I'M A BARBIE GIRL IN A BARBIE WORLD

Nem parece, mas a Barbie já tem 64 anos de idade. E olha o corpo, o cabelo, a pele e os looks fantásticos que ela possui. Fala sério, a Barbie é per-fei-ta. Tão perfeita que reflete a toxicidade social. Aqui eu falo da cobrança estética e comportamental imposta pela sociedade como maneira de sufocar “erros”, criando cidadãos problemáticos e desprovidos de saúde mental.

Não à toa, a estética barbiecore vem ganhando cada vez mais espaço e levantando alguns questionamentos de utopia. O que a Barbielândia faz dentro de uma sociedade real? Por que esse padrão de boneca fascina tanto?

O ano era 2000, eu tinha 7 anos de idade e minhas vizinhas, minha prima e colegas de sala de aula tinham Barbies, com muitos looks, casinhas completas e tudo que a boneca mais rica e conhecida do mundo tem por direito. Eu tinha o sonho de um dia ter a minha Barbie, mas eu era um menino e “não brincava de boneca”. Então tinha vários bonecos Max Steel e alguns carrinhos grandes. Isso já me oportunizou usar como moeda de troca para brincar de “Barbie”.

Minha criança criativa e fashionista já era apaixonada por moda e ver uma boneca com muitas possibilidades de looks me encantava. Quando estava brincando, fugia da minha realidade, onde eu não era um menino brincando com brinquedos de menina e sim uma criança brincando.

Assim como no live-action, Barbie – O Filme mostra a personagem entrando no mundo real e tentando se acostumar com a nossa realidade, e o efeito contrário – sair da realidade e entrar no mundo fictício (mesmo que por alguns minutos) – é hipnotizador.

Então me conta. Estão prontos para viver na Barbielândia?