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Fleet Magazine
ESPECIAL PRÉMIOS FLEET MAGAZINE
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P.6 TELETRABALHO
P.8 AMBIENTE
P.10 CTT
Como a telemetria pode ser útil para gerir uma frota à distância
Melhorar o desempenho energético não melhora apenas os custos
O aumento do comércio eletrónico gera desafios à frota dos CTT
Tributação Autónoma: viaturas
de lucros ou prejuízos fiscais. Aliás, em caso de prejuízo fiscal no período de tributação, a Tributação Autónoma aplicável às empresas é agravada em 10 pontos percentuais, exceto se o período de tributação corresponder ao do início de atividade ou ao seguinte (exclusão introduzida no OE de 2020).
É um custo elevado com a frota de muitas empresas. A base de incidência deste imposto, as taxas aplicadas dependendo do tipo, utilização e preço de aquisição da viatura, as reduções e isenções permitidas
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Tributação Autónoma (TA) é um dos vários impostos que empresas e empresários em nome individual (ENI), com contabilidade organizada, pagam pela utilização de um veículo ligeiro de passageiros afeto à atividade, quer esteja registado em nome próprio ou alocado a uma gestora de frota ou empresa de rent-a-car. Trata-se de um imposto que incide de forma independente sobre os encargos suportados com viaturas ligeiras de passageiros, ligeiras de mercadorias, (que não sejam tributadas pelas taxas reduzidas, nem pela taxa intermédia,
previstas no Código do Imposto sobre Veículos), motos ou motociclos. Consideram-se encargos as depreciações, as rendas ou alugueres, os seguros, a manutenção e conservação do veículo, as despesas com estacionamento, as portagens, os combustíveis e os impostos que incidem sobre a posse ou utilização do veículo. São ainda tributados autonomamente (à taxa de 5 %), os encargos com a deslocação em viatura própria do trabalhador, ao serviço da entidade patronal, quando “não faturados a clientes, escriturados a qualquer título, exceto na parte em que haja lugar a
“Isenção” de TA
tributação em sede de IRS, na esfera do respetivo beneficiário”, conforme o número 9 do artigo 88.º do Código do IRC. No que às viaturas diz respeito, as taxas de TA que incidem sobre os encargos incorridos variam consoante o custo de aquisição da viatura. No caso das empresas, as referidas taxas correspondem a: - 10% se o custo de aquisição do veículo for inferior a 27.500 euros; - 27,5% quando o custo de aquisição é igual ou superior a 27.500 euros e
inferior a 35 mil euros; - 35% quando o custo de aquisição é igual ou superior a 35 mil euros. No caso de Empresários em Nome Individual (ENI) com contabilidade organizada, valendo para todos os tipos de veículos anteriormente mencionados, as taxas a aplicar são de: - 10% para veículos com custo de aquisição até 20 mil euros; - 20% quando o custo de aquisição é igual ou superior a este último valor. Os encargos suportados são tributados independentemente de existir registo
Esta tributação extraordinária recai sobre as despesas apresentadas por uma empresa ou profissional, que o legislador entende poderem não estar diretamente relacionadas com as atividades empresariais desenvolvidas (daí a TA incidir também, entre outras realidades, sobre despesas de representação, como refeições e viagens, quando não faturadas a clientes). Importa salientar que não se encontram sujeitos a Tributação Autónoma os encargos com algumas viaturas de mercadorias, nomeadamente os “ligeiros de utilização mista e os automóveis ligeiros de mercadorias que, embora tributados pela tabela B do Imposto sobre Veículos, beneficiam de taxas reduzidas ou de taxas intermédias, como as previstas nos artigos 8.º e 9.º do Código do Imposto sobre Veículos” (ponto 3 do artigo 88.º do Código do IRC). Estão igualmente dispensados de Tributação Autónoma os encargos com veículos movidos exclusivamente a energia elétrica, independentemente
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CUSTO DE AQUISIÇÃO VS TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA
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O especial Gestão de Frotas & Renting é produzido e comercializado pela Fleet Magazine e da total responsabilidade dessa entidade
F IC HA TÉCN ICA DIRECÇÃO Hugo Jorge REDACÇÃO David Santos, Hugo Jorge e Rogério Lopes COMERCIAL Carina Dinis PAGINAÇÃO Ricardo Santos
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A aplicação das taxas de TA está diretamente relacionada com dois fatores: custo inicial de aquisição do veículo e a sua utilização para fins profissionais. Estas duas questões podem entrecruzar-se no que diz respeito à possibilidade das empresas deduzirem o IVA da aquisição de veículos elétricos ou híbridos “plug-in”, uma vez que o custo de aquisição a considerar, para efeitos de definição do escalão da TA, é deduzido deste imposto. Porém, o Código do IVA estabelece que só pode deduzirse o imposto que tenha incidido sobre bens e serviços adquiridos ou utilizados pelo sujeito passivo para a realização de serviços sujeitos a este imposto e dele não isentos. “A mera aquisição de uma viatura de turismo elétrica e híbrida ‘plug-in’, ainda que dentro dos limites legalmente estabelecidos, não assegura por si só o direito à dedução do respetivo IVA, sendo necessário que as viaturas estejam conexas com a atividade desenvolvida pela empresa adquirente e esta atividade seja sujeita e não isenta do imposto. Por exemplo, a simples aquisição de uma viatura elétrica ou híbrida ‘plug-in’, que esteja atribuída a um colaborador para o seu uso pessoal e sem que exista conexão com uma atividade tributável em IVA, não assegura o direito à dedução do imposto (que deverá assim ser considerado como fazendo
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parte do custo de aquisição da viatura e, eventualmente, implicar uma subida de escalão para efeitos de determinação da taxa de tributação autónoma em IRC aplicável)”, refere Renato Carreira, Partner da Deloitte, em artigo de opinião publicado na Fleet Magazine. No ato de aquisição da viatura, a taxa de Tributação Autónoma aplicável é determinada com base no respetivo custo de aquisição, que pode ou não contemplar equipamento acessório que a mesma disponha. Naturalmente, no caso de custo acessório, este deverá ser sujeito a Tributação Autónoma. O escalão da TA aplicável nos contratos de renting é estabelecido em função do custo de aquisição da viatura por parte da locadora, considerado para efeitos de determinação da respetiva renda mensal. No financiamento em leasing, o escalão da taxa de TA aplicável é fixado em função do valor de aquisição da viatura ou do valor comercial do contrato. Por fim, sobre todos os encargos que estão subjacentes a contratos de aluguer de viaturas sujeitas a Tributação Autónoma, sem distinção, mas com duração inferior a 3 meses e não renováveis, incide a taxa correspondente ao primeiro escalão (que, considerando as taxas normais de TA, é de 10%, podendo ser agravada em 10 pontos percentuais no caso das empresas que registem prejuízos fiscais no período de tributação.
do seu custo de aquisição (o qual só assume relevância no que respeita à faculdade de dedução do IVA). De fora da TA ficam ainda as viaturas ligeiras de passageiros, motos e motociclos, afetos à exploração de serviço público de transportes ou destinados a serem alugados no exercício da atividade normal do sujeito passivo. Por exemplo, as viaturas utilizadas como Táxi ou TVDE ou ao nível das locadoras, quando os respetivos veículos se destinam à prática da atividade de aluguer de viaturas sem condutor. Porém, embora as empresas de rent-a-car ou gestoras de frota não fiquem sujeitas a TA, relativamente às viaturas que constituam o objeto da sua atividade, os utilizadores profissionais destas viaturas são, regra geral, tributados autonomamente. As referidas situações em que não há lugar a TA tanto se podem aplicar a empresas como a ENI com contabilidade organizada. Beneficiam ainda de não sujeição a TA os encargos relacionados com as viaturas em que tenha sido celebrado acordo com os trabalhadores aos quais as mesmas estejam afetas, conforme previsto no parágrafo 9 da alínea b) do n.º 3 do artigo 2.º do Código do IRS. Na prática, havendo acordo escrito entre o trabalhador ou membro do órgão social e a entidade patronal sobre a imputação àquele da referida viatura automóvel, a entidade patronal fica dispensada de TA sobre os encargos associados à viatura. No entanto, o rendimento em espécie associado à utilização da viatura, ou qualquer acréscimo salarial de forma a compensar o trabalhador pelo ónus fiscal suportado, será refletido na base de incidência do IRS e das
contribuições para a Segurança Social do trabalhador.
Taxas reduzidas A Reforma da Fiscalidade Verde, veio contemplar um conjunto de incentivos e desagravamentos fiscais para determinados tipos de veículos. Tais desagravamentos materializam-se na redução das taxas de TA aplicadas sobre os encargos com veículos com motorizações híbridas plug-in e movidas a GNV e GPL, neste último ainda possível apenas quando utilizados pelos ENI com contabilidade organizada. Assim, no caso das viaturas ligeiras de passageiros híbridas plug-in utilizadas pelas empresas, as taxas aplicáveis são reduzidas para 5 %, 10 % e 17,5 %, quando as taxas normais são 10%, 27,5% e 35% respetivamente. Para os veículos movidos exclusivamente a GNV, as taxas reduzidas aplicáveis para empresas são de 7,5 %, 15 % e 27,5 %, respetivamente. No que se refere aos ENI, o Código do IRS estende a aplicação de taxas reduzidas aos veículos movidos exclusivamente a GPL, além do GNV. Para estes, as taxas a aplicar são, respetivamente, de 7,5 % e 15 %, em vez das taxas normais de 10% e 20%. Quanto às viaturas ligeiras de passageiros ou mistas híbridas plug-in, as taxas de TA aplicáveis aos ENI são reduzidas a metade: 5 e 10 %, nomeadamente para veículos até 20 mil euros ou com valor igual ou superior a este limite. Conforme já se referiu, os encargos com as viaturas movidas exclusivamente a energia elétrica beneficiam de uma exclusão de sujeição a TA.
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As respostas do sector automóvel Do comércio aos serviços, da produção ao financiamento, o sector automóvel é parte importante da economia portuguesa e fonte geradora de milhares de empregos. A atividade abrandou mas não parou totalmente, adaptando-se a uma realidade diferente, sem esquecer o dever de solidariedade
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e algumas fábricas de automóveis e componentes suspenderam por completo a sua produção habitual, devido à imposição do estado de emergência, por razões sanitárias ou falta de componentes, a AutoEuropa, em Palmela, de forma mais limitada, adaptou as suas capacidades tecnológicas à produção de viseiras e outro equipamento hospitalar. Muitas marcas automóveis responderam também aos pedidos de ajuda de instituições e centros hospitalares, colocando ao dispor viaturas, equipamento ou procedendo a donativos de material médico, assim como diversos fornecedores de serviços passaram a dar prioridade à assistência e manu-
tenção de veículos de emergência e até de pessoal diretamente envolvido no combate à pandemia, com recolha e entrega do veículo em casa do cliente, depois de devidamente higienizado. Estes são apenas alguns exemplos de um sector duramente atingido mas com sentido de responsabilidade, para o qual as medidas restritivas e necessárias de confinamento obrigaram a reinventar a forma de chegar aos seus clientes. Concretamente no que respeita ao comércio de veículos.
Do online à entrega à porta Se a internet, como fonte de pesquisa e obtenção de informação, já era o ponto de partida para muitos consumidores, o momento final da
compra implica, invariavelmente, a conclusão presencial do negócio. Mas com as concessões encerradas ao público enquanto vigorar o estado de emergência, o comércio online ganhou redobrada importância, exigindo, contudo, em muitos casos, a reformulação das plataformas existentes. Nomeadamente a evolução de ferramentas como os chats já presentes nas páginas de algumas marcas, para sistemas de videoconferência, um modo mais pessoal e imediato de aconselhamento comercial, facilitando, graças a isso, a seleção do veículo, o modelo de financiamento e até a entrega da viatura, que passa igualmente a ser feita em casa do cliente, seja particular ou de empresa.
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COMO ESTÁ O NEGÓCIO DAS FROTAS? Responsável por cerca de metade das matrículas anuais de automóveis ligeiros, o volume de compras das empresas depende muito da atividade económica. Obedecendo a planeamento e negociações prévias, as aquisições coincidem geralmente com renovações de contrato ou acréscimos de frota por expansão do negócio, decisões que, com raras exceções, estão a ser reequacionadas ou adiadas. “Temos verificado um abrandamento das decisões de consecução de negócio, sobretudo em clientes cujas atividades foram mais afetadas”, confirma Maurício Marques, diretor de marketing da Locarent. As poucas exceções existentes são as empresas de distribuição e algumas com equipas técnicas de assistência que, por força do aumento do comércio eletrónico e das entregas, ou da necessidade de instalação ou manutenção de equipamento, mantiveram ou viram crescer a sua atividade. Mas com as viaturas imobilizadas ou a percorrerem menos quilómetros do que os contratados, o movimento generalizado, aceite por várias gestoras de frota e partilhado por muitas empresas, é a extensão dos contratos de aluguer operacional. “Estamos a propor aos clientes, cujos contratos acabam agora e durante os próximos três meses, o prolongamento dos contratos de renting até três meses”, refere João Coutinho, diretor de vendas automóveis e gestor de marca do Volkswagen Financial Services. “Para os clientes empresas com produtos financeiros, o VWFS vai aplicar a moratória definida pelo Governo e conceder uma carência até 30 de setembro de 2020”, conclui. Em alguns casos, a extensão de contratos permite também adiar a entrega de novos modelos que, por força das circunstâncias, estão com dificuldade de entrega e, por outro
lado, impede o avolumar de stock de viaturas usadas. “Nesta fase, não podemos garantir previsões de entrega. Por isso, estamos concentrados em dar apoio às necessidades de mobilidade dos nossos clientes através da extensão de contratos, fornecendo veículos da CarNext.com ou disponibilizando um veículo temporário da nossa frota de aluguer”, esclarece Pedro Pessoa, diretor comercial da Leaseplan.
RENT-A-CAR: SECTOR VALE 30% DAS MATRÍCULAS
A redução drástica do turismo em Portugal e as limitações impostas à circulação condicionaram a atividade de um sector bastante importante para o comércio automóvel. Com poucas aquisições feitas este ano e decisões adiadas perante a incerteza quanto ao retomar normal da atividade, os poucos alugueres devem-se quase apenas às viaturas de substituição por acidente, avaria ou necessidade de manutenção, situações previstas em alguns seguros e contratos de renting. Porém, “sentimos um aumento do pedido de viaturas comerciais relacionado com atividades na área do comércio eletrónico”, esclarece Duarte Guedes, CEO da Hertz Portugal. Mas Joaquim Robalo de Almeida, secretário-geral da ARAC, a associação do sector, evidencia a diferença de importância estre os dois tipos de aluguer: “enquanto as quebras registadas do rent-a-cargo são de cerca de 50%, as verificadas com os veículos de passageiros ascendem a cerca de 90%”. “Sobretudo nos primeiros dias depois de decretado o estado de emergência, registou-se alguma procura de veículos de mercadorias por parte de empresas ligadas aos sectores da saúde e da distribuição. Porém, nunca suficiente para colmatar as quebras provocadas pela diminuição da maioria das empresas da indústria e do comércio.”
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É possível gerir uma frota à distância? Garantir visibilidade sobre recursos móveis e activos da empresa ganha relevância neste período em que o trabalho remoto se impõe. É portanto imperioso fazer uso da tecnologia de gestão de frota que já existe e que permite às empresas adaptarem-se à realidade de trabalho à distância
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ara que qualquer modelo de trabalho remoto tenha sucesso, a digitalização das empresas é essencial. A comunicação telefónica ou a troca de mensagens (incluindo emails) podem ser suficientes até determinado ponto, porém, quando desenvolvemos um projeto que envolve várias pessoas, torna-se essencial encontrar soluções de comunicação mais eficientes. E elas já existem: algumas ferramentas digitais (software) de gestão de projetos permitem atualizar e acompanhar a progressão dos trabalhos, enquanto outras possibilitam a realização de reuniões através de videoconferência, o que facilita a partilha de ideias, a troca de informação e até de documentos, contribuindo para uma noção de proximidade relativa. No que diz respeito às equipas móveis, as soluções de localização e gestão de frotas por GPS são uma excelente ferramenta para monitorizar, à distância, a atividade e performance das viaturas e dos seus utilizadores. Não sendo uma novidade, este equipamento,
desde que devidamente enquadrado pelas regras de proteção de dados (RGPD), é um importante contributo para um acompanhamento eficaz das viaturas, apresentando benefícios em áreas distintas como a segurança anti-roubo, a gestão dos custos operacionais (incluindo dos gastos com o combustível), a produtividade das equipas e eventual delegação de tarefas, organização logística e o controlo da manutenção das viaturas, este último aspeto, essencial para precaver os tempos de imobilização do veículo. “Nesta fase em que foi necessário ajustar a nossa forma de trabalhar e viver, acredito que a tecnologia que disponibilizamos pode ajudar as empresas na continuidade e estabilidade do seu negócio” explica Paulo Carvalho, Senior Sales Manager da Inosat, empresa especializada na comercialização de soluções de gestão de frotas por GPS. Na opinião deste profissional, é importante que as empresas com equipas móveis mantenham a atividade e visitas a clientes organizadas, so-
bretudo se for necessário reduzir ou eliminar o contacto presencial com os motoristas. “Aqui fará a diferença uma solução como o Reveal Field, onde, através da utilização de uma aplicação móvel, os técnicos conseguem ver os serviços atribuídos e obter comprovativos de realização dos mesmos, incluindo a assinatura dos clientes”.
Planeamento é estratégico A implementação de planos de manutenção eficazes e a gestão dos custos associados às viaturas são uma realidade para qualquer gestor de frotas, mas fazê-lo com equipas móveis que não se deslocam com frequência ao escritório pode revelar-se uma tarefa difícil. E quando o próprio gestor de frotas se encontra em trabalho remoto torna-se ainda mais difícil conjugar horários e disponibilidades. “Uma solução de gestão de frotas permite criar planos de manutenção eficazes, identificar e programar ações relevantes como troca de pneus, deslocações à oficina para revisão,
O trabalho remoto acabou por se tornar uma necessidade imposta a muitas empresas como medida de prevenção face ao COVID-19. Apesar de não ser uma completa novidade, a comunicação entre equipas e a gestão de recursos humanos à distância levanta inúmeros desafios, sobretudo em situações de longa duração
pagamento de seguros ou renovação de contratos. Alertas automáticos para estas situações podem ser estabelecidos com base no número de quilómetros da viatura”, explica Paulo Carvalho. E numa altura de incerteza, a necessidade de garantir a segurança das viaturas ganha especial relevância, devendo ser analisado em duas perspetivas distintas: por um lado a proteção de um activo da empresa, por outro a segurança rodoviária. Numa perspetiva de proteção do bem, a imobilização à distância é uma das opções oferecidas pela generalidade das empresas que comercializam este tipo de soluções, ou seja, permitem aos
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ÁREAS DE ACTUAÇÃO
gestores de frota imobilizar a viatura sem sair de casa. Na perspetiva da segurança rodoviária, a tecnologia desempenha também um papel essencial, uma vez que é capaz de monitorizar e alertar para situações como excesso de velocidade, acelerações e travagens bruscas. Desta forma, os gestores de frota poderão sensibilizar os motoristas para a importância de adotar hábitos de condução seguros.
Alertas permitem antecipar ações A forma como cada um dos colaboradores conduz e faz uso do automóvel
é um dos temas mais difíceis de lidar por qualquer gestor de frota. O ideal seria que cada um dos motoristas estivesse consciente de quais as áreas a melhorar – e daí a necessidade de formação, quer quanto ao modelo mais correto de condução, como no que respeita à consciencialização individual dos custos e dos riscos de determinadas posturas ao volante – sem a necessidade de intervenção permanente do gestor de frotas. No entanto, sabendo-se que nem sempre isso acontece, Paulo Carvalho refere duas soluções que a Inosat disponibiliza e que podem ajudar a dar antecipar riscos. “Um alarme colocado na viatura que irá dar feedback imediato ao motorista através da emissão de um alerta sonoro sempre que, por exemplo, a viatura entre em excesso de velocidade. Mas disponibilizamos também uma aplicação para telemóveis, criada para ser utilizada pelos motoristas das viaturas, que identifica e caracteriza o seu estilo de condução, indicando-lhe as áreas onde pode melhorar”.
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Uma gestão de frota é basicamente uma gestão de activos. Em alguns casos, complementada com uma gestão de produtividade (da qual dependem os recursos humanos, os condutores) e com uma logística acertada (planeamento de serviços e rotas, tempos de imobilização, tec.). Qualquer responsável de empresa e da frota em particular tem certamente noção da relevância da mesma para a sua empresa, quer dela dependa o sucesso da sua atividade, ou simplesmente pelo encargo financeiro que representa. Daí a importância acrescida de uma seleção criteriosa de viaturas no que respeita aos custos de aquisição e enquadramento fiscal, mas também no que se refere a outros encargos como as despesas com combustível, pneus, desgaste do veículo, sinistro e agravamento de seguros, por exemplo. A possibilidade de controlar estes parâmetros à distância é precisamente um dos vários proveitos obtidos com o uso de equipamento telemático, sujeito a uma evolução constante quer no que respeita ao desenvolvimento de aplicações destinadas a tirar melhor proveito da utilização do veículo, mas também no que concerne à privacidade do seu utilizador. E, “à distância”, tanto pode ser entendido a partir de um computador ou com recurso a uma tablet ou smartphone, em qualquer parte do mundo com recurso à internet, com a aplicação instalada no equipamento ou acessível através de uma plataforma partilhada. Mas qual pode ser o impacto concreto de cada uma destas possibilidades?
GESTÃO DE ACTIVOS
Seja por aquisição direta ou financeira, ou através de uma solução de renting, os veículos que são propriedade da empresa ou alocados por ela devem conservar-se em condições de operacionalidade e de integridade ao longo da sua “vida útil”, uma vez que a desvalorização de um veículo, devido a uma má utilização que tenha afetado o seu estado, vai ter impacto económico no momento da sua renovação. A maioria dos softwares de gestão permitem também manter o gestor informado quanto ao registro de quilómetros, essencial para antecipar a renovação do veículo, estender a sua duração ou efetuar a troca do uso com outro utilizador.
GESTÃO DO NEGÓCIO
A visão espacial nem sempre é uma forma eficaz de planificação de rotas. O estudo do desempenho das rotinas do serviço, das condições de trânsito em determinadas faixas urbanas ou em determinados períodos horários, podem ajudar a desenhar novos percursos ou até afetar outras viaturas para determinadas funções. Tudo isto com a faculdade de poder acontecer em tempo real.
GESTÃO DE RENOVAÇÕES
Os sistemas de telemetria permitem identificar as causas dos danos, antecipar a necessidade de manutenções preditivas ou emitir alertas sobre indicações de avarias no veículo. Aspetos que, sendo essenciais ao bom funcionamento do veículo, podem fornecer também indicações importantes sobre a sua competência para a função que lhe é exigida. O que pode ajudar a decidir sobre o tipo de modelo mais indicado no momento da renovação da frota.
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GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
A segurança rodoviária é um ponto fulcral para os custos de utilização, para a operacionalidade, para o impacto social, para a imagem da empresa e para o sucesso do trabalho. Não basta gerir o comportamento da condução. É necessário estar atento aos procedimentos relativos às horas de trabalho e descanso dos motoristas, bem como obter informação sobre fatores de segurança como o acondicionamento da carga ou existência de sistemas de emergência, por exemplo. Soluções mais avançadas de gestão de frota permitem a automação de determinados processos, com a possibilidade do condutor reportar diretamente qualquer anomalia ou necessidade.
GESTÃO INTEGRADA
Soluções completas produzem relatórios robustos e pormenorizados, elaborados de forma automática e com parâmetros programáveis, com projeção de alertas sobre desvios. Podendo integrar outras soluções como os de gestão de cartões de combustível ou sistemas automáticos de pagamento de portagens, por exemplo, as informações recolhidas podem fornecer uma visão global ou segmentada por departamento, tipo de viatura, serviço ou rota, por exemplo. Podem também permitir a integração de obrigações fiscais ou outras (como a necessidade de marcações de inspeções obrigatórias ou operações programadas em oficina), facilitando, desse modo, o trabalho burocrático e reduzindo a probabilidade de incumprimentos.
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Desempenho energético de uma frota Uma frota mais eficiente do ponto de vista energético não é só o resultado de uma gestão desenhada a olhar para os custos. Deve envolver outros propósitos maiores, como a sustentabilidade dos recursos energéticos, a saúde dos cidadãos e o futuro do planeta
“U
ma frota mais eficiente promove muito mais do que a redução dos custos diretos com o consumo de energia”, diz Paulo Santos, coordenador do grupo de incubação na ADENE e um dos responsáveis pelo MOVE+, o sistema de avaliação e classificação energética de frotas automóveis. “Utilizar veículos mais eficientes, ter boas práticas de gestão de frotas, monitorizar a sua utilização e capacitar sistematicamente os seus condutores promove poupanças sustentadas de custos de energia, algumas sentidas de imediato, outras em períodos mais longos, frequentemente entre um e dois anos”, esclarece. Se os encargos com o combustível representam hoje em dia entre 15% a 21% dos gastos com uma frota e só cerca de 7% no caso de energia para as viaturas elétricas (“Car Cost Index”, LeasePlan, setembro de 2019), a “considerável redução da fatia de custos em termos absolutos, não deve fazer esquecer outros benefícios relacionados e importantes, como a diminuição significativamente dos gastos com a manutenção e a redução à exposição indireta de poluentes nocivos para a saúde”, diz Paulo Santos. Mas podemos estabelecer um paralelo
entre uma melhoria da eficiência energética e uma melhoria da rentabilidade de uma frota? O coordenador a ADENE lembra que um dos fatores de maior imprevisibilidade em qualquer cálculo de custos de utilização são as constantes variações de preço dos combustíveis. Por isso, há fatores que podem e devem ser trabalhados, independentemente da decisão de transitar para uma frota ambientalmente mais sustentável e com menos custos com a energia. “As estratégias de eletrificação da frota melhoram significativamente a rentabilidade. E o mundo também agradece, uma vez que, até 2050, temos de cortar 98% das emissões associadas ao sector dos transportes, segundo o Roteiro para a Neutralidade Carbónica. Mas se, sobre isso, se reforçar as boas práticas de condução, aplicar-se um sistema de gestão da frota otimizado e fazer-se uma boa manutenção dos veículos, estaremos a potenciar a eco-eficiência, com naturais benefícios económicos e ambientais”. Fica então claro que a rentabilidade da frota e a eficiência energética andam de mão dada – “se para o mesmo nível de serviço conseguimos ser mais eficientes, então a frota é mais rentável”, sintetiza Paulo Santos –,
as medidas e os impactos dependem sempre da realidade de cada frota, como faz questão de também lembrar. “Daí a importância de ter um gestor de frota informado das questões da eficiência energética e capaz de avaliar os seus ganhos. Existem medidas de baixo investimento, que requerem apenas disciplina ou um planeamento mais atento, que se tornam rentáveis em qualquer frota, proporcionando ganhos e visibilidade imediatos”.
Situações práticas Concretizando em números, Paulo Santos dá o exemplo de uma típica viatura a gasóleo que faça 50 mil quilómetros por ano, com um consumo médio de 5,6l/100km. “Estima-se que, durante um mês, a pressão dos pneus decresça o suficiente para o consumo de combustível aumentar 4%. Isto significa que, por cada mês em que não verificamos a pressão dos pneus, podemos gastar mais 12 euros”. “As análises que temos feito mostram também que, por cada 5 minutos que uma viatura está em “para-arranca” no trânsito, por hora de serviço, os consumos aumentam cerca de 8%. Na viatura do exemplo anterior, se esta passar, em média, 15 minutos parada no trânsito, com pequenas alterações
das rotas, um sistema “start&stop“ e evitando horas de ponta (algo possível com o uso pleno de um bom sistema de gestão de frota), conseguíamos reduzir esse tempo para 5 minutos por hora de serviço. Isto representaria uma redução de cerca de 43 euros por mês!” Multiplicando estes valores por várias dezenas de viaturas rapidamente temos a noção da poupança que se obtém com pequenas ações.
Como fazer? Para Paulo Santos, tão importante quanto ter gestores empenhados e informados, é fundamental capacitá-los de viaturas eficientes, utilizadores formados e comprometidos e ainda de ferramentas que permitam obter dados reais, para poder trabalhar assertivamente os parâmetros mais importantes. “Primeiro que tudo, é crucial ter viaturas eficientes. É difícil, para não dizer impossível, apresentar melhorias com veículos em fim de vida. Portanto, é importante que existam ciclos de renovação da frota, com planeamento atempado, que incorpore critérios de eficiência energética no processo de escolha das viaturas. Outra medida importante, e que muitas vezes é desconsiderada, é a aposta na formação periódica e atualizada dos condutores. A prática de eco condução pode implicar poupanças de combustível na ordem dos 15%. E para frotas com alguma dimensão, os sistemas de telemática podem ajudar a levar estas medidas ainda mais longe, elevando os ganhos a outro patamar. Com a possibilidade de monitorização permanente dos consumos, o envio de alertas e de informação atualizada ao condutor ou ao gestor de frota, quando os perfis de consumo acima do esperado são detetados em alguns percursos, consegue-se uma ação corretiva rápida. Ou permite analisar e propor ações corretivas mais estruturantes da condução e dos trajetos, com o mesmo propósito”.
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A ADENE é responsável pela avaliação do Prémio Frota Verde dos Prémios Fleet Magazine. As inscrições para a edição deste ano já abriram em www.fleetmagazine.pt e o vencedor recebe uma certificação MOVE+ O MOVE+ é um sistema de avaliação e classificação do desempenho energético de frotas automóveis, assente no princípio de melhoria contínua. A certificação não tem carácter obrigatório, mas a metodologia estabelecida pela ADENE, que pode ser avaliada por técnicos independentes formados por esta entidade (*), permite identificar e melhorar, em ciclos anuais, as causas que influenciam desempenho energético e ambiental de uma frota corporativa. “A metodologia MOVE+ dividese em 4 grandes áreas: viaturas, condutores, manutenção e consumos, sendo que as empresas interessadas podem encontrar todas as informações no portal MOVE+”, refere Paulo Santos. “Existem entidades que estão connosco desde muito cedo e que seguimos atentamente, como a Beltrão Coelho, que venceu o prémio “Frota Verde” em 2019, as Águas de Portugal (AdP), a EFACEC e a Câmara Municipal de Lisboa (CML), entre outros processos de certificação que estão atualmente em curso”. *Assim que as condições o permitam, retornam os cursos de formação presenciais. Acompanhe o calendário em www.movemais.pt
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Como o comércio eletrónico está a revolucionar a frota dos CTT Com uma frota predominantemente operacional e afeta às áreas do transporte e distribuição postal, o incremento do comércio eletrónico está a gerar desafios, como a necessidade de veículos que satisfaçam as crescentes exigências em matéria de circulação urbana e de transporte de objetos cada vez mais volumosos
Necessidade de soluções adaptadas
C
om quase 3.850 viaturas, 92% da frota dos CTT é operacional e destinada à distribuição postal, sendo maioritariamente constituída por velocípedes, ciclomotores, motociclos e quadriciclos (utilizados pelos CTT Correios), comerciais ligeiros e pesados de mercadorias, incluindo reboques e semirreboques. O número de veículos tem vindo a crescer e a diversificar-se na sua composição, por força das alterações no domínio da distribuição postal e das crescentes restrições à circulação urbana, mas também por causa da expansão do grupo a novas áreas de negócio, a mais visível das quais é o sector da Banca. Se a distribuição continua a ser a área de negócio predominante e aquela que justifica o maior número de veículos, também é a que requer mais atenção: afinal, o sucesso da entrega de certas cartas e encomendas depende muito da adaptação das viaturas à
E os consumidores tendem a requerer entregas cada vez mais rápidas e ao mais baixo preço, se possível até gratuitas”.
área geográfica que servem – vasta e muito diversificada em termos de condições do terreno e infraestruturas existentes – mas também ao tipo de objetos que transportam e ao modelo de distribuição. Fatores que estão em constante alteração, com picos de serviço sazonais, mas também imprevisíveis, como o atual, que veio exigir uma resposta rápida do serviço. “O comércio eletrónico revolucionou
o sector do retalho, mas a capacidade de diferenciação nesta cadeia de valor coloca grandes desafios aos operadores de logística”, começa por explicar José Coelho, gestor da frota dos CTT. “As encomendas e pacotes postais provenientes das compras online representam, para os CTT, mais de 20% do volume do seu total das encomendas em Portugal e Espanha e, nos últimos anos, têm crescido acima dos dois dígitos anualmente.
Reconhecida internacionalmente como empresa empenhada nos domínios da prevenção rodoviária e da melhoria da eficiência energética, José Coelho realça que o trabalho conjunto destes dois fatores implica um volume complexo de processos de gestão e de preparação dos condutores, numa frota que tem de cobrir todo o continente e ilhas. Daí também a necessidade de envolver várias áreas de trabalho do grupo CTT (recursos humanos, recursos físicos, operações, formação, higiene e segurança no trabalho, comunicação), para identificar e agir rapidamente sobre as causas dos acidentes, melhorando, quando necessário, equipamentos e veículos, no sentido de reduzir os impactos da sinistralidade laboral. O incremento da mobilidade elétrica acabou por dar um contributo inesperado a esta preocupação, porque veio obrigar a alterar os hábitos de comportamento ao volante. Porém,
levantou questões ao nível operacional, às quais o mercado nem sempre consegue dar resposta, seja pela menor autonomia dos veículos comerciais de mercadorias sem emissões, seja pela reduzida capacidade de carga dos motociclos e triciclos com motor elétrico, ou insuficiente rede de manutenção, única forma de mobilidade permitida em cada vez mais centros urbanos. “É um desafio constante. Hoje em dia já não se transportam só cartas, há uma transformação em volume devido ao e-commerce”, explica José Coelho. “Além disso, quando vamos ao mercado, não vamos para comprar dois ou três carros; se queremos fazer um trabalho de sustentabilidade, temos de ter garantia de continuidade. E a especificidade do nosso negócio obriga-nos a dispor de soluções imediatas no que respeita a veículos de trabalho, cuja operacionalidade depende de um ciclo que inclui manutenção, reparação, imobilização, etc., etc.. Tudo isto exige a realização prévia de experiências internas de validações de produto, mas muitas vezes somos nós que temos de desafiar o mercado, os construtores, para desenvolverem soluções adaptadas às nossas necessidades.”
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