Esi flad setembro 2015

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Energy Security Insight Setembro de 2015

Portugal e Espanha hub estratégico de GNL Shale Oil dos EUA resiste à baixa de preços? Estatísticas em foco

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Portugal e Espanha são hub estratégico de GNL para a Europa, defende Agência Internacional de Energia

P

ara um melhor aproveitamento da capacidade de regasificação da Península Ibérica, a Agência Internacional de Energia (AIE) defende no seu último Medium Term Natural Gas Market Report de Agosto de 2015, um reforço da interligação de gás natural entre Espanha e França, mas também «a construção de uma nova linha física [pipeline] para aumentar a capacidade de trânsito». Mapa das interconexões

Fonte: MTMR Natural Gas, 2015, IEA

Estas conclusões da AIE estão em clara concordância com os resultados da análise desenvolvida pelo Programa Segurança Energética da Fundação Luso-Americana no seu «Policy Research Stream USA Shale Gas 4 Europe», realizada entre Setembro de 204 e Maio de 2015. A partir da trilogia de policy papers produzida, foram geradas um conjunto de recomendações para a criação de um «Atlantic Stream Ibérico», para receção do novo gás natural dos EUA e africano, as quais são de seguida apresentadas em resumo:

Portanto, se a UE, na função da segurança energética, optar por uma maior ‘maritimização’ do abastecimento de gás natural na sua dimensão atlântica em detrimento do foco unicamente continentalista no qual tem insistido nas últimas duas décadas, teremos certamente uma Europa energeticamente mais segura assente na valorização estratégica de Portugal e Espanha como ‘hubs’ energéticos.

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Shale Oil dos EUA resiste à baixa de preços?

A

produção de shale oil nos EUA irá manter-se estável em 2015, apesar da queda dos preços e do número de poços em funcionamento. Quem o afirma é a Wood Mackenzie, num relatório ao qual o PSE FLAD teve aces-

so.

O gráfico acima prevê a produção até Julho de 2016 dos três principais campos de shale oil: Bakken, Eagle Ford e Texas Permian Basin— Bone Spring and Wolfcamp. Como se poderá verificar, no caso do Bakken, depois de uma estabilização da queda da produção até outubro de 2015, a produção aumentará no próximo Verão. E o mesmo comportamento se verifica nos outros dois campos. Contudo , a projecção da Wood Mackenzie é realizada com base num preço do barril WTI (West Texas Intermediate) de $55. Durante o mês de Setembro, o preço situou-se nos $45. Portanto, se a curva de aprendizagem tecnológica do shale oil continuar a gerar maior eficiência e maior produtividade das operações (como se verificou nos 8 meses após o anúncio da OPEP em não diminuir a produção), talvez as projecções se confirmem.

Irão exportará GNL para Espanha?

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Irão recebeu uma proposta de Espanha para exportação de GNL para a Europa. Foi esta a proposta de José Manuel Soria López, Ministro Espanhol da Indústria, Energia e Turismo na sua reunião de 6 de Setembro de 2015 com o Ministro dos Petróleos do Irão, Bijan Zangeneh. Este foi considerado um assunto para desenvolvimento posterior entre os dois países. O Irão esteve a desenvolver três grandes projetos de GNL, mas os quais encontraram seríssimas dificuldades para a sua realização, devido às sanções dos EUA (as quais irão deixar de existir se o Iran Deal for levado a cabo). Uma das alternativas será o Irão transportar por gasoduto até Omã para processamento da liquefacção, para então exportar o GNL para os mercados internacionais. A Espanha começou a se afirmar como um mercado de re-exportação de GNL a partir de 2013, para a América Latina, Ásia e Europa.

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Estatísticas em foco Transporte de petróleo e gás representa 15% da pirataria marítima global

Cerca de 15% dos ataques de pirataria marítima realizados no ano de 2014 foram direccionados a petroleiros e metaneiros. Segundo o relatório da ICC International Maritime Bureau de 2014, das 245 acções de pirataria, 24 foram direccionadas a petroleiros, 1 a um navio de transporte de GNL e 13 a navios de transporte de GPL. A maioria dos ataques a este tipo de embarcações teve lugar no Golfo da Guiné, no Golfo de Áden e em menor escala, na costa moçambicana. Para saber mais: http://www.hellenicshippingnews.com/wp-content/uploads/2015/01/2014-Annual-IMB-Piracy-Report-ABRIDGED.pdf

Eletricidade portuguesa com mais carvão e gás em 2015 O carvão foi a principal fonte de geração de eletricidade em 2015 no mercado português, com 8931 GWh produzidos até Agosto. Por sua vez, o consumo de gás natural para produção eléctrica mais do que quadruplicou, sendo a quarta fonte mais usada. A energia eólica diminui ligeiramente face a 2014 (7528 GWh contra 8143 GWh), sendo a segunda fonte de geração eléctrica. A grande hídrica apenas surge em 3º lugar , com uma redução de quase metade face ao ano passado. O maior consumo de carvão e gás natural está relacionado com a menor disponibilidade da energia hídrica, devido à fraca pluviosidade de 2015. Por isso, o facto de 55% da eletricidade ser renovável no sistema português acentua o grau de variabilidade energética do mix eléctrico, gerando maior complexidade na gestão da sua segurança energética. Fonte: APREN 2015, www.apren.pt


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