já não dispensam. Ao nível do rosto a sua ação é responsável por recuperar a tónus muscular, permitindo levantar e reeducar o músculo até que este recupere a posição original. O músculo “descaído” é corrigido e a sua tonicidade aumentada corrige, por sua vez, a descaimento da própria pele. Este lifting sem cirurgia proporciona uma bioestimulação que aumenta a produção de colagénio e elastina, reparando o efeito da passagem dos anos e da ação da gravidade. ■ ELES & ELAS | 91
SOCIEDADE
COLARES DE PÉROLAS
H
O que é ser milionário
á cada vez mais ricos. Vivem num paraíso na Terra. Os Media descrevem a vida dos milionários, contribuindo assim para criar invejas e cobiças. Os leitores desses Media vivem muitas vezes a sonhar com a riqueza e a felicidade dos outros. Os Media, por outro lado, também deviam ensinar esses ricos a gastar o dinheiro de forma sofisticada, mostrando os rituais do chique já que o mundo dessas pessoas pode ser orientado pois alguns não sabem. Antigamente havia grandes casas, carros, barcos ,aviões,criados, jóias, viagens. Hoje o luxo é diferente. A ideia de luxo está em permanente evolução: ter um jacto cada vez mais rápido e maior. Fazer o que quer, onde quer . Ter um cartão Centurion de titânio preto sem limites, da American Express. Ter uma renda anual de mais de 800 mil euros. Ser membro dos clubes mais caros do mundo. Aparecer na revista Forbes entre os 400 mais ricos do mundo. Ter uma ilha. Adoptar um bebe de outra etnia. Comprar manuscritos históricos. Pertencer a clubes procurando a busca de prazeres diferentes e originais . Na Ópera um milionário libanês comprava 6 lugares à volta dele, atrás, à frente e dos lados para não ter ninguém perto. A vida amorosa deles não é fácil. Buscam prazeres originais e diferentes. Compram Champagne Dom Pérignon, em garrafas cobertas de ouro branco, série limitada a 10.000 euros Também gostam de um anonimato dourado. Mas querem ser mais ricos que ricos. Há cada vez mais ricos. E onde estão? No Ritz de Paris a tomar cocktails de 3.500 euros. Vão a feiras só para milionários com peças de luxo, em ambientes de glamour. Na Millionairs Fair, em Amesterdão há pouco tempo a entrada era 35 euros e havia helicópteros , Champagnes, jóias, peles, telemóveis de ouro e diamantes de milhares de euros. Podem ser membros de clubes que podem requisitar 92 | ELES & ELAS
tudo, Lamborghinis com chauffeur, comidas, jóias. em qualquer parte do mundo. Para terem a consciência tranquila fazem filantropia e mecenato. O príncipe Adam II do Liechenstein é dos aristocratas mais ricos do mundo. O Marajá de Lakschmi casou a filha em Paris alugando o Palácio de Versalhes e o de Vaux le Vicomte. Existem chineses que fazem para viver réplicas faraónicas de monumentos da Europa e Japoneses que têm tacos de golf em platina. O alfaiate favorito destes homens é o italiano Brioni. Compram viagens interplanetárias, canivetes suíços de diamantes, relógios Patek Philip, colares serpente da Cartier, de platina com diamantes amarelos e esmeraldas. Já agora alguma informação cultural: a primeira vez que se escreveu sobre regras de saber viver e de entrar em sociedade e receitas de comportamento para os ricos foi em 1588 em Itália . Giovanni della Casa escreveu o Galateo. A obra foi prototipo de muitas outras, posteriormente publicadas na Europa que dão as regras de comportamento das elites sociais.. Não vou falar do ermita de luxo, do cenobita de requinte, Howard Hughes que se refugiou num hotel. Os que querem saber receber recorrem a consultas de protocolo social. Depois de Maio de 68, as gerações perderam as regras do saber viver. O mundo mudou. Mas a vida dos ricos não deu sinais de acabar. Têm que se saber receber convidados. O primeiro quebra-cabeças é a mesa. Como sentar. 2 criados: 1 para servir as comidas, outro os vinhos. Mais de 14 ou 16 pessoas é preciso outro criado. Os criados não devem tocar nem saudar os convidados. E do que se deve falar: nada de desgraças e é preciso saber dirigir a conversa. Saber sentar a mesa é um problema capital. Classificar os convidados. Antigamente eram as realezas. Hoje são milionários. O lugar na mesa reflete o que ocupa na sociedade. ➤
➤ Deve servir-se de muito pouca comida, muita não é chique. Jantares compridos também não. O serviço deve ser rápido e com poucos pratos. A riqueza não depende do número de pratos mas da maneira de pôr a mesa: baixela luxuosa, serviço perfeito, criados impecavelmente fardados. É horrível ver os criados sair despedirem-se com roupa de saída e de saco na mão. Os pratos não vêm para a mesa já servidos. Deve ser à francesa. Serve-se da travessa pela esquerda. Em casa deve ter um Chef, um escanção e preparar menus com antecedência. Devem conhecer-se as regras para os criados. Para organizar uma noite devem sempre chamar um organizador, para arranjos de flores, decorações, comidas, vinhos e também enviar convites. Deve ser um profissional e não um oportunista inexperiente. Há festas que ficaram para a história. De que se deve falar? Não se deve falar de sexo nem de desgraças principalmente de ausentes, nem ruínas, nem doenças. Mude-se logo de conversa. Falese de arte,cinema, livros, que evitam “passagens de anjos”. Há que dirigir a conversação. Saber ser recebido também tem regras: logo que recebe o convite responde em 24 horas. Primeira questão é que vestir? Tem que haver um dress code explicitado. Chega-se tarde: o quarto de hora da politesse. Vai-se para a mesa uma hora depois do indicado Leva-se um presente que pode chegar durante a tarde mas entrega-se sempre antes. Quando alguém entra na sala os homens levantam-se Os homens podem beijar a mão a senhoras mais velhas. Não leva para a mesa o copo do cocktail. O homem ajuda a mulher a sentar à mesa se necessário. Hábitos alimentares dos ricos: Caviar Beluga grosso cinzento mais caro; Sevruga mais corrente, mais fino. O Mar Cáspio e Mar Negro são os principais centros de produção. Serve-se com blinis com colheres de madre pérola ou corno, melhor que prata, enfim, serve-se em taças de vidro sobre gelo picado para manter gelado e o Vodka serve-se frio. Foie gras, iguaria de luxo, de pato e de ganso e há o sucedâneo mas o verdadeiro é da Alsácia e Hungria .Não se come com faca mas com colher em tostas aos bocados. Não é barrado O pão é de campo e torrado .Acompanha com geleia doce e vinho de Sauternes ou Champagne Bruto. Trufas são as rainhas da mesa desde o séc. XIX, pequenos cogumelos que emocionaram escritores. Colhem-se nos bosques. São uma curiosidade muito cara. Chega a vender-se em leilões e vai para a China e Japão por milhares de euros. Rossini chorou a primeira vez que comeu trufas. Também Brillat Savarin se emocionou. Crescem espontâneas e não de cultivam. Também há as falsas, mas as melhores são no Perigord e Quercy e também há em Vaucluse. Este vegetal de luxo também existe em latas mas é contrafacção. A trufa branca é do norte de Itália Serve-se em omelete, acompanhada de Champagne.
Impregna o sabor da carne e das aves e também se usa em azeite para saladas. Cresce de novembro a março à sombra dos carvalhos no norte de África. Há também em Itália. Custam milhares. Grandes vinhos: vale mais beber muito do bom que pouco do mau disse Georges Courteline Deve ter entre 3 e 15 anos. Há que ter uma colecção enologicamente correta: envelhecimento, temperatura, evitar variações 11 a 15 graus, posição da garrafa, o branco mais em baixo, o tinto mais em cima. Estar na obscuridade, poucas vibrações. O vinho mais procurado é o Chateau Lafitte 1900 e também 1945. Se for de 2000 custa mais de 600 euros. Também o Sauternes para sobremesas e ainda o Chateau Margaux 1995, mais caro, 1500 euros. O Chateau Petrus de 1945: 8000 euros. É indispensável ter Saint Emilion e outros bons vinhos italianos. Ter um livro da cave com data, preço, produtor e local de compra é fundamental. Se não tem cave meta em armários e tenha 200 garrafas. Saiba decantar, despejar o vinho tinto numa garrafa antes de beber para desenvolver aromas. VQPRD vinho de qualidade produto de região determinada. O Champagne: meio seco e doce, garrafa normal 0,75 l Magnum 1,5, Double Magnum 3 Imperial 6 l, Salmonazar 9 l, Balthazar 12 l, Nabucodonosor 15 litros. Champagne, no tempo de Luis XIV era prescrito como medicamento. Napoleão dizia o Champagne anula as distâncias. Foi nos meados do séc. XVII que o monge beneditino Dom Pérignon descobriu o método. Moet et Chandon, Mumm, Ruinart, Taittinger, Veuve Clicot. Era usada a flute para beber depois surgiu a taça, mandada fazer pela favorita de Luís XV, Mme Pompadour. Ritos de servir o vinho tinto: degustação, abrir uma hora antes de servir, veja a rolha, decante antes de servir, não encha mais do grande diâmetro. Incline o pé para apreciar a transparencia. Os odores podem ser floral, frutado e especiarias. Há temperaturas ideais: tintos 16/ 17 graus ,brancos 14/ 16 graus ou 8/ 12 graus licorosos. O Champagne deve estar 6 a 8 graus. Deus fuma Charutos havanos... E por aqui me fico nos temas milionários. Continuarei outras curiosidades na próxima Eles & Elas. A não perder. n Paula Bobone
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SOCIEDADE
OUTROS CARNAVAIS
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Carnaval é uma festa de origem pagã que passou a ser uma comemoração adoptada pela Igreja Católica a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa, a qual era antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos três dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, que era o primeiro dia da Quaresma. A palavra "Carnaval" estará, assim, associada aos “prazeres da carne” referidos pela expressão "carnis valles" que, em latim, juntava a palavra carne (“carnis”) aos respectivos prazeres (“valles”). O Carnaval sempre procurou servir de “escape” às agruras do dia a dia e, por vezes, permite às pessoas assumirem como que uma nova personalidade, dado poderem estar ocultas atrás de máscaras. O nosso primeiro contacto com esta diversão foi através das festas das nossas primas mais velhas, na década de cinquenta do século XX, nas quais a bebida mais consumida era o “cup”, algo que tem semelhanças com a actual “sangria branca”. Por vezes éramos levados, pelos pais, ao Estoril, para ver o célebre Corso que percorria as ruas na envolvente do Casino. Os anos foram passando e passámos a ter os nossos próprios “assaltos” em que vários grupos entravam, mascarados, em festas particulares. Uma das festas mais emblemáticas da década de sessenta, eram as organizadas por Filipe Seruya Trigoso na Quinta da Terrugem, em Caxias, para onde íamos com o Carlos Monjardino e o Zé Faria Ribeiro, num pequeno automóvel que este guiava. Um dos nossos grupos, na década de setenta, incluía inicialmente apenas homens (que faziam da Pastelaria Versailles o seu ponto de encontro) dos quais destacamos: António Lobo Antunes (que ainda não imaginava que se iria tornar num 94 | ELES & ELAS
famoso escritor), Miguel Martinha (que não sonhava que viria um dia a casar com uma importante escritora, Rita Ferro), João Alarcão, Carlos Santana de Vasconcelos (mais conhecido pelo “Visconde”) e José Lencastre Leitão. Depois dos “assaltos” terminava-se a noite, invariavelmente, no Estoril, na “Ronda”, onde actuava, ao vivo, o célebre Thilo’s Combo. Em Lisboa, um dos sítios a visitar era o Centro Nacional de Cultura onde havia importantes festas organizadas por Luís Dória, onde apareciam Missanga Paço d’Arcos, Luís Matos Chaves, Jaime Anahory e Marta Leitão, entre outros. Outro dos nossos grupos era liderado pelo Zé Almeida Fernandes, onde se inseriam, nomeadamente, Luísa Silva Martins, Nucha Sabido, Daducha Oliveira Machado e Iaka Salgueiro. Outro dos locais, também no Estoril, onde por vezes se terminava a noite, era o Hotel Londres. Na década de setenta muitas “discotecas” começaram a ter festas de Carnaval e, particularmente, recordamo-nos duma noite no “Ad Lib” onde estávamos mascarados de mulher. Como éramos, à época, bastante magros, tínhamos pouca massa muscular nos braços o que originou que uma rapariga, que nos pretendia identificar, ao apertar-nos os braços disse para uma amiga: é mesmo mulher. Fomos obrigados a retirar a máscara e a mostrar-lhes que não éramos uma mulher. Nesse grupo estavam Ana Ramos Pinto, Isabel e Beca Magalhães Pereira, Maria João e João Magalhães Pereira, Luísa e Teresa Vilarinho, Ana e Zé Mattos e Silva, Ninó Andrade, Mariazinha Anahory, Teresa Talone e muitos mais. Também as idas à Serra Nevada constituíram uma excelente alternativa carnavalesca, num extenso grupo onde pontificam Gonçalo Lucena, Ed Perestrelo, Quito Hipólito Raposo, Ana e Zé Mattos e Silva, Leonor e José Luís Magalhães Pereira, Mitó Costa Quinta, Carmo e Eduardo ➤
➤ Moser. As partidas eram sistemáticas, com “assaltos” aos quartos uns dos outros, com sucessivas trocas de botas e restante equipamento que desapareciam duns quartos para aparecerem noutros, com imenso tempo perdido por cada um até conseguir recuperar os seus haveres. Na década de oitenta aderimos a outro grupo que incluía António e Bebeta Lino (esta transfigurava-se durante o Carnaval “abandonando”, por uns dias, o seu penteado habitual sempre muito composto e com muita laca), Carlos e Teresa Costa Macedo, Luísa e Pitecas Ribeiro Ferreira, Teresa e Zé Manuel Caiado, Tricas e Zé Serpa Pimentel, Xanda e Salvador Lucena, Assunção e Tó Mattos e Silva, Mia e Mani Azevedo Figueiredo. Ficou célebre um “assalto” a casa das irmãs Chatelanaz, perto de Marvila. Nesse período tivémos uma variante que era passarmos o Carnaval no Algarve, nomeadamente no “T-Clube”. Durante o dia íamos aos locais onde havia corsos típicos, como era o caso de Paderne, Alte e Loulé. Muitas vezes o grupo instalava-se no Hotel Penina e ficou célebre uma partida em que alguém resolveu alterar os cartões onde se inscreviam os pedidos para o pequeno almoço no quarto. Qual não foi o espanto de todos quando, na manhã seguinte, em vez do habitual pequeno almoço continental, entrou em cada quarto um empregado empurrando um carrinho cheio de terrinas com toda a espécie de iguarias, que ninguém havia pedido. Foi um caso sério para convencer a gerência do hotel de que se tratara duma brincadeira de Carnaval, cuja origem nunca se chegou a desvendar. Na década de noventa passámos alguns Carnavais na Serra da Estrela, para que os nossos filhos, ainda pequenos, pudessem ter um primeiro contacto com a neve. Ficávamos alojados na casa dos Condes de Caria, na qual a anfitriã era a Luísa Mendes de Almeida. O grupo reunia, nomeadamente, Branca Pinto de Magalhães, Mariazinha Anahory, Ana e João Braga, Luís Patrício, Ninó Andrade, Ana e Zé Mattos e Silva, Concha e Pedro Cassiano Neves, Luísa e Jorge Botelho Moniz, Adolfo Rodrigues e Mana Teixeira Diniz. Ficaram célebres algumas partidas que se pregaram, uma delas quando Ninó Andrade chegou um dia mais tarde do que os restantes e lhe foi simulada, à chegada à estação de combóio, uma entrevista pela Rádio Covilhã, alegando que ele era uma figura muito conhecida no meio social lisboeta e que era um grande prazer para as gentes da região receberem tão ilustre visitante. Durante o dia subia-se ao topo da serra para aventurosas descidas de “tobogan” nas incipientes pistas que havia na
época. Também se aproveitava, para além de alguns passeios turísticos, para compras de tecidos nas fábricas de lanifícios da Covilhã. Já neste milénio tivémos outros programas carnavalescos fora de Lisboa, particularmente em Beja, no monte de Maria Eugénia e Nico Freire de Andrade. Houve concursos de máscaras no qual competiram Maria João e Pedro Mantero, Teresa e José António Marques da Costa, Olga e Fernando Serpa Pimentel, Madalena Palha Gaio, Ana e João Baptista da Silva, Carmen Gonzalez, Marisa Costa Cabral, Ana e Zé Mattos e Silva, Carlota e Mané Baptista da Silva, Elsa e Pedro Lino, entre outros. Uma das vencedoras foi Elsa Lino, mascarada de velha, que ninguém conseguiu reconhecer quando entrou na sala, toda curvada e ap oi and o - s e numa bengala. Uma partida de que fomos vítimas foi a de alguém que contactou um conhecido jornal diário e escreveu, numa rubrica de pedidos de contactos para eventuais casamentos (os que invariavelmente terminavam com a frase: “assunto sério”), que eu era candidato a encontrar uma senhora disponível para casar, fazendo-me muitas referências elogiosas e colocando o meu primeiro nome e o meu número de telemóvel. Recebi quase cinco dezenas de telefonemas, de mulheres de todo o país, que se candidatavam a casar comigo. Concluindo, o Carnaval é um período de que guardamos excelentes recordações e de que apenas se lamenta, como numa conhecida canção brasileira: “para tudo acabar na quarta-feira”. n José Mattos e Silva
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GOLF
INTERNACIONAL DE PORTUGAL no Montado Hotel & Golf Resort
I
taliano Renato Paratore vence a Internacional de Portugal. Derrotou no primeiro buraco do play-off o inglês Nicholas Marsh, depois de ambos terem concluído as quatro voltas regulamentares com um total agregado de 281 pancadas, 7 abaixo do Par 72 no campo Montado Hotel & Golf Resort. O português João Carlota repetiu o top 10 da edição passada. O primeiro buraco do play-off foi jogado no buraco 9 (par 4), com ambos os jogadores a baterem os seus segundos shots para os bunkers do lado esquerdo do green. Paratore venceu ao fazer um up & down, tirando da areia e metendo depois o putt para par, a cerca de três metros da bandeira. Marsh, do bunker mais recuado, não chegou a executar o putt que tinha para bogey. Natural de Roma, de 19 anos, Paratore é uma das ➤ 96 | ELES & ELAS
Silvia Banon Ibañez
Renato Paratore
➤ grandes promessas do golfe amador europeu, tendo feito parte da última selecção da Europa Continental no Jacques Léglise, no encontro anual frente à Grã-BretanhaIrlanda, em boys (sub-18). Na ocasião foi liderado pelo português Miguel Franco de Sousa, o capitão da equipa. No torneio feminino vence a espanhola Silvia Banon Ibañez. Esta natural de Alicante, de 21 anos, liderou do principio ao fim no Montado para ganhar com a vantagem mínima sobre a inglesa Gabriella Cowley. Natalia Escuriola, a mais cotada em prova, 22ª no ranking mundial amador feminino, subiu ao último degrau do pódio. Ibañez, 249ª no ranking, tinha partido para a última volta ao campo do Montado Hotel & Golf Resort empatada na frente com a compatriota Luna Sobron, 24ª no ranking mundial, ambas com um total de 6 abaixo do par 72 e com cinco pancadas de vantagem sobre um quinteto de jogadoras com -1. Ibañez não precisou de fazer melhor do que 75 a fechar para levar de vencida a concorrência, já que Luna Sobron finalizou, por sua vez, com um 79. ■
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RUN FOR IT
Mercedes E Coupé
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ificilmente se conseguirá moldar de forma ainda mais bela a silhueta alongada do novo Classe E Coupé para circular nas estradas do mundo. A configuração enfática da parte lateral simboliza um caráter de condução desportivo, a secção traseira significativamente mais larga assegura estabilidade. Além disso, as inovadoras tecnologias da suspensão, o elevado conforto dos bancos e a qualidade criteriosa dos acabamentos contribuem para uma condução que só de pensar nela faz disparar as batidas do coração. O design da secção dianteira do novo Classe E Coupé imprime dinâmica absoluta. Os expressivos faróis refletem espírito empreendedor. A marcante grelha do radiador com a estrela ao centro atinge diretamente o coração. Força impulsionadora desde o para-choques da frente até ao para-choques traseiro. O dinâmico capô ligeiramente subido, a musculada linha lateral e a elegante linha plana do tejadi-
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lho criam um visual emocionante e uma silhueta característica coupé. Com o novo Classe E Coupé chega seguro ao seu destino. Não somente graças à mais moderna tecnologia de navegação. Opcionalmente, mede com precisão a distância ao veículo que circula à frente, mantendo-o na trajetória. Reconhece os sinais de trânsito e está atento nos cruzamentos, sabendo até o que se passa no ângulo morto. O novo Classe E elimina automaticamente o encandeamento das luzes de máximos assim que reconhecer trânsito no sentido contrário ou a circular à sua frente. Para o condutor representa menos intervenções com as mãos e maior segurança. Cada deslocação está preparada para uma condução descontraída, pois o seu automóvel adapta-se automaticamente às condições do piso da estrada. Por sua vez a caixa 7G-TRONIC PLUS permite processos de engrenagem mais suaves e rápidas. E, caso necessário, até lhe sugere uma pausa. ■