2 minute read

Gráfico 41 - Taxa de frequência

como promover o bem-estar de todos os envolvidos na unidade: funcionários, professoras(es), crianças e famílias. Esse contexto influenciou diretamente na taxa de frequência das crianças, tanto pelo modelo de escalonamento que poderia ser adotado pela rede, quanto pela baixa adesão das famílias ao retorno ou por situações em que as famílias poderiam optar pela ausência das crianças devido a casos de covid no domicílio ou de pessoas próximas, entre outros motivos. O Gráfico 41 apresenta a taxa de frequência das crianças na creche e na pré-escola. No eixo horizontal está a frequência e as barras indicam a porcentagem de turmas que registraram determinada frequência.

GRÁFICO 41 - Taxa de frequência32

Fonte: Elaboração própria.

Para as creches e pré-escolas verifica-se que as maiores porcentagens de turmas se encontram nas faixas entre 20% e 40% de presença, sendo que para a creche a maior porcentagem de turmas (32%) tem entre 21% e 30% de presença e na pré-escola a maior porcentagem de turmas (28,7%) têm entre 31% e 40% de presença. De forma geral, na creche, 82,5% das turmas contavam com menos que 50% das crianças matriculadas no dia da observação, já na pré-escola 77,6% das

32 Calculada pelo (Número de crianças presentes / Número de crianças matriculadas)*100.

turmas contavam com menos que 50% das crianças matriculadas no dia da observação. Sendo assim, muitos dos resultados apresentados neste relatório sobre a qualidade das interações e práticas podem ser melhores do que o que seriam encontrados em um cenário sem pandemia ou com retorno de atividades com 100% das crianças, em situações de maior frequência de crianças. Uma vez que evidências demonstram que quanto menos crianças por adulto, maior a qualidade dessas interações e práticas. O que reforça a necessidade de um olhar ainda mais cuidadoso para um acompanhamento periódico da qualidade da Educação Infantil nesta retomada gradual de mais crianças por turma. Diante deste cenário, e com o objetivo de auxiliar cada rede de educação municipal participante a ter um panorama de como estava o cumprimento nas unidades educacionais do que foi preconizado, foram incluídos alguns itens de observação sobre os protocolos sanitários relativos ao enfrentamento da COVID-19, para este uso da EAPI durante o Estudo Nacional em específico. Olhando particularmente para o item sobre utilização de máscaras por crianças com mais de 2 anos e adultos, os resultados indicaram que dentre as turmas de creche (2 a 3 anos e 11 meses), 22,67% não ocorreu utilização de máscara de forma adequada por adultos e crianças e, para as turmas de pré (4 a 5 anos e 11 meses), a não utilização de máscara ocorreu em apenas 5,33% das turmas observadas.

A alta porcentagem de não uso de máscaras em turmas de creche pode estar relacionada aos protocolos implementados nos municípios. O Ministério da Saúde orientou que crianças a partir de 2 anos deveriam usar máscaras como medida de segurança contra o covid-19, no entanto, alguns municípios adotaram em seus protocolos outras orientações, como uso obrigatório de máscaras por crianças a partir de 3 anos. Outro dado importante e com resultado preocupante não só por questões de saúde e higiene, mas pelo momento pandêmico, é o item de lavagem de mãos, conforme demonstrado pelo Gráfico 42.

This article is from: