Jornal o Aprendiz - Agosto - 2015

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Amizade

amizade torna os fardos mais leves, porque os divide pelo meio. Intensifica as alegrias, elevando-as ao quadrado na matemática do coração. Esvazia o sofrimento, porque a simples

acrescida. É a doce canção da vida e a poesia da eternidade. O amigo é a outra metade da gente. O lado claro e melhor. Revela, desvenda, conforta. É uma porta sempre aberta, em qualquer situação. É a bússola e

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lembrança do amigo é alívio. Ameniza as tarefas difíceis, porque a gente não as realiza sozinho. São dois cére-

bros e quatro braços agindo. A amizade coloca música e poesia na banalidade do cotidiano. Enseja confidências redentoras: problemas partilhados, percalço amaciado; felicidade repartida, ventura

rota no oceano, porto seguro da tripulação. É o milagre do calor humano que Deus opera num coração. O amigo na hora certa é o sol ao meio dia, estrela na escuridão. Amigo, obrigada por fazer parte da minha vida!

Colaboração: Dra. Maria do Vale Oba - Especialista em Acupuntura (16) 3234-3862 | 99196-5217 - mariaoba@hotmail.com


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Swami Sivananda, Mestre dos Himalayas

wami Sivananda apareceu nesse mundo no dia 8 de setembro de 1887, de ilustre família do sul da Índia, abastada e tradicionalmente religiosa. Na juventude, optou por estudar medicina como meio de estar em maior contato com sofrimento humano e a ela se dedicou de todo coração. Ao deixar a faculdade, diplomado, exerceu as mais variadas atividades relacionadas com sua profissão, na Índia e depois na Malásia. Em sua vida privada, doutor Kuppuswami tinha todos os confortos que a profissão permitira. Nessa época conheceu vários ásanas e pranayamas por livros ou breves instruções recebidas de seus hospedes. Ele pensava "Estou curando as pessoas fisicamente, mas como posso cura-las espiritualmente?". Chegou à conclusão que deveria renunciar a tudo e sair à procura de Deus, da Divina morada da bem aventurança. Horas depois de tomar essa resolução subia a bordo do navio que o levaria de volta a Índia.

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Ao chegar à sua cidade natal, contratou carregadores para transportar seus pertences para a casa de seus parentes. A porta de sua casa foi recebido por seus familiares que, radiantes de alegria davam-lhe as boas vindas, enquanto os empregados descarregavam a bagagem. De repente no meio de toda aquela euforia e felicidade, ele desapareceu misteriosamente. A princípio seus familiares julgaram que ele tivesse ido procurar um amigo e esperaram e esperaram. Quando passado longo tempo e ele não regressou saíram todos a sua procura - em vão - e a família ficou mergulhada em grande pesar. É que o doutor Kuppuswami havia renunciado a tudo e adotado a vida de monge medicante - só, sem posses tendo Deus como único companheiro iniciou sua grande jornada a pé. Assim percorreu quase toda a Índia, seguindo a risca as recomendações tradicionais de nunca ficar mais de três dias em cada localidade, alimentando-se somente de esmolas. Ao chegar à cidade de Varanasi, teve

uma visão mística na qual o próprio Deus Shiva o instruiu a prosseguir sua peregrinação rumo ao norte, próximo ao Himalaia. Chegou finalmente a Rishkesh no início dos anos 20, imediatamente sentindo-se em casa, sabendo que ai era o lu-

ciante que imediatamente reconheceu no jovem aspirante o potencial de um grande yogue. No dia primeiro de junho de 1924 havendo ficado apenas 2 horas com seu mestre foi iniciado sanyas recebendo o nome iniciático de Swami Sivandanda, dentro

gar onde desenvolveria seu sadhana (prática espiritual). Foi ao banharse nas águas do rio Ganges que teve o encontro mágico com seu Guru, Swami Vishwananda Saraswati um velho e respeitável renun-

da ordem Saraswati de Shankaracharya. Com total diligência e fé nos ensinamentos recebidos Swami Sivananda iniciou o que seriam anos de intensa prática e realizações. Num glorioso dia de

1930 realizou o Ser e tornou-se iluminado. Depois disso como ele mesmo nos conta em "O que me ensinou a vida", sentiu que deveria compartilhar com o resto da humanidade a sua maravilhosa experiência. Em 1934, encontrou um casebre em ruinas e decidiu ali começar a instalar seu próprio ashram ao qual deu o nome de Ananda Kutir (morada da bem aventurança). Em 1936 foi inaugurada a Divine Life Society (Sociedade da vida divina) para instruir a humanidade em práticas que constituíam o seu yoga da síntese. Assim que as pessoas começaram a aparecer mais e mais em busca de seus ensinamentos e para que a sagrada tradição do yoga não fosse ensinada de forma inadequada, foi fundada em 1948 a Yoga Vedanta Forest Academy (Academia de Yoga e Vedanta da Floresta). Um de seus discípulos, Swami Vishudevananda ficou

encarregado do ensino do Hatha Yoga, pois dominava profundamente essa ciência. Foi também o primeiro discípulo a chegar ao Ocidente, no final dos anos 50, fundando os Sivananda Yoga Vedanta Centers. Em sua velhice, Swamiji padeceu de enfermidades naturais, que o fizeram submeter a rigorosas disciplinas e sacrifício. Atingiu seu Maha Samadhi em 14 de julho de 1963 e seus discípulos se recordam que algum tempo antes desse dia, Swamiji havia marcado essa data na folha de calendário do Ashram, mostrando assim que sabia previamente o dia que abandonaria seu corpo. Suas últimas palavras foram: Attach , detach (apegue, desapegue). Nossas respeitosas revências a Gurudev que com o archote do conhecimento iluminou nossos olhos que estavam cegos devido à escuridão da ignorância. Jaya Sivananada Maharaj Ki! Jaya!

Colaboração: Narayan (Tiago Bastos) e Shivani (Carol Oliveira) Fundadores do Yoga Hall-Centro Sivananda de Yoga Vedanda em Franca/SP aulasdeyoga@hotmail.com


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História das Mandalas I - Mandalas dos

les são os primeiros humanos a fazer mandalas. Sua mitologia é complexa e varia por região. Cada área da Austrália foi habitada por uma tribo diferente. Tribos têm símbolos diferen-

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tes. Cada zona respeita um animal diferente, na costa costumam respeitar um animal marinho, do deserto é um animal do deserto, como a serpente. Quando os colonizadores chegaram na Austrália, os aborígenes foram excluídos e eles não entenderam nada e pensaram que eram primitivos e incultos. Escreveram muitos livros falando mal deles e sobre seu atraso. No livro "Totem e Tabu", Freud fala deles como se fossem selvagens sem inteligência. A partir dos anos 50 começa

a se traduzir a linguagem nativa melhor porque eles começam a aprender a língua do homem branco. E então se descobre a sua cultura. Geralmente, ela utiliza elementos da natureza nativa como paus pedras, areia, folhas. Usam da natureza, somente o que lhes é necessário ser removido e retornam tudo sem poluir nada. Eles têm poucas posses. Há um livro muito bom: "Vozes do deserto" de Margo Morgan, é uma inglesa que viveu e viajou três meses com Austrália aborígene e descreve a experiência no livro. Eles realmente não tem um conceito de limite ou face; delimitam partes da terra para trabalhar fazendo rituais. Estão conectados com o outro plano para se conectar com o conceito de sono, eles acreditam que tudo no Sono Nas-

ce. No começo todo mundo estava dormindo, e estava tudo feito, mas todos dormiam, vieram então os criadores, os deuses foram despertados os seres, a primeira coisa a ser despertada foi a serpente. E nascemos da serpente, é o sonho que fertiliza a terra, a serpente fez buracos na terra, a terra tremeu e se tornou fértil. Então, acordou o resto de nós como homens. Logo essas divindades se retiraram. As imagens destas divindades nas cavernas tem um olhar incrível como os estrangeiros com olhos grandes. Essas imagens são consideradas pelos ufólogos para a teoria de possível origem extraterrestre de civilizações antigas. É um problema. Então, se separaram todos os seres e as divindades foram retiradas, mas a partir desse mo-

mento, tudo está conectado, tudo é a idade simultânea do sono é aqui e agora e estamos conectados com a natureza, porque nós temos uma origem comum, mas para fazer rituais para entrar e sair do sono, são necessários rituais xamânicos através dos quais a pessoa entra e sai do círculo sagrado para entrar e sair de sono para ver as coisas, se conectar com os animais e a natureza. Aborígenes têm a capacidade de se comunicar com animais e se comunicar com cada aparelho. A Idade do Sono é a "idade do sono" é um nível de existência ou de um plano da realidade. Você pode ser levado para cima e entre momen-

tos de transe é como o xamã, mas eles são muito ligados a isso. Quanto à pintura animal, desenhar ou pintar um canguru por exemplo, eles o fazem com a pele clara você ver os músculos e órgãos, é porque para eles não há separação da pele, eu acho que eles podem


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Aborígenes Australianos ver bem a natureza . Eu acho que vêem os corpos como se fôssem "transparentes". Damos mais importância à separação da pele, como limite mas o ego separa o australiano não tem isso. Margo Morgan relata que se comunicam uns com os outros telepaticamente

sim, mas não porque eles são mais primitivos, mas porque eles são mais evoluídos no sentido de conexão natural. Eles têm milhares de anos de adaptação à natureza. Em rituais que a pessoa tem de se conectar com o protetor de animais, o que Freud chamou de "animal totem", o animal sagrado é algo que se imita, a tribo toma cobra por exemplo, aprende ", Kobong" a serpente do Kobong a serpente é que pode mudar a sua pele, deixando a pele velha. Ser como o canguru é importante para que eles aprendam e ser como

este animal, que sempre anda para frente, não pode andar para trás. Quando você desenhar e pintar no deserto, faz gráficos que na verdade são mapas, então, cada animal tem uma personalidade, um modo de agir, conduzir. Em seguida, o desenho pode ser o ninho de formigas (círculos concêntricos). Canais de água ou trilhas de formigas. Geralmente tudo que você usou em torno das plantas e ervas, tudo. Você tem que investigar, antes de usar medicamentos fitoterápicos. Desenhado no deserto depois ir a pé pelo caminho, para o registro quando eles devem voltar ou passar por outro. Há um filme chamado: "O lugar onde nas-

cem as formigas verdes" é filmado com os aborígenes. É sobre uma mineração de urânio e uma tribo que se recusa a explosões no chão porque sabem que se adormecer as "formigas verdes" que podem matar toda a vida. É um filme interessante mostra sua natureza pensam. Eles desenham no deserto para encontrar água e usam para isso um sistema de símbolos gráficos onde cada símbolo tem um significado específico. Meia lua significa "pessoa" é tão uma forma de bumerangue que o símbolo aparece quando as reuniões representam pessoas, ou pessoas a pé, ou de pessoas ao redor do fogo ou em um poço de água.

Colaboração: Marina Elisa Costa Baptista - Filósofa e Mandalista (16) 3630-4459 | 99753-6949 NOVO EMAIL: marinaelisa60@gmail.com www.facebook.com/MandalasPorMarinaElisaGaleria

Para anúnciar (16) 98866-1780 a cobrar

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A máscara de santidade e a sombra

esse espaço me encontro. Intervalos de difíceis escolhas. Possuem-me delírios de equilíbrio e inteireza. Algo em mim sabe, não sou tudo isso que projeto. O manual de caráter e integridade soa como vozes poderosas dentro do pensamento. Imediatamente despertam sentimentos que, por instantes clareiam o caminho, como se a conduta correta fosse uma marca registrada balizando a travessia. O processo educacional é

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imposto como ferramenta indispensável para que eu não me torne um poço de agressividade social. Taxamme como pedra bruta de urgente lapidação. Como tudo que vem do externo esbarra no mistério interior, o receituário pedagógico varia de povo a povo, de nação a nação. Viro número, ensinam-me a competir, eliminar o outro em busca de um lugar ao sol, ajuntar dinheiro para ter tudo o que os prazeres da sociedade podem oferecer. Tornam-me normótico, docilizado, uma polícia interna cerceia os ímpetos mais fortes contra o status quo. De repente, algo me sacode, espeta o peito. Um pensamento contrário invade aquele espaço de pseudo integralidade. Sentimentos contrários, segundos

antes me conduziam por uma senda segura e acolhedora, de repente sinto-me invadido por um pensar e sentir, totalmente oposto. Isso é uma constante diária. É como se uma luta interna e sutil tornasse e estabelecesse uma confusão interna. Percebo-me um paradoxo. E agora? O quê fazer com os manuais de instrução, as crenças, os hábitos criados, as nomeações que me foram oferecidas após os primeiros dias após o nascimento? Jogo tudo no lixo? Ao pensar assim, sinto-me como se me amputassem braços e pernas. Até a liberdade torna-se um mito diante da matrix que me tornei. O quê fazer? Busco nos livros, cultos e seitas diversas, quebro a cara com uma farmácia de auto-ajuda disponível no mercado.

Até que um dia uma intuição me diz que tudo aquilo que conquistei no lado externo do corpo, necessitava de um diálogo com o meu lado obscuro. O lado inconsciente, preso como leão na jaula, gritava para ser ouvido, confrontado, aceito como parte de mim, ele tinha preciosas lições que me poderiam ser úteis. O manual de santidade que me servia como desafio esbravejou: " você deixará a minha luz para se sujar naquele chiqueiro infecto e trevoso?". O desespero aumenta até que algo explode no peito. Metanóia, leveza, alegria de outro portal. Mais tarde soube que acontece com todos os seres, é

Revista dos Vegetarianos - Edição 106 Brócolis O Vegetal certo para blindar sua saúde. Comer brócolis frescos protege contra o câncer, melhora o sistema imunológico, fortalece os ossos e faz maravilhas pelo seu bem-estar. 8 receitas de petiscos para receber seus amigos. Kefir Aprenda a fazer em casa e entenda por que ele é capaz de limpar o organismo. Café da manhã Dicas para fazer um desjejum supernutritivo e começar o dia repleto de energia. Industrializados Veganos Mesmo isentos de ingredientes animais, eles podem não fazer bem à saúde. http://www.europanet.com.br/site/ index.php?cat_id=935

preciso atenção e foco. Descobri que enquanto não integrarmos nosso manual de santidade, nossa imagem idealizada no diálogo com a sombra, o anti herói que cavalga lado a lado, continuamos capengas, fa-

náticos, preconceituosos e o sentimento de amor continua escondido no coração, assim como o Santo Graal continua um mito, um objeto de exploração e testemunha de um mundo em desencanto.

Colaboração: Marcos Zeri Ferreira Membro do Grupo de Estudos Teosóficos Ahimsa (16) 3237-3696 ferreirajoias@terra.com.br


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Meditação Simples assim A

o meditar o que acontece é um melhor direcionamento dos pensamentos, algumas pessoas têm vontade de experimentar a pratica porém não sabem que existem vários tipos de meditação e você pode escolher a que mais se adapta a você. Alguns tipos de meditação: - Ficar concentrado no movimento: Você pode conseguir equilíbrio mental praticando as posturas de yoga, praticando tai chi chuan, ou mesmo praticando a meditação andando ou pode meditar dançando. Com consciência corporal, com consciência do movimento Você ensina ao corpo a disciplina do silêncio. E através disso, a mente também se acalma, acabando com a ansiedade. - Ficar focado na respiração: Você pode se sentar confortavelmente, com a coluna ereta e observar a respiração. Apenas perceba o ar entrando e saindo, Acompanhe o fluxo natural da respiração. - Apoiar-se em um mantra, uma música suave ou sons vibratórios. Ou outra frase curta que goste. Colaboração: Ordem Rosacruz AMORC Rua Thomaz Nogueira Gaia, 1491 Jardim Irajá Ribeirão Preto / SP

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