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4.1.3 Diversidades

professoras(es) consideram que conhecem e aplicam os conceitos da BNCC. Nesse contexto, a existência do registro do planejamento e das atividades são conferidos pelo aplicador, porém os demais itens são de autorrelato. Portanto, o resultado positivo dessa seção pode não ser convertido em maior qualidade das práticas devido às limitações do instrumento em medir esses itens. Em relação às “práticas para acolhimento e gestão de conflitos” , é possível identificar que em metade das turmas visitadas, há presença de atenção individualizada para as crianças e os conflitos são geridos de forma atenta, com intencionalidade pedagógica, ouvindo e considerando as crianças. Por fim, a seção de “organização dos tempos, espaços e materiais” concentra 37% das turmas na faixa de qualidade "inadequada" . Entre as facetas que formam esta seção — “tempos” , “espaços” e “materiais” - a que apresenta a pior distribuição é a de “materiais” , em que 73,1% das turmas estão na faixa “inaceitável” , indicando que ainda que os materiais estejam presentes na sala de referência, não são acessíveis para que as crianças os utilizem de maneira autônoma. Além disso, “tempo” é a faceta que possui a melhor distribuição, apresentando 38,8% das turmas na faixa “ótimo” , sugerindo que nessas turmas as crianças não ficam longos períodos sem a presença de adultos, que seu ritmo é respeitado e que permanecem períodos consideráveis em espaços externos da UE. Portanto, pode-se dizer que as seções de “práticas de ampliação do repertório por meio do brincar” e “práticas para o cuidado de si, o bem-estar e a saúde” ainda necessitam de melhorias para que possam ser ofertadas de maneira satisfatória em relação aos documentos norteadores da Educação Infantil, especialmente de forma a implementar com qualidade a brincadeira livre e o cuidado com intencionalidade pedagógica às crianças, colocando-as como protagonistas desses processos.

4.1.3 Diversidades

A dimensão de “diversidades” busca verificar a estrutura para o atendimento e a inclusão de indivíduos com diversidades funcionais em relação à visão, à audição e a aspectos físicos de cada indivíduo. É indispensável pontuar que o termo “diversidades funcionais” se faz presente, dado que está interligado com as diversas possibilidades de funcionamento humano. Logo, acolhe a todos de modo ético e respeitoso, além de se contrapor ao termo “deficiência” , considerando que, ao refletir sobre a etimologia da palavra, torna-se evidente a analogia da pessoa com diversidade funcional com a falta de eficiência.

Ademais, segundo Menezes (2016),

O modelo da diversidade funcional, pautado na filosofia de vida independente, não está vinculado à enfermidade, retardo, deficiência ou incapacidade, como se observa até então. Tais terminologias derivam do

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